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JESSE ANDRADE SANTA BRIGIDA
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ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS E RELAÇÕES DE PODER NA IMPRENSA EM VIGIA, PARÁ, NO SÉCULO XIX: O Liberal da Vigia, O Espelho e Cidade da Vigia.
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Data: 01/11/2023
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Esta pesquisa tem o objetivo de entender as memórias midiatizadas a respeito do pertencimento à região amazônica colocadas em circulação pelos periódicos das cidades de Vigia e Santarém no século XIX. O estudo é pertinente porque o século XIX se constitui como um importante momento de consolidação do espaço da região amazônica, no qual também os jornais materializavam uma variedade de temáticas que convergiam para o entendimento da localidade e o pertencimento a ela, bem como ao Estado brasileiro que estava no centro de efervescente debate sobre a identidade nacional. As cidades de Vigia e Santarém foram escolhidas por estarem entre os primeiros municípios do interior do Pará a terem jornais impressos circulando, de modo que ao longo do século XIX foram importantes produtores da mídia impressa. Como objetos empíricos, selecionamos seis jornais, sendo três da cidade de Vigia e três de Santarém, os quais somam 29 edições. Como corpus geral tem-se: a) de Vigia, nove edições de Liberal da Vigia (1877-?), uma edição de O Espelho (1878) e duas edições de A Cidade da Vigia (1890-1896); b) da cidade de Santarém, são 15 edições do Baixo-Amazonas (1872-1896), uma edição de A Juventude (1881) e uma edição de A Conciliação (1889-1890). Os dados sobre os jornais foram coletados seguindo ficha de análise elaborada no grupo de pesquisa a partir do protocolo da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (ALCAR). A finalidade foi coletar dados como nome do jornal; localidade a que pertence; configuração gráfica; comercialização; nome da equipe do periódico; textos que expressassem elogios ou críticas à região; eventos relevantes da localidade; entre outros. A partir desses dados, foi realizada uma segunda etapa do estudo, constituída de uma pesquisa por palavras-chave com o nome dos periódicos e dos proprietários e/ou editores, utilizando o buscador da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional em relação a jornais de Belém, a fim de compor a contextualização dos periódicos e a observação de uma memória midiatizada a respeito dos próprios jornais. Ao longo deste Relatório, discute-se o enlace entre memória, comunicação, história e midiatização dos meios de comunicação, articulando as posturas teórico-metodológicas de Jacques Le Goff (2013), Maurice Halbwachs (1990), Jan Assman (2008), Marialva Barbosa (1995, 2009), Eliseo Verón (2014) e Antônio Fausto Neto (2018), entre outros. Propõe-se denominar memória midiatizada o fragmento da memória coletiva própria aos meios de comunicação, com engendramentos próprios do fazer jornalístico e dos processos de midiatização. Os próximos passos da pesquisa envolvem a continuidade do levantamento de dados de contexto a respeito das cidades e dos jornais pesquisados, cruzando documentos e bibliografias pertinentes à construção da pesquisa, e o levantamento, descrição e análise dos dados a respeito da memória midiatizada de pertencimento presentes nos jornais.
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ELIAS SANTOS SEREJO
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COMUNICAÇÃO, NEOCONSERVADORISMO E RECONHECIMENTO: tensões, contradições e disputas acerca das noções de família no Brasil em ambientes de visibilidade ampliada
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Data: 29/09/2023
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O contexto político brasileiro contemporâneo é marcado pela polarização entre grupos que tensionam a agenda pública de debates tematizando a discussão a partir da disputa de sentidos acerca de categorias sociais cujos sentidos foram desestabilizados graças ao avanço das lutas sociais por reconhecimento. Entendendo a esfera pública como o espaço de discussão e circulação de argumentos com vistas a enriquecer o processo democrático por meio da deliberação, nosso projeto de tese busca compreender como as noções de família pautam o debate político contemporâneo a partir das tensões oriundas da atuação de movimentos sociais, assim como seus ativismo, da política institucional e dos sentidos acerca da categoria família nos media. Especificamente queremos: identificar quais sentidos/noções sobre família emergem em diferentes contextos comunicacionais; investigar quais argumentos sobre família emergem em diferentes contextos comunicacionais a partir da tensão ocasionada pelas relações entre pessoas LGBTQIA+; identificar quais marcos contemporâneos são determinantes para o debate sobre famílias na agenda política; entender qual noção de política ou de democracia que subjaz os discursos sobre famílias e quais elementos/características/aspectos da entidade familiar estão em disputa; compreender como os movimentos sociais de espectros políticos distintos (conservadores e progressistas) constroem suas agendas políticas acerca da categoria família. Para isso, desenvolveremos uma análise qualitativa de conteúdo discursivo em materialidades advindas de três dimensões comunicativas: (1) a luta política discursiva (movimentos sociais/grupos/ativistas); (2) dimensão da visibilidade midiática (sites de jornais de circulação nacional). Para responder nossas questões, desenvolvemos uma Análise de Conteúdo, a partir de Bardin, com suporte tecnológico do software Iramuteq, que nos auxiliou na sistematização do corpus textual. Para cada dimensão estabelecemos categorias elaboradas a partir da Classificação Hierárquica Descendente (CHD) oriunda do Método de Reinert, produzido pelo software. A categorização nos permitiu compreender os argumentos sobre famílias disponibilizados nos ambientes de visibilidade ampliada, sites de instituições e portais de notícias, assim como as noções de democracia que atuam como pano de fundo para determinada forma de produzir sentidos sobre a entidade familiar. Se de um lado atores e grupos progressistas inserem na esfera pública noções ampliadas de família, considerando o espectro da diversidade que inclui famílias homotransafetivas, do outro atores e grupos conservadores militam na tentativa de defender a família nuclear como único modelo válido e para isso mobilizam pânicos morais e atuação política institucional.
