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Banca de DEFESA: PAMELA PAULA SOUZA NERI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAMELA PAULA SOUZA NERI
DATA: 11/04/2016
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 001 - PPGEDUC - CAMETÁ-PA
TÍTULO:

MEMÓRIA-ESQUECIMENTO DA HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA EM CAMETÁ: UMA ARQUEOGENEALOGIA DOS FIOS NARRATIVOS NAS COMUNIDADES DA ALDEIA E TORRÃO-MUPI.


PALAVRAS-CHAVES:

Alteridade; Cultura indígena; Educação; Memória-esquecimento


PÁGINAS: 215
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta dissertação de Mestrado apresenta os resultados de uma pesquisa etnográfica, de base arqueogenealógica, com o objetivo de descrever e analisar os rastros e os apagamentos discursivos da cultura indígena no município de Cametá-PA. O lócus de investigação tem como recorte o que chamamos de trilha indígena: Aldeia, Cujarió, Pacajá, Cametá-Tapera e Torrão-Mupi, comunidades que possuem uma forte incidência histórica e cultural da presença indígena nas suas constituições. Em linhas gerais, as bases conceituais da pesquisa foram fomentadas por teóricos como Homi Bhabha, Stuart Hall, construindo a base dos estudos pós-coloniais e as identidades na pós-modernidade; Jacques Le Goff, Paul Ricouer e Maurice Halbwachs, para a concepção dos estudos da memória; e a alteridade foi pautada nos postulados de Tzvetan Todorov, Enrique Dussel e Boaventura de Souza Santos.  Desse modo, a pesquisa atravessa três vertentes teóricas interligadas, a saber: os estudos arqueogenealógicos e pós-coloniais, o processo de memória-esquecimento e a questão da alteridade. A metodologia da pesquisa se pautou na construção de um ensaio etnográfico baseado na investigação indiciária histórica de Carlo Ginzburg, em busca dos rastros e vestígios da presença indígena nessas comunidades em tempos remotos e atuais, além da arqueogenealogia de Michel Foucault, em seu movimento de análise crítica e histórica. Entre as técnicas de investigação, figuram a entrevista semiestruturada, que produziu narrativas autobiográficas dos narradores, interligando histórias aparentemente individuais ao material histórico coletivo. As análises confluem para um exercício diacrônico e sincrônico da problemática em estudo, num movimento de ir e vir baseado nas crônicas dos viajantes no período colonial e nas narrativas orais dos narradores nas comunidades pesquisadas na atualidade. Pautando a investigação, de igual modo nos materiais documentais e fontes históricas levantadas ao longo desse itinerário. Dos resultados, podemos destacar três movimentos de problematização no tocante aos rastros e ao processo de apagamento da cultura indígena no município, eventos históricos oriundos da pesquisa de campo, tais como: a urbanização, o coronelismo e o surto de cólera de 1855. Desencadeando ainda a problematização de arquétipos ideológicos de pensamentos, tais como: a Terra dos Romualdos, A cidade Invicta e a Terra dos notáveis, dos quais nossos narradores apresentaram uma reflexão crítica sobre os heróis da história de Cametá, que até hoje ressoam no imaginário cametaense. Estes modificaram os espaços e nos dias atuais os pensamentos em um movimento de negação da cultura indígena no município. Todavia, esses mesmos signos ideológicos físicos e discursivos podem rememorar e reavivar a memória do grupo étnico que trabalhamos. Ainda somamos os rastros indígenas presentes tanto nas memórias, quantos nos saberes tradicionais, os parâmetros educacionais. Tecendo, desse modo, o relato de experiência da inclusão dos resultados que colhemos durante a investigação, para adequar o Projeto Político Pedagógico da Escola Francisca Xavier, localizada na comunidade do Torrão-Mupi, para uma educação da história e cultura indígena a luz da Lei 11.645/08. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Presidente - 2298298 - GILCILENE DIAS DA COSTA
Interno - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA
Externo à Instituição - MARIA BETANIA BARBOSA ALBUQUERQUE
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA
Notícia cadastrada em: 11/03/2016 12:02
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