Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • GERSON ROSIVAN DE LIMA PAES
  • Utilização de índices de qualidade biótica para a avaliação da qualidade

    d’ água e integridade de riachos em área de cultivo de dendezeiro na microrregião de Tomé-
    açu.

  • Orientador : KARINA DIAS DA SILVA
  • Data: 30/04/2024
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  • MICHELLY DE SOUZA CRUZ
  • O papel da governança na Floresta Nacional de Carajás para o efetivo
    desempenho na conservação da cobertura florestal

  • Orientador : BRUNO SPACEK GODOY
  • Data: 30/04/2024
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  • TINAYRA TEYLLER ALVES COSTA
  • AGRICULTURA DE CORTE E QUEIMA E A RESPOSTA DE PALMEIRAS EM UMA PAISAGEM ANTROPIZADA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 30/04/2024
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  • As florestas tropicais desempenham um papel crucial no controle climático, além de proverem outros serviços ecossistêmicos de relevância local como a oferta de produtos florestais para populações tradicionais. No entanto, estas florestas têm enfrentado níveis crescentes de degradação devido às atividades humanas, incluindo os incêndios florestais acidentais. Nesse contexto, algumas espécies de palmeira, especialmente aquelas do gênero Attalea, proliferam em habitats perturbados, enquanto outras são afetadas negativamente pela a criação de paisagens antrópicas, como as florestas sociais, o que deve afetar a dinâmica de regeneração e, talvez, a inflamabilidade da floresta, Neste contexto, esta dissertação examina a resposta das palmeiras ao estabelecimento de florestas sociais e à ocorrência de incêndios florestais acidentais, em uma floresta de terra firme na Resex Tapajós-Arapiuns, lesta da Amazonia. Basicamente as palmeiras foram inventarias em quatro habitats; floresta madura, floresta queimada, florestas em regeneração e roças ativas produzidas pela agricultura de corte-e-queima, totalizando 61 parcelas de 500 m2. Para examinar a contribuição do curuá (Attalea spectabilis), a palmeira mais abundante na paisagem) à inflamabilidade da floresta social, o folhiço oriundo das folhas desta palmeira e o folhiço do chão da floresta sem material de curuá (controle) foram caracterizados em relação a quatro atributos: 1) tempo de chama; 2) tempo de brasas e 3) altura da chama. Outros atributos foram analisados, como o conteúdo de massa seca, teor de umidade, teor de materiais voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo, de forma a entender o padrão de inflamabilidade do curuá. Foram identificadas 10 espécies de palmeiras nos quatro hábitats, tanto palmeiras heliófilas (pioneiras), quanto espécies tolerantes à sombra típicas do sub-bosque da floresta. Ocorreu uma grande variação em termos de riqueza e abundância de palmeiras dentro e entre cada hábitat; em média duas espécies por habitat, mas sem diferença entre os habitats. Várias espécies não responderam a criação de habitats perturbados, mas as duas espécies de Attalea foram mais abundantes na roça e nas florestas queimadas em comparação com a floresta madura. A floresta madura pode conter 47,2 ± 96,5 folhas de curuá por 500 m2, enquanto a floresta queimada pode ter 399,7 ± 191,7 folhas, a roça 460,9 ± 450,8 folhas e as florestas secundárias podem conter 179,5 ± 225,6 folhas de curuá por 500 m2.  Estes números fornecem um indicativo do potencial do curuá adicionar material inflamável nos diferentes habitats da floresta social. O folhiço do curuá apresentou menor tempo de brasa, temperatura da chama e teor de carbono, mas um maior teor de voláteis. Nossos resultados indicam que as espécies de palmeiras respondem de forma diferencial a transformação da floresta madura de terra firme em floresta social e aos incêndios acidentais. Algumas espécies têm resposta neutra enquanto as espécies pioneiras de Attalea proliferam nos habitats perturbados, embora ocorra uma grande variação na frequência e na abundância destas espécies. Embora o curuá não apresente maior poder calorifico que o folhiço da floresta, esta espécie pode adicionar grande quantidade de material com baixo teor de carbono e alto teor de voláteis, o que permite uma ignição rápida e possivelmente a disseminação do fogo. A relação entre perturbações antrópicas, proliferação de espécies adaptadas as perturbações e a ocorrência/intensidade de incêndios florestais carecem de investigação adicionais, considerando à intensificação das perturbações, inclusive os extremos climáticos e os incêndios florestais associados.

  • ALBERTINO MONTEIRO NETO
  • Danos socioambientais da dendeicultura na microrregião de Tomé-Açu, PA.

  • Orientador : JOAO SANTOS NAHUM
  • Data: 29/04/2024
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  • MAYARA SOARES CAMPOS
  • IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA BIOMASSA FLORESTAL AMAZÔNICA:
    PREVISÃO DE PERDA E ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO PRIORITÁRIAS

  • Data: 25/04/2024
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  • LUANA FRANCY OLIVEIRA SANTOS SENA
  • Caracterizacao da contaminacao por microplasticos em aguas e sedimentos dos canais urbanos de Macapa (AP).

  • Orientador : JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO
  • Data: 22/04/2024
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  • ROSANA COELHO
  • DISTRIBUIÇÃO E VARIABILIADADE DE NUTRIENTES EM
    BACIAS HIDROGRÁFICAS DA AMAZÔNIA: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA

  • Orientador : JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO
  • Data: 19/04/2024
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  • VALTER THIAGO PANTOJA DA GAMA
  • Relação entre diâmetro do caule e espessura da casca das árvores amazônicas e
    sua implicação na resistência ao fogo

  • Data: 28/03/2024
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  • Relação entre diâmetro do caule e espessura da casca das árvores amazônicas e
    sua implicação na resistência ao fogo

  • LEONARDO CORRÊA CORDEIRO
  • FATORES NATURAIS E ANTRÓPICOS QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO TOCANTINS, TRECHO BAIÃO-MOCAJUBA (PA)

  • Data: 27/03/2024
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  • LUCAS LIMA RAIOL
  • SUSTENTABILIDADE HÍDRICA COMO SUBSÍDIO À GESTÃO COSTEIRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARACANÃ, AMAZÔNIA ORIENTAL.

  • Orientador : ALINE MARIA MEIGUINS DE LIMA
  • Data: 27/03/2024
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  • ANTONIO CARLOS NOVAES MOREIRA
  • EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM PLANTIO DE MANGUEIRA NORDESTE DO PARÁ.

  • Data: 22/03/2024
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  • ILUANY DA SILVA COSTA
  • Histórico do uso da terra e composição de Gerromorpha (Insecta: Subordem Heteroptera em igarapés da Transxingu)

  • Data: 28/02/2024
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  • A Floresta Amazônica enfrenta ameaças devido à crescente exploração de recursos naturais impulsionada pelo crescimento econômico da região, intensificada desde a exploração da borracha entre 1879 e 1912. Desde os anos 1960, o governo implementou programas de desenvolvimento econômico, ocupação territorial e construção de rodovias, como a BR-230, também conhecida como Transamazônica. Essa rodovia teve um impacto significativo na região sudoeste do Pará, especialmente nas bacias hidrográficas do Xingu, contribuindo para o desmatamento desordenado e prejudicando a biodiversidade, especialmente às margens dos corpos d'água. Para lidar com os problemas ambientais, foram desenvolvidos vários métodos de análise e monitoramento, incluindo o sensoriamento remoto, que permite estudar grandes áreas em pouco tempo. O monitoramento biológico também é utilizado, pois alguns organismos, como os insetos aquáticos da infraordem Gerromorpha, são sensíveis às mudanças ambientais e podem indicar a qualidade do habitat. Por isso, um estudo recente analisou o histórico do uso da terra na região nos últimos 30 anos e avaliou a composição da infraordem Gerromorpha em igarapés da Transxingu. Observou-se uma grande perda de cobertura vegetal nas últimas décadas, especialmente próxima às estradas, muitas vezes relacionada à pecuária. No entanto, houve uma redução no desmatamento ao longo do tempo, possivelmente devido a medidas de conservação, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), criação de reservas extrativistas, reconhecimento de terras indígenas e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). No estudo da composição da infraordem Gerromorpha nos igarapés da Transxingu, verificou-se que muitas amostragens foram influenciadas pelo desmatamento ao longo dos anos. Além disso, foi constatado que o índice de integridade do habitat físico do igarapé pode ser mais eficaz do que métricas geoespaciais na avaliação do impacto ambiental. Embora não tenha havido diferenças significativas na comunidade de Gerromorpha entre ambientes preservados e alterados, percebeu-se uma variação na abundância desses organismos ao longo dos gradientes ambientais. Isso indica que a comunidade responde às mudanças no ambiente, independentemente da presença de espécies bioindicadoras específicas. Portanto, há necessidade de mais estudos em ambientes altamente preservados para entender melhor essas dinâmicas.

  • VITOR ABNER BORGES DUTRA
  • MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DA TERRA E AS
    PERSPECTIVAS DA ABORDAGEM NEXUS ÁGUA, ALIMENTO E ECOSSISTEMAS EM
    BACIAS HIDROGRÁFICAS COSTEIRAS DO NORDESTE PARAENSE, AMAZÔNIA
    ORIENTAL

  • Data: 23/02/2024
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  • LEONARDO SEABRA FURTADO
  • MAPEAMENTO DA HEMEROBIA DA PAISAGEM DE BELÉM NA AMAZÔNIA ORIENTAL E ESTUDO DE IMPACTO DA URBANIZAÇÃO NO CLIMA LOCAL

     

  • Orientador : EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
  • Data: 30/01/2024
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  • Dentre as atividades humanas que modificam a cobertura superficial das paisagens naturais, o processo de urbanização se destaca como uma das formas mais graves de antropização ambiental. Os impactos da urbanização são sistêmicos nas dimensões físicas e ecológicas, sendo que um efeito direto é a mudança no clima local, particularmente o aumento da temperatura do ar em superfície. No presente estudo aplica-se o conceito de hemerobia (termo originado na ecologia da paisagem que significa “distância da natureza”) como técnica se sensoriamento remoto para mapear o processo de urbanização no município de Belém, a capital do estado do Pará na região da Amazônia oriental. Os resultados do mapeamento das mudanças na cobertura do solo, comparando os anos de 1985 e 2021, revelaram um aumento significativo da urbanização, que se expandiu 17% em detrimento das áreas florestais que reduziram em 11%. A mancha urbana denotada pelas áreas de metahemerobia e polihemerobia (classes com médio e alto grau de cobertura urbana) se expandiu para os bairros e distritos situados no centro e norte do município e ao longo da faixa costeira das ilhas de Outeiro e Mosqueiro. Os resultados do mapeamento ambiental foram integrados com as análises estatísticas dos dados de temperatura do ar (dado pontual da estação meteorológica e dado do CRU em alta resolução espacial), visando investigar os impactos da urbanização nos padrões sazonais da temperatura do ar máxima (TX) e mínima (TN). As análises de tendências mostraram padrões de clima significativamente mais quente, com uma indicação notável de TX e TN sistematicamente mais elevadas nas áreas mais densamente urbanizadas em comparação com as áreas de vegetação preservada, sendo que o aumento de temperatura do ar foi mais expressivo (estatisticamente significante) no período da estação seca (julho a novembro). Um resultado interessante foi encontrado nos mapas espaciais de TX para o regime seco, com um padrão climatológico semelhante ao modelo clássico de ilha de calor com isotermas concêntricas que atingem centro máximo sobre a região continental mais urbanizada de Belém e diminuição térmica nas bordas. O estudo ressalta a importância urgente de políticas governamentais para mitigar os impactos negativos da urbanização na área metropolitana de Belém.

