Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • VICTOR HUGO VALENTE CARVALHO
  • “INVESTIGAÇÃO GENÔMICA EM GENES RELACIONADOS AO METABOLISMO DO MERCÚRIO EM POPULAÇÃO

    INDÍGENAS AMAZÔNICAS”

  • Orientador : NEY PEREIRA CARNEIRO DOS SANTOS
  • Data: 02/04/2024
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  • Mercúrio é um metal com ampla distribuição no planeta, presente no solo, corpos aquáticos e na atmosfera. Estimativas apontam que em torno de 19 milhões de pessoas ao redor do mundo estão sob risco de adoecerem pelo contato com o metal. Estudos que identificaram altos níveis de mercúrio em indivíduos indígenas amazônicos demonstram que essa população tem alto grau de exposição a riscos. Em uma população única como a indígena brasileira, a identificação de variantes genéticas com relevância clínica é essencial para compreender a vulnerabilidade ao mercúrio e seus efeitos adversos. Não há estudos sobre o perfil genômico mais amplo dos indígenas, e nem mais especificamente dos provenientes da região amazônica a respeito de contaminação por mercúrio. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil genômico de 23 genes relacionado aos processos de absorção, distribuição, metabolização e excreção desse metal, a partir dos dados do sequenciamento completo do exoma de 64 indígenas da Região Amazônica do norte do Brasil (INDG). A extração do DNA foi realizada pelo método fenol-clorofórmio. A biblioteca de exoma foi preparada usando os kits Nextera Rapid Capture Exome (Illumina) e SureSelect Human All Exon V6 (Agilent), na plataforma NextSeq 500® (Illumina). A análise de bioinformática foi realizada pelo software ViVa®. Comparação das frequências alélicas da população INDG com as populações mundiais publicamente disponíveis no banco de dados 1000 Genomas (Africana, Americana, Europeia, Leste Asiática e Sul Asiática) ocorreu através do teste Exato de Fisher, com correção de Hochberg, e variabilidade interpopulacional dos polimorfismos foi aferida pelo índice de fixação de Wright. Foram identificadas três variantes de alto impacto (GSTA1 rs1051775, GSTM1 rs1183423000, e rs1241704212), com as duas últimas apresentando maior frequência na população do estudo em comparação às populações globais. Além disso, foram descobertas sete novas variantes com impacto modificador e perfil genômico diferente das populações mundiais. Estas variantes genéticas podem predispor a população do estudo a uma exposição mais prejudicial ao mercúrio em comparação com as populações globais. Como o primeiro estudo a analisar a genômica mais ampla das vias do metabolismo do mercúrio em ameríndios amazônicos brasileiros, enfatizamos que esta pesquisa visa contribuir para políticas públicas, utilizando a investigação genômica como um método para identificar populações com maior suscetibilidade à exposição ao mercúrio.

  • VALDINA SOLIMAR LOPES CARDOSO
  • “Estudo da toxicidade oral subaguda do extrato aquoso da folha de Mogno e avaliação do seu potencial anti- nflamatório e neuroprotetor em modelo murino da doença de Parkinson”

  • Orientador : ELIZABETH SUMI YAMADA
  • Data: 22/02/2024
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  • A doença de Parkinson afeta 2% da população com idade acima dos 65 anos e é o segundo distúrbio neurodegenerativo de ocorrência mais comum que se manifesta na população em geral. O aparecimento de sintomas motores está associado à degeneração de neurônios dopaminérgicos da via nigroestriatal; sintomas não-motores clinicamente significativos também contribuem para o grave quadro de incapacidade com a progressão da doença. A principal medida terapêutica consiste na suplementação do baixo nível endógeno de dopamina, pela levodopa, esta estratégia farmacológica melhora temporariamente os sintomas motores. Dentre os mecanismos subjacentes a patogênese da doença estão: estresse oxidativo exacerbado, disfunção mitocondrial e neuroinflamação. Estudo de prospecção fitoquímica mostrou que o extrato aquoso da folha de Swietenia macrophylla King. (EAFM) possui polifenóis, em percentual significativamente maior comparados com extratos de folhas de outras plantas da Amazônia. Além disso, a capacidade antioxidante e anti- inflamatória do EAFM já foram comprovados em modelo in vitro. Este trabalho foi dividido em duas etapas, a primeira avaliou a toxicidade oral subaguda do EAFM em modelo murino. Os resultados mostraram que o tratamento não reproduziu sinais clínicos, comportamentais, bioquímicos e histopatológicos de toxicidade, com isso o EAFM pode ser classificado na categoria 5 de toxicidade, segundo o Sistema Harmonizado Globalmente para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS). Na segunda fase deste estudo, nós investigamos o efeito anti-inflamatório e neuroprotetor do EAFM em modelo murino da DP induzido por 6-OHDA. Os camundongos foram tratados com EAFM, na dose de 50 mg/kg, iniciando-se 7 dias antes da cirurgia até o 7o dia pós-cirurgia. Os animais injetados com 6- OHDA e tratados com EAFM, apresentaram fenótipos comportamentais diferentes no desafio por apomorfina, e por isso os animais foram subdivididos em dois grupos, 6- OHDA/Mogno F1 e 6-OHDA/Mogno F2. As rotações contralaterais no 6-OHDA/Mogno F1 aumentou significativamente no segundo teste em relação ao primeiro, indicando que a lesão induzida por 6-OHDA foi progressiva. No 6-OHDA/Mogno F2 a lesão foi mais branda, e o desequilíbrio dopaminérgico entre os hemisférios cerebrais, não alcançou o limiar capaz de gerar comportamento rotacional. O tratamento com EAFM, pode ter influenciado o aumento, embora não significativo, do desempenho motor no teste de CA e LCE no grupo 6- OHDA/Mogno F1. Enquanto, a melhora motora no 6-OHDA/Mogno F2, pode estar relacionado com o menor grau de lesão. A análise histopatológica confirmou que a lesão no grupo 6-OHDA/Mogno F1 foi maior comparado ao 6-OHDA/Mogno F2, e neste grupo o percentual de imunorreatividade para TH+ no STR e SNpc foi maior, comparado ao grupo modelo. Os achados histopatológicos indicam ainda que os animais injetados com 6-OHDA e tratados com EAFM, na dose de 50 mg/kg/dia, apresentaram sinais de melhora no perfilinflamatório, como menor número de células gliais IBA-1+ no STR ventral e SNpc; e redução na expressão de GFAP+ no STR dorsal. Em conjunto, os resultados do presente estudo sugerem que compostos bioativos presentes no extrato aquoso obtido da folha de Swietenia macrophylla King. podem representar oportunidade de tratamento anti- inflamatório de doenças crônico-degenerativa de base inflamatória e oxidativa como a DP.

  • LUI WALLACY MORIKAWA SOUZA VINAGRE
  • “RASTREIO DE INDIVÍDUOS EM RISCO AO CÂNCER GÁSTRICO HEREDITÁRIO NA REGIÃO DE SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ”

  • Data: 20/02/2024
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  • O câncer gástrico é uma doença de preocupação global e constitui um grave problema de saúde pública no Estado do Pará, por apresentar elevada taxa de incidência e mortalidade. As regiões mais afastadas do centro do Estado apresentam maior número de casos, os quais são atribuídos, geralmente, às causas ambientais. Entretanto, algumas comunidades podem formar um grupo de risco ao câncer gástrico hereditário, nestas regiões, os fatores genéticos podem ter um papel crucial na patogênese da doença. Mutações no CDH1 já foram descritas em outros locais do mundo, tendo sida relacionada a casos de câncer familiar e a diagnósticos em idade jovem. Um estudo feito por nosso grupo de pesquisa realizou uma caracterização de mutação patogênica
    deste gene (1023T>G/p.Tyr341 – rs587776398) a qual recebeu enfoque nesta dissertação. O município de Santo Antônio do Tauá fica localizado a 55 quilômetros da capital e foi formado pela colonização de espanhóis, populações ribeirinhas e por último colonos de origem nordestina. Quando comunidades se formam, o aparecimento de um indivíduo portador de uma variável pode ocasionar um processo chamado “Efeito Fundador”, tal processo pode mudar a frequência de um alelo deletério e estudos já apontaram tais efeitos em comunidades brasileiras. Portanto o objetivo deste estudo foi analisar a presença da variante rs587776398 do gene CDH1 em indivíduos residentes de Santo Antônio do Tauá e suas regiões. Foram coletados 500 indivíduos residentes do município e comunidades próximas, todos os participantes assinaram o TCLE e o projeto foi aceito no CEP do HUJBB, as salivas coletadas foram armazenadas e extraídas seguindo o protocolo de Aidar e Line, a identificação do polimorfismo foi realizada utilizando uma sonda TaqMan e a análise foi realizada no aparelho de PCR em Tempo Real 7500 Real Time PCR (AppliedBiosystems®), amostras positivas passaram por PCR convencional e sequenciamento Sanger. Foram analisados 500 indivíduos e destes foram detectados três indivíduos que possuiam a mutação, os três são pertencentes de uma mesma família, que possui histórico conhecido da mutação em gerações mais antigas. Esta mutação já foi descrita em outros estudos tanto nacionais quanto internacionais, e está descrita como sendo patogênica, uma vez que, adiciona um códon de parada prematura na proteína. Embora haja avanços no conhecimento molecular em relação ao câncer gástrico, estudos e projetos que busquem o acesso a indivíduos em risco a patologia são necessários, já que a doença muitas vezes se mostra assintomática em estágios mais iniciais.

2023
Descrição
  • SERGIO FIGUEIREDO DE LIMA JUNIOR
  • IDENTIFICAÇÃO DE POSSÍVEIS BIOMARCADORES DA POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAL DO CÓLON EM

    PACIENTES DO NORTE DO BRASIL

  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 17/11/2023
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  • O câncer colorretal é um câncer comum em todo o mundo, com 5-10% dos casos sendo hereditários. A síndrome da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) é causada por mutações germinativas no gene APC ou raramente no gene MUTYH. Pacientes e Métodos: Este trabalho não identificou mutações germinativas nos genes MUTYH, NTHL1, POLD1 e POLE em 15 indivíduos pertencentes a cinco famílias com PAF clássica, que tiveram a mutação no gene APC confirmada em estudo anterior. Nossos resultados suportam mutações no gene APC como a principal contribuição genética da PAF clássica com fenótipo grave. Na família que apresentava a forma mais agressiva da doença, realizamos uma análise de hibridação genômica comparativa baseada em array e identificamos a perda germinativa de um alelo dos genes NOTCH2 e BMPR2 na mãe (probando) e na filha. Para validar o envolvimento desses genes nas outras quatro famílias deste estudo, analisamos a variação do número de cópias de DNA no sangue periférico dos 15 participantes. Resultados: A PAF é uma síndrome com considerável heterogeneidade genética e fenotípica e esse fenômeno pode explicar a presença de alterações genéticas secundárias, como a perda alélica dos genes NOTCH2 e BMPR2, encontradas em apenas uma família neste estudo. A análise da CNV confirmou que apenas os dois membros da família FAP2 (paciente 02H e 02F) apresentavam deleção desses dois genes, conforme encontrado pela metodologia aCGH. Os outros participantes do estudo não apresentaram perda alélica para esses dois genes. Conclusão: A validação em maior número de famílias poderia confirmar a presença dessas novas alterações genéticas na PAF clássica e melhorar o entendimento dos diferentes tipos de agressividade da doença.


  • MARCIA BETANIA SANTANA DOS SANTOS
  • "O IMPACTO DO USO DE OPIOIDES NA COVID-19 EM PACIENTES ONCOLÓGICOS"

  • Orientador : ANDREA KELY CAMPOS RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 16/11/2023
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  • O novo Coronavírus, denominado de SARS-CoV-2, foi identificado pela primeira vez em 31 de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China, sendo integrante de uma família de 7 variantes do coronavírus causadores de infecções respiratórias sazonais (Brasil, 2020). O uso de opioides no paciente oncológico tem como objetivo principal a analgesia para o alívio da dor, buscando um melhor resultado durante o processo de tratamento, sendo utilizados fármacos com um potencial alto de alívio e de dependência. Analisar a associação entre o uso de opioides como codeína, metadona e morfina por pacientes oncológicos com diagnóstico de COVID-19, e fatores promotores de agravamento da doença. Tendo como base a análise de prontuários médicos eletrônicos e casos clínicos de pacientes tratados na unidade de atendimento oncológico de alta complexidade (UNACON) do HUJBB. A amostra final do estudo de pacientes oncológicos incluiu 536 indivíduos 225 (42,0%) pré-pandemia (2018- 2019), e 311 (58%) durante a pandemia (2020- 2021) aproximadamente 98,7% dos quais eram pacientes em tratamento com opioides e/ou quimioterapia. A contribuição do estudo foi de avaliar a associação do uso de opioides, pacientes oncológicos, dor oncológica e os riscos da diminuição da imunidade para o diagnóstico da covid-19. Para isto, foram avaliados níveis de dor, diagnóstico principal, tratamento utilizado, como a doença afeta as habilidades de vida diária do paciente através do PS/ECOG e se o paciente foi submetido a testagem para a covid-19. Durante a pesquisa foram selecionados 536 pacientes, sendo indivíduos que fizeram uso de opioides (Codeína: 76,3%, n=409; Morfina: 43,5%, n= 233; Metadona: 9,5%, n=51) e que foram diagnosticados com covid-19 durante a pandemia (13,8%, n=74). Foi realizado estudo transversal e comparativo que consistiu na avaliação em pacientes oncológicos previamente tratados ou não com quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e com ou sem cirurgia, atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto, na Unidade de Média complexidade Oncológica (UNACON), tratados com o uso prolongado de opioide (codeína, morfina e metadona) para alívio da dor oncológica.

  • LETICIA ALMEIDA DE ASSUNCAO
  • PERFIL GENÔMICO ASSOCIADO AO RISCO DE FORMAS SEVERAS DE COVID-19 EM POPULAÇÕES NATIVO-AMERICANAS DA AMAZÔNIA

  • Data: 21/09/2023
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  • Os fatores genéticos associados aos resultados da doença COVID-19 são pouco compreendidos. Esse estudo teve como objetivo associar variantes genéticas no SLC6A20, LZTFL1, CCR9, FYCO1, CXCR6, XCR1,e genes ABO com o risco de formas graves de COVID-19 em nativos americanos da Amazônia e comparar as frequências com as populações continentais. A população do estudo foi composta por 64 ameríndios da região amazônica do norte do Brasil. A diferença de frequência entre as populações foram analisadas usando o teste exato de Fisher, e os resultados foram significativos quando p ≤ 0,05. Investigamos 64 polimorfismos em 7 genes; estudamos 47 variantes genéticas novas ou com previsões de impacto de alto, moderado ou modificador. Identificamos 15 polimorfismos com moderada predição de impacto em 4 genes (ABO, CXCR6, FYCO1 e SLC6A20). Entre as variantes analisadas,18 mostraram diferenças significativas na frequência de alelos na população NAM quando comparada com outros. Relatamos duas novas variantes genéticas com impacto modificador na população amazônica que poderiam ser estudados para validar as possíveis associações com os resultados do COVID-19. O perfil genômico dos nativos americanos da Amazônia pode estar associado à proteção contra formas graves de COVID-19. Este trabalho fornece dados genômicos que podem ajudar nos próximos estudos para melhorar os resultados do COVID-19.

  • MARCELO BRAGA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DE BIOMARCADORES MOLECULARES DE LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS POR MEIO DA NESTED PCR E DE REALTIME PCR

  • Data: 04/09/2023
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    A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma doença heterogênea nos níveis demográfico, clínico e genético. A LLA é mais comum em crianças com média de idade entre 3 e 6 anos, porém pode aparecer nas outras faixas etárias. Nas leucemias, as fusões gênicas são variantes genéticas que contribuem para a tumorigênese, com uma certa correlação com o curso clínico da doença. A detecção do tipo de fusão gênica é um diferencial no diagnóstico da leucemia, pois fornece marcadores moleculares que orientam para uma terapia direcionada e monitoramento da doença residual mínima. Quatro importantes translocações cromossômicas encontradas na LLA de células B definem subgrupos clínico-patológicos distintos e têm sido utilizadas na estratificação de risco para fins de tratamento. São incluídas: ETV6::RUNX1 (t12;21), TCF3::PBX1 (t1;19), BCR::ABL (t9;22) KMT2A::AF4(t4;11), SIL::TAL. Embora muito do processo de leucemogênese possa ser justificado por estas modificações, parte importante ainda permanece sem marcadores moleculares/celulares que possam explicar a formação da leucemia, ou ainda, que possa colaborar no diagnóstico ou direcionamento terapêutico. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a presença de marcadores moleculares (fusões gênicas) em pacientes pediátricos portadores de LLA no Estado do Pará. Para este fim, 58 reações de Nested PCR foram realizadas a fim de verificar quais as fusões genicas mais frequentes e associar com os dados clínicos-hematológicos-bioquímicos (contagem de leucócitos, número de plaquetas, número de blastos, dosagem de hemoglobina e valor do LDH). Fora também realizado 27 reações de PCR em Tempo Real com a finalidade de comparar os resultados das técnicas aplicadas. Foi utilizado o software estatístico SPSS, considerando como significativo um valor de p <=0,05. Das amostras analisadas, 59% eram do sexo masculino e 41% do feminino, a média de idade foi de 8,13 anos e os transcritos de fusão mais frequentes foram: 41% apresentaram a fusão ETV6::RUNX1, 15% TCF3::PBX1, 5% BCR::ABL, 1% o rearranjo KMT2A. Entretanto, não foi observada diferença estatística significativa entre as fusões gênicas e os dados clínicos dos pacientes. Notou-se que há uma diferença entre sensibilidade e especificidade entre as metodologias utilizadas. Por fim, esse estudo buscou avaliar as fusões gênicas em pacientes com LLA e quais os principais impactos na clínica do paciente e buscar entender melhor a patogênese das leucemias infantis.

  • TAMIRES DE CÁSSIA DOS SANTOS VILACORTA PEREIRA
  • ENSAIO CLÍNICO PARA VERIFICAR A VIABILIDADE E EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE TELERREABILITAÇÃO INDIVIDUAL NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

  • Data: 03/07/2023
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  • A DP é conhecida por ser um distúrbio do movimento que envolve a neurodegeneração crônica e progressiva. O uso da telessaúde para sessões orientadas em reabilitação física fisioterapia, denominado de telereabilitação, é uma estratégia inovadora e viável que visa melhorar o acesso de pacientes com doenças crônicas e dificuldades de locomoção aos tratamentos voltados à reabilitação. Foi realizado um ensaio clínico piloto, controlado e randomizado para avaliar a viabilidade e eficácia de um programa de reabilitação individual remoto para pacientes com DP. Os desfechos principais analisados foram: a aderência ao tratamento, ocorrência de efeitos adversos e avaliação de marcha e equilíbrio pelo teste instrumentado Timed Up and Go. Os resultados não demonstraram diferença significativa entre os grupos telerreabilitação e cartilha nas avaliações T4 e T8. Quando os dois grupos foram analisados em conjunto, houve redução do TUG na avaliação final em relação a basal. Para os participantes que concluíram este estudo, o exercício guiado pelo fisioterapeuta por vídeo foi seguro, viável e com boa taxa de adesão, onde a maioria dos participantes sentiu melhora do bem-estar e dos sintomas motores da doença.

  • LORENA GUERREIROS DE OLIVEIRA
  • ESTUDO DE INTERFERENTES NA ATIVIDADE DA ENZIMA BIOTINIDASE

  • Data: 03/07/2023
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  • A Deficiência da Biotinidase é um erro inato do metabolismo de herança autossômica recessiva que atinge igualmente ambos os sexos feminino e masculino. A Deficiência de Biotinidase, desde 2012, faz parte do Programa Nacional de Triagem neonatal disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A literatura relata a existência de alguns interferentes nas análises da atividade da Biotinidase de amostras colhidas a partir do Teste do Pezinho, tais como: condições de desenvolvimento como prematuridade, icterícia, utilização de alguns fármacos, temperatura inadequada, tempo de transporte das amostras superior ao ideal, entre outros. Diante disso, é destacada a importância do cumprimento de todas as normas de qualidade dos fatores pré-analíticos, analíticos e pós analíticos. Desta maneira, notou-se a importância da confirmação diagnóstica para os testes que apresentaram resultados positivos para deficiência da Biotinidase analisados pelo Laboratório Central do Pará (LACEN-PA), devido as amostras recebidas serem oriundas de todo o território paraense, estando sujeitas a alguns dos interferentes citados, principalmente em decorrência da distância entre os Municípios até a capital do Estado. A confirmação diagnóstica foi realizada no Laboratório de Erros Inatos do Metabolismo (LEIM), localizado no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, por meio de coleta sanguínea em tubo heparinizado e posterior congelamento da amostra para realização do teste em até 7 dias. Essa estratégia de confirmação, busca diminuir os interferentes, tendo em vista que a coleta é realizada in loco, com tempo mínimo de transporte e armazenamento em temperatura em -20°C. Foi observada uma discordância de 92% dos resultados obtidos no LACEN-PA e LEIM em coletas e metodologias diferentes, sugerindo grande participação dos interferentes tempo/distância entre os municípios onde as amostras foram coletadas até a capital onde foram analisadas. Este trabalho demonstrou a importância de políticas públicas eficientes com a finalidade de evitar resultados falsos positivos para DB, oferecer um diagnóstico preciso aos usuários do Sistema Único de Saúde e encaminhamento para tratamento especializado no Serviço de Referência em Doenças Raras Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (UFPA)


  • CATARINA TORRES PINHO
  • VIGILÂNCIA GENÔMICA E ANÁLISE DA DISPERSÃO DO SARS-CoV-2 NA AMAZÔNIA PARAENSE

  • Data: 30/06/2023
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  • A pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) provocou inúmeras modificações na sociedade geral e na comunidade científica. Desde 2020, inúmeras pesquisas foram realizadas com o intuito de auxiliar a elucidar os mecanismos de interações do vírus com o hospedeiro, assim como de sanar as consequências do surgimento de diferentes variantes ao redor do globo, em um curto período. Neste contexto, o genoma do SARS-CoV-2 foi sequenciado e esclarecidas as bases moleculares que auxiliam as melhores formas de enfrentar o vírus e suas crescentes variantes. Portanto, tornou-se essencial analisar este cenário no estado do Pará, que foi um dos estados da região Norte mais atingido pela pandemia. Dessa forma, o objetivo principal deste estudo foi investigar e caracterizar as sequências genômicas do SARSCoV-2, a fim de identificar variantes e linhagens do vírus que estejam associadas aos riscos de agravamento da COVID-19, além de analisar a filodispersão das variantes em municípios paraenses. O presente estudo conta com 1.003 amostras de participantes de 64 municípios do estado do Pará, coletadas de 2020 até 2022, tanto de saliva quanto de swab. O RNA viral foi extraído a partir dessas amostras, e foram realizadas as análises moleculares da RT-qPCR e o sequenciamento, para identificação do vírus e das linhagens e variantes presentes nas amostras, seguido das análises estatísticas e bioinformáticas. Em relação às amostras, foram identificados 496 (49,45%) participantes do sexo feminino e 507 (50,55%) do sexo masculino, com uma média de idade de 43 anos. A variante Gama foi responsável pelo maior número de casos, com 290 (28,91%) registros, seguida pela variante Delta com 53 (5,28%) casos. Além disso, foram encontrados sete (0,69%) casos da variante Ômicron e 651 (64,9%) casos não relacionados a variantes de preocupação (VOCs). Foi observada uma associação significativa entre o sexo dos participantes e o quadro clínico (p = 8,65e-08 para o sexo feminino; p = 0,008961 para o sexo masculino), assim como com a idade (p = 3,6e-10). Ademais, foram realizadas análises de filogenética e filogeografia, que indicaram correlações entre as variantes circulantes no estado do Pará, especialmente as VOCs Gama, Delta e Ômicron e as não-VOCs B.1.1.28 e B.1.1.33. Além disso, constatou-se que as variantes apresentam tendência a se disseminar a partir de Belém em direção ao interior do estado. O presente trabalho apresenta dados importantes sobre as variantes e suas diferentes formas de dispersão geográfica, além de seus impactos na população estudada, formada principalmente por residentes do estado do Pará.

  • RAISSA STEFANY RODRIGUES DOS REIS
  • ANÁLISE DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL 5Q ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS RARAS LOCALIZADO EM BELÉM (PA).

  • Data: 28/06/2023
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  • A Atrofia Muscular Espinhal (AME) 5q é uma doença neurodegenerativa autossômica recessiva causada pela alteração do gene SMN1 causando atrofia muscular, simétrica, proximal e progressiva. O tratamento multiprofissional é essencial para o retardo da progressão da doença e melhoria da qualidade de vida dos acometidos. A AME 5q repercute-se a nível de vários órgãos e sistemas, envolvendo frequentemente os sistemas respiratório, osteoarticular e gastrintestinal. Como também apresentam fraqueza muscular mastigatória, dificuldades de abrir a boca, controle reduzido da cabeça, disfagia e problemas respiratórios que podem impactar negativamente no estado nutricional desses pacientes. Desse modo, é imprescindível que o acompanhamento nutricional contemple não somente controle do peso, mas também ingestão de líquidos, macronutrientes e micronutrientes, direcionando terapias nutricionais específicas e mais assertivas para a promoção de saúde desses pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional de pacientes com Atrofia Muscular Espinhal 5q atendidos em um hospital de referência em Belém-PA. Na metodologia, o presente estudo tratou-se de uma pesquisa observacional descritiva realizada com crianças e adolescentes de 2 a 19 anos portadoras de Atrofia Muscular Espinhal 5q tipos II e III, atendidos no ambulatório do hospital universitário Bettina Ferro de Souza. Os dados foram coletados por meio de formulário de avaliação nutricional, contendo: aspectos clínicos, antropometria e exames bioquímicos além de um Questionário de Frequência Alimentar e Recordatório 24h. Utilizou-se o programa BioEstat 5.0, sendo aplicado o teste Qui-quadrado, com nível de significância de 5% (p<0,05). Sobre os resultados, verificou-se que dos 10 pacientes avaliados, 70% eram do sexo feminino (n = 7), em que a maioria estava na fase pré-escolar 40% (n = 4). 80% dos pacientes eram do tipo II de AME 5q (n = 8). No perfil alimentar 100% dos pacientes (n = 10) usava a via oral como principal via de alimentação e 50% destas era de consistência normal (n = 5). Na análise do perfil nutricional 40% (n=4) dos avaliados estavam com desnutrição segundo o IMC para idade, 20% (n=2) com muito baixo peso no Peso para Idade. Segundo a classificação do %CB 50% dos indivíduos estavam com desnutrição, sendo que dentre esses 20% (n=2) com desnutrição grave. No que se refere ao consumo alimentar, foi avaliado a ingestão habitual de alimentos em que apenas metade da amostra (n = 5) possuía o hábito de consumir frutas diariamente, das hortaliças em geral esse número caiu para 30% (n =3), assim como também foi avaliado que em relação a consumo de farelo de aveia não fazia parte da rotina alimentar desses pacientes. No que diz respeito a ingestão alimentar, segundo o VET, 40% dos pacientes estavam com inadequação estatisticamente significativa (p <0,0001), apresentando ingestão classificada abaixo do recomendado. Conclui-se que a maioria dos pacientes estava em alimentação por via oral, de consistência normal, no entanto, uma parcela apresentou ingesta inadequada quantativamente, mas a problemática maior foi na análise qualitativa da dieta com baixo consumo de fibras e micronutrientes o que acusa o risco nutricional desses pacientes. Por isso a importância de mais estudos com pacientes com AME 5q que sirvam de base para criação de protocolos de avaliação específica para condutas de terapias nutricionais mais eficazes para acompanhamento e promoção de saúde dessa população.

  • ALESSANDRA MENDONCA TOMAS
  • INFLUÊNCIA DA ESCOLARIDADE E DA IDADE EM ASSOCIAÇÃO A POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO ÚNICO NO DESEMPENHO COGNITIVO

  • Data: 25/04/2023
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  • Já se sabe que as habilidades cognitivas tendem a diminuir com a idade, com variação significativa entre os indivíduos e muitos estudos têm sido realizados em busca de biomarcadores genéticos que antecipem com mais precisão os riscos relacionados ao envelhecimento patológico. No presente estudo, investigamos a influência potencial dos polimorfismos de nucleotídeo único de BDNF, NTRK2 e Irisina/FNDC5 no desempenho cognitivo de adultos jovens e idosos com níveis educacionais contrastantes. Abordamos duas questões simples relacionadas ao declínio cognitivo relacionado à idade: 1) A presença de polimorfismos de risco de nucleotídeo único de BDNF, NTRK2 e FNDC5 explica pelo menos parte da variação dos desempenhos cognitivos observados no final da vida? 2) O nível de escolaridade melhora as funções cognitivas afetadas por essas combinações? Para tanto, medimos a memória espacial de trabalho, o processamento rápido da informação visual, o tempo de reação, a memória de reconhecimento visual e a memória episódica de jovens (25 – 27 anos, n = 150) e idosos (69 – 71 anos, n = 252), com baixa (Young = 75, Old = 126) e alta escolaridade (Young = 75, Old = 126) utilizando testes específicos e sensíveis da Cambridge Automated Neuropsychological Test Assessment Battery - CANTAB. A ANOVA de três vias revelou que polimorfismos de nucleotídeo único para os genes investigados estavam associados a desempenhos diferenciais em funções executivas (SWM), memória episódica (PAL), atenção sustentada (RVP), velocidade de resposta mental e motora (RTI) e memória de reconhecimento visual (DMS) e que maior escolaridade melhorou as funções cognitivas afetadas. Tomados em conjunto, os resultados revelaram influências diferenciais de polimorfismos únicos na cognição no final da vida, sugerindo sua utilidade como potenciais biomarcadores e enfatizando a importância da estimulação multissensorial e cognitiva que a educação avançada oferece, reduzindo os efeitos deletérios combinados de dois importantes fatores não modificáveis para declínio cognitivo relacionado à idade.

  • SAMARA SILVEIRA DA CRUZ
  • Leucemia mielóide crônica com duplo cromossomo filadélfia e coexpressão das transcrições de fusão p210 e p190

  • Data: 14/03/2023
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  • O cromossomo Philadelphia (Ph), t (9;22) (q34;q11.2), origina um gene quimérico denominado BCR-ABL e está presente em mais de 90% dos pacientes com LMC. A maioria dos pacientes com LMC expressam a proteína p210 BCR-ABL e com uma frequência inferior ao 5% expressam isoformas raras, a principal é a p190. Na transição da fase crônica para a fase blástica (BP), anormalidades cromossômicas adicionais, como a presença do duplo cromossomo Ph, são reveladas. A coexpressão de p210 e p190 é rara na LMC e a expressão da proteína p190 ocorre na maioria de pacientes portadores de leucemia linfoblastica aguda Ph positivos. A superexpressão do gene mutado BCR-ABL1 e sua quantificação quando combinada a avaliação genética dos cromossomos seja por cariótipo e/ou hibridização in situ fluorescente (FISH), somados a quantificação da expressão gênica de BCR-ABL1 em reação em cadeia da polimerase por transcriptase reversa (RT-qPCR), permite que o paciente seja avaliado de forma individualizada, e se necessário, tenha seu tratamento ajustado às suas necessidades. No hospital Ophir Loyola, os pacientes passam por todo o processo de realização de exames necessários até que se tenha um diagnóstico fechado e início de tratamento. Portanto, este trabalho, visa avaliar os pacientes que são atendidos no hospital, a fim de detectar quais alterações laboratoriais moleculares de maior interesse clínico que podem explicar o prognóstico adverso destes pacientes. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, realizado através da análise de prontuários de pacientes atendidos no Hospital Ophir Loyola, entre maio de 2017 e outubro de 2020, diagnosticados com LMC e em tratamento com mesilato de imatinibe (400mg/dia). Entre 6 meses e 26 meses, após o diagnóstico da LMC.

  • ELISA DA SILVA MENEZES
  • INVESTIGAÇÃO DE VARIANTES DE NUCLEOTÍDEO UNICO EM GENES PRECURSORES E DO PROCESSAMENTO DE MICRORNA EM ASSOCIAÇÃO COM A TOXICIDADE AO TRATAMENTO DA LLA EM PACIENTES NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 06/03/2023
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  • A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é o câncer infantil mais comum no mundo. Variantes de nucleotídeo único (SNVs) em miRNA e genes que codificam proteínas do complexo de síntese (SC) de miRNA podem afetar o processamento de drogas usadas no tratamento da LLA, resultando em toxicidades relacionadas ao tratamento (TRTs). Nós investigamos o papel de 25 SNVs em genes de microRNA e genes que codificam proteínas do SC de miRNA, em 77 pacientes tratados para ALL-B da Amazônia brasileira. Os 25 SNVs foram investigados usando o TaqMan® OpenArrayTM Genotyping System. SNVs rs2292832 (MIR149), rs2043556 (MIR605) e rs10505168 (MIR2053) foram associados a um aumento do risco de desenvolver Toxicidade Neurológica, enquanto rs2505901 (MIR938) foi associado com proteção contra esta toxicidade. MIR2053 (rs10505168) e MIR323B (rs56103835) foram associados com proteção contra toxicidade gastrointestinal, enquanto DROSHA (rs639174) aumentou o risco de desenvolvimento. A variante rs2043556 (MIR605) foi relacionada à proteção contra toxicidade infecciosa. SNVs rs12904 (MIR200C), rs3746444 (MIR499A) e rs10739971 (MIRLET7A1) foram associados a um menor risco de toxicidade hematológica grave durante o tratamento ALL. Essas descobertas revelam o potencial para o uso dessas variantes genéticas para entender o desenvolvimento de toxicidades relacionadas ao tratamento de LLA em pacientes da região amazônica brasileira.

  • PRISCILA SALVADOR DE ALMEIDA TINOCO
  • ANÁLISE DO NÚMERO DE CÓPIAS DO GENE HER2 NO DNA TUMORAL CIRCULANTE E SOBREVIVÊNCIA GLOBAL DE PACIENTES COM CARCINOMA DE MAMA

  • Data: 30/01/2023
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  • A biópsia líquida tem se apresentado como um método minimamente invasivo que, a partir da análise de fluidos corporais como sangue, investiga a presença de características moleculares específicas como o DNA tumoral circulante (ctDNA) liberados de células necróticas e apoptóticas. O ctDNA consiste em fragmentos de DNA livre de células (cfDNA) que são liberados das células tumorais para a corrente sanguínea. Apesar da biópsia líquida não substituir a biópsia de tecido tumoral convencional, já apresenta resultados promissores no diagnóstico do câncer, sendo possível identificar a heterogeneidade intratumoral, além de apontar terapias específicas para o tratamento de neoplasias. Essa abordagem tem sido fundamental na medicina de precisão em oncologia. O gene HER2 está alterado em cerca de 20% dos carcinomas de mama, e sua variação no número de cópias (CNV) está correlacionado com um pior prognóstico e resistência ao tratamento. Além disso, pacientes com carcinoma de mama considerados HER2-positivos são candidatos à terapia alvo específica anti-HER2. Atualmente, o status de HER2 é identificado através da quantificação da expressão proteica por imuno-histoquímica (IHQ) e análise de amplificação do gene por hibridização in situ fluorescente (FISH) em tecidos biopsiados. A análise com métodos altamente sensíveis como PCR digital em gotas (ddPCR) tem surgido como uma alternativa para o diagnóstico preciso e rápido na identificação do status de HER2. No presente estudo analisamos CNVs do gene HER2 no ctDNA através da ddPCR em 36 pacientes com carcinoma mamário em tratamento no Hospital Universitário João de Barros (Belém-PA). Além disso, os resultados foram correlacionados com os dados clínico-patológicos e foi verificado o impacto na Sobrevivência global (SG). Na análise da ddPCR, 9/36 pacientes apresentaram resultados inconclusivos. Ao comparar o  resultados de CNV no ctDNA das pacientes com o status HER2 positivo (3+ e 2+ confirmado por FISH) (2,30±1,75; mediana ± intervalo interquartil) e negativo (0-1+ e 2+ sem confirmação por FISH) (2,03±1,63) não foi observado significância estatística (p=0,547). Dentre as 17 pacientes que apresentaram status HER2 positivo, 64,70% (11/17) apresentaram ganho de CNV (≥2,2) (2,52±2,34), enquanto 60% (6/10) das pacientes apresentaram status HER2 negativo não obtiveram ganho de CNV (<2,2) (1,72±0,932) (p˂0,001). Esses dados resultaram em uma excelente correlação com os dados da IHC e FISH, sugerindo que o ddPCR pode indicar resultados precisos e promissores das alterações genéticas e do prognóstico do paciente, e também propor um método eficaz e minimamente invasivo em comparação com a biópsia de tecido. Na correlação da SG com os dados clínico-patológicos, pacientes com resultado HER2 3+, obtiveram SG de aproximadamente 150 meses (p=0,00018), esses dados corroboram estudos recentes indicando que pacientes com uma alta expressão de HER2 possuem maior sensibilidade à terapia alvo. Assim, conclui-se que as análises de CNV de HER2 no ctDNA de pacientes com carcinoma de mama apresentaram resultados que indicam a sensibilidade do método por ddPCR, e são importantes para um bom entendimento da biópsia líquida na prática clínica, além de possuírem grande potencial de definirem prognóstico e a melhor abordagem terapêutica.

2022
Descrição
  • CLAUDIA CRUZ BARBOSA
  • EFEITO DO CONSUMO DO AZEITE DE OLIVA EXTRAVIRGEM: ESTUDO EM CRIANÇAS COM FIBROSE CÍSTICA ATENDIDAS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO EM BELÉM-PA

  • Data: 22/12/2022
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  • A fibrose cística (FC) é uma doença genética autossômica que afeta a proteína reguladora da condutância transmembrana na fibrose cística (CFTR), que funciona como um canal de cloro regulando o balanço entre íons e água através do epitélio. A nutrição tem demonstrado um importante papel neste agravo devido à necessidade de uma prescrição dietética diferenciada por meio de uma alimentação hipercalórica e hiperlipídica associado a um acompanhamento antropométrico, e como estratégia alimentar o azeite de oliva extravirgem pode trazer diversos benefícios devido sua composição rica em ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e seus compostos bioativos considerados nutraceuticos, que são capazes de modular a expressão gênica interferindo na produção de proteínas e metabólitos; possui efeitos antiinflamatório, antioxidante e antimicrobiano. Objetivo: O estudo buscou avaliar o efeito da ingestão do azeite de oliva extravirgem em crianças com fibrose cística atendidas em um centro especializado em Belém-PA. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico com crianças na faixa etária de 2 a 11 anos atendidas no Hospital Universitário João de Barros Barreto, quanto a amostra havia 26 indivíduos na idade estudada porém 6 não estavam aptos a participar da pesquisa, foi possível contactar 18 porém 3 se recusaram a participar, portanto a pesquisa contou com 15 indivíduos, o grupo exposição (n=8) recebeu acompanhamento dietético e azeite de oliva extravirgem durante três meses e o grupo controle (n=7) a orientação nutricional padrão para a doença. As variáveis analisadas foram: a antropometria- (Estatura/idade e Índice de massa corporal/idade), exames para investigar o perfil lipídico (Colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos), o status glicêmico (glicemia em jejum) perfil hepático (transaminase oxalacética (TGO), transaminase pirúvica (TGP), fosfatase alcalina e Gama glutamil). Resultados: Houve redução nas taxas de TGP (p=0.0259), TGO(p=0.0259), glicemia de jejum (p= 0.0355) e triglicerídeos (p=0.0157) com diferença significativa quando comparado os grupos controle e intervenção. Conclusão: A suplementação com azeite de oliva extravirgem mostrou ser efetiva, no entanto diversos fatores podem influenciar na saúde destas pessoas como os hábitos de vida, o estado de saúde geral e variantes genéticas individuais, por isso estudos com tempo mais longo de ingestão e com maior número de participantes de preferência multicêntricos devem ser avaliados, porém o azeite de oliva extravirgem se mostra como mais uma ferramenta para agregar as diversas medidas para melhorar a qualidade de vida dessa população.

