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Banca de DEFESA: JANICE RODRIGUES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANICE RODRIGUES DA SILVA
DATA: 21/05/2019
HORA: 09:00
LOCAL: sala 001 - Orlando Cassique - CUNTINS
TÍTULO:

ENTRE DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES- O LIVRO DIDÁTICO E NACIONALISMO NA ANGOLA INDEPENDENTE (1975-1980).


PALAVRAS-CHAVES:

História da África, Angola, Pós-colonial, Educação, Livro didático, nacionalismo.


PÁGINAS: 143
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta pesquisa tem como objetivo analisar os discursos e as representações sobre identidade e cultura angolana em livros didáticos utilizados em Angola independente. O recorte temático, que se situa nos cinco primeiros anos após a independência (1975-1980) do estado angolano, pode nos levar a possibilidade de conhecer um pouco da história de Angola e das ideias que se desenvolveram a partir, também, dos movimentos pan-africanistas, bem como os ideais nacionalistas que também impulsionaram os movimentos de libertação na África no século XX. Utilizando como metodologia de pesquisa, a análise de fontes históricas disponibilizadas em acervos digitais como os Boletins Gerais das Colônias, Boletins Gerais do Ultramar e Livros Didáticos, presentes no site Memórias da África e do Oriente, poderemos conhecer a política colonial que regia a educação em Angola, bem como os discursos e as representações dos negros angolanos, no qual tinham como características a desvalorização da cultura tradicional angolana em prol das características colonialistas portuguesas. Criticizando as fontes (Boletins Coloniais e Livros didáticos), bem como as bibliografias de autores Africanos, Americanos, Europeus e Asiáticos sobre os estudos culturais, pós-coloniais e dos estudos subalternos, projetamos o panorama histórico-social Angolano em vésperas de pré e pós independência, mostrando a história, a política, a economia e os fatores sociais que culminaram no embate entre a cultura europeia e a cultura angolana na formação de uma identidade nacional. O livro didático, pode ter sido uma peça fundamental na propagação do racismo e da valorização da cultura nacional, sendo propulsor de um futuro que se pretendia e ao mesmo revelando os embates internos, mostrando não só como as lutas anticoloniais se desenvolveram  ideologicamente a ponto desses discursos presentes nos livros se instrumentalizarem em  meios de resistências e contribuírem para o desenvolvimento da criação de uma nova identidade nacional frente ao domínio dos colonizadores portugueses, mas também a contrariedade étnica presente nos país até os dias atuais. Por causa dos livros, pelos livros e com os livros, houveram a política de assimilação, a valorização da literatura angolana, a independência e a formação de um “homem novo”, desenraizado das velhas estruturas de dominação. O livro didático como formador de opiniões coloniais e pós-coloniais, deixa para nós a compreensão do seu poder discursivo, e a perpetuação das ideologias do momento, justamente por levar à várias épocas, as noções dos europeus, ou dos africanos. Por isso devemos compreender que por ser uma arma poderosa e fundamental na educação, a seleção de conteúdos em contextos diferentes, exerceram influências diretas de quem estava no poder, e por ser um material de cunho transversal, deva, antes de tudo, propagar a tolerância e respeito ao outro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2425811 - LUIZ AUGUSTO PINHEIRO LEAL
Externo à Instituição - PEDRO RODOLPHO JUNGERS ABIB
Interno - 1740753 - VILMA APARECIDA DE PINHO
Notícia cadastrada em: 22/04/2019 17:56
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