|
Descrição |
|
|
-
TAYANA VAGO DE MIRANDA
-
Estado nutricional e marcadores clínico-bioquímicos em indivíduos portadores de carcinoma gastrointestinal
-
Data: 04/11/2014
-
Mostrar Resumo
-
O estado nutricional de indivíduos portadores de carcinoma gastrointestinal é frequentemente afetado, sendo agravado em função da carcinogênese promover ativação do processo inflamatório e consequente ativação do sistema imunológico, com produção de citocinas e proteínas de fase aguda, como proteína C- reativa, que resulta no hipermetabolismo, acelerando a perda de peso e progredindo para o quadro de caquexia. Este trabalho teve como objetivo analisar o estado nutricional e os marcadores clínico-bioquímicos em indivíduos portadores de carcinoma gastrointestinal, atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém-PA. Foi realizado estudo transversal, descritivo, observacional com pacientes adultos e idosos, portadores de carcinoma gastrointestinal atendidos na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia e na clínica cirúrgica do HUJBB, no período de dezembro de 2013 a julho de 2014. Realizou-se avaliação nutricional por meio de parâmetros antropométricos, que incluíram índice de massa corporal (IMC), percentual de perda de peso (%PP), circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), área muscular do braço corrigida (AMBc), prega cutânea triciptal (PCT) e músculo adutor do polegar (MAP), parâmetros bioquímicos, por meio da classificação da hemoglobina, contagem total de linfócitos (CTL), albumina, transferrina, índice de prognóstico inflamatório-nutricional (IPIN) e parâmetros subjetivos, utilizando-se a avaliação subjetiva global produzida pelo paciente (ASG-PPP), além da identificação e classificação da caquexia. Foram avaliados 44 pacientes, sendo 63,30% do sexo masculino com idade média de 61,2 anos (±13,3). 95,50% eram naturais do Pará, 45,50% residentes no interior, 50,00% apresentavam escolaridade em ensino fundamental incompleto e 52,30% não possuíam renda familiar. Do total de pacientes avaliados, 63,60% possuíam neoplasia de estômago; destes, 50,00% estavam em estádio clínico IV e 73,30% em tratamento cirúrgico, com tempo médio de internação de 45,85 dias (±32,97). Na avaliação nutricional, verificou-se 20,50% de eutrofia para adultos e 42,30% para idosos, por meio do IMC, porém, em avaliação isolada dos compartimentos muscular e adiposo, verificou-se 59,10% de depleção grave por meio da AMBc, 54,50% por meio da PCT e 75,00% com presença de depleção em algum grau em CB e 68,18% em CMB. A perda de peso grave foi verificada em 61,36% dos pacientes avaliados e no MAP, obteve-se maior prevalência de depleção moderada (30,20%). Nos parâmetros bioquímicos, observou-se redução grave em hemoglobina em 61,40% dos pacientes, depleção leve em CTL em 56,80%, de albumina em 47,70% e depleção moderada de transferrina em 45,50%. Na avaliação do IPIN, verificou-se médio risco de complicação para 56,80% dos pacientes avaliados. Na ASG-PPP, 63,60% dos pacientes foram classificados em desnutrição grave e a presença de caquexia sintomática foi de 54,50%. No que se refere à análise de correlação, constatou-se que houve correlação positiva e significativa de IMC com CMB, CB, PCT, AMBc, MAP e Hemoglobina; CMB com CB e AMBc; CB com PCT, AMBc, MAP, e hemoglobina; PCT com AMBc; AMBc com MAP. Na análise de componente principal, verificou-se como métodos mais sensíveis para a detecção de desnutrição a avaliação de CB, AMBc, CMB, IMC, PCT, MAP, IPIN e avaliação da caquexia. Desta forma, os resultados obtidos no presente estudo evidenciam o comprometimento nutricional em pacientes portadores de carcinoma gastrointestinal, por diferentes parâmetros, demonstrando assim que a desnutrição ocorre de forma global, com perdas tanto de tecido adiposo quanto de tecido muscular, assim como alterações a nível bioquímico. Es
|
|
|
-
MICHELLE CARVALHO DE ABREU
-
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DA PROTEÍNA TWIST EM AMOSTRAS DE CARCINOMA EPIDERMÓIDE BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM ASPECTOS CLÍNICO-PATOLÓGICOS
-
Data: 07/08/2014
-
Mostrar Resumo
-
Entre as neoplasias malignas que ocorrem na boca, 95% são representadas pelo Carcinoma Epidermóide de Boca (CEB). No Brasil, as estimativas para o ano de 2014, segundo o INCA, apontam mais de 15.290 novos casos. Esses dados mostram que o CEB representa um problema de saúde pública em razão de a morbidade afastar, na maioria dos casos, grande número de cidadãos do mercado de trabalho, além de onerar os custos com a saúde no Estado, fruto dos dias de internação e do tratamento aplicado. A patogênese do CEB está relacionada a fatores genéticos além de agentes químicos, como o consumo de tabaco e álcool, físicos e biológicos, considerados carcinogênicos. O fator de transcrição twist foi recentemente apontado como um importante regulador da TEM durante a progressão tumoral e metástase e vem se