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Banca de DEFESA: VICENTE DE PAULO RIBEIRO ESTUMANO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VICENTE DE PAULO RIBEIRO ESTUMANO
DATA: 30/04/2018
HORA: 16:00
LOCAL: SALA 001 PRÉDIO ORLANDO CACIQUE - Campus Cametá
TÍTULO:

VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO CONTEXTO ESCOLAR: Implicações Psicossociais 


PALAVRAS-CHAVES:

Violência Simbólica; Pierre Bourdieu; Relação de Poder 


PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

O Sistema de Ensino é visto pela sociedade como uma das alternativas de enfrentamento para a diminuição das desigualdades sociais, porém existe nele barreiras que dificultam o alcance dos seus reais objetivos, obstáculos que impedem o sucesso de grande parte dos estudantes que constituem esse sistema no Brasil. Nesse sentido, o sociólogo francês Pierre Bourdieu, principal referencial teórico dessa pesquisa, a partir dos estudos do sistema de ensino francês, buscou investigar quais seriam esses impecílios e revelou que, ao contrário do que se pensa, a escola funciona como um instrumento de reprodução das desigualdades sociais, através da imposição cultural de uma cultura dominante sobre uma cultura dominada, e que traz consequências negativas
para a vida dos estudantes. Dessa forma, o autor verificou que nesse processo existe uma violência tanto ou mais prejudicial quanto outros tipos de violências, a qual passou a chamar de Violência Simbólica. Na mesma direção, a presente pesquisa busca investigar quais os impactos psicossociais da violência simbólica na vida dos estudantes de uma escola municipal no centro da cidade do Município de Cametá/Pa. Para isso, definiu-se como objetivo geral do estudo, problematizar a violência simbólica no contexto escolar e seus impactos psicossociais na vida dos estudantes, e os objetivos específicos foram no sentido de discutir as relações de poder e os conflitos nas instituições escolares; verificar situações que evidenciam violência simbólica no contexto escolar e a percepção dos alunos envolvidos; refletir sobre os impactos psicossociais provocados pela violência simbólica na vida dos alunos; identificar ações pedagógicas que influenciam e combatem a violência simbólica. O estudo foi desenvolvido com 06 alunos, escolhidos de forma aleatória, das séries do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental da referida escola. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, onde utilizou-se técnica de entrevista semi-estruturada para coleta de dados. Os dados foram analisados através das categorias Relação de poder entre os alunos no espaço escolar, esta foi dividida em duas subcategorias: a relação do poder do ponto de vista da linguagem, onde identificou-se nas respostas uma significativa diferença de tratamento entre os alunos nas relações que se estabelecem no espaço escolar pesquisado, constatou-se situações de correções, brincadeiras de mal gosto, ou comportamentos não verbais. Como impactos psicossociais produzidos por essas situações relatadas, identificou-se a presença de reações emocionais, através de sentimentos negativos, como tristeza, raiva, baixa autoestima, nervosismo, inferioridade, principalmente na correção do modo de falar dos alunos. Já na relação de poder do ponto de vista geográfico, foi constatado uma luta de força característica dos campos, onde os alunos advindos de outros lugares, como ilhas, vilas e estradas, enfrentaram certa rejeição, dificuldades no acolhimento por outros alunos. Na categoria, Violência Simbólica do sistema de ensino, a (re)produção no contexto pesquisado, verificou-se que na realização dos eventos os alunos não se sentiram integralmente contemplados e valorizados culturalmente na escola, estes relataram uma postura de ambiguidade e que provocaram consequências negativas nos aspectos psicossociais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2353907 - CEZAR LUIS SEIBT
Interno - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA
Externo à Instituição - ROGÉRIO JOSÉ SCHUCK
Notícia cadastrada em: 09/03/2018 12:07
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