2023
Descrição
  • GUILHERME FRANCISCO CAMARINHA NETO
  • EVENTOS DE PRECIPITAÇÃO NA AMAZÔNIA CENTRAL: RELAÇÃO COM A TERMODINÂMICA E A QUÍMICA DA ATMOSFERA.

  • Orientador : JULIA CLARINDA PAIVA COHEN
  • Data: 20/12/2023
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  • Entre os anos de 2015 a 2019 ocorreram 1.137 Eventos de Precipitação (PE) no sítio experimental do projeto ATTO, localizado na região central da Amazônia. A classificação desses eventos foi feita conforme sua intensidade que variou de 1.7 mm/h (PE tipo fraco) a 80 mm/h (PE tipo extremo). A maior parte desses PE foi classificada como do tipo forte (44%), produzindo 53% do volume anual de chuva na região. A distribuição das diferentes classes dos PE é sazonalmente bem definida, sendo que os PE do tipo moderado e fraco são mais frequentes durante a estação chuvosa, enquanto na estação seca predominam os PE do tipo forte e extremo. Os PE são mais duradouros na estação chuvosa e mais intensos na estação seca. Os cenários de PE estão associados a perturbações nos parâmetros meteorológicos e na química da atmosfera, de acordo com as classes de intensidade desses eventos. A redução considerável da temperatura potencial equivalente e da umidade específica do ar, além do aumento abrupto dos valores de velocidade do vento são alguns dos principais efeitos dos PE sobre o ambiente. Padrões de cobertura de nuvens relacionados às distintas classes de PE respondem, em grande parte, pelas mudanças no campo de temperatura e umidade e principalmente pelas anomalias nas concentrações de O3 e do CO2. Além disso, os PE estão associados a variações importantes nas concentrações ambientais de O3 e CO2 próximo a superfície. Durante os PE fracos a concentração média de O3 é de 9,0 ppb, enquanto que para os PE extremos chega a um valor médio de 15,0 ppb. As implicações dos PE sobre as concentrações ambientais de O3 e CO2 são observadas não apenas no decorrer da precipitação, mas também no período anterior e posterior a ela.

  • KAYURY SERRÃO DA SILVA RODRIGUES
  • FATORES RELACIONADOS À DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA PRAIA FLÚVIO-ESTUARINA AMAZÔNICA

  • Orientador : JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO
  • Data: 26/10/2023
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  • Resumo
    O Brasil possui uma zona costeira de 8.698 km de extensão, a qual abriga cerca de 400 municípios e uma elevada densidade populacional, pois é fonte de múltiplas atividades geradoras de renda. Contudo, a falta de infraestrutura e o descarte inadequado de resíduos fazem com que a zona costeira se torne área de depósito de lixo. Como consequência do elevado consumo, são gerados uma grande quantidade de resíduos, que em sua maioria são descartados de forma incorreta e acarretam danos sociais, ambientais e econômicos. Apesar da importância ambiental e social, estudos são escassos sobre estimativas de quantidade de resíduos e sua distribuição em ambientes costeiros da Amazônia. O objetivo desse trabalho foi de identificar a ocorrência, abundância, distribuição e os tipos de resíduos encontrados em uma praia flúvio-estuarina (praia de Beja, Abaetetuba-PA) e possíveis padrões espaciais e temporais de deposição. A praia foi dividida em duas áreas: nordeste e sudoeste com amostragem em dois níveis (intermarés na altura da linha de deixa e intermarés inferior); seis campanhas de coletas ocorreram durante o período chuvoso (março a maio de 2022) e o menos chuvoso (outubro e novembro de 2022), em dois regimes de marés (sizígia e quadratura). Durante o período chuvoso foram coletados um total de 902 itens, com um peso total de 70,38 kg (média de 1,87 itens/m2 e 0,141 kg/m2) e durante o período menos chuvoso foram coletados um total de 536 itens, com um peso de 12,99 kg (média de 1,07 itens/m2 e 0,026 kg/m2). Observou-se que os itens mais coletados durante as 12 campanhas foram os itens plásticos de uso único. Observou-se maior quantidade de itens, tanto no período chuvoso quanto no período menos chuvoso, na intermaré superior, no setor SW e durante as marés de quadratura (p < 0,01). Em relação ao peso, observou-se diferença significativas para a sazonalidade e zonação. Através da PERMANOVA, constatou-se diferenças significativas na relação entre fatores como a zonas dos intermarés, para ambos os períodos sazonais e níveis da maré. Com a análise Canônica das principais coordenadas observou-se uma dispersão de pontos principalmente para quadrantes do período chuvoso e dispostos no intermaré superior, tais quadrantes demonstraram maiores valores de quantidade e tamanho dos resíduos, mas não de massa. Em estudos realizados em outras regiões do território brasileiro observaram também que os resíduos solido mais encontrados foram os provenientes do plástico, principalmente os de uso único.  Um dos fatores que pode justificar essa ocorrência é o fato de que o mercado investe de maneira crescente em embalagens e plásticos de uso único. O descarte inapropriado faz com que esses materiais sejam descartados incorretamente no meio ambiente. Os resultados aqui descritos fornecem aos gestores subsídios para que possam traçar estratégias mais eficazes para gestão, manejo e limpeza de praias da região.

  • SIMONE NAZARE RODRIGUES DA SILVA
  • IMPACTO DAS QUEIMADAS EM ÁREA DE FLORESTA NO SUL DA AMAZÔNIA: UMA REFLEXÃO ENSAÍSTICA SOBRE A PRECIFICAÇÃO DE CARBONO

  • Data: 16/10/2023
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  • Florestas tropicais são importantes reguladoras climáticas globais. Elas estocam grandes
    quantidades de carbono em sua biomassa viva e mantém uma delicada relação biosfera-
    atmosfera. Para que essa relação funcione adequadamente, fatores exógenos e endógenos
    (bioquímicos) precisam estar em perfeita harmonia. A ciclagem de carbono na Amazônia
    tem sido muito estudada devido às alterações promovidas em suas concentrações a nível
    global, no solo, na água e principalmente na atmosfera. Esta pesquisa visa contribuir
    identificando perturbações de ordem antrópica (queima de biomassa florestal) e suas
    influências na troca líquida de CO2 sobre área de floresta semidecídua localizadas na bacia
    Amazônica. Medidas micrometeorológicas em situ, localizadas a 50 km NE de Sinop-MT,
    são utilizadas para estimar o potencial de absorção de CO2 sob condições poluídas (AOD
    ≫ 0.10) e não poluídas (AOD ≤ 0.10) para as demais áreas de floresta semidecidual
    encontradas nos biomas brasileiros. Fragilidades e ótimos fisiológicos são determinados e
    usados como subsídios-chave para abordagens concernentes à precificação de carbono no
    Brasil. Dados remotos orbitais pelo sensor MODIS (AODm) e à superfície pelo sistema
    AERONET 2.0 (AODa) são usados para uma visão regional dos impactos das queimadas
    sobre o fluxo de radiação solar. Uma longa série de medidas AODa, entre 1999-2017, é usada
    na determinação de um modelo de irradiância solar de céu-claro. Reduções e aumentos
    no %NEE para determinadas cargas de poluição (AOD), irradiância relativa f e valores
    ASZ (ângulo solar zenital) são observados. Os resultados mostram uma diminuição de
    aproximadamente 40% em f e um aumento de 0,10 para 5,0 nos valores AODa à 500 nm.
    Foi observado também um aumento médio de 35-70% no fluxo NEE para níveis de poluição
    AODa acima de aproximadamente 1,25. O aumento de 35-70% do NEE é atribuído ao
    aumento de 40-60% na fração difusa da radiação solar em relação à fração direta, devido
    ao impacto de aerossóis da queima de biomassa (BBOA). Foi observado também redução
    e aumento estatisticamente significantes sobre variáveis biofísicas, tais como, temperatura
    do dossel foliar (Tdf ) e umidade relativa (URar), respectivamente. Um aumento médio de
    ∼ 3◦C e uma redução de ∼ 10% na Tdf e URar foi encontrado sob condições de céu
    esfumaçado (AODa ≫ 0.10). Estes resultados serão úteis na obtenção de novos coeficientes
    e calibração de parametrizações físicas de processos pobremente representados nos sistemas
    numéricos vigentes, bem como as respostas fotossintéticas de florestas semideciduais para
    a ciclagem de carbono regional na Amazônia. Estes achados, norteiam também políticas
    públicas de preservação do ecótono Cerrado-Floresta Amazônica e outros ecossistemas
    pantropicais. Aqui, apontam-se fragilidades e inviabilidades de ações políticas destinadas
    à precificação do carbono, principalmente sobre serviços ecossistêmicos (sequestro de
    CO2). Para tal, uma breve discussão sobre alguns documentos, relatórios técnicos gerados
    em conferências com pauta ambientais serão analisados. Como resultado, apresenta-se
    uma breve reflexão sobre essas elaborações que tem sido orientado para atender a lógica mercantil, apoiados na ideia de exploração dos recursos naturais como meio para o
    desenvolvimento e progresso econômico, os quais negligenciam as fragilidades e as resiliências dos ecossistemas amazônicos, ocultando assim a atual e crise ecológica em que vivemos.

  • NÍVIA CRISTINA VIEIRA ROCHA
  • DINÂMICA DE USO E COBERTURA DA TERRA A PARTIR DE ANÁLISES REALIZADAS EM ÁREAS DE EXTRAÇÃO SELETIVA DE MADEIRA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 09/10/2023
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  • Resumo:
    A exploração seletiva de madeira na região amazônica é uma atividade que possui relevância nos aspectos sociais, econômicos e ambientais. Em muitos dos casos esta é uma atividade considerada de baixo impacto ambiental nas florestas quando comparada ao desmatamento. Esta pesquisa avaliou a abertura do dossel em áreas de floresta explorada com impacto reduzido na Amazônia Oriental ao longo de diferentes anos. Nestas áreas foi realizado um monitoramento detalhado usando tanto imagens hemisféricas como imagens orbitais para avaliar a persistência dos impactos ao longo do tempo. As fotografias hemisféricas foram utilizadas para medir a abertura do dossel e fornecer uma avaliação de alta resolução das áreas exploradas. Este estudo também utilizou imagens obtidas pelos satélites Landsat, Sentinel e Planet. Nestas imagens orbitais foi aplicado o Modelo Linear de Mistura Espectral e realce para detectar impactos na abertura do dossel causados pela exploração seletiva de madeira. As imagens hemisféricas revelaram que mesmo 17 anos após o término da exploração madeireira, os impactos causados pela  exploração seletiva ainda foram identificados. Já as imagens orbitais permitiram identificar a exploração em diferentes intervalos de tempo de acordo com a resolução de cada uma delas. A partir dos resultados, este estudo destaca a importância do uso combinado de imagens hemisféricas e imagens de satélite para monitorar os efeitos da exploração seletiva de madeira ao longo do tempo na Amazônia. Isso permite uma compreensão mais abrangente da dinâmica florestal, a persistência dos impactos e a importância do monitoramento contínuo das áreas de exploração para avaliar os efeitos em longo prazo e adotar estratégias de manejo sustentável.
  • TAIANE NOVAES DO CARMO
  • EU E O VERDE: PERCEPÇÕES SOBRE A NATUREZA E A BIODIVERSIDADE NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA, AMAZÔNIA BRASILEIRA

