EDUCAÇÃO E SURDEZ: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES DA PESSOA SURDA A PARTIR DA LÍNGUA ESCRITA COMO SEGUNDA LÍNGUA
Surdez. Escrita. Subjetividade
A pesquisa com o título “EDUCAÇÃO E SURDEZ: Uma investigação sobre a constituição de subjetividades da pessoa surda a partir da língua escrita como segunda língua” apresenta a análise de textos escritos por jovens surdos participante do Projeto “Laboratório de Ensino de Língua Portuguesa para Surdos” que aconteceu através do Grupo GEPEES[1], o objetivo do projeto foi proporcionar ao surdo/a o desenvolvimento da linguagem escrita em português em virtude da grande dificuldade apresentada por eles ao escrever. As análises dos textos escritos proporcionaram esta investigação que possui como objetivo principal compreender a constituição subjetiva de pessoas surdas através da produção de sentidos e significados que emergem das produções escritas em língua portuguesa como segunda língua. Os objetivos específicos norteiam o objetivo principal e buscam evidenciar o impacto do ensino da língua portuguesa escrita como segunda língua (L2) e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), como língua materna; analisar o desenvolvimento das potencialidades da escrita surda quando do suporte pedagógico na língua portuguesa como L2; retratar como atividades pedagógicas interativas que visavam o aprimoramento da escrita surda os atravessou em suas constituições; Identificar as representações que emergem da escrita da pessoa surda dentro do texto; elucidar as mudanças ocorridas nos processos de subjetivação encontradas na produção de sentidos dos textos escritos; compreender como através da escrita do surdo pode-se perceber o reflexo da constituição subjetiva e a influência no desenvolvimento das aprendizagens dos surdos. Como metodologia utilizou-se a perspectiva histórico cultural de Vygotsky (1983) que, aliada aos estudos de autores que se debruçam sobre este tema e aos pressupostos da análise etnográfica embasaram este estudo. O projeto foi elaborado a partir de abordagens interacionistas e estratégias pedagógicas que partiram da compreensão da pessoa surda como detentora de especificidades culturais, desenvolveram-se atividades mediadas pela língua de sinais, e assim, foi possível perceber na escrita surda, vozes das subjetividades constituídas na relação de ensino aprendizagem estabelecida.
[1] Grupo de Estudos Pesquisa e Extensão em Educação de Surdos – vinculado à Faculdade de Linguagem do Campus Universitário do Tocantins/ UFPA- Cametá-PA.