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JENNIFER TAINA NAUAR PANTOJA
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O DIA DE FINADOS EM ABAETETUBA – PA: MANIFESTAÇÕESCOMUNICACIONAIS DO RITUAL PARA ALÉM DO INDIVÍDUO MORTO
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Orientador : MARINA RAMOS NEVES DE CASTRO
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Data: 21/09/2023
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A presente pesquisa tem como objetivo compreender as manifestações simbólicas da morte no Dia de Finados no município de Abaetetuba, interior do Pará, a partir dos elementos culturais, sociais e comunicacionais que compõem o ritual anual do feriado nacional de 2 de novembro que, para muitos, torna-se celebração. A partir da pesquisa qualitativa, com uso da etnografia, observação participante e entrevistas em profundidade com o universo populacional da cidade que participa do evento, a pesquisa busca compreender os significados culturais atualizados em vários elementos que fazem parte da festividade. Através de um diálogo com outras manifestações do luto no mundo ocidental, especialmente no Dia de Finados a partir de estudos já realizados por outros pesquisadores em alguns municípios da região amazônica, se fará necessário entender os vários fatores que originam a construção dos acontecimentos que circundam a morte, momento associado por muitos à dor e à tristeza, como um rito de celebração com elementos que a ressignificam, tornando-a uma verdadeira festividade
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SILVANA MARIA DIAS DO NASCIMENTO
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A PRESENÇA DA COMUNICAÇÃO NA INTERSUBJETIVIDADE DA ETNIA TEMBÉ-TENETEHARA SOBRE OS NÃO HUMANOS
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Orientador : FABIO FONSECA DE CASTRO
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Data: 11/09/2023
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The Tembé-Tentehara ethnic group is located, for the most part, in TIARG (Alto Rio Guamá indigenous land), located in the northeast of Pará, between the right bank of the Guamá river and the left bank of the Gurupi river, an area between the limits of the State of Pará with Maranhão, in the municipalities of Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá and Paragominas, in the middle of the Brazilian Amazon. In this dissertation seeks to understand the intersubjective interactional phenomenon about the non-human contained in the relationships of the Tembé-Tenetehara individual in their socio-ethnic daily life. To elucidate this objective, the research was divided into four other specific objectives, which are: analyzing the narratives of the emergence of the ethnicity and its relationship with the natural environment; report the view of singers from the Tembé ethnic group regarding socio-environmental issues in their daily lives; know the relationships imprinted on the intersubjectivity present in daily life Tembé-Tenetehara of TIARG; and analyze the actions perceived by the world of life of this non-human population crossed by the concept of decoloniality. To achieve the proposed objective, we will use the anthological approach and ethnography approach. Keywords:
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WANESSA ALEXANDRINO VIANA
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MÍDIA E INTERAÇÃO NA AMAZÔNIA RIBEIRINHA: a energia elétrica e processos comunicacionais entre moradores da ilha Araraim, Limoeiro do Ajurú/PA
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Data: 31/08/2023
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Esta pesquisa aborda os processos comunicacionais a partir da chegada da energia elétrica para moradores da Amazônia paraense ribeirinha da comunidade da ilha Araraim, pertencente ao município de Limoeiro do Ajurú, Baixo Tocantins – Pa. Uma localidade cercada por rios e matas, cujo único meio de acesso é o fluvial, e que vive um crescente processo de apropriação de tecnologias como o celular e a internet, que chegaram por volta de 2013, para depois a energia elétrica disponível por 24h, que chegou a partir de 2019. Este é um estudo descritivo e exploratório, segundo as perspectivas de Jiani Bonin, e é de natureza qualitativa, conforme definições de Robert K. Yin e Uwe Flick. E como objetivo geral busca observar de que forma os processos comunicacionais e as interações entre moradores da Amazônia paraense ribeirinha estão acontecendo a partir da chegada da energia elétrica, e mostrar essa relação pela perspectiva do celular e do acesso à internet. Na busca do objetivo proposto, foram usadas técnicas de observação e entrevista semiestruturada, com base em Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos, e para análise das informações levantadas, foi usada a interpretação, de acordo com a proposta de Robert K. Yin e o método comparativo pela perspectiva de Odília Fachin. Neste estudo foram analisadas duas famílias da localidade, família Igarapé e família Açaí, que se destacaram como representativas de dois lados de um cenário que se inscreve em uma realidade diversa. Nele é apresentado a constituição dessas famílias e a relação delas com as mídias como rádio, televisão, celular com internet, a partir da realidade recente da energia elétrica disponível por 24h. A pesquisa mostra que a comunicação é um processo que promove interações e que possui uma relação direta com modos de vida, meios sociais e individualidades. Da necessidade de observar esse ambiente comunicacional, foi preciso primeiramente abordar a localização geográfica e o contexto Amazônico no qual a localidade está inserida para assim, ao chegar na localidade compreender o cenário social, econômico e cultural para depois entrar no cenário comunicacional. Nessa perspectiva e fazendo uma relação da cultura e o meio social com o comunicacional, o trabalho se apoia teoricamente nas reflexões sobre interação e processos comunicacionais, tendo como base as reflexões de Luiz Braga e John B. Thompson; e busca nos conceitos de mediações de Jesus Martín-Barbero traçar uma reflexão sobre o cenário que se inscreve relacionando também com o processo de midiatização, neste caso, ancorada na perspectiva de Luiz Braga e Stig Hjarvard.
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ROBERTA DA SILVA LEAL MAGALHÃES
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NARRATIVAS ORAIS, COLONIALIDADE E DECOLONIALIDADE NOS EPISÓDIOS DO PODCAST "CONTO RIBEIRINHO
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Orientador : ROSANE MARIA ALBINO STEINBRENNER
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Data: 29/08/2023
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La narración oral es un poderoso objeto comunicativo encargado de transmitir y mantener conocimientos basados en formas de ser, pensar, estar, ver, sentir y existir en el mundo. Es a través de la oralidad en las producciones narrativas que muchas comunidades y pueblos tradicionales de la Amazonía, amenazados por los efectos de la universalidad subjetiva y cultural impuesta por la modernidad y la colonialidad, resisten el borrado de generación en generación. En una sociedad atravesada por la tecnología en las diversas prácticas comunicativas, las narrativas orales de los miembros de las poblaciones tradicionales del interior de Pará, recogidas a principios de la década de 1990 por el proyecto “Imaginario en formas narrativas orales en la Amazonía de Pará” (IFNOPAP/ UFPA), fueron retomadas y reeditadas en formato podcast por la productora cultural Na Cuia, en 2020, provocando que estas narrativas ocupen un nuevo espacio, esta vez en los medios, de reafirmación de saberes y modos de vida de estos pueblos, resignificados en nuestro entendimiento. , por la perspectiva decolonial. En ese sentido, el corpus de este trabajo son las narrativas presentadas en una serie de tres podcasts titulados “Conto Ribeirinho”, transmitidos en plataformas agregadoras (Cashbox, Google Podcast) en Youtube y en Rádio Web UFPA. Así, esta investigación propone reflexionar sobre las narrativas orales como una manifestación decolonial a partir de la (re)emergencia mediática de saberes, creencias y modos de vida de grupos locales históricamente subalternizados, que puede entenderse como una estrategia de reafirmación ontológica de los pueblos tradicionales amazónicos. . Se utilizan autores que fundamentan el recorrido teórico y metodológico de la investigación, anclado centralmente en el Análisis Pragmático de la Narrativa, de Luiz Gonzaga Motta, pasando también por la noción relacional de comunicación en Vera França, el giro decolonial y la Amazonía, sustentada por autores como Edna Castro, Paes Loureiro, Quijano y Maldonado-Torres, entre otros.