  • AMANDA DE NAZARE COHEN PAES
  • Caracterização do perfil molecular de genes de replicação e reparo em populações ameríndias da Amazônia

  • Data: 20/12/2022
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  • A “era das ômicas” tem chamado atenção pela grande quantidade de dados disponíveis para investigações extensivas dentro das populações e entre as populações. Técnicas de sequenciamento em larga escala permitem a identificação de marcadores moleculares associados à predisposição, diagnóstico e sucesso terapêutico de diversas patologias. Grande parte dos estudos realizados até o presente, entretanto, são realizados em populações caucasianas, e raros estudos foram realizados em populações miscigenadas e ameríndias. Os grupos Nativo Americanos do Brasil possuem um perfil genético único, devido a um longo processo de isolamento geográfico, cruzamentos endogâmicos e deriva genética. Essas populações apresentam uma baixa variabilidade genética quando comparada às outras populações continentais, de modo que dados gerados para outras populações mundiais podem não ser extrapolados ou aplicáveis ás populações ameríndias. Pouco se tem conhecimento a respeito do perfil molecular dos ameríndios do Brasil, além das possíveis implicações de variantes genéticas presentes nessas populações, que possam causar impacto clínico na saúde desses povos e de populações com elevado grau de ancestralidade genômica ameríndia, como a brasileira. Adicionalmente, a epidemiologia molecular também pode permitir a descoberta e caracterização de novos marcadores moleculares nesta população, ou auxiliar na validação do conhecimento de estudos anteriores em outras populações. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é caracterizar o perfil molecular de 18 genes de replicação e reparo do DNA em populações ameríndias, e comparar os achados com dados da população brasileira descrita no Arquivo Brasileiro Online de Mutações (ABraOM), bem como com dados de cinco populações continentais disponíveis no Banco de Dados de Agregação de Genoma (gnomAD). Para isso, utilizamos os dados obtidos através do sequenciamento completo do Exoma de 64 indivíduos ameríndios. As bibliotecas foram preparadas usando os kits Nextera Rapid Capture Exome (Illumina) e SureSelect Human All Exon V6 (Agilent). A análise de bioinformática foi realizada pelo software ViVa®. Encontramos em nossa análise mais de 432 variantes. Após a aplicação de nossos critérios de seleção, descrevemos a frequência alélica de 55 variantes em genes de reparo, das quais 7 não somente foram diferencialmente distribuídas nas populações Nativo Americanas, mas apresentam impacto clínico signficativo. Adicionalmente, descrevemos 9 variantes nunca antes descritas em outras populações. Quanto aos os genes de replicação, descrevemos a frequência alélica de 45 variantes, todas com impacto clínico relevante. Destas, 16 variantes foram diferencialmente distribuídas nas populações ameríndias investigadas quando comparadas às populações continentais e à população brasileira. Descrevemos ainda 8 SNVs exclusivos da população Nativo Americana da Amazônia barasieira. Nosso estudo reforça o entendimento de que a população ameríndia amazônica apresenta um perfil genético único, e nossos achados podem colaborar com a criação de políticas públicas que otimizem a qualidade de vida desses grupos, bem como da população brasileira, que apresenta alto grau de mistura interétnica com grupos essa população.

  • LUIZ HENRIQUE CAMPOS HOLANDA
  • Abordagens estruturais in silico da inibição das Sirtuínas 1 e 2 por novos derivados de Salicilatos

  • Data: 27/10/2022
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  • O Câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que tem como resultado o crescimento desordenado de células, que acabam invadindo órgãos e tecidos. Devido a sua divisão acelerada, essas células acabam sendo muito agressivas e atuam de forma incontrolada. As enzimas sirtuínas são desacetilases que podem contribuir para o câncer. Visando isto, estas moléculas são alvos terapêuticos no controle da doença. O maior objetivo de toda terapêutica é uma boa seletividade com baixos efeitos colaterais, por este motivo, este trabalho estuda a molécula Riparina como possível candidato a inibidor destas enzimas. Os nossos estudos parciais, mostraram bons resultados de Docagem molecular entre o inibidor e estas enzimas. Através de técnicas de modelagem molecular iremos tentar melhorar a interação do inibidor com as enzimas, propor melhorias, selecionar derivados para a síntese e avaliação biológica. Os resultados de dinâmica molecular mostraram ótimos resultados entre os derivados F1 e F2 principalmente no sirtuína 1, que é a principal isoforma associada ao câncer. Outros resultados de energia livre, cálculos de RMSD mostraram a eficácia da inibição da enzima e comparação a diversos fármacos inibidores, em especial ao EX-527.

  • JULIANA CARLA GOMES RODRIGUES
  • PERFIL FARMACOGENÔMICO DE POPULAÇÕES AMERÍNDIAS DA AMAZÔNIA.

  • Data: 03/10/2022
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  • As reações adversas a medicamentos constituem uma importante causa de morbidade e mortalidade comumente encontrada diante de diferentes esquemas terapêuticos. Cerca de 20 – 30% das causas destas reações são devido à variabilidade genética individual dos pacientes. A farmacogenômica concentra-se na identificação das variantes genéticas que influenciam na eficácia, resposta e/ou toxicidade de fármacos por alterações na farmacocinética ou farmacodinâmica. Sabe-se que as investigações farmacogenômicas possuem um viés de ordem populacional, já que as frequências alélicas de importantes loci farmacogenéticos variam intensamente entre diferentes populações geográficas, ou seja, existe uma variabilidade interétnica observada nos padrões de eficácia e tolerância a fármacos. Grande parte dos estudos farmacogenéticos são realizados majoritariamente em populações europeias. Dessa forma, há uma lacuna no conhecimento acumulado sobre as variantes farmacogenômicas em populações pouco estudadas, como as populações ameríndias, especificamente, os grupos étnicos localizados na região Amazônica brasileira. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é descrever o perfil de variantes genéticas presentes em populações ameríndias relacionadas a 160 genes envolvidos em processos de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e vias biológicas de diferentes terapias farmacológicas. Para isso, utilizamos dados obtidos através do sequenciamento completo do exoma de 64 indivíduos de diferentes grupos étnicos da Amazônia brasileira. A extração do DNA foi realizada usando fenol-clorofórmio. As bibliotecas foram preparadas usando os kits Nextera Rapid Capture Exome (Illumina) e SureSelect Human All Exon V6 (Agilent). A análise de bioinformática foi realizada pelo software ViVa®. O estudo relata um total de 3311 variantes; destes, 167 são exclusivos de populações ameríndias e 1.183 estão localizados em regiões codificantes. Entre essas novas variantes, encontramos variantes codificantes não sinônimas nos genes DPYD IFNL4 e variantes com alta frequências alélicas em regiões intrônicas dos genes MTHFRTYMS, GSTT1 e CYP2D6. Além disso, 332 variantes com significância alta ou moderada (impacto disruptivo ou não disruptivo na eficácia da proteína, respectivamente) foram encontradas com frequência mínima de 1% na população ameríndia da Amazônia. Os dados aqui relatados servem como base científica para futuros protocolos de tratamento guiados farmacogeneticamente específicos de populações ameríndias amazônicas, bem como para populações miscigenadas com alto grau de ancestralidade ameríndia, como a população do Norte do Brasil.



  • ABIGAIL NAYARA DOS SANTOS SILVA
  • IDENTIFICAÇÃO CITOGENETICA MOLECULAR DA FUSÃO PML-RARA EM PACIENTES APRESENTANDO LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

  • Data: 22/09/2022
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  • A leucemia mieloide aguda (LMA) é caracterizada pelo do acúmulo de mieloblastos atípicos, mais comumente na medula óssea, resultando na falência medular. A classificação franco-americana-britânica (FAB), dividiram a leucemia mieloide aguda em subtipos, M0 a M7, com base no tipo de célula em que a leucemia se desenvolve e o grau de maturidade das células. A Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) é classificada como LMA-M3.  Na maioria dos casos o prognóstico desses pacientes é desfavorável, pois trata-se de uma patologia altamente agressiva devido o sangramento causado pela descompensação da coagulação. Molecularmente, a LPA se caracteriza pela translocação recíproca balanceada t(15;17) (q24.1;q21.2), resultando na expressão da proteína de fusão leucemia promielocítica (PML) e o receptor de ácido retinóico-α (RARα), a fusão PML-RARA. Quanto a terapêutica utilizada, utiliza-se o ácido all-trans retinóico (ATRA) e pelo trióxido de arsênio (ATO), fármacos que atuam diretamente no desbloqueio da transcrição do DNA e na diferenciação e maturação dos promielócitos. A precedência de LPA em detrimento a LMA, é a terapêutica altamente eficiente e responsiva a partir da detecção da fusão PML/RARA. Com isso, o diagnóstico específico desta anomalia é fundamental e neste contexto a detecção da fusão genica de PML-RARA, é realizado através de técnicas moleculares como RT-PCR e FISH. No presente estudo foram analisados 41 pacientes, destes com suspeita de LPA, 21 foram confirmados através da análise da presença da fusão gênica PML-RARA, 74% dos pacientes do sexo feminino e 26% pacientes do sexo masculino. Os demais foram descartados para LPA e seguiram com diagnóstico e tratamento para LMA. Dos pacientes positivos para LPA, 12 pacientes conseguiram efetuar o tratamento padrão segundo as diretrizes do Ministério da Saúde em tempo hábil e destes, todos alcançaram a remissão da doença através da terapêutica adotada. 9 pacientes evoluíram a óbito, devido desordens de coagulação, antes de iniciar o tratamento. Para a análise estatística dos dados, foi o utilizado o teste qui-quadrado para realizar a associação dos positivos e negativos em relação a idade e ao sexo, assim como para a correlação dos dados clínicos-patológicos. 

  • DANIEL DE SOUZA AVELAR DA COSTA
  • Caracterização taxonômica em análise de metatranscriptômica do câncer gástrico na população paraense

  • Data: 20/09/2022
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  • A atuação do microbioma na progressão do Câncer Gástrico, na forma de Helicobacter pylori e o vírus Epstein-Barr é um fato extensivamente estudado na literatura devido sua capacidade de induzir a carcinogênese, bem como demandar tratamentos específicos, respectivamente. Sendo assim, a caracterização do microbioma bacteriano e viral e o estudo das associações do microorganismos ali presentes figuram-se como uma ferramentas valiosas para melhor compreensão da contribuição desse fator na equação cujo produto final é o Câncer Gástrico. Portanto, o presente estudo visa propor uma metodologia para a caracterização taxonômica dos microorganismos presentes no microbioma associado ao Câncer Gástrico de pacientes paraenses do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Este método, que utiliza as ferramentas Trimmomatic, Centrifuge e Recentrifuge, tem como finalidade descrever o microbioma bacteriano e viral de amostras de metatranscriptoma, garantir a confiabilidade destes resultados e compará-los com a literatura. Ao comparar os 40 microorganismos mais encontrados neste trabalho com os de outros artigos, ao menos 4 bactérias comuns a todos foram encontradas, demonstrando a viabilidade do método. Também foi identificado uma prevalência de 20.58% de amostras categorizadas como EBV+, um percentual maior do que o esperado pela literatura.

  • JORGE AMANDO BATISTA RAMOS
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MUTAGÊNICO DA JQ1 SINTÉTICA EM CÉLULAS NÃO NEOPLÁSICAS

  • Orientador : ROMMEL MARIO RODRIGUEZ BURBANO
  • Data: 01/08/2022
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  • A JQ1 pertence ao grupo de proteínas de domínios bromo (BET) que estão presentes em diversas proteínas
    nucleares funcionando como plataformas reguladoras da transcrição, moduladoras e modificadoras da
    cromatina. A JQ1 é constituída quimicamente com quatro anéis aromáticos através da fórmula molecular
    C 23 H 25 ClN 4 O 2 S . A função das proteínas de domínios bromo tem sido relacionada com o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer. As proteínas de domínio bromo são um exemplo de proteínas onde há desregulação epigenética. No presente trabalho a JQ1 sintética C 23 H 25 ClN 4 O 2 S foi utilizada como objeto de estudo para avaliação da atividade citotóxica em linhagem de célular MN01 (epitélio gástrico normal) no qual apresentou atividade citotóxica com valor de CI50 de 0,41 µM. Para a avaliação do potencial genotóxico pôde-se observar que houve um aumento significativo nas concentrações de 0,2 µM; 0,4 µM e 0,8 µM quando comparado ao controle negativo. Na avaliação do padrão de morte celular (apoptose ou necrose) foi realizado o ensaio de
    coloração diferencial por laranja de acridina /brometo de etídio por microscopia de fluorescência, onde foi
    demonstrado que durante o tratamentocom a JQ1 na concentração de 0,2 µM apresentou 12,0 % de células apoptóticas e 9,6 de células em necrose, a concentração 0,4 µM apresentou 15,6% de células em apoptose e 11,2 % de células em necrose, na maior concentração 0,8 µM houve aumento significativo de 19,8 % de células em apoptose e 23,4% de células em necrose em comparação a células não tratadas. concluiu-se que a JQ1, apresentou atividade citotóxica e genotóxica semelhante quando comparada a doxorrubicina, o que se mostra interessante para ser utilizado no tratamento no que diz respeito. Juntos, esses achados sugerem que a JQ1 é uma ótima candidata à droga antineoplásica, ou para o desenho de novos fármacos com essa finalidade.

  • TEREZA CRISTINA DE BRITO AZEVEDO
  • DESENVOLVIMENTO DE UM PAINEL MOLECULAR DE MEDICINA DE PRECISÃO ENVOLVIDO NA RESPOSTA A TERAPIA COM USO DE IMATINIBE EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

  • Data: 30/06/2022
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  • A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) originária nas células tronco da medula óssea. A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma síndrome mieloproliferativa clonal, caracterizada pela proliferação excessiva das células de linhagem granulocítica. O mesilato de imatinibe (MI) é o tratamento recomendado para a fase crônica da LMC, ele age a partir do bloqueio da atividade da tirosina quinase, a qual previne a transdução de sinais de energia necessários para a proliferação celular e apoptose. Cerca de 20-30% dos pacientes são resistentes ao tratamento com mesilato de imatinibe. O monitoramento da resposta terapêutica permite avaliar o tipo de resposta e a detecção precoce de possíveis resistências ao tratamento. O objetivo do estudo foi investigar a associação de 72 biomarcadores moleculares, envolvidos na via carcinogênica e de metabolismo do imatinibe com a resposta terapêutica ao imatinibe em pacientes com LMC. A genotipagem das variantes genéticas foi realizada por discriminação alélica utilizando a tecnologia TaqMan OpenArray Genotyping no equipamento QuantStudio™12K Flex Real Time PCR System. No primeiro estudo analisamos a associação do polimorfismo genético e suscetibilidade em uma população miscigenada da Amazônia. O polimorfismo rs28399433 (CYP2A6) e rs3742106 (ABCC4) apresentaram uma predisposição diminuída para o desenvolvimento da LMC. Os achados deste estudo pode fornecer revelação sobre predisposição genética, embora sejam necessárias mais pesquisa para uma explanação mais conclusiva. Os resultados da investigação de indivíduos com o genótipo recessivo GG para a variante rs2372536 no gene ATIC tem aproximadamente três vezes mais chances de desenvolver falha no tratamento com imatinibe no decorrer do tempo. Assim como, os indivíduos que possuem o genótipo TT para a variante rs10821936 no gene ARID5B têm maior risco de falha do tratamento com imatinibe. Essas variantes ainda não haviam sido investigadas até o presente momento. Quando foi analisada a resistência primária ao imatinibe, obtivemos como resultado que para a Variante de Nucleotídeo Único (SNV) rs12505410 do gene ABCG2, os pacientes com o alelo G tem menos risco de não apresentarem resistência primária do que indivíduos com o genótipo TT. E na resistência secundária, obteve-se que para a variante rs2290573 do gene ULK3, pacientes com o genótipo recessivo AA tem três vezes mais chances de desenvolver resistência ao longo do tempo do que pacientes com outros genótipos. Além disso, a combinação de diversas variantes genéticas apresentara diferença estatística para resistência primária e secundária. Em conclusão, mostramos que variantes nos genes investigados podem influenciar potencialmente a resposta terapêutica ao imatinibe em pacientes com LMC.

  • SWENY DE SOUSA MARINHO FERNANDES
  • O PAPEL DA VARIANTE DO SLC22A1 E DA ANCESTRALIDADE GENÔMICA NA TOXICIDADE DURANTE O TRATAMENTO DE CRIANÇAS PORTADORAS DE LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • Data: 29/06/2022
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  • .No Brasil, a leucemia linfóise aguda (LLA) é a principal causa de morte em crianças e adolescentes sendo a neoplasia mais prevalente na faixa etária infantil. A toxicidade relacionada ao tratamento é uma das principais causas de interrupção na quimioterapia, influenciando diretamente na sobrevida dos pacientes. A ancestralidade ameríndea é um importante fator para esse evento devido a flutuação de frequências de variantes genéticas como nos genes NUDT15 e no SLC22A1, genes que compõem as vias farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos quimioterápicos. O presente estudo objetivou investigar possíveis associações entre os polimorfismos dos genes NUD15 (rs1272632214) e o SLC22A1 (rs202220802) e da ancestralidade genômica associada a toxicidades decorrentes do tratamento da LLA nas crianças tratadas na região amazônica do Brasil. A população estudada foi composta por 51 pacientes com diagnóstico recente de LLA, durante a indução do tratamento com o protocolo BFM 2009 entre um a 18 anos de idade ao diagnóstico. Foram realizados testes laboratoriais no inicio do tratamento, antes e após a segunda fase de tratamento e eventos adversos foram compilados e as toxicidades estratificadas entre moderadas e severas de acordo com a Guia de Critérios de Toxicidade do Nacional Cancer Institute. O DNA foi extraído dos pacientes de acordo e as amostras foram quantificadas, bem como a genotipagem dos polimorfismos e a avaliação da ancestralidade genômica foi realizada. Após a coleta de dados e a analise do material genético foi realizada análise estatística. Nossos resultados evidenciaram uma associação significativa do risco de toxicidade severa em até três vezes mais quando na presença da variante do gene SLC22A1 nos genótipos homozigoticos e heterozigóticos com deleções (OR:3,18, p = 0,031). A análise de ancestralidade genética demonstrou que pacientes que possuem alta contribuição de ancestralidade africana tem um fator protetivo significativo contra o desenvolvimento de toxicidades (OR: 0,174; p = 0,010), possivelmente devido aos fatores de risco aumentados associados a contribuição ameríndia. Nossos resultados indicam que a população miscigenada com alta ancestralidade africana tem o menor risco de desenvolvimento de toxicidade durante a indução na terapia de LLA. Adicionalmente os indivíduos com variantes genéticas associadas ao SLC22A1 tem um risco maior de desenvolvimento de infeções durante essa fase do tratamento.

  • LUCIANA DO SOCORRO DA SILVA VALENTE
  • MODULAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA INFLUENCIADA PELO ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES COM HEMOFILI.

  • Data: 10/06/2022
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  • xA hemofilia é uma deficiência congênita ligada ao cromossomo X, sendo a hemofilia A e B as mais comuns relacionadas à deficiência de fator VIII e IX, respectivamente. Ambas causam sangramentos, sendo as hemartroses a marca característica da doença, causando inflamação e, consequentemente, aumento na secreção de citocinas próinflamatórias, servindo como fator de risco importante para a artropatia hemofílica. O diagnóstico é baseado na dosagem dos fatores de coagulação FVIII e FIX. O tratamento consiste basicamente na infusão de fator deficiente. O acompanhamento multidisciplinar é fundamental para que haja êxito na reabilitação dessa população sendo a fisioterapia indicada o mais precoce possível afim de controlar os sintomas, prevenir a recorrência de sangramentos, danos articulares e recuperação da função e da atividade da articulação afetada. Objetivo: Analisar os efeitos da fisioterapia na expressão de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias em pacientes com hemofilia. Métodos: 20 pacientes com hemofilia e 20 indivíduos sem hemofilia participaram do estudo, sendo somente os com hemofilia submetidos a 10 sessões de fisioterapia. Citocinas pró-inflamatórias IL-2, IL-12 e INF-γ e anti-inflamatórias IL-4, IL-10 e TGF-β foram coletadas antes e depois do atendimento fisioterapêutico nos pacientes com hemofilia. Resultados: Houve diminuição significativa das citocinas pró-inflamatórias e aumento das anti-inflamatórias em pacientes com hemofilia e também em comparação ao grupo controle após a fisioterapia. O aumento da IL-4 não foi significativo quando comparado ao grupo controle. Conclusão: Os recursos eletrotermofototerápicos e os exercícios utilizados na fisioterapia foram eficazes para diminuir as citocinas pró-inflamatórias e aumentar as citocinas anti-inflamatórias.

  • ROSANY DE OLIVEIRA LISBOA
  • PHENOME-WIDE ASSOCIATION STUDIES (PHEWAS) APLICADO À INVESTIGAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE DOR

  • Data: 07/06/2022
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  • A dor é uma experiência de natureza subjetiva, interpretada de forma pessoal e de acordo com uma extensa paleta de fatores únicos de cada indivíduo. A dor orofacial pode ser aguda ou crônica, geralmente é a principal razão de o paciente buscar por atendimento odontológico. A percepção da dor varia amplamente entre os indivíduos, além disso, estudos indicam que a dor pode apresentar uma associação fraca com o grau de dano ou inflamação observável pelos clínicos. Essa variabilidade é considerada um mosaico de fatores, os quais incluem fatores biopsicossociais e fatores genéticos. Portanto, o estudo de fatores envolvidos nessa variação pode contribuir tanto o entendimento das diferenças no processo de experiência da dor e também para para o tratamento da dor de forma personalizada e mais eficiente. Objetivo do estudo é realizar Phenome-Wide Association Study (PheWAS) para pesquisar fenótipos associados a marcadores genéticos em genes relacionados à dor em dois grupos de pacientes que receberam mais ou menos anestesia durante o tratamento odontológico. A amostra será composta de 1289 indivíduos que participam do Projeto de Registro Odontológico e Repositório de DNA (DRDR — Dental Registry and DNA Repository) da Universidade de Pittsburgh, sendo 900 participantes no grupo que recebeu maior quantidade de anestesia e 389 constituindo o grupo de comparação que recebeu menos anestesia. A análise PheWAS será realizada através do pacote PheWAS no software Studio R, para tanto serão utilizados os dados fenotípicos da amostra (58 fenótipos) e os dados genotípicos referentes a sete SNPs (Single-nucleotide polymorphism) em genes que estão associados a percepção e modulação da dor e resposta a drogas usadas no tratamento da dor, os quais são: gene COMT (rs4818 e rs6269), GCH1 (rs378364), DRD2 (rs6276), OPRM1 (rs1799971), SCN9A (rs6746030) e SCN10A (rs6795970). A análise revelou um efeito protetor do rs1799971 sobre a asma na amostra total; rs3783641 foi associado a distúrbios de secreção salivar em mulheres que receberam mais anestesia. O rs1799971 também foi associado à periodontite em caucasoides que receberam menos anestesia. rs4818 foi associado a doenças e outras condições da língua no grupo composto por afro-americanos que receberam menos anestesia. Em conclusão, este estudo implicou variantes em genes relacionados à dor na asma e nos fenótipos orais.

  • DANIELLE FEIO DA COSTA
  • Aplicação genômica no rastreamento de variantes alélicas potencialmente relacionadas a toxicidade letal em pacientes tratados com 5FU da Amazônia brasileira

  • Data: 25/04/2022
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  • Os tratamentos à base de fluoropirimidina ainda são considerados desafiadores devido à grande variabilidade nas taxas de eficácia e toxicidade apresentadas pelos pacientes. Essa variabilidade pode ser explicada, em parte, por diferenças genéticas individuais que contribuem significativamente para a resposta da farmacos, com 30% dos pacientes apresentando toxicidade grave relacionada à deficiência de diidropirimidina desidrogenase (DPD) e no metabolismo de 5-fluorouracila (5-FU). Este estudo analisou o exoma dos principais genes envolvidos na via do metabolismo da fluoropirimidina (DPYD, TYMS / ENOSF1, MTHFR, CDA, CES2 e UGT1A1) em sete pacientes que desenvolveram toxicidade letal de 5-FU diagnosticada com adenocarcinoma gástrico ou colorretal e submetidos ao tratamento do câncer baseado em fluoropirimidinas. Foram identificados 74 variantes, 25 dos quais se destacam pelo potencial papel na segurança da administração do 5-FU. Oito variantes são exclusivas da população estudada (duas encontradas no gene DPYD, duas no MHFR, uma no CES2 e três no gene UGT1A1) e 17 já foram associadas à eficácia da fluoropirimidina e / ou eventos de toxicidade: 10 deles estão localizados no gene DPYD ( rs17376848, rs1801159, rs1801160, rs1801265, rs2297595, rs55684412, rs56038477, rs56276561, rs56293913 e rs72728438), duas variantes foram encontradas na região intergênica do gene MTHFR (rs1801131 e rs1801133) e três no gene CDA (rs1048977, rs2072671 e rs3215400). O presente estudo nos permitiu obter um perfil global das variantes genéticas nas vias farmacocinéticas e farmacodinâmicas das fluoropirimidinas em pacientes com alta miscigenação genética na região norte do Brasil que evoluíram para óbito devido à toxicidade letal decorrente de terapias baseadas em 5-FU.

  • DIANA FEIO DA VEIGA BORGES LEAL
  • Susceptibilidade genética em pacientes com tuberculose em uma população da Região Amazônica brasileira

  • Data: 29/03/2022
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  • A tuberculose (TB) é uma infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis com alta incidência e mortalidade. Polimorfismos de base única (SNPs) e ancestralidade Ameríndia podem estar envolvidos na susceptibilidade à tuberculose. O primeiro estudo investigou o potencial papel da ancestralidade genética ameríndia na suscetibilidade à infecção por tuberculose em uma população da região amazônica altamente miscigenada. Este estudo caso-controle incluiu 280 indivíduos diagnosticados com tuberculose e 138 indivíduos, trabalhadores de saúde, saudáveis, sem histórico de TB, e em contato com pacientes com a tuberculose ativa. Para determinar a ancestralidade europeia, africana e ameríndia, 61 Marcadores Informativos de Ancestralidade foram genotipadas por PCR multiplex. As amplificações foram realizadas utilizando o QIAGEN Multiplex PCR Kit. A visualização da amplificação foi feita em gel de agarose e a separação dos fragmentos por eletroforese capilar. A análise dos resultados foi efetuada com o software GeneMarker e o software STRUCTURE v2.3.4 foi utilizado para estimar as proporções de mistura africana, europeia e ameríndia nas amostras estudadas. Os resultados mostram que a composição étnica do grupo caso foi de 25,4% para Africanos, 40,9% Europeus e 33,7% Ameríndios, enquanto na composição do grupo controle foi 21,6% para Africano, 49,9% Europeu, 28,5% Ameríndios. Esses resultados sugeriram um aumento da contribuição da ancestralidade Ameríndia e perda de contribuição de ascendência europeia no grupo de casos em comparação com o grupo de controle. A influência da faixa de ancestralidade Ameríndia na suscetibilidade dos indivíduos à TB foi avaliada usando modelo logístico de regressão multivariada com sexo como covariável. Esta análise indicou que a ancestralidade da Ameríndia na faixa de 20% a 60% era um fator de risco para suscetibilidade a TB, com pico de risco na porção superior desta faixa (40-50%). Neste trabalho, conclui-se que a ancestralidade Ameríndia é um importante fator de risco para suscetibilidade à tuberculose em população da região amazônica. O segundo estudo teve como objetivo realizar um estudo de associação entre 26 SNPs e tuberculose e avaliar se essas variantes genéticas podem conferir fatores de risco para tuberculose na população Amazônica. Este estudo caso-controle foi realizado em 190 indivíduos com TB ativa e 178 controles saudáveis. Vinte e seis polimorfismos de nucleotídeo único foram selecionados por estarem relacionados a processos biológicos, respostas imunes, tuberculose ou doenças infecciosas. Amostras de DNA foram extraídas usando Mini Spin Plus Extraction e quantificadas por espectrofotometria. As amplificações e genotipagens das amostras para os polimorfismos foram realizadas através da reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), com a tecnologia de discriminação alélica TaqMan OpenArray, em um aparelho QuantStudio™12K Flex. A análise dos dados foi realizada usando o software TaqMan® Genotyper. O controle do efeito da miscigenação da população foi realizado através de Marcadores Informativos de Ancestralidade para evitar as associações espúrias. Neste estudo foram encontradas sete variantes genéticas significativamente associadas a indivíduos com tuberculose em indivíduos da região Amazônica. A investigação revelou que os SNPs rs10035440 (DROSHA), rs7372209 (miR26-a1), rs1834306 (miR100), rs4919510 (miR608), rs10739971 (pri-let-7a-1) foram significativamente associados com alto risco de tuberculose. Além disso, os SNPs rs3746444 (miR499) e rs6505162 (miR423) foram significativamente associados a um baixo risco de desenvolver a doença. Nosso estudo contribuiu para uma melhor compreensão da patogênese da TB e pode promover o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico contra a infecção por M. tuberculosis.

  • WANDERSON GONCALVES E GONCALVES
  • Rede neural convolucional na infecção por Helicobacter pylori

  • Data: 18/02/2022
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  • As imagens histológicas fornecem informações importantes sobre os perfis de integridade e inflamação das estruturas celulares e teciduais. Dentro deste contexto, as ferramentas de inteligência artificial podem auxiliar no processo de diagnóstico, interpretando automaticamente essas informações. Redes Neurais Convolucionais Profundas (CNNs) têm mostrado resultados promissores na análise de imagens em diversas aplicações de estudo, inclusive na área da saúde, tornando-se uma ferramenta de impacto. Por outro lado, faltam coleções de imagens de treinamento necessárias para gerar modelos de classificação e detecção, principalmente devido a fatores computacionais e humanos que dificultam a obtenção de dados bem anotados. O presente estudo teve como objetivo construir uma coleção pública de imagens histopatológicas e um modelo de rede neural convolucional para o diagnóstico de perfis inflamatórios ocasionados pela infecção de Helicobacter pylori. Imagens de exames histopatológicos de biópsia gástrica foram utilizadas para investigar o desempenho do modelo de rede neural convolucional na detecção da infecção. Construímos um banco de dados que compreende 394.926 imagens histopatológicas, das quais 111K foram rotuladas como positivas para H. pylori e 283K permaneceram como negativas. Investigamos o desempenho de classificação de três arquiteturas CNN, que foram treinadas com cerca de 394.926 patches de imagens. Os modelos foram testados e validados com dois conjuntos distintos de 15% (59K patches) escolhidos aleatoriamente. O modelo de arquitetura VGG16 apresentou validação satisfatória AUC 99,8%. Os resultados mostraram que as redes neurais convolucionais podem ser utilizadas no auxílio da classificação de perfis inflamatórios ocasionados por H. pylori em imagens histopatológicas de tecidos gástricos com destacada precisão, o que evidencia seu potencial e aplicação no campo da patologia computacional.

2021
Descrição
  • LILIAN DE SOUZA D ALBUQUERQUE SILVA
  • Associação entre 25(OH)vitamina D, HBA1C e albuminúria no diabetes mellitus: Dados de um estudo de base populacional (VIDAMAZON)

  • Data: 17/12/2021
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    Estudos recentes têm sugerido que a vitamina D (VD) pode apresentar um efeito nefroprotetor no diabetes, mas a relação entre VD, controle glicêmico e albuminúria precisa ser melhor compreendida. O objetivo deste trabalho é avaliar a relação entre 25- hidroxi - vitamina D [25(OH)D], hemoglobina glicada (HbA1C) e albuminúria em pacientes com diabetes mellitus (DM). Foi realizado estudo transversal com 1576 indivíduos com DM que tiveram os níveis de 25(OH)D, HbA1C e albuminúria medidos na mesma ocasião. Foram excluídos do estudo aqueles que apresentaram níveis anormais de creatinina, para eliminar a interferência da disfunção renal nos níveis de VD. Nos resultados, foi observado que pacientes com pior controle glicêmico (HbA1C ≥7%) tiveram menor nível de 25(OH)D quando comparados àqueles com HbA1C <7% (28.1 ± 9.9 vs 29.7 ± 10.2ng/mL, p = 0.003) e os níveis de 25(OH)D predisseram 1,5% do comportamento da HbA1C. A concentração de 25(OH)D em pacientes com normoalbuminúria foi maior do que naqueles com micro ou macroalbuminúria (29.8 ± 9.0 vs 26.8 ± 8.6 e 25.1 ± 7.6ng/mL, respectivamente, p = 0.001). Adicionalmente, quando os pacientes foram distribuídos pelo nível de 25(OH)D (<20; 20-30 e >30ng/mL), aqueles com valores mais baixos apresentaram maior chance de exibir albuminúria [OR = 2.8 (95% CI = 1.6 – 4.9), p<0.001, e OR = 2.1 (95% CI = 1.3 - 4.6), p<0.001, respectivamente]. No nosso modelo de regressão múltipla, albuminúria foi influenciada pela HbA1C (r² = 0.076, p<0.00001) e 25(OH)D (r² = 0.018, p = 0.002) independentemente. Portanto, conclui-se que houve uma associação entre 25(OH)D, HbA1C e DRD, e que a influência da vitamina D na albuminúria ocorreu independente do controle glicêmico. Apesar dos nossos pacientes apresentarem níveis normais de creatinina, são necessários estudos prospectivos futuros para confirmar se esta associação precede ou não a perda da função renal.

     

  • PATRICIA RODRIGUES PORTUGAL
  • PREVALÊNCIA DE SARCOPENIA E SUA RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS ATENDIDOS A NÍVEL AMBULATORIAL EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 16/12/2021
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  • A sarcopenia é uma síndrome progressiva que atinge a massa muscular esquelética, ocasionando perda da quantidade, qualidade e força do músculo. Os idosos, por apresentarem alterações fisiológicas do próprio envelhecimento, são o grupo mais acometido, e estudos apontam que o estado nutricional e o consumo alimentar são variáveis que podem influenciar no desenvolvimento da síndrome. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi investigar a prevalência de sarcopenia e sua relação com o estado nutricional e consumo alimentar de idosos atendidos a nível ambulatorial em um hospital de ensino do estado do Pará. Trata-se de um estudo analítico, transversal, com dados pertencentes ao projeto de pesquisa denominado “Fatores associados à sarcopenia em idosos: um estudo caso controle em um hospital de ensino”, sendo a pesquisa, realizada no ambulatório de nutrição do idoso do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), na cidade de Belém/Pará. A sarcopenia foi tratada como variável dependente, e para diagnóstico desta, utilizou-se a definição do consenso europeu proposto pelo European Working Group Sarcopenia in Older People; o estado nutricional foi avaliado por meio do índice de massa corporal (IMC), circunferência da panturrilha (CP) e circunferência do braço (CB); e o consumo alimentar, analisado por meio de um questionário de frequência alimentar (QFA) de natureza qualitativa. Foram analisados 153 pacientes, destes 58 (37,91%) eram sarcopênicos e 95 (62,09%) eram idosos não sarcopênicos (NS), a maioria dos idosos sarcopênicos apresentaram peso adequado e todos apresentaram depleção muscular segundo a CP, ambos os grupos apresentaram elevados percentuais de consumo de leites e derivados, cereais e leguminosas, hortaliças e frutas, mas também deóleos e gorduras. Não foi verificada associação entre sarcopenia e consumo alimentar, porém foi verificada associação entre sarcopenia e estado nutricional, por meio da CB e CP. Dentre as variáveis analisadas neste estudo, a que mais relacionou-se significativamente com asarcopenia foi a CP, relação esta inversamente proporcional

  • LETICIA CRISTINA DALZY CASTRO
  • Associação entre o polimorfismo do gene rs10030044 da catepsina o e câncer de mama

  • Data: 13/12/2021
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  • As catepsinas são enzimas proteolíticas que participam de vários processos biológicos importantes.  No  entanto,  quando  presente  em  níveis  alterados,  podem  estar  envolvidas  no desenvolvimento  de  diversas  patologias,  incluindo  o  câncer  de  mama,  uma  doença  com  alta taxa de incidência e mortalidade entre mulheres. Muitos estudos têm demonstrado a correlação entre alta expressão dos níveis de catepsinas e o tumor. Além disso, SNPs em diferentes genes que codificam diferentes catepsinas  podem interferir  nessa expressão e na relação da enzima com  as  células  tumorais.  Foi  demonstrado  que  o  SNP  rs10030044,  localizado  no  gene  da catepsina O, ao aumentar sua expressão, interfere na eficácia da terapia com tamoxifeno nos pacientes  com  câncer  de  mama  ER+,  causando  decréscimo  na  taxa  de  sobrevida  global  das pacientes.  Portanto,  este  estudo  visa  investigar  se  este  SNP  está  presente  na  população  de Belém, assim como o impacto nas pacientes com câncer de mama ER+ da região. Assim, será realizada rtPCR e testes estatísticos para investigar a possiblidade deste polimorfismo apresentar futuras utilizações clínicas no câncer de mama, seja como biomarcador de prognóstico ou alvo terapêutico.

  • TAYANA VAGO DE MIRANDA
  • HÁBITOS ALIMENTARES DE RISCO, VARIANTES NOS GENES CYP1A2, NAT2 E MTHFR E SUSCEPTIBILIDADE AO CARCINOMA GÁSTRICO NA POPULAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 13/12/2021
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  • INTRODUÇÃO: O câncer trata-se de um distúrbio do crescimento celular, desencadeado pelo acúmulo de mutações adquiridas, que afetam uma única célula precursora, resultando em vantagens seletivas de proliferação celular autônoma, capacidade de invasão de tecidos adjacentes e à distância. O carcinoma gástrico corresponde a uma das maiores causas de morbimortalidade no mundo, representando o segundo tumor maligno de maior frequência, com maiores taxas de incidência no estado do Pará, em comparação ao restante das capitais brasileiras. É um tumor geneticamente heterogêneo, de etiologia multifatorial, no qual a dieta apresenta associação significativa com o risco de desenvolvimento, além da interação gene-dieta, a partir de marcadores nutrigenéticos, como os polimorfismos em genes de metabolização de carcinógenos dietéticos e genes de reparo do DNA. OBJETIVO: Analisar a relação entre hábitos alimentares de risco, variantes nos genes CYP1A2, NAT2 e MTHFR e a suscetibilidade ao carcinoma gástrico na população do estado do Pará, Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Esta pesquisa faz de um estudo mais amplo intitulado “Epidemiologia dos Adenocarcinomas Gástricos em 3 capitais brasileiras”. Será realizado estudo do tipo caso-controle de base hospitalar, multicêntrico, com pacientes diagnosticados com adenocarcinoma gástrico, em tratamento no Hospital Universitário João de Barros Barreto e Hospital Ophir Loyola em Belém-PA. A amostra será composta 400 pacientes, dividindo-se em 200 pacientes diagnosticados com adenocarcinoma gástrico (casos) e 200 pacientes sem diagnóstico de neoplasia ou não oriundos de clínica de tratamento oncológico (controles). Será aplicado questionário sobre estilo de vida e sobre frequência alimentar semi-quantitativa. Será realizada genotipagem de polimorfismos nos genes CYP1A2 (rs762551), NAT2 (rs1041983, rs1208, rs1799929, rs1799931 e rs1801280) e MTHFR (rs1801131 e rs1801133). Os dados serão armazenados no programa Microsoft Excel (2010) e será utilizado o software SPSS 20.0 para a descrição das variáveis por meio de médias e desvios padrão, bem como para a aplicação dos testes estatísticos, considerando nível de significância de 5% (p < 0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo espera-se identificar marcadores nutrigenéticos associados a susceptibilidade ao carcinoma gástrico no estado do Pará, permitindo novas estratégias de intervenção e prevenção primária que possibilitem a redução das taxas de incidência no estado.

  • ELIEL BARBOSA TEIXEIRA
  • Alterações genômicas quantitativas em genes de controle epigenético em leucemia linfoblástica aguda pediátrica

  • Data: 30/09/2021
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  • As leucemias agudas são desordens proliferativas caracterizadas pelo acúmulo de células anormais indiferenciadas na medula óssea. A Leucemia Linfoblástica Aguda é a neoplasia mais prevalente na infância, representando aproximadamente 80% das leucemias agudas, trata-se, portanto, de uma doença complexa e com seus fatores etiológicos pouco elucidados. Na maioria dos casos de LLA, a busca por alterações no conjunto cromossômico e pela presença de genes de fusões, nos centros oncológicos, torna-se o único e exclusivo caminho para diagnosticar e entender as leucemias agudas, em especial a LLA, todavia, há uma parcela minoritária de casos que não apresentam essas alterações recorrentes, o que é um problema, pois a escassez de dados moleculares dos pacientes implica a impossibilidade de adoção da medicina personalizada. Assim, a investigação de alterações de números de cópias (CNAs) é uma ferramenta crucial para desvelar os mecanismos envolvidos nesses casos. Dessa maneira, o presente estudo avaliou as alterações quantitativas (CNA) em genes que codificam proteínas envolvidas nos processos de adição, de reconhecimento e de deleção de marcas epigenéticas, assunto de plena expansão na pesquisa oncológica, em pacientes com LLA com ausência de alterações genéticas recorrentes. Para este fim, 16 amostras de pacientes com LLA pediátrica foram analisadas por Hibridização Genômica Comparativa em Arranjo (aCGH) com o objetivo de identificar eventuais alterações quantitativas. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software livre PSPP, sendo considerados estatisticamente significativos p-value ≤ 0.05 e IC 95%. Foram detectados 17 genes com alterações no número de cópias em 25% ou mais das amostras (≥4) analisadas, e o ganho de CNAs foi o tipo mais frequente entre as alterações. Dos 17 genes encontrados alterados: 47%; 29,5% e 23,5% são leitores, apagadores e escritores epigenéticos, respectivamente, no entanto, não houve associação significativa entre as alterações encontradas e os dados clínicos dos pacientes. Por fim, esse estudo serve como evidenciador do panorama de alterações destes genes e como fomentador de questionamentos sobre qual seria a importância e a influência da desregulação dessas classes de proteínas epigenéticas na origem da leucemia linfocítica aguda, assim como nas suas possíveis implicações na avaliação prognóstica e na conduta terapêutica.

