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Banca de QUALIFICAÇÃO: REGIANE FARIAS NEVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REGIANE FARIAS NEVES
DATA: 30/08/2017
HORA: 16:00
LOCAL: sala 001
TÍTULO:

TRAMAS DA SEXUALIDADE EM ANTÔNIA CUDEFACHO: INCITAÇÕES DE PODER E RESISTÊNCIA.


PALAVRAS-CHAVES:

Sexualidade. Educação. Relações de Poder. Resistência. Literatura.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A pesquisa visa realizar um estudo sobre as tramas da sexualidade que perpassaram situações vividas por Antônia Cudefacho, personagem-sujeito cametaense da década de 50, a qual foi inscrita e ficcionalizada por meio da narrativa literária do escritor cametaense Salomão Larêdo e publicada em 2006. As tramas da sexualidade presentes na obra se constituem enviesadas por relações de poder e resistência que configuraram os valores morais e as normas hegemônicas instituídas na sociedade cametaense de sua época e que atravessam a temporalidade presente com seus discursos e memórias. As construções discursivas da sexualidade que estão sendo analisadas na narrativa literária e para além dela, estão predispostas nesta pesquisa dentro da abordagem arqueogenealógica de Michel Foucault (1996), (1999), (2004), (2008), (2015), assim como, estabelecem um fecundo diálogo entre os estudos da história da sexualidade e o campo feminista, pós-feminista e teoria queer com Butler (2016); Miskolci (2015), Rago (2008), (2013), Louro (2000), (2004); e ainda, Nietzsche (2009); Deleuze e Guattari (1995), (1997). Essa movimentação teórica auxiliará no questionamento dos cenários de construção discursiva que envolvem as tramas da sexualidade de Antônia Cudefacho, além de problematizar a própria história de Antônia em meio às redes de poder e resistência que engendram valores, discursos, modos de educação a movimentar-se no território de uma “cultura heteronormativa compulsória e falocêntrica”. Desse modo, a pesquisa indaga sobre o modo como foram constituídos os cenários discursivos que envolvem as tramas da sexualidade: Como pensar os acontecimentos que enredam a narrativa de vida de Antônia Cudefacho? O que se sabe dessa história? Como se sabe e por quais meios? Que enunciados se pode extrair desses ocorridos e como eles reverberam no tempo atual? Que participação a educação e os valores morais da época desempenharam (e ainda desempenham) na construção discursiva da sexualidade vista como desviante e transgressora frente aos valores morais socialmente instituídos? Em termos metodológicos, a arqueogenealogia foucaultiana será entrelaçada às análises do enredo da narrativa literária e aos depoimentos de interlocutores de variadas composições sociais que vem nos auxiliando a traçar uma analítica das microesferas do poder para pontuar em que medida os rótulos, tabus e exclusões persistem na construção da nossa vida social hoje e de que forma se apresentam, no intuito de observarmos essa movimentação do passado com o presente e pensarmos sobre como o sujeito se constitui em meio às teias de poder e resistência. A pesquisa vislumbra contribuir para pensar uma “pedagogia da sexualidade” como diferença na educação que possa desconstruir os (pré) conceitos forjados dentro dos parâmetros hegemônicos que envolvem a sexualidade, o sexo, o gênero, o corpo, bem como, o modo de vivenciar a sexualidade diferente, geralmente, vista como marginal e desviante, tendo em vista à abertura de espaços educativos e sociais plurais em consideração à liberdade de viver a sexualidade e suas diferenças para além dos códigos normalizadores instituídos na sociedade de antes e de hoje.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2298298 - GILCILENE DIAS DA COSTA
Interno - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA
Externo ao Programa - 1152667 - JOSENILDA MARIA MAUES DA SILVA
Externo à Instituição - LUCELIA DE MORAES BRAGA BASSALO
Notícia cadastrada em: 02/06/2017 12:10
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