tornando um importante marcador diagnóstico e prognóstico para pacientes devido ao fato de sua sobre-regulação positiva e metilação do gene estarem sendo implicados em vários tipos de câncer. Apesar de muitos estudos fornecerem importantes insights sobre a compreensão da biologia dos tumores malignos bem como dos genes envolvidos na TEM, os mecanismos de TWIST na tumorigênese e na transição epitelial-mesenquimal do carcinoma epidermóide bucal ainda precisam ser elucidados. Neste estudo nós investigamos o padrão de expressão da proteína twist através da técnica de imuno-histoquímica em 59 amostras Carcinoma Epidermóide Bucal (CEB) provenientes de pacientes usuários do Sistema Único de Saúde do Estado do Pará e avaliamos a existência de associação dos resultados com características clínico-patológicas dos tumores estudados e com a sobrevida dos pacientes. Os resultados mostraram uma associação estatisticamente significante entre o consumo de álcool e os sítios mais afetados pelo CEB, sugerindo que o etanol pode desempenhar um papel potencializador dos agentes do tabaco nos sítios que recebem maior exposição dessas substâncias. A expressão da proteína twist também mostrou uma diminuição na média de sobrevida dos indivíduos. Apesar dessa diminuição não ter apresentado significância estatística em nossos estudos, acreditamos que ela deve ser mais amplamente estudada, visando o melhor entendimento do papel desta no carcinoma epidermóide bucal. A positividade de marcação da proteína demonstrou relação com o tabagismo, onde 87,8% dos pacientes fumantes, apresentaram marcação positiva para a proteína, corroborarando o fato de que o fumo pode modular a expressão de marcadores TEM incluindo twist. Em síntese, os resultados deste estudo evidenciam algumas correlações intrigantes, que no nosso entender merecem especial atenção, no intuito de serem esclarecidas. Assim como a localização intracelular da proteína observada neste estudo, que possivelmente está relacionada a algum processo oncogênico ainda não descrito
|
|
|
-
OSVALDO RODRIGUES DE SOUZA NETO
-
ANÁLISE IMUNOHISTOQUÍMICA DA ADAMTS-1 E PROTEOGLICANOS NO AMELOBLASTOMA E NO TUMOR ODONTOGÊNICO CÍSTICO CALCIFICANTE
-
Data: 30/06/2014
-
Mostrar Resumo
-
O ameloblastoma e o tumor odontogênico cístico calcificante (TOCC) são tumores odontogênicos que tem origem do epitélio odontogênico, porém ainda não é conhecido o estímulo ou gatilho que leva à transformação neoplásica desses tumores. O comportamento biológico das lesões é distinto, pois o ameloblastoma é um tumor mais agressivo e com taxa de recorrência significativa. Já o TOCC é um tumor menos agressivo e raramente há recorrência e por esse motivo foi utilizado como controle no estudo. Portanto, a elucidação completa dos mecanismos pelos quais esses tumores odontogênicos apresentam tais comportamentos biológicos continua sendo um desafio para os pesquisadores. As ADAMTS (A Disintegrin and Metalloproteinase with ThromboSpondin) são metaloendopeptidases que são dependentes de zinco em seu domínio catalítico. Essas enzimas possuem ampla atividade catalítica contra uma variedade de substratos como os proteoglicanos (agrecan, brevican e versican), que são proteínas presente na matriz extracelular (MEC). As ADAMTS exibem características estruturais que lhes conferem um grande potencial para exibir múltiplas funções. Exibem função crucial em vários processos como proliferação, adesão, invasão e sinalização celular. As alterações nessas enzimas estão presentes em diversos tumores, o que sugere que estas proteínas podem estar envolvidas no processo carcinogênico em diferentes caminhos.
Especificamente a ADAMTS-1 tem sido correlacionada com a tumorigênese de algumas neoplasias como no câncer de mama, pulmão e pâncreas. Assim como a ADAMTS, agrecan, brevican e versican são expressos em vários tumores e a regulação alterada desses proteoglicanos pode contribuir para o desenvolvimento da carcinogênese. Neste trabalho foram estudadas ADAMTS-1, agrecan, brevican e versican no ameloblastoma e TOCC. Foram incluídos 20 casos de ameloblastoma e 6 casos de TOCC, utilizados como controle. A expressão de ADAMTS-1, agrecan,
brevican e versican foi avaliada por imunohistoquímica e as áreas de marcação foram mensuradas e analisadas. Para análise de correlação entre as proteínas estudadas utilizou-se o teste de Spearman. Todas as amostras de ameloblastoma expressaram ADAMTS-1, agrecan, brevican e versican. Todas as amostras de TOCC também expressaram as mesmas proteínas, porém numa quantidade significativamente menor que no ameloblastoma. A diferença de expressão de ADAMTS-1 e brevican no epitélio do ameloblastoma e do TOCC foi significante estatisticamente (p<0,0105). Assim como a expressão de agrecan e versican, no epitélio do ameloblastoma e do TOCC, também foi estatisticamente significante (p<0,0067) e (p<0,0148), respectivamente. Não houve correlação entre as proteínas estudadas.
