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Banca de QUALIFICAÇÃO: QUELVIA SOUZA TAVARES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: QUELVIA SOUZA TAVARES
DATA: 07/11/2019
HORA: 09:30
LOCAL: Campus Universitário do Tocantins/Cametá
TÍTULO:

TENSIONAMENTOS DISCURSIVOS NA CONSTRUÇÃO DA ESCOLA INDÍGENA MẼ AKRE KÔYAKATI DA COMUNIDADE INDÍGENA KỲIKATÊJÊ


PALAVRAS-CHAVES:

Legislação educacional brasileira. Educação Escolar Indígena. Tensionamento discursivo.


PÁGINAS: 43
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

O presente trabalho investiga os tensionamentos discursivos presentes na construção e implementação da escola indígena Mẽ Akre Kôjakati, da comunidade indígena Kỳikatêjê, que vive na aldeia Kôjakati, localizada no km 16 da BR-222 – sentido Marabá-Bom Jesus do Tocantins – na Reserva Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, Pará, a fim de demonstrarmos como a escola indígena vem sendo idealizada e efetivada discursivamente, bem como a história desse povo influenciou e influência essa idealização. Para tanto, discutimos a história do povo Kỳikatêjê, seus deslocamentos e realocamentos, bem como as tentativas de “amansamentos” sofridas por eles. Paralelo a esses processos de “amansamentos” e as tentativas de inserção desse povo à sociedade não indígena, traçamos um histórico da Educação Escolar Indígena e como ela tem sido intimamente ligada à relação que o Estado pretende estabelecer com os povos indígenas de um modo geral. Assim, procuraremos demonstrar que a Legislação Educacional representa o reconhecimento cultural de cada época, reconhecimento esse que se alcança por meio de muitas lutas das sociedades minoritárias. Por fim, discutimos como a história de luta e resistência dos povos minoritários, seja pelo direito de preservar sua identidade e cultura, seja pelo direito à educação, afeta discursivamente os sujeitos de modo a transparecer em sua fala os tensionamentos, marcados historicamente, entre a legislação e a legitimação da educação escolar indígena. Assim, seus discursos, carregados de memórias discursivas, são polêmicos, polissêmicos e interincompreensivos. Polêmicos porque traduzem a discussão dos sujeitos que confrontam o Outro, que representa o Estado, por um direito constitucional. Esses sujeitos têm uma voz polissêmica, pois carregam em seu discurso a fala da sua comunidade, do seu povo, mas também evocam o Outro (Estado) no seu discurso. Ao confrontar o Outro, o sujeito evoca a memória de um povo marcado pela colonização, pela exclusão e por inúmeras imposições, mas que hoje utilizam o discurso do Kupẽ para se reafirmar e se fortalecer linguístico e culturalmente num processo de interincompreensão. Nesse sentido, nossa análise centra-se na teoria da Análise do Discurso. Assim, este estudo fundamenta-se teoricamente em Nobre (2009) e Oliveira e Nascimento (2012), que discutem a educação escolar indígena, em Canclini(2005), Marchiorato et al. (2012) e Eagleton (2005), que fazem discussões sobre práticas multiculturais, em Araujo (1977), em Araujo (1989), Arnaud (1989), Costa, Barbosa e Sompre (2018), Fernandes (2010), que discutem sobre o povo Kỳikatêjê, e em Pêcheux (In ACHARD et al., 1999), Foucault (1995; 1996), Maingueneau (1997) e Orlandi(1999) .


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2341990 - JORGE DOMINGUES LOPES
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Interno - 2298298 - GILCILENE DIAS DA COSTA
Externo à Instituição - MARIA CRISTINA MACEDO ALENCAR
Notícia cadastrada em: 07/11/2019 09:00
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