  • MARIANA DINIZ ARAUJO
  • MicroRNAs como biomarcadores no carcinoma ductal mamário invasivo

  • Data: 02/08/2021
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  • O câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres e a segunda causa de morte entre as mulheres de todo o mundo. Sua etiologia é multifatorial e inclui fatores genéticos, bem como extrínsecos, como obesidade e carga estrogênica. É um tumor com grande diversidade histológica, sendo classificado de acordo com sua imunohistoquímica em Luminal A e B, HER-2 positivo e triplo-negativo, o que auxilia na definição do prognóstico e tratamento. Contudo, estes subtipos tumorais ainda apresentam uma resposta bastante heterogênea ao tratamento e prognósticos muito diferentes, demonstrando que ainda se faz necessário um conhecimento mais aprofundado a respeito da biologia molecular destes tumores. Recentemente, o uso de miRNA circulantes como marcador em biópsias liquida mostrou-se uma promissora ferramenta no diagnóstico, tratamento e prognóstico tumores de mama em estágio avançado. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a expressão de cinco miRNAs em tecido tumoral e plasma sanguíneo destes mesmos pacientes, verificando sua associação com as características clínicopatológicas. Foram utilizadas 196 amostras tumorais e de sangue periférico de pacientes com carcinoma ductal mamário localmente avançado. Ambos os grupos amostrais foram submetidos a extração de RNA e posteriormente submetidas a qRT-PCR para quantificação dos miRNA. Observamos que os miRNAs miR-21, miR-342-5p e miR-210 apresentaram expressão semelhante  entre as amostras de tecido tumoral e plasma sanguíneo, sugerindo que os mesmos podem ser bons biomarcadores em biópsia líquida. Além disso, embora a expressão desses miRNAs não tenha sido associada a características clinicas das pacientes estudadas, sua maior expressão foi associada a característica histopatológicas relacionada a maior agressividade tumoral, como negatividade de receptores hormonais, expressão de Ki-67, estadiamento clínico III e subtipos moleculares mais agressivos, como o triplo negativo. Os resultados do presente trabalho permitem sugerir que os miRNAs miR-21, miR-342-5p e miR-210 podem ser considerados bom marcadores a serem utilizado pela técnica de biópsia liquida em tumores localmente avançados de mama, especialmente para caracterizar tumores com maior agressividade.

  • JOÃO FELÍCIO ABRAHÃO NETO
  • Emissões otoacústicas e complicações do Diabetes Mellitus tipo 1

  • Data: 11/06/2021
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  • A relação entre o diabetes mellitus tipo 1(DM1) e a deficiência auditiva ainda se encontra em discussão. A controvérsia se deve, principalmente, pela dificuldade em realizar uma conexão direta entre a hiperglicemia e a perda auditiva, pois muitos pacientes diabéticos possuem outras doenças crônicas, além de comorbidades específicas de doenças auto-imunes. Diante do apresentado, o objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre respostas anormais de emissões otoacústicas na doença renal diabética e neuropatia autonômica cardiovascular em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) sem sintomas auditivos. Tratou-se de um estudotransversal com 37 pacientes diagnosticados com DM1. Os pacientes foram submetidos a procedimentos para triagem de  doença renal diabética através de microalbuminúria e função renal; neuropatia autonômica diabética através dos testes de valsalva, de postura e respiração profunda; e audiometria e avaliação de emissõesotoacusticas por produto de distorção. Os principais critérios de exclusão foram adotados os seguintes  parâmetros: pacientes com qualquer quadro agudo ou patologia otológica crônica, história pessoal ou familiar de perda auditiva, uso de drogas ototóxicas, exposição excessiva ao ruído, presença de infecção ou outras doenças do trato urinário e quaisquer doenças cardíacas conhecidas. As respostas anormais as emissões otoacústicas (EOAs) foram encontradas em 27/37(73%) pacientes. Uma correlação foi encontrada entra respostas anormais as EOAs e a presença de doença renal diabética (DRD) (r= 0.36, p<0.05) e 14/16(88%) dos pacientes com baixa amplitude de EOAs na banda de frequência de 8kHz apresentaram DRD. Respostas anormais as EOAs na banda de frequência de 6kHz foram correlacionados coma presença (r=0.41, p=0.01) e severidade da neuropática autonômica cardíaca (NAC) (r=0.44, p<0.001). Adicionalmente, 7/9(78%) pacientes com respostas anormais a EOAs nesta frequência também apresentaram indicadores de NAC anormais. Os nossos resultados sugerem que as respostas anormais das EOAs em bandas de alta frequência estão associadas com complicações microvasculares do diabetes e podem ser um marcador de risco para DRD e NAC, apresentando baixa sensibilidade e alta especificidade. Assumindo que a deficiência auditiva é um estágio pré-clínico da perda auditiva, a realização de emissões otoacústicas por produtos de distorção em pacientes com DM1 com complicações microvasculares pode ser útil para identificar aqueles que seriam beneficiados com exames audiológicos regulares, acompanhamento e controle glicêmico mais rígido.

  • ANA CAROLINA CONTENTE BRAGA DE SOUZA
  • Avaliação da qualidade de vida em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 após suplementação de altas doses de colecalciferol

  • Data: 13/05/2021
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  • O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é a endocrinopatia mais comum da infância e adolescência e impacta negativamente na qualidade de vida (QV). Alguns estudos transversais sugerem que baixos níveis de vitamina D (VD) podem ter influência negativa na QV, entretanto o efeito da suplementação da VD na qualidade de vida de pacientes com DM1 ainda não foi esclarecido. O objetivo desse estudo é analisar os efeitos de altas doses de suplementação de colecalciferol na QV de pacientes com DM1. Para isso, realizou-se estudo prospectivo intervencionista, o qual incluiu 64 pacientes que foram submetidos à suplementação por 12 semanas de altas doses de colecalciferol (4000 unidades dia para os pacientes com 25-oh-vitamina D entre 30 e 60 ng/mL, e 10.000 UI de colecalciferol para aqueles com 25OHD abaixo de 30 ng/mL). A QV foi avaliada por meio do instrumento EuroQol (EQ-5D e EQ-VAS). Detectou-se melhora no índice EQ-5D global ao final da suplementação de vitamina D. Adicionalmente, observou-se que houve melhora significativa no domínio mobilidade do EQ-5D ao final do estudo (1.3 ± 0,6 versus 1.1 ± 1.1, p <0.01). Contudo na análise do EQ-VAS não houve diferença na nota média atribuída ao estado geral de saúde após administração de colecalciferol. Nossos dados sugerem que a suplementação de altas doses de colecalciferol pode melhorar a QV em pacientes com DM1.

  • RAFAELLA SOUSA FERRAZ
  • Análise de variantes genética no receptor da vitamina D em diabetes mellitus do tipo 1

  • Data: 14/04/2021
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  • Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune decorrente da combinação de fatores imunológicos, genéticos e ambientais que dirigem a destruição das células β e subsequente deficiência insulínica. Recentemente, vários estudos têm destacado a vitamina D como forte fator contribuinte no desenvolvimento dessa doença, principalmente devido a sua capacidade imunomodulatória mediada pelo receptor da vitamina D (VDR). Além disso, diversos estudos vêm sendo conduzidos a fim de investigar a associação de variantes do gene VDR e o risco de DM1 em diferentes populações, porém resultando em achados conflitantes. Em vista disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação de quatro variantes do gene VDR (rs7975232, rs1544410, rs731236 e rs2228570) com o risco de DM1 na região norte do Brasil, assim como avaliar a influência da ancestralidade genômica no desenvolvimento dessa doença. Para isso, um total de 65 pacientes DM1 e 83 indivíduos controle foram incluídos nesse estudo. As variantes do gene VDR foram acessadas por meio do sequenciamento de Sanger e a ancestralidade genômica foi determinada por um painel de 61 marcadores do tipo INDEL desenvolvidos previamente pelo Laboratório de Genética Humana e Médica (LGHM) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Pacientes DM1 apresentaram maior ancestralidade genômica europeia e menor porcentagem de contribuição nativa americana do que o grupo controle. Além disso, diabéticos apresentaram níveis basais de 25(OH)D mais baixo quando comparado a indivíduos sem essa condição. Não foi encontrada diferença significativa na distribuição alélica e genotípica das variantes do gene VDR entre ambos os grupos. Porém, pacientes DM1 com genótipo AA em rs1544410 ou genótipo CC em rs731236 apresentaram níveis significativamente mais baixo de 25(OH)D comparado aos outros dois genótipos (p = 0,013 e p = 0,02, respectivamente), enquanto diabéticos com genótipo TT em rs2228570 apresentaram altos níveis de 25(OH)D comparado aos grupo CC+TC na mesma variante (p = 0,011). Em conclusão, esses resultados sugerem que rs731236, rs1544410 e rs2228570 estão significativamente associados aos níveis de 25(OH)D em DM1, influenciando o desenvolvimento dessa doença autoimune.

  • CAMILLA FERREIRA CAMPOS
  • Avaliação da qualidade de vida e da atividade de vida diária pregressas de pacientes que realizam hemodiálise no Hospital de Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti

  • Data: 06/04/2021
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  • A Doença Renal Crônica está sendo progressivamente considerada como um importante problema de saúde pública e vem apresentando aumento progressivo nas suas taxas de incidência relacionada ao incremento da prevalência de algumas doenças crônico-degenerativas como o diabete melito e a hipertensão arterial. Esta doença por seu caráter permanente e por demandar cuidados constantes, se configura como adoecimento crônico, entendido como um estado que demanda gerenciamento contínuo, gera incertezas e afeta adoecidos, familiares e o sistema de saúde, com impactos de ordem médica e social. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e as Atividades de Vida Diária (AVDs) de pacientes internados com o diagnóstico de doença renal crônica e que realizam hemodiálise no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti (HPSM-MP).Utilizou-se as seguintes avaliações: avaliação KidneyDiseaseQualityof Life Short Form - KDQOL-SF, avaliação Funcional do Doente através do Índice de Barthel e um questionário socioeconômico. Foi realizado um estudo quantitativo e qualitativo, transversal analítico e descritivo, realizado em uma amostra de 24 pacientes submetidos à tratamento hemodialítico no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti (HPSM-MP). Em relação às variáveis sócio econômicas 66,67% dos pacientes são do sexo feminino e 33,33% do sexo masculino, a maioria encontra-se na fase adulta, são casados e tem origem de municípios do interior, possui ensino fundamental incompleto, a renda varia de 1 a 2 salários mínimos, moram com familiares e em casa própria e são trabalhadores ou aposentados. Na avaliação Índice de Barthel, foi observado que a maioria dos pacientes se encontra no grupo dependente leve com 45,8%, dependente moderado com 16,6% e autônomo com 37,5%. Com isso os achados mais significativos do estudo foram a manutenção do nível de independência funcional e preservação das atividades de vida diária.A análise dos resultados da avaliação de qualidade de vida deste estudo mostrou que entre as dimensões específicas as que obtiveram os menores escores médios foram sintomas e problemas, efeitos da doença renal, sobrecarga da doença renal, qualidade da interação social, funcionamento físico, função emocional e dor corporal. Realizar essa pesquisa num hospital de urgência e emergência, que possibilita o início do tratamento de hemodiálise no próprio hospital, para controle dos sintomas emergenciais e posteriormente encaminhar para uma clínica especializada, mostra a relevância de iniciar conjuntamente com o tratamento clínico, uma atenção para os aspectos que podem causar uma alteração na qualidade de vida, no desempenho ocupacional, nas atividades de vida diária desses pacientes.

  • AURIEKSON NORONHA QUEIROZ
  • Planejamento, síntese e avaliação antioxidante de derivados isoxazolônicos e suas perspectivas de aplicações como anti-inflamatórios, neuroprotetorese anticâncer

  • Data: 21/01/2021
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  • O estresse oxidativo e inflamação são eventos importantes nos processos neurodegenerativos e  carcinogênicos.  O  aumento  da  liberação  de  espécies  reativas  de  oxigênio  (ERO),  espécies reativas  de  nitrogênio  (ERN)  e  prostaglandinas,  com  a  participação  de  enzimas  como fosfolipase  A2  (FLA2)  e  ciclooxigenase  (COX-2),  se  revestem  como  promissores  alvos nessas  desordens.  A  edaravona  é  um  composto  pirazolônico  heterocíclico  que  apesar  de pronunciado efeito contra radicais livres, distúrbios renais e hepáticos decorrentes de seu uso foram  relatados.  As  isoxazolonas  são  consideradas  análogos  bioisostéricos  de  pirazolonas  e podem   ter   propriedades   comparáveis   dentre   as   quais   antioxidante,   anti-inflamatória   e anticancerígena.   Este   trabalho   tem   como   objetivos   planejar   e   selecionar   derivados   de isoxazolonas   como   promissores   candidatos   terapêuticos   análogos   da   edaravona   com capacidade  antioxidante  capaz  de  atuar  nos  processos  inflamatório,  neurodegenerativo  e câncer.  O  método  teórico  da  Teoria  do  Funcional  da  Densidade  (DFT), no  nível  de  teoria B3LYP6-31++G  (2d,  2p)  foi  utilizado  para  os  estudos  de  tautomerismo  e  determinação  da capacidade  redox  dos  derivados  propostos,  aliado  aos  estudos in  silico de  influências farmacofóricas,  propriedades  farmacocinéticas,  toxicológicas  e  de  interações  molecularesusando docking e dinâmica molecular, com enzimas COX-2 e FLA2, finalizando pela síntese de dois derivados e respectiva avaliação antioxidante química pela inibição do radical (DPPH) e  física  por  voltametria  de  pulso  diferencial  (VPD).  Os  resultados  mostraram  que  a  forma tautomérica  NH  é  a  mais  ativa  para  doação  de  elétronse  o  sistema  carboniliminico como estrutura essencial para os mecanismos antioxidante de transferência simples de elétron (SET) e  por  transferência  de  átomo  de  hidrogênio  (HAT),  sendo  um  importante  grupo  para  a atividade anti-inflamatória ou grupo farmacofórico. Vinte e um derivados com capacidade de quimioproteção foram mais ativos que a edaravona com bons perfis de toxicidade, segurança e boas   características   de   absorção   e   permeabilidade, passíveis   ao   desenvolvimento farmacotécnico  de  preparações  de  uso  oral. A  presença  de  grupos  elétron  retiradores  (ERG) exibiram  propriedades  pró-oxidantes. Dois  derivados  foram  sintetizados  e  sua  capacidade antioxidante  foi  comparável  a  edaravona  pelo  método  DPPH  e  VPD.  Estes  resultados  estão em  correlação  com  os  parâmetros  teóricos  de  EDL  e  PI, respectivamente. Os  compostos isoxazolonicos de classe II e III foram os mais relevantes protótipos sugeridos como análogos da  edaravonacom  menores  probabilidades  e  suscetibilidade  de  originarem  metabólitos tóxicose desordenscaracterísticas de  compostos pirazolonicos, além disso,agregaram perfis de  inibição  de  COX-2  e  FLA2,  expondo  a  capacidade  promissora  de  atuação  desses compostos em diferentes alvos no processo inflamatório, sendo selecionados nove compostos inéditos comoquimioprotetorese quatro novos candidatos com aspectosde quimiotoxicidade e proeminentes inibidores da enzima COX-2. Esperamos que esses  compostos possam servir como excelentes moléculas de sucesso para o desenvolvimento de novos agentes anticâncer e neuprotetores. Esses derivados são adequados para avaliações in vitro e in vivo.

  • FRANCIANE TRINDADE CUNHA DE MELO
  • Índice tornozelo-braquial e doença arterial periférica: Um estudo de coorte em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com e sem tratamento prévio

  • Data: 20/01/2021
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  • A Doença arterial periférica (DAP) é associada à amputação de membros inferiores e desfechos cardiovasculares. A American Heart Association (AHA) recomenda que o índice tornozelo-braquial (ITB) seja performado apenas nos diabéticos acima de 50 anos, exceto nos que apresentem fatores de risco associados, enquanto a American Diabetes Association (ADA) preconiza apenas em diabéticos com sintomas de DAP. Nosso objetivo foi avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à DAP, validando o ITB como método diagnóstico por meio da sua associação com eventos cardiovasculares e sua aplicabilidade em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) recém-diagnosticados, reavaliando os critérios da ADA. Foi realizado um coorte prospectivo, com duração de 3 anos. O grupo 1 foi composto por 978 indivíduos com DM2 em tratamento medicamentoso, o grupo 2 consistiu em 221 pacientes com diagnóstico recente de DM2 (menos de 3 meses) ainda virgens de tratamento (drug-naïve). Um grupo controle composto de 50 pacientes sem DM2 foi avaliado de maneira transversal. A prevalência de DAP foi maior nos pacientes diabéticos (grupo 1=87% vs grupo 2= 60% vs grupo 3= 10%; p<0,00001), os quais apresentaram também piores  íveis de ITB quando comparados aos controles (grupo 1 = 0,85 ± 0,3 vs grupo 2 = 0,91 ± 0,1 vs grupo 3 = 1,05 ± 0,1; p<0,005). A validação do ITB foi demonstrada por meio da sua associação com os eventos cardiovasculares. No modelo de regressão, os fatores de risco independentes associados a DAP foram a duração do diabetes mellitus (DM) e o sedentarismo. Os indivíduos com mais de 10 anos de duração de DM possuíam risco 2,3 vezes maior para DAP, enquanto indivíduos sedentários apresentam risco 2 vezes maior para desenvolver a doença. No grupo 1, 24% (236/978) dos pacientes eram assintomáticos. Dentre estes, a prevalência de DAP foi de 46% (89/193) naqueles com 50 anos ou mais e de 37% (16/43) naqueles com menos de 50 anos (p = NS). No grupo 2, a prevalência de DAP também não diferiu entre os pacientes com mais e com menos de 50 anos [60% (55/91) vs 60% (78/130), respectivamente, p = NS]. Nos diabéticos, entre os pacientes assintomáticos e menores que 50 anos, 90% possuíam pelo menos um fator de risco adicional paraaterosclerose, nestes pacientes a prevalência de DAP foi de 38%, já entre os pacientes que não possuíam fator de risco adicional para aterosclerose a prevalência de DAP foi de 40% (p = NS). Finalmente, o nosso grupo drug-naïve mostrou estabilização da evolução da DAP quando analisados pelos níveis médios de ITB. Em conclusão, observou-se que a duração do diabetes e o sedentarismo foram os fatores de risco mais importantes associados à presença e à severidade da DAP, a qual teve o ITB validado em nossa população através da sua associação com a ocorrência de eventos cardiovasculares. Adicionalmente, nossos dados indicam para a necessidade de realização do ITB nos pacientes com DM2 a partir do diagnóstico, sendo que os critérios preconizados pela ADA e pela AHA se mostraram inadequados.

2020
Descrição
  • LEONARDO SÁVIO DA SILVA CREÃO
  • Metamorfose microglial na encefalite viral em modelo murino: Um ensaio quantitativo baseado em reconstruções microscópicas tridimensionais em CA1/CA2

  • Data: 22/12/2020
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  • Todas as doenças neurológicas têm seu progresso patológico influenciado pelas células microgliais, que reagem aos insultos com múltiplos fenótipos morfofuncionais que são modulados por estímulos ambientais, idade e natureza do insulto. O vírus Piry causa doença febril em humanos e encefalite em modelos murinos neonatos e adultos. Em trabalho anterior usamos este modelo de vírus para induzir encefalite subletal e medir a influência da idade e do ambiente na resposta morfológica da micróglia de CA3 do hipocampo do camundongo. Aqui nós expandimos a investigação original e quantificamos a resposta morfológica reativa da micróglia na área CA1/CA2 de camundongos fêmeas adultas mantidas em gaiolas padrão de laboratório. Para este fim, uma suspensão de homogenado de cérebro infectado e igual volume de homogenado de cérebro não infectado foram inoculados através das narinas de 10 camundongos suíços albinos fêmeas adultas (5 infectados e cinco não infectados) e após 8 dias pós-infecção, todos os indivíduos foram sacrificados e tiveram seus cérebros processados para imunomarcação de IBA1, um marcador seletivo para micróglia. Encontramos que a reatividade da micróglia foi mais intensa ao longo das vias olfatórias, septo, amígdala e CA3 ventral e camada polimórfica do giro denteado ventral. Empregando amostragem estereológica sem viés aplicado a CA1/CA2, selecionamos micróglias dessa região e realizamos reconstruções microscópicas em três dimensões submetendo-as à análise estatística multivariada em busca de famílias morfológicas. Esse procedimento permitiu distinguir entre a morfologia microglial de indivíduos infectados e controles. Encontramos três grandes grupos morfológicos, dois dos quais relacionados à micróglia de animais infectados e outro associado a micróglia de animais controle. A análise da função discriminante mostrou que o volume total do ramo, o volume do convex hull e a complexidade morfológica foram às características morfométricas que mais contribuíram para a formação dos aglomerados. Nossos resultados mostraram que a micróglia reativa tem árvores mais complexas e ramos mais grossos que cobrem um volume maior de tecido do que a micróglia dos animais controle. No entanto, coerentemente com análise transcriptômica anterior, a dispersão dos dados relacionados àscaracterísticas morfométricas e o espectro de morfotipos encontrados nos grupos controle e infectado no presente estudo sugerem que um caleidoscópio de alterações morfológicas reativas da micróglia é gerado durante a fase aguda da encefalite.

  • MARCELLA VIEIRA BARROSO MONTENEGRO
  • Marcadores clínicos e genéticos para a Doença de Parkinson em indivíduos portadores de mutações no gene GBA

  • Data: 18/12/2020
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  • A Doença de Parkinson (DP) é uma doença complexa que conta com múltiplos fatores genéticos e ambientais. Mutações no gene GBA são responsáveis pela Doença de Gaucher (DG) esão o principal fator de risco genético para DP, portanto indivíduos portadores de tais mutações são um grupo de risco para desenvolver a doença. Atuais esforços para o diagnóstico precoce e modificação da progressão da DP se encontram em identificar indivíduos de risco através de marcadores clínicos, genéticos ou bioquímicos. O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência de DP em famílias de portadores de mutações GBA e identificar alterações cognitivas que possivelmente predisponham a DP no futuro. O grupo amostral consistiu de famílias de pacientes com DG e um grupo controle para o teste cognitivo, estes últimos não apresentavam DP. A metodologia consistiu da utilização do heredograma tabulado e um questionário validado para a investigação de casos de DP nas famílias e a utilização do teste Montreal Cognitive Assessment (MoCA) para avaliar a função cognitiva. No heredograma tabulado foram registradas nove famílias de pacientes com DG, totalizando 191 indivíduos. Dentre os 182 familiares 1% apresentava DP (2/182), sendo estes parentes de primeiro ou segundo grau de pacientes com DG. Houve um caso de uma paciente com DG apresentar parkinsonismo, entretanto avaliações adicionais serão necessárias para confirmar ou não como sendo DP. No teste MoCA, dois indivíduos apresentaram pontuação muito abaixo da média dos controles com idade e escolaridade similares, caracterizando um possível início de demência de acordo com o teste. Os subtestes do MoCA afetados nesses indivíduos foram: funções executivas e visuoespacial, atenção e cálculo, fluência verbal, memória e abstração. A baixa prevalência de DP na amostra desse estudo pode ser parcialmente explicada pela falta de histórico familiar de DP, visto que este fato por si só é um fator de risco para DP. Outro ponto seria contribuições genéticas adicionais que talvez justifiquem por que alguns portadores convertem para DP e outros não. O comprometimento da função cognitiva é um dos sintomas não motores que pode estar presente até anos antes do início de sintomas motores e, por consequência, do diagnóstico. Portadores de mutação GBA possuem maior risco de desenvolver disfunção cognitiva e apresentam maior frequência desse sintoma associado com DP em comparação ao DP idiopático, por isso essa função deve ser atenciosamente monitorada. Variações em genes adicionais que interajam com a enzima codificada pelo gene GBA devem ser investigadas em portadores de mutações GBA para entender a conversão para DP em tais indivíduos, da mesma maneira testes para sintomas não motores devem ser incluídos em um acompanhamento longitudinal de tais grupos de risco a partir dos 40 anos.

  • WHITNEY ABBA MUNROE
  • Epidemiological profile of women seen in public gynaecological routine clinic in Pará, infected with HPV of high and low oncogenic risk

  • Data: 18/12/2020
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  • O câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte por câncer entre as brasileiras. Porém, apresenta a segunda maior incidência na região Norte, compreendendo as maiores taxas do país (21,20 / 100.000). No Brasil, a prevalência da infecção cervical pelo HPV varia de 13,7% a 54%. O objetivo geral foi descrever o perfil dos pacientes infectados pelo Papilomavírus Humano (HPV) e as alterações citológicas associadas em série de casos no estado do Pará. Especificamente, observar a variação do HPV, investigar o HPV de Alto Risco e sua associação com alterações do colo do útero, determinar se há relação com a idade e infecção pelo HPV, investigar o estado civil e a frequência de infecção por HPV no grupo de estudo, avaliar a idade do primeiro coito em relação às alterações no colo do útero e analisar se o número de parceiros sexuais aumenta o risco de infecção pelo HPV. A população do estudo incluiu 253 mulheres, atendidas em ambulatórios públicos de rotina ginecológica do estado do Pará entre 2012-2017. Cento e setenta e um (171) desses pacientes estavam infectadas com um papilomavírus humano de baixo ou alto risco que foram identificados usando Captura Híbrida 2 (CH2) e “Linear Array” (LA). As mulheres incluídas neste estudo foram aquelas com 15 a 65 anos, que eram sexualmente ativas. O exame citológico foi realizado em pacientes acompanhados por detecção viral de DNA molecular para HPV, usando Captura Híbrida (HC2) e / ou Matriz Linear. Para a coleta de dados epidemiológicos foi utilizado um questionário clínico, armazenado no banco de dados do laboratório de papilomavírus do Instituto Evandro Chagas, juntamente com os resultados citológicos e moleculares. A variação do genótipo do HPV no grupo de estudo foi vasta, embora noventa e três (93) dos casos não tenham sido tipados, trinta genótipos do HPV foram identificados, incluindo todos os tipos de alto risco. Os genótipos mais frequentes encontrados foram HRHPV-16 (6,7%), HR-HPV-58 e HR- PV-59 (4,3%), HR-HPV-18 (3,6%) e LR-HPV-61 e pHR- 66 (3,2%) respectivamente. Das setenta e oito (78) infecções de HPV tipadas, cinquenta e cinco (55) eram infecções únicas e vinte e três (23) eram mistas. Neste grupo de estudo, o houve associações estatisticamente significantes entre HPV de alto risco e as alterações citológicas, idade das mulheres e infecção por HPV, estado civil das mulheres e infecções por HPV, sendo as mulheres solteiras infectadas em maior número. Não foi detectada associação estatística entre a idade do primeiro coito (mais frequente entre 15-20 anos) e as alterações citológicas e a infecção pelo HPV e o número de parceiros sexuais ao longo da vida, sendo o grupo mais frequente <5 parceiros. Estudos adicionais relacionados à infecção e genotipagem do HPV com avaliação da citologia cérvico-vaginal são necessários para o conhecimento dos genótipos de HPV mais prevalentes nesta região, escolha do programa de vacinação mais adequado para a população feminina-alvo, que pode variar no futuro, e a prevenção da evolução para Carcinoma de colo uterino.

  • EWERTON DO NASCIMENTO MIGLIO
  • PREVALÊNCIA DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO DE ALTO RISCO E DE ATIPIAS CITOLÓGICAS EM MULHERES INDÍGENAS ARARA-VERMELHA, TUPAIU E TEMBÉ, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 02/12/2020
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  • A infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) está entre as infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns do mundo. Estima-se que mais de 290 milhões de mulheres estejam infectadas por HPV, e esta seja a causa de aproximadamente 530 mil casos de câncer de colo de útero e 275 mil mortes por ano. O câncer de colo de útero é o quarto câncer mais comum em mulheres e o sétimo câncer mais comum em geral. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de infecção pelo Papilomavírus humano e de atipias citológicas em mulheres indígenas AraraVermelha, Tupaiu e Tembé, no estado do Pará. Foram analisadas 84 amostras cérvico-vaginais por colpocitologia e captura híbrida, em três etnias indígenas: 42 Tupaiu, 07 Arara-Vermelha e 35 Tembé. A prevalência total de CH com Colpocitologia foi de 31 (36,9%) casos. Entre as atipias celulares duas (2,4%) amostras apresentaram caraterísticas de Carcinoma Epidermóide Invasor (CEI). Para os Tupaiu o exame de captura híbrida (CH) revelou três (7,1%) casos com DNA de HPV de alto risco, enquanto o exame citológico revelou 29 (69%) casos com atipias celulares. Para os Arara-Vermelha o exame de CH foi negativo para todas as amostras, da mesma forma que o exame citológico não encontrou atipias celulares em nenhuma das indígenas. Para os Tembé o exame de CH revelou uma (2,9%) indígena com DNA de HPV de alto risco, enquanto que o exame citológico revelou 10 (28,6%) amostras com atipias celulares. O teste Exato de Fisher com (p>0,05) e resultado de p= 0,128, revelou que não há diferença estatística significativa dentre os resultados das técnicas aplicadas. Conclui-se que os dois casos de Carcinoma Epidermóide Invasor são significantes e evidenciam a vulnerabilidade das populações indígenas estudadas ao HPV, sendo susceptíveis ao desenvolvimento de lesões precursoras do câncer de colo de útero. Assim, medidas de prevenção primária como ducação sexual das comunidades e rastreamento populacional sistemático para o Câncer de Colo Uterino e imunização de adolescentes contra o HPV são necessárias nessas comunidades indígenas.

  • ANA LUISA LANGANKE PEDROSO
  • Estudo de potenciais fatores que interferem na celularidade de unidades de sangue de cordão umbilical e placentário, coletadas e processadas para fins de transplante de células tronco hematopoiéticas

  • Data: 24/11/2020
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  • A descoberta de fontes alternativas de células tronco trouxe grandes avanços para terapia celular. O transplante de células tronco hematopoiéticas (CTHs) utiliza a infusão destas células para obter enxerto transitório ou permanente no receptor, com a finalidade de corrigir defeitos quantitativos ou qualitativos da medula óssea e restaurar a hematopoiese normal. Após a década de 90, novas fontes de CTHs foram descobertas: células tronco mobilizadas, e células tronco de sangue de cordão umbilical e placentário (CTHSCUP). Para a seleção de CTHSCUP, é considerado tanto o total de células nucleadas (TCN) quanto a compatibilidade HLA entre doador e receptor, entre outros fatores. Exige-se um valor mínimo de células / kg de peso do receptor que garanta a enxertia da unidade e por isso é importante coletar unidades com maior celularidade. Este estudo visa estudar unidades de SCUP coletadas pela Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA) para identificar fatores de interferência no TCN pré e pós processamento, que possam ser ajustados. Materiais e métodos: Foram analisados 1.346 cadastros para doação voluntária não aparentada de SCUP no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2017, captados em maternidades públicas do estado do Pará - Brasil. As unidades de SCUP tinham TCN inicial ≥ 5x108 células nucleadas e volume mínimo de 70 ml. As seguintes variáveis foram avaliadas: idade materna, idade gestacional, volume coletado, via de parto, momento de coleta e recuperação celular por método de processamento. Resultados: de 1.346 cadastros, 1.246 doaram (93,9%) sendo 655 doações feitas via parto vaginal (52,5%) e 591 via cesárea (47,5%). Cento e sete coletas (8,6%) ocorreram no período intra útero, 591 (47,4 %) no período extra útero e 548 (44%) nos períodos intra e extra útero. Observou-se que: a idade materna e o momento de coleta não influenciaram no TCN inicial. A idade gestacional previu 1,5% do TNC inicial (p=0,0002; rs=0,16); o volume coletado interferiu positivamente no mesmo predizendo 47 % dos valores (p-valor< 0,0001); houve diferença entre o TCN inicial das diferentes vias de parto (p-valor=0,003) sendo maior nas coletas de partos via cesárea; o método de processamento interferiu na recuperação celular (p-valor = 0,0001) que foi melhor nos processos automatizados. Houve uma interferência negativa de 1,6% do volume na recuperação do sistema automatizado SEPAX® (p-valor = 0,0048) e 6,37% na recuperação do método manual (p<0,0001). Conclusões: idade gestacional, volume, via de parto e método de processamento foram fatores independentes que influenciaram no TCN do SCUP. Os métodos automatizados tiveram melhor rendimento inclusive para unidades de maior volume. Estes resultados ajudarão a padronizar a rotina de processamento, melhorar a qualificação das unidades estocadas e ampliar seu potencial terapêutico.

  • CLAUDIA MARQUES SANTA ROSA MALCHER
  • Avaliação clínica motora, distúrbios sexuais, função hormonal e qualidade de vida na Doença de Parkinson

  • Data: 23/11/2020
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  • INTRODUÇÃO: Na doença de Parkinson (DP) as duas principais alterações quanto as disfunções sexuais relatadas são o aumento e a diminuição do comportamento sexual, os quais são temas ainda muito negligenciados no tratamento médico e de poucos estudos na literatura, sendo também escassos os estudos com hormônios sexuais na DP. Além disso, Essas alterações no funcionamento sexual, configuram-se em sinais não-motores da DP, podendo repercurtir no prejuízo da qualidade de vida (QV). Por sua vez, as avaliações motoras, que são a base do diagnóstico da DP, permitem importante contribuição monitorando a evolução da doença. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi pesquisar alterações no comportamento sexual na DP, aliado a correlação hormonal para verificar possíveis associações utilizando escalas de avaliação para o comportamento sexual, e além disso sugerir estratégias de apoio necessárias ao acompanhamento destes indivíduos na região amazônica. METODOLOGIA: Utilizaramse na avaliação dos indivíduos com DP, primeiramente as escalas cognitiva de Montreal (MoCA), MDS-UPDRS e Hoehn e Yahr, seguido da coleta de sangue para as dosagens de estradiol em mulheres, testesterona total e livre em homens, e prolactina, em ambos os sexos. Na segunda etapa, foi usada a escala da qualidade de vida pela PDQ-39, satisfação com a vida, comportamento sexual compulsivo e inventário de triagem de transtorno hipersexual. Na evolução da doença, os indivíduos foram divididos em 3 grupos quanto a duração da DP, ou seja, menos de 4 anos de DP, entre 3 a 4 anos de DP e mais de 8 anos de DP. RESULTADOS: Foram avaliados 68 indivíduos portadores de DP, sendo 40 homens, entre 52-68 anos (mediana de 63 anos) e 28 mulheres, entre 53-70 anos (mediana de 60 anos). Nas mulheres, foi encontrada alteração importante no desconforto corporal (p=0,03) na PDQ-39. Nos homens, houve o prejuízo nas atividades de vida diária (p=0,03) na MDS-UPDRS II, e o uso de altos níveis de dose diária equivalente de levodopa (LEDD) (650mg/dia) (p=0,002). No grupo de indivíduos acima de 8 anos de DP, houveram o prejuízo na comunicação (p=0,01) na PDQ, e também na atividade de vida diária (p=0,01) e relacionada a complicação da terapia medicamentosa (p=0,006), respectivamente na MDS-UPDRS II e IV. O estágio 2 de Hoehn e Yahr foi o mais prevalente na duração da doença e ambos os sexos. Na escala de satisfação de vida, as mulheres tiveram maior satisfação com a vida com os scores de 23,1, e os homens 21,6. O sexo masculino foi o que apresentou mais casos de transtorno hipersexual, e maior uso de LEDD na dose de 650mg/dia (p= 0,002). Não houve correlações significativas entre os níveis dos hormônios sexuais e as variáveis clínicas. CONCLUSÃO: Tanto o tratamento farmacológico da DP como a doença em si, podem vir interligadas frequentemente, tanto com disfunções sexuais e mesmo com outros sintomas não motores como a tentativa de suicídio relatada neste estudo. Há a necessidade de protocolos e diretrizes específicas para manejo clínico e orientações sobre as disfunções sexuais a estes indivíduos, ainda carentes na literatura. Houve maiores prejuízos à QV em homens na DP.

  • CARLA DE CASTRO SANT''''''''''''''''ANNA
  • Estudo de vírus em receptores de transplante renal no Estado do Pará

  • Data: 13/11/2020
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  • A infecção pelo Citomegalovírus humano (HCMV) é reconhecida como uma das principais causas de morbidade e mortalidade em receptores de transplante renal. Atualmente, existem quatro fármacos antivirais (Ganciclovir, Valganciclovir, Foscarnet e Cidofovir) para prevenir e tratar a infecção e doenças causadas pelo HCMV. Contudo, uma terapia antiviral prolongada pode levar à resistência antiviral associada ao desenvolvimento de mutações nos genes virais fosfocinase (UL97) e/ou DNA polimerase (UL54). A identificação das mutações de resistência aos fármacos antiHCMV é importante no sentido de melhorar o tratamento dos doentes. Este estudo teve como objetivo pesquisar mutações nos genes UL97 e UL54 em receptores de transplante renal. O estudo foi realizado no Hospital Ophir Loyola (Belém-PA) em receptores de transplante renal no ano de 2016 a 2018. Foi realizado o acompanhamento da carga viral de CMV e vírus BK (BKV). Os genes foram amplificados por PCR em tempo real e sequenciados pelo método de Sanger. A informação genética foi comparada com estirpes CMV de referência e descrita como mutações de resistência, polimorfismos ou mutações de fenótipo desconhecido. As mutações foram observadas em 15 amostras (22.72%) de 66 amostras de pacientes analisadas. A maioria dos casos envolveu mutações no UL97 com 13 amostras analisadas, e em quatro amostras houve mutação em ambos os genes. Mutação única do gene UL54 foi observada em apenas uma amostra analisada. Mutações de resistência de alto nível no UL97 como M460V, L595S, duas mutações conjuntas (S472N + C495W e D465R + Del524) e uma deleção de 3 códons (del598-601). A pesquisa de mutações nos genes do CMV identificou mutações que conferem resistência a antivirais padrões como ganciclovir e cidofovir utilizados no tratamento desses pacientes. Adicionalmente, foram identificadas mutações de fenótipo desconhecido, as quais poderão ser importantes no aparecimento da resistência antiviral. As mutações de resistência observadas nas análises não levaram a uma resposta inadequada à terapia com impacto no outcome dos pacientes. Outros fatores podem também ter sido importantes para a resposta dos receptores de transplante de rim. Curiosamente, a maioria dos indivíduos apresentava carga viral indetectável sugerindo que essas alterações independem da alta carga viral.

  • MICHELLE CARVALHO DE ABREU
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA E PROTEICA DE TWIST E AKT EM AMOSTRAS DE CARCINOMA EPIDERMOIDE BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM ASPECTOS CLÍNICO-PATOLÓGICOS

  • Data: 06/10/2020
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  • O Carcinoma de células escamosas oral (CCEO) é o câncer mais comum de cabeça e pescoço e apresenta uma complexa rede de vias de sinalização molecular. Este estudo teve como objetivo avaliar a expressão dos genes TWIST-1, TWIST-2 e AKT e suas proteínas no CCEO e sua correlação com fatores clínico-patológicos e sobrevida. Os dados clínico-patológicos foram recuperados dos prontuários médicos de noventa e seis pacientes. As reações de imunohistoquímica para Akt e Twist foram realizadas e os níveis de expressão gênica de AKT, TWIST-1 e TWIST-2 foram avaliados por PCR em tempo real. A análise estatística foi realizada por meio da estatística R e o valor de p ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. A imunoexpressão para Twist-1 foi significativamente associada com tabagismo, tamanho do tumor, metástase de linfonodo e estágio da doença e diferenciação do tumor. A imunomarcação de Akt foi significativamente correlacionada com tabagismo, etilismo, tabagismo e etilismo concomitantes, tamanho do tumor, metástases em linfonodos e estágio da doença. A expressão gênica para AKT, TWIST-1 e TWIST-2 evidenciou resultados significativos quando o tecido saudável foi comparado com amostras de CCEO. Além disso, AKT foi significativamente aumentado no tamanho do tumor e metástases linfonodal. TWIST-1 em metástases linfonodais e TWIST-2 no tamanho do tumor e estadio da doença. O tamanho do tumor, metástases em linfonodos, estadio da doença, tratamento e expressão da proteína Twist-1 positiva foram independentemente associados à sobrevida. O estudo atual mostrou o papel potencial de fatores de transcrição da TEM na diferenciação tumoral, progressão e estadiamento do CCEO. Também encontramos estadiamento e tamanho do tumor, metástases nodais e expressão e tratamento da proteína Twist-1 como determinantes independentes de prognóstico.

