Processos de Formação Profissional: entre o prescrito e o renormatizado no cotidiano do trabalho dos egressos do curso Técnico de Alimentação Escolar/PROEJA do Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins
Educação. Trabalho. Formação. Saberes.
Trata-se de dissertação em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC) do Campus Universitário do Tocantins/Cametá – UFPA, vinculada à linha de pesquisa Educação Básica, Tecnologias, Trabalho e Movimentos Sociais na Amazônia, intitulada “Processos de Formação Profissional: entre o prescrito e o renormatizado no cotidiano do trabalho dos egressos do curso Técnico de Alimentação Escolar/PROEJA do Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins”. Analisa-se a articulação da formação profissional e saberes do/no trabalho, considerando o processo histórico de transformações do mundo do trabalho e formação no contexto de crise da modernidade. Para isso, a pesquisa busca investigar, especificamente, em que medida os saberes dos trabalhadores do curso Técnico em Alimentação Escolar estão sendo produzidos e mobilizados no/do trabalho, observando como esses saberes experienciais no/do trabalho garantem ou não as condições da consciência de classe e da transformação social. Trata-se de pesquisa qualitativa, apoiado no materialismo histórico dialético e na abordagem ergológica de trabalho. Como procedimentos de coleta de dados, utilizaremos entrevistas semiestruturas e análise documental; o tratamento dos dados seguirá as orientações da análise de conteúdo. Neste momento, apresentamos levantamento de referências teóricas já analisadas acerca das discussões sobre formação profissional e saberes do/no trabalho, considerando importante a abordagem ergológica envolvendo o processo de formação profissional e qualificação que considera os saberes do trabalho e saberes profissionais frente aos saberes prescritos e saberes renormatizados. Nossos referenciais tomam Alves (2009), Schwartz e Durrive (2007), Guérin (2004), Machado (2006), abarcando questões de formação, educação profissional e ergologia; Gramsci (1991), Kuenzer (2002) e Kosik (1976) auxiliam-nos nos debates sobre o trabalho e o materialismo histórico-dialético. Partimos do pressuposto de que no trabalho os sujeitos egressos renormatizam os saberes e os conhecimentos oriundos da formação escolar, dadas as necessidades de criatividade do mundo do trabalho, diante das metamorfoses desse mundo.