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  • Data: 29/09/2023
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  • As áreas verdes desempenham um papel crucial no bem-estar humano, oferecendo espaços
    de relaxamento e conexão com a natureza. Além de promoverem a saúde mental e
    emocional, proporcionam ambientes favoráveis para atividades físicas e interações sociais,
    contribuindo para uma melhor qualidade de vida nas áreas urbanas. Neste estudo, foram
    realizadas entrevistas com transeuntes em Belém, com o intuito de investigar as interações
    entre os fatores socioambientais e o bem-estar humano dentro do contexto urbano. O escopo
    da investigação concentrou-se na análise das percepções dos residentes urbanos em relação
    às áreas verdes e no exame de como tais percepções influenciam o bem-estar dos indivíduos
    e suas relações com a biodiversidade local. A hipótese que foi submetida à análise sustenta
    que interações positivas com áreas verdes estão associadas a um aumento no nível de bem-
    estar humano e, por consequência, a uma maior valorização e conservação desses espaços. A
    análise dos resultados revelou que as percepções das áreas verdes podem, por vezes, divergir
    da realidade ambiental, no entanto, os entrevistados frequentemente compartilharam
    sentimentos de proximidade e benefícios da biodiversidade presente no contexto urbano.
    Notavelmente, plantas com utilidades alimentares e medicinais desempenharam um papel de
    destaque na promoção da saúde. Além disso, atitudes positivas em relação à fauna foram
    comuns em áreas verdes bem preservadas. Por outro lado, as percepções negativas foram
    frequentemente associadas à falta de conhecimento sobre práticas adequadas de manejo e à
    deficiência na manutenção dos ambientes naturais. A análise das respostas dos transeuntes
    em Belém destaca discrepâncias entre percepção e realidade do ambiente verde, mas
    ressalta a afinidade e benefícios da biodiversidade percebidos no contexto urbano.

  • JOSE FELIPE GAZEL MENEZES
  • Modelagem da palma de óleo na Amazônia: Redução da adequabilidade climática até o final do século.

  • Data: 28/09/2023
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  • A Amazônia sofre historicamente com o desflorestamento. Desde o final da
    década de 1960 até os dias de hoje, o processo de ocupação sempre foi
    realizado de maneira desordenada. Adicionalmente a este fato, há problemas
    locais característicos da região amazônica, como grilagem e invasão de terras.
    Portanto, tais fatores ajudam a explicar o porquê de a região amazônica possuir
    extensas áreas desmatadas e abandonadas. O presente trabalho destaca o
    monocultivo de palma de óleo como alternativa para reintegrar e transformar
    áreas abandonadas em áreas produtivas. Adicionalmente, é apresentado a
    importância da produção de palma de óleo para o mercado global e local, e como
    as mudanças climáticas podem afetar a produção da palma de óleo em cenários
    futuros. É utilizado um modelo de superfície desenvolvido pela Empresa
    Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), para estimar a produção de
    palma de óleo. Este estudo foi conduzido em um monocultivo de palma de óleo
    com híbrido interespecífico (HIE), gerado a partir do cruzamento entre as
    espécies Elaeis guineensis Jacq (Africano) e Elaeis oleifera (Kunth) Cortés
    (Americano). Posteriormente, através da construção de um modelo de
    distribuição de espécies, estimamos como as áreas climaticamente adequadas
    ao cultivo de palma de óleo podem mudar no futuro, com base nos cenários de
    mudanças climáticas do IPCC.

  • MARINA NASCIMENTO ALVES VIEIRA
  • ZONEAMENTO SOCIOAMBIENTAL ASSOCIADO AO PROCESSO DE TERRAS CAÍDAS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS AMAZÔNICAS

  • Orientador : ALINE MARIA MEIGUINS DE LIMA
  • Data: 31/08/2023
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  • Esse plano de dissertação apresenta a complexidade e importância do fenômeno de
    terras caídas para a qualidade de vida da população às margens dos rios amazônicos. A
    ocorrência dessa erosão de margem fluvial traz prejuízos e preocupações em diversas
    partes da Amazônia. A carência de pesquisas é fruto da dificuldade de acesso à muitas
    das áreas que sofrem com movimentos de massa relacionados. Por se tratar de um termo
    regional, ainda não há consenso sobre o fenômeno de fato. A diversidade de fatores
    desencadeadores descrita por diversos pesquisadores reflete a complexidade do tema. A
    ausência de conceituação técnica pode trazer subnotificação de ocorrência de terras
    caídas. Esta pesquisa objetiva avaliar o emprego do termo “terras caídas” no contexto
    dos rios amazônicos, definindo as áreas afetadas, possibilitando a identificação do perfil
    da população em áreas de risco. A metodologia a ser adotada é adaptada dos produtos
    da Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a
    Enchentes e Movimentos de Massa Setorização de Riscos do Serviço Geológico do
    Brasil (CPRM). Espera-se, com essa pesquisa, poder contribuir para a ampliação do
    conhecimento no fenômeno tão impactante para comunidades, muitas das vezes,
    isoladas e com baixo amparo do poder público.

  • YASMIN EMANUELLE SANTOS PEREIRA DE LIMA
  • RESILIÊNCIA URBANA NA ZONA COSTEIRA DA AMAZÔNIA: UMA ANÁLISE DE INDICADORES PARA A CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 23/08/2023
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  • O rápido crescimento populacional em ambientes urbanos é a causa raiz de muitos desafios de resiliência, onde as cidades concentram a grande parte da população com vulnerabilidade social e expostas a perturbações relacionadas ao clima. A mudança climática é um desafio global, há uma crescente preocupação internacional sobre como lidar com as implicações das mudanças climáticas nas áreas urbanas. Esta Tese tem como objetivo analisar a resiliência urbana da cidade de Belém, Pará, região amazônica, Norte do Brasil, a partir de uma ferramenta multidimensional, o Índice de Resiliência da Cidade – IRC, gerando subsídios para a gestão do planejamento urbano. Foi feito o levantamento e análise de conteúdo contemplando os conceitos envolvidos no objeto desta pesquisa. Adaptação do IRC através da aplicação do Método Delphi, com entrevistas com especialistas voltados para o tema. Aplicação do IRC na cidade de Belém-PA, com dados secundários. Como resultado, foi apresentado o problema teórico da pesquisa; obteve-se quatro Dimensões para o IRC, ‘Saúde e Bem-Estar’, ‘Economia e Sociedade’, ‘Infraestrutura e Ecossistemas’, ‘Liderança e Estratégia’, com um total de 38 indicadores, que permitem avaliar os aspectos da resiliência de cidades. O IRC foi operacionalizado em uma planilha Excel, e aplicado na Cidade de Belém-PA e gerou o IRC no valor “Bom”. Como conclusão, foram definidos quatro dimensões e 38 indicadores para gerar o IRC e em Belém-PA o IRC foi considerado “Moderado”, porém, de fato, os desafios em trabalhar com a temática da resiliência urbana ainda são muitos, e vão além da esfera conceitual. Apesar de ainda não existir consenso por parte dos especialistas estudiosos da área, sobre a definição do seu real significado, o maior desafio está na sua operacionalização. O processo de construção de sistemas de indicadores de resiliência é complexo e possui barreiras como, por exemplo, a falta de dados para construir indicadores para avaliar alguns aspectos relevantes. Um exemplo de tais indicadores, e que podem ser incluídos em futuras avaliações da cidade de Belém-PA, são aqueles voltados para medir a infraestrutura e ecossistemas.

  • ANA PAULA DOS SANTOS SILVA
  • ANALISE DA EXPANSÃO DA SOJA NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 16/08/2023
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  • DAVISON MÁRCIO SILVA DE ASSIS
  • PERCEPÇÃO AMBIENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM COMUNIDADES COSTEIRAS NA AMAZÔNIA, AMEAÇAS AO BEM-ESTAR E SOBREVIVÊNCIA LOCAL:Um estudo na Reserva Extrativista Marinha de Soure, Pará, Brasil.

  • Data: 04/08/2023
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  • As mudanças climáticas, fenômeno global que tem produzido sérias consequências aos ecossistemas, vêm afetando em larga escala a natureza e as populações humanas que vivem e dependem dos seus bens e serviços, e as áreas costeiras por estarem mais expostas os efeitos desse fenômeno vêm sendo impactadas a taxas sem precedentes. A diminuição nos benefícios prestados por essas áreas afeta diretamente o modo de vida das populações humanas ali estabelecidas, as quais construíram uma relação de dependência com a natureza e seus recursos. A Reserva Extrativista Marinha de Soure, localizada na costa da Amazônia Oriental, caracterizase por compreender uma área composta por três comunidades tradicionais que apresentam um modo de vida pautado na relação sustentável e de subsistência com a natureza. Apesar de inseridas em uma Unidade de Conservação e apresentarem práticas sustentáveis, os efeitos das mudanças climáticas podem figurar sérias ameaças. Neste contexto, este trabalho, que se caracteriza como uma pesquisa interdisciplinar, levantou percepções sobre as mudanças climáticas e buscou compreender à luz dessas percepções, como os moradores associam alterações no fluxo de bens e serviços ecossistêmicos costeiros a este fenômeno. As percepções levantas revelam o alto nível de concordância para a ocorrência das mudanças climáticas. Embora as comunidades apresentem práticas sustentáveis de uso e manejo com dos recursos, as percepções apontam que os efeitos globais das mudanças climáticas podem ser sentidos em escala local, afetando a provisão dos recursos da natureza. As percepções são moldadas, pela idade, tempo de residência e pelo grau de dependência dos bens e serviços do ecossistema costeiro, resultando que as pessoas com a idade mais avançada, residentes a mais tempos nas comunidades, com maior dependência dos recursos, são as que apresentam as maiores percepções. Essas variáveis que explicam os níveis de percepções encontrados, reforçam que sua construção possui base nos saberes tradicionais, os quais são fruto da intensa relação da natureza e seus recursos, resguardando a história, a cultura e identidade dos povos locais.

  • RONALDO ROSALES MENDOZA
  • SOLUÇÕES BASEADAS NA RESILIÊNCIA DA NATUREZA: MODELO SUSTENTÁVEL RESILIENTE APLICADO AOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM - PA/BRASIL

  • Data: 10/07/2023
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  • A destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) é um dos grandes problemas mundiais
    de poluição do meio ambiente, cresce na medida em que cresce a população mundial
    exponencialmente relacionado com o acesso aos serviços públicos. Inspirado na característica
    resiliente da natureza e baseado nesse poder transformador, incluso dos materiais no estado de
    decomposição em novos produtos e serviços ecossistêmicos, considerando os avances na
    política, na normativa e a vontade dos atores, se propõe o modelo de Aproveitamento dos
    Materiais Contidos nos Resíduos Sólidos nas Cidades. A cenarização de aplicação do modelo
    feita na Região Metropolitana de Belém do Pará/Brasil no período 1990-2020 e projetada até
    2030, aplicadando a estadística multivariável aos dados e informações do IBGE e IPEA. Os
    resultados mostram que mais do 95% dos materiais com destino ao lixão, as ruas, os canais, nos
    rios, no mar e outros destinos ilegais, poderiam se recuperar para criar uma circularidade de uso
    e consumo, impactando favoravelmente a sociedade, a economia e a natureza. Foi determinado
    o índice ajustado dos Resíduos Ordinários (RO) com o valor de 0,93 kg equivalente a metros
    cúbicas por pessoa por dia para a produção de lixo tratado e administrado pelos munícipios, o
    mesmo facilita a imediatez no cálculo para qualquer cidade, região, país e incluso para o mundo.
    O modelo é arquitetado a partir do padrão das práticas adequadas de ARSU no mundo, e a
    inserção dos produtos no mercado impactando assim a dinâmica social-econômica-ambiental,
    por enquanto, recomendasse realizar as gestões políticas, legais, e administrativas para seu
    financiamento e implementação para resolver assim o problema transgeracional dos resíduos
    na Região Metropolitana de Belém e outros munícipios servindo de exemplo ao mundo.