  • RAIZA MARTINS FONTOURA
  • Análise de mutações germinativas no adenocarcinoma gástrico

  • Data: 02/10/2020
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  • Introdução: Tratamentos baseados em fluoropirimidinas, representadas pelo 5-fluorouracil (5- FU) e seus derivados orais, têm sido amplamente utilizados em diversas neoplasias malignas, incluindo tumores do trato gastrointestinal. No entanto, até 30% dos pacientes desenvolvem toxicidade severa e aproximadamente 1% destes evoluem a óbito devido toxicidade. A identificação de polimorfismos em genes que fazem parte da via de metabolização do 5- FU podem contribuir para o desenvolvimento de protocolos de tratamento personalizado, principalmente aplicáveis em populações miscigenadas, como a brasileira. O objetivo deste trabalho é analisar e descrever as variantes encontradas nos genes TYMS, ENOSF1, CDA e CES2, após investigação do exoma em pacientes com câncer gástrico ou colorretal que evoluíram ao óbito devido tratamento com 5-FU. Métodos: Foram avaliados sete pacientes que desenvolveram toxicidade letal ao tratamento com fluoropirimidinas. O sequenciamento do exoma dos genes estudados foi realizado pela plataforma Illumina®. Foi realizada a genotipagem das amostras. Resultados: Um total de 24 polimorfismos foram identificados nos genes estudados. Dentre eles, a variante rs11280056 em TYMS/ENOSF1, extensivamente associada pela literatura com a eficácia e toxicidade a fluoropirimidinas. Outros três polimorfismos foram observados em CDA, dois deles relacionados a deficiência enzimática. Uma variante nova foi encontrada em CES2. Conclusão: O sequenciamento dos genes investigados, nos permitiu ampliar o conhecimento sobre o perfil global de variantes genéticas envolvidas em vias farmacocinética e farmacodinâmica das fluoropirimidinas em pacientes de elevada miscigenação, que evoluíram à toxicidade letal relacionada à terapia com 5-FU.

  • OSVALDO RODRIGUES DE SOUZA NETO
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO GÊNICA E IMUNO-HISTOQUÍMICA DA ADAMTS-1 E PROTEOGLICANOS NO AMELOBLASTOMA E CERATOCÍSTO ODONTOGÊNICO

  • Data: 18/08/2020
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  • Apesar do ameloblastoma e do ceratocisto odontogênico (CO) serem lesões odontológicas benignas, estas apresentam comportamento biológico localmente invasivo e com uma taxa de recorrência significativa. Porém, os mecanismos pelos quais essas lesões apresentam tais comportamentos biológicos não estão completamente elucidados e continua sendo um desafio para os pesquisadores. ADAMTS-1 é uma metaloendopeptidase, pois é dependente de zinco em seu domínio catalítico. Possui ampla atividade catalítica contra uma variedade de substratos como agrecano, brevicano e versicano, que estão presente na matriz extracelular (MEC). Exibe função crucial em vários processos como proliferação, adesão, invasão e sinalização celular. E tem sido correlacionada com diversos processos patológicos, como na tumorigênese de algumas neoplasias como no câncer de mama, pulmão e pâncreas. Neste trabalho foram estudadas a expressão de ADAMTS-1, agrecano, brevicano e versicano no ameloblastoma, CO e folículo dental (FD), utilizado como controle, através da qRT-PCR e imuno-histoquímica. No presente estudo a expressão gênica de ADAMTS-1 foi maior no FD, enquanto que na imuno-histoquímica obteve alta imunoexpressão no ameloblastoma. Já a expressão gênica e imuno-histoquímica para agrecano foi maior no CO. Para brevicano a expressão gênica e imuno-histoquímica foi maior nas amostras de CO. Já versicano, mostrou expressão gênica e imuno-histoquímica maior no FD. Houve correlação na expressão gênica entre ADAMTS-1 e BCAN no ameloblastoma, porém não houve associação entre eles na regressão linear. Portanto, estes resultados sugerem que ADAMTS-1 possa contribuir no comportamento biológico do ameloblastoma, que é um tumor benigno localmente invasivo, através da degradação de seus substratos presentes na MEC.

  • LAIS HELENA RESCINHO MACAMBIRA
  • Avaliação comparativa das técnicas de hibridização in situ fluorescente e variação no número de cópias através de marcadores de prognósticos em pacientes acometidos pela leucemia linfocítica crônica

  • Data: 17/08/2020
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  • A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) é um câncer hematológico de crescimento lento, caracterizado pela proliferação e acúmulo de linfócitos B monoclonais maduros na medula óssea, no sangue periférico, nos linfonodos e no baço. A LLC possui maior prevalência em pessoas idosas, com média de idade de 64-70 anos, sendo mais frequente em homens. O objetivo deste estudo é avaliar o número de cópias dos genes TP53, ATM, ENOX, MDM2 e região 13q34 através da técnica de variação de números de copias (Copy Number Variation - CNV) por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real e comparar com o número de cópias obtido pela técnica de Hibridização in situ Fluorescente (FISH) em pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica. Os indivíduos com o diagnóstico de LLC atendidos no Hospital Ophir Loyola (HOL) encaminhados ao Laboratório de Biologia Molecular, no período de Janeiro de 2017 a outubro de 2020, foram submetidos a avaliação dos genes pela técnica de FISH para as regiões 11q22, 13q14, 13q34, 17p13 e a CEP 12. Em seguida, foi feita a análise pela técnica de CNV para os genes TP53 (17p13), ATM (11q22), ENOX (13q34), MDM2 (CEP 12) e região 13q34 (sonda não gênica). Investigaram-se 47 pacientes pela análise de FISH, foi detectado 34,04% (16/47) alterações citogenéticas em 15 amostras de pacientes, sendo um paciente com duas alterações citogenética. Através da técnica de FISH foram diagnosticados 10,6% (5/47) pacientes com deleção no gene Tp53, 4,25% (2/47) com mutação no gene ATM, 8,5% (4/47) del.13q14.3 e 2,54% (2/47) del. 13q34. Verificou-se CNV=1 em 9,30% (4/43) das amostras investigadas para Tp53, CNV=O em 2,32% (1/43) dos pacientes para o gene ENOX, também para ENOX observou CNV=1 em 6,97% (3/43) das amostras, CNV=3 em 34,88% (15/43) das amostras investigadas para MDM2 e CNV=1 em 6,97% (3/43) das amostras avaliadas para 13q34. Obteve-se, 20% (1/5) de concordância para a deleção no gene TP53, entre FISH e q-PCR e a correlação de aproximadamente 67% (2/3) para trissomia do cromossomo 12. As amostras que foram detectadas com alteração pela metodologia de FISH para qualquer um dos marcadores estudados não tiveram correlação para a metodologia de biologia molecular para a mesma amostra e marcador, não havendo significância estatística, p>0,05 entre as metodologias.

  • NATERCIA NEVES MARQUES DE QUEIROZ
  • NÍVEIS DE VITAMINA D NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL (VIDAMAZON)

  • Data: 15/07/2020
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  • Níveis normais de vitamina D (VD) permanecem controversos. A Sociedade Americana de Endocrinologia (ES) adota ≥30 ng/mL como valor ideal e classifica indivíduos com 25-hidroxivitamina D (25 (OH) D) baixo em insuficiência (20-30 ng/mL) e deficiência (<20 ng/mL). Por outro lado, o Institute of Medicine (IOM) define como níveis séricos normais aqueles acima de 20 ng/mL. Frente a esta controvérsia, faz-se necessário investigar a real prevalência de deficiência de VD, principalmente em uma população equatorial e pouco suscetível a variações na exposição solar ao longo do ano, por meio de um estudo com amostra populacional representativa. Para este fim, realizamos um estudo transversal com 31.853 indivíduos saudáveis do estado do Pará, cujos níveis séricos de 25 (OH) D e paratormônio intacto (PTH) foram dosados pelo método de imunoensaio. Excluímos da amostra pacientes com história prévia de doenças agudas ou crônicas, níveis anormais de cálcio, creatinina, glicemia ou albumina. As análises mostraram como níveis médios de 25 (OH) D os valores de 29,1 ± 8,2 ng/mL e <12,7 ng/mL como o valor correspondente a <-2 DP da média. A hipovitaminose D esteve presente em 10% e 59% dos indivíduos, de acordo com os critérios do IOM e ES, respectivamente. Os indivíduos foram divididos de acordo com quatro faixas etárias e seus níveis de 25 (OH) correspondentes: (i) 3.801 (12,6%) crianças (0 a 9 anos) que apresentaram valores de 33 ± 9 ng/mL; (ii) 2.150 (7,1%) adolescentes (10 a 19 anos) com valores de 28,5 ± 7,4 ng/mL; (iii) 18.320 (60,6%) adultos (20 a 59 anos) com 28,3 ± 7,7 ng/mL; e (iv) 5.953 (19,7%) idosos (> 60 anos) com valores de 29,3 ± 8,5 ng/mL. Os grupos diferiram nos valores de 25 (OH) D, exceto adolescentes versus adultos. Nosso modelo de regressão mostrou IMC, sexo, zona habitacional (urbana ou rural) e idade como variáveis independentes para níveis de 25 (OH) D (r² = 0,023, p <0,05; r² = 0,023, p <0,05; r² = 0,005, p <0,05; r² = 0,002, p <0,05) para cada faixa etária investigada, respectivamente. Comparando indivíduos com deficiência de VD (<20 ng/mL) e insuficiência de VD (20-30 ng/mL), foi encontrada uma diferença entre os níveis de PTH nesses dois grupos (95,9 ± 24,7 pg/mL vs 44,2 ± 64,5 pg/mL; p <0,01). Além disso, o nível de VD que se apresentou como preditor mais acurado para diagnóstico de hiperparatireoidismo subclínico, na curva ROC, foi de 26 ng/mL. A população equatorial do norte do Brasil apresentou baixa prevalência de hipovitaminose D, variando com a faixa etária. Adicionalmente, nossos dados de PTH corroboram a existência da classificação em insuficiência de VD, proposta pela Endocrine Society.

  • JULIO GUILHERME BALIEIRO BERNARDES
  • Avaliação da expressão de microRNAs e do receptor de andrógeno em adenocarcinoma acinar e hiperplasia nodular da próstata

  • Data: 13/03/2020
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    Introdução: O câncer de próstata atinge um em cada seis homens e representa 3,8% das mortes por câncer no mundo. A clínica deste tipo tumoral é heterogênea podendo ser silenciosa ou mesmo agressiva, resultando na possibilidade de condução de abordagens terapêuticas inadequadas. Investigações moleculares apontam para um campo promissor, especificamente o miRnoma, onde por mecanismo restritivo dos microRNAs de interferência, ocorre a modulação das expressões genicas pós-transcricionais, determinado possíveis vias oncogênicas e apontando prováveis marcadores. Neste estudo buscou-se esclarecer a associação da expressão relativa de cinco miRNAs e do receptor de andrógeno (AR) como possíveis biomarcadores tumorais para o câncer de próstata em pacientes da região Norte do Brasil. Material e Métodos: Foram investigadas 84 amostras teciduais, sendo 41 de hiperplasia nodular de próstata (HNP) e 43 de Adenocarcinoma acinar de próstata (CaP). Os cinco miRs (27a-3p, 124, 130a, 488-3p e 506) foram quantificados utilizando-se o método de PCR em Tempo real TaqMan® e o AR através de Western Blotting. Resultados: Observou-se uma relação de função supressora tumoral dos miRs 124, 130a, 488-3p e 506, estando estes mais elevados nas amostras de HNP, enquanto o miR 27a-3p apresentou comportamento oncogênico, semelhante ao AR, ambos elevados nos casos de CaP. Conclusão: Nos pacientes CaP houve uma expressão diferencial do AR e superior a 20% em relação a média encontrada dos pacientes HNP, sugerindo um possível marcador diagnóstico a ser validado.

     

  • PATRICIA DA COSTA MODA
  • Perfil de alterações no número de cópias dos genes PDGFRA, EGFR, TP53, PTEN, CDKN2A, CDK4, MDM2 e NFKBIA em amostras de gliomas da população paraense

  • Data: 02/03/2020
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  • Os gliomas são os tumores cerebrais que representam um terço das neoplasias do sistema nervoso central (SNC), se originam das células da glia e formam um grupo heterogêneo de tumores. Historicamente, eles foram classificados com base em sua aparência histológica como tumores astrocíticos, oligodendrogliais, oligoastrocitomas e ependimários, foram classificados também de acordo com os diferentes graus de malignidade I-IV. No entanto os aspectos histológicos da lesão são insuficientes para determinar prognósticos e diagnósticos de pacientes com gliomas. Atualmente diversos estudos revelaram alterações moleculares com importância clinica que auxiliaram no diagnóstico e prognóstico dos pacientes com gliomas. Sendo assim há a necessidade de mais estudos que abordem as características genéticas, principalmente na população brasileira devido ao complexo processo de miscigenação. Nesse sentido, destaca-se a população paraense, por sua miscigenação envolvendo a contribuição, principalmente, de ameríndios, fato que implica em um perfil genético potencialmente diferente. Dessa forma, o presente estudo buscou investigar, na população paraense, a influência simultânea de alterações no número de cópias dos genes PDGFRA, EGFR, TP53, PTEN, CDKN2A, CDK4, MIR26A2, MDM2 e NFKBIA através do método de MLPA em 23 pacientes com diferentes subtipos de gliomas. Foi também avaliada uma provável associação dos achados moleculares com os parâmetros clínicos dos pacientes e os dados histológicos dos tumores. Os resultados obtidos pela técnica de MLPA foram validados pela avaliação por aCGH, com 85% de concordância. As análises estatísticas dos resultados moleculares revelaram uma associação significativa entre a idade e o grau de malignanidade dos tumores (p=0.0102), demonstrando que pacientes mais jovens estão associados a graus de malignidade mais baixos e pacientes mais velhos com graus de malignidade mais altos. Além disso foi observado que o gene PTEN possui uma associação significativa com gliomas de alto grau (p=0.0395) sugerindo assim que alterações nesse gene são eventos tardios na progressão malignas dos gliomas. Foram determinadas também as taxas de incidência de todos os genes analisados.

  • JULIANA MATOS CATIVO PEREIRA
  • Análise dos níveis de IL-10 no soro de pacientes com câncer gástrico associado a marcadores inflamat

  • Data: 02/03/2020
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  • Evidências acumuladas têm elucidado a relação entre inflamação crônica e câncer, demonstrando a importância da resposta imune no microambiente tumoral e a extensão dessa resposta para circulação sanguínea na progressão do tumor. Adicionalmente, estudos reportaram que as citocinas e células imunes detectáveis na circulação sanguínea relacionadas ao câncer são potenciais biomarcadores de prognóstico dos pacientes oncológicos. Particularmente, níveis elevados de IL-10 na circulação sanguínea têm sido associados com pior prognóstico dos pacientes oncológicos. A razão neutrófilos:linfócitos (NLR) e a razão plaquetas:linfócitos (PLR) são utilizadas como uma ferramenta de avaliação do prognóstico, sendo pacientes com razão ≥5 e >198,2 considerados com pior prognóstico, respectivamente. Além disso, o estado nutricional é uma somatória de avaliações nutricionais que poderá refletir as alterações físicas promovidas pelo câncer.  O objetivo do presente estudo é analisar os níveis de IL-10 no soro, NRL, PLR, e estado nutricional de pacientes com câncer gástrico. A metodologia consiste na coleta de 5mL de sangue de 43 pacientes com câncer gástrico tratados no Hospital Universitário João de Barros Barreto. A quantificação dos níveis de IL-10 no soro de pacientes antes e 7 dias após a gastrectomia e 16 controles saudáveis foi realizada pelo método enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) em uma placa de 96 poços utilizando o kit BD OptEIA Human IL-10 Set (BD Biosciences). Concomitantemente, foi calculado a NLR e a PLR utilizando os valores obtidos em hemograma no Laboratório de Análises Clínicas, cada razão foi classificada em dois grupos de pacientes ≥5 e <5; e a <198,2 e >198,2, respectivamente. Para a avaliação nutricional realizou-se a coleta de dados dos prontuários correspondente a antropometria com utilização de dobras cutâneas e aplicação de avaliação subjetiva Global Produzida pelo Paciente (ASG-PPP). Para a análise estatística foi utilizado teste não paramétrico Mann-Whitney, e diferenças estatísticas significantes foram consideradas quando p≤0,05. Constatou-se diferença estatística significante entre o nível de IL-10 no soro de pacientes com CG antes da gastrectomia e controles saudáveis (p=0,49). Além disso, o pior prognóstico de NLR e PLR foi associado ao pior estado nutricional de pacientes após a cirugia, tanto dobras cutâneas (p=0,025 e p=0,081, respectivamente), quanto a ASG-PPP (p=0,018 e 0,025, respectivamente). Não houve resultados significativos da associação de IL-10 e dados clinico patológicos, porém esta citocina tem apresentado em muitos estudos função antiflamatória e elevada presença em soro contribuindo para o desenvolvimento do processo cancerígeno e pior prognóstico. É necessário mais novos estudos para complementar a  associação da IL-10 e câncer.

  • JOSEANE PEREIRA HONORATO
  • CARACTERIZAÇÃO CITOGENÔMICA DE UMA LINHAGEM CELULAR DE CÂNCER PAPILÍFERO DE TIREOIDE

  • Data: 28/02/2020
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  • O câncer de tireoide corresponde a 2,1 % dos diagnósticos de câncer no mundo, com incidência crescente nas ultimas décadas. Na Região Norte do Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de tireoide é o décimo quarto mais frequente entre os homens e o nono mais frequente entre as mulheres. Dentre os diversos tipos, destaca-se o Câncer Papilífero de Tireoide (CPT), que corresponde a cerca de 80% de todas as malignidades que acometem a glândula tireoide. Embora a taxa de sobrevida seja alta e de bom prognóstico, o diagnóstico de CPT geralmente ocorre em estágios mais avançados da doença, e o tratamento direcionado geralmente culmina com a tireoidectomia total e terapia adjuvante com iodo radioativo. A tireoidectomia total, bem como o diagnóstico tardio pode comprometer a qualidade de vida e as chances de cura da doença. O CPT apresenta variantes que ocorrem em decorrência do perfil genético dos tumores, exibindo diferentes fenótipos com características histológicas, com biologia do tumor e graus de malignidade distintos. Muitos estudos direcionados à eficácia de novos tratamentos ou mesmo para o entendimento da biologia de tumores vem sendo desenvolvidos em modelos in vitro, em linhagens obtidas a partir de biopsias tumorais. Assim, é de grande importância que se conheça as características genômicas dessas linhagens, a fim de que os resultados obtidos possam ser melhor interpretados. A identificação de Alterações no Número de Cópias (CNAs) é importante para se determinar o perfil genético de linhagens celulares de câncer. No caso do carcinoma papilífero de tireoide, K1 é uma das linhagens mais utilizadas em ensaios in vitro. Essa linhagem expressa a proteína TP53 selvagem, e foi alvo de estudos para análise da participação do gene TP53 no processo de tumorigênese, dentre outros. Entretanto, sabe-se que o perfil genômico das linhagens celulares podem sofrer alterações no decorrer de seu cultivo. Assim, o presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil genômico da linhagem celular K1, identificando alterações quantitativas e perda de heterozigosidade. Os resultados mostraram que a linhagem K1 apresenta importantes alterações relatadas em carcinomas papilíferos de tireoide, incluído regiões que albergam genes que interferem em vias de sinalização e processos biológicos que podem ser importantes para o desenvolvimento da doença, com ganhos de regiões onde se localizam oncogenes, bem como perdas de regiões contendo genes supressores tumorais. Dessa forma, conclui-se que a linhagem K1 é um modelo válido para estudos in vitro que visem o melhor entendimento da biologia do CPT, além de testes envolvendo compostos com potencial anticancerígeno.

  • DEJAIR DA SILVA DUARTE
  • DESCRIÇÃO DO PERFIL CITOGENÉTICO DE PACIENTES ADULTOS COM LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA DO NORTE DO BRASIL

  • Data: 13/02/2020
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  • O câncer é diverso, apresentando diferença nas células normais de origem, mutações somáticas adquiridas, redes transcricionais alteradas de forma variada e influências de microambientes teciduais locais. Durante o complexo processo de hematopoiese, uma serie de eventos mutacionais pode dar origem a Leucemia, reduzindo a produção de células normais. A leucemia linfoide aguda (LLA) é ocasionada por uma transformação maligna oriunda da proliferação de células progenitoras linfoide da medula óssea, sangue a sítios extra medular. Objetivo deste estudo foi descrever o perfil citogenético dos pacientes adultos com leucemia linfocítica aguda tratados no hospital de referência Ophir Loyola no Estado do Pará. Onde foram avaliados dados do prontuário de 35 pacientes adultos com LLA no caso cariótipos, sexo e idade dos pacientes diagnosticados com Leucemias Linfoides Agudas presente no banco de dados, do laboratório de Biologia Molecular do Hospital Ophir Loyola entre agosto de 2016 e Dezembro de 2019. Os casos foram agrupados em LLA da linhagem B e T de pacientes confirmados com LLA com auxílio dos resultados de imunofenotipagem dos pacientes. Os resultados mostraram que as alterações cromossômicas mais representativas foram t(9:22), del (6q), t(1;19) e del(9p). A média de idade dos pacientes adultos com LLA avaliados foi de 37 anos de idade, media semelhante a estudo em outra região do Brasil. E descrevemos uma translocação que ainda não havia sido registro relacionacionada com a LLA como t(3;12). Sendo assim, este trabalho é um dos primeiros a descrever as alterações cromossômicas dos pacientes adultos com LLA no estado do Pará, identificou uma translocação que ainda não havia sido registro relacionacionada com a LLA como a t(3;12), e tais informações podem servir como um norte no tratamento dos pacientes, uma vez que alterações citogenéticas específicas fornecem informações que podem influenciar diretamente no prognostico em resposta ao tratamento a LLA, podendo ser aplicado na pratica clinica tais informações obtidas neste estudo.

  • ALINNE LORRANY GOMES DOS SANTOS
  • A EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL AO ÁCIDO VALPROICO AUMENTA O NÚMERO DE MICRÓGLIAS NA CAMADA MOLECULAR DO GIRO DENTEADO, ALTERA A ATIVIDADE EXPLORATÓRIA E A AVALIAÇÃO DE RISCO EM NOVOS AMBIENTES EM CAMUNDONGOS FÊMEAS ADULTAS

  • Data: 29/01/2020
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  • transtorno do espectro autista (TEA) é definido como um disturbio do neurodesenvolvimento e sua prevalência está aumentando ao longo do tempo. O modelo de camundongo que emprega a exposição ao ácido valproico durante a gestação para imitar o TEA tem sido amplamente utilizado para investigar o comportamento social anormal em associação com alterações celulares. No entanto, nenhum relato explorou a potencial influência que o enriquecimento ambiental precoce pode ter em tarefas hipocampo-dependentes e na resposta microglial na camada molecular do giro denteado em camundongos fêmeas adultas. Neste estudo, comparamos as atividades exploratórias e locomotoras de camundongos BALB/c adultos expostos in utero ao ácido valproico (VPA), contamos o número de micróglias e estimamos o volume na camada molecular do giro denteado usando a estereologia. Para esse fim, as fêmeas no dia 12.5 da gravidez receberam VPA diluído em soro fisiológico (600 mg/kg de peso corporal) ou volume igual de solução salina. Seus filhotes foram alojados em gaiolas de laboratório padrão ou enriquecidas a partir do 21º dia pós-natal em diante. Aos 5 meses de idade, as fêmeas foram submetidas a testes comportamentais e seguidamente tiveram seus cérebros processados para marcador seletivo microglial (IBA-1 anticorpo). Nas avaliações de campo aberto (distância percorrida, imobilidade, linhas cruzadas e índice de ocupação da periferia vs. centro), labirinto elevado em cruz (distância percorrida, imobilidade e índice de ocupação dos braços fechados vs. abertos) e na quantificação microglial e volumétrica mostraram diferenças significativas entre os grupos VPA e controle, (teste t bicaudal, p ≤ 0,05). Embora a ANOVA de duas vias tenha revelado influência significativa do ambiente nas tarefas comportamentais dependentes do hipocampo, o número de micróglias e o volume da camada molecular do giro denteado, independente do ambiente, foram significativamente maiores nos grupos de ácido valproico. Sugerimos que processos inflamatórios centrais associados à exposição ao ácido valproico durante a gestação estão congruentes às alterações comportamentais do modelo murino de TEA e que a estimulação somatossensorial, motora e cognitiva do enriquecimento ambiental a partir do desmame possa ser benéfica na redução de anormalidades comportamentais na idade adulta.

  • DANIELLE BARBOSA TAVARES
  • AVALIAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES COM FENILCETONÚRIA DETECTADOS NA TRIAGEM NEONATAL DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 22/01/2020
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  • A fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética e metabólica causada pela deficiência total ou parcial da atividade da enzima fenilalanina hidroxilase, importante no processo de conversão do aminoácido essencial fenilalanina (Phe) em tirosina, que leva ao acúmulo de Phe no sangue. O diagnóstico é realizado precocemente por meio da Triagem Neonatal (TN) entre o 3° e 5° dia de vida do recém-nascido. Com isso é possível iniciar, imediatamente, o tratamento, através do monitoramento dos níveis da Phe no sangue por meio do controle dietético restritivo de proteínas de origem animal e vegetal, evitando que a doença se manifeste, garantindo crescimento e desenvolvimento normais da criança. Este estudo teve como objetivo determinar o perfil clínico-epidemiológico dos casos de PKU detectados na triagem neonatal no estado do Pará. Foi realizado um estudo descritivo do tipo transversal, com base na análise do banco de dados do Laboratório de Pesquisa e Apoio ao Diagnóstico e de prontuários de indivíduos triados para PKU e acompanhados pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Estado do Pará (SRTN/PA), no período de 2013 a 2017. Neste período foram registrados pelo SINASC 697.076 nascidos vivos no estado do Pará, destes 559.126 neonatos realizaram a TN, representando uma cobertura média de 80,2%. Em relação ao período de coleta, o maior percentual (73,61%) foi obtido entre os indivíduos que coletaram entre o 6° e 28° dia de vida. Obtiveram resultados alterados na primeira amostra (N=19), sendo que destes, 11 foram confirmados para a doença através do resultado na segunda amostra. A prevalência da doença durante os 5 anos de estudo foi de 1:50.826 nascimentos, sendo que o ano de 2013 obteve a maior prevalência (1:27.645). Em relação as variáveis sócio demográficas obtidas dos 11 pacientes portadores de PKU no momento do diagnóstico, 55% (N= 6) pertenciam ao sexo masculino, 72,7% (n= 8) tinham entre 6º a 28 º dias de vida no momento da realização da TN, e 72,7% (N= 8) residiam no interior do estado. Em relação ao tempo para o início do tratamento no SRTN, todos os pacientes iniciaram o tratamento 30 dias após o nascimento. O valor médio de Phe sanguíneo, na primeira consulta foi de 18,1 mg/dL (DP= 6,2) e na segunda de 13,6 mg/dL (DP= 6,1). Dentre os principais sintomas relatados pelos pacientes na consulta no SRTN/PA foram: irritabilidade com 45,5%, atraso motor com 18,2 %, microcefalia, vômitos e hiperflexia/hipertonia com 9,1% cada e 36,4% não relataram sintomas. A partir destes resultados é possível concluir que houve uma melhoria na cobertura da TN no estado do Pará em relação ao período recomendado pelo Ministério da Saúde. No entanto, ainda é necessário que haja uma diminuição do tempo de diagnóstico e encaminhamento dos pacientes confirmados com PKU ao SRTN. Este estudo aponta também para a necessidade da introdução de medidas que visem a redução de casos em famílias com risco para PKUs, como, por exemplo, o aconselhamento genético. Além disso, é crucial reforçar que a implementação precoce.

2019
Descrição
  • NADIA MARIELLY GOMES BATISTA
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE ADMTS-1 VERSICANO E EGFR NO CISTO PERIAPICAL E GRANULOMA APICAL UTILIZANDO IMUNOHISTOQUÍMICA

  • Data: 16/12/2019
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  • A expressão de ADAMTS pode estar associada a vários processos inflamatórios, e tem sido correlacionada a tumorigênese de algumas neoplasias, mas sua participação no desenvolvimento de lesões periapicais não foram investigados. O Granuloma Apical (GA) e o Cisto Periapical (CP) são considerados as lesões crônicas mais comuns do periápice. Os mecanismos responsáveis pelas suas etiopatogenias não são completamente esclarecidos. O objetivo deste trabalho foi verificar a expressão de ADAMTS-1, versicano e pEGFR no GA e CP. Metodos: Vinte e cinco amostras de CP e dez de GA, foram utilizadas. Como controle, utilizou-se 10 amostras de hiperplasia fibrosa inflamatória (HFI) e 10 de folículo dentário (FD). A expressão destas proteínas foi investigada utilizando imuno-histoquímica. Resultados: No epitélio de CP, HFI e FD a expressão de ADAMTS-1 foi maior no FD do que no CP. Versicano apresentou maior expressão no HFI do que no CP e no FD do que em CP. pEGFR apresentou maior expressão em HFI e CP do que no FD. No tecido conjuntivo, a expressão de ADAMTS-1 foi maior no GA e CP do que em HFI e FD. Versicano apresentou maior expressão em GA, CP e HFI em relação ao FD. Já em pEGFR houve maior marcação em GA quando comparado ao CP, a HFI e ao FD. Ocorreu maior imunomarcação no CP do que em FD. Conclusão: Nossos resultados sugerem que as proteínas estudadas podem participar da patogênese do GA e CP, pela interação destas proteínas, na remodelação da MEC (versicano) pela ADAMTS-1, produzindo fragmentos bioativos, que poderiam ativar o EGFR, contribuindo para a formação, crescimento e manutenção das lesões.

  • MICHELLE REGINA MARTINS PEREIRA
  • ESTADO NUTRICIONAL E CORRELAÇÃO ENTRE PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS, BIOQUÍMICOS E DIETÉTICOS DE PORTADORES DE DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

  • Data: 31/10/2019
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  • A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular degenerativa, que leva a fraqueza muscular progressiva. Meninos com a doença desenvolvem distúrbios nutricionais em diferentes fases, que pioram sua capacidade física. Este estudo foi desenvolvido com o objetivo foi analisar o estado nutricional e verificar se existe correlação entre variáveis de antropométricas, bioquímicas e dietéticas de portadores de Distrofia Muscular de Duchenne. Realizou-se um estudo transversal envolvendo 15 meninos com idade entre 7 e 18 anos, que foram submetidos à avaliação nutricional, bioquímica e dietética. A avaliação nutricional foi realizada através de avaliação antropométrica, com análise de composição corporal por pregas cutâneas, curvas de referência da OMS e curvas específicas para DMD, além da curva de peso ideal (PI) para DMD e parâmetros bioquímicos. Avaliou-se o consumo alimentar através recordatório 24 h, registro alimentar e taxa metabólica de repouso (TMR) por fórmula de estimativa específica para DMD. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS 20.0. O escore Z de estatura médio foi de -2.49 ± 1.74 e 60% dos pacientes tinham baixa estatura. Depleção de massa muscular foi identificada em 53,3% dos meninos e 66,7% apresentavam excesso de gordura corporal. Observou-se um significativo percentual de sobrepeso/obesidade pela Dobra cutânea tricipital. A TMR média foi 1286.81 ± 186.91 Kcal e de ingestão calórica 1725.93 ± 621.22 Kcal, estando significativamente superior à TMR estimada (p < 0.02). Os pacientes apresentaram médias de glicemia, colesterol, LDL dentro dos valores de referência, porém inadequadas quanto aos valores de HDL e triglicerídeos. Foi identificada diferença significativa nos níveis de glicemia, sendo este maior nos indivíduos que faziam uso de corticosteroide. Também foram descritas algumas alterações bioquímicas relativamente frequentes, como diminuição níveis elevados de Creatina Quinase (CK), creatinina, transaminases, assim como elevação de leucócitos, linfócitos e alteração Contagem Total de linfócitos (CTL). No que se refere à correlação, constatou-se que houve correlação positiva entre alguns parâmetros de composição corporal e glicose com triglicerídeo, além do índice de prognóstico inflamatório nutricional (IPIN) e Colesterol. Quanto as variáveis dietéticas houve correlação positiva entre cálcio e os parâmetros glicose e triglicerídeos. Na análise de componente principal, verificou-se como métodos mais sensíveis para a detecção de alterações no estado nutricional dentre eles a dobra cutânea tricipital (DCT), circunferência muscular do Braço Corrigida e soma das dobras (DCT+ dobra cutânea subescapular (DCSE)), IPIN e PI para DMD. Desta forma os resultados obtidos no presente estudo evidenciam distúrbios nutricionais em pacientes com DMD, por diferentes parâmetros, sendo mais frequente o excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Entre os fatores que podem estar relacionados a este achado, citam-se baixa TMR, pouca atividade física, tratamento com corticoides e ingestão calórica superior à TMR. Mais estudos são necessários para identificação de parâmetros mais sensíveis para detecção de variações no estado nutricional, prevenindo assim complicações ao longo prazo e proporcionando a elaboração de protocolos institucionais de intervenção nutricional.

  • DIELLE NAZARE REIS DE QUEIROZ
  • ESTADO NUTRICIONAL, ALTERAÇÕES METABÓLICAS E QUALIDADE DA DIETA DE PACIENTES COM SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN, ESTADO- PA.

  • Data: 31/10/2019
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  • A Síndrome de Williams Beuren (SWB) é uma síndrome genética multisistêmica, caracterizada por más formações cardiovasculares, deficiência intelectual, baixa estatura, comportamento hipersociável, distorções faciais e anormalidades variáveis no aparelho urinário, sistema endócrino, oftalmológico, e sistemas esqueletais. Este trabalho teve como objetivo avaliar o estado nutricional por meio de medidas antropométricas, de composição corporal, e bioquímicas de crianças e adolescentes com a Síndrome de Williams-Beuren. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 23 indivíduos diagnosticados com Síndrome de Williams. Realizou-se uma avaliação nutricional por meio de parâmetros antropométricos e parâmetros bioquímicos. O consumo alimentar foi avaliado por instrumentos dietéticos, utilizados para calcular o índice de alimentação saudável (IAS). As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa SPSS 20.0. para descrição das variáveis por meio de média e desvio padrão, bem como aplicação do teste Qui-quadrado , objetivando-se comparar as diferenças entre as médias das variáveis calculadas. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov (para avaliar a normalidade dos dados) e a correlação de Spearman. Foi observado, entre os pacientes do gênero feminino um percentual de obesidade segundo o índice IMC/idade (26,1%) com associação significativa. O excesso de gordura abdominal indicada pelo parâmetro CCint esteve presente apenas em crianças e adolescentes do gênero feminino (p < 0,021). Quanto à composição corporal o gênero feminino apresentou maior prevalência (p< 0,052). Foram descritos também algumas alterações bioquímicas relativamente frequentes, como a diminuição dos níveis séricos de HDL, níveis elevados de CK e bilirrubina, diminuição dos níveis de albumina e hipotireoidismo subclínico. Verificou-se que houve uma forte correlação positiva (r= 0,70 – 0,89) e moderada (r= 0,40 – 0,69) para a maioria das relações entre as variáveis antropométricas, bioquímicas, células brancas e pressão arterial. Com exceção da relação entre IMC e HDL- c que mostrou uma correlação negativa. Além disso, observou-se que a maioria dos participantes do estudo (73,9%) possui uma baixa qualidade da dieta. Pode se aferir que as alterações dos dados antropométricos e bioquímicos observados neste estudo são relativamente comuns na SWB. Porém deve-se realizar mais estudos com intuito de elucidar tais manifestaçoes para definir diretrizes clínicas e prevenir complicações multissistêmicas a longo prazo.

  • JAMILLE JHENIFFER NASCIMENTO FARIAS
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CONSUMO ALIMENTAR E O RISCO PARA ADENOCARCINOMA GÁSTRICO EM PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAIS DE REFERÊNCIA EM BELÉM-PA

  • Data: 26/09/2019
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  • O câncer gástrico é uma doença multifatorial que ocorre pela ação de fatores de risco genéticos e epigenéticos. É um dos tipos de câncer mais comuns no mundo, com elevado índice de morbimortalidade. Dentre os potenciais fatores de risco para a doença estão fator sócio demográfico, etilismo, tabagismo e consumo alimentar. Esse trabalho teve como objetivo investigar a associação entre o perfil sócio demográfico e comportamental e o risco para adenocarcinoma gástrico em pacientes atendidos em hospitais de referência em Belém – PA. Trata-se de um estudo caso-controle, multicêntrico, em que foram incluídos pacientes com adenocarcinoma gástrico confirmado por exame histopatológico. Indivíduos do grupo controle foram selecionados entre pacientes sem história ou suspeita de câncer gástrico, emparelhados aos casos segundo sexo e idade. Foi aplicado questionário sobre estilo de vida e frequência alimentar. Os alimentos foram classificados por categorias adaptadas conforme o Guia Alimentar para População Brasileira. Foram analisados 140 casos e 140 controles recrutados no período de maio de 2018 a maio de 2019. Em relação à escolaridade, no grupo caso houve maior número de indivíduos com ensino fundamental incompleto (63,57%) e no controle com ensino médio completo (32,86%). Foi observado maior risco para câncer gástrico em pacientes com menor nível de escolaridade. Estado civil e etnia estiveram associados ao risco de câncer de estômago com odds ration (OR) de 3,40 (IC95%: 1,39 a 8,33) de casados em relação a viúvos e de 3,06 (IC95%: 1,50-6,23) de pardos em relação a brancos. Com relação a histórico familiar de câncer, indivíduos com histórico de câncer na família apresentaram maior risco para câncer gástrico em relação a indivíduos sem histórico (OR: 1,99; p = 0,006). Tabagismo, etilismo e fonte de água para consumo também estiveram associados ao risco para câncer gástrico com OR de 2,80 (IC95%: 1,72-4,55) de tabagistas em relação a não tabagistas, de 4,15 (IC95%: 2,51-6,87) de etilistas em relação a não etilistas, e 5,30 (IC95%: 3,10-9,08) de fonte de água para consumo encanada/corrente/poço em relação a
    mineral/filtrada. Quanto ao consumo alimentar foi observada maior frequência de classificação ―baixo consumo‖ para a maioria dos alimentos, tanto em casos quanto em controles, principalmente do grupo in natura (frutas e hortaliças). O alto consumo de leite integral, manteiga/margarina, café, farofa/farinha de mandioca/milho e pão francês esteve associado ao risco para câncer de estômago. Fator sócio demográfico, histórico familiar de câncer, hábitos pessoais e consumo alimentar apresentaram associação com o câncer gástrico. O conhecimento do perfil epidemiológico dos pacientes é importante, pois auxilia no desenvolvimento de medidas educativas e preventivas que poderá refletir na redução das taxas de incidência e gastos públicos com a doença.

  • LATOYA SHONELL GOODING
  • INCIDENCE OF ER NEGATIVE RECEPTORS IN THE GUYANESE BREAST CANCER POPULATION AND ITS INFLUENCE IN TREATMENT OUTCOME

  • Data: 25/09/2019
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    Na Guiana, o câncer é a terceira principal causa de mortalidade, com o câncer de mama sendo a principal causa de câncer, mas a segunda causa de morte por câncer entre as mulheres. O teste imuno-histoquímico não está disponível na Guiana, para o qual os status de ER, PR e HER2 das pacientes com câncer de mama são desconhecidos, resultando em nenhuma classificação molecular e em pacientes recebendo terapia hormonal por cinco (5) anos sem saber se necessitam desse tratamento. O principal objetivo deste estudo é identificar a incidência de receptores ER / PR negativos e HER2 positivos na população de câncer de mama na Guiana durante um período de cinco (5) anos (janeiro de 2013 a abril de 2018) e identificar sua prevalência por idade, etnia e tipo de câncer de mama, resultando na classificação molecular desses pacientes. Em seguida, comparará a prevalência dos receptores ER, PR e HER2 por idade, etnia e tipo de câncer de mama com a da população brasileira de câncer de mama. Este estudo é um estudo transversal retrospectivo que observará a prevalência desses receptores (ER, PR e HER2) na população de câncer de mama no período de janeiro de 2013 a abril de 2018 de todos os casos de câncer de mama diagnosticados e tratados no hospital nacional de referência, Georgetown Public Hospital Corporation (GPHC), uma vez concedido o consentimento do paciente ou parente do paciente com câncer de mama falecido e sua amostra em bloco está localizada no laboratório de patologia do Departamento de Patologia do GPHC. O mínimo de oitenta (80) casos é necessário para a realização deste estudo com duração de dez (10) meses. Este estudo será o primeiro do gênero na Guiana e servirá como dados para orientar as diretrizes de tratamento para o tratamento do câncer de mama. Na análise estatística dos cânceres na Guiana, realizada pelo Dr. Morris Edwards em 2015, onde analisou os cânceres na Guiana entre 2003 e 2012, destacou a grande falta de tratamento eficaz do câncer em nosso país, enquanto registrava um total de seis mil e quinhentos e dezoito (6518) casos de câncer, com 56% do total de casos não receberam tratamento e 44% receberam tratamento que varia de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal. Na minha observação, a terapia hormonal tornou-se muito popular na Guiana a partir de 2013, onde todos os pacientes com câncer de mama diagnosticados começaram a recebê-lo após a quimioterapia e a radioterapia, por um período de cinco (5) anos sem realizar o teste imuno-histoquímico para determinar seu ER / Status de relações públicas. Os casos registrados de câncer de mama foram mil e noventa (1090) casos, com mil e setenta e quatro (1074) casos em mulheres e dezesseis (16) em homens. Observou que o câncer de mama era predominante em mulheres mais velhas, atingindo o pico mais alto entre 70 e 74 anos e uma alta predominância para a população de câncer de mama indo-guianense.