|
|
|
-
LEIDIANE MENDES BRITO
-
CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DO CÂNCER
-
Data: 08/05/2014
-
Mostrar Resumo
-
O presente estudo tem como tema de discussão, o trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) como essencial para ações de prevenção e controle do câncer, em conjunto com a equipe da Estratégia Saúde da Família. Direcionou-se o olhar, através dos olhos do ACS, para os riscos e atitudes facilitadoras para o desenvolvimento do câncer, bem como para sinais de alarme. A questão que norteou a pesquisa foi: os Agentes Comunitários de Saúde, após receberem devida capacitação, alcançam habilidades suficientes para atuarem no controle do câncer, através de ações da identificação de riscos e educação em saúde? O objetivo principal consistiu em elaborar um modelo de intervenção que contribua para o controle do câncer na Atenção Básica, tendo o ACS como principal mediador. Trata-se de uma pesquisa de intervenção, transversal, de abordagem qualitativa, tendo como objeto de estudo, o trabalho do ACS como um instrumento da ESF para o controle do câncer. Foram selecionados cinco ACSs como participantes principais e oito famílias como participantes secundários. Para a produção dos dados usou-se da pesquisa de campo, que transcorreu entre os meses de janeiro a abril de 2014, e contou com o método observacional. Esta produção foi dividida em dois momentos: estudo de eficácia e estudo de eficiência. A análise dos dados foi organizada em duas matrizes interpretativas: considerações acerca das atividades desenvolvidas e o corolário das ações desenvolvidas, cada uma com suas respectivas categorias e temas. Esta análise contou com o suporte teórico-metodológico da análise de conteúdo temática proposta por Bardin (2011). Quanto aos resultados, os ACSs, após receberem o trabalho de capacitação, tiveram um bom desempenho nas atividades de investigação e educação em saúde. Em um primeiro momento, a intervenção despertou mudanças positivas no cotidiano das famílias participantes da pesquisa, isto é, após a educação em saúde realizada pelos ACSs conseguiram abandonar hábitos de risco que haviam sido identificados. Assim, após implementação do plano prévio de intervenção, evidenciou o modelo aplicável, ou seja, foi possível perceber como deve se organizar e quais os passos devem ser realizados. A presente pesquisa ainda não pode responder se a intervenção elaborada, em definitivo, é capaz de ocasionar mudanças positivas no cotidiano dos participantes a longo prazo e, principalmente, se estas mudanças ajudarão na redução dos índices de câncer. Cabe destacar, para que intervenções como esta tenham sucesso parcerias precisam ser fortalecidas. Pois para que possamos ter uma saúde pública eficiente e, ao mesmo tempo, uma Atenção Básica de qualidade, necessita-se de fato, que todos trabalhem juntos.
|
|
|
-
PAULO MARTINS TOSCANO
-
PERFIL MOLECULAR EM GENES CYP3A4 E CYP2J2: UM CAMINHO PARA A FARMACOGENÉTICA DO RIVAROXABAN EM UMA POPULAÇÃO DO NORTE DO BRASIL
-
Data: 07/03/2014
-
Mostrar Resumo
-
Nos últimos anos, novos anticoagulantes têm sido desenvolvidos com o obje- tivo de minimizar as dificuldades encontradas no manejo clínico das drogas conven- cionais, porém não existem dados publicados sobre a sua farmacogenética. Dian- te da hipótese de que os polimorfismos relacionados à sua metabolização possam ser fonte de variabilidade genética, o presente estudo objetiva realizar inferências de epidemiologia molecular dos polimorfismos nos genes CyP3a4 (rs2246709) e CyP2j2 (rs890293), relacionados ao metabolismo do Rivaroxaban, um novo inibidor direto do fator Xa. São analisadas 136 amostras de indivíduos sau- dáveis de uma população do Norte do Brasil que apresenta um elevado grau de mistura interétnica. Para alcançar o objetivo farmacogenético foi realizada, em para- lelo, análise de ancestralidade genômica nos indivíduos investigados. Os resultados demonstraram diferenças significativas entre os genótipos do CyP3a4 observados no estudo, quando comparados a todas as populações ancestrais para o polimorfis- mo 99365719 a>G (P<0,05). a população miscigenada do norte do Brasil, portanto, apresentou diferença na distribuição das frequências genotípicas em relação aos grupos ancestrais, formadores de nossa população. O mesmo achado não é ob- servado para polimorfismo do gene do CyP2j2. Destaca-se que o polimorfismo no gene do CyP3a4, na amostra investigada, sofre influência da contribuição étnica européia individual. Considerando, a elevada miscigenação que caracteriza a po- pulação local e o avanço da Farmacogenômica na medicina atual, os dados podem contribuir para a melhor compreensão da farmacogenética do novo anticoagulante.
|
|
|
-
CLARISSA SIMAS PEREIRA
-
ASSOCIAÇÃO DOS MARCADORES INDEL, NOS GENES P53, CASP8 E CYP2E1, NA
SUSCEPTIBILIDADE AO CÂNCER NOS INDIVÍDUOS DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ.
-
Data: 26/02/2014
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: Câncer é um sinônimo de neoplasia. É um termo utilizado para
determinar a multiplicação descontrolada e anormal de células de tecido ou órgão. Em
sua maioria, as neoplasias apresentam um grau acentuado de anaplasia, podendo formar massas (tumores malignos) com frequente potencial de invasão das estruturas adjacentes havendo, ainda, a capacidade de espalhar-se para outros órgãos através da corrente sanguínea e do sistema linfático, originando a metástase. A ocorrência do câncer aumentou consideravelmente nas últimas décadas e há grandes evidências de que será, brevemente, considerado o principal problema de saúde pública mundial. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) esse acréscimo permanecerá ocorrendo,
possibilitando uma estimativa para o ano de 2030 de 27 milhões de casos de câncer, 17
milhões de óbitos em decorrência do câncer e 75 milhões de pessoas convivendo,
anualmente, com essa doença, os quais serão mais observados nos países com renda
média e baixa. A etiologia do câncer pode ser genética, ambiental, com influência do
estilo de vida do indivíduo no desenvolvimento de um tumor maligno, sendo
considerada multifatorial. O estudo do fator genético é importante no conhecimento da
biologia do câncer, contribuindo na detecção dos riscos existentes para o seu
desenvolvimento, no diagnóstico, tratamento e escolha terapêutica. Os marcadores
tumorais, também denominados marcadores biológicos, correspondem a
macromoléculas encontradas no tumor, sangue ou outros líquidos biológicos e estão
envolvidos na gênese e no desenvolvimento tumoral. A presença e/ ou alteração na
concentração dessas substâncias indicam a existência da neoplasia, podendo ser
produzidas pelo tumor ou pelo organismo como resposta à presença tumoral. Diversos
estudos na literatura especializada evidenciaram o papel dos polimorfismos INDEL nos
genes CASP8 (rs3834129), TP53 (rs17878362) e CYP2E1 (inserção de 96 pares de
base) no desenvolvimento da carcinogênese. O presente estudo tem como objetivo
investigar estes importantes polimorfismos de risco oncológico em uma população
restrita do Marajo no estado do Pará, nos Municípios de São Sebastião da Boa Vista,
Anajás, Chaves e Portel. Material e métodos: Investigamos o risco associado destes
polimorfismos nos genes: CASP8 (rs3834129), CYP2E1 (inserção de 96 pares de base)
e TP53 (rs17878362) em quatro municípios do Arquipélago do Marajó, no Estado do
Pará. Participaram do estudo 236 indivíduos com câncer ou histórico familiar positivo
para câncer (grupo caso) e 228 indivíduos sem câncer ou histórico familiar para esta
doença (grupo controle), utilizando extração e quantificação de DNA e genotipagem dos
polimorfismos com PCR multiplex e Eletroforese capilar em sequenciado ABI3130.