  • LUCIANE GOMES FIEL
  • SISTEMAS AGROFLORESTAIS MIMETIZAM ECOSSISTEMAS NATURAIS E PODEM SER RESILIENTES FRENTE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA

  • Data: 03/07/2023
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  • CÁSSIO ALVES PEREIRA
  • INCÊNDIOS, DEGRADAÇÃO E RESTAURAÇÃO BIOCULTURAL DE FLORESTAS SOCIAIS NA RESERVA EXTRATIVISTA TAPAJÓS-ARAPIUNS, OESTE DO PARÁ

  • Data: 30/06/2023
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  • A Amazônia tem papel central na conservação da biodiversidade terrestre, na provisão de serviços ecossistêmicos de relevância global, como a regulação do clima e é o habitat de milhares de comunidades tradicionais e populações indígenas. Apesar da sua importancia socioambiental, as atividades humanas têm causado extensas transformações na floresta amazônica e uma das maiores preocupações atuais, além do desmatamento (corte raso da floresta) é a degradação florestal causada pelo fogo. Essa tese aborda o tema da degradação causada por incêndios em florestas sociais habitadas por comunidades indígenas da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, na região de Santarém, oeste do Pará considerada uma das regiões mais vulneráveis ao fogo da região amazônica. A pesquisa examina o efeito de dois incêndios consecutivos (2015 e 2017) na estrutura, composição e diversidade de espécies de árvores e palmeiras da 0floresta, avalia a percepção das comunidades indígenas sobre a degradação e as mudanças nas condições da floresta social causadas pelo fogo e analisa a possíbilidade de construir estratégias para evitar a degradação futura e recuperar as florestas sociais pela abordagem biocultural que integra a pesquisa e o saber tradicional das comunidades indígenas. Os resultados mostraram que os incêndios florestais consecutivos reduzem a biomassa da vegetação e conduzem à homogeneização taxonômica da floresta. As comunidades indígenas percebem a vulnerabilidade do seu território à ocorrência dos incêndios florestais, particularmente em épocas de seca severa. Além disso, elas reconhecem perdas sociais, econômicas e ambientais e estão dispostas a atuar no controle do avanço da degradação e na recuperação da floresta social. Por fim, é proposta uma agenda de pesquisa e ação focada em causas, impactos, gestão e mitigação de incêndios em florestas sociais que inclui iniciativas piloto de restauração biocultural, produzidas de forma conjunta com as comunidades. Essas iniciativas devem conter metas, abordagens e tecnologias capazes de capacitar econômica, social e politicamente e integrar a ação das comunidades indígenas, organizações não governamentais, órgãos públicos, academia e agências de pesquisa e o poder público a fim de ampliar a abordagem da restauração biocultural relacionada aos incêndios florestais na Amazônia e produzir conhecimento e lições globalmente relevantes.

  • ERMESON FREITAS DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE AMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA LEGAL BRASILEIRA

     

  • Data: 30/06/2023
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  • MARINA COSTA DE SOUSA
  • AVALIAÇÃO DO RISCO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DOS MANGUEZAIS AMAZÔNICOS DA COSTA ATLÂNTICA.

  • Data: 28/06/2023
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  • Os manguezais amazônicos estão sujeitos a diversos impactos climáticos, demandando
    ações de conservação e adaptação. Os objetivos deste trabalho é avaliar a
    vulnerabilidade das Unidades de Conservação (UCs) dos manguezais amazônicos as
    mudanças climáticas, fornecer dados de previsão climática para a região e analisar se as
    UCs estão desempenhando efetivamente seu papel de proteção desses ecossistemas.
    Para alcançá-los, foi utilizado dados do MapBiomas para delimitar a área de mangue,
    dados do World Database on Protected Areas (WDPA) para identificar as UCs dentro
    dos manguezais, dados do WorldClim para obter informações sobre a temperatura
    média anual (BIO1) e a precipitação acumulada (BIO12), e dados de Biomassa Acima
    do Solo (ESA). O processamento foi realizado no software ArcGIS, Qgis e Rstudio. Os
    resultados revelaram uma tendência de aumento da temperatura ao longo do tempo,
    enquanto a precipitação acumulada apresentou uma tendência de redução entre
    diferentes cenários e períodos. Esses padrões indicam que os manguezais sob proteção
    podem enfrentar até o final do século um contínuo aumento da temperatura e uma
    redução na precipitação. A temperatura mais elevada contribui para o aumento da
    disponibilidade de energia, desempenhando um papel fundamental na regulação da
    evapotranspiração nas florestas de mangue. Por outro lado, a redução na precipitação
    tem um impacto negativo na salinidade, produtividade, crescimento e diversidade das
    espécies de mangue. O estudo também avaliou as UCs que protegem as florestas de
    mangue na região amazônica, juntamente com a biomassa acima do solo (AGB) que
    representa a quantidade de carbono armazenada nas árvores. Os resultados mostraram
    que 80,2% dos manguezais estão inclusos em UCs, com maior proteção no estado do
    Maranhão, seguido pelo Amapá e Pará. No entanto, observou-se uma variação na AGB
    entre os estados avaliados, com aumento para o Amapá e Pará e diminuição para o
    Maranhão. É fundamental implementar medidas de gestão e conservação mais eficazes
    para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas nesses ecossistemas
    costeiros.

  • PAULO AMADOR TAVARES
  • ANALISE DA DINAMICA DA TRANSICAO DO FOGO NA AMAZONIA BRASILEIRA

  • Data: 21/06/2023
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  • Este estudo consistiu em dois capítulos que abordaram a transição do fogo na Amazônia brasileira. No Capítulo 1, foi investigado como ocorre a transição do fogo ao longo do tempo na Amazônia brasileira, considerando as mudanças no uso da terra e cobertura florestal. Foram coletados dados anuais de ocorrência de incêndios, cobertura florestal, taxas de desmatamento e áreas de cultivo de soja. Utilizando modelos lineares mistos generalizados e modelos lineares, foram realizadas análises estatísticas para identificar os principais fatores que influenciam essa transição. Foi constatado que há um processo de transição do fogo na floresta, sendo que um modelo quadrático melhor predisse o comportamento da ocorrência de incêndios. Além disso, observou-se que o pico de ocorrência de incêndios está se deslocando para paisagens mais florestadas ao longo do tempo. As taxas de desmatamento e a expansão das áreas de cultivo mostraram-se relacionadas com essa transição, sendo que o desmatamento teve maior impacto na ocorrência de incêndios e a expansão das áreas de cultivo foi mais relevante para prever a transição para áreas mais florestadas. No Capítulo 2, foi investigada a transição do fogo em paisagens florestais da Amazônia brasileira, com foco em compreender como essa transição ocorre e quais variáveis melhor explicam esse processo. Utilizando Análise de Trajetórias Latentes (LTA) e modelos lineares mistos generalizados, foram identificadas trajetórias latentes que representam diferentes padrões de ocupação do solo ao longo do tempo. Duas trajetórias latentes principais foram destacadas: a trajetória "Consolidada", caracterizada por um histórico mais antigo de desmatamento, e a trajetória "Transição", que apresentou um padrão mais recente de ocupação do solo. A cobertura florestal e o desmatamento foram as principais variáveis preditoras das queimadas florestais nas duas trajetórias, seguidas pelo déficit hídrico. A expansão da agricultura mecanizada não mostrou ser significativa para nenhuma das trajetórias. Foi observado um aumento nas áreas de floresta queimada a partir de 2015 em ambas as trajetórias. Em conjunto, os resultados destacam a importância da transição do fogo na Floresta Amazônica brasileira e sua relação com as mudanças no uso da terra e cobertura florestal. Essas descobertas ressaltam a necessidade de desenvolver políticas públicas que fortaleçam a cobertura florestal, por meio de iniciativas como a restauração florestal, e reduzam o desmatamento na região amazônica para garantir a conservação da biodiversidade e dos estoques de carbono.

  • MAYCO PACHECO PANTOJA
  • INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA FAMILIAR NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PARÁ, BRASIL.
  • Orientador : MARIA ISABEL VITORINO
  • Data: 02/06/2023
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  • SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE CAMETÁ-PA

  • THAIANE SOEIRO DA SILVA DIAS
  • PRODUTIVIDADE DE CITRUS NA AMAZÔNIA ORIENTAL: RELAÇÕES COM O CLIMA ATUAL, RISCO SOCIOAMBIENTAL RELATIVO AOS EVENTOS EXTREMOS E MODELAGEM DOS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS FUTURAS

  • Orientador : EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
  • Data: 31/05/2023
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  • No contexto da fronteira agrícola dentro do território amazônico, a produção dos citrus (limão e laranja) tem se destacado em termos socioeconômicos e ambientais. Nesta tese, três diferentes abordagens científicas foram desenvolvidas para elucidar: i) as relações entre a produtividade de citrus e os padrões de variabilidade climática (precipitação e temperatura do ar) e desmatamento sobre a Amazônia oriental durante as últimas décadas; ii) o risco socioambiental da produtividade de citrus em decorrência dos eventos extremos de precipitação da Amazônia oriantal; e iii) os impactos dos diferentes cenários futuros de mudanças climáticas na distribuição das áreas potenciais de ocorrência da espécie Citrus sinensis sobre a Amazônia Legal Brasileira. Os resultados mostraram evidências de que fatores naturais (variabilidade climática e eventos extremos de precipitação) e fatores antrópicos (desmatamento) influenciam diretamente a produtividade dos cítricos em diversas áreas da Amazônia oriental. Além disso, foi demonstrado que as mudanças climáticas podem impactar negativamente a distribuição das principais áreas de ocorrência da espécie Citrus ao longo da Amazônia legal Brasileira.