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FLÁVIA ANDREA SEPEDA RIBEIRO
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MARCHA VIRTUAL DAS MULHERES NEGRAS AMAZÔNIDAS: dimensões interseccionais na comunicação ativista em tempos de pandemia.
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Data: 11/07/2023
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Invisible in the official historiography, black women have been developing strategies to show that the unique history (ADICHIE, 2019) is a history written by white hands (NASCIMENTO, 2021) and also a history that has coloniality (QUIJANO, 2005) as a background. bottom. In this same flow, the Amazon has been subordinated (LOUREIRO, 2019) and stereotyped in the face of the national social imaginary. From this context, the research analyzes the Virtual March of Black Women, which was held on July 25, 2020, the first year of the Covid-19 pandemic. The event, which lasted about four hours, was mobilized, publicized and carried out through digital networks, bringing together black women activists from eight of the nine states of the Legal Amazon. Intersectionality (BILGE; COLLINS, 2021) is triggered throughout the entire investigative path and will be our lens to understand, among other questions, how intersectionalities cross and are mobilized in the digital activism of black women in the Amazon from their march virtual. What are the repercussions of this process in the political struggle of Amazonian black women? In the theoretical contribution, we mainly bring black feminist thought, as it exemplifies the decoloniality of knowledge and because it is an action tool adopted by black Amazonian women. The methodological procedures that guide us are Intersectional Roulette (CARRERA, 2021), which provides qualitative analyzes that cover subjects, objects and communication processes, by bringing intersectionality to the field of Communication, and Writing (EVARISTO, 2020) that allows our insertion in research, activating memory and oral and written languages to tell a story that cannot be made invisible. Through the input and methodologies used, we understand that black Amazonian women share and politicize a regional identity; that are guided by black feminist thought, that is, they value community and religious leadership knowledge and that the march triggers several intersectional dimensions not only in the activists' speeches, but even in the proposal and realization of the on-line event. We present this research as part of the strategy of black Amazonian women to mark themselves as protagonists and subjects of their stories.
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MARIANA GUIMARAES CAMPOS RIBEIRO
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MOBILIZAÇÃO SOCIAL A PARTIR DE UM RIO URBANO DA AMAZÔNIA: o processo comunicativo do Movimento Tucunduba Pró Lago Verde em Belém-PA
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Data: 22/06/2023
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At Belém do Pará, in a territorial context of modernization that distances us from the cycles of Nature and living spaces, the struggle for the right to the city has been intensifying since the 1970s. the Tucunduba Pro Lago Verde Movement, made up of a group of residents of the Terra Firme neighborhood, who have a history of fighting for territory. In the same year of its emergence, a left-wing government came to power in Belém and the movement saw a political opportunity to boost its mobilization for the guarantee of socio-environmental rights with the creation of Tá Selado, the Permanent Forum of Citizen Participation. The objective of this research is to understand how the communicative mobilization processes of the Tucunduba Pró Lago Verde Movement (MTPLV) contribute to the advancement of socio-environmental guidelines in Belém-PA. Social mobilization is taken here as a communicational phenomenon, being understood as a place of encounter and dialogue that makes possible the relationship of different experiences and worldviews, being able to guide the action of the subjects, by tensioning and rebelling against the hegemonic powers in the scope from the city. This research was carried out based on the participatory research methodology (PERUZZO, 2003), inspired by urban ethnography (RODRIGUES, 2006; VELHO, 2003). In the end, it was concluded that the MTPLV has not only been one of the most prominent social actors in the environmentalization of the right to the city agenda in Belém, but has also been reimagining this territory, against the dominant logic of its occupation and expansion.
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FABIO AUGUSTO SILVA BASTOS
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A marca Instituto Evandro Chagas e a Amazônia enquanto território produtor de ciência
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Data: 21/06/2023
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This study analyzes the brand discourse of the Instituto Evandro Chagas (IEC) considered one of the most important research institutions in the North region founded in 1936, to understand how this discourse presents the Amazon region as a territory that produces science. Four institutional disclosure documents of the IEC from 1990 to 2021 and semi-structured interviews with researchers from the institution were used as research corpus, in addition to documents referring to the history of the Institute. This is an exploratory qualitative research, as a methodology for brand analysis, it uses a multiperspective approach (BONIN, 2008) with brand concepts and project/manifestations model proposed by Semprini (2010) together with the theory of social discourses, media discourse analysis, and reading contract of Verón (1983; 1986; 1987; 2004). As a theoretical view to observe the investments in the brand's meaning, the concept of the Amazon Brand (AMARAL, 2011, 2015, 2016) is used with other authors who analyze the Amazon region, its history, imagery, and symbolic constructions (COSTA, 2017; DUTRA, 2003; GONDIM, 2007; LOUREIRO, 2022). Decolonial theories (QUIJANO, 1993; MIGNOLO, 2003, 2017) and abyssal thinking (BOAVENTURA, 2009) are also used as an epistemological basis for a critical point of view about symbolic constructions of the hegemonic model of science as a way of legitimizing Eurocentric superiority and as a factor of geopolitical hierarchization in the production of knowledge. As a result, there is an ambiguous condition: it appears that the Amazon region is discredited and peripheral when the local production of science is in focus, but at the same time, it retains a high degree of visibility in the production of science in/ and about the Amazon.
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MARLON GALENO RODRIGUES JUNIOR
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O JANARISMO E O JORNAL AMAPÁ: O DISCURSO DO JORNALAMAPÁ AO LONGO DO SEU PRIMEIRO ANO DE CIRCULAÇÃO NOANTIGO TERRITÓRIO DO AMAPÁ (1945)
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Orientador : NETILIA SILVA DOS ANJOS SEIXAS
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Data: 19/06/2023
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The Jornal Amapá, within the scope to be studied, was the main communication instrument of the community of Amapa, therefore, analyzing its speeches is to historically trace the Amazon of Amapa in the first year of circulation of this journal, crossed by transformations and political and social reconfigurations. This research aims to analyze the discourse of the Amapá newspaper, in the time frame of its first year of circulation (1945) in order to identify the narrative of the newspaper in the first year of construction of the then Federal Territory of Amapá. For the communicational theoretical discussion, subsidies are sought in the works of Professor Marialva Barbosa, a writer in the field of communication that address questions about the history of communication, and communication in social contexts. Methodologically, we intend to walk through discourse analysis from a perspective of discourse as a social construction, seeking to identify the social and political perspective that led, permeated or touched on the journalistic discourse of the Amapá newspaper based on interpretations of the long-term history, according to Braudel, and the deconstitution of the present continuous, in Hobsbawn's perspective.