Para a análise estatística, utilizamos o programa SPSS 20.0. Resultados: A análise
mostrou associação significativa para o desenvolvimento de câncer para os
polimorfismos do tipo INDEL nos genes CYP2E1(P=0,035; OR=1,717; 95% 1,046-
2,819 IC) e TP53 (P=0,011; OR=10,04; 95% 1,275- 7,112 IC). Não foi observada
associação significativa para o gene CASP8 (P=0,378; OR=1,279; 95% 0,778- 2,104
IC) na população investigada. Conclusão: O estudo de epidemiologia molecular
oncológica na população do Marajó evidenciou que existe uma maior predisposição
genética a indivíduos desta população portadores de alelos de risco para os
polimorfismos INDEL nos genes TP53 e CYP2E1 para o desenvolvimento neoplásico.
|
|
|
-
DANIELLE FEIO DA COSTA
-
AVALIAÇÃO DO POLIMORFISMO INDEL NO GENE TYMS EM ASSOCIAÇÃO À RESPOSTA QUANTO AO USO DE FLUOROPIRIMIDINAS EM PACIENTES PORTADORES DE NEOPLASIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL
-
Data: 26/02/2014
-
Mostrar Resumo
-
O câncer consiste em um problema de saúde publica mundial, com estimativa de 27 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por câncer no ano de 2030. No Brasil, as estimativas para o câncer no ano de 2014, apontam a ocorrência de aproximadamente 580 mil casos novos. As fluoropirimidinas são usadas nos principais esquemas quimioterápicos direcionados a tumores do trato gastrointestinal. Nos últimos anos muito se tem investigado sobre causas de respostas individuais diferenciadas em relação ao tratamento quimioterápico; dessa forma têm-se buscado uma terapia individualizada que possa maximizar a eficácia dos medicamentos e minimizar os efeitos adversos associados aos fármacos. Objetivamos buscar a associação do INDEL (rs16430) do gene TYMS com o padrão de resposta ao tratamento oncológico de fármacos com base em fluoropirimidinas, de maneira a contribuir para o desenvolvimento da medicina personalizada.
Material: Estudadas 151 amostras de sangue periférico de pacientes oncológicos tratados com fluoropirimidinas, da população da região amazônica brasileira com elevado grau de mistura interétinica. Foi genotipado um polimorfismo INDEL (rs16430) no gene TYMS envolvido na resposta ao tratamento com uso de fluoropirimidinas. Resultados: A investigação relatou que a maioria dos pacientes tinha doença avançada no momento do diagnóstico; 32,7% receberam tratamento com intenção paliativa; e 22,8% tratamento neoadjuvante. Nossos resultados evidenciam que o polimorfismo INDEL no gene TYMS demonstrou ter um efeito de proteção à progressão tumoral (p=0,033). Pacientes tratados com fluoropirimidinas que eram homozigotos selvagens (INS/INS) apresentaram uma proteção à progressão tumoral de 24% comparado com outros genótipos desse polimorfismo. As estimativas de ancestralidade genômica global da amostra investigada foram: 62,4% europeia; 25,2% nativo americana e 12,4% africana. Foi possível estabelecer uma correlação inversa entre o aumento da ancestralidade ameríndia e a presença de metástase (p=0,024). Conclusão: Estudos farmacogenéticos podem proporcionar uma terapia personalizada reduzindo mortalidade por toxicidades e aumentando a eficácia terapêutica, desta forma proporcionando um tratamento oncológico com melhores resultados clínicos.
|
|
|
-
TARIK OLIVAR DE NUNES VALENTE
-
Análise das proteínas relacionadas a formação de metástase em linhagens de adenocarcinoma gástrico
-
Data: 11/02/2014
-
Mostrar Resumo
-
O câncer gástrico representa um grave problema de saúde pública mundial. A alta incidência de tumores avançados com baixa sobrevida pelas metástases, sobretudo no norte do país, nos fez realizar o estudo comparativo das linhagens de adenocarcinomas gástricos metastáticos (AGP01) com adenocarcinomas gástricos sem metástases (ACP02) através da avaliação proteômica da via de mobilidade celular, que possam ter relação com a formação dessas metástases. Foi realizado estudo proteômico das linhagens AGP01 e ACP02 através da técnica da cromatografia líquida de alta performance 2D Nanoultra (UPLC) em conjunto com nanoESI-MSE (MudPIT) e análise funcional das proteínas diferencialmente expressas no programa Ingenuity Pathways Analysis (IPA). Observamos 19 proteínas com aumento da expressão na linhagem AGP01 em relação a ACP02, as quais apresentam relação com movimento, organização e morfologia celular, onde podemos sugerir que as proteínas ACTB, ANXA1, LGALS1, IQGAP1, EZR, MSN, MYH9 e S100A11, de acordo com nossos achados e corroborados pela literatura pesquisada, tem associação com a metástase de adenocarcinomas gástricos. Outras proteínas se mostraram em forte expressão em nosso estudo, mas na literatura pesquisada sua expressão tem relação com as vias de disseminação apenas de outros tumores, como: mama (RAB5C), pulmão (PLS1 e CAP1), reto (ACTN1) e GIST (SYNE2). Conflitantes com nosso estudo, as expressões das proteínas CAPZA1, FLNA e FLNC, foram observadas na literatura como um inibidor de avanço tumoral, enquanto que as expressão das proteínas MYL6, MYL6B, e ACTN2, aparecem pela primeira vez como tendo relação com a mobilidade celular, invasão e metástase em câncer.