  • WALÉRIA PEREIRA MONTEIRO CORREA
  • CONSERVAÇÃO DO JABORANDI (Pilocarpus microphyllus Stapf Ex Wardleworth) NO NORTE DO BRASIL: DIVERSIDADE GENÉTICA E IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS FUTURAS

  • Data: 31/05/2023
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  • O jaborandi (Pilocarpus microphyllus Stapf Ex Wardleworth) é uma planta medicinal encontrada no norte/nordeste do Brasil. Nas últimas décadas, a exploração extrativista desordenada, o avanço da agropecuária e de outras atividades que resultam no desmatamento, bem como as mudanças climáticas em curso, tem induzido impactos diretos e indiretos na sobrevivência desta espécie vegetal. O jaborandi é uma fonte natural de pilocarpina, um alcalóide utilizado na indústria farmacêutica para o tratamento de glaucoma e xerostomia. Assim sendo, a espécie tem um grande interesse socioambiental pois o extrativismo das suas folhas tem gerado renda para inúmeras famílias, além de contribuir para a conservação da espécie na região. A fim de contribuir com estratégias de conservação e sobrevivência da espécie a longo prazo, esse estudo avaliou a estrutura e diversidade genética da espécie P. microphyllus em uma Unidade de Conservação (UC) no sudeste do Pará (FLONA Carajás), bem como foi desenvolvido um estudo de modelagem ambiental para analisar os impactos das mudanças climáticas na distribuição geográfica de ocorrência do jaborandi, a fim de delinear áreas adequadas mediante aos cenários climáticos futuros. Os resultados do estudo genético demonstraram a formação de 04 populações com elevada diversidade e estrutura ecológica, mesmo com extrativismo contínuo dentro da FLONA de Carajás, indicando que a exploração tem ocorrido de forma sustentável na região. No estudo de modelagem, as projeções indicaram impactos das mudanças climáticas na distribuição de P. microphyllus com redução nas áreas adequadas nos biomas de Cerrado e Caatinga (Maranhão e Piaui) e expansão das espécies nas áreas protegidas de cobertura florestal do bioma Amazônia no sudeste do estado do Pará. Os resultados deste estudo contribuem para o entendimento da diversidade na FLONA de Carajás e reforçam a necessidade de planos de manejo e conservação de P. microphyllus em área prioritárias, onde a espécie encontra condições climáticas favoráveis nos cenários futuros. Medidas de proteção para essa espécie são essenciais, visto que, o extrativismo das folhas contribui como fonte de renda para as comunidades locais.

     

  • VANIA DOS SANTOS FRANCO SODRE
  • AVALIAÇÃO DOS CENÁRIOS DE CLIMA FUTURO EM DECORRÊNCIA DO DESMATAMENTO NA BACIA DO RIO TAPAJÓS

  • Data: 31/05/2023
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  • FABIANA DA SILVA PEREIRA
  • Efeitos das mudanças de uso e cobertura da terra na paisagem e nos serviços ecossistêmicos no leste da Amazônia

  • Data: 29/05/2023
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  • Efeitos das mudanças de uso e cobertura da terra na paisagem e nos serviços ecossistêmicos no leste da Amazônia

  • MARCOS BARRADAS GONCALVES
  • LINHAS DE INSTABILIDADE E TROCAS TURBULENTAS NA INTERFACE FLORESTA AMAZÔNICA-ATMOSFERA

  • Data: 05/05/2023
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  • As linhas de instabilidade (LIs) são fenômenos convectivos que frequentemente ocorrem na atmosfera tropical e já foram largamente investigados pela comunidade científica. Vários trabalhos já mostraram como a termodinâmica da média e alta troposfera se caracteriza durante a ocorrência dessas linhas. Contudo, poucos trabalhos foram realizados com o objetivo de se investigar o papel delas nas trocas de massa e energia próximo do solo, ou na interface floresta atmosfera. Neste trabalho recorreu-se a dados experimentais de alta frequência coletados no sítio Amazon Tall Tawer Observatory (ATTO) e a imagens de satélites da região central da Amazônia. Os dados foram coletados durantes dois anos, um deles considerado “Normal” (2014) e ou outro foi um ano de forte El Niño (2015). O objetivo foi investigar o papel das linhas de instabilidades nas variáveis termodinâmicas próximos a superfície e nas trocas turbulentas de massa e energia entra o dossel florestal e a atmosfera imediatamente acima. Além disso, também investigou-se a influência de anos de El Niño no número de ocorrência de linhas e consequentemente no impacto que esses fenômenos exercem na precipitação, temperatura, umidade relativa, radiação que chega a superfície e fluxos turbulentos calculados pelo método da correlação dos vórtices turbulentos. Para isso, recorre-se aos ciclos diários médios dessas grandezas para diferentes estações e para os diferentes anos. Os resultados mostraram um aumento da ocorrência das linhas de instabilidade em ano de ano de El Niño, possivelmente influenciado pelo aumento da temperatura da superfície do mar que leva a maiores taxas de evaporação. Além disso foi verificado que essas linhas exercem um importante papel nas variáveis atmosféricas aqui estudadas. Notou-se que durante a presença das Lis ocorreram: i) elevadas taxas de precipitação, além do que elas foram responsáveis por uma porcentagem maior de precipitação em anos de El Niño; 2) a temperatura apresentou decaimento de 2 e 2,5oC em 2014 e 2015, respectivamente, 3) aumento da velocidade do vento em 1,5 e 2 m s-2, para 2014 e 2015; 4) diminuição da radiação de onda curta, ocasionada pela cobertura das nuvens que causaram a redução da passagem da radiação, sendo esse queda maior no ano de El Niño; 5) aumento da umidade relativa, sendo maior no ano de El Niño. Em relação aos fluxos turbulentos observou-se que o fluxo de calor e latente apresentou queda no momento da ocorrência das LI’s e o fluxo de momento apresentou valores 3 vezes maior do que o registrado horas antes da ocorrência da LI. Já o fluxo de CO2 deu um salto positivo de 13 e 22 𝜇mol m-2 s-1 em 2014 e 2015, respectivamente, no momento da ocorrência das LI’s devido à diminuição da radiação incidente, o que impactou nas taxas fotossintéticas das plantas e assim tem-se mais CO2 disponível no meio. Até onde se sabe esse é o primeiro estudo de longo prazo que mostra o impacto das LIs nas trocas turbulentas entre a floresta amazônica e a atmosfera. Acredita-se que esses resultados são importantes, visto que os transportes de vapor de água e de CO2 e consequentemente ciclos hidrológicos e de CO2 podem ser alterados pela presença das LIs e pela ocorrência de El Niño. Consequentemente em um cenário de mudanças climáticas globais, onde espera-se que El Niños e LIs sejam mais frequentes, a qualidade de vida das pessoas pode ser bastante comprometida.

  • PATRICIA MIE SUZUKI
  • Benefícios ambientais e econômicos de sistemas agroflorestais de Tomé-Açu, Pará

  • Data: 28/04/2023
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  • LUCAS MOTA BATISTA
  • POLÍTICAS DE ESTADO E TECNOLOGIAS SOCIAIS DE ÁGUA DE CHUVA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 27/04/2023
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  • VYNICIUS BARBOSA DE OLIVEIRA
  • Efeitos do fogo recorrente no banco de sementes: Implicações para a regeneração de florestas degradadas na Amazônia

  • Data: 09/02/2023
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  • O objetivo deste estudo foi analisar a resposta do banco de sementes do solo ao fogo recorrente em florestas de terra firme da Amazônia, além de determinar a relação desse mecanismo de regeneração com a comunidade vegetal acima do solo. Na Resex Tapajós-Arapiuns, Santarém, Pará, Brasil, foram demarcadas parcelas de 10 m x 250 m em três habitats de florestas não queimadas (conservadas), cinco de queimadas uma vez e seis de queimadas duas vezes, onde as espécies > 10 cm de DAP, foram medidas e identificadas e cinco amostras de solo (N = 2,8 m²) de 20 x 20 cm e 5 cm de profundidade foram coletadas e, cada habitat (70 amostras ao total). Foram analisadas a densidade (m²), riqueza de espécies e os atributos funcionais (formas de vida, sucessão ecológica e síndrome de dispersão). Os resultados mostram que não houve diferença significativa da densidade de sementes entre os habitats, porém, a densidade de ervas e a dispersão por animais em áreas com recorrência de fogo (queimada 2 vezes) foi maior. A similaridade entre o banco de semente e a vegetação em pé foi considerada baixa. Entretanto, a presença dominante de ervas nas áreas com recorrência do fogo é notável, ou seja, o fogo proporcionou a proliferação dessas espécies. Isso corrobora que o fogo causa impactos negativos diretos na composição de espécies que impedem a regeneração dessas áreas e o crescimento de espécies com potencial florestal. Portanto, é necessário inserir o combate ao fogo na Amazônia como prioridade nas políticas públicas.

2022
Descrição
  • ARTHUR MARQUES LEÃO
  • DINÂMICA DA PAISAGEM: UMA ANÁLISE ESPACIAL DAS ALTERAÇÕES DA COBERTURA DA TERRA EM PARAGOMINAS - PA

  • Data: 31/08/2022
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  • O município de Paragominas possui uma forte dinâmica de ocupação da terra, devido ao histórico da expansão territorial e econômica, consequentemente gerando alterações na estrutura da paisagem. Tais alterações estão relacionadas principalmente com as atividades de extração de madeira e com a conversão de florestas em pastagens e agricultura. Entretanto, a forma de ocupação de suas terras pode gerar prejuízos ao meio ambiente, causando distúrbios ecológicos como a fragmentação da paisagem, perdas de habitats e degradação. Nesse contexto, este estudo analisou o processo de alterações da paisagem a partir da classificação da cobertura da terra, nos anos de 2010, 2014, 2018 e 2020, utilizando imagens do satélite Landsat, limites municipais e outros dados disponíveis para a área. A classificação utilizou o algoritmo Random Forest. A análise da paisagem se deu a partir dos cálculos das métricas de paisagem e a comparação dos valores das métricas da paisagem poderá ser realizada entre classes (mesmo ano) e também para a mesma classe entre os anos analisados (variação temporal). A análise da dinâmica do uso e cobertura envolveu um método quantitativo para analisar mapas de terrenos de vários anos para um único local, a análise de intensidade. Com os resultados obtidos foi atestado o avanço das áreas de vegetação secundária ao longo do período estudado e a redução de áreas de floresta nativa. Houve a expansão de áreas agrícolas e pastagem desde o primeiro ano analisado até o último. As áreas de vegetação secundária (VS), pasto e as áreas agrícolas tiveram o maior ganho em termos do tamanho da transição anual. Houve grande fragmentação das áreas de vegetação nativa e as áreas de VS tiveram uma redução em seu processo de fragmentação.

  • KALEB LIMA RIBEIRO
  • Caracterização microclimática de um sistema agroflorestal de palma de óleo no leste da Amazônia.