Keywords: Jornal Amapá; Janarism; Federal Territory
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RAÍSSA LENNON NASCIMENTO SOUSA
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Entrelaces da resistência: Comunicação e práticas emancipatórias de mulheres negras trançadeiras da Amazônia
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Data: 13/06/2023
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A pesquisa tem enfoque nas práticas emancipatórias de mulheres negras trançadeiras que vivem na Amazônia paraense (Belém/Pará). Compreendemos a atividade trancista como experiência comunicativa de resistência, autonomia econômica e superação das opressões que atingem mulheres negras amazônidas. O trançado, para negras e negros, não é apenas uma questão de estética ou vaidade, representa um encontro com a ancestralidade africana e com a afirmação de uma identidade que é relegada historicamente em uma sociedade racista. Para Nilma Lino Gomes (2019), o cabelo e o corpo podem ser considerados expressões da identidade negra brasileira, uma vez que são símbolos de relações de violência e de desigualdades étnico-raciais. O objetivo deste trabalho é entender, à luz da comunicação e das ciências sociais, os atravessamentos que as mulheres trançadeiras vivem no referente a questões como racismo, identidade negra, colonialidade, ancestralidade, territorialidade e resistência. Entendemos que a cultura do trançado na Amazônia possibilita formas singulares de comunicação divergentes da lógica do sistema patriarcal branco capitalista e colonialista. Como caminhos metodológicos com inspiração em KILOMBA (2019), utilizamos uma investigação centrada nos sujeitos, por meio de entrevistas não diretivas (em profundidade) com mulheres negras trancistas, que trabalham em Belém do Pará. A partir dos relatos extraídos desse diálogo, entrelaçamos uma epistemologia descolonial e afrodiaspórica, no qual as narrativas das mulheres é que nos mostram os caminhos da pesquisa. Somos amparados pela noção da organização do vínculo e do “comum” de Muniz Sodré (2014), na teoria crítica de Paulo Freire (2018), nas reflexões de raça e gênero de Grada Kilomba (2019), bell hooks (2017) e Nilma Lino Gomes (2019), e na perspectiva da negritude na Amazônia de Zélia Amador de Deus (2019) e Vicente Salles (1971), entre outros. As práticas emancipatórias das mulheres trançadeiras acontecem por meio da superação das dificuldades econômicas, na solidariedade, na valorização de uma identidade racial negra, feminista e amazônida e, sobretudo, na relação comunicativa de ancestralidade negra promovida pelo trançado.
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GLENDA SUELEM MAGNO DUARTE
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Inovação nos veículos jornalísticos independentes: um olhar para as narrativas/reportagens sobre povos indígenas na Amazônia
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Data: 02/06/2023
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Esta dissertação busca analisar e compreender as manifestações da inovação no jornalismo a partir de um olhar para as produções dos seguintes veículos jornalísticos: InfoAmazonia, Agência Pública e Amazônia Real. Ambos se classificam como veículos de jornalismo independente e priorizam a Amazônia em suas abordagens. A fim de compor o corpus da pesquisa e delimitar a temática investigada, selecionou-se ao todo 38 reportagens sobre os povos indígenas na região. Como principais referências teóricas sobre comunicação e inovação no jornalismo, a pesquisa ampara-se nos estudos de Rosseti (2013), Barbosa (2014), Longhi e Flores (2017), Pedro Varoni (2017), Martins (2018, 2021), Longhi (2020), Martins e Sousa (2020), Storch e Feil (2021), dentre outros. Utiliza-se a abordagem metodológica de natureza qualitativa, por meio das técnicas de pesquisa Estado da Arte, com Norma Ferreira (2002) e Sampaio e Mancini (2007), Análise de Conteúdo, com Laurence Bardin (2011) e Análise Pragmática da Narrativa Jornalística, com Luiz Gonzaga Motta (2015). Utilizando-se como categoria de análise a narrativa enquanto eixo de inovação. Com base nesta proposta, procurou-se compreender se esse e/ou outros eixos de inovação no jornalismo estão presentes nas reportagens analisadas e como eles se constituem e se delineiam nessas produções. Partiu-se da hipótese de que os veículos independentes selecionados para essa pesquisa têm uma forma própria de abordar os povos indígenas, voltada para uma narrativa de caráter social que busca valorizar o protagonismo desses povos em suas abordagens. Com isso, os principais resultados indicam que as temáticas protagonismo feminino indígena, invasão de terras indígenas, política, resistência, covid-19 (saúde) e violência contribuem para o entendimento da dimensão social que a inovação exerce no jornalismo independente.
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GEORGE LUIZ MIRANDA DA SILVA
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APURAÇÃO, DESINFORMAÇÃO E WHATSAPP NA ROTINA TELEJORNALÍSTICA: os atravessamentos da pandemia de Covid-19 nas redaçõesde TV de Belém (PA).
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Data: 02/06/2023
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Assim como outras atividades, o Jornalismo também precisou se adaptar ao chamado “novo normal” imposto pela pandemia de Covid-19. O WhatsApp - que já era bastante utilizado pelas emissoras de TV de Belém (PA) - se tornou ainda mais estratégico para a produção de telejornais na crise sanitária. Os produtores e produtoras passaram a acumular funções e a utilizar ainda mais o aplicativo no tráfego de conteúdo e no contato com o público, com personagens, especialistas e fontes oficiais. Diante disso, a proposta desta pesquisa é investigar quais procedimentos foram adotados por esses profissionais para filtrar e apurar as informações que chegam às redações, por meio do aplicativo, a partir de março de 2020, mês em que o Pará registrou o primeiro caso de Covid-19 e as medidas restritivas começaram a ser implementadas no Estado. O trabalho também se propõe a indicar o perfil dos profissionais que integram o quadro de produção jornalística das emissoras de TV da capital paraense, incluindo gênero, faixa etária e tempo de profissão, além de mapear a percepção destes profissionais sobre o combate à desinformação, os desafios do cargo e a defesa do Jornalismo em tempos de tantos ataques sociais e políticos à imprensa. A pesquisa é amparada nos conceitos de Desinformação (WARDLE e DERAKHSHAN, 2017), Cultura Participativa (JENKINS, 2009), Interatividade (LEMOS, 1997), entre outros. Para alcançar os objetivos deste estudo, adotou-se metodologia de abordagem qualitativa e utilizou-se técnicas de aplicação de questionário online, que contemplou 28 profissionais de seis emissoras de Belém, além de entrevistas semiestruturadas e observação participante. Os resultados da pesquisa apontam que 100% dos entrevistados utilizam o WhatsApp na rotina de trabalho e a maioria se sente responsável pelo combate à desinformação, embora alguns tenham ficado em dúvida se já colocaram um conteúdo no ar sem a devida apuração. Os procedimentos de checagem mais comuns entre os produtores são: entrar em contato com assessorias de imprensa e fontes oficiais, apresentar o conteúdo (fotos e vídeos) para especialistas, entrar em contato com quem enviou a denúncia, pesquisar o assunto na internet e pesquisar em outras fontes de notícias. Quanto ao perfil dos profissionais, o estudo evidencia que o quadro de produção das emissoras é formado, majoritariamente, por profissionais jovens e com 4 a 6 anos de experiência no cargo. A pesquisa também aponta que os profissionais enfrentam conflitos na realização de seus trabalhos, principalmente pelo acúmulo de funções e precarização da profissão.