|
|
|
-
IAN BARROSO DOS SANTOS
-
ANÁLISE DE EXPRESSÃO DE miRNAs EM CARCINOMA HEPATOCELULAR
-
Data: 11/02/2014
-
Mostrar Resumo
-
O carcinoma hepatocelular corresponde à neoplasia maligna primária mais
comum do fígado e ao quinto tumor sólido mais frequente no mundo. Altamente letal,
permanece como um grave problema de saúde pública em virtude das dificuldades
no diagnóstico precoce e na elaboração de medidas terapêuticas efetivas. Estudos
recentes no ramo da biologia molecular sugerem que definir o perfil de miRNAs no
carcinoma hepatocelular poderá influir consideravelmente na identificação de
oncogenes ou genes supressores. Objetivou-se avaliar a expressão de miRNA 135b,
miRNA 181a-5p e miRNA 181a-3p em amostras de Carcinoma Hepatocelular e de
Hepatite C Crônica e correlacioná-las de maneira a buscar prováveis biomarcadores.
A investigação foi feita em seis pacientes com carcinoma hepatocelular e vinte e
quatro casos de Hepatite C Crônica, procedentes do Pará, Norte do Brasil,
Amazônia Oriental, da cidade de Belém ou de outros municípios do Estado,
atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto e Santa Casa de
Misericórdia do Pará. Todas as amostras de Carcinoma Hepatocelular foram
submetidas à microdissecção, para posterior extração do RNA. Para a extração do
RNA total e do microRNA foi utilizado o kit AllPrep DNA/RNA FFPE Kit (Qiagen),
quantificados pelo equipamento Qubit® 2.0 Fluorometer (Invitrogen) para
concentração padrão final de 5ng/μL. Em seguida cDNA foi obtido, utilizando-se
TaqMan® MicroRNA Reverse Transcription (Applied Biosystems). As análises
estatísticas foram realizadas nos softwares SPSS 17.0, usando o teste de Mann-
Whitney, considerando como significantes valores de p<0,05. Os resultados
demonstraram diferenças significativas dos níveis de expressão do miR181a-3p e do
miR181a-5p no carcinoma hepatocelular (médias 3,94 e 17,9, respectivamente) em
relação à hepatite C crônica (médias de 1,18 e 1,8, respectivamente) com P valor de
0,005 e 0,003. Nesse estudo, observou-se que os miRNAs 181a-3p e 181a-5p,
especialmente a isso-forma 5p, foram significativamente mais expressos nas
amostras de carcinoma hepatocelular, quando comparados ao tecido hepático não
tumoral com hepatite C crônica. Portanto, os microRNAs possuem características
interessantes que os favorecem como possíveis marcadores biológicos no
rastreamento de tumores para diagnóstico precoce e terapias alvo selecionadas.
|
|
|
-
WILLIAMS FERNANDES BARRA
-
POLIMORFISMO DO GENE DPYD ASSOCIADO À TOXICIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS TRATADOS COM FLUORPIRIMIDINAS
-
Data: 24/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
As fluorpirimidinas são as drogas mais utilizadas no tratamento do câncer. A deficiência na atividade da enzima dihidropirimidina desidrogenase (DPD) é relacionada à toxicidade grave e morte no tratamento com 5-fluoruracil (5-FU), principal fluorpirimidina. Há diferenças regionais na tolerância ao 5-FU, em parte decorrentes de polimorfismos no gene DPYD entre as diversas populações mundiais. Não há dados sobre toxicidade ao 5-FU em pacientes com câncer no Norte do Brasil, nem dados avaliando polimorfismos do DPYD e toxicidade ao 5-FU em populações miscigenadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade em pacientes oncológicos tratados com fluorpirimidinas e investigar sua relação com a presença de dois polimorfismos do DPYD (DPYD*2 e DPYD*5) em população miscigenada controlada pela ancestralidade genômica. Trata-se de estudo transversal, em que foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, com diagnóstico de câncer e tratados com fluorpirimidinas em três serviços de referência em oncologia na cidade Belém do Pará. Dados clínicos e epidemiológicos foram recuperados de prontuários. O DNA foi extraído de sangue total e as análises dos polimorfismos utilizaram o sistema TaqMan. Um painel de 48 marcadores informativos de ancestralidade serviu como método de controle genômico. O programa Structure v.22 foi utilizado para estimar a proporção individual e global de ancestralidade. O programa SPSS 14.0 fo empregado nas análises de regressões logísticas. Foram incluídos 151 pacientes tratados com fluorpirimidinas. A idade média foi de 55,3 anos (18 a 86) e os homens foram 52,7% da casuística. O câncer de cólon e reto (44,7%) foi o sítio primário mais comum seguido do câncer gástrico (39,9%). O 5-FU foi utilizado em monoterapia em 45% dos casos e número médio de ciclos foi de 5,98 (1 a 24). As ancestralidades médias foram 62,4% europeia; 25,2% nativo americana e 12,4% africana. Entre os 113 com informação disponível, 80 pacientes (70,8%) apresentaram algum grau de toxicidade (grau 1 a 4), enquanto apenas 18 (15,9%) apresentaram toxicidade grave (grau 3 e 4). Houve um óbito relacionado à toxicidade ao 5-FU. A homozigose para o polimorfismo DPYD*5 foi relacionado ao aumento de 8 vezes na ocorrência de toxicidade grave (p=0,037). Não foi encontrado nenhum alelo do polimorfismo DPYD*2. Houve correlação significativa entre a ocorrência de qualquer toxicidade e a ancestralidade africana (p=0,035). Embora sem significância estatística, a ancestralidade média africana foi superior no grupo com toxicidade grave (p=0,185) e a nativo americana mostrou tendência à proteção sendo superior no grupo sem toxicidade grave (p=0,059). Os dados reforçam a importância das variações do DPYD na tolerância às fluorpirimidinas e sugerem o controle de ancestralidade como importante para personalizar o tratamento quimioterápico em populações miscigenadas.