  • Data: 31/08/2022
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  • ALBERTO CRUZ DA SILVA JUNIOR
  • USO RACIONAL DA ÁGUA EM PLANTIOS DE LIMA ÁCIDA THAITI Citrus latifolia (Yu. Tanaka) NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 18/07/2022
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  • A necessidade de utilização mais racional dos recursos hídricos exige mudanças de comportamento da sociedade em prol do uso mais sustentável dos recursos naturais. Esta pesquisa interdisciplinar investigou como interações solo-planta-atmosfera modificam o balanço de energia e a demanda evapotranspiratória em plantios de limão tahiti e como estas variações interferem na sustentabilidade hídrica da cultura na Amazônia oriental. Os objetivos específicos são de avaliar a sazonalidade do balanço de energia e da demanda hídrica do limão tahiti e definir parâmetros que contribuam para o uso eficiente da água na irrigação na Amazônia Oriental. Além disso, calcular as pegadas hídricas verde, azul e cinza da produção de limão na região e comparar com as principais regiões produtoras do Brasil. Com os resultados dessa tese espera-se contribuir para gerar uma base sólida de informações que permitam otimizar a reposição de água na irrigação e quantificar o tamanho da apropriação humana sobre este recurso natural nas áreas de cultivo. Foram monitorados dados meteorológicos: temperatura dor ar em dois níveis acima do dossel, umidade relativa do ar, radiação extraterreste, velocidade e direção do vento, pluviosidade e fluxo de calor para o solo; dados relativos ao solo: granulometria, fertilidade química, densidade aparente e conteúdo volumétrico de água no solo; e dados inerentes a planta: profundidade efetiva do sistema radicular, floração, frutificação e índice de área foliar. Também utilizamos bases de dados do IBGE, INMET, ANA e MAPBIOMAS como fonte para os cálculos das pegadas hídricas da produção de limão tahiti em 48 municípios de 4 estados, correlacionando suas respectivas PH’s com índices de segurança hídrica governamentais e assim avaliar a sustentabilidade da produção. Como resultados principais do capítulo 2 verificou-se que 63% da energia disponível foi utilizada para produzir calor latente no período mais chuvoso, enquanto 60% foram utilizados durante o período menos chuvoso. O calor sensível utilizou 32% e 34% durante o período mais e menos chuvoso, respectivamente. Já o calor no solo apresentou pouca variação com média de 5% para todo período. O consumo hídrico do limão tahiti durante o experimento foi de 1599 mm, com média diária de 3,70 mm dia-1, enquanto o valor médio do Kc foi de 1,4. Estes resultados permitem projetar de forma adequada os protocolos de suprimento hídrico para cultura no principal polo citrícola da região amazônica. No capítulo 3 os principais achados são que existe ampla variabilidade da PH entre os municípios produtores, com destaque para os estados de São Paulo e Minas Gerais onde foram obtidos os melhores resultados. Nos estados da Bahia e Pará encontramos elevadas PH’s associadas principalmente a baixas produtividades. Concluímos de forma geral que a sazonalidade das demandas evapotranspiratórias da cultura do limão seguem dinâmicas específicas na região amazônica e que a pegada hídrica foi um bom aferidor da apropriação da água durante a produção do limão tahiti.

  • FLAVIO AUGUSTO FARIAS DOLIVEIRA
  • INFLUÊNCIA DA QUEIMA DE BIOMASSA NOS TRANSPORTES DE GASES E CHUVA NA AMAZÔNIA CENTRAL

  • Data: 14/07/2022
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  • O objetivo desta tese é investigar como os sistemas convectivos de mesoescala e circulação de brisa fluvial, na região da Amazônia central, atuam  em um cenário de poluição causada por queima de biomassa no período seco de 2014. Este estudo utilizou como ferramenta principal o modelo Weather Research and Forecast acoplado com a química da atmosfera (WRF-Chem). Inicialmente, foi investigado um estudo de caso de um sistema convectivo de mesoescala (SCM) ocorrido na região da Amazônia central em 16 de agosto de 2014, quando havia poluição oriunda da queima de biomassa. Para isto, foram feitas simulações com dois cenários, sendo um considerando a queima de biomassa (bb_on) e outro sem a queima de biomassa (bb_off). O cenário bb_on mostrou importante impacto no desenvolvimento das nuvens convectivas e nos seus downdrafts, onde foram encontradas nuvens menos desenvolvidas e com menores taxas de precipitação do que aquelas encontradas para a simulação bb_off. Além disso, o enfraquecimento do sistema convectivo apresentou menor capacidade de “limpar” o ambiente, ou seja, diluir vertical e horizontalmente as concentrações locais de gases tais como o monóxido de carbono. O segundo aspecto analisado esteve associado a ocorrência da brisa fluvial durante o período de 1 a 5 de agosto de 2014. A brisa fluvial foi observada durante dois dias em dois locais distintos: em um ambiente com um contraste do rio com a floresta, e em um ambiente com contraste do rio com a região urbana da cidade de Manaus. Os resultados mostraram que durante os eventos de brisa fluvial, foram observados que a brisa foi responsável por aprisionar gases como o monóxido de carbono de ozônio na margem em que ocorreram (margem leste do rio Negro) nas duas regiões. A brisa fluvial mais intensa teve seu tempo de duração maior, além de manter os gases em uma área dentro do continente, quando comparado a uma brisa menos intensa que aprisionou estes gases dentro da área do rio. Adicionalmente, a região em que a brisa fluvial foi responsável por concentrar a maior quantidade de gases é uma região predominantemente residencial (porção oeste da cidade de Manaus), enquanto a na porção leste (região industrial) foi favorecida pela limpeza do ambiente através dos ventos de leste.

  • CAIRO EDUARDO CARVALHO BARRETO
  • AS DIMENSÕES DO RISCO HIDROMETEOROLÓGICO NA CIDADE DE VIGIA DE NAZARÉ-PA, ZONA COSTEIRA PARAENSE.

  • Data: 30/06/2022
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  • A cidade de Vigia de Nazaré, localizada no Nordeste paraense, Setor Continental Estuarino da Zona Costeira Paraense, possui uma problemática histórica de inundações, causadas principalmente por efeitos da maré, alto índice de precipitação e incorporação das planícies flúvio-marinhas, inundáveis, à área urbana. Portanto, este trabalho pretende investigar os fatores espaço-temporais, assim como os da dinâmica costeira, que em consonância convergem para a realidade vivida pela população local. O objetivo geral é compreender a relação entre a dinâmica das inundações e o processo de ocupação na cidade de Vigia de Nazaré-PA, produzindo um diagnóstico sobre o risco aos eventos hidroclimáticos extremos.
    Para chegar a este objetivo geral, será necessário desvendar o processo de ocupação na cidade de Vigia, principalmente sobre área de planície de inundação e a dinâmica dos fenômenos hidrometeorológicos e apresentar as dimensões do risco em Vigia, a partir de dados socioambientais. Para isso, foi necessário um levantamento bibliográfico sobre o histórico de ocupação da cidade, assim como os elementos da sua dinâmica natural. Para produzir algumas análises foram usados dados do Centro de Hidrografia Marinha (CHM), para previsão de maré, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), para entender o comportamento da precipitação, e ainda, foi realizado um aerolevantamento através de uma cooperação com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM-CRBE), visando a produção de um Modelo Digital de Terreno (MDT) de altíssima resolução para determinação da área de abrangência da planície de inundação e um
    ortomosaico para visualização das feições urbanas, entre outros. Os dados socioeconômicos e de saúde, para a reconhecer a vulnerabilidade ao risco do município em relação aos demais da região costeira, foram adaptados de Santos (2021), incorporando outros dados de saúde, de fonte do DATASUS. Ferramentas de estatística e geoprocessamento foram aplicadas nestes dados para compor as análises. Os principais resultados encontrados foram: trata-se de uma problemática histórica, decorrente de um risco socialmente construído, admitido pela
    população e negligenciado pelo poder público; ⅓ da ocupação da área urbana está sobre a planície flúvio-marinha, sob influência de maré, sendo grande parte desta área, incorporada recentemente ao espaço urbano, mais fortemente a partir da década de 1980, no contexto da recente reestruturação do espaço regional amazônico. Sua dinâmica natural abrange marés semi-diurnas, podendo alcançar 4,56 m; possui intenso período chuvoso, com acumulados de precipitação acima dos 300 mm em média, de janeiro a maio, sendo o trimestre chuvoso fev./mar./abr., passando os 400 mm e 15 dias de FDPRP em média. Ainda, há registros de eventos de inundações atingindo mais de 4000 residências, na área urbana, sendo esses eventos frequentes durante a série histórica pesquisada (1991-2020). O município ainda possui uma alta vulnerabilidade ao risco, dentre os municípios da região costeira. Estes e os demais resultados podem formar um diagnóstico sobre risco hidrometeorológico da cidade de Vigia, dando subsídios para ações em diversas escalas, seja de monitoramento ambiental, disciplinando e orientando uso e ocupação do solo, e ainda em investimentos nas áreas sociais
    e no sistema de saúde, a fim de mitigar os efeitos dos eventos de inundação.

  • THAYNÁ KARINA DA SILVA CONCEIÇÃO
  • SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS POR SISTEMAS AGROFLORESTAIS NA AMAZÔNIA UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA

  • Data: 30/06/2022
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  • Ao longo das últimas décadas conceitos ecológicos e da teoria biológica evolutiva, vem influenciando propostas no movimento ambientalista. Neste contexto os sistemas agroflorestais (SAFs) ganham notoriedade pelos seus benefícios eco socioeconômico e na geração dos serviços ecossistêmicos. Seguindo este raciocínio objetivo deste estudo foi mensurar em valores qualitativos a contribuição dos SAFs para a natureza desses serviços com foco em sustentabilidade, e em outros benefícios, alinhados ao contexto socioeconômico dos Objetivos de desenvolvimento Sustentável (ODS). Os estudos tiveram como propósito em analisar de forma qualitativa aspectos no qual os SAFs foram inseridos. A partir do levantamento bibliográfico com a utilização de termos de pesquisas na base de dados Web of Science, em seguida foi realizado a curadoria desses dados apresentando métricas bibliométricas, como mapas, gráficos e tabelas. Com um total de 409 publicações, e levando em consideração critérios de região e tema, chegamos ao número reduzido de artigos de 134. Esses resultados mostram que o interesse da pesquisa no campo agroflorestal melhorou, porém de forma gradual e heterogênea. Os serviços ecossistêmicos com maior frequência foram o de Suporte e Provisão.Com este estudo pode aumentar as oportunidades para pesquisas futuras, e sugerir a análise qualitativa dos benefícios dos (Safs) podem contribuir para gerar serviços ecossistêmicos na Amazônia Brasileira.

  • MARCIO SOUSA DA SILVA
  • VULNERABILIDADE AMBIENTAL E O IMPACTO NA PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS DA BACIA HIDROGRÁFICA
    DO RIO ITACAIÚNAS (BHRI) – PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS, SUDESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 30/06/2022
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  • VULNERABILIDADE AMBIENTAL E O IMPACTO NA PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS DA BACIA HIDROGRÁFICA
    DO RIO ITACAIÚNAS (BHRI) – PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS, SUDESTE DA AMAZÔNIA

  • LEIDIANE RIBEIRO MEDEIROS
  • USO DO ALGORITMO SEBAL NA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM UM POMAR DE MANGAS NO NORDESTE PARAENSE: UMA ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL

     

  • Data: 28/06/2022
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  • A evapotranspiração é uma componente importante no diagnóstico das condições climáticas e no manejo do uso da água em áreas irrigadas, e sua obtenção é comumente limitada a lugares que tem estação meteorológica, sendo a utilização de técnicas de sensoriamento remoto uma alternativa promissora para estimar essa variável. Com isso, este estudo teve como objetivo estimar a evapotranspiração real diária (ETr24h) através da aplicação do algoritmo Surface Energy Balance Algorithm for Land (SEBAL), a partir de produtos de sensoriamento remoto e dados da torre meteorológicos, em área de pomar de manga e no seu entorno na vila de Cuiarana, município de Salinópolis-PA. Para isso, foram utilizadas imagens do satélite Landsat-8 OLI/TIRS, e dados complementares de superfície da estação meteorológica situada no sitio experimental de Cuiarana. Utilizou-se o software ERDAS para os processos de empilhamento das bandas, recorte das imagens empilhadas, e o processamento das imagens, em que se realizaram as operações matemáticas de determinação das evapotranspirações. A ETr24h foi estimada a partir da densidade de fluxo de calor latente, obtida como resíduo da equação do balanço de energia e processada com o SEBAL. A temperatura de superfície, fluxo do calor sensível e o albedo foram maiores nas áreas com maior exposição do solo e baixa cobertura vegetal. Por sua vez, fluxo do calor latente, saldo de radiação e evapotranspiração foram maiores nas áreas com maior vegetação e umidade, como a área de pomar de manga. Os resultados para a estimativa da ET24h foram satisfatórios ao observar os valores do erro quadrático médio (EQM), raiz do erro quadrático (RMSE), coeficiente de determinação (R2), índice de concordância (d) e a correlação simples de Person (r) pelo índice de confiança (c), apresentando assim boa concordância com os resultados encontrados pelo método da razão de Bowen, demostrando a eficiência do modelo para tomadas de decisões para o manejo hídrico. Com isso, os valores obtidos demonstraram que o algoritmo SEBAL teve bom desempenho em escala regional na estimativa dos fluxos de energia com potenciais para ser aplicado em áreas onde a disponibilidade de dados meteorológicos é limitante. Também foi realizada a distribuição espacial dos componentes do balanço de energia e da Evapotranspiração para observar o comportamento dessas variáveis ao entorno do pomar. Dessa forma, o uso do sensoriamento remoto no pomar, mostrou-se bastante coerente quando comparado com dados da literatura, reforçando ainda mais a importância do uso e aplicabilidade para um bom gerenciamento e racionalização dos recursos hídricos.