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MARIA MIRLEY FARIAS DOS SANTOS
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Narrativas orais: Vestígios da história da comunidade da Praia do Crispim-PA.
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Data: 03/05/2023
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The present research carried out a communication study with the purpose of collecting and registering, in written form, the oral narratives in order to identify possible traces of the history of the Community of Praia do Crispim-PA, so as to understand how the community emerged and became one of the most relevant to the Salgado region. To collect the narratives, we counted on the collaboration of social actors who are important to the community, because both were among the first to migrate to the place, and because they have memories, practices, and knowledge about the beach region, besides having a strong relationship with the place they live in. The interest in this research arose after finding out that there are no official records that relate the history of the community. Thus, the goal of this research is to show how oral narratives can contribute to the understanding of the history and memory of the community. As well as to register the oral narratives, so that one can understand how the Crispim community emerged, as well as how the environment and the social life of the community changed over time. As a theoretical basis we rely on those who address the study of narratives: Ricoeur (1994), Souza (2010), Halbwachs (2013) and Benjamin (1985). About the concepts of memories and history: Le Goff (1990), Maciel (2017), and Sodré (2002). The field research emerged in the methodological molds of narrative research by Motta (2013, 2017) and the notes of Jovchelovitch & Bauer (2008) on the narrative interview, which is considered a qualitative research method, unstructured and in-depth interview.
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ERICA MARQUES DIAS
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O MASSACRE DE ELDORADO DO CARAJÁS PARA ALÉM DO FACTUAL: a reconstrução narrativa de uma tragédia no jornalismo literário
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Data: 14/04/2023
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Os conflitos no campo na Amazônia são um reflexo dos anos de colonização e exploração desenfreada na região. Quando o olhar se volta para os confrontos no Estado do Pará, verifica-se que os conflitos por terra são carregados de violência para os grupos que não fazem parte da elite. Esse turbulento caminho por um pedaço de terra resultou em diversas vítimas e casos emblemáticos, como o massacre de Eldorado do Carajás. A tragédia que matou 19 trabalhadores e deixou mais de 60 feridos na Curva do S foi abordado nos jornais diários do Brasil e do mundo e em produtos do jornalismo literário, como o livro-reportagem, conhecido como uma modalidade narrativa que possui o intuito de oferecer uma imersão no fato para que seja possível uma melhor compreensão das motivações, dos personagens e das consequências existentes na realidade apresentada. Com isso, partindo da problemática presente nos conflitos no campo e da abordagem em profundidade de casos nos textos do gênero jornalístico-literário, a presente pesquisa busca analisar a construção narrativa dos conflitos por terra no livro-reportagem O Massacre: Eldorado do Carajás – Uma História de Impunidade (2019), escrito pelo jornalista Eric Nepomuceno. Pretende-se compreender as estratégias do jornalismo literário operacionalizadas no texto estruturado pelo autor. Para isso, é preciso refletir sobre o panorama espacial dos conflitos no campo e por terra na Amazônia com os trabalhos de Castro (2018), Stedile e Fernandes (205) e Campos e Ravena (2017); e identificar o desenvolvimento e os aspectos do gênero híbrido na caracterização do livro-reportagem por meio dos estudos de Lima (2009), Borges (2013) e Maciel (2017). E como suporte metodológico recorreu-se à Hermenêutica de Profundidade de J.B. Thompson (2011), composta pela análise sócio-histórica, em que foram esquadrinhados o percurso histórico e social dos conflitos no campo e do jornalismo literário; a análise formal ou discursiva, em que foi efetuada a análise narrativa de Motta (2008); e a reinterpretação/interpretação de O Massacre. Os três estágios são essenciais para a identificação dos recursos narrativos usados pelo autor, assim como na amplificação do debate sobre os conflitos no campo paraense, no desenvolvimento dos estudos de jornalismo literário e na intensificação da produção científica relacionada ao gênero no campo da comunicação.
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NATHAN NGUANGU KABUENGE
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OS MORADORES DE BELÉM E SUAS RELAÇÕES COM A CIDADE: tessitura de uma cartografia comunicativa
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Orientador : ALDA CRISTINA SILVA DA COSTA
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Data: 12/04/2023
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O presente projeto objetiva elaborar uma cartografia comunicativa a partir das experiências das pessoas e suas interações entre o “centro” e a “periferia” da cidade de Belém. Observo que o medo se constitui um dos tensionamentos que permeiam essa relação, considerando as construções imaginárias que se estabelecem entre o eu “centro” e o outro “periferia” ou entre o outro “centro” e o eu “periferia”. Como questão central da pesquisa, indagam-se: como se estabelecem os processos comunicativos entre os moradores do “centro” e da “periferia” na cidade de Belém? A pergunta me instiga, a saber, como os moradores de Belém se percebem numa relação entre eu e o outro? Compreender a relação Eu-Tu se justifica no contemporâneo, pois tal relação é sempre calculista fazendo do outro um Isso ou um objeto de experiência e não como o eu exteriorizado determinante no entendimento do agir humano. Como percurso metodológico pretende-se realizar uma cartografia comunicativa, com a finalidade de tecer os sentidos atribuídos pelos indivíduos a si mesmo e ao outro, assim como aos espaços por eles vivenciados. Essa cartografia é apreendida como relação de poder, tensões e força na negociação de sentidos e no controle do espaço enquanto produto das práticas e relações sociais. Para tanto, realizarei entrevistas narrativas, tendo como base a teoria narrativa-hermenêutica de Ricoeur, numa inspiração cartográfica e na relação Eu-Tu em Buber.