|
|
|
-
MEIB NASCIMENTO MARQUES
-
Câncer gastrointestinal: Dificuldades para o acesso ao diagnóstico e ao tratamento
-
Data: 24/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
Atualmente, as estimativas apontam a ocorrência de 10 milhões de casos novos de câncer anualmente, sendo a metade nos países em desenvolvimento. No Brasil, devido a diferenças regionais, a distribuição dos casos é muito heterogênea. O câncer gastrointestinal está entre os 10 mais incidentes do país. Sua e expectativa e qualidade de vida aumentam muito quando o diagnóstico é precoce e o tratamento imediato. Porém, tem-se observado um longo período de tempo, perdido pelos pacientes, entre a descoberta do tumor e o início do tratamento. Conhecer as dificuldades e situações, vivenciadas pelos doentes atendidos no Hospital João de Barros Barreto, que contribuem para retardar esse processo é o que se pretende com esse estudo para proposição de medias alvo específicas que melhorem o fluxo de atendimento nos serviços de saúde.
|
|
|
-
PEDRO ANTONIO MUFARREJ HAGE
-
EXPRESSÃO DOS GENES TFF1 E TFF2 EM ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
-
Data: 24/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
O câncer gástrico permanece como grave problema de saúde pública, com elevada morbidade e mortalidade. Os diagnósticos ocorrem, na maioria dos casos, em estágios avançados da doença, situação na qual as opções terapêuticas disponíveis apresentam reduzida eficácia. Não obstante o avanço do conhecimento a respeito da carcinogênese do adenocarcinoma gástrico, em especial sobre mecanismos genéticos e epigenéticos envolvidos, a aplicabilitadade clínica destes conhecimentos permanece limitada. Objetivando identificar potenciais biomarcadores no câncer gástricos, foi realizado estudo utilizando microarray, comparando-se expressões gênicas em adenocarcinomas gástricos e amostras pareadas de mucosa gástrica não neoplásica. Os resultados preliminares demonstraram diferenças significativas de expressão em 53 genes. Dentre estes, foram selecionados os genes TFF1 e TFF2 para validação da expressão por PCR em tempo real em 78 amostras adicionais. As expressões de TFF1 e TFF2 foram significativamente reduzidas em amostras de adenocarcinoma gástrico, quando comparas aos tecidos pareados não neoplásicos (p<0,05). Adicionalmente, a expressão do gene TFF2 foi significantemente mais reduzida no tipo intestinal do que no tipo difuso. A expressão dos dois genes apresentou uma forte correlação, o padrão de expressão semelhante sugere que TFF1 e TFF2 podem partilhar elementos reguladores comuns. Essa hipótese é intensificada devido a pequena distancia física entre eles. Os resultados sugerem fortemente a participação de TFF1 e TFF2 na carcinogenese gástrica e demonstram um potencial para utilização clínica dos referidos genes como biomarcadores e eventuais alvos terapêuticos no adenocarcinoma gástrico.
|
|
|
-
FLÁVIO NAPOLEÃO BUARQUE BARBOSA FERRO COSTA
-
AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO TÉCNICO DO REFORÇO NA REGIÃO PARAMETRIAL, COMO COMPLEMENTAÇÃO A TELETERAPIA, NO TRATAMENTO DO CARCINOMA DO COLO UTERINO
-
Data: 23/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
O tratamento padrão para o carcinoma do colo uterino estadiamento IIB ou maior
consiste na realização de teleterapia pélvica associada a quimioterapia e posterior
braquiterapia. Recomenda-se também realizar um reforço de dose nas regiões
parametriais objetivando compensar a baixa dose recebida na braquiterapia. No
entanto, a forma e a dose a serem empregadas ainda não foram bem estabelecidas,
sendo mais comum a utilização de uma proteção central fixa, com ao menos 4 cm
largura. Com a popularização da técnica conformada 3D ou técnicas mais
modernas, como o VMAT (Volumetric Modulated Arc Therapy), a utilização da
proteção central fixa gerou questionamentos quanto sua efetiva proteção aos órgãos
de risco e sua influência na cobertura de dose aos alvos do tratamento. Cinquenta
tomografias de pacientes portadoras de câncer do colo uterino tiveram seus alvos
(clinical target volume de alto risco CTV-AR; planning target volume dos
paramétrios PTVp) e seus órgãos de risco (reto / sigmoide, bexiga, fêmur
esquerdo e direito e alças intestinais) delineados, sendo em seguida submetidas a 4
planejamentos distintos: convencional (com proteção central fixa), customizado (com
uma proteção conformada ao PTVp), sem proteção central (também com técnica
conformada 3D, mas sem proteção) e outro com técnica VMAT também sem
proteção. Os resultados obtidos foram estratificados e submetidos a análise
