“É FÁCIL SER CRISTÃO QUANDO SE VIVE BEM COMO ELES”:
educação, cultura e engajamento feminino em Angola. (1939 – 1970)
Educação formal. Metodismo em Angola. Mulheres. Independência
O presente trabalho visou compreender a ação política de mulheres no processo de independência de Angola e a influência educacional metodista. Especialmente aquelas que fizeram parte das resistências anticoloniais. A análise teve como principal objetivo compreender as missões protestantes metodistas em Angola e sua atuação no desenvolvimento da educação formal para meninas, especialmente, analisando a atuação de Deolinda Rodrigues, durante o período de lutas anticoloniais. A documentação utilizada para a elaboração da pesquisa foi o diário de um exílio sem regresso. Luanda: Nzila (2003) de Deolinda Rodrigues; a Declaração do Reverendo Malcolm MoVeigh de Stanhope, Nova Jersey, missionário da Igreja Metodista para Angola; África (1558-1961) e o livro “Angola Colonial fotografada por missionários metodistas”, publicado por Paul. A. Blake. fundação Agostinho Neto (2019). O acesso aos documentos foi viabilizado graças ao uso, como metodologia de pesquisa, dos acervos digitais, essencialmente por meio da Associação Tchiweka de Documentação (ATD); a Fundação Mario Soares e Memórias da África e do ocidente. A pesquisa foi desenvolvida através dos acervos digitais. Segundo Almeida (2011), a internet possibilita a “redução no espaço” e a ampliação do historiador na pesquisa. A Metodologia aplicada fundamentou-se em pesquisas que trataram sobre tema proposto. Para isto, trabalhamos com a seguinte bibliografia: OYEWÚMÍ (2021), que foi a base para analisar a questão de gênero para além do Ocidente, sem homogeneizar e entender as questões de gênero no continente africano, enquanto, construto social colonial. Paredes (2010), analisando a igreja metodista e o movimento MPLA através dos escritos de Deolinda Rodrigues, o qual a autora faz uma análise da educação de Deolinda através da igreja, sua entrada no MPLA e as críticas relatada por Deolinda Rodrigues em seu diário pessoal. Cujos resultados, consistiram na percepção de compreender que a educação formal, realizada pelas missões metodistas, foi sinônimo de maiores possibilidades educacionais para muitos angolanos que estiveram lutando contra o colonialismo português.