  • REBECCA LAIS DA SILVA CRUZ
  • MIRNAS E ANCESTRALIDADE GENÔMICA NO CÂNCER DE MAMA

  • Data: 24/09/2019
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  • O câncer de mama é uma doença altamente heterogênea, tanto ao nível histológico quanto genômico, e abrange entidades clínicas com características biológicas e desfechos clínicos distintos. A necessidade do diagnóstico mais precoce, bem como os vários efeitos adversos observados nos pacientes devido as modalidades terapêuticas aplicadas, ressaltam a importância da investigação de potenciais biomarcadores preditivos que possam auxiliar no diagnóstico, tratamento mais precoces para o câncer de mama, além de um prognóstico favorável. Os microRNAs (miRNAs) têm se destacado como bons candidatos a biomarcadores, principalmente porque apresentam a expressão desregulada em várias doenças, incluindo no câncer. Neste estudo avaliou-se o perfil de expressão de quatro miRNAs (hsa-miR-135b, hsa-miR-187, hsa-miR-384 e hsa-miR-498) associados ao desenvolvimento do câncer mama, e sua distribuição considerando a ancestralidade genômica em amostras diagnosticadas no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Para a avaliação do perfil de expressão dos miRNAs foram utilizadas 93 amostras de tecidos parafinados, distribuídas em: (a) 18 amostras do tipo molecular luminal A, (b) 41 do tipo molecular luminal B, (c) 7 do grupo HER-2, (d) 17 do tipo molecular triplo negativo, e (e) 10 amostras sem câncer, as quais foram submetidas a reação em cadeia da polimerase em tempo real (qRT-PCR). Adicionalmente, a análise de ancestralidade foi realizada por meio de um painel de 61 AIMs (Ancestry Informative Markers), em 23 amostras de tecidos frescos, divididas em: 14 de câncer de mama (4 do tipo molecular luminal A, 4 do tipo molecular luminal B, 1 do grupo HER-2 e 5 do tipo molecular triplo negativo) e nove amostras sem câncer. O hsa-miR-135b apresentou-se hipoexpresso nas amostras de câncer de mama quando comparado as amostras sem câncer, bem como na comparação entre os diferentes tipo moleculares de câncer, onde foi significativo praticamente em todos, exceto na comparação dos tipo moleculares triplo negativo e luminal A (p = 0.05). O hsa-miR-135b também apresentou diferenças significativas para os receptores de estrógeno e progesterona, tanto entre status negativo versus positivo, quanto na estratificação de negativo, 1% a 33%, 34% a 66% e 67% a 100%. Por outro lado, o hsa-miR-187 apresentou-se estatisticamente significante com relação ao tamanho tumoral, do estadiamento das lesões (com diferenças significativas entre T1 e T3, p = 0.01 e T2 e T3, p = 0.01), bem como na comparação entre os estágios iniciais versus avançados (p = 0.03). A predição in silico revelou 12 genes alvos do hsa-miR-135b envolvidos em vias biológicas importantes para a carcinogênese. O presente estudo sugere que o hsa-miR-135b é um promissor biomarcador para a identificação de vários 8 estágios de câncer de mama, principalmente na distinção entre o tipo molecular triplo negativo e o tecido sem câncer (AUC = 0.94), e dos tipo moleculares luminais + HER-2 em comparação ao tecido sem câncer (AUC = 0.94). Sugere-se também que o hsa-miR-187 deve ser futuramente testado como um possível biomarcador de prognóstico do câncer de mama.

  • THIAGO SAID DAIBES PEREIRA
  • POLIMORFISMOS DAS MMP- 1, MMP- 2 E MMP 8 SÃO ASSOCIADOS A FÍSTULAS INTESTINAIS PÓS RECONSTRUÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL?

  • Data: 13/09/2019
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  • A formação de uma fístula enterocutânea ou na cavidade abdominal é
    uma complicação severa e torna – se um verdadeiro desafio trata- la.1 Agren et
    al. (2006) observaram que a degradação do colágeno do cólon por MMPs
    (metaloproteinases de matriz) ativas na anastomose estava substancialmente
    elevada na área de sutura da anastomose em comparação com a área adjacente
    não suturada.18 Portanto este trabalho objetiva Investigar a associação do
    desenvolvimento de fístulas após anastomose com a presença de polimorfismos
    rs 1799750 da MMP- 1, rs 243865 e rs 243866 da MMP- 2 e rs 11225395 da
    MMP- 8 por meio de coleta de sangue de pacientes submetidos a cirurgias
    intestinais nos Hospitais que realizam Cirurgia Pediátrica, em Belém/ Pará. Para
    isso foram coletadas amostras sanguíneas de 32 pacientes pediátricos (de
    recém-nascidos até a idade de 12 anos 11 meses e 29 dias) que passaram por
    cirurgias de reconstrução do trânsito intestinal. Como resultado da análise dos
    polimorfismos podemos verificar que se não existir o alelo A do rs 243866 (MMP-
    2) e ou o alelo T do rs 243865 (MMP- 2) o paciente submetido a reconstrução do
    trânsito intestinal terá 21 vezes mais chance segundo o Teste Exato de Fisher e
    Oddis Ratio de ter fístula da anastomose intestinal, ou seja, se o paciente
    apresentar exclusivamente o genótipo GG (rs 243866) e CC (rs 243865) terá
    uma chance muito maior (OR 21,07) de complicação cirúrgica. E analisando os
    polimorfismos rs 1799750 da MMP-1 e rs 1125395 da MMP- 8 não encontramos
    significância estatística, p > 0,05. Sendo assim, concluímos que os polimorfismos
    rs 243866 e 243865 da MMP- 2 na presença dos genótipos GG e CC
    respectivamente aumenta 21 vezes a chance do paciente ter fistula intestinal
    após o procedimento cirúrgico de reconstrução do trâsnsito intestinal o mesmo
    não podemos concluir com os rs 1799750 da MMP- 1 e rs 1125395 da MMP- 8.

  • VANESSA MARINHO DE PAULA
  • ESTUDO DA VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CÓPIAS DOS GENES ERBB4, GBE1 E ASXL1 EM AMOSTRAS DE ADENOCARCINOMA GÁSTRICO

  • Data: 04/07/2019
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  • O câncer gástrico é uma causa considerável de morbimortalidade mundial e o Pará encontra-se
    entre os estados do Brasil que possui uma das maiores taxas de incidência desta neoplasia,
    sendo o segundo tipo de câncer mais frequente em homens e o quarto entre as mulheres. O
    adenocarcinoma, originário do epitélio glandular da mucosa gástrica, é o tipo histológico mais
    comum dentre todas as neoplasias gástricas e é responsável por uma taxa relativamente elevada
    de óbito. A despeito dos progressos no tratamento do câncer gástrico, a taxa de sobrevida dos
    pacientes permanece baixa, principalmente em decorrência de seu diagnóstico tardio. Assim,
    torna-se necessária a busca de biomarcadores de diagnóstico e avaliação prognóstica desta
    neoplasia, a fim de auxiliar mudanças no mórbido panorama que cerca esta doença. Neste
    sentido, diversas evidências científicas demonstram que o estudo das alterações do número de
    cópias gênicas são promissores biomarcadores e alvos terapêuticos no câncer gástrico. Através
    de resultados prévios de Hibridização genômica comparativa em array (aCGH) foram
    detectadas diversas alterações genéticas em amostras de adenocarcinoma gástrico, que
    merecem especial atenção, visto sua alta frequência e seu ineditismo em relação a esta
    neoplasia, como a deleção dos genes ERBB4 e GBE1 e amplificação do gene ASXL1. Desta
    forma, este estudo objetiva validar por PCR em tempo real as alterações supracitadas,
    correlacionando-as ainda com dados clinicopatológicos dos pacientes, no intuito de estabelecer
    novos biomarcadores de adenocarcinoma gástrico. Como resultados, observamos a
    amplificação dos genes ERBB4 e GBE1 como provável evento contribuinte chave para redução
    da agressividade tumoral, além da recorrente amplificação do gene ASXL1 em adenocarcinoma
    gástrico. Desta forma elencamos possíveis novos biomarcadores para o adenocarcinoma
    gástrico que podem propiciar benefícios aos pacientes acometidos por esta doença.

  • JOSIELLEM DAMASCENO DE SOUZA
  • COINFECÇÃO DE HPV E CHLAMYDIA TRACHOMATIS, PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES CELULARES DO COLO DE ÚTERO.

  • Data: 01/07/2019
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  • As infecções sexualmente transmissíveis (IST) representam um grave problema de saúde pública. Entre as mais frequentes em todo o mundo estão a infecção por Papilomavírus humano (HPV) e Chlamydia trachomatis. Diversos estudos demonstram a coinfecção entre HPV e Clamídia como um agravante para o surgimento de alterações celulares e patogenia do câncer de colo de útero. Este trabalho teve como objetivo analisar a prevalência de HPV e C. trachomatis e sua associação a fatores de risco e alterações citológicas do colo uterino em mulheres atendidas por um programa de extensão universitária. Analisou-se 303 amostras de mulheres atendidas no CASMUC - UFPA (Centro de Atenção à saúde da mulher e da Criança – Universidade Federal do Pará) no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Foi feita a análise do questionário sociocomportamental e utilizou-se o método convencional de PCR para verificar a presença de HPV e Seminested-PCR para avaliar a presença de C. trachomatis. 15,5% das participantes apresentaram positividade para HPV e 4,2% para C. trachomatis, o fator idade jovem esteve relacionado estatisticamente com a prevalência de ambos os patógenos, participantes mais jovens também tiveram maior prevalência de alterações celulares e maior risco de infecção. Os fatores de risco: início precoce da vida sexual, número elevado de parceiros, e não realização de exame preventivo foram estatisticamente relacionados à infecção viral. A presença das infecções concomitantes ocorreu em 8,0% dos casos de alterações citológicas com um risco doze vezes maior de desenvolvimento de alteração comparado a mulheres não coinfectadas. Estes dados sugerem a importância da educação em saúde da população em geral, assim como a necessidade da implementação de rastreio para ambos os patógenos.

  • GERSON MACIEL COELHO
  • EFEITOS NEUROMODULADORES DE SISTEMAS NANOPARTICULADOS INORGÂNICOS CONTENDO INDOMETACINA EM MODELO DE NEUROINFLAMAÇÃO INDUZIDO POR LIPOPOLISSACARÍDEO.

  • Data: 26/02/2019
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  • A inflamação subaguda é uma característica proeminente das doenças neurodegenerativas, desencadeada pela secreção de citocinas inflamatórias pela micróglia, bem como as funções alteradas dos astrócitos, que podem levar a um microambiente desfavorável à sobrevivência neuronal. Desta forma, nosso estudo se propôs a avaliar o efeito da indometacina intercalada em nanopartícula de hidróxido duplo lamelar (HDL) em modelo de neuroinflamação subaguda induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em ratos machos Wistar. Assim, primeiramente, realizamos curva dose-resposta ao LPS (0,5 a 1,0 mg/kg) com aplicações diárias por 5 dias. Os pesos dos animais e a ingestão de alimentos foram mensurados diariamente. Vinte e quatro horas após a última aplicação de LPS, os animais foram submetidos aos testes comportamentais (labirinto em cruz elevado [LCE] e campo aberto [CA]) seguido de eutanásia para avaliação do baço (peso e tamanho). Após estes experimentos, foi escolhida a dose de LPS que revelou fenômenos inflamatórios. Na segunda etapa, testamos o efeito da indometacina intercalada em HDL. Os parâmetros analisados foram os mesmos descritos anteriormente, além de imuno-histoquímica no tecido nervoso. Nossos resultados revelaram que todas as doses de LPS testadas foram capazes de alterar a ingestão de alimentos pelos animais, o que resultou em perda de peso significativo em relação ao grupo controle. Além disso, a dose de 1,0 mg/kg foi capaz de induzir maior tempo de imobilidade dos animais no LCE, bem como diminuição na distância total percorrida, em relação ao grupo controle e que doses de 0,75 e 1,0 mg/kg foram capazes de alterar significativamente o tamanho e o peso do baço, tanto absoluto quanto relativo ao peso corporal, sugerindo que nosso modelo induz processo inflamatório subagudo. Após estes achados, foi escolhido a dose de 0,75 mg/kg para os experimentos com HDL-indometacina. Assim, nossos resultados mostraram que, embora não significativos, tanto a indometacina livre quanto intercalada foi capaz de recuperar mais rapidamente os efeitos deletérios induzidos pelo LPS em relação a ingestão de alimentos e perda de peso. Frente aos testes comportamentais e análise esplênica, a indometacina livre ou intercalada não induziu qualquer alteração naqueles induzidas pelo LPS apenas. No entanto, observamos que tanto o fármaco livre quanto intercalado foram capazes de atenuar a ativação microglial no hipocampo e no córtex somatossensorial induzida por LPS. Portanto, mostramos que a indometacina intercalada é capaz de atenuar os processos neuroinflamatórios induzidos por LPS, embora estes efeitos não sejam tão pronunciados na periferia.

  • JULIANA BARRETO ALBUQUERQUE PINTO
  • PROTEÍNA PIWIL1 COMO POSSÍVEL AGENTE NO CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 12/02/2019
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  • O gene PIWI-LIKE PROTEIN 1 (PIWIL1) surgiu como um alvo atraente para o câncer gástrico, uma vez que estudos têm demonstrado que a proteína PIWIL1 é expressa em níveis aumentados em tecidos cancerígenos, células-tronco e células germinativas, porém é ausente em tecidos somáticos normais, caracterizando-a como uma proteína-alvo muito interessante para o tratamento desta neoplasia, visto que a maioria das células não cancerígenas não seria afetada por efeitos citotóxicos. Embora informações relevantes sobre o possível papel da PIWIL1 na carcinogênese do câncer gástrico sejam fornecidas pela literatura atual, os mecanismos moleculares envolvidos nesse processo carcinogênico permanecem pouco esclarecidos. Portanto, com o objetivo de investigar os mecanismos moleculares pelos quais a PIWIL1 confere vantagens às células cancerígenas, a tecnologia de CRISPR/Cas9 foi empregada, a fim de realizar o knockout permanente do gene PIWIL1 na linhagem celular de câncer gástrico AGP01. Após o knockout, foram realizados experimentos para avaliar o efeito desta alteração molecular sobre a capacidade de migração e invasão da linhagem, bem como sobre a expressão de genes envolvidos nestes dois mecanismos celulares. Os resultados demonstraram que o knockout do gene PIWIL1 causou uma diminuição significativa na capacidade de migração da AGP01 após 24 horas, assim como uma diminuição significativa na capacidade invasão celular. Além disso, os resultados de expressão gênica revelaram 26 genes (cinco superexpressos e 21 hipoexpressos – quando comparadas às linhagens antes e após o knockout) que codificam proteínas envolvidas nos processos celulares de invasão e migração. De acordo com a literatura atual, nove desses 26 genes (DOCK2, ZNF503, PDE4D, ABL1, ABL2, LPAR1, SMAD2, WASF3 e DACH1) possivelmente estão relacionados aos mecanismos utilizados pela PIWIL1 para promover efeitos carcinogênicos relacionados à migração e à invasão, uma vez que suas funções são consistentes com a alteração observada (superexpresso ou hipoexpresso após o knockout). Em conjunto, esses dados reforçam a ideia de que a PIWIL1 deve desempenhar um papel crucial na via de sinalização do câncer gástrico, regulando vários genes envolvidos nos processos de migração e invasão, portanto, seu uso como alvo terapêutico pode gerar resultados promissores no tratamento deste tipo de câncer

     

2018
Descrição
  • MAYARA QUARESMA NASCIMENTO
  • Perfil taxonômico e funcional do microbioma do câncer gástrico

  • Data: 27/12/2018
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  • INTRODUÇÃO: O câncer gástrico é a quarta causa mais frequente de câncer no mundo. A maior parte encontra-se em países em desenvolvimento, como o Brasil. Entre os principais carcinógenos conhecidos destaca-se a bactéria Helicobacter pylori. Além desta bactéria, outros microrganismos podem estar relacionados a carcinogênese gástrica. Sendo assim, pesquisas envolvendo a expressão gênica destes microrganismos em câncer gástrico fazem-se necessários. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi descrever o perfil taxonômico e funcional do microbioma do câncer gástrico MATERIAL E MÉTODOS: Foram coletadas amostras de biópsia de 10 pacientes com câncer gástrico do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), sendo sequenciadas pelo método de Sequenciamento de Nova Geração (NGS), com o auxílio de plataformas em bioinformática. Foi realizada análise em transcriptoma para conhecimento da taxonomia e metatranscriptômica para perfil de expressão gênica bacteriana, através de alinhamento com o genoma humano e alinhamento das leituras de microrganismos. RESULTADOS: Foram obtidos 20 taxons mais presentes, sendo os principais Acinetobacter baumanii, Pseudomonas syringae, Herbaspirillum rubrisubalbicans, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella enterica. Também foram obtidas os 20 principais expressões proteicas bacterianas, algumas delas: chaperonas HtpG e Dnak, actina, ubiquitina, GADPH. CONCLUSÃO: Considerando os resultados do presente estudo, sugere-se que Helicobacter pylori não é o principal patógeno presente em pacientes com câncer gástrico, porém uma diversificada microbiota compõe este microambiente tumoral, bem como a expressão proteica bacteriana, podendo ainda caracterizar maior virulência ao patógeno.

  • NATERCIA NEVES MARQUES DE QUEIROZ
  • EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE ALTAS DOSES DE COLECALCIFEROL SOBRE O COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 NORMOTENSOS

  • Data: 26/12/2018
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  • O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma endocrinopatia associada a alto risco cardiovascular (CV). A deficiência de vitamina D (VD) foi relacionada ao desenvolvimento de diversas doenças sistêmicas, em função da presença de receptores de vitamina D (VDR) em variados tecidos, incluindo músculo liso vascular, endotélio, cardiomiócitos e células justa-glomerulares. Alguns estudos sugerem uma relação inversa entre níveis VD e valores pressóricos. Médias de PA maiores em pessoas deficientes em VD foram encontradas.  Além disso, sugere-se que o complexo VD - VDR possa atuar como um fator de regulação negativo sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona, no aparelho justa-glomerular em diabéticos, podendo exercer efeitos positivos sobre o comportamento da pressão arterial. Desse modo, nosso estudo visou a avaliar o efeito da suplementação de altas doses de vitamina D sobre o comportamento da pressão arterial em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 normotensos. Realizamos um estudo prospectivo e intervencionista em 35 pacientes com DM1. Aqueles que tinham níveis de VD inferiores a 30 ng/mL receberam 10.000 UI/ dia, e quando de 30 a 60 ng/mL, utilizaram 4.000 UI/dia. Os pacientes foram submetidos ao sistema de monitorização ambulatorial de pressão arterial por 24 horas (24h-MAPA), HbA1c, creatinina, lipídios e PCRus no basal e após 12 semanas. Houve uma redução marcante nas pressões arteriais sistólica e diastólica matutinas ao final do estudo (117 ± 14 vs 112±14, p<0,05; 74±9 vs 70±10 mmHg, p<0,05, respectivamente), sem alterações em outras variáveis pressóricas. Encontramos correlação entre a vitamina D pós-suplementação e a PA diastólica matutina (r= -0,4; p <0,05).  Nosso estudo sugeriu uma associação entre a suplementação de altas doses de VD e redução da PA matutina em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 normotensos

  • FRANCIANE TRINDADE CUNHA DE MELO
  • INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE ALTAS DOSES DE VITAMINA D NO CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1

  • Data: 10/12/2018
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  • Embora o controle glicêmico intensivo do Diabetes Mellitus (DM) com insulina tenha reduzido a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares, a maioria dos pacientes ainda desenvolve essas injúrias com elevada morbimortalidade. Tem sido sugerido que baixos níveis de VD podem estar associados com desenvolvimento de DM1 e controle glicêmico precário. Como potencial terapêutico, a utilização de VD em pacientes com DM1 tem apresentado resultados controversos no que diz respeito à redução dos níveis de glicose. O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da suplementação de altas doses de vitamina D no controle glicêmico de pacientes com DM1, avaliado através dos níveis da hemoglobina glicada (HbA1c). Foi realizado um ensaio clínico prospectivo, com duração de 12 semanas, incluindo 52 pacientes portadores de DM1, os quais foram suplementados com altas doses de colecalciferol. A dose utilizada dessa vitamina foi de acordo com o valor sérico da VD do participante. Pacientes com níveis de VD inferiores a 30 ng/mL, receberam 10.000 UI/ dia, e quando de 30 a 60 ng/mL, utilizaram 4.000 UI/dia. Os níveis de VD e HbA1c foram avaliados antes e após 3 meses de suplementação dessa vitamina. Quando analisamos o total de pacientes (N=52), não houve melhora do controle glicêmico avaliado pela HbA1c . Para melhor estudar os efeitos da VD sobre a HbA1c, os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com a variação da HbA1c: aqueles cuja HbA1c reduziu ≥ 0.5% (grupo 1, N= 13); aqueles sem variação na HbA1c (grupo 2, N=19) e aqueles com aumento ≥ 0.5% na HbA1c (grupo 3, N=20). Houve diminuição da HbA1c apenas em um grupo específico (N=14). Adicionalmente, não ocorreu redução nas necessidades das insulinas basais, prandiais e nem na dose total, após os três meses da suplementação com VD. Assim, nossos dados sugerem que não haja benefício adicional da suplementação de VD na otimização do controle glicêmico avaliado pela HbA1C em pacientes com DM1.

  • LILIAN DE SOUZA D ALBUQUERQUE SILVA
  • EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM ALTAS DOSES SOBRE A NEUROPATIA AUTONÔMICA CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1

  • Data: 10/12/2018
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  • A neuropatia autonômica cardiovascular (NAC), associada ao diabetes mellitus (DM), apesar de ser uma condição subclínica, é um importante fator de morbimortalidade nesses pacientes. No diabetes mellitus tipo 1 (DM1) a NAC é tão alarmante que deve ser rastreada após os 5 primeiros anos de doença. Poucas medidas terapêuticas são recomendadas nas diretrizes internacionais sobre o assunto. Alguns autores têm sugerido uma associação entre a vitamina D e neuropatia diabética. O objetivo de nosso estudo foi avaliar os efeitos da suplementação de altas doses de vitamina D (VD) sobre a NAC em pacientes com DM1. Realizamos um estudo prospectivo, intervencionista, no qual 17 pacientes com diagnóstico de DM1 e NAC foram incluídos. Pacientes com níveis de VD inferiores a 30 ng/mL receberam 10.000 UI/ dia, e quando de 30 a 60 ng/mL, utilizaram 4.000 UI/dia. Dosagem sérica de VD e testes de NAC foram realizados antes e após 12 semanas de tratamento. Houve melhora dos parâmetros relacionados à variabilidade da frequência cardíaca (FC) de repouso, quais sejam: LF (1.9 ± 0.4 vs 2.2 ± 0.7 seg; p=0.05), TP (2.5 ± 0.3 vs 2.7 ± 0.5 seg; p<0.05), RRmax (0.8 ± 0.09            vs 0.9 ± 0.23 seg; p<0.05), RRNN (0.72 ± 0.09 vs 0.76 ± 0.09 seg; p<0.05) e SDNN (0,015 ± 0,005 vs 0,026 ± 0,018 seg; p<0.05). Adicionalmente, foi demonstrado que a variação do nível sérico de VD correlacionou-se tanto com o HF (%) final (pós-tratamento) quanto com a relação LF/HF (r=0,57; p<0,05). Nosso estudo piloto é o primeiro a sugerir uma forte associação entre a suplementação com altas doses de vitamina D e a melhora da neuropatia autonômica cardiovascular em pacientes DM1. Isso ocorreu sem que houvesse variação na HbA1C, níveis pressóricos, lípides e doses de insulina utilizadas.

  • LUCIANA PEREIRA COLARES LEITAO
  • VARIABILIDADE DO GENE CYP2D6 EM POPULAÇÕES AMERÍNDIAS

  • Data: 03/12/2018
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  • A superfamília gênica Citocromo P450 é de significativa relevância para o processo de metabolização de diversos fármacos no fígado humano. O gene CYP2D6, um dos genes mais estudados devido sua vasta quantidade de variações genômicas e a baixa suscetibilidade à influência de fatores externos não genéticos que afetam o processo metabolização de mais de 20% dos fármacos comercializados. O perfil molecular do gene CYP2D6 influencia no metabolismo de diversas classes de fármacos: antidepressivos, antipsicóticos, antiarrítmicos, analgésicos opioides, agentes anticancerígenos entre outros fármacos. Entretanto, esses protocolos são desenhados, principalmente, para populações de origem europeia, não sendo adequadamente empregados em populações brasileiras, já que está é resultante de um complexo processo de miscigenação envolvendo a contribuição, principalmente, de europeus, africanos e ameríndios. Estudos farmacogenômicos em populações ameríndias são escassos. Sendo assim, na falta de dados consistentes, o estabelecimento de políticas públicas de saúde voltadas para a implementação da medicina de precisão nestas populações, e em povos miscigenados com estes grupos étnicos, fica prejudicado. Estudos genômicos capazes de analisar a heterogeneidade genética de biomarcadores associados ao processo de metabolização de diversos fármacos em populações ameríndias e miscigenadas são de grande impacto científico. Baseado nisto, o presente trabalho avaliou o perfil molecular de 22 importantes polimorfismos preditores de terapia no gene CYP2D6 em amostras de indivíduos Ameríndios Amazônicos de três tribos: Asurini do Trocará, Asurini do Koatinemo e Kayapó-Xikrin. O DNA foi extraído a partir de sangue periférico dos indivíduos estudados. As genotipagens dos polimorfismos foram realizadas por ensaios Taqman® em OpenArray®, no QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR System. As análises estatísticas foram realizadas nos programas Arlequin v. 3.5.2.2, SPSS v. 12.0 e pacote estatístico do R. Além deste trabalho original foi realizada uma revisão para agrupar os dados do gene CYP2D6 em outras populações ameríndias. A partir dos resultados foi possível observar que o perfil de metabolização extensiva, normal, é o mais frequente na população ameríndia da revisão e na população ameríndia amazônica brasileira. Os perfis de importância clínica, lento e ultrarrápido, apresentou baixa frequência nas populações da revisão e não foi observado na população amazônica. Estes dados podem inferir que a população ameríndia pode ter certa proteção aos efeitos adversos e falha terapêutica relacionados a fármacos que são metabolizados pela CYP2D6.

  • CARLA MARIANA FERREIRA PESSOA
  • PADRÕES DE EXPRESSÃO DE GENES DIFERENCIALMENTE EXPRESSOS (DEGS) REGULADOS PELO MYC EM LINHAGENS DE CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 30/11/2018
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  • MYC é um oncogene responsável por excessivo crescimento celular no câncer, permitindo a ativação transcricional de genes envolvidos na regulação do ciclo celular, metabolismo e apoptose, sendo geralmente superexpressado no Câncer Gástrico (CG). Utilizando siRNA e Sequenciamento de Nova Geração (NGS: Next-Generation Sequecing, em inglês), identificamos Genes Diferencialmente Expressos (DEGs) regulados por MYC em três linhagens celulares brasileiras de CG representado pelos subtipos histológicos (difuso, intestinal e metastático), e posteriormente integramos esses dados com um enriquecimento gênico computacional com a ferramenta GSEA (Gene Set Enrichment Analysis). Identificamos um total de 5.471 DEGs com uma correlação alta de (80%). Nas linhagens celulares de CG dos tipos difuso e metastático, o silenciamento por MYC causou o aumento da quantidade de DEG downregulation (expressão diminuída), enquanto na linhagem do tipo intestinal exibiu a maior quantidade de DEGs com um perfil upregulation (expressão aumentada) de DEGs após a depleção de MYC usando siRNA. Foram encontrados 11 conjuntos significativos de genes enriquecidos usando os dados de nossas amostras sequenciadas contra a coleção hallmark gene set, que foram principalmente enriquecidos nas seguintes categorias de processos: proliferação, via, sinalização metabólica e dano ao DNA. As métricas do escore de enriquecimento, taxa de falsa descoberta e valores de P-values nominais foram utilizadas. Posteriormente, os DEGs foram enriquecidos nas vias metabólicas da base de dados do KEGG (Kyoto Encyclopedia of Genes and Genomes), 12 vias enriquecidas comuns às três linhagens do CG que acrescentaram uma diversidade de funções biológicas, e três delas eram comuns a todas as três linhagens celulares: proteólise mediada por ubiquitina, ribossomos, sistema e sinalização de células epiteliais em infecção por Helicobacter pylori. Neste estudo, as linhagens celulares de CG compartilham 14 genes regulados pelo MYC, mas o seu perfil de expressão gênica é diferente para cada subtipo histológico. Portanto, os resultados da análise in silico deste estudo revelaram as assinaturas de expressão relacionadas ao MYC no CG. Com isso, apresentamos evidências de que essas linhagens celulares de CG, representadas pelos subtipos histológicos distintos, têm diferentes perfis de expressão regulados pelo MYC, mas compartilham um núcleo comum de genes com perfis alterados. Esse é um passo importante para o entendimento do papel do MYC na carcinogênese gástrica, e também uma indicação de prováveis novos alvos de drogas em câncer de estômago.

  • STEFANIE BRAGA MAIA DE SOUSA
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE DNA METILTRANSFERASES E METHYL- BINDING PROTEINS NA CARCINOGÊNESE GÁSTRICA

  • Data: 28/11/2018
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  • Apesar da diminuição da incidência do câncer gástrico nos últimos anos, esse tipo de câncer é
    terceiro com maior mortalidade. Modificações no padrão de metilação do DNA são comuns em
    diferentes tipos de câncer, incluindo o câncer gástrico. Adicionalmente, alterações na expressão
    de proteínas responsáveis por esse mecanismo epigenético nos tumores são associadas a
    modificações nos padrões de metilação do DNA. Portanto, compreender o funcionamento dos
    genes da maquinaria de metilação do DNA durante a carcinogênese é crucial para o
    entendimento dos processos biológicos envolvidos no desenvolvimento tumoral. No presente
    estudo foi realizado quantificação relativa da expressão do mRNA dos genes DNMT1,
    DNMT3A, DNMT3B, MeCP2 e MBD4 de 61 amostras pareadas de tumores gástricos e tecidos
    gástricos não neoplásico adjacente, e 30 amostras de tecido gástrico de indivíduos sem
    neoplasia por PCR em tempo real. Na análise entre os diferentes grupos de amostras, o mRNA
    do gene DNMT1 foi significativamente mais expresso em tecido tumoral gástrico e adjacente
    quando comparado a tecido gástrico de indivíduo sem neoplasia (p= 0,0196; p= 0,0466,
    respectivamente). Além disso, observamos que o mRNA do DNMT3A foi significativamente
    mais expresso em tecido gástrico não neoplásico adjacente comparado ao tecido tumoral e ao
    tecido de indivíduos sem neoplasia (p=.0,0076; p= 0,0029, respectivamente). A análise com os
    dados clinicopatologicos relevou associação entre a expressão de mRNA do DNMT3B com
    presença de metástase em linfonodos (p=0,034) e com estadiamento III-IV do tumor gástrico
    (p= 0,048). Ao ser feita a correlação dos genes, obteve-se correlações forte entre os genes
    DNMT1 com MECP2 (0,686), DNMT3B com MBD4 e MECP2 (0,650 e 0,685,
    respectivamente) e MBD4 com MECP2 (0,790). Estes resultados sugerem que alterações na
    expressão de mRNA do gene DNMT1 e DNMT3A podem estar presentes em estágios iniciais
    da carcinogênese gástrica, a DNMT3B pode ser usado como marcador de prognostico. Sugerese
    que mais estudos sejam realizados analisando processos regulatórios pós-transcricionais
    envolvidos na expressão dos genes da maquinaria de metilação do DNA

  • DILZA NAZARE COLARES DE SOUZA
  • MODELO MURINO DO ESPECTRO AUTISTA EMPREGANDO O ÁCIDO VALPROICO DURANTE A GRAVIDEZ: MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS E CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS

  • Data: 31/10/2018
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  • KARLA DE ASSIS SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DAS DROGAS METFORMINA E MEBENDAZOL ISOLADAS E EM ASSOCIAÇÃO EM LINHAGEM CELULAR DO CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 30/10/2018
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  • O câncer gástrico será responsável por 782.685 óbitos em todo o mundo no ano de 2018, sendo a quinta causa mais comum de câncer no mundo e a quarta no Brasil. Por não apresentar sintomas patognomônicos, o diagnóstico do câncer gástrico acontece de forma tardia na maioria dos casos. Além disso, esta doença é amplamente resistente à quimioterapia citotóxica e à radioterapia, sendo a cirurgia de ressecção o tratamento que oferece maior potencial de cura. O adenocarcinoma é o subtipo de câncer de estômago mais comum, com incidência superior a 90%. Os fatores de risco para esta patologia são múltiplos e incluem aspectos genéticos, ambientais e alimentares. Os fármacos metformina e mebendazol, hoje utilizados nos tratamentos da diabetes e infecções parasitárias, respectivamente, apresentaram efeitos antineoplásicos em estudos de vários tipos de câncer. Para a metformina, foram descritos diversos possíveis mecanismos de ação anticâncer, entre eles a ativação da via LKB1/AMPK/mTOR. Já o mebendazol impede a polimerização das tubulinas, inibindo o crescimento e o poder de invasão das células cancerígenas. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo a avaliação do efeito da metformina e do mebendazol conhecidos por seus potenciais efeitos antineoplásicos e baixa toxicidade, de forma isolada e em associação na linhagem AGP01 (estabelecida a partir de células neoplásicas presentes no líquido ascítico de um indivíduo com câncer gástrico do tipo intestinal). Para este fim, foram realizados os seguintes testes in vitro: citotoxicidade do MTT, avaliação de viabilidade/apoptose e necrose, análise de ciclo celular e ensaio de migração. A metfomina apresentou CI50 de 6,2mM e o mebendazol CI50 de 300nM administrados isoladamente, ao serem combinados houve um efeito sinérgico com novos valores de CI50 de 1,8mM e 88nM, respectivamente. Na migração celular a metformina inibiu a migração a partir do tempo de 12h e o mebendazol a partir do tempo de 24h, a combinação dos fármacos não demonstrou alteração no tempo de inibição, porém aumentou a confiabilidade do teste. Os fármacos mebendazol e metformina induziram a morte celular por apoptose e impediram a progressão do ciclo celular, aumentando a porcentagem de células na fase G1/G0 e diminuindo a porcentagem de células na fase S e G2/M. estes dados confirmam, ao menos em parte, os efeitos antineoplásicos destes fármacos.

     

  • MARCELLI GEISSE DE OLIVEIRA PRATA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CITOTÓXICO DA IDARRUBICINA ASSOCIADA AO MEBENDAZOL EM UMA LINHAGEM DE ADENOCARCINOMA GÁSTRICO

  • Data: 30/10/2018
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  • A neoplasia gástrica representa o quarto e quinto tipo de tumor com maior incidência no
    Brasil, em homens e mulheres, respectivamente. As terapias atuais direcionadas para esta
    neoplasia apresentam uma taxa de sucesso insatisfatória. Dentre as possíveis estratégias, está
    a utilização de inibidores específicos que auxiliem na interrupção da progressão tumoral.
    Neste sentido, o presente estudo avaliou o potencial antineoplásico da idarrubicina em
    associação ao mebendazol (MBZ) em uma linhagem celular de câncer gástrico metastático,
    AGP01. A idarrubicina (IDA) capaz de induzir danos ao DNA, através da intercalação entre
    os pares de bases, quebrando a fita de DNA e interação com a enzima topoisomerase II e o
    MBZ, por sua vez, atua através da despolimerização da tubulina e posterior desestruturação da
    função dos microtúbulos. Em vista disso, o estudo teve o intuito de realizar ensaios in vitro
    para avaliar a eficácia destas drogas isoladas e em combinação em uma linhagem estabelecida
    partir de uma amostra de paciente com câncer gástrico metastático. Os dados revelaram que
    tanto a IDA quanto o MBZ apresentaram elevada citotoxicidade na linhagem AGP01 (242nM
    e 300nM), sendo que a maior atividade citotóxica foi conferida na associação das substâncias
    com a CI50 de 123,8nM para IDA e 153,5nM para o MBZ. Além disso, verificou-se que
    ambas as substâncias isoladas e em associação retardaram o processo de migração celular 12
    horas após o tratamento com IDA isolada na concentração de 121nM quando comparado o
    CN (p<0,05), 12 horas após o tratamento com IDA isolada na concentração de 242nM quando
    comparado o CN (p<0,001), 12 horas após o tratamento nas concentrações 123,9 nM (CI50 da
    combinação IDA) e 153,5nM (CI50 da combinação MBZ) quando comparado ao CN (p<0,05).
    Além disso, a tanto a IDA quanto o MBZ, isolados e em associação, induziram a apoptose na
    linhagem AGP01 (p<0,001). Adicionalmente, ambas as substâncias tanto isoladamente quanto
    em associação foram capazes de bloquear o ciclo celular, na fase S para IDA e MBZ+IDA e
    na fase G2/M para o MBZ. Vale ressaltar que esse é o primeiro estudo que associa a IDA ao
    MBZ em câncer. Ao avaliarmos os efeitos das substancias, é de suma importância ressaltar
    que ao combinarmos as substancias verificamos que a dose necessária para produzir os
    mesmo efeitos que as substancias isoladas, foi reduzida pela metade. Os resultados gerados
    pelo presente trabalho demonstram que tanto as substancias isoladas quanto as substancias em
    associação apresentam um potencial anticâncer bastante promissor para pacientes no câncer
    gástrico avançado.

  • JULIANA RAMOS CHAVES
  • AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ÁGUA DE PH ALCALINO E ALTERAÇÕES EPIGENETICAS E HISTOPATOLOGIAS COMPATIVEIS COM GASTRITE

  • Data: 10/10/2018
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  • NINA NAYARA FERREIRA MARTINS
  • REDUÇÃO DE MIR-218 NO SORO COMO BIOMARCADOR DE PIOR PROGNÓSTICO EM PACIENTES COM CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 03/08/2018
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2017
Descrição
  • FLAVIA THAMIRES BARBOSA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO BACTERIOLÓGICA DE PEIXES (PIRARUCU- Arapaima gigas) SUBMETIDOS A DIFERENTES PROCEDIMENTOS DE SALGA

  • Data: 01/12/2017
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  • KAREM MILEO FELICIO
  • COLECALCIFEROL EM ALTAS DOSES EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1: EFEITO NA ALBUMINÚRIA, VARIABILIDADE GLICÊMICA E PRESSÓRICA

  • Data: 02/10/2017
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  • Alguns estudos tem sugerido uma associação entre doença renal do diabetes (DRD) e a vitamina D (VD). Entretanto, não há dados sobre a ação desta vitamina na albuminúria, variabilidade glicêmica (VG) e variabilidade pressórica (VP) no que diz respeito ao paciente com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Portanto, este estudo piloto objetivou avaliar a redução da albuminúria, VG e VP em pacientes com DM1 suplementados com altas doses de VD. Para isso, realizou-se um estudo prospectivo e intervervencional em 25 pacientes com DM1 que receberam 4.000 ou 10.000 UI/dia de colecalciferol por 12 semanas, de acordo com seus níveis prévios de VD. Os pacientes foram submetidos ao sistema de monitorização contínua de glicose (SMCG), monitorização ambulatorial da pressão arterial por 24 horas (24h-MAPA), análise da VD e hemoglobina glicada (HbA1c), e relação urinária albumina-creatinina (EUA), antes e após a suplementação de VD. Os resultados mostraram uma redução na prevalência de DRD (64 % vs 27 %; p<0,05), sem alterações nas doses de insulina, HbA1c, VG e valores de PA. Observou-se uma correlação entre a variação percentual da VD (ΔVD) e albuminúria (r= -0,5; p <0,05). Entre os pacientes com DM1 e DRD no início do estudo, 9/14 (64 %) tiveram melhora no estágio da DRD, enquanto os outros 5 pacientes (36 %) não sofreram alterações (p <0,05).

    Nosso estudo piloto sugere uma associação entre a suplementação de altas doses de VD com menor prevalência de DRD em pacientes com DM1. Adicionalmente, observou-se uma associação entre a redução da EUA e a melhora da VG. Com relação aos parâmetros da PA, não evidenciamos benefícios com altas doses de VD.

  • ERIKA THAIANE COUTO CANELAS
  • EXPRESSÃO IMUNOFENOTÍPICA DO PD-1/PD-L1 EM ADENOCARCINOMA GÁSTRICO DE PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO

  • Data: 31/08/2017
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  • PEDRO ANTONIO MUFARREJ HAGE
  • ANÁLISE DE CITOCINAS NO SORO DE PACIENTES COM CÃNCER GÁSTRICO

  • Data: 16/08/2017
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  • JAQUELINE DE FREITAS RODRIGUES
  • INTERRELAÇÃO ENTRE A EXPRESSÃO DE LCK E MYC NO CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 09/08/2017
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  • O câncer gástrico é um dos líderes de causa de morte, com taxa de sobrevida em cinco anos menor que trinta por cento, fato que alarma para a necessidade de promover estudos científicos, na tentativa de prevenir e minimizar os efeitos drásticos que acometem a população mundial. Essa patologia resulta da proliferação exacerbada de células, contexto onde a oncoproteína MYC e algumas cinases da família SRC estão inseridas, dentre estas a fosfotransferase LCK foi a protagonista deste trabalho. Pesquisamos o campo genético do câncer gástrico com o objetivo de analisar a expressão desta fosfotransferase, haja vista haver relatos dos oncogenes c-SRC e LYN (integrantes da mesma família) estarem superexpressos nesta doença, e, por fim, correlacionamos com o gene MYC por estar elucidado como mediador da mitogênese no tumor maligno do estômago e ter transcrição e tradução induzidas por membros da família SRC. O estudo foi realizado com amostras de tecidos neoplásicos e respectivas contrapartes não neoplásicas, e os resultados obtidos indicaram correlação direta entre expressão do RNAm de MYC e LCK, e expressão aumentada e superexpressão do LCK, portanto, pode ser considerado um potencial biomarcador diagnóstico e preditivo de progressão tumoral no estômago; desta forma, sugerimos estratégias de terapia contra as proteínas MYC, SRC, LYN e LCK.