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FABIANA OLIVEIRA GILLET
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REPRESENTAÇÕES DE MULHERES GORDAS EM QUADRINHOS DE AUTORIA FEMININA DA/NA AMAZÔNIA
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Data: 29/03/2023
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Propomos nesta pesquisa uma abordagem comunicacional sobre as histórias em quadrinhos com enfoque nas representações gráficas de personagens gordas. Busca-se compreender quais as representações de mulheres gordas em webcomics de autoria feminina da/na Amazônia, se existem estas representações e quais as leituras dessas quadrinistas sobre o corpo gordo, enquanto autoras e desenhistas mulheres e se existem quadrinistas que se identificam como mulheres gordas. Destaca-se a pertinência das discussões que envolvem os estudos do corpo gordo no Brasil, pesquisas ainda em desenvolvimento no âmbito das Ciências Sociais e da Comunicação. Considera-se que as representações sociais em produtos da mídia hegemônica têm papel fundamental na concepção e manutenção de modelos sociais constitutivos do imaginário, ordenando o que será aceito ou reprimido na sociedade. Assim, é importante enfatizar que as histórias em quadrinhos, enquanto mídia, são vetores de discursos e representações estereotipadas dos sujeitos (BOFF, 2014; EISNER, 2005; THENSUAN, 2020), criando e fortalecendo estigmas sociais como no caso da gordofobia (ARRUDA, 2021, JIMENEZ, 2020). Por isso, este estudo se alinha a ideia de que a partir do bios midiático (SODRÉ, 2002) que se desenvolve a gordofobia, o que evidencia a importância de uma abordagem sob a ótica da comunicação (ARRUDA, 2021). Pretendemos com o estudo contribuir para a pesquisa e debate sobre a comunicação enquanto vetor de manutenção ou transformação de modelos, estereótipos e estigmas sociais; refletindo acerca da gordofobia e do campo de estudos sobre gênero e histórias em quadrinhos. Com objetivo de analisar a representação de personagens e a produção de sentidos sobre corporalidades gordas em webcomics produzidos por quadrinistas mulheres da/na Amazônia, buscamos identificar personagens gordas nas webcomics e ilustrações de artistas mulheres da/na região amazônica; dialogar com as quadrinistas por meio de entrevistas semi-estruturadas (DUARTE, 2005; GASKELL, 2002) sobre a representação de mulheres gordas; analisar os sentidos apreendidos sobre corporalidades gordas nos dados coletados a partir da análise das imagens (JOLY, 2007) das ilustrações e webcomics; e discutir as representações do corpo gordo feminino e quais os sentidos produzidos e apreendidos por estas representações. Concluímos que os sentidos apreendidos nas representações apresentam convergências com os discursos de aceitação e amor-próprio difundidos na mídia hegemônica com base no movimento de aceitação corporal body positive/corpo livre em consonância com as biossociabilidades de consumo da indústria plus size (AIRES, 2019), gerando ressignificações nos regimes de visibilidade do corpo gordo, criando estereótipos positivos, com ainda invisibilização de corpos gordos maiores.
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SAMARA SARMANHO SERRA RODRIGUES
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COMUNICAR NO INSTAGRAM EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM ESTUDO DE CASO DO SESC NA REGIÃO NORTE
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Data: 28/03/2023
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A pandemia de covid-19 afetou pessoas e organizações em escala global e o isolamento social, imposto como medida de segurança, provocou grande impacto na economia mundial. A partir disso, a sociedade como um todo precisou se adaptar e as organizações precisaram levar a sua comunicação para o ambiente digital a fim de manter a interação com o seu público e minimizar os danos provocados pela pandemia. Dessa forma, as Mídias Sociais, com forte crescimento durante o período pandêmico, foram ferramentas essenciais neste processo, pois permitiram o relacionamento entre empresa e público buscando reduzir a distância causada por esta situação atípica. A problematização deste estudo diz respeito a como o Serviço Social do Comércio (Sesc) na Região Norte utilizou o Instagram como ferramenta para divulgar suas programações na área da cultura e como as suas estratégias de comunicação foram alteradas com o advento da pandemia, uma vez que as atividades deixaram de ser presenciais e passaram a ocorrer no ambiente digital. Neste sentido, a presente pesquisa de mestrado busca analisar como a pandemia de covid-19 modificou as estratégias de comunicação do Sesc na mídia social Instagram durante os anos de 2020 e 2021. Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa de métodos mistos (quantitativa e qualitativa) do tipo estudo de caso múltiplos, pois analisou os sete Sesc da Região Norte. Primeiramente, por meio de pesquisa exploratória, foram analisadas as publicações no feed do Instagram de forma geral e, também as relativas à área da cultura, obtendo-se dados para a realização da análise quantitativa, assim como para a análise qualitativa. O caráter qualitativo da pesquisa deu-se por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado com os coordenadores de comunicação e sua posterior análise de conteúdo. O resultado encontrado foi a intensificação da utilização das mídias sociais como estratégia geral de comunicação com o público, além destas mídias servirem como ferramenta para divulgação de atividades e programações diversas da instituição. O destaque ficou para a mídia social Instagram, que foi a principal mídia social utilizada e a que trouxe mais resultados para os regionais no período estudado, inclusive para a divulgação de atividades e programações na área da cultura do Sesc.
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GISELLE DO CARMO SOUZA MORAES
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AS EXPERIÊNCIAS COMUNICACIONAIS E IDENTITÁRIAS RIBEIRINHAS AMAZÔNICAS POR MEIO DO CONSUMO DO CHOCOLATE DA MARCA FILHA DO COMBU
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Data: 27/03/2023
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Esta pesquisa procura investigar o consumo do chocolate da Ilha do Combu da cidade de Belém, no estado do Pará, enquanto mediador de experiências comunicacionais identitárias ribeirinhas amazônicas, centrando as análises nas estratégias comunicacionais e de consumo na marca Filha do Combu, empresa localizada no Combu e de propriedade de Izete Costa, a Dona Nena, como é popularmente conhecida. Para esta pesquisa utilizaram-se as seguintes metodologias: observação participante, realizada no ponto de venda, para obter compreensões acerca das estratégias de divulgação, venda e alguns dos comportamentos dos consumidores; entrevistas com o setor administrativo e estratégico da empresa; netnografia, com o intuito de coletar e analisar informações online sobre a empresa e seu públicoalvo; análise de material comunicacional dos conteúdos impressos e digitais da empresa, sobretudo na rede social digital Instagram e no site www.vidacaboca.com.br e revisões de produções científicas e bibliográficas, O estudo baseia-se na análise dos processos de origem, produção e divulgação do chocolate, bem como dos demais produtos e experiências oferecidas pela Filha do Combu, e das estratégias de construção e divulgação da marca Filha do Combu ao inserir, nas suas ações comunicativas, de consumo e de construção de marca, conceitos de sustentabilidade, ambientabilidade e marketing de experiência. A pesquisa ainda apresenta alguns dos desafios e negociações mercadológicas que a empresa realiza ao considerar como o consumo do chocolate do Combu pode despertar memórias afetivas e de representatividade midiática, o que acaba por demarcar e construir conceitos, valores e status representados pela empresa e faz uso dos diferenciais de mercado advindos da própria marca representada pela Amazônia.