  • IAN PAULO MONTEIRO SANTOS
  • DIVERSIDADE DO USO E MANEJO DE FOGO POR AGRICULTORES NA

    AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 08/06/2022
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  • O uso indiscriminado do fogo vem se tornando um problema global devido ao aumento da incidência e severidade dos incêndios relacionados, principalmente, às mudanças climáticas. A Amazônia brasileira era um bioma livre de fogo, porém tem experimentado incêndios cada vez mais frequentes e intensos. O uso e manejo do fogo é histórico e bastante variável, especialmente na prática da agricultura. Diante disso propõe-se nessa dissertação avaliar o uso e manejo do fogo por diferentes tipos de agricultores (familiares e patronais) em duas regiões distintas na Amazônia Oriental. A coleta de dados foi feita em 2010 pela Rede Amazônia Sustentável (RAS) e em 500 propriedades rurais, distribuídas em 18 microbacias hidrográficas em cada região. Para comparar a diversidade de práticas de uso e manejo do fogo entre os produtores e as regiões, utilizou-se a análise PERMANOVA. Em ambas as regiões, predomina o uso do fogo e os agricultores familiares foram aqueles que tiveram proporção de uso maior em comparação aos patronais. Entretanto, o uso do fogo foi também realizado pelos agricultores maiores de ambas as regiões. As duas finalidades principais para usar o fogo foram preparar a terra antes de implantar agricultura e realizar o manejo de pastagens degradadas. As capoeiras ou florestas secundárias (<20 anos) foram o tipo de vegetação mais usado, embora florestas primárias e capoeiras mais velhas também tenham sido usadas. A maioria dos agricultores construiu aceiros e queimou contra o vento, porém também usou o fogo no período mais quente do dia (entre 12h-15h) e antes das primeiras chuvas na região No momento da queima, os agricultores de ambas as regiões recebem auxílio humano, que ocorre predominantemente por pessoas da própria propriedade. Esse uso dominante do fogo na Amazônia reflete o padrão observado nas diferentes regiões tropicais, principalmente relacionado à agricultura itinerante. Observou-se, também, uma incompatibilidade entre o manejo realizado pelos agricultores e aquele recomendado por especialistas ou pela lei. A necessidade da adaptação da lei brasileira quanto às práticas de queimadas locais é emergente, já que ela pode tornar essa prática inviável. Espera-se com esse estudo contribuir para a elaboração de normas de uso e manejo do fogo que sejam mais adaptadas às realidades específicas de cada região e de cada produtor.

  • JOSINARA SILVA COSTA
  • EXTRAÇÃO DE RECURSOS FLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 27/05/2022
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  • EXTRAÇÃO DE RECURSOS FLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • CARLOS BENEDITO BARREIROS GUTIERREZ
  • DINÂMICA DA URBANIZAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM E MUDANÇAS NOS REGIMES SAZONAIS DURANTE O CLIMA ATUAL E FUTURO NUM CENÁRIO AMAZÔNICO

  • Data: 29/04/2022
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  • O intenso e sistemático processo de adensamento populacional urbano e a supressão vegetal, característico das transformações antrópicas, podem desencadear diversas mudanças não só na paisagem geográfica, mas também no clima regional, propiciando consequentemente impactos nas dimensões sociais e ambientais. Este estudo tem como objetivo principal quantificar a dinâmica espaço/temporal das mudanças na cobertura superficial da Região Metropolitana de Belém (RMB), com foco na urbanização, durante as últimas quatro décadas, incluindo análises dos efeitos/impactos nos regimes sazonai do período chuvoso (janeiro a abril) e seco (julho a novembro). Além disso, foi realizado um estudo de Downscaling usando modelo regional RegCM4 para gerar projeções de clima futuro (próximas duas décadas) para a RBM associadas aos impactos das mudanças climáticas globais. Para atingir os objetivos propostos, o estudo fez uso de dados demográficos do IBGE, mapeamento por sensoriamento remoto com aplicação de índices físicos para realçar o uso e cobertura do solo, dados ambientais extraídos da plataforma MapBiomas e diversas bases de dados climáticos provenientes de estação in situ do INMET e estimativas de satélites (CRU, CHIRPS e CMORPH). Diversos métodos estatísticos e análises quantitativas foram empregados nestas bases de dados. Os resultados obtidos no estudo independente de mapeamento multitemporal por sensoriamento remoto, corroborado pelos dados do MapBiomas, revelaram grandes transformações ocorridas na paisagem regional da RMB ao longo das últimas décadas. Dentre as principais evidências encontradas podemos reportar: a expansão urbana condicionou um clima mais quente na cidade de Belém; na RMB, a supressão vegetal levou à expansão das áreas de pastagem/agricultura, cujas mudanças ambientais explicaram a tendência de aumento monotônico da temperatura do ar em ambos os regimes sazonais; Belém e RMB apresentam tendências de intensificação sistemática do regime chuvoso. As projeções geradas pelo RegCM4 (considerando o cenário RCP8.5 considerado mais extremo de aquecimento global) indicam que os padrões regionais de clima futuro em Belém e RMB serão afetados pelas mudanças climáticas globais. As simulações climáticas futuras (próximos 25 anos, 2021 a 2045) em relação aos dados do clima atual (últimos 35 anos, 1986 a 2020) apontam que as condições climáticas urbanas mais quentes devem persistir nas próximas décadas, com um aumento da temperatura do ar de 1,5ºC na RMB e 1,3ºC em Belém para o regime seco e 1ºC na RMB e 0,9ºC em Belém para o regime chuvoso. Há indícios de continuação da tendência positiva do regime chuvoso com aumento da precipitação de cerca de 25% na RMB e 14% em Belém. Por fim, depreende-se que a disponibilidade e facilidade no acesso às imagens de satélites, conjuntos de bases observacionais climáticas e séries temporais de dados meteorológicos, associados às técnicas de geoprocessamento de imagens, avanço na ciência de modelagem e de tecnologias computacionais para efetuar downscaling com o RegCM4, tornam possível o monitoramento contínuo e a investigação integrada do espaço geográfico urbano e padrões sazonais de clima regional, cujos resultados científicos são relevantes para subsidiar o planejamento e tomada de decisão da gestão ambiental municipal e elaboração de políticas púbicas em benefício da sociedade.

  • MARIO FLORES ARONI
  • DINÂMICA DO FLUXO DE DIÓXIDO DE CARBONO E METANO EM ÁREA DE VÁRZEA DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO

  • Data: 29/04/2022
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  • DINÂMICA DO FLUXO DE DIÓXIDO DE CARBONO E METANO EM ÁREA DE VÁRZEA DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO

  • LAIS VICTORIA FERREIRA DE SOUSA
  • DO MONOCULTIVO AOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: ANÁLISE DA RESILIÊNCIA SOCIOECOLÓGICA DE AGRICULTORES FAMILIARES EM TOMÉ-AÇU, PARÁ.

  • Data: 25/04/2022
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  • DO MONOCULTIVO AOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: ANÁLISE DA RESILIÊNCIA SOCIOECOLÓGICA DE AGRICULTORES FAMILIARES EM TOMÉ-AÇU, PARÁ.

  • TATIANE CAMILA MARTINS SILVA
  • ANTROPIZAÇÃO E O POTENCIAL DE RESTAURAÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA DA PAISAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GUAMÁ, PARÁ.

  • Data: 22/04/2022
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  • Na Amazônia brasileira, atividades humanas têm modificado irreversivelmente vários ecossistemas, em especial a floresta. A bacia hidrográfica do rio Guamá, no leste do Pará, apresenta, desde a sua nascente até a foz, uma grande pressão antrópica sobre as florestas, semelhante ao intenso processo de mudanças no uso da terra do nordeste paraense. Os imóveis rurais no Estado do Pará possuem um passivo ambiental em Áreas de Preservação Permanente (APP) de cerca de 915 mil hectares e de aproximadamente 2,3 milhões de hectares em áreas de Reserva Legal (RL), dos quais 234 mil hectares são de RL desmatadas após 2008. Análises e critérios vêm sendo definidos para indicar as áreas potenciais para a restauração ecológica, tendo como método a Análise Multicritérios. Ao longo de 18 anos, a ocupação da bacia hidrográfica do rio Guamá acarretou grandes mudanças na paisagem, provocadas pelo avanço das atividades econômicas, como a agropecuária, e o resultado é uma paisagem composta por remanescentes florestais (35,46%) e vegetação secundária (24,48%) permeadas por áreas produtivas (37,47%) e outros tipos de uso e cobertura (2,59%). Neste contexto, o objetivo deste estudo foi de avaliar a intensidade e a dinâmica da antropização na bacia do rio Guamá nos anos 2000, 2008 e 2018 por meio do Índice de Transformação Antrópica (ITA), analisando como as novas dinâmicas de uso da terra impactam as áreas de floresta nativa e de vegetação secundária. Nesta análise, os mapas de uso e cobertura da terra foram obtidos através de duas bases de dados: Projeto Mapbiomas e PRODES. Este trabalho gerou três mapas indicando áreas que sofreram transformação Antrópica na paisagem da bacia do rio Guamá, sendo classificadas como: Regular, para o ano de 2000, e Degradado, para 2008 e 2018. A criação da Lei Federal n.o 12.651/2012, reconhecida como “Novo Código Florestal”, estabeleceu alguns princípios que nortearam as intervenções sobre o meio ambiente, definindo a APP e a RL. Foram analisados 23.139 imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural na bacia do rio Guamá e foram analisados a área de vegetação nativa na bacia, a área de RL e APP ocupadas de forma irregular e o potencial de uso da regeneração natural na restauração da bacia do rio Guamá, com o objetivo de estimar o déficit de vegetação florestal nativa em áreas protegidas de RL e APP em um estudo de caso da bacia do rio Guamá na Amazônia oriental e apresentar o potencial de restauração, segundo a Lei n.o 12.651/2012. O déficit total de RL estimado foi de 18.472,59 km2, 66% deste em grandes propriedades, seguido de médias (16%) e pequenas (18%). O excedente estimado para compensação florestal é de 924,3 km2 e a área ocupada por vegetação secundária (10.951,16 km2) pode ser usada para compensar a parte excedente de RL em imóveis rurais, através da regeneração natural. Análises e critérios vêm sendo definidos para indicar as áreas potenciais para a restauração ecológica, tendo como método a Análise Multicritérios para definir áreas prioritárias para a restauração florestal, seguindo as etapas: definição dos critérios, identificação da importância dos critérios e agregação dos critérios. Neste estudo, os critérios serão elaborados em ambiente SIG, consideraram princípios relacionados à legislação, dinâmica, sensibilidade, diversidade e fragmentação da paisagem.