  • ADRHYANN JULLYANNE DE SOUSA PORTILHO
  • Avaliação da atividade antitumoral do inibidor de Hsp90 (AUY922) em duas linhagens de adenocarcinoma gástrico

  • Data: 19/06/2017
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  • O câncer gástrico ocupa a quinta posição quanto ao tipo mais frequente de tumor maligno no mundo e é a terceira maior causa de morte por câncer, apresentando altos índices de mortalidade em países em desenvolvimento, como o Brasil. Atualmente, a abordagem quimioterapêutica apresenta uma taxa de sucesso insatisfatória. Deste modo, a utilização de novos fármacos antitumorais na quimioterapia pode representar um importante avanço na redução das taxas de mortalidade por esse câncer.

    Entre as possíveis estratégias de ação antitumoral, está a utilização de inibidores de Hsp90, como por exemplo, o composto AUY922, uam vea que estes, atuam na modulação de proteínas clientes que formam o fenótipo tumoral. A molécula AUY922 (Novartis, EUA) tem demonstrado ligar-se com alta afinidade e inibir a Hsp90, contribuindo para regressão de neoplasias malignas. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito antitumoral de AUY922 em dois modelos in vitro de câncer gástrico, linhagens celulares AGP01 e ACP02. Os resultados revelaram que AUY922 apresentou citotoxicidade nas linhagens tumorais gástricas, com a CI50 de 2,27uM para linhagem AGP01 e 2,75uM para linhagem ACP02. Além disso, a AUY922 induziu apoptose em ambas as linhagens (p<0,001), porém quando comparada a taxa de apoptose entre as duas linhagens, não foi observada diferença significativa em nossos resultados. Adicionalmente, a AUY922 foi capaz de induzir a parada do ciclo celular na fase G2/M nas duas linhagens, com indução mais eficiente na AGP01. Este fármaco inibiu a migração celular, em 6h de tratamento, com menor concentração da droga na ACP02 (p<0,05) comparada a AGP01, apresentando maior eficiência de inibição da migração na linhagem ACP02. Foi observado ainda no presente estudo que AUY922 foi eficaz na diminuição da expressão da proteína Akt em amabas as linhagens (p<0,01). Visto todos esses aspectos, consideramos que AUY922, apresenta grande potencial como droga antineoplásica, atuando como inibidor em diversas atividades procarcinogênicas.


  • EDMUNDO LUIS RODRIGUES PEREIRA
  • DISTRIBUIÇÃO TECIDUAL, NEUROPROTEÇÃO E EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DO CONJUGADO LDE/METOTREXATO APÓS ISQUEMIA CORTICAL INDUZIDA POR MICROINJEÇÕES DE ENDOTELINA 1 EM RATOS ADULTOS

  • Data: 05/04/2017
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  • O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em adultos no mundo inteiro. Atualmente, a única terapia farmacológica disponível para tratar esta desordem neural aguda emprega um agente trombolítico de custo elevado, que deve ser administrado em até 4 horas do início dos sintomas, trazendo consigo o significativo risco de transformar a área inicialmente oligêmica em uma hemorragia cerebral de proporções catastróficas. Nas últimas décadas, nanopartículas especialmente configuradas para ter maior afinidade por certos tecidos e maior difusibilidade através de barreiras biológicas têm sido empregadas como veículos para carrear agentes terapêuticos. Dentre estas, a nanopartícula lipídica lipossomal LDE conjugada ao agente Metotrexato (cLDE/MTX) tem sido testada com sucesso em vários modelos experimentais de inflamação, com resultados promissores. Considerando que a modulação do processo inflamatório que acompanha o infarto cerebral possui relevância prognóstica, a presente pesquisa investigou os efeitos do cLDE/MTX em um modelo experimental de isquemia cerebral induzida pelo agente vasoconstrictor endotelina-1 (ET-1) no córtex cerebral de ratos adultos. Na primeira fase do estudo foi investigado por meio de cintilografia o comportamento da LDE tritiada (LDE3H+), injetada pela via caudal, frente à barreira hematoencefálica (BHE) em animais sham (N=18) e em animais submetidos à isquemia focal com injeção de ET-1 (80pMol/μl) diretamente no córtex motor (N=5). Em seguida avaliou-se os efeitosantinflamatórios e neuroprotetores do cLDE/MTX (1 mg/kg) injetado pela veia caudal, em animais isquêmicos (N=5), com o grupo controle que recebeu apenas LDE. Todos os animais foram perfundidos com solução salina a 0,9% e paraformaldeído a 4% 7 dias após a indução isquêmica. Os achados histopatológicos foram avaliados pela coloração com violeta de cresila e imunohistoquímica para corpos neuronais adultos (anti-NeuN), astrócitos (anti-GFAP) e micróglia (anti-Iba1). Os resultados encontrados demonstraram que a LDE3H+ atravessa a BHE tanto nos animais sham quanto nos animais isquêmicos e que o tratamento com cLDE/MTX não reduz a área total de infarto primário, mas reduz consideravelmente a ativação microglial no centro da lesão, induzindo ainda a preservação neuronal na periferia do infarto, quando comparado com os animais controles, injetados apenas com a LDE não conjugada (P<0.01). Ainda, a astrocitose normalmente observada na isquemia cerebral se manteve inalterada. Os resultados indicam que o cLDE/MTX é um promissor agente antinflamatório e neuroprotetor neste modelo experimental de acidente vascular encefálico isquêmico. Estudos futuros são desejáveis para ampliar os conhecimentos acerca destes resultados, incluindo modelos animais com sobrevida mais prolongada.

  • BRUNA HELENA DE SOUZA E SILVA
  • ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO DOS GENES SLC29A1 E SLC22A7 E SEUS POLIMORFISMOS NA RESPOSTA AO TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA

  • Data: 03/03/2017
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  • O vírus da hepatite C (VHC) em 1989 tem sido apontado como uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas no mundo MARTINS; NARCISO SCHIAVON; SCHIAVON , 2011 O interferon peguilado e a ribavirina tem sido considerado o padrão ouro no tr atamento na hepatite C crônica (CADTH, Sendo que o polimorfismo p ode interferir no tratamento farmacoterapêutico do paciente de hepatite C, por isso faz se importante os estudos de polimorfismo genéticos. A relação entre a expressão de SLC22A7 parece favorecer a prevenção da ocorrência de hepatocarcinoma e o polimorfism o de SLC29A1 (rs760370) proporciona um risco de anemia durante o tratamento. Os pacientes que realizaram tratamento com INF e RBV, a maioria (n=10) apresentaram genótipo heterozigoto ao gene SLC21A9 rs760370, frequência menores e iguais aos genótipos homoz igotos, AA (n=3) e GG (n=3). Os pacientes de genótipo AG foram os que mais apresentaram anemia, de maneira contrária nenhum de mesmo genótipo apresentou neutropenia. Os pacientes com cirrose sem e com tratamento apresentaram os genótipos na sua grande maio ria CG e GG versus CC e GG, respectivamente ao gene SLC21A9 rs747199 . Enquanto os pacientes sem cirrose com e sem tratamento manifestaram prevalência ao genótipo homozigoto (GG). Nosso estudo não demonstrou correlação entre o genótipo GG do gene SLC21A9 rs 760370 e anemia, sendo o genótipo AG mais prevalente e com maior número de associações com essa reação adversa. No entanto, o polimorfismo rs747199 apresentou maior prevalência dos genótipos GG relacionados a anemia e a RVS. A cirrose foi mais prevalente n os genótipos AG e GG (SLC21A9 rs760370), ao gene SLC21A9 rs747199 foram CG e GG e ao genótipo SLC22A7 rs2270860 foram CT.

  • MILLENE ARRUDA BECHARA
  • INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES DPYD E TYMS COMO PREDITORES DE TOXICIDADE E RESPOSTA TERAPÊUTICA ÀS FLUOROPIRIMIDINAS EM PACIENTES COM NEOPLASIA GASTROINTESTINAL

  • Orientador : NEY PEREIRA CARNEIRO DOS SANTOS
  • Data: 01/02/2017
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  • IEDA SOLANGE DE SOUZA PINTO
  • IDENTIFICAÇÃO DE PORTADORAS DE MUTAÇÕES DO GENE DA HEMOFILIA A NA POPULAÇÃO PARAENSE

  • Data: 01/02/2017
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  • LAUDREISA DA COSTA PANTOJA
  • ESTUDO DA RESPOSTA TERAPEUTICA E PROGNOSTICO DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA COM FUSÕES GÊNICAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO PARÁ

  • Data: 31/01/2017
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    A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a principal neoplasia que acomete crianças e adolescentes, correspondendo a 25% dos tipos de câncer nesta faixa etária. Trata-se de uma neoplasiado sistema. Apesar dos avanços no tratamento, até um quarto dos pacientes com LLA ainda apresentam recaída, tendo associação com alterações genéticas recorrentes. Com isso, nos últimos anos, esforços intensivos vêm sendo dedicados a identificar alterações genéticas que contribuam para a leucemogênese, que influenciem a resposta ao tratamento e que possam ser aplicadas na clínica como novas ferramentas de prognóstico ou como novos alvos terapêuticos. Neste sentido, este projeto tem como objetivo avaliar a resposta terapêutica e o prognóstico de pacientes com diagnóstico de leucemia linfóide aguda portadoras das principais fusões gênicas que possuem importância de diagnóstico, prognóstico e no direcionamento de ações terapêuticas da LLA como a TCF3-PBX1, MLL-AF4, BCR-ABL, TEL-AML1 e SIL-TAL, em pacientes pediátricos de um centro de referencia do Estado do Pará. Material e Métodos: As amostras de medula óssea e sangue periférico foram extraídos de 55 pacientes de 0 a 18 anos, portadoras de LLA e suas amostras foram submetidas a técnica de RT-PCR para pesquisa das fusões gênicas principais e realizada coleta de dados do protuário. Resultados: Os pacientes do sexo feminino apresentaram desfecho mais desfavorável que o sexo masculino (p= 0,059, IC 95% e OR= 0,26). Os pacientes com idade superior a 10 anos foram mais refratários ao tratamento inicial (p=0,017, IC 95% e OR= 1,25). A leucometria inicial apresentou média de 92.235 leucócitos e 35,3% apresentavam leucometria maior 50.000, sendo classificados com alto risco (p=0,000, IC=95% e OR= 26,15) e apresentam outros fatores de mau prognósticos como faixa etária de pior prognóstico (p= 0,004, IC 95% e OR=7) e classificação de Egil de LLA T (p= 0,001, IC 95% e OR= 15,5). A frequência encontrada de fusões foi de BCR-ABL -11%; MLL-AF4 - 3,6%; TEL-AML1 - 7,2%, E2A-PBX1 - 21,8% e SIL-TAL 5,4%. Os pacientes com fusão TEL-AML1 eram AR em sua maioria (p=0,026, IC=95% e OR= 0,82), os com MLL-AF4 apresentaram OR=1.33 para óbito, e todos foram a óbito (p=0,019 e IC 95%), os com SIL-TAL possuíam idade desfavorável ao diagnóstico, (p=0,017, IC 95% e OR=1,25) e leucometria inicial maior que 50.000 (p=0,039, IC 95% e OR 1,2). A refratariedade ao tratamento inicial foi de 9%, recidiva 18% e óbito 14,5%, não estando significamente associada ao gênero, idade, contagem leucocitária ao diagnóstico, linhagem celular ou presença de fusões. Conclusão: A frequência das fusões na população estudada deve ser melhor investigada, pois apresenta uma frequência muito diferente do observado em todas as pesquisas, o que pode contribuindo para uma população de pior prognóstico, diminuição da resposta terapêutica, aumento progressivo na taxa de recaída e óbitos futuramente. Os resultados do tratamento em crianças com LLA podem ser o reflexo das condições de assistência à saúde, situação socioeconômica e fatores genéticos associados. É importante que novos estudos sejam realizados no intuito de avaliar o impacto dessas variáveis no resultado do tratamento, pois crianças de países em desenvolvimento, como o Brasil quando expostas às condições ideais de tratamento, apresentam resultados semelhantes àqueles de países desenvolvidos.


  • SUANE REIS BARBOSA
  • ESTUDO DE POLIMORFISMOS NO GENE GRIK2 EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

  • Data: 18/01/2017
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    A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa complexa, resultante da múltipla combinação de fatores genéticos e ambientais. Um dos fatores que pode contribuir para o desenvolvimento da DP é a excitotoxicidade, um processo patofisiológico causado por intensa estimulação de receptores glutamatérgicos. Este fenômeno neurotóxico está associado ao excessivo influxo de íons na célula (Na+, Cl- e principalmente o Ca2+), resultando na morte neuronal. Foi evidenciado que a subunidade GluK2 do receptor de glutamato do tipo Kainato interage com a parkina, acentuando o processo excitotóxico. O gene GRIK2 codifica esta subunidade, sendo expresso em regiões do cérebro envolvidas na atividade motora, podendo sofrer “splicing” alternativo ou edição de RNA, introduzindo novas isoformas que podem alterar a condutância de íons no receptor. Não há na literatura científica estudos de associação de polimorfismos no gene GRIK2 com a DP. Este estudo teve como objetivo determinar as frequências genotípicas e alélicas, bem como verificar uma possível influência dos SNPs rs3213607, rs2227281, rs2227283, rs2235076, rs4839797, rs2518261 no gene GRIK2 em uma amostra de pacientes com DP. Foi realizado um estudo do tipo caso-controle, com a análise de amostras de DNA de 129 indivíduos do grupo controle, e 61 pacientes do grupo DP. Verificou-se que para o SNP rs2518261 (C/T) o alelo T pareceu ter um efeito de risco no grupo DP (x2=19,085; p-valor < 0,0001; OR=2,75; IC=1,75 – 4,27). Neste polimorfismo também foi observado que o genótipo TT pode representar um fator associado à presença de tremor no grupo DP (p-valor=0,02). Os resultados inéditos deste estudo sugerem a realização de pesquisas maiores para a investigação da contribuição do gene GRIK2 na DP.


2016
Descrição
  • CARLLIANE LIMA E LINS PINTO MARTINS
  • AVALIAÇÃO DOS PICOS DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO NOS TESTES DE ESTÍMULO COM INSULINA E CLONIDINA EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE BAIXA ESTATURA

  • Data: 28/12/2016
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  •  A baixa estatura (BE) é uma importante causa de encaminhamento para avaliação na endocrinologia pediátrica. A deficiência do hormônio do crescimento (DGH) precisa ser considerada quando outras causas de BE são excluídas, porém há limitações quanto ao estabelecimento de seu diagnóstico definitivo, sendo assunto de vários debates e controvérsias. Apesar de muito questionados, os testes de estímulo de GH ainda são considerados o padrão para a confirmação diagnóstica de DGH. O presente estudo objetivou avaliar a sensibilidade, especificidade e acurácia dos diferentes pontos de corte de pico de GH utilizados para o diagnóstico de DGH, sob o estímulo do teste de tolerância à insulina (TTI) e do teste da clonidina, além de identificar o melhor nivel de pico de GH para confirmar o diagnóstico por meio da abordagem da curva ROC (Receiver Operating Characteristics). Para este fim, foi realizado um estudo retrospectivo e de caráter observacional, a partir da coleta de dados clínicos e laboratoriais de 62 pacientes do serviço de endocrinologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). O padrão-ouro considerado para análise de desempenho dos pontos de corte em ambos os testes de estímulo de GH foi a resposta terapêutica. Assim, 26 pacientes que obtiveram acréscimo de altura de pelo menos 0,3 desvio-padrão ao final de um ano de tratamento com o GH recombinante humano (rhGH) foram classificados como DGH. Os pacientes que não obtiveram esse ganho foram classificados como não-DGH. Ambos os grupos partiram de estaturas médias semelhantes (p = 0,8155) e obtiverem ganho de estatura ao final do acompanhamento, porém esse ganho foi maior no grupo DGH em comparação ao não-DGH (20,5 ± 14,8 cm vs. 9,2 ± 6,7 cm, respectivamente; p = 0,0064). O grupo DGH apresentou pico mediano de GH significativamente menor em relação ao grupo não-DGH em ambos os testes (p < 0,0001). Foram definidas sensibilidade, especificidade e acurácia dos pontos de corte 3, 5, 7 e 10 ng/mL no TTI e no teste da clonidina, não sendo observada superioridade de um teste sobre o outro. Adicionalmente, foram encontrados os pontos de corte 7,92 ng/mL e 6,78 ng/mL para o TTI e teste da clonidina, respectivamente, a partir da construção da curva ROC, representando os níveis de pico de GH mais sensíveis e específicos para o diagnóstico de DGH. Concluímos que os pontos de corte encontrados neste estudo poderão representar uma ferramenta emergente na seleção de pacientes que provavelmente se beneficiariam do tratamento com rhGH, sendo eles DGH por uma causa conhecida ou mesmo DGHI.

  • YAISA GOMES DE CASTRO
  • Polimorfismo do gene da interleucina IL-1B e sua associação com o risco do desenvolvimento do câncer gástrico em uma população do Norte do Brasil

  • Data: 22/12/2016
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  • O câncer é compreendido como um conjunto de doenças com características semelhantes, mas com grande heterogeneidade que ocorre de maneira aleatória e abrange tanto as células tumorais quanto células inflamatórias e imunitárias. Os tumores gástricos, no Brasil e notavelmente no estado do Pará, apresentam alta incidência. Em geral o câncer gástrico apresenta etiologia multifatorial. A comunicação e sinalização celular que regulam o sistema imunológico são facilitados pelas interleucinas que representam pequenas e específicas proteínas, apresentam funções diversificadas, estas controlam genes, regulam fatores de transcrição, governam a inflamação, diferenciação, proliferação e secreção de anticorpos. Polimorfismo de um único nucleotídeo, em particular a do gene da interleucina pró-inflamatória IL-1B, estão associado a resposta imunológica a infecção por H. pylori. Com isso, variações dentro dos genes das família da IL-1 foram associados com a suscetibilidade para o desenvolvimento de câncer gástrico. Neste estudo do tipo caso-controle, foram investigados se os polimorfismos IL-1BF1 (rs16944) e IL-1BE1(rs1143627) têm associação com o risco ao desenvolvimento de câncer gástrico em uma população do norte do Brasil; comparados a seus respectivos genótipos, definidos haplótipos e estes relacionados á ancestralidade e suas proporções. Os SNPs foram genotipados, por meio de sondas marcadas com fluoróforo VIC/FAM (Real Time PCR, Life Technologies, CA, USA). As análises bioestatísticas evidenciaram que para as variáveis demográficas, houve diferenças significantes entre os grupos nas ancestralidades europeia e africana. A distribuição das frequências genotípicas, alélicas e dos haplótipos do gene da IL-1B não houve diferenças estatisticamente significante entre os grupos. Necessita-se de estudos e análises mais abrangentes, para auxiliar o melhor entendimento dos motivos pelos quais nesta população estudada, tais polimorfismos parecem não ter associação com o desenvolvimento da doença em questão.

  • JANIZE COSTA NINA
  • “DISPOSITIVO FISIOTERAPÊUTICO GERADOR DE PRESSÃO EXPIRATÓRIA POSITIVA COM PROPRIEDADES FLUXO-DEPENDENTES

  • Data: 21/12/2016
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  • A terapia com pressão expiratória positiva (PEP) é considerada segura e eficaz para a prevenção, reversão de atelectasias e remoção de secreções pulmonares. O objetivo do estudo experimental foi elaborar um dispositivo fisioterapêutico capaz de gerar pressão expiratória positiva para pacientes em respiração espontânea e avaliar seu desempenho mecânico. A composição do dispositivo fisioterapêutico constituiu inicialmente de 14 componentes, produzidos em alumínio e plástico, permitindo apresentar características de um resistor fluxo-dependente não gravitacional. As pressões foram registradas por meio do fluxômetro de alto fluxo modelo Certifir® FA TSI (TSI Corporated, EUA), para cada resistência de orifício com diâmetros de 1.5, 2.0, 3.0, 4.0 e 5.0 mm, associados aos pesos diferenciados de cinco pistões (1.5, 1.6, 2.0, 3.2 e 3.8g) e fluxos constantes de 3, 5, 6, 9, 10 e 12 L/min. Entre os cinco pistões, observou-se que o pistão 4 (3.2g) apresentou melhor resultado estatisticamente significativo, alcançando uma pressão de 20 cmH2O com fluxos de 8,16 L/min. O dispositivo de PEP proposto pode gerar pressões terapêuticas entre 10 e 20 cmH2O, por meio de uma variação de fluxos expiratórios baixos, como recomendada para aparelhos de baixa pressão expiratória com resistência por orifício. Estudos futuros são necessários a fim de promover a validação do dispositivo fisioterapêutico em crianças saudáveis e posterior análise em pacientes com afecções pulmonares, para obter dados científicos que representem a nossa prática clínica.

  • FLAVIA MARQUES SANTOS
  • INJEÇÃO PERCUTÂNEA DE ETANOL NO TRATAMENTO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS SÓLIDOS E MISTOS: UM PROTOCOLO BASEADO EM NOVAS METAS

  • Data: 24/11/2016
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  • Injeção percutânea de etanol (IPE) guiada por ultrassom (US) tem sido sugerida para o tratamento dos nódulos tireoidianos (NT) benignos. Porém, não há um consenso quanto a quantidade padrão de injeção de etanol, número de aplicações e o tempo de reavaliação, de modo a alcançar a redução de volume máximo, com menores efeitos colaterais possíveis. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de um protocolo IPE para tratar NT sólidos e mistos baseado em uma nova meta. Foi realizado um estudo prospectivo para avaliar os resultados do IPE em 52 pacientes com NT benignos sólidos e mistos. Em cada sessão, a dose de etanol foi fixada em 30% do volume nodular. Os pacientes retornavam um mês depois de cada sessão para reavaliação do NT pelo US. O sucesso terapêutico foi estabelecido como a redução ≥ 30% do volume associado ao desaparecimento de sintomas clínicos e uma completa satisfação estética relatada pelo sujeito. Foi realizada uma média de 2,8 ± 1,9 sessões IPE, com um volume médio total de etanol injetado de 9,1 ± 10,3 mL e um tempo de seguimento de 10,0 ± 8,7 meses. Houve redução de pelo menos 50% do volume inicial nodular em 33 pacientes (63,5%). Em 11 pacientes (21,2%) a redução não atingiu 50% (redução média de 31 ± 11%), mas desses, seis relataram resultados clinicos e estéticos satisfatórios e o tratamento foi interrompido. Portanto, nossa taxa de sucesso terapêutico, considerando os pacientes com resolução clinica e estética foi de 75%, não ocorrendo complicações graves. Nosso estudo sugere que o protocolo é eficaz e seguro para o tratamento de NT benignos sólidos e mistos com base nos resultados alcançados.

  • SUSI DOS SANTOS BARRETO DE SOUZA
  • Investigação de polimorfismo dos genes NFKB1, TYMS, UCP2 e SGSM3 em pacientes com hepatite C crônica em uma população da região norte do Brasil

  • Data: 09/06/2016
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  • O vírus da hepatite C (HCV) afeta cerca de 130-170 milhões de pessoas no mundo. O sexo, a idade, tabagismo, etilismo, ancestralidade e polimorfismos genéticos podem interferir na evolução da hepatite C. Este estudo elegeu para análise polimorfismos dos genes NFKB1, TYMS, UCP2 e SGSM3 pela relação que os mesmos tem com o risco de câncer hepático e progressão de fibrose em pacientes com hepatites crônicas. Por meio de questionários epidemiológico e clínico aplicados a esses pacientes, realizou-se um estudo transversal, observacional e descritivo para investigação de polimorfismos através de análise de fragmento, utilizando o sequenciador automático ABI PRISM 3130. Identificou-se a relação dos mesmos com a evolução desfavorável de 75 pacientes com hepatite C crônica, distribuídos em 2 grupos (com cirrose e sem cirrose), com ausência de coinfecção não sendo considerado a especificidade genotípica, que realizam acompanhamento ambulatorial em 2 instituições hospitalares de Belém-PA. Foi utilizado um painel de 48 Marcadores Informativos de Ancestralidade (MIAs) como método de controle genômico no estudo. Revelou-se que o sexo, a idade, o tabagismo, o etilismo, polimorfismos dos genes TYMS e polimorfismos no gene NFKB1 não apresentam significância estatística sendo, respectivamente: p=0,775; p= 0,070; p= 0,404; p= 0,498; p= 0,565 e p=0,809. Contudo, a ancestralidade genética africana e os polimorfismos dos genes UCP2 e SGSM3 apresentaram interessantes significâncias estatísticas, de modo que a ancestralidade africana foi mais frequente no grupo sem cirrose e um incremento de 10% levou a uma redução de 0,571 de chance de desenvolver cirrose hepática, conferindo, portanto, um efeito de proteção (P=0,0417; OR = 0,429; IC = 95%=0,170-0,898). Já o genótipo del/del do polimorfismo do gene UCP2, foi associado com uma diminuição do risco de desenvolver cirrose hepática (P=0,05; OR=0,0003; IC95%=0-1,90) e o genótipo del/del do polimorfismo do gene SGSM3 foi associado ao risco de desenvolvimento de cirrose hepática C (P=0,024; OR= 7,106; IC 95%= 1,295-39,007). Conclui-se, desta forma, a necessidade de se direcionar pesquisas à ancestralidade africana e aos polimorfismos dos genes UCP2 e SGSM3 afim de se proporcionar avanços para a medicina personalizada.

  • ESDRAS EDGAR BATISTA PEREIRA
  • ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS DE BIOMARCADORES DO ENVELHECIMENTO (TP53, MDM2, UCP2, HLA-G, IL-1α, IL-4 E NFKB1) COM A CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS

  • Data: 30/05/2016
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  • INTRODUÇAO: A capacidade funcional ou funcionalidade global do idoso é definida como a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo, que é influenciada pelo grau de autonomia e independência do indivíduo. Na busca da compreensão dos mecanismos envolvidos no envelhecimento saudável e na manutenção da independência funcional, vários estudos tentam identificar genes candidatos que possam estabelecer a associação dos genótipos pesquisados com o fenótipo da aptidão física e com o declínio e perda da independência na vida adulta. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi investigar a possível associação entre a variabilidade dos polimorfismos presentes em biomarcadores do envelhecimento (TP53, MDM2, UCP2, HLA-G, IL-1a, IL-4 e NFKB1) com a capacidade funcional do idoso. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal analítico comparativo, desenvolvido a partir da avaliação clínico-funcional e análise dos polimorfismos presentes em biomarcadores do envelhecimento. A análise clinica e funcional contou com uma avaliação das capacidades funcionais: atividade básica de vida diária (ABVD), atividades instrumentais de vida diária (AIVD), atividades avançadas de vida diária (AAVD), e o status funcional (PS-ECOG), sistemas funcionais: cognição (MEEM), humor (GDS-15), mobilidade (TUG) e risco de quedas (TT), Estado Nutricional (MAN) e Risco de Sarcopenia (PP). Foram incluídos oito polimorfismos (TP53, MDM2, UCP2, HLA-G, IL-1a, IL-4 e NFKB1), que foram genotipados por uma reação de PCR multiplex seguida de uma eletroforese capilar. A analise dos amplicons de PCR foram analisados por eletroforese usando o sequenciador ABI Prism 3130 e o software GeneMapper ID v.3.2. RESULTADOS: Foram avaliados 228 idosos, na sua maioria mulheres (62%), com aproximadamente 70 anos de idade em média, com índice de comorbidade médio de 4,48 (±2,44) pontos, sedentários (53%), com histórico de tabagismo (58%) e possuidores de uma ancestralidade predominantemente europeia. Identificou-se que os polimorfismos dos genes TP53, UCP2, HLA-G, IL-1a, IL-4 e NFkB1 apresentaram diferenças significativas em algumas variáveis funcionais entre os genótipos. As variáveis que mais deferiram entre os genótipos foram o status funcional (PS-ECOG), mobilidade (TUG), risco de quedas (TT) e o risco de sarcopenia (PP). Sugerindo possível associação desses com fatores de risco ou proteção, que na sua maioria não foram significativos. O polimorfismo do gene NFkB1 (rs28362491) foi o único biomarcador utilizado neste estudo que demonstrou resultado de associação significante. O genótipo II desse polimorfismo apresentou associação com risco de sarcopenia (PP). Os idosos que possuíam esse genótipo apresentaram uma susceptibilidade três vezes maior para o desenvolvimento para perda de massa muscular relacionada ao envelhecimento, quando comparado aos outros genótipos do mesmo gene. CONCLUSÃO: Assim, considerando os resultados do presente estudo, acredita-se que o uso de biomarcadores do envelhecimento, como um teste de rastreio populacional, pode favorecer a identificação de idosos com maior susceptibilidade ao desenvolvimento de modificações orgânicas e incapacidades funcionais. A identificação desse risco possibilitará o direcionamento de estratégias de prevenção, controle e tratamento de incapacidades físicas ligadas ao envelhecimento fisiológico ou patológico.

  • KELLY CRISTINA DA SILVA OLIVEIRA
  • PAPEL CONTROVERSO DO HSA-MIR-9 EM ADENOCARCINOMA GÁSTRICO

  • Data: 02/05/2016
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  • A perda de expressão de CDH1 é um evento frequente no câncer gástrico (CG), na manifestação esporádica e hereditária, importante no processo de invasão e metástase. Aproximadamente, 15-50% das famílias afetadas pela síndrome do câncer gástrico difuso hereditário (CGDH) apresentam mutações germinativas no gene CDH1. Evidências demonstraram que hsa-miR-9 participa da regulação negativa desta proteína em câncer de mama e carcinoma hepatocelular. No presente estudo, foi investigada a possibilidade do hsa-miR-9 ser um mecanismo envolvido na perda de função de CDH1 em CGDH e CG esporádico. Para a quantificação relativa da expressão de hsa-miR-9 por PCR em tempo real, foram utilizadas amostras de 9 pacientes portadores de CGDH e amostras pareadas de CG esporádico e tecido não neoplásico adjacente de 138 pacientes. Adicionalmente, foi realizada a análise do número de cópias do gene MYC, um regulador positivo do hsa-miR-9, nas amostras de CGDH. A expressão de RNAm de CDH1 e da sua proteína nas amostras de CG esporádico foram realizadas por PCR em tempo real e Western-Blot, respectivamente. Nas amostras de CGDH, foi observado um aumento da expressão de hsa-miR-9 e do número de cópias do gene MYC (≥3 cópias) independente da presença de mutação germinativa no gene CDH1. No CG esporádico, foi observado uma redução da expressão de RNAm de CDH1, CDH1 e hsa-miR-9 no tumor em relação ao tecido não-neoplásico. Além disso, foi encontrada uma associação significativa da redução da expressão de CDH1 no tipo difuso e nos tumores avançados. A redução da expressão de RNAm CDH1, CDH1 e hsa-miR-9 também foi associada significativamente com a presença de metástase em linfonodo e estadiamento tumoral III-IV. Na análise de correlação, foi identificado uma correlação muito forte entre a expressão do RNAm e proteica de CDH1, e uma correlação forte entre a expressão de RNAm de CDH1 e hsa-miR-9, e a expressão proteica de CDH1 e hsa-miR-9. O hsa-miR-9 assume um caráter controverso em CG de acordo com o tipo de manifestação, ora desempenhando papel de oncomiR (CGDH), ora se comportando como tsmiR (esporádico). No CGDH, o aumento da expressão de hsa-miR-9 pode ser influenciado pela amplificação do gene MYC e sugerimos que funcione como mecanismo de segundo evento em portadores da síndrome CGDH com mutação germinativa no gene CDH1. Em relação ao CG esporádico, baseados na teoria do campo de cancerização, sugerimos que ocorre um aumento da expressão de hsa-miR-9 no tecido gástrico adjacente em relação ao tecido sem neoplasia, sendo essa elevação maior que no tumor, o que levaria a regulação negativa de CDH1, importante para transição epitélio-mesenquimal e iniciação do tumor.

  • PRISCILA MATOS DE PINHO COSTA
  • RELAÇÃO DE VARIÁVEIS NUTRICIONAIS E DE POLIMORFISMOS NOS GENES MDM2, XRCC1 E MTHFR COM A SUSCETIBILIDADE PARA O CARCINOMA HEPATOCELULAR EM PACIENTES COM HEPATITE C CRÔNICA

  • Data: 16/03/2016
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  • A hepatite crônica é caracterizada pela inflamação hepática por mais de seis meses, enquanto que a cirrose é a forma mais grave de lesão hepática. O vírus da hepatite C (VHC), está presente na grande maioria dos casos de cirrose e carcinoma hepatocelular no mundo. Sabe-se que tanto o VHC quanto a cirrose são condições clinicas associadas a suscetibilidade para o hepatocarcinoma, sendo este a etapa final nas hepatopatias. O comportamento alimentar que engloba os procedimentos relacionados às práticas alimentares, está relacionado com atos protetores e promotores de danos à saúde, pois é um requisito fundamental para se obter energia, portanto as inadequações advindas dele podem resultar e algum tipo de doença, como o câncer e outras doenças crônicas. Considerada a área-chave da nutrição atualmente, a nutrigenômica ou genômica nutricional, busca entender como os componentes da dieta, os nutrientes/Compostos Bioativos dos alimentos, afetam a expressão dos genes e como essa interação repercute no fenótipo do indivíduo. O objetivo do presente estudo consiste em identificar a presença de polimorfismos nos genes MDM2, XRCC1, e MTHFR e sua relação com o padrão alimentar de risco e proteção para hepatocarcinoma. A pesquisa é de caráter clínico-transversal e analítico, realizada com pacientes portadores de hepatopatias crônicas (hepatites C e cirrose hepática) atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), localizado na área metropolitana de Belém do Pará, no período de agosto de 2014 a outubro de 2015, com uma amostra por conveniência, constituída por pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos. Por meio de um formulário de pesquisa foi realizada a anamnese onde foram coletados dados referentes à identificação do paciente: sexo e idade; ao perfil sócio econômico (escolaridade, estado civil, renda, etc.); ao perfil clínico; ao perfil hemodinâmico, a antropometria: ao estilo de vida: e ao consumo alimentar por meio do questionário de frequência alimentar simples (QFAS). Será realizada extração de DNA e genotipagem dos polimorfismos dos seguintes genes MDM2, XRCC1, e MTHFR.

  • CARLOS HENRIQUE VASCONCELOS DE LIMA
  • FARMACOGENÉTICA DO GENE TPMT NA RESPOSTA A 6-MERCAPTOPURINA, EM PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA

  • Data: 03/03/2016
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  • Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é o tipo de câncer mais frequente em crianças menores de 15 anos de idade. O 6-mercaptopurina (6-MP) é um dos agentes quimioterápicos mais amplamente utilizado no tratamento da LLA infantil. Polimorfismos no gene Tiopurina s-metiltransferase (TPMT) podem estar associados a variações individuais na resposta ao tratamento da LLA infantil, como aumento de toxicidade grave (grau 3 e 4). O objetivo deste trabalho foi associar polimorfismos do gene TPMT: TPMT*2 (238G>C), TPMT*3A (460G>A e 719A>G), TPMT*3B (460G>A), TPMT*3C (719A>G), TPMT*8 (644G>A) e a variante intrônica rs12201199 (94T>A) com a ocorrência de toxicidades graves em pacientes com LLA tratados com 6-MP, na Região Norte do Brasil. Foram investigados 137 pacientes infantis com LLA tratados no Hospital Ophir Loyola, no estado do Pará. O polimorfismo rs12201199 foi genotipado pela técnica de PCR em tempo Real (equipamento 7500 Real-Time PCR System) e os demais polimorfismos foram genotipados por sequenciamento direto, utilizando o sequenciador automático ABI PRISM 3130 Genetic Analyzer (Applied Biosytems, CA, USA). Os haplótipos entre os polimorfismos investigados foram derivados através de estimativas de máxima verossimilhança utilizando o programa PHASE. Foi empregado um painel de 48 Marcadores Informativos de Ancestralidade, como controle genômico na amostra e as análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS v.20.0 (SPSS, Chicago, IL, EUA). Todos os testes estatísticos consideraram a probabilidade (p-valor) significativa quando ≤0,05. Em relação à ascendência genômica, observou-se que a composição étnica dos pacientes com LLA foi de 44% Europeu, 22% Africano e 34% Ameríndio. Entre as toxicidades relatadas, a infecciosa foi a mais prevalente (86%), seguida da hematológica (65%), da gastrointestinal (64,8%) e toxicidade no sistema nervoso central (29,9%). A frequência alélica do polimorfismo rs12201199 foi de 0,482 entre os indivíduos estudados. As variantes haplotípicas mais prevalentes foram TPMT*3A (7,6%), seguido pelo TPMT*3C e TPMT*8, ambos com 7,3%. Não foi observada uma associação significativa entre o perfil de metabolização deficiente da TPMT com nenhuma das toxicidades graves relatadas nos pacientes com LLA estudados. No entanto, os dados encontrados mostram que há uma significativa relação entre o polimorfismo do gene TPMT (rs12201199) e a ocorrência de toxicidade infecciosa grave durante o tratamento da LLA infantil. Foi observado que os pacientes que possuem o genótipo homozigoto mutante AA para o polimorfismo no gene TPMT têm um risco de 4,098 vezes maior de apresentar toxicidade grave infecciosa durante o tratamento para LLA infantil em relação aos que apresentam os outros genótipos. Este resultado pode ser importante para ajudar a predizer riscos de toxicidade durante o tratamento, contribuindo para um melhor prognóstico individual dos pacientes com LLA infantil.

  • RUI WANDERLEY MASCARENHAS JUNIOR
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO GÊNICA DIFERENCIAL ENTRE ADENOCARCINOMA DA JUNÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA E O ADENOCARCINOMA GÁSTRICO

  • Data: 03/03/2016
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  • O câncer é a causa mais comum de morte nos países economicamente desenvolvidos e a segunda causa de morte nos países em desenvolvimento. Nesse contexto, o câncer gástrico ocupa uma posição de destaque, é a quinta neoplasia maligna mais frequente no mundo e a terceira em mortalidade. Na década de 90 era a neoplasia mais frequente, a incidência está reduzindo gradualmente, mas houve um aumento explosivo no subtipo localizado na transição esôfago-gástrica (JEG) e diminuição dos adenocarcinomas de antro. Os tumores da junção esôfago-gástrica compartilham características demográficas e patológicas com adenocarcinoma de esôfago, como a associação com o esôfago de Barrett, consumo de cigarro e álcool, sendo mais prováveis de ocorrer em homens. O adenocarcinoma de antro tem na sua etiopatologia a atrofia e/ou metaplasia intestinal, relacionados com a infecção pela Helicobacter Pylori. Além disso, os tumores gástricos proximais tendem a ser mais agressivos do que os distais ou de antro. Diferenças tão marcantes entre os adenocarcinomas da transição esôfago-gástrica e os de antro, propõem serem entidades patológicas diferentes, apesar de compartilharem o mesmo órgão. Devidos as peculiaridades, Siewert em 1987 publicou um esquema de subclassificação topográfico-anatômica próprio para o adenocarcinoma da JEG, que tem impacto no tratamento intra-operatório e prognóstico. Na mais recente edição do manual de estadiamento TNM 2012 (AJCC/UICC), os tumores da Junção Esofago-gástrica são classificados e estadiados com o esquema dos tumores esofágicos. Estas Diferenças clinico-patológicas, devem ter por base diferenças genéticas. A transcriptômica é a área da biologia molecular que estuda o reflexo direto da expressão gênica e avalia o conjunto de transcritos de um organismo em determinada situação celular. Neste sentido, diversos trabalhos na literatura têm investigado o perfil de expressão de mRNA no tecido tumoral de uma variedade de neoplasias, entre elas o câncer gástrico. Mas analisar a expressão gênica não é tarefa fácil, inúmeras técnicas foram desenvolvidas e a mais avançada no momento é a de Microaaranjos de DNA, que consistem num conjunto ordenado de milhares de moléculas de DNA cuja sequência é conhecida. Dessa forma é criada uma matriz de fragmentos genéticos distintos e posicionados numa ordem pré-definida, a qual pode ter sua imagem capturada, bem como digitalizada. Isso permite avaliar a expressão de milhares de genes simultaneamente através de métodos de processamento computacional de imagens. Tendo em vista esses aspectos, O objetivo deste trabalho será analisar comparativamente a expressão gênica entre adenocarcinoma de antro gástrico e adenocarcinoma da junção esôfago-gástrica. Para este fim, será utilizado a técnica de microarranjo de DNA com os chips Human Gene 1.0 ST array (Affymetrix®), que permitem a análise de 36.079 transcritos. Pretende-se com este estudo identificar diferenças na expressão genética entre os adenocarcinomas da transição esôfago-gástrica e de antro, o que justificaria as diferenças clinico-patológicas.

