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Banca de DEFESA: ANA BEATRIZ SALES MOREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA BEATRIZ SALES MOREIRA
DATA: 25/08/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Mercedarios UFPA
TÍTULO:

MATERIAIS ALTERNATIVOS NA SALVAGUARDA DE BENS CULTURAIS: O USO DE RESINA COMPOSTA NA RECONSTITUIÇÃO DO ESMALTE ESTANÍFERO DOS AZULEJOS HISTÓRICOS.


PALAVRAS-CHAVES:

resina composta; restauração; esmalte estanífero; azulejos históricos.


PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Atravessando o tempo e as gerações, o patrimônio cultural é uma herança em
constante construção. Nele se inserem cenários, pessoas, objetos, costumes, crenças,
culturas, memórias, elementos que permeiam o cotidiano. A preservação e restauração de
bens culturais é um ofício que carrega consigo a função de resistir, mas que ainda precisa
avançar. Os azulejos se inserem nesse sistema à medida que são considerados bens
integrados ao patrimônio. São componentes da história, da arquitetura e das heranças
coloniais. Nesse sentido, muitos são os problemas encontrados quando se pensa que esses
objetos estão sujeitos às ações do clima, umidade, agressões mecânicas, antrópicas e
patologias de ordem diversa, inclusive biológica. Os processos de deterioração se
concentram sobretudo na interface entre a cerâmica, que é um material poroso, e o
vidrado, de constituição amorfa em quase toda sua totalidade. As alterações
desencadeadas a partir de então ocasionam o descolamento gradativo da camada
vitrificada até o seu completo destacamento. Esta situação se agrava se pensarmos que
existem poucas alternativas comprovadamente resistente às intempéries e compatíveis
com o material histórico a ser restaurado, para reconstituir a superfície vidrada, o que
recai na importância do estudo por materiais adequados para a reconstituição da camada
de esmalte estanífero, que é uma das mais vulneráveis e que geralmente apresenta perda.
Assim sendo, a partir do diálogo interdisciplinar, o presente trabalho tem por objetivo
avaliar o uso de duas resinas odontológicas fotopolimerizáveis no preenchimento de
lacunas no esmalte de estanho de azulejos históricos; quanto a compatibilidade de suas
características de cor e brilho em relação ao material histórico. Inicialmente foram
coletados e avaliados fragmentos do vidrado branco de azulejos históricos portugueses
dos séculos XIX e XX para caracterização em microscopia eletrônica de varredura
MEV/EDS. Também foram selecionados fragmentos de azulejos com vidrado
remanescente para a aplicação de resinas compostas. Foram utilizados dois compósitos
resinosos, sendo um nanoparticulado (RCN) e outro nano-híbrido fluido (RCNH). As
aplicações foram precedidas de preparo com sistema adesivo fotopolimerizável
previamente. Os fragmentos restaurados seguiram para análise em MEV e os resultados
mostraram que houve adesão inicial entre as interfaces, evidenciando a transição entre
elas. Houve discrepância entre as cores das resinas quando aplicadas no substrato, sendo
RCN mais opaca e RCNH mais translúcida. Foi selecionado um corpo de prova para
testagem da adesão de pigmentos de restauro em suas superfícies. Os resultados mostraram que houve fixação da pigmentação na superfície resinosa, conforme observado em microscopia óptica. As características de brilho e opacidade das resinas se mantiveram nos pigmentos aplicados. Os estudos indicaram que estas características se aproximam da aparência do esmalte estanífero dos azulejos históricos, o qual corresponde ao objetivo desta pesquisa, e possibilita sua aplicação em condições museológicas. Estudos futuros podem contribuir para melhor compreender o processo de alteração deste material quando exposto às condições climáticas que os azulejos estão sujeitos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 327584 - CECY MARTINS SILVA
Interno - 2998085 - FLAVIA OLEGARIO PALACIOS
Interno - 2301402 - ROSEANE DA CONCEICAO COSTA NORAT
Presidente - 1510594 - THAIS ALESSANDRA BASTOS CAMINHA SANJAD
Notícia cadastrada em: 22/08/2023 17:34
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