estatística pareada pelo teste de Anova. Delineamento do CTV-AR teve diâmetro
médio de 60,05 mm (80 mm a 40,1 mm) e variação de posicionamento, em relação a
linha média, maior que 10º (indo de 40º a direita a 19º a esquerda), em 22 / 50
pacientes. Volumes alvo: PTVp Dmax e Dmédia semelhantes entre todos; V54 de
88% e D95 de 5106 cGy para o grupo padrão e os outros grupos foram semelhantes
e satisfatórios. CTV-AR Dmáx semelhantes entre todos; V54, D95 e Dmédia
semelhantes e satisfatórias entre o grupo sem proteção e VMAT; grupo padrão com
V54 de 15%, D95 de 4587 cGy, Dmédia de 4878 cGy e grupo customizado V54 de 36%, D95 de 4791 cGy, Dmédia de 5203 cGy. Os órgãos de risco: o intestino
delgado sem diferenças estatisticamente significantes e Dmax de 5600 cGy; ambos
os fêmures ficaram dentro dos limites de tolerância estabelecidos; para o reto /
sigmóide e bexiga, o grupo Convencional foi eficiente em reduzir as doses ofertadas,
porém os melhores resultados foram os do grupo VMAT. O grupo sem proteção,
com V54 de 53% e 64% para o reto / sigmóide e bexiga, foi o único a ultrapassar os
limites do QUANTEC (Análise Quantitativa do Efeito Tóxico no Tecido Normal na
Clínica). O grupo VMAT apresentou os melhores resultados com uma boa cobertura
do CTV-AR e PTVp e as menores doses nos órgãos de risco. O tratamento
convencional reduziu a dose nos órgãos de risco, mas foi ineficiente no tratamento
aos alvos propostos devendo ser substituído por um tratamento mais customizado à
anatomia da paciente.
|
|
|
-
ADENARD FRANCISCO CLEOPHAS CUNHA
-
INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DA MOLÉCULA AUY 922 NA CARCINOMATOSE PERITONIAL SECUNDÁRIA AO ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
-
Data: 23/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
O câncer é um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo responsável por mais de seis milhões de óbitos a cada ano, representando cerca de 12% de todas as causas de morte no mundo. Embora as maiores taxas de incidência de câncer sejam encontradas em países desenvolvidos, dos dez milhões de casos novos anuais de câncer, cinco milhões e meio são diagnosticados nos países em desenvolvimento.
Por sua vez, o câncer gástrico apresenta-se como o quarto mais frequente tumor maligno no mundo, observando-se a maior parte dos casos em países em desenvolvimento, onde está incluído o Brasil. No estado do Pará, devido à alta incidência, essa neoplasia representa um grave problema de saúde pública, e a capital, Belém, já se apresentou na décima primeira posição em relação ao número de pacientes com câncer gástrico por habitante em todas as cidades do mundo com registro desse tipo de tumor. No passado, a carcinomatose peritonial (CP) do câncer gástrico era considerada como um estágio terminal e a maioria dos oncologistas a considerava como uma condição para apenas ser paliada. Assim, surgiram diversas modalidades na tentativa de mudar esse cenário, garantindo ao paciente uma maior sobrevida quando a doença já se encontrasse na condição avançada e com a concomitância de carcinomatose peritonial. Várias publicações dão apontam para uma taxa de resposta de 50% dos pacientes com estágio IV, mas a taxa de resposta foi muito pequena em pacientes com carcinomatose peritonial (CP). Além disso, a maioria dos autores concorda que CP foi a mais comum indicação de falência de quimioterapia (QT) intensiva. Consequentemente, apenas cirurgia ou QT sozinha não é um adequado manejo para câncer gástrico com CP.
Passadas duas décadas, a chamada multimodal cirurgia citorredutora (CRS) associada à quimioterapia perioperatória foi proposta (POC). POC inclui quimioterapia neo-adjuvante (NAC), quimioterapia intraperitonial hepertérmica (HIPEC) e ou quimioterapia pós-operatória precoce (EPIC), a qual dá vantagem à cirurgia em reduzir o tumor visível e POC para erradicar micro-metástases peritoniais e céls tumorais livres. Análise de sobrevida após o CRS associada à HIPEC mostrou que a citorredução completa está associada com aumento da sobrevivência. Quimioterapia neo-adjuvante é proposta para reduzir o peso do tumor antes da cirurgia, resultando em aumento da incidência de citorredução completa.
Recentemente, porém, através de estudo de proteômica, foram identificadas determinadas vias de sinalização para a carcinomatose peritoneal no câncer gástrico. O objetivo desse estudo é avaliar o efeito da molécula AUY 922 sobre a linhagem celular adenocarcinoma gástrico paraense 1 (AG P01 ou ascite gástrica paraense 1), a partir do bloqueio de uma via específica de sinalização da carcinomatose peritoneal, a via chaperona.