  • GABRIELA ALMEIDA DE OLIVEIRA
  • POLIMORFISMOS DE CITOCINAS (TNF-A, IL-10 E IL-17) NO CÂNCER GÁSTRICO

  • Data: 02/02/2016
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  • No Norte do Brasil, o câncer gástrico (GC) é a segunda neoplasia mais frequente entre os homens e o terceiro nas mulheres, portanto, um importante problema de saúde pública. A investigação de fatores genéticos relacionados com características imunológicas pode auxiliar o entendimento da carcinogênese no CG. O objetivo do presente trabalho foi investigar polimorfismos presentes nos genes das interleucinas IL17G-197A, IL 17FA7488G, TNFαG-308A, IL10G-1082A, IL10C-819T e IL10C-592A, em amostras de pacientes com câncer gástrico e fenotipicamente normais. O grupo caso foi composto por 89 pacientes diagnosticados com CG, atendidos no Hospital HUJBB (Pará, Brasil). O grupo controle foi constituído de 100 indivíduos, não aparentados, sem câncer da mesma população. O material genético foi extraído a partir de 5 mL de sangue periférico pelo kit comercial de DNA da Roche, seguido de quantificação com o NanoDrop 1000 spectrophotometer. A análise molecular dos polimorfismos foi realizada por real-time PCR with TaqMan® probes. E as medidas de ancestralidade foram investigadas utilizando um painel de 48 marcadores autossômicos informativos de ancestralidade (AIMs). As proporções de ancestralidade de Europeu, Africano e Ameríndio foram estimadas usando o software STRUCTURE v.2.3.3. Como resultado, observou-se que a composição étnica do grupo caso foi de 41.5% Europeu, 30.4% Africana e 29% Ameríndia, enquanto no grupo controle foi de 72.4% Europeu, 9 % Africano e 19.5% Ameríndia. Em relação ao conjunto de marcadores da interleucina IL-10 (IL10G-1082A, IL10C-819T, IL10C-592A), quando comparados os padrões genotípicos e haplotípicos observou-se que a distribuição haplotípica relacionada à elevada expressão (GCC/GCC, GCC/GCA, GCC/GTC, GCA/GCA, GCA/GTA) foi mais frequente no grupo de pacientes com câncer gástrico (P=1,15e-11;OR=2,630; IC 95%=2,116-3,271). Em indivíduos que possuíam o genótipo relacionado com a elevada produção de IL-10, detectou-se maior frequência da ancestralidade europeia no grupo de indivíduos controle (P=1e-06), enquanto no grupo de pacientes com CG observou significante frequência da ancestralidade africana (P=1.4e-5). Pacientes que apresentaram genótipos TNF-α AA e TNF-α AG para mutação no gene TNF-α, apresentam risco elevado para desenvolvimento do câncer (P <000.1; OR 10.375; IC 95% 3.149- 34.061). Conclui-se que pacientes que apresentam distribuição haplotípica dos marcadores da interleucina 10 (IL10G-1082A, IL10C-819T, IL10C-592A) relacionados à elevada expressão e predominância de ancestralidade africana, possuem maior risco de desenvolvimento do CG.

  • KAREM MILEO FELICIO
  • INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NA VARIABILIDADE GLICÊMICA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1


  • Data: 29/01/2016
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  •  

    Dados recentes têm sugerido que a variabilidade glicêmica (VG) poderia ser um fator independente do controle glicêmico (CG) avaliado pela hemoglobina glicada (HbA1c), para complicações do diabetes. A VG é a avaliação das flutuações diárias da glicose quantificadas através de cálculos numéricos específicos. A suplementação de vitamina D (VD), nos poucos estudos com Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), tem demonstrado resultados controversos sobre o CG e não há dados sobre uma possível ação desta vitamina na VG nestes pacientes. O objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da suplementação de VD na VG em pacientes com DM1. Realizamos um estudo prospectivo, controlado em 22  pacientes com DM 1 que receberam 4.000 ou 10.000 UI/dia de colecalciferol por 12 semanas, de acordo com seus níveis prévios de VD. Os pacientes foram submetidos ao sistema de monitorização contínua de glicose (SMCG) com análise de 40.000 glicemias, avaliação dos níveis de VD e HbA1c antes e após o tratamento. Quando comparados os períodos pré e pós-tratamento não houve diferença em nenhuma das variáveis, exceto a melhora esperada nos níveis e no status de VD (26,1 ± 9,0 vs. 44,4 ± 24,7ng/mL; < 0,01 e 1,00 ± 0,76 vs. 0,36 ± 0,66; <0,01), respectivamente. Foram encontradas correlações entre a variação percentual (∆) do desvio padrão da glicemia (DPG), calculada a partir do SMCG, com o ∆ da insulina basal (r=0,6; p<0,01) e com o ∆ da insulina total (r=0,6; p<0,01). Encontramos, adicionalmente, correlações entre o status de VD com o ∆ insulina prandial (r=0,5; p<0,05) e com o ∆ insulina total (r= 0,4; p< 0,05), indicando que quanto melhor o status de VD ao final do estudo, menor a necessidade de insulina durante o tratamento.  Para estudar melhor a VG, os pacientes foram divididos em dois grupos: aqueles que melhoraram (grupo 1, N=12 (55%)) e aqueles que pioraram a VG (grupo 2, N=10 (45%)) avaliada pelo ∆DPG. Os pacientes do grupo 1, quando comparados ao grupo 2,  apresentaram menores necessidades de insulina (∆ insulina basal= -8,0 vs. 6,3%; p<0,05) e menor frequência de hipoglicemias ao final do tratamento (12/44 (27%) vs. 21/33 (64%) hipoglicemias/ dias verificados; p<0,01). Nossos dados  sugerem que a suplementação de VD em pacientes com  DM1  poderia levar a uma melhora na variabilidade glicêmica  associada a uma redução na necessidade de insulina em mais de 50% desses pacientes. A melhora da variabilidade glicêmica foi fortemente associada a uma redução na frequência de hipoglicemia. Entretanto, não foi possível demonstrar um efeito benéfico dessa vitamina sobre o controle glicêmico avaliado pela HbA1c.


2015
Descrição
  • PAULO GUSTAVO CAVALCANTI DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E CORRELAÇÃO COM POLIMORFISMOS NO GENE DE REPARO X-RCC1 EM PACIENTES COM NEOPLASIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL SUBMETIDOS A RADIO E QUIMIOTERAPIA 

  • Data: 21/12/2015
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  • As neoplasias do trato gastrointestinal constituem um importante problema de saúde pública no Brasil, como consequência de sua alta incidência e mortalidade. A radioterapia desempenha um papel fundamental como parte nos tratamentos dos tumores gástricos e de reto. O acúmulo de conhecimento na radiobiologia e os recentes avanços no entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos no comportamento das células tumorais e dos tecidos normais às radiações ionizantes têm demonstrado o importante papel dos genes de reparo do DNA. O gene XRCC-1 (do inglês, x-ray repair cross complementing) desempenha importante papel no reparo das lesões radioinduzidas, atuando na resposta das lesões de fita única através do reparo por excisão de base (BER). Polimorfismos do gene XRCC-1 podem influenciar na resposta do paciente à radioterapia, assim como na toxicidade apresentada nos mesmos. No presente estudo avaliamos a ocorrência de toxicidade em pacientes com câncer de estômago e reto submetidos ao tratamento com radio e quimioterapia e sua relação com a ocorrência de dois polimorfismos do gene XRCC1, C194T (rs1799782) e do tipo INDEL 4 pb GGCC (rs3213239). Encontramos uma taxa de toxicidade aguda de 64,5 %, mas somente 24,5 % com graus 3 ou 4. As taxas de toxicidades específicas graus 3 ou 4 encontras foram 16,3 % de diarreia, 6% dermatite e 6% náuseas. Não houve correlação significativa entre os polimorfismos C194T (rs1799782) e INDEL (rs3213239) e as toxicidades relatadas, exceto quando avaliamos separadamente os pacientes com neoplasia de reto. Nestes, o alelo T do C194T, seja em homozigose ou heterozigose com alelo dominante está relacionada a uma maior incidência de náuseas com um risco 10,5 vezes maior e p= 0,03. Apesar desta correlação positiva, acreditamos que o úmero de pacientes do nosso estudo foi insuficiente para encontrarmos correlação entre as outras toxicidades e os polimorfismos

  • LILIAN PEREIRA DA SILVA COSTA
  • PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES COM LESÕES MALIGNAS E POTENCIALMENTE MALIGNAS DO TRATO AERODIGESTIVO SUPERIOR ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA

  • Data: 10/12/2015
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  • O câncer da cavidade oral apresenta o quinto lugar em incidência entre os homens no Brasil. As lesões orais potencialmente malignas representam um estágio precoce do câncer de boca. O prognóstico de pacientes com câncer do trato aerodigestivo superior em estágios avançados é muito desanimador. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o perfil nutricional de pacientes diagnosticados com lesões malignas e potencialmente malignas do trato aerodigestivo superior atendidos em um serviço de referência no município de Belém, a fim de propor um protocolo de atendimento e orientação nutricional. Para tanto, foi realizado um estudo transversal, descritivo. A amostra foi composta por 43 pacientes, sendo 25 homens e 18 mulheres, com média de 60 anos de idade, 42% apresentavam lesão potencialmente maligna (leucoplasia, queilite actínica) e 58% lesão maligna (carcinoma de células escamosas (CCE), carcinoma mucoepidermóide). A maioria (60,5%) dos pacientes era proveniente da região metropolitana de Belém, 65,1% possuíam renda familiar de até 2 salários mínimos, 51,2% tinham até 8 anos de escolaridade, 53,5% fumam ou já fumaram regularmente, 76,7% ingerem ou ingeriram bebidas alcóolicas diariamente, 67,4% relataram exposição solar intensa/moderada, 62,8% relataram apresentar comorbidades. Com relação ao estado nutricional, os pacientes apresentaram segundo o Índice de massa corporal (IMC), 72,1% diagnóstico de eutrofia, 14% de desnutrição. Quando avaliados, conforme a medida da circunferência do braço (CB), 48,8% apresentaram diagnóstico de eutrofia, 46,5% desnutrição. Segundo a avaliação da prega cutânea tricipital (PCT), 37,2% apresentaram desnutrição, 39,2% sobrepeso/obesidade, 23,3% eutrofia. Considerando a circunferência muscular do braço (CMB), 51,2% apresentavam-se eutróficos, 48,8% desnutridos. Segundo a área muscular do braço corrigida (AMBc), 51,2% apresentaram desnutrição, 48,8% eutrofia. Considerando, a Avaliação Subjetiva Global (ASG), 83,7% dos pacientes encontravam-se bem nutridos. Com relação aos hábitos alimentares, considerando fatores protetores, tem-se que 55% dos pacientes relataram consumir fruta diariamente. Com relação ao consumo de hortaliças cruas, 12,9% consumiam diariamente. Em relação aos folhosos verde-escuros, 20,5% consumiam diariamente. Os legumes vermelhos e alaranjados eram consumidos por 41,1% dos pacientes diariamente. Embora os resultados antropométricos, que consideram a massa corporal total, apresentavam-se bons, os resultados da avaliação das reservas musculares mostraram grande perda muscular, principalmente no grupo com lesões malignas. A avaliação do estado nutricional deve levar em conta a associação de diferentes métodos, principalmente aqueles relacionados com a avaliação das reservas musculares, uma vez que esta está relacionada inversamente com a toxicidade dos tratamentos oncológicos e diretamente com a sobrevida.

  • LECILDO LIRA BATISTA
  • ESTUDO DA EXPRESSÃO DAS PROTEINAS TWIST1, KAI1 E E-CADERINA EM AMOSTRAS DE CÂNCER DE PÊNIS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 10/11/2015
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  • O câncer de pênis é uma doença rara em nações desenvolvidas, sendo mais comum em regiões em desenvolvimento figurando como um importante problema de saúde pública, por ter um caráter mutilante, que pode acarretar problemas psicológicos e sociais ao paciente acometido. O fator prognóstico mais importante do câncer de pênis é o comprometimento linfonodal e a presença de metástases à distância. Os pacientes que apresentam estas características raramente sobrevivem por cinco anos. Por outro lado, nos estadios iniciais da doença o prognóstico é bom, obtendo-se cura na maioria dos casos. Na busca por indicadores prognósticos mais confiáveis, inúmeros genes/proteínas associados à carcinogênese peniana têm sido avaliados vislumbrando um melhor entendimento deste processo, para que métodos mais precisos de diagnósticos identifiquem pacientes com doenças mais agressivas de modo mais confiável, e então submetidos a um tratamento primário mais eficaz e a uma maior sobrevida. Algumas classes de marcadores epiteliais e mesenquimais têm sido utilizadas para determinar a presença de transição epitélio mesenquimal em tecidos neoplásicos. Essas classes abrangem proteínas de superfície como a E-caderina, e marcadores do citoesqueleto, como vimentina, β-catenina e fatores de transcrição como Snail, Slug e Twist1. Com este enfoque, realizamos um estudo retrospectivo, onde foram analisados um total de 109 pacientes do Hospital Ophir Loyola, no período de janeiro 2012 a novembro 2014. Foi investigado a expressão proteica do Twist1, Kai1 e E-caderina em tecidos de pênis com lesões benignas e malignas, buscando evidenciar o padrão de imunorreatividade das proteínas Twist1, Kai1 e E-caderina em câncer de pênis e tecidos não neoplásicos, assim como correlacionar o padrão de imunorreatividade destas proteínas quanto às características de progressão e invasão do câncer de pênis e demais características clínico-patológicas do tumor estudado. Em relação a E-caderina, 48,6% dos pacientes apresentavam expressão reduzida desta proteína , quando comparadas a tecidos não neoplásicos, porém não houve associação da expressão alterada da E-caderina com outros fatores clínicos ou patológico, já a expressão aumentada do Twist1 esteve associada com tumores mais avançados conforme a classificação TNM, no que se refere a proteína Kai1, não se pôde encontrar associação entre a expressão defeituosa desta com fatores histopatológicos. Houve significância estatística quando da expressão defeituosa de forma simultânea de E-caderina e Twist1, neste contexto, obtivemos um resultado inconclusivo sobre a associação entre E-caderina e Kai1, e não houve significância estatística em relação a analise entre as proteínas Twist1 e Kai1.

  • KLEZZER DE OLIVEIRA CARNEIRO
  • INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES IFNɣ e INFGR1 ASSOCIADOS A SUSCEPTIBILIDADE EM PACIENTES PORTADORES DE TUBERCULOSE DO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 06/11/2015
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  • Tuberculose pulmonar é uma doença infectocontagiosa de transmissão por via aérea,que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), infecta cerca 02 bilhões de pessoas ao redor do mundo. É a principal causa de morte por doença infecciosa em adultos nos países em desenvolvimento, representando um grave problema de saúde pública, devido principalmente, a não aderência ao tratamento, ao diagnóstico tardio e subdiagnóstico e ao não controle de contatos, o que faz com que a população continue susceptível à infecção, neste estudo objetivou-se Investigar prováveis associações de três polimorfismos genéticos no gene IFNɣ e INFGR1 responsáveis pela susceptibilidade à tuberculose em pacientes com tuberculose e tendo como controle pacientes sem tuberculose do Hospital Universitário João de Barros Barreto, da população de Belém/PA. e assim determinar as frequências de polimorfismos nos genes IFNɣ e INFGR1 envolvidos com a susceptibilidade a tuberculose na população do Pará. Avaliar se ocorrem diferenças nas frequências gênicas e genotípicas dos polimorfismos no gene IFNɣ 871 A>T e no gene INFGR1611(C>T) e INFGR1 - 56 (A>G)entre indivíduos portadores de tuberculose e indivíduos sem tuberculose da população de Belém. Investigar um painel de 62 Marcadores Informativos de Ancestralidade Genética, tanto na amostra de pacientes como na amostra tomada como controle, de forma a controlar os possíveis efeitos da subestruturação populacional nesta investigação. Para realização deste estudo nos utilizamos amostras de sangue periférico de 148 pacientes diagnosticados com tuberculose, e 125 indivíduos sem tuberculose (controles) residentes no Estado do Pará, Brasil, atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) durante o período de 2006 a 2012. De cada indivíduo foram obtidos 5mL de sangue venoso colhido de veia periférica. A extração de DNA foi realizada segundo método descrito por Sambrook et al., (1989). A genotipagem dos polimorfismos para os genes IFNɣ(rs1130562) e INFGR1 (rs1327474, rs2234711) foi realizada por técnica de PCR em tempo real (RT-PCR) utilizando-se o sistema TaqMan® (Applied Biosystems®, Foster City, Califórnia, EUA).As análises estatísticas foram realizadas nos softwares SPSS 17.0, usando o teste de Mann-Whitney, considerando como significantes valores de p<0,05. Os resultados não demonstraram significância quanto a susceptibilidade para tuberculose dos polimorfismos estudados.

  • RAFAEL MENDONCA LUZ
  • Correlação dos níveis de vitamina D e nefropatia diabética em diabéticos tipo 1 e comparação com grupo controle

  • Data: 06/10/2015
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  • No mundo a hipovitaminose D vem sendo cada dia mais estudada, sendo sua prevalência ainda desconhecida em diversos grupos populacionais. A nefropatia diabética tem alcançado em algumas estatísticas níveis epidêmicos, sendo sua incidência crescente. Estudos diversos mostram relação direta entre o desenvolvimento de Nefropatia Diabética e a hipovitaminose D, tanto como causa quanto consequência, sendo que ainda não está bem estabelecido qual a influência exata de um sobre o outro. No presente trabalho serão determinados os níveis de vitamina D e microalbuminúria em diabéticos tipo 1, bem como será realizada a correlação entre hipovitaminose D e microalbuminúria.

  • FRANCISCO ANDERSON SILVA
  • Estudo de potenciais marcadores moleculares de susceptibilidade ao câncer de pulmão

  • Data: 27/08/2015
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  • O câncer de pulmão é um importante problema de saúde pública, ocupando
    atualmente a décima posição entre as principais causas de morte no mundo e a
    principal causa de morte dentre as neoplasias malignas. A predisposição individual
    ao desenvolvimento de câncer de pulmão pode estar associada a polimorfismos
    genéticos envolvidos na resposta inflamatória, em mecanismos de ativação ou na
    detoxificação de carcinógenos, assim como, em defeitos nos mecanismos de
    identificação e reparo de danos sofridos pelo DNA. O presente estudo teve como
    objetivo investigar a influência de 13 polimorfismos do tipo inserção/deleção em
    genes relacionados ao metabolismo e biotransformação (CYP2E1, CYP19A1 e
    UGT1A1), sistema imunológico e resposta inflamatória (IL1A e IL4), ciclo celular e
    sistema imunológico (MDM2 e NFKB1), reparação do DNA (TYMS e XRCC1),
    regulação da apoptose, da hemostasia e do ciclo celular (CASP 8, PAR1, TP53)
    quanto a suscetibilidade ao câncer de pulmão. Os polimorfismos foram genotipados
    por uma reação de PCR multiplex em pacientes com diagnóstico confirmado para
    câncer de pulmão e em indivíduos da mesma população, sem essa doença. A
    ancestralidade genética de todos os indivíduos foi estimada por marcadores
    informativos de ancestralidade. Uma análise de regressão logística controlada pelas
    variáveis idade, gênero e tabagismo foi realizada para determinar a influência dos
    polimorfismos na susceptibilidade ao câncer. Não foram encontradas diferenças
    estatisticamente significativas entre os grupos com câncer e sem câncer. Os
    polimorfismos estudados não estão associados à suscetibilidade ao câncer de
    pulmão na população estudada.

  • SONIA ELENITA LOPES VALENTE
  • Investigação de polimorfismos no gene TNF em pacientes com hepatotoxicidade induzida por medicações anti-tuberculosas no norte do Brasil

  • Data: 27/08/2015
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  • A tuberculose persiste como um grave problema de saúde pública em todo o mundo. A hepatotoxicidade induzida por medicações antituberculosas provoca um grande número de hospitalizações, podendo ser fatal se o tratamento não for interrompido. Os mecanismos da hepatite induzida pelas medicações antituberculosas ainda não froam esclarecidos e estudos sugerem que mecanismos imunológicos estão envolvidos na sua patogênese. A citocina TNF-α é um dos principais mediadores inflamatórios do sistema imunológico e variações em seus níveis parecem estar relacionadas a patogênese da hepatite induzida por fármacos. Diferenças observadas nos níveis dessa citocina podem estar relacionadas com polimorfismos no gene TNF. O conhecimento de polimorfismos no gene TNF envolvidos desenvolvimento de hepatotoxicidade por medicações antituberculosas permitirá a utilização desses marcadores moleculares para melhorar o manejo terapêutico nesses pacientes. O presente estudo investigou a influência dos polimorfismos -308C>T (rs1800629), -1031C>T (rs1799964), -238A>G (rs361525) e -857C>T (rs1799724) do TNF no desenvolvimento da hepatotoxicidade. Foram incluídos no estudo 68 pacientes com tuberculose que apresentaram hepatotoxicidade ao esquema básico composto de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol (2RHZE/4RH) e 191 pacientes sem efeitos adversos a terapia. Os pacientes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, e forneceram dados clínicos e epidemiológicos e amostras de sangue para perfil genético. Os polimorfismos foram determinados por PCR em tempo real com sondas TaqMan. Comparando a frequência dos genótipos entre os casos e controles, identificou-se uma diferença significativa na distribuição dos genótipos do SNP -1031C>T (p = 0,003). A frequência dos homozigotos -1031CC foi maior no grupo caso (8,8%) do que no grupo controle (1,6%). Os pacientes homozigotos -1031CC apresentaram um risco aumentado para o desenvolvimento de hepatotoxicidade quando comparados ao homozigotos -1031TT ou aos portadores do alelo T (OR = 8,632, p = 0,014 e OR = 11,355, p = 0,004). Concluímos que o SNP -1031C>T do gene TNF foi significativamente associado com a susceptibilidade à hepatite induzida por medicações antituberculosas na população do norte do Brasil.

  • JACKELINE DE SOUSA CARRERA
  • POLIMORFISMO DO GENE UGT1A1 ASSOCIADO À TOXICIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS TRATADOS COM IRINOTECANO EM BELÉM/PA

  • Data: 26/03/2015
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  • Introdução: Estudos e revisões da literatura científica internacional têm reunido dados
    de suporte para o papel da farmacogenômica na medicina clínica, especificadamente o
    genótipo UGT1A1*28 e UGT1A1*6, como preditores de toxicidade associada à terapia
    com CPT-11 (irinotecano), devido uma inserção de timina-adenina na região promotora
    TATAbox do gene UGT1A1 ou um polimorfismo de nucleotídeo único no éxon 1 do
    mesmo gene, causando menor expressão da enzima UGT1A1 e consequentemente menor
    glucuronidação do fármaco. Objetivo: Verificar a ocorrência de polimorfismos na região
    promotora do gene UGT1A1 e associar a presença destes com a manifestação de
    toxicidades ao fármaco CPT-11 em pacientes com câncer atendidos em dois Hospitais
    públicos especializados em oncologia em Belém/PA. Método: Os pacientes oncológicos
    em tratamento à base de CPT-11 foram acompanhados pelo método de acompanhamento
    farmacoterapêutico quanto a ocorrência de toxicidades. As reações adversas foram
    avaliadas de acordo com o National Cancer Institute Common Toxicity Criteria for
    Adverse Events, Version 4.0. O estudo também analisou o material genético dos
    pacientes, quanto à freqüência e distribuição do polimorfismo no gene UGT1A1 por
    reação em cadeia de Polimerase e sequenciamento. Assim como também puderam ser avaliados os dados clínicos e epidemiológicos dos sujeitos. Resultados: Um total de 31
    pacientes foram recrutados, a maioria (80,6%) tratados com regime IFL modificado
    (120mg/m² de irinotecano), o gênero mais freqüente foi o feminino (54,8%) e o sítio
    primário do tumor, predominante, foi o reto (41,9%). Dentre os 27 pacientes que puderam
    ser genotipados nenhum apresentou polimorfismo no éxon 1 (UGT1A1*6), mas foram
    detectados os seguintes alelos quanto ao polimorfismo no promotor TATA do gene,
    TA5/6 (3,7%), TA6/6 (44,4%), TA6/7 (37%) e TA7/7 (14,8%). Um total de 71
    toxicidades foram observados em 25 pacientes. A população estudada encontra-se em
    equilíbrio de Hardy-Weinberg (p=0,135). Nosso estudo não encontrou relação
    significante entre as diferentes toxicidades ou RAM’s (reações adversas ao medicamento)
    manifestadas nos pacientes com diferentes números de alelos variantes, porém foi
    observado que pacientes que tinham dois alelos ou um único alelo variante teve mais
    intervenções médicas (redução de dose, atraso ou interrupção do tratamento) devido
    toxicidades, do que pacientes do alelo tipo selvagem (p=0,016). Conclusão: Os achados
    deste estudo demonstraram alta frequência de reações adversas ao uso de CPT-11 nos
    pacientes estudados, mesmo em protocolos de baixa dose, em relação a outros estudos,
    apesar de não terem apresentado diferença significante, sugerem a continuidade do
    mesmo a fim de obter maior tamanho amostral, haja vista que quando a população foi
    estratificada por freqüência de intervenções médicas motivadas por toxicidade, o grupo
    portador da mutação, heterozigota ou homozigota, apresentou maior taxa de intervenção
    durante o tratamento, ou seja, esses pacientes podem apresentar toxicidades mais severas
    que comprometam a continuidade do tratamento.



2014
Descrição
  • TAYANA VAGO DE MIRANDA
  • Estado nutricional e marcadores clínico-bioquímicos em indivíduos portadores de carcinoma gastrointestinal

  • Data: 04/11/2014
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  • O estado nutricional de indivíduos portadores de carcinoma gastrointestinal é frequentemente
    afetado, sendo agravado em função da carcinogênese promover ativação do processo
    inflamatório e consequente ativação do sistema imunológico, com produção de citocinas e
    proteínas de fase aguda, como proteína C- reativa, que resulta no hipermetabolismo, acelerando
    a perda de peso e progredindo para o quadro de caquexia. Este trabalho teve como objetivo
    analisar o estado nutricional e os marcadores clínico-bioquímicos em indivíduos portadores de
    carcinoma gastrointestinal, atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto
    (HUJBB), em Belém-PA. Foi realizado estudo transversal, descritivo, observacional com
    pacientes adultos e idosos, portadores de carcinoma gastrointestinal atendidos na Unidade de
    Alta Complexidade em Oncologia e na clínica cirúrgica do HUJBB, no período de dezembro
    de 2013 a julho de 2014. Realizou-se avaliação nutricional por meio de parâmetros
    antropométricos, que incluíram índice de massa corporal (IMC), percentual de perda de peso
    (%PP), circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), área muscular
    do braço corrigida (AMBc), prega cutânea triciptal (PCT) e músculo adutor do polegar (MAP),
    parâmetros bioquímicos, por meio da classificação da hemoglobina, contagem total de
    linfócitos (CTL), albumina, transferrina, índice de prognóstico inflamatório-nutricional (IPIN)
    e parâmetros subjetivos, utilizando-se a avaliação subjetiva global produzida pelo paciente
    (ASG-PPP), além da identificação e classificação da caquexia. Foram avaliados 44 pacientes,
    sendo 63,30% do sexo masculino com idade média de 61,2 anos (±13,3). 95,50% eram naturais
    do Pará, 45,50% residentes no interior, 50,00% apresentavam escolaridade em ensino
    fundamental incompleto e 52,30% não possuíam renda familiar. Do total de pacientes
    avaliados, 63,60% possuíam neoplasia de estômago; destes, 50,00% estavam em estádio clínico
    IV e 73,30% em tratamento cirúrgico, com tempo médio de internação de 45,85 dias (±32,97).
    Na avaliação nutricional, verificou-se 20,50% de eutrofia para adultos e 42,30% para idosos,
    por meio do IMC, porém, em avaliação isolada dos compartimentos muscular e adiposo,
    verificou-se 59,10% de depleção grave por meio da AMBc, 54,50% por meio da PCT e 75,00%
    com presença de depleção em algum grau em CB e 68,18% em CMB. A perda de peso grave
    foi verificada em 61,36% dos pacientes avaliados e no MAP, obteve-se maior prevalência de
    depleção moderada (30,20%). Nos parâmetros bioquímicos, observou-se redução grave em
    hemoglobina em 61,40% dos pacientes, depleção leve em CTL em 56,80%, de albumina em
    47,70% e depleção moderada de transferrina em 45,50%. Na avaliação do IPIN, verificou-se
    médio risco de complicação para 56,80% dos pacientes avaliados. Na ASG-PPP, 63,60% dos
    pacientes foram classificados em desnutrição grave e a presença de caquexia sintomática foi de
    54,50%. No que se refere à análise de correlação, constatou-se que houve correlação positiva e
    significativa de IMC com CMB, CB, PCT, AMBc, MAP e Hemoglobina; CMB com CB e
    AMBc; CB com PCT, AMBc, MAP, e hemoglobina; PCT com AMBc; AMBc com MAP. Na
    análise de componente principal, verificou-se como métodos mais sensíveis para a detecção de
    desnutrição a avaliação de CB, AMBc, CMB, IMC, PCT, MAP, IPIN e avaliação da caquexia.
    Desta forma, os resultados obtidos no presente estudo evidenciam o comprometimento
    nutricional em pacientes portadores de carcinoma gastrointestinal, por diferentes parâmetros,
    demonstrando assim que a desnutrição ocorre de forma global, com perdas tanto de tecido
    adiposo quanto de tecido muscular, assim como alterações a nível bioquímico.
    Es

  • MICHELLE CARVALHO DE ABREU
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DA PROTEÍNA TWIST EM AMOSTRAS DE CARCINOMA EPIDERMÓIDE BUCAL E SUA CORRELAÇÃO COM ASPECTOS CLÍNICO-PATOLÓGICOS

  • Data: 07/08/2014
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  • Entre as neoplasias malignas que ocorrem na boca, 95% são representadas pelo Carcinoma Epidermóide de Boca (CEB). No Brasil, as estimativas para o ano de 2014, segundo o INCA, apontam mais de 15.290 novos casos. Esses dados mostram que o CEB representa um problema de saúde pública em razão de a morbidade afastar, na maioria dos casos, grande número de cidadãos do mercado de trabalho, além de onerar os custos com a saúde no Estado, fruto dos dias de internação e do tratamento aplicado. A patogênese do CEB está relacionada a fatores genéticos além de agentes químicos, como o consumo de tabaco e álcool, físicos e biológicos, considerados carcinogênicos. O fator de transcrição twist foi recentemente apontado como um importante regulador da TEM durante a progressão tumoral e metástase e vem se tornando um importante marcador diagnóstico e prognóstico para pacientes devido ao fato de sua sobre-regulação positiva e metilação do gene estarem sendo implicados em vários tipos de câncer. Apesar de muitos estudos fornecerem importantes insights sobre a compreensão da biologia dos tumores malignos bem como dos genes envolvidos na TEM, os mecanismos de TWIST na tumorigênese e na transição epitelial-mesenquimal do carcinoma epidermóide bucal ainda precisam ser elucidados. Neste estudo nós investigamos o padrão de expressão da proteína twist através da técnica de imuno-histoquímica em 59 amostras Carcinoma Epidermóide Bucal (CEB) provenientes de pacientes usuários do Sistema Único de Saúde do Estado do Pará e avaliamos a existência de associação dos resultados com características clínico-patológicas dos tumores estudados e com a sobrevida dos pacientes. Os resultados mostraram uma associação estatisticamente significante entre o consumo de álcool e os sítios mais afetados pelo CEB, sugerindo que o etanol pode desempenhar um papel potencializador dos agentes do tabaco nos sítios que recebem maior exposição dessas substâncias. A expressão da proteína twist também mostrou uma diminuição na média de sobrevida dos indivíduos. Apesar dessa diminuição não ter apresentado significância estatística em nossos estudos, acreditamos que ela deve ser mais amplamente estudada, visando o melhor entendimento do papel desta no carcinoma epidermóide bucal. A positividade de marcação da proteína demonstrou relação com o tabagismo, onde 87,8% dos pacientes fumantes, apresentaram marcação positiva para a proteína, corroborarando o fato de que o fumo pode modular a expressão de marcadores TEM incluindo twist. Em síntese, os resultados deste estudo evidenciam algumas correlações intrigantes, que no nosso entender merecem especial atenção, no intuito de serem esclarecidas. Assim como a localização intracelular da proteína observada neste estudo, que possivelmente está relacionada a algum processo oncogênico ainda não descrito

  • OSVALDO RODRIGUES DE SOUZA NETO
  • ANÁLISE IMUNOHISTOQUÍMICA DA ADAMTS-1 E PROTEOGLICANOS NO AMELOBLASTOMA E NO TUMOR ODONTOGÊNICO CÍSTICO CALCIFICANTE
  • Data: 30/06/2014
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  • O ameloblastoma e o tumor odontogênico cístico calcificante (TOCC) são tumores odontogênicos que tem origem do epitélio odontogênico, porém ainda não é conhecido o estímulo ou gatilho que leva à transformação neoplásica desses tumores. O comportamento biológico das lesões é distinto, pois o ameloblastoma é um tumor mais agressivo e com taxa de recorrência significativa. Já o TOCC é um tumor menos agressivo e raramente há recorrência e por esse motivo foi utilizado como controle no estudo. Portanto, a elucidação completa dos mecanismos pelos quais esses tumores odontogênicos apresentam tais comportamentos biológicos continua sendo um desafio para os pesquisadores. As ADAMTS (A Disintegrin and Metalloproteinase with ThromboSpondin) são metaloendopeptidases que são dependentes de zinco em seu domínio catalítico. Essas enzimas possuem ampla atividade catalítica contra uma variedade de substratos como os proteoglicanos (agrecan, brevican e versican), que são proteínas presente na matriz extracelular (MEC). As ADAMTS exibem características estruturais que lhes conferem um grande potencial para exibir múltiplas funções. Exibem função crucial em vários processos como proliferação, adesão, invasão e sinalização celular. As alterações nessas enzimas estão presentes em diversos tumores, o que sugere que estas proteínas podem estar envolvidas no processo carcinogênico em diferentes caminhos. Especificamente a ADAMTS-1 tem sido correlacionada com a tumorigênese de algumas neoplasias como no câncer de mama, pulmão e pâncreas. Assim como a ADAMTS, agrecan, brevican e versican são expressos em vários tumores e a regulação alterada desses proteoglicanos pode contribuir para o desenvolvimento da carcinogênese. Neste trabalho foram estudadas ADAMTS-1, agrecan, brevican e versican no ameloblastoma e TOCC. Foram incluídos 20 casos de ameloblastoma e 6 casos de TOCC, utilizados como controle. A expressão de ADAMTS-1, agrecan, brevican e versican foi avaliada por imunohistoquímica e as áreas de marcação foram mensuradas e analisadas. Para análise de correlação entre as proteínas estudadas utilizou-se o teste de Spearman. Todas as amostras de ameloblastoma expressaram ADAMTS-1, agrecan, brevican e versican. Todas as amostras de TOCC também expressaram as mesmas proteínas, porém numa quantidade significativamente menor que no ameloblastoma. A diferença de expressão de ADAMTS-1 e brevican no epitélio do ameloblastoma e do TOCC foi significante estatisticamente (p<0,0105). Assim como a expressão de agrecan e versican, no epitélio do ameloblastoma e do TOCC, também foi estatisticamente significante (p<0,0067) e (p<0,0148), respectivamente. Não houve correlação entre as proteínas estudadas.
  • LEIDIANE MENDES BRITO
  • CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DO CÂNCER
  • Data: 08/05/2014
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  • O presente estudo tem como tema de discussão, o trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) como essencial para ações de prevenção e controle do câncer, em conjunto com a equipe da Estratégia Saúde da Família. Direcionou-se o olhar, através dos olhos do ACS, para os riscos e atitudes facilitadoras para o desenvolvimento do câncer, bem como para sinais de alarme. A questão que norteou a pesquisa foi: os Agentes Comunitários de Saúde, após receberem devida capacitação, alcançam habilidades suficientes para atuarem no controle do câncer, através de ações da identificação de riscos e educação em saúde? O objetivo principal consistiu em elaborar um modelo de intervenção que contribua para o controle do câncer na Atenção Básica, tendo o ACS como principal mediador. Trata-se de uma pesquisa de intervenção, transversal, de abordagem qualitativa, tendo como objeto de estudo, o trabalho do ACS como um instrumento da ESF para o controle do câncer. Foram selecionados cinco ACS’s como participantes principais e oito famílias como participantes secundários. Para a produção dos dados usou-se da pesquisa de campo, que transcorreu entre os meses de janeiro a abril de 2014, e contou com o método observacional. Esta produção foi dividida em dois momentos: estudo de eficácia e estudo de eficiência. A análise dos dados foi organizada em duas matrizes interpretativas: considerações acerca das atividades desenvolvidas e o corolário das ações desenvolvidas, cada uma com suas respectivas categorias e temas. Esta análise contou com o suporte teórico-metodológico da análise de conteúdo temática proposta por Bardin (2011). Quanto aos resultados, os ACS’s, após receberem o trabalho de capacitação, tiveram um bom desempenho nas atividades de investigação e educação em saúde. Em um primeiro momento, a intervenção despertou mudanças positivas no cotidiano das famílias participantes da pesquisa, isto é, após a educação em saúde realizada pelos ACS’s conseguiram abandonar hábitos de risco que haviam sido identificados. Assim, após implementação do plano prévio de intervenção, evidenciou o modelo aplicável, ou seja, foi possível perceber como deve se organizar e quais os passos devem ser realizados. A presente pesquisa ainda não pode responder se a intervenção elaborada, em definitivo, é capaz de ocasionar mudanças positivas no cotidiano dos participantes a longo prazo e, principalmente, se estas mudanças ajudarão na redução dos índices de câncer. Cabe destacar, para que intervenções como esta tenham sucesso parcerias precisam ser fortalecidas. Pois para que possamos ter uma saúde pública eficiente e, ao mesmo tempo, uma Atenção Básica de qualidade, necessita-se de fato, que todos trabalhem juntos.
  • PAULO MARTINS TOSCANO
  • PERFIL MOLECULAR EM GENES CYP3A4 E CYP2J2: UM CAMINHO PARA A FARMACOGENÉTICA DO RIVAROXABAN EM UMA POPULAÇÃO DO NORTE DO BRASIL

  • Data: 07/03/2014
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  • Nos últimos anos, novos anticoagulantes têm sido desenvolvidos com o obje- tivo de minimizar as dificuldades encontradas no manejo clínico das drogas conven- cionais, porém não existem dados publicados sobre a sua farmacogenética. Dian- te da hipótese de que os polimorfismos relacionados à sua metabolização possam ser fonte de variabilidade genética, o presente estudo objetiva realizar inferências de epidemiologia molecular dos polimorfismos nos genes CyP3a4 (rs2246709) e CyP2j2 (rs890293), relacionados ao metabolismo do Rivaroxaban, um novo inibidor direto do fator Xa. São analisadas 136 amostras de indivíduos sau- dáveis de uma população do Norte do Brasil que apresenta um elevado grau de mistura interétnica. Para alcançar o objetivo farmacogenético foi realizada, em para- lelo, análise de ancestralidade genômica nos indivíduos investigados. Os resultados demonstraram diferenças significativas entre os genótipos do CyP3a4 observados no estudo, quando comparados a todas as populações ancestrais para o polimorfis- mo 99365719 a>G (P<0,05). a população miscigenada do norte do Brasil, portanto, apresentou diferença na distribuição das frequências genotípicas em relação aos grupos ancestrais, formadores de nossa população. O mesmo achado não é ob- servado para polimorfismo do gene do CyP2j2. Destaca-se que o polimorfismo no gene do CyP3a4, na amostra investigada, sofre influência da contribuição étnica européia individual. Considerando, a elevada miscigenação que caracteriza a po- pulação local e o avanço da Farmacogenômica na medicina atual, os dados podem contribuir para a melhor compreensão da farmacogenética do novo anticoagulante.

