_STUDIO: AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM POR PARES PARA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NO ENSINO SUPERIOR, ACESSÍVEL POR PESSOAS COM DISTROFIA MUSCULAR, QUE FAZEM O USO DE ACIONADORES

ambiente virtual de aprendizagem. aprendizagem por pares. storytelling. acessibilidade.

Este trabalho apresenta a modelagem, desenvolvimento e disponibilização de um ambiente virtual de aprendizagem acessível por pessoas com distrofia muscular, que fazem o uso de acionadores e um framework para produção de conteúdo no ensino superior, por meio da aprendizagem por pares, utilizando o storytelling como referência de apresentação de conteúdo. A Pesquisa Ação, de natureza aplicada, com abordagem qualitativa foram aplicadas para planejamento, ação e avaliação dos resultados. Inicialmente, o ambiente foi planejado para ser um aplicativo para dispositivos móveis, onde foi realizada a modelagem do sistema com diagramas de: caso de uso, classes e sequência. Na validação preliminar com discentes e docentes de uma Instituição de Ensino Superior, foi verificado que a restrição de plataforma para apenas dispositivos móveis era um impeditivo para determinados grupos. Desta forma, o ambiente virtual de aprendizagem foi evoluído para um serviço de anotações na web, o Notion®, para ser acessado por computadores, tablets e smartphones. A criação do conteúdo em texto, áudio, vídeo, ilustração e animação é feita em ferramentas de terceiros, em catálogos apresentados dentro do AVA. A modelagem do sistema foi adaptada e o framework Scrum foi adotado para concepção, validação e iteração do processo de disponibilização do AVA. O ambiente foi planejado para ser compatível com os recursos de acessibilidade presentes nos sistemas operacionais modernos: Windows®, MacOS®, Android® e iOS®, com a finalidade de ser acessível por pessoas com distrofia muscular, que fazem o uso de acionadores. Também foi desenvolvido um site para guiar os usuários na configuração de sua conta online no serviço Notion®. Quanto à metodologia, a validação foi feita no ensino presencial com 48 (quarenta e oito) discentes, e no ensino remoto emergencial, devido a pandemia do COVID-19, com 23 (vinte e três) discentes dos cursos de Bacharelado em Ciência da Computação e Engenharia da Computação de uma Instituição de Ensino Superior e 2 (dois) docentes especialistas em acessibilidade. Por meio de questionários, entrevistas com discentes, painel de especialistas em acessibilidade e métricas de análise qualitativa com base nas percepções do autor, verificou-se que o AVA do _studio e o framework S3 atendem às necessidades de criação de conteúdo, para aplicação da metodologia ativa de ensino: aprendizagem por pares. Pela avaliação do painel de especialistas em acessibilidade, o AVA é funcional e proporciona independência e segurança para pessoas com Amiotrofia Muscular Espinhal, um tipo de distrofia muscular. A conclusão, de modo geral, apresenta a estrutura analítica e uma análise SWOT do produto, com base nas percepções de discentes e docentes e o desfecho do painel de especialistas em acessibilidade. Alguns pontos são tidos como desafios, como a ampliação do público de validação da acessibilidade das funcionalidades, bem como ratificar a compatibilidade dos diferentes tipos de acionadores que estes fazem uso. Como oportunidade, caminhou-se a possibilidade de desenvolver ferramentas personalizadas para criação de conteúdo e a ampliação das listas de indicação de ferramentas de terceiros, já existentes no AVA.