|
|
|
-
ALAYDE VIEIRA WANDERLEY
-
IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES GENÉTICOS E ANCESTRALIDADE GENÔMICA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE LEUCEMIA LINFOÍDE AGUDA EM UMA REGIÃO DA AMAZÔNIA
-
Data: 22/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
A leucemia linfoide aguda (LLA) é o câncer pediátrico mais frequente dentre as neoplasias infantis. Apresenta índice de cura de 70 a 90% nos centros de referência oncológicos nos países desenvolvidos e 55 a 60% na maioria regiões brasileiras. O diagnóstico é feito através de realização de mielograma, estudo imunológico das células blásticas (imunofenotipagem) e caracterização molecular das leucemias. Seu tratamento é baseado em protocolo de poliquimioterapia padronizado e consagrado mundialmente. Diferentemente das demais regiões do país a população pediátrica amazônica apresenta peculiaridade de miscigenação e taxas de cura muito baixa, cerca de 34%, com relatos de toxicidade frequentes e falha terapêutica. Não existe estudo molecular destes pacientes rotineiramente para traçar a terapêutica mais adequada. O objetico deste estudo é identificar polimorfismos genéticos de metabolismo nos genes MTHFR e CYP3A5 e marcadores de ancestralidade genômica em pacientes pediátricos portadores de Leucemia Linfóide Aguda atendidos em serviço de referência de oncologia pediátrica do estado do Pará, averiguando a correlação clínica patológica e resposta terapêutica com os achados genéticos encontrados. Será feito um estudo observacional, descritivo, transversal, cuja população são crianças de 0 a 15 anos completos atendidas no Hospital Ophir Loyola no setor de oncologia pediátrica no período de janeiro de 2006 a julho de 2012. Estima-se obter 100 dados amostrais os quais serão submetidos a revisão de prontuário médico e análise de lâmina de mielograma ao diagnóstico da doença, para extração de DNA e técnica de PCR multiplex para análise de ancestralidade genômica. Os dados obtidos comporão um banco de dados organizados utilizando-se o programa SPSS 14.0 (SPSS Ins. Chicago, IL, USA) empregando a regressão logística onde as variáveis independentes serão ordenadas e suas frequências e distribuições obtidas, para posterior análise e apresentação sob a forma de textos e tabelas. Para avaliação da significância estatística testes estatísticos serão aplicados considerado o valor p< 0,05 e IC= 95%.
|
|
|
-
CHRISTIANO RICARDO LIMA VIEGAS FREIRE MENDES DOS R P MARTINS
-
INVESTIGAÇÃO DE CÉLULAS PROGENITORAS EM LINHAGENS DE ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
-
Data: 22/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
Evidências consistentes in vitro e in vivo sugerem que tumores sólidos,
entre eles o câncer gástrico, contenham uma população celular distinta e
fenotipicamente particular: as Células-Tronco Tumorais (CSCs), as quais seriam as
regentes do crescimento, manutenção e disseminação (metástase) tumoral,
incluindo a carcinomatose peritoneal. Seriam responsáveis, ainda, por
quimiorresistência, e, por extensão, pela recidiva neoplásica. Objetivaram-se, neste
trabalho, isolar e caracterizar populações de CSCs em duas linhagens celulares de
adenocarcinoma gástrico: ACP01 e AGP01 (linhagem com alto potencial de
metástase peritoneal), através de citometria de fluxo, do perfil de expressão gênica e
análise proteômica. A análise por citometria de fluxo, demonstrou expressão de
marcadores tipicamente de CSCs em AGP01: CD24/CD133-1 em 86,87% das
células; CD44, em 76,69%; e CD133-2, em 79,39%. ACP01 mostrou perfil mais
comprometido com a diferenciação epitelial (CD24/CD133-1, 67,45%; CD44, 66,48%; e CD133-2, 68,48%). Em AGP01, mostraram-se ativadas as vias de
sinalização hedgehog, Notch e Wnt, padrão de expressão gênica compatível com
populações de CSCs. Conclui-se que a linhagem celular AGP01, exibe um fenótipo
mais indiferenciado, com características estaminais e, eventualmente, de maior
agressividade quando comparada a ACP01.
|
|
|
-
SANDRO ROBERTO DE ARAÚJO CAVALLÉRO
-
PERFIL MUTACIONAL DO GENE APC EM FAMÍLIAS COM POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAL NO ESTADO DO PARÁ
-
Data: 22/01/2014
-
Mostrar Resumo
-
O câncer colorretal é um grave problema de saúde pública na região norte, sendo a 3a neoplasia mais frequente entre os homens e a 2a entre as mulheres. Cerca de 10% destes tumores são hereditários e a polipose adenomatosa familial está entre as principais causas destes. Mutações no gene APC são responsáveis pelo desenvolvimento de tumores nestes pacientes e estão presentes desde a fase mais precoce na carcinogênese, além disso, existe uma relação entre o tipo de mutação e apresentação clínica da doença. Até o presente momento não existe uma publicação com o perfil de mutação do gene APC na região norte do país. Este trabalho tem como objetivo principal, identificar o perfil de mutações no gene APC em famílias do estado do Pará. Um total de 15 pacientes foi analisado provenientes de cinco famílias, todos atendidos no UNACON do HUJBB. Foi realizado a extração de DNA do sangue periférico e realizado um sequenciamento direto em um membro de cada família, obtendo desta forma um screening molecular e os demais membros da família foram genotipados pela técnica ARMS. A análise estatística foi realizada pelos softwares que acompanham o próprio produto. Neste estudo foram encontrados mutações nos 15 membros estudados (provenientes das 5 famílias), 40% das quais eram do tipo frameshift, 35% silenciadoras e 20% nonsense. Sendo que 60% de todas as mutações ocorreram na região MCR. Entre as três mutações mais frequentes na literatura, neste estudo foram encontradas duas: códon 1309 (em 40% dos indivíduos) e no códon 1061 (em 10% dos indivíduos). Estes números foram bem diferentes dos encontrados na literatura, reforçando o papel da miscigenação na frequência das mutações. A mutação c.3956delC foi a única encontrada em todas as famílias analisadas, o que pode comportar-se como um forte biomarcador desta síndrome. A avaliação clínica dos pacientes confirmou a correlação genótipo/fenótipo, sendo um fator determinante para o direcionamento clínico e aconselhamento genético. A plataforma confeccionada para análise de mutações pela técnica ARMS será de grande utilidade, já que conseguiu detectar mutações no 15 indivíduos estudados a um custo bem inferior que o sequenciamento direto por PCR.
|
|