  • CLARISSA SIMAS PEREIRA
  • ASSOCIAÇÃO DOS MARCADORES INDEL, NOS GENES P53, CASP8 E CYP2E1, NA SUSCEPTIBILIDADE AO CÂNCER NOS INDIVÍDUOS DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ.
  • Data: 26/02/2014
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  • Introdução: Câncer é um sinônimo de “neoplasia”. É um termo utilizado para determinar a multiplicação descontrolada e anormal de células de tecido ou órgão. Em sua maioria, as neoplasias apresentam um grau acentuado de anaplasia, podendo formar massas (tumores malignos) com frequente potencial de invasão das estruturas adjacentes havendo, ainda, a capacidade de espalhar-se para outros órgãos através da corrente sanguínea e do sistema linfático, originando a metástase. A ocorrência do câncer aumentou consideravelmente nas últimas décadas e há grandes evidências de que será, brevemente, considerado o principal problema de saúde pública mundial. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) esse acréscimo permanecerá ocorrendo, possibilitando uma estimativa para o ano de 2030 de 27 milhões de casos de câncer, 17 milhões de óbitos em decorrência do câncer e 75 milhões de pessoas convivendo, anualmente, com essa doença, os quais serão mais observados nos países com renda média e baixa. A etiologia do câncer pode ser genética, ambiental, com influência do estilo de vida do indivíduo no desenvolvimento de um tumor maligno, sendo considerada multifatorial. O estudo do fator genético é importante no conhecimento da biologia do câncer, contribuindo na detecção dos riscos existentes para o seu desenvolvimento, no diagnóstico, tratamento e escolha terapêutica. Os marcadores tumorais, também denominados marcadores biológicos, correspondem a macromoléculas encontradas no tumor, sangue ou outros líquidos biológicos e estão envolvidos na gênese e no desenvolvimento tumoral. A presença e/ ou alteração na concentração dessas substâncias indicam a existência da neoplasia, podendo ser produzidas pelo tumor ou pelo organismo como resposta à presença tumoral. Diversos estudos na literatura especializada evidenciaram o papel dos polimorfismos INDEL nos genes CASP8 (rs3834129), TP53 (rs17878362) e CYP2E1 (inserção de 96 pares de base) no desenvolvimento da carcinogênese. O presente estudo tem como objetivo investigar estes importantes polimorfismos de risco oncológico em uma população restrita do Marajo no estado do Pará, nos Municípios de São Sebastião da Boa Vista, Anajás, Chaves e Portel. Material e métodos: Investigamos o risco associado destes polimorfismos nos genes: CASP8 (rs3834129), CYP2E1 (inserção de 96 pares de base) e TP53 (rs17878362) em quatro municípios do Arquipélago do Marajó, no Estado do Pará. Participaram do estudo 236 indivíduos com câncer ou histórico familiar positivo para câncer (grupo caso) e 228 indivíduos sem câncer ou histórico familiar para esta doença (grupo controle), utilizando extração e quantificação de DNA e genotipagem dos polimorfismos com PCR multiplex e Eletroforese capilar em sequenciado ABI3130. Para a análise estatística, utilizamos o programa SPSS 20.0. Resultados: A análise mostrou associação significativa para o desenvolvimento de câncer para os polimorfismos do tipo INDEL nos genes CYP2E1(P=0,035; OR=1,717; 95% 1,046- 2,819 IC) e TP53 (P=0,011; OR=10,04; 95% 1,275- 7,112 IC). Não foi observada associação significativa para o gene CASP8 (P=0,378; OR=1,279; 95% 0,778- 2,104 IC) na população investigada. Conclusão: O estudo de epidemiologia molecular oncológica na população do Marajó evidenciou que existe uma maior predisposição genética a indivíduos desta população portadores de alelos de risco para os polimorfismos INDEL nos genes TP53 e CYP2E1 para o desenvolvimento neoplásico.
  • DANIELLE FEIO DA COSTA
  • AVALIAÇÃO DO POLIMORFISMO INDEL NO GENE TYMS EM ASSOCIAÇÃO À RESPOSTA QUANTO AO USO DE FLUOROPIRIMIDINAS EM PACIENTES PORTADORES DE NEOPLASIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL
  • Data: 26/02/2014
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  • O câncer consiste em um problema de saúde publica mundial, com estimativa de 27 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por câncer no ano de 2030. No Brasil, as estimativas para o câncer no ano de 2014, apontam a ocorrência de aproximadamente 580 mil casos novos. As fluoropirimidinas são usadas nos principais esquemas quimioterápicos direcionados a tumores do trato gastrointestinal. Nos últimos anos muito se tem investigado sobre causas de respostas individuais diferenciadas em relação ao tratamento quimioterápico; dessa forma têm-se buscado uma terapia individualizada que possa maximizar a eficácia dos medicamentos e minimizar os efeitos adversos associados aos fármacos. Objetivamos buscar a associação do INDEL (rs16430) do gene TYMS com o padrão de resposta ao tratamento oncológico de fármacos com base em fluoropirimidinas, de maneira a contribuir para o desenvolvimento da medicina personalizada. Material: Estudadas 151 amostras de sangue periférico de pacientes oncológicos tratados com fluoropirimidinas, da população da região amazônica brasileira com elevado grau de mistura interétinica. Foi genotipado um polimorfismo INDEL (rs16430) no gene TYMS envolvido na resposta ao tratamento com uso de fluoropirimidinas. Resultados: A investigação relatou que a maioria dos pacientes tinha doença avançada no momento do diagnóstico; 32,7% receberam tratamento com intenção paliativa; e 22,8% tratamento neoadjuvante. Nossos resultados evidenciam que o polimorfismo INDEL no gene TYMS demonstrou ter um efeito de proteção à progressão tumoral (p=0,033). Pacientes tratados com fluoropirimidinas que eram homozigotos selvagens (INS/INS) apresentaram uma proteção à progressão tumoral de 24% comparado com outros genótipos desse polimorfismo. As estimativas de ancestralidade genômica global da amostra investigada foram: 62,4% europeia; 25,2% nativo americana e 12,4% africana. Foi possível estabelecer uma correlação inversa entre o aumento da ancestralidade ameríndia e a presença de metástase (p=0,024). Conclusão: Estudos farmacogenéticos podem proporcionar uma terapia personalizada reduzindo mortalidade por toxicidades e aumentando a eficácia terapêutica, desta forma proporcionando um tratamento oncológico com melhores resultados clínicos.
  • TARIK OLIVAR DE NUNES VALENTE
  • Análise das proteínas relacionadas a formação de metástase em linhagens de adenocarcinoma gástrico
  • Data: 11/02/2014
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  • O câncer gástrico representa um grave problema de saúde pública mundial. A alta incidência de tumores avançados com baixa sobrevida pelas metástases, sobretudo no norte do país, nos fez realizar o estudo comparativo das linhagens de adenocarcinomas gástricos metastáticos (AGP01) com adenocarcinomas gástricos sem metástases (ACP02) através da avaliação proteômica da via de mobilidade celular, que possam ter relação com a formação dessas metástases. Foi realizado estudo proteômico das linhagens AGP01 e ACP02 através da técnica da cromatografia líquida de alta performance 2D Nanoultra (UPLC) em conjunto com nanoESI-MSE (MudPIT) e análise funcional das proteínas diferencialmente expressas no programa Ingenuity Pathways Analysis (IPA). Observamos 19 proteínas com aumento da expressão na linhagem AGP01 em relação a ACP02, as quais apresentam relação com movimento, organização e morfologia celular, onde podemos sugerir que as proteínas ACTB, ANXA1, LGALS1, IQGAP1, EZR, MSN, MYH9 e S100A11, de acordo com nossos achados e corroborados pela literatura pesquisada, tem associação com a metástase de adenocarcinomas gástricos. Outras proteínas se mostraram em forte expressão em nosso estudo, mas na literatura pesquisada sua expressão tem relação com as vias de disseminação apenas de outros tumores, como: mama (RAB5C), pulmão (PLS1 e CAP1), reto (ACTN1) e GIST (SYNE2). Conflitantes com nosso estudo, as expressões das proteínas CAPZA1, FLNA e FLNC, foram observadas na literatura como um inibidor de avanço tumoral, enquanto que as expressão das proteínas MYL6, MYL6B, e ACTN2, aparecem pela primeira vez como tendo relação com a mobilidade celular, invasão e metástase em câncer.
  • IAN BARROSO DOS SANTOS
  • ANÁLISE DE EXPRESSÃO DE miRNAs EM CARCINOMA HEPATOCELULAR
  • Data: 11/02/2014
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  • O carcinoma hepatocelular corresponde à neoplasia maligna primária mais comum do fígado e ao quinto tumor sólido mais frequente no mundo. Altamente letal, permanece como um grave problema de saúde pública em virtude das dificuldades no diagnóstico precoce e na elaboração de medidas terapêuticas efetivas. Estudos recentes no ramo da biologia molecular sugerem que definir o perfil de miRNAs no carcinoma hepatocelular poderá influir consideravelmente na identificação de oncogenes ou genes supressores. Objetivou-se avaliar a expressão de miRNA 135b, miRNA 181a-5p e miRNA 181a-3p em amostras de Carcinoma Hepatocelular e de Hepatite C Crônica e correlacioná-las de maneira a buscar prováveis biomarcadores. A investigação foi feita em seis pacientes com carcinoma hepatocelular e vinte e quatro casos de Hepatite C Crônica, procedentes do Pará, Norte do Brasil, Amazônia Oriental, da cidade de Belém ou de outros municípios do Estado, atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto e Santa Casa de Misericórdia do Pará. Todas as amostras de Carcinoma Hepatocelular foram submetidas à microdissecção, para posterior extração do RNA. Para a extração do RNA total e do microRNA foi utilizado o kit AllPrep DNA/RNA FFPE Kit (Qiagen), quantificados pelo equipamento Qubit® 2.0 Fluorometer (Invitrogen) para concentração padrão final de 5ng/μL. Em seguida cDNA foi obtido, utilizando-se TaqMan® MicroRNA Reverse Transcription (Applied Biosystems). As análises estatísticas foram realizadas nos softwares SPSS 17.0, usando o teste de Mann- Whitney, considerando como significantes valores de p<0,05. Os resultados demonstraram diferenças significativas dos níveis de expressão do miR181a-3p e do miR181a-5p no carcinoma hepatocelular (médias 3,94 e 17,9, respectivamente) em relação à hepatite C crônica (médias de 1,18 e 1,8, respectivamente) com P valor de 0,005 e 0,003. Nesse estudo, observou-se que os miRNAs 181a-3p e 181a-5p, especialmente a isso-forma 5p, foram significativamente mais expressos nas amostras de carcinoma hepatocelular, quando comparados ao tecido hepático não tumoral com hepatite C crônica. Portanto, os microRNAs possuem características interessantes que os favorecem como possíveis marcadores biológicos no rastreamento de tumores para diagnóstico precoce e terapias alvo selecionadas.
  • WILLIAMS FERNANDES BARRA
  • POLIMORFISMO DO GENE DPYD ASSOCIADO À TOXICIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS TRATADOS COM FLUORPIRIMIDINAS
  • Data: 24/01/2014
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  • As fluorpirimidinas são as drogas mais utilizadas no tratamento do câncer. A deficiência na atividade da enzima dihidropirimidina desidrogenase (DPD) é relacionada à toxicidade grave e morte no tratamento com 5-fluoruracil (5-FU), principal fluorpirimidina. Há diferenças regionais na tolerância ao 5-FU, em parte decorrentes de polimorfismos no gene DPYD entre as diversas populações mundiais. Não há dados sobre toxicidade ao 5-FU em pacientes com câncer no Norte do Brasil, nem dados avaliando polimorfismos do DPYD e toxicidade ao 5-FU em populações miscigenadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade em pacientes oncológicos tratados com fluorpirimidinas e investigar sua relação com a presença de dois polimorfismos do DPYD (DPYD*2 e DPYD*5) em população miscigenada controlada pela ancestralidade genômica. Trata-se de estudo transversal, em que foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, com diagnóstico de câncer e tratados com fluorpirimidinas em três serviços de referência em oncologia na cidade Belém do Pará. Dados clínicos e epidemiológicos foram recuperados de prontuários. O DNA foi extraído de sangue total e as análises dos polimorfismos utilizaram o sistema TaqMan. Um painel de 48 marcadores informativos de ancestralidade serviu como método de controle genômico. O programa Structure v.22 foi utilizado para estimar a proporção individual e global de ancestralidade. O programa SPSS 14.0 fo empregado nas análises de regressões logísticas. Foram incluídos 151 pacientes tratados com fluorpirimidinas. A idade média foi de 55,3 anos (18 a 86) e os homens foram 52,7% da casuística. O câncer de cólon e reto (44,7%) foi o sítio primário mais comum seguido do câncer gástrico (39,9%). O 5-FU foi utilizado em monoterapia em 45% dos casos e número médio de ciclos foi de 5,98 (1 a 24). As ancestralidades médias foram 62,4% europeia; 25,2% nativo americana e 12,4% africana. Entre os 113 com informação disponível, 80 pacientes (70,8%) apresentaram algum grau de toxicidade (grau 1 a 4), enquanto apenas 18 (15,9%) apresentaram toxicidade grave (grau 3 e 4). Houve um óbito relacionado à toxicidade ao 5-FU. A homozigose para o polimorfismo DPYD*5 foi relacionado ao aumento de 8 vezes na ocorrência de toxicidade grave (p=0,037). Não foi encontrado nenhum alelo do polimorfismo DPYD*2. Houve correlação significativa entre a ocorrência de qualquer toxicidade e a ancestralidade africana (p=0,035). Embora sem significância estatística, a ancestralidade média africana foi superior no grupo com toxicidade grave (p=0,185) e a nativo americana mostrou tendência à proteção sendo superior no grupo sem toxicidade grave (p=0,059). Os dados reforçam a importância das variações do DPYD na tolerância às fluorpirimidinas e sugerem o controle de ancestralidade como importante para personalizar o tratamento quimioterápico em populações miscigenadas.
  • MEIB NASCIMENTO MARQUES
  • Câncer gastrointestinal: Dificuldades para o acesso ao diagnóstico e ao tratamento
  • Data: 24/01/2014
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  • Atualmente, as estimativas apontam a ocorrência de 10 milhões de casos novos de câncer anualmente, sendo a metade nos países em desenvolvimento. No Brasil, devido a diferenças regionais, a distribuição dos casos é muito heterogênea. O câncer gastrointestinal está entre os 10 mais incidentes do país. Sua e expectativa e qualidade de vida aumentam muito quando o diagnóstico é precoce e o tratamento imediato. Porém, tem-se observado um longo período de tempo, perdido pelos pacientes, entre a descoberta do tumor e o início do tratamento. Conhecer as dificuldades e situações, vivenciadas pelos doentes atendidos no Hospital João de Barros Barreto, que contribuem para retardar esse processo é o que se pretende com esse estudo para proposição de medias alvo específicas que melhorem o fluxo de atendimento nos serviços de saúde.
  • PEDRO ANTONIO MUFARREJ HAGE
  • EXPRESSÃO DOS GENES TFF1 E TFF2 EM ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
  • Data: 24/01/2014
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  • O câncer gástrico permanece como grave problema de saúde pública, com elevada morbidade e mortalidade. Os diagnósticos ocorrem, na maioria dos casos, em estágios avançados da doença, situação na qual as opções terapêuticas disponíveis apresentam reduzida eficácia. Não obstante o avanço do conhecimento a respeito da carcinogênese do adenocarcinoma gástrico, em especial sobre mecanismos genéticos e epigenéticos envolvidos, a aplicabilitadade clínica destes conhecimentos permanece limitada. Objetivando identificar potenciais biomarcadores no câncer gástricos, foi realizado estudo utilizando microarray, comparando-se expressões gênicas em adenocarcinomas gástricos e amostras pareadas de mucosa gástrica não neoplásica. Os resultados preliminares demonstraram diferenças significativas de expressão em 53 genes. Dentre estes, foram selecionados os genes TFF1 e TFF2 para validação da expressão por PCR em tempo real em 78 amostras adicionais. As expressões de TFF1 e TFF2 foram significativamente reduzidas em amostras de adenocarcinoma gástrico, quando comparas aos tecidos pareados não neoplásicos (p<0,05). Adicionalmente, a expressão do gene TFF2 foi significantemente mais reduzida no tipo intestinal do que no tipo difuso. A expressão dos dois genes apresentou uma forte correlação, o padrão de expressão semelhante sugere que TFF1 e TFF2 podem partilhar elementos reguladores comuns. Essa hipótese é intensificada devido a pequena distancia física entre eles. Os resultados sugerem fortemente a participação de TFF1 e TFF2 na carcinogenese gástrica e demonstram um potencial para utilização clínica dos referidos genes como biomarcadores e eventuais alvos terapêuticos no adenocarcinoma gástrico.
  • FLÁVIO NAPOLEÃO BUARQUE BARBOSA FERRO COSTA
  • AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO TÉCNICO DO REFORÇO NA REGIÃO PARAMETRIAL, COMO COMPLEMENTAÇÃO A TELETERAPIA, NO TRATAMENTO DO CARCINOMA DO COLO UTERINO
  • Data: 23/01/2014
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  • O tratamento padrão para o carcinoma do colo uterino estadiamento IIB ou maior consiste na realização de teleterapia pélvica associada a quimioterapia e posterior braquiterapia. Recomenda-se também realizar um reforço de dose nas regiões parametriais objetivando compensar a baixa dose recebida na braquiterapia. No entanto, a forma e a dose a serem empregadas ainda não foram bem estabelecidas, sendo mais comum a utilização de uma proteção central fixa, com ao menos 4 cm largura. Com a popularização da técnica conformada 3D ou técnicas mais modernas, como o VMAT (“Volumetric Modulated Arc Therapy”), a utilização da proteção central fixa gerou questionamentos quanto sua efetiva proteção aos órgãos de risco e sua influência na cobertura de dose aos alvos do tratamento. Cinquenta tomografias de pacientes portadoras de câncer do colo uterino tiveram seus alvos (“clinical target volume” de alto risco – CTV-AR; “planning target volume” dos paramétrios – PTVp) e seus órgãos de risco (reto / sigmoide, bexiga, fêmur esquerdo e direito e alças intestinais) delineados, sendo em seguida submetidas a 4 planejamentos distintos: convencional (com proteção central fixa), customizado (com uma proteção conformada ao PTVp), sem proteção central (também com técnica conformada 3D, mas sem proteção) e outro com técnica VMAT também sem proteção. Os resultados obtidos foram estratificados e submetidos a análise estatística pareada pelo teste de Anova. Delineamento do CTV-AR teve diâmetro médio de 60,05 mm (80 mm a 40,1 mm) e variação de posicionamento, em relação a linha média, maior que 10º (indo de 40º a direita a 19º a esquerda), em 22 / 50 pacientes. Volumes alvo: PTVp – Dmax e Dmédia semelhantes entre todos; V54 de 88% e D95 de 5106 cGy para o grupo padrão e os outros grupos foram semelhantes e satisfatórios. CTV-AR – Dmáx semelhantes entre todos; V54, D95 e Dmédia semelhantes e satisfatórias entre o grupo sem proteção e VMAT; grupo padrão com V54 de 15%, D95 de 4587 cGy, Dmédia de 4878 cGy e grupo customizado V54 de 36%, D95 de 4791 cGy, Dmédia de 5203 cGy. Os órgãos de risco: o intestino delgado sem diferenças estatisticamente significantes e Dmax de 5600 cGy; ambos os fêmures ficaram dentro dos limites de tolerância estabelecidos; para o reto / sigmóide e bexiga, o grupo Convencional foi eficiente em reduzir as doses ofertadas, porém os melhores resultados foram os do grupo VMAT. O grupo sem proteção, com V54 de 53% e 64% para o reto / sigmóide e bexiga, foi o único a ultrapassar os limites do QUANTEC (Análise Quantitativa do Efeito Tóxico no Tecido Normal na Clínica). O grupo VMAT apresentou os melhores resultados com uma boa cobertura do CTV-AR e PTVp e as menores doses nos órgãos de risco. O tratamento convencional reduziu a dose nos órgãos de risco, mas foi ineficiente no tratamento aos alvos propostos devendo ser substituído por um tratamento mais customizado à anatomia da paciente.
  • ADENARD FRANCISCO CLEOPHAS CUNHA
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DA MOLÉCULA AUY 922 NA CARCINOMATOSE PERITONIAL SECUNDÁRIA AO ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
  • Data: 23/01/2014
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  • O câncer é um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo responsável por mais de seis milhões de óbitos a cada ano, representando cerca de 12% de todas as causas de morte no mundo. Embora as maiores taxas de incidência de câncer sejam encontradas em países desenvolvidos, dos dez milhões de casos novos anuais de câncer, cinco milhões e meio são diagnosticados nos países em desenvolvimento. Por sua vez, o câncer gástrico apresenta-se como o quarto mais frequente tumor maligno no mundo, observando-se a maior parte dos casos em países em desenvolvimento, onde está incluído o Brasil. No estado do Pará, devido à alta incidência, essa neoplasia representa um grave problema de saúde pública, e a capital, Belém, já se apresentou na décima primeira posição em relação ao número de pacientes com câncer gástrico por habitante em todas as cidades do mundo com registro desse tipo de tumor. No passado, a carcinomatose peritonial (CP) do câncer gástrico era considerada como um estágio terminal e a maioria dos oncologistas a considerava como uma condição para apenas ser paliada. Assim, surgiram diversas modalidades na tentativa de mudar esse cenário, garantindo ao paciente uma maior sobrevida quando a doença já se encontrasse na condição avançada e com a concomitância de carcinomatose peritonial. Várias publicações dão apontam para uma taxa de resposta de 50% dos pacientes com estágio IV, mas a taxa de resposta foi muito pequena em pacientes com carcinomatose peritonial (CP). Além disso, a maioria dos autores concorda que CP foi a mais comum indicação de falência de quimioterapia (QT) intensiva. Consequentemente, apenas cirurgia ou QT sozinha não é um adequado manejo para câncer gástrico com CP. Passadas duas décadas, a chamada multimodal cirurgia citorredutora (CRS) associada à quimioterapia perioperatória foi proposta (POC). POC inclui quimioterapia neo-adjuvante (NAC), quimioterapia intraperitonial hepertérmica (HIPEC) e ou quimioterapia pós-operatória precoce (EPIC), a qual dá vantagem à cirurgia em reduzir o tumor visível e POC para erradicar micro-metástases peritoniais e céls tumorais livres. Análise de sobrevida após o CRS associada à HIPEC mostrou que a citorredução completa está associada com aumento da sobrevivência. Quimioterapia neo-adjuvante é proposta para reduzir o peso do tumor antes da cirurgia, resultando em aumento da incidência de citorredução completa. Recentemente, porém, através de estudo de proteômica, foram identificadas determinadas vias de sinalização para a carcinomatose peritoneal no câncer gástrico. O objetivo desse estudo é avaliar o efeito da molécula AUY 922 sobre a linhagem celular adenocarcinoma gástrico paraense 1 (AG P01 ou ascite gástrica paraense 1), a partir do bloqueio de uma via específica de sinalização da carcinomatose peritoneal, a via chaperona.
  • ALAYDE VIEIRA WANDERLEY
  • IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES GENÉTICOS E ANCESTRALIDADE GENÔMICA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE LEUCEMIA LINFOÍDE AGUDA EM UMA REGIÃO DA AMAZÔNIA
  • Data: 22/01/2014
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  • A leucemia linfoide aguda (LLA) é o câncer pediátrico mais frequente dentre as neoplasias infantis. Apresenta índice de cura de 70 a 90% nos centros de referência oncológicos nos países desenvolvidos e 55 a 60% na maioria regiões brasileiras. O diagnóstico é feito através de realização de mielograma, estudo imunológico das células blásticas (imunofenotipagem) e caracterização molecular das leucemias. Seu tratamento é baseado em protocolo de poliquimioterapia padronizado e consagrado mundialmente. Diferentemente das demais regiões do país a população pediátrica amazônica apresenta peculiaridade de miscigenação e taxas de cura muito baixa, cerca de 34%, com relatos de toxicidade frequentes e falha terapêutica. Não existe estudo molecular destes pacientes rotineiramente para traçar a terapêutica mais adequada. O objetico deste estudo é identificar polimorfismos genéticos de metabolismo nos genes MTHFR e CYP3A5 e marcadores de ancestralidade genômica em pacientes pediátricos portadores de Leucemia Linfóide Aguda atendidos em serviço de referência de oncologia pediátrica do estado do Pará, averiguando a correlação clínica patológica e resposta terapêutica com os achados genéticos encontrados. Será feito um estudo observacional, descritivo, transversal, cuja população são crianças de 0 a 15 anos completos atendidas no Hospital Ophir Loyola no setor de oncologia pediátrica no período de janeiro de 2006 a julho de 2012. Estima-se obter 100 dados amostrais os quais serão submetidos a revisão de prontuário médico e análise de lâmina de mielograma ao diagnóstico da doença, para extração de DNA e técnica de PCR multiplex para análise de ancestralidade genômica. Os dados obtidos comporão um banco de dados organizados utilizando-se o programa SPSS 14.0 (SPSS Ins. Chicago, IL, USA) empregando a regressão logística onde as variáveis independentes serão ordenadas e suas frequências e distribuições obtidas, para posterior análise e apresentação sob a forma de textos e tabelas. Para avaliação da significância estatística testes estatísticos serão aplicados considerado o valor p< 0,05 e IC= 95%.
  • CHRISTIANO RICARDO LIMA VIEGAS FREIRE MENDES DOS R P MARTINS
  • INVESTIGAÇÃO DE CÉLULAS PROGENITORAS EM LINHAGENS DE ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
  • Data: 22/01/2014
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  • Evidências consistentes in vitro e in vivo sugerem que tumores sólidos, entre eles o câncer gástrico, contenham uma população celular distinta e fenotipicamente particular: as Células-Tronco Tumorais (CSCs), as quais seriam as regentes do crescimento, manutenção e disseminação (metástase) tumoral, incluindo a carcinomatose peritoneal. Seriam responsáveis, ainda, por quimiorresistência, e, por extensão, pela recidiva neoplásica. Objetivaram-se, neste trabalho, isolar e caracterizar populações de CSCs em duas linhagens celulares de adenocarcinoma gástrico: ACP01 e AGP01 (linhagem com alto potencial de metástase peritoneal), através de citometria de fluxo, do perfil de expressão gênica e análise proteômica. A análise por citometria de fluxo, demonstrou expressão de marcadores tipicamente de CSCs em AGP01: CD24/CD133-1 em 86,87% das células; CD44, em 76,69%; e CD133-2, em 79,39%. ACP01 mostrou perfil mais comprometido com a diferenciação epitelial (CD24/CD133-1, 67,45%; CD44, 66,48%; e CD133-2, 68,48%). Em AGP01, mostraram-se ativadas as vias de sinalização hedgehog, Notch e Wnt, padrão de expressão gênica compatível com populações de CSCs. Conclui-se que a linhagem celular AGP01, exibe um fenótipo mais indiferenciado, com características estaminais e, eventualmente, de maior agressividade quando comparada a ACP01.
  • SANDRO ROBERTO DE ARAÚJO CAVALLÉRO
  • PERFIL MUTACIONAL DO GENE APC EM FAMÍLIAS COM POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAL NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 22/01/2014
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  • O câncer colorretal é um grave problema de saúde pública na região norte, sendo a 3a neoplasia mais frequente entre os homens e a 2a entre as mulheres. Cerca de 10% destes tumores são hereditários e a polipose adenomatosa familial está entre as principais causas destes. Mutações no gene APC são responsáveis pelo desenvolvimento de tumores nestes pacientes e estão presentes desde a fase mais precoce na carcinogênese, além disso, existe uma relação entre o tipo de mutação e apresentação clínica da doença. Até o presente momento não existe uma publicação com o perfil de mutação do gene APC na região norte do país. Este trabalho tem como objetivo principal, identificar o perfil de mutações no gene APC em famílias do estado do Pará. Um total de 15 pacientes foi analisado provenientes de cinco famílias, todos atendidos no UNACON do HUJBB. Foi realizado a extração de DNA do sangue periférico e realizado um sequenciamento direto em um membro de cada família, obtendo desta forma um screening molecular e os demais membros da família foram genotipados pela técnica ARMS. A análise estatística foi realizada pelos softwares que acompanham o próprio produto. Neste estudo foram encontrados mutações nos 15 membros estudados (provenientes das 5 famílias), 40% das quais eram do tipo frameshift, 35% silenciadoras e 20% nonsense. Sendo que 60% de todas as mutações ocorreram na região MCR. Entre as três mutações mais frequentes na literatura, neste estudo foram encontradas duas: códon 1309 (em 40% dos indivíduos) e no códon 1061 (em 10% dos indivíduos). Estes números foram bem diferentes dos encontrados na literatura, reforçando o papel da miscigenação  na frequência das mutações. A mutação c.3956delC foi a única encontrada em todas as famílias analisadas, o que pode comportar-se como um forte biomarcador desta síndrome. A avaliação clínica dos pacientes confirmou a correlação genótipo/fenótipo, sendo um fator determinante para o direcionamento clínico e aconselhamento genético. A plataforma confeccionada para análise de mutações pela técnica ARMS será de grande utilidade, já que conseguiu detectar mutações no 15 indivíduos estudados a um custo bem inferior que o sequenciamento direto por PCR.

2013
Descrição
  • ADRIANA RODRIGUES BARRETTO
  • MICOBACTERIOSE NÃO TUBERCULOSA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ: ESPÉCIES MAIS FREQUENTES, APRESENTAÇÃO RADIOLÓGICA E EVOLUÇÃO CLÍNICA
  • Data: 27/12/2013
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  • As micobactérias não tuberculosas (MNT) estão presentes no ambiente, tendo sido isoladas em águas naturais, sistemas de distribuição de água, solo e animais. Caracterizam-se pela presença de ácido micólico na parede celular. Em geral, são adquiridas através de inalação de gotículas de água contendo micobactérias. Podem causar formas variadas de doença como linfadenite, pulmonar, cutânea e disseminada. São patógenos oportunistas, com patogenicidade variável, que requerem defeitos na imunidade local ou sistêmica, congênitos ou adquiridos para causar doenças em humanos. Foram avaliados aspectos epidemiológicos, clinicos e radiológicos de 44 casos de micobacteriose não tuberculosa na forma pul monar no Hospital João de Barros Barreto (HUJBB) através de estudo retrospectivo e foram tratados e acompanhados 21/44 (47,7%) pacientes durante um período de seis a dezessete meses através de estudo do tipo coorte prospectivo. Os dados mostraram um incremento de mais de 100% no número de casos as partir do ano de 2010 em relação aos anos anteriores no HUJBB. As micobactérias mais isoladas foram M. Intracellulare (22,7%) e M. Massiliense (20,5%). As condições mais frequentemente associadas à doença incluíram tratamento prévio para tuberculose (93,2%), bronquiectasias (59%), HIV (11,14%), asma (9,1%) e doença pulmonar obstrutiva crônica (9,1%). Não foram observadas diferenças nos aspectos radiológicos entre as espécies, exceto na análise das radiografias de tórax, onde atelectasias foram mais frequentes nos grupo M. Massiliense do que no grupo de M. Abscessus. A resposta ao tratamento de acordo com a análise das culturas para micobactérias mostrou que em 58,8% dos casos ocorreu negativação, persistência da positividade em 11,7% e positividade após negativação inicial em 11,7%. Durante o período de acompanhamneto, a taxa de óbito foi de 17,7%. Os dados sugerem que a forma pulmonar da micobacteriose não tuberculosa tem se tornado uma doença com importância cada vez maior em nossa região. Adicionalmente, a resposta ao tratamento tem sido bastante satisfatória quando comparada à literatura. Entretanto, é necessário um seguimento desses pacientes por período mais prolongado para estabelecer o real desfecho da nossa abordagem terapêutica.
  • ANA CAROLINA CONTENTE BRAGA DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM DIABETES MELLITUS TIPO 1: DADOS DO PRIMEIRO ESTUDO MULTICÊNTRICO NO BRASIL
  • Data: 31/10/2013
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  • O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é a endocrinopatia mais comum da infância e adolescência e impacta negativamente na qualidade de vida (QV). O EuroQol é um instrumento que afere o estado de saúde e vem sendo utilizado na grande maioria dos estudos multicêntricos mundiais em diabetes e tem se mostrado uma ferramenta extremamente útil e confiável. O objetivo desse estudo é avaliar a QV de pacientes com DM1 do Brasil, país de proporções continentais, por meio da análise do EuroQol. Para isso, realizou-se estudo retrospectivo e transversal, no qual foram analisados questionários de pacientes com DM1, respondidos no período de dezembro de 2008 a dezembro de 2010, em 28 centros de pesquisa de 20 cidades das quatro regiões do país (sudeste, norte/nordeste, sul e centro-oeste). Foram também coletados dados sobre complicações crônicas micro e macrovasculares e perfil lipídico. A avaliação da qualidade de vida pelo EuroQol mostra que a nota média atribuída ao estado geral de saúde é nitidamente menor que a encontrada em dois outros estudos populacionais com DM1 realizados na Europa (EQ-VAS da Alemanha, Holanda e Brasil foram de 82,1 ± 14; 81 ± 15 e 72 ± 22, respectivamente). O EuroQol demonstra que a região Norte-Nordeste apresenta melhor índice na avaliação do estado geral de saúde quando comparada a região Sudeste e menor frequência de ansiedade-depressão autorreferidas, quando comparada às demais regiões do país (Norte-Nordeste = 1,53 ± 0,6, Sudeste = 1,65 ± 0,7, Sul = 1,72 ± 0,7 e Centro-Oeste = 1,67 ± 0,7; p <0,05). Adicionalmente, diversas variáveis conhecidas (idade, duração do DM, prática de atividade física, HbA1c, glicemia de jejum e presença de complicações crônicas se correlacionaram com a QV (r = -0,1, p <0,05; r = -0,1, p <0,05; r = -0,1, p <0,05; r = -0,2, p <0,05; r = -0,1, p <0,05 e r= -0,1, p <0,05, respectivamente). Esse é o primeiro estudo a avaliar a qualidade de vida de pacientes com DM1 a nível populacional no hemisfério sul. Nossos dados indicam uma pior qualidade de vida dos pacientes com DM 1 no Brasil quando comparado a dados de países europeus. Apesar de ter sido encontrado uma inferior duração do DM e menor presença de complicações microvasculares na região Norte/ Nordeste, quando comparada à outras regiões, nossos dados sugerem a existência de elementos adicionais responsáveis pela melhor QV e menor presença de ansiedade/depressão encontradas nesta região. Novos estudos são necessários para identificar esses possíveis fatores.
  • MARIANNE RODRIGUES FERNANDES
  • ASSOCIAÇÃO DO PERFIL DE ACETILAÇÃO LENTA DO GENE NAT2 NA SUSCEPTIBILIDADE AO CÂNCER, NA REGIÃO NORTE DO BRASIL.
  • Data: 10/04/2013
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  • Introdução: O gene N-acetiltransferase 2 (NAT2) é um marcador para o estudo da susceptibilidade interindividual ao desenvolvimento de neoplasias, visto que a enzima NAT2 participa da metabolização de agentes carcinogênicos e os polimorfismos de base única (SNP) do seu gene produzem enzimas com diferentes atividades, levando a acetilação lenta ou rápida de xenobióticos. Material e Métodos: Os cinco polimorfismos de grande importância para a determinação do perfil de metabolização da enzima NAT2 (C282T, T341C, C481T, A803G e G857A) foram investigados por sequenciamento direto de 986 pares de bases, amplificados em duas reações de PCR, no total de 133 pacientes com câncer (63 com Câncer Gástrico e 70 com Câncer de Mama) e 89 indivíduos Controles. Para evitar interpretações espúrias decorrentes do subestruturamento populacional, empregamos um painel de 48 marcadores informativos de ancestralidade (IAM). Resultados: Encontramos diferenças estatísticas para a contribuição parental Africana e Européia, quando comparadas entre os grupos com Câncer e Controles, uma contribuição maior do grupo Africano foi detectada no grupo de estudo com câncer e, no grupo controle, foi detectada uma maior contribuição do grupo Europeu (p<0,001). Os genótipos do polimorfismo C282T dominante (TT + CT) apresentaram associação significativa (p<0,001; OR 3,076; CI 95% 1,664-5,687) para a susceptibilidade as diferentes formas de Câncer investigadas. Foi observada uma associação significante do perfil de acetilação lenta e rápida com a susceptibilidade ao desenvolvimento das neoplasias investigadas (p=0,010; OR 3,054; CI 95% 1,303–7,159) e (p= 0,041; OR 0,527 CI 95% 0,280-0,973) evidenciando que indivíduos com o perfil acetilador lento apresentaram um risco aumentado em até três vezes no desenvolvimento de neoplasias quando comparado com os indivíduos controles. Conclusão: O controle genômico da ancestralidade foi efetivamente importante para a presente investigação possibilitando controlar o efeito da ancestralidade na associação do gene NAT2 para susceptibilidade ao câncer. Neste trabalho foi possivel evidenciar a forte influência do perfil de acetilação lenta do gene NAT2 de xenobióticos na susceptibilidade ao Câncer Gástrico e de Mama.
  • PRISCILLA CRISTINA MOURA VIEIRA
  • INVESTIGAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES XRCC1, MTHFR e EGFR COMO POSSÍVEIS MARCADORES DE SUSCETIBILIDADE AO CÂNCER, NA POPULAÇÃO DE BELÉM-PA
  • Data: 08/04/2013
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  • Câncer é definido como uma doença multifatorial, resultante de interações complexas entre fatores extrínsecos e intrínsecos. Dentre os principais fatores intrínsecos estão as alterações genéticas e/ou epigenéticas, em genes envolvidos no processo carcinogênico. A identificação e caracterização destes genes podem proporcionar uma melhor compreensão das bases moleculares da doença. Dada a importância de alterações nos genes XRCC1, MRHFR e EGFR em diversas vias pro-carcinogenicas, é de fundamental importância investigar os efeitos funcionais de polimorfismos moleculares nesses genes e suas consequências na suscetibilidade ao câncer. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar possíveis associações entre os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) C194T/XRCC1, C677T/MRHFR e R497K/EGFR com o desenvolvimento do câncer gástrico e de mamário, na população de Belém-PA, em um estudo caso-controle. Além disso, o controle genômico da ancestralidade foi realizado, pra evitar resultados e/ou interpretações espúrias decorrentes da subestruturação populacional entre os grupos investigados. A análise molecular dos SNPs foi realizada por TaqMan. As análises estatísticas foram realizadas através do programa PASW v.20 e as relativas a subestruturação populacional pelo programa STRUCTURE v 2.2. Em relação aos polimorfismos Arg194Trp, Ala677Val não foi observada nenhuma associação significativa com a susceptibilidade aos tumores gástrico e mamário (P>0,05). Para ao polimorfismo Arg497Lys, em um primeiro momento (analise univariada), um efeito significativo para a suscetibilidade aos canceres investigados, foi encontrado (P= 0.037). Contudo, após o controle genômico pelas ancestralidades africana e europeia, esse resultado se revelou espúrio (P=0.064). Em relação a ancestralidades, nossos resultados evidenciaram uma forte associação da ancestralidade africana com a suscetibilidade aos canceres gástrico e mamário (P = 0,010; OR = 76.723; CI 95% = 2.805 – 2098.230) em quanto que para indivíduos com uma maior contribuição europeia, um efeito de proteção foi encontrado (P = 0.024; OR = 0.071; CI 95% = 0.007 – 0.703). Em conclusão, os resultados deste estudo apresentam evidencias de que as ancestralidades genômicas africana e europeia são importantes fatores relacionados à susceptibilidade as neoplasias gástrica e mamaria. Em relação ao polimorfismo arg497lys, estudos adicionais serão necessários para confirmar se a associação com a suscetibilidade ao câncer é realmente espúria.
  • MARCIA CRISTINA DE SOUZA NAHÚM
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE HSA-MIR-155 E HSA-MIR-135B EM CARCINOMA INVASIVO TIPO NÃO ESPECIAL DE MAMA
  • Data: 27/02/2013
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  • MicroRNAs são classificados como pequenos RNAs que controlam a expressão gênica ao reprimir a translação ou degradar o RNA mensageiro e têm sido relacionados com a regulação de diferentes processos biológicos e diferentes níveis de expressão. A expressão diferencial destas moléculas têm sido observada em neoplasias humanas, entre elas o carcinoma de mama. A finalidade deste estudo é investigar a expressão diferencial de hsa-miRNAs155 e hsa-miRNAs135b em amostras teciduais de carcinoma mamário invasivo tipo não especial e comparar com indicadores clínico-biológicos estabelecidos e utilizados na prática clínica, como a idade, expressão de receptores hormonais de estrógeno e progesterona, grau histológico, índice de proliferação celular, proteína p53 e produto do oncogene HER2 e o status linfonodal axilar. Foram coletadas 25 amostras teciduais de pacientes com carcinoma mamário invasivo tipo não especial do Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Saúde da Mulher, Belém (PA). A extração da molécula de microRNA foi realizada a partir de material fixado em formol e emblocado em parafina. Os miRNAs de cada amostra foram extraídos usando o Allprep, Quiagen Kit (Quiagen), quantificados usando o fluorômetro Qubit® 2.0 (Invitrogen) e diluídos a uma concentração final de 4 ng/µL. Em seguida cDNA foi obtido usando o TaqMan® MicroRNA Reverse Transcription Kit e a reação de PCR em Tempo Real foi feita utilizando TaqMan® MicroRNA Assays em um ABI Prism 7500 (Applied Biosystems). As análises estatísticas foram realizadas nos softwares SPSS e BioEstat, usando o teste de Kolmogorov Smirnov e o t-Student Test considerando como significantes valores de p<0,05. Resultados monstraram hiperexpressão significativa de hsamiRNA 155 e hsa-miRNA 135b, quando comparado aos dados de tecidos normais e carcinoma mamário invasivo de bancos de dados públicos. Foi observado significância estatística na hiperexpressão do hsa-miRNA 155 com o status linfonodal axilar negativo.
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