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NAIR SANTOS LIMA
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Espetáculos Culturais Amazônicos: A festa como Resistência e Experiência Estética
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Data: 24/03/2023
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A tese trata das festas da cultura amazônica com ênfase nos espetáculos culturais, as quais, ao longo do tempo, vêm sendo ressignificadas, a partir de seus lugares de tradição. A visibilidade desses eventos ocorre por meio da midiatização, processo auferido pelos meios tecnológicos de comunicação e potencializados por um modelo de globalização, que os naturaliza como produto mercadológico. Na condução da pesquisa evidenciou-se a diferença entre “festas amazônicas”, que são as manifestações culturais no âmbito do território brasileiro (Amazônia Legal), e “festas da cultura amazônica” – culminando com os “espetáculos culturais amazônicos”, que são aquelas constituidas da experiência estética do imaginário dessas populações e, portanto, próprias da cultura ribeirinha ou cabocla. Percebeu-se, ainda que o termo “caboclo” tem-se reconfigurado desde que os saberes desses povos revelou uma importância ímpar no contexto cultural e inseridos nos espaços acadêmicos das várias ciências, consubstanciado-se, sobretudo, na ideia de uma cultura amazônica específica, de características intrinsecas do ser amazônico, como também da compreensão de pesquisadores amazônicos sobre o tema. O lócus de enunciação ocorre nas cidades de Juruti e Santarém, no estado do Pará e na cidade de Parintins, no Amazonas, cujo corpus de análise são: a festa das tribos, o festa do Sairé, e o festival folclórico de Parintins. A pesquisa bibliográfica foi o procedimento que conduziu todas as fases desse estudo e a análise do fenômeno se fundamenta teórica e metodologicamente na conversão semiótica – atividade mental de natureza simbólica produzida pelo pensamento humano e que atua na produção de novos sentidos. O corpus tem por base três documentários contemplados pela lei Aldir Blanc referentes às três festas, porém, outros audiovisuais sobre o ambiente das festas postados no YouTube, e selecionados por critério de relevância, representatividade e participação dos organizadores e/ou “fazedores da festa” serviram de apoio para a análise. Sob essa perspectiva, compreende-se que os espetáculos culturais amazônicos são meios de expressividade e resistência de uma cultura que opera como forma de comunicação, e que por meio da plataforma YouTube e linguagens da comunicação digital ou midiatizada, transpõe-se o local, ganha visibilidade, lucro e produz novos sentidos, quer sejam pelo restabelecimento dos vínculos de pertencimento com a cultura local ou dos modos de festejar e de estar juntos.
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LUCAS GIL CORRÊA DOS SANTOS
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ARRASTÃO DO PAVULAGEM E O “ESTAR JUNTO” EM BELÉM DO PARÁ DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: COMUNICAÇÃO, SOCIABILIDADES E CONSUMOS DA CULTURA MATERIAL
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Data: 22/03/2023
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A presente dissertação de mestrado busca compreender de que forma as práticas de comunicação, consumos e sociabilidades, que envolvem o cortejo junino Arrastão do Pavulagem, realizado anualmente entre os meses de junho e julho, foram ressiginificadas, com o cenário de isolamento social, advindo da pandemia do vírus Covid-19. Para tanto, serão utilizados, como metodologia, o cruzamento dos seguintes procedimentos: análise netnográfica, conforme apontamentos de Kozinets (2014); entrevistas com roteiro semi-estruturado; amostragem em bola de neve, de acordo com estudos de Bockorni e Gomes (2021); e observação participante. A fim de embasar os eixos de análise, serão utilizados os apontamentos de França (2008) e Muniz Sodré (2008; 2012) sobre comunicação; Amaral Filho (2017; 2019) sobre espetáculos culturais e entretenimento; Santos (2010) e Castro (2012; 2020) acerca de Amazônia; Simmel (1983) e Maffesoli (2016) acerca de sociabilidades; Miller (2007) sobre cultura material; e de McCracken (2003; 2007), Barbosa e Campbell (2006) acerca do consumo. Destaca-se o caráter experimental e exitoso na preparação e realização das programações digitais do período analisado, o compartilhamento de sentimentos e sensações semelhantes que possibilitaram aos sujeitos conectar-se uns aos outros ainda que à distância, e as dimensões sensíveis que atravessaram as práticas de consumo dos arrastões e de seus aspectos materiais.
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PAULA MARYSE HOYOS LIMA
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SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA: o Gambá de Pinhel construindo narrativas de cidadania.
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Data: 15/03/2023
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Senta que lá vem história: o Gambá de Pinhel construindo narrativas de cidadania” tem o objetivo de mergulhar, por meio da entrevista narrativa de ex-moradores de Pinhel, no universo da Festa do Gambá para tentar compreender de que forma a festividade contribui para o processo de construção de sentidos de cidadania. Pinhel é um Distrito do município de Aveiro e fica localizado na margem esquerda do rio Tapajós, na Amazônia paraense. A Festa é uma tradição que sobrevive há mais de 300 anos e é marcada pelo som forte do tambor chamado gambá que dá nome à festividade e o tom às folias. A Festa do Gambá é a Festa de São Benedito, santo que se apresenta não como o padroeiro oficial de Pinhel, mas sim como o santo escolhido como protetor e que arrasta um grande número de devotos, muito mais do que São José, este sim, padroeiro oficial da Igreja Católica. Para situar a pesquisa partimos de um panorama histórico sobre a comunidade de Pinhel passando pelo período da colonização até os dias de hoje, momento em que os moradores atravessam um processo de reidentificação indígena que os conecta diretamente às tradições que haviam se perdido, como forma de resistência e proteção aos valores genuínos da comunidade. Para isso, vamos enveredar pelas narrativas orais e memórias de nossos interlocutores através da entrevista narrativa proposta por Jovchelovitch e Bauer (2002). Os relatos vão dialogar com os conceitos fundantes do pensamento de Walter Benjamin (1987) sobre narração e experiência, além da ótica indígena sobre narrativas orais propostas por Vaz Filho (2010, 2013, 2008) e Kopenawa (2015). Por fim, lançamos um olhar compreensivo sobre os relatos que apontam que a reconexão com Pinhel e a experiência coletiva da Festa do Gambá manifestam, em nossos interlocutores, os sentidos de luta e de uma cidadania diferenciada (Baniwa, 2002), fora dos recortes hegemônicos. Por isso, a Festa acaba operando como canal para uma emancipação social reinventada, onde a luta por igualdade é também a luta por reconhecimento da diferença (Santos, 2007), e que ganha corpo através de formas híbridas de conhecimento emancipatório e novos olhares que criam novas epistemologias.
