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Banca de DEFESA: ANDRE DO SOCORRO PORTILHO BAIA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRE DO SOCORRO PORTILHO BAIA
DATA: 04/12/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Cametá
TÍTULO:

MARTIN HEIDEGGER: PENSAR E EDUCAÇÃO NO CONTEXTO EPOCAL DA TÉCNICA


PALAVRAS-CHAVES:

Metafísica; essência da técnica; pensar; educação; experimentação.


PÁGINAS: 74
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Fundamentos da Educação
ESPECIALIDADE: Filosofia da Educação
RESUMO:

A presente dissertação de mestrado apresenta uma abordagem reflexiva e problematizadora da experiência educacional a partir das contribuições de Martin Heidegger. Para isso, a questão principal que movimenta este trabalho é: a partir das leituras de Heidegger e de alguns de seus intérpretes, e tendo em vista o pensar autêntico em meio ao técnico, seria possível a meditação de uma educação para o pensar no contexto epocal da técnica? Visando dar conta dessa grande problematização da educação para o pensar na esfera da técnica, elencamos alguns objetivos que auxiliaram no caminho percorrido. Objetivo principal: refletir sobre as possibilidades de uma educação para o pensar no contexto epocal da técnica a partir do pensamento filosófico de Martin Heidegger. Objetivos específicos: situar a pesquisa no pensamento de Martin Heidegger; compreender o que o filósofo entende por técnica e pensar; aproximar a denúncia de Freire (1987) sobre educação bancária e a concepção da educação técnica; meditar sobre os desafios dos possíveis caminhos de uma educação para o pensar. Nesse contexto, situamos a pesquisa no pensamento de Heidegger apresentando a fenomenologia como alternativa metodológica não objetificadora e um convite ao retorno às coisas mesmas. Tratamos de sua crítica à metafísica tradicional e ao esquecimento do ser. Em seguida, abordamos a essência da técnica que não tem nada de técnico, seu domínio planetário, a calculabilidade como sua base, e suas implicações no pensar calculador, na ciência e na linguagem. Após refletir esse cenário, apresentamos o pensar como caminho alternativo no âmbito epocal da técnica. Esse caminho interpretativo se constitui como base da problematização da educação para o pensar. A fundamentação teórica adotada foi Heidegger (1987, 2001, 2005a, 2005b, 2005c, 2006a, 2006b, 2006c, 2015), e seus intérpretes: Araújo (2014), Doro (2016), Loparic (1996), Nascimento (2010), Nunes (1999, 2000), Rüdiger (2014), Seibt (2015, 2018), Stein (2004, 2006, 2011), entre outros. As reflexões apontam que a experiência educativa atravessada pelo pensar meditativo no contexto epocal da técnica, possivelmente admitirá outra dimensão, não exclusivamente a calculabilidade. A partir dessa dinâmica, assume o caráter de uma educação para o pensar. Assim, a educação para o pensar não é uma meta a ser alcançada ou quantificável pelos diversos modelos avaliativos que tentam mensurar a quantidade de conteúdos transferidos pelos mestres e absorvidos pelos educandos. Está além da calculabilidade. Tem por base o questionar, a liberdade, a criatividade, o respeito à diversidade e aos ritmos de aprendizagens individuais. Prioriza a possibilidade além da realidade. Sem hierarquização de conhecimentos, mas considerando a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Desperta uma postura de serenidade (Gelassenheit) diante dos imperiosos apelos do universo técnico. Aproxima-se a uma experimentação que faz sentido aos educandos, pois está relacionada com seu contexto; traz o vivido em suas formulações. O que está em questão não é a demonização da técnica no sentido de tentar extingui-la, mas a possibilidade de manter viva a capacidade do pensar meditativo, abertura às coisas na sua ocasionalidade e a reflexão sobre a experiência educacional além da calculabilidade que tudo instrumentaliza, controla e prevê.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2353907 - CEZAR LUIS SEIBT
Interno - 1808826 - ARIEL FELDMAN
Externo ao Programa - 1255928 - DAMIAO BEZERRA OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 30/11/2023 16:38
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