  • THAYLANA PIRES DO NASCIMENTO
  • ANÁLISE MULTITEMPORAL DA SUSTENTABILIDADE DE UMA
    COMUNIDADE EXTRATIVISTA NO ESTUÁRIO AMAZÔNICO
    BELÉM-PA
    2022

  • Data: 08/04/2022
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  • Dentre os ecossistemas existentes no bioma Amazônia existe as planícies de inundação
    (floresta ombrófila densa aluvial conhecida como floresta de várzea do estuário), onde
    habitam comunidades tradicionais, como os indígenas, quilombolas, seringueiros,
    castanheiros, quebradeiras de coco-de-babaçu e os ribeirinhos. As principais atividades
    econômicas realizadas nestas florestas de várzea são o extrativismo vegetal,
    principalmente coleta de frutos de açaí, extração de palmito e madeira, pesca artesanal e
    captura de camarão. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar as mudanças em relação ao uso
    sustentável da Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combú (APA Ilha do Combú),
    relacionando à atual economia proveniente dos produtos florestais não madeireiros com
    as estratégias econômicas utilizadas pelos ribeirinhos em um recorte temporal de 30 anos.
    A metodologia empregada foi pesquisa de campo a partir de entrevistas com aplicação de
    questionários semiestruturados em 10 famílias chaves. Levantou-se os benefícios e as
    desvantagens da criação da APA Combú, onde o amento do número de bares e
    restaurantes parece estar indo contra os anseios da população local. Concluiu-se com a
    confirmação da hipótese de que a intensificação do manejo do açaí nas propriedades
    resultou em aumentando da rentabilidade dos moradores da Ilha em relação ao que era
    alcançado em 1990. Entretanto, isto resulta em uma maior dependência deste produto em
    detrimento dos outros PFNM elencados em 1990.

  • AMANDA GAMA ROSA
  • DINÂMICA DA OCUPAÇÃO DA TERRA E SUA INFLUÊNCIA NA
    SUSCETIBILIDADE À EROSÃO EM SALINÓPOLIS – PA, BRASIL

  • Data: 31/03/2022
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  • A configuração socioespacial de uma região é definida pelos interesses dos indivíduos na busca
    por espaço e exploração dos recursos, sendo determinantes na dinâmica e padrões de ocupação
    estabelecidos. A ocupação, quando associada à deficiência de planejamento, ocorre de forma
    desordenada, gerando impactos tanto ao ambiente quanto à população e economia. Em zonas
    costeiras, como no município de Salinópolis-PA, esses impactos ganham grande proporção, a
    exemplo dos processos erosivos, visto a fragilidade desses ambientes. Diante desse contexto,
    esse estudo objetiva avaliar a dinâmica de ocupação do solo no município de Salinópolis, a
    partir do estudo da cobertura da terra e dos fatores influentes, e aplicá-los para avaliar a
    suscetibilidade à erosão na costa da ilha do Atalaia. Para isso, buscou-se: a) analisar o padrão
    espaço-temporal da ocupação da terra para os anos de 2010, 2014 e 2018, nas áreas da orla
    marítima e urbana de Salinópolis; b) identificar os fatores que influenciam a dinâmica de
    ocupação no município, usando o modelo Pressão-Estado-Impacto-Resposta (PEIR); e, por fim,
    c) analisar a suscetibilidade de processos erosivos da orla marítima da Ilha do Atalaia com base
    em análise espacial da ocupação da terra, topografia e de geoindicadores, a fim de gerar o
    mapeamento da suscetibilidade. A análise espacial apresentou qualidade de classificação
    excelente, com índices de Exatidão Global de 0,86 e Kappa de 0,83, e evidenciou reduções de
    áreas de vegetação densa, não densa e de dunas, e um amento da área urbanizada principalmente
    na Ilha do Atalaia e em direção ao continente. As áreas de corpo d’água e faixa de praia
    apresentaram dinâmica marcada por fatores costeiros. Os principais fatores que influenciaram
    os padrões de ocupação observados foram: distância ao mar; distância às rodovias PA-444 e
    PA-124; densidade de malha viária; distância às áreas de maior especulação imobiliária; grau
    de implantação de empreendimentos; distância às manchas urbanas consolidadas; distância às
    áreas de menor especulação imobiliária; e distância ao centro comercial. A área de estudo foi
    classificada em Baixa, Média e Alta Suscetibilidade à erosão costeira. Os resultados indicaram
    uma alta suscetibilidade à erosão na região central da ilha, envolvendo parte das praias do
    Atalaia e Farol Velho, onde há intensa urbanização sobre a linha de costa combinada a
    declividades superiores à 15%, com evidências de erosões ativas. A classe de baixa
    suscetibilidade foi predominante no leste da ilha, em áreas declividade baixa, abaixo de 5% em
    sua maioria, e com campos de dunas desenvolvidos e estáveis. A áreas de média suscetibilidade
    se distribuíram na transição entre as classes baixa e alta, apresentando características
    intermediárias de declividade e ocupação, com presença de dunas parcialmente alteradas e
    descontínuas. Além disso, foi possível indicar áreas com potencial risco de aumento de suscetibilidade à erosão, em setores de alta declividade onde a urbanização está próxima. Os

    resultados deste estudo permitem que o setor privado e a população em geral, tenham mais uma
    ferramenta para a gestão territorial e ambiental, permitindo a tomada de decisão, o que poderá
    atenuar ou evitar os impactos que ocorrem hoje na costa do município de Salinópolis.

  • ELISANE GABRIEL DO NASCIMENTO SILVA
  • ANÁLISE DE INDICADORES SUSTENTÁVEIS URBANO EM UMA MESORREGIÃO AMAZÔNICA, BRASIL.

  • Data: 29/03/2022
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  • As preocupações globais com a degradação ambiental surgiram desde a década de 1970, refletidas em conferências, reuniões, relatórios, entre outros, realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em que surgem acordos internacionais em prol da preservação da biodiversidade mundial. As percepções sobre Desenvolvimento Urbano Sustentável abrangem as conceituações de evolução, consciência social e conservação ambiental. Para mensurar o Desenvolvimento Sustentável global, entra em vigor a Agenda 30 publicada pela ONU, com 169 metas, divididas em 254 indicadores, porém não avaliam a sustentabilidade municipal. O objetivo deste estudo é propor um sistema de indicadores que permita a análise da sustentabilidade urbana diante das dimensões social, político-institucional e ambiental dos municípios da Mesorregião Metropolitana de Belém. A Matriz de Indicadores de Sustentabilidade Urbana (MASU) foi elaborada para que a coleta de dados seja realizada por meio de sites da internet, sem custos ao pesquisador. Na validação desta proposta foram aplicadas duas metodologias: o método Escalar de Likert (adaptado) e o método de Análise de Componentes Principais (ACP), análises divididas em dois capítulos. Os resultados obtidos pelo método Escalar Likert (adaptado) apontam para sustentabilidade nos indicadores da Dimensão Social e insustentabilidade nos indicadores das Dimensões Ambiental e Político-Institucional, consecutivamente, destacando os municípios de Belém e Santa Bárbara do Pará como sustentáveis, e os municípios de Marituba, Inhangapi e Castanhal como insustentáveis. A sustentabilidade alcançada pelos municípios infere cidades com Desenvolvimento Sustentável, embora essa sustentabilidade esteja associada à análise relativa da amostra de dados. Enquanto a aplicação do método ACP mostrou sustentabilidade nos indicadores da Dimensão Social e insustentabilidade nos indicadores da Dimensão Político-Institucional, destacando os municípios com Desenvolvimento Sustentável sendo Barcarena, Santa Bárbara do Pará, Inhangapi e Santa Isabel do Pará como sustentáveis, devido aos critérios medidos por meio dos Componentes Principais (CPs). Assim, a MASU destacou resultados realistas, mostrando indicadores (des)favoráveis à sustentabilidade local, fornecendo subsídios à gestão pública para solucionar problemas específicos e desenvolver políticas públicas efetivas para atender às necessidades da população e alcançar o Desenvolvimento Urbano Sustentável.

  • SALMA SARATY DE CARVALHO
  • PROJETOS MINERÁRIOS NA AMAZÔNIA: AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PROVENIENTES DE GRANDES EMPREENDIMENTOS 

  • Data: 25/03/2022
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  • A Amazônia consiste em uma região reconhecida mundialmente pela expressiva biodiversidade, manancial de água doce, diversidade cultural, extensão territorial e riquezas minerais. Ao longo dos anos, vários municípios vêm passando pelo processo de reconfiguração espacial em função das mudanças socioambientais provocadas pela expansão das fronteiras dos grandes empreendimentos e seus respectivos impactos ambientais significativos. O Estudo de Impacto Ambiental - EIA corresponde a um documento apresentado como parte da avaliação da viabilidade ambiental no processo de licenciamento ambiental de uma atividade/empreendimento potencialmente e/ou efetivamente poluidor, dentre os quais, a mineração está inclusa. O objetivo da presente tese consistiu em analisar as metodologias de previsão de impactos ambientais significativos identificados nos EIA’s de projetos de mineração e verificar as modificações socioambientais vinculadas aos empreendimentos em um município minerador. Realizou-se revisões bibliográficas, análises documentais de EIA’s disponíveis nos órgãos ambientais, análise de séries histórias de indicadores socioeconômicos, aplicação de matriz comparativa e uso do método Lee&Colley para análise da qualidade das previsões. Os resultados apresentam reflexões sobre o processo de ocupação do território Amazônico por grandes empreendimentos, o perfil dos métodos de predição de impactos ambientais na Amazônia nos últimos 25 anos, impactos previstos em EIA’s de extração mineral, qualidade das metodologias de previsão de impactos e os impactos socioambientais prospectivos desencadeados em Parauapebas. Por fim, a pesquisa apresentou a relevância dos EIA’s para o licenciamento ambiental enquanto documento preventivo, contudo também mostrou-se relevante no pós-licenciamento ambiental para gestão dos recursos naturais e garantia da qualidade de vida da sociedade, atestando a viabilidade ambiental do empreendimento em todas as suas fases.

  • BRUNA MYKAELLE PEREIRA SANTOS
  • MUDANÇA DE USO E COBERTURA DA TERRA E VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARAUAÍ, MOJU/PA

  • Data: 28/02/2022
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  • Os investimentos que o Pará passou a receber a partir do lançamento do Zoneamento Agroecológico do Dendê e do Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma (PPSOP), em 2010, fizeram possível a expansão expressiva da cultura do dendê pelo nordeste paraense, onde encontrou condições climáticas ideais para tal. Desde então, empresas nacionais e internacionais se instalaram ao longo das rodovias paraenses visando a exploração agrícola. Neste contexto está inserida a Bacia Hidrográfica do Rio Arauaí (