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YASMIN LUIZA DA COSTA FONSECA
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VIVÊNCIAS NEGRAS AMAZÔNICAS: Interpretações comunicativas de jovens negras e negros da Amazônia urbana de Belém do Pará
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Data: 14/03/2023
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Esta pesquisa apresenta como tema “Vivências Negras Amazônicas: Interpretações comunicativas de jovens negras e negros Belém do Pará”, por meio de relatos de um grupo de jovens negras e negros dos diversos contextos Na Amazônia urbana de Belém. Neste sentido, a pesquisa tem em sua centralidade os processos comunicativos desse grupo a fim de refletir sobre suas existências e resistências nos espaços ocupados por elas e eles. A questão norteadora da pesquisa foi: Como se constituem os processos comunicativos de um grupo de jovens negras e negros em relação às suas vivências e resistências raciais no espaço amazônico urbano de Belém do Pará? Por meio do percurso aqui chamado “(Afro)centrado nas sujeitas e nos sujeitos” utilizou-se a teoria da Afrocentricidade (ASANTE, 2009) juntamente com os métodos de pesquisa de Grada Kilomba (2019) de forma a abarcar, teórico e metodologicamente, a temática abordada. Por meio de 06 (seis) relatos de vivências, foi possível compreender a existência de dois tópicos centrais nos processos comunicativos abordados em relação a racialidade: uma em âmbito local, tendo a morenidade elencada ao povo e à cidade de Belém do Pará ter sido construída e empregada como ponto de aniquilação e distanciamento de um herança histórica e social negra, (CONRADO; CAMPELO; RIBEIRO, 2015; ALVES SARRAF, 2019) e uma em âmbito nacional, onde a divisão por “cor” ou “raça” do IBGE gera entendimentos controversos, e até o não entendimento acessível sobre ela, levando ao questionamento do quão válido seria definir-se racialmente com base nas diretrizes do órgão censitário. Ainda, a internet surge, nos relatos, como meio importante citado, permeando as vivências das sujeitas e sujeitos interlocutores. Desta forma, as relações comunicativas do grupo pesquisado iniciam impactados pelas construções sociais e simbólicas com base na diferença, no preconceito, na violência, na desigualdade e na segregação odienta social e espacial (SODRÉ, 2019; 2020), entretanto, foi possível verificar que grande parte dos relatos avança no movimento de libertação das consciências e de agência de si (ASANTE, 2009; MAZAMA, 2009), demonstrando que cada pessoa negra apresenta seu próprio ritmo e vontade em romper com os moldes de pensamento limitadores e racistas que impulsionaram/impulsionam a dinâmica da sociedade Amazônica belenense e brasileira.
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CAMILA DE ANDRADE SIMOES
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GERAÇÃO 60+ NA INTERNET: relações tecnológicas, tensões e produção de sentidos na pandemia de Covid-19
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Data: 14/02/2023
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O presente estudo se interessa pelas relações de pessoas com 60 anos ou mais junto às tecnologias cotidianas, em especial, durante a pandemia de Covid-19. Os anos de referência (2020 e 2021) são marcados por uma crise de saúde vivida mundialmente, de administração ondulante, no que diz respeito aos Estados-Nação e, ainda, internamente. No Brasil, medidas de afastamento físico e orientações de higiene se tornaram assunto central e, nesse contexto, as tecnologias digitais de comunicação tomaram centralidade não antes vista. Ao considerar grupos de pessoas que eventualmente tenham apresentado afastamentos mais evidentes em relação às telas conectadas, independentemente da pandemia, o recorte da pesquisa parte da experiência da pessoa idosa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que parte de uma visada meta comunicacional na tentativa de abarcar o fenômeno do fazer social ampliado, tendo como eixo explicativo as relações comunicativas cotidianas. Algumas das frentes teóricas ativadas durante a argumentação vêm de Vera França e Paula Simões (2016), como também de Vera França em reflexão solo (2018), de Jesús Martín-Barbero (1997), de Adriana Braga e Édison Gastaldo (2009), junto às contribuições de Stig Hjarvard (2015), de Vilso Junior Santi (2018), de José Luiz Braga (2007), de Göran Bolin (2020), além de Daniel Miller (2007), Paula Sibilia (2014 e 2019), Michel Foucault (2009) e Giorgio Agamben (2009), com outros e outras que contribuíram com a discussão. Em resumo, são conceitos e constructos no campo do envelhecimento (cronológico e social), das identidades (gerações), da cultura material e das relações de poder, partindo de um conjunto de sentidos produzidos pelos interlocutores e interlocutoras da pesquisa. Como métodos de coleta, o formulário digital e os grupos de foco foram utilizados. Nesse sentido, a Análise Temática (AT) se mostrou um caminho de interesse, com a flexibilidade necessária, na busca por padrões nas falas, a caminhos de significações e sentidos produzidos pelos investigados. No auxílio da tarefa, o software Iramuteq foi utilizado nas frentes de análises estatística, de similitude, na classificação hierárquica descendente e apresentação de nuvens de palavras. Ao abrir o leque dos achados, se reforça a preocupação de partida sobre a heterogeneidade das experiências dos sujeitos e sujeitas com mais idade. Condições de vida, de saúde, econômicas e de relação familiar, por exemplo, vão influenciar diretamente na chamada independência (mais conectada às questões físicas) e na almejada autonomia (tomada de decisão; autogoverno). Para eles e elas, a principal tela utilizada foi o telefone celular e para falar com familiares e amigos. Entre aqueles e aquelas que mantiveram relações profissionais ativas, durante o período verificado, foi possível perceber um menor campo de atritos. De modo geral, os sentidos que emergiram dessas relações são paradoxais – contém frentes, grosso modo, positivas e negativas – e traduzidos nas tecnologias vistas como acesso, porta para novos aprendizados e possibilidades, ao mesmo tempo que um conjunto de espaços de perigo, insegurança e mistério, principalmente, entre aqueles que utilizaram o termo medo para se referir às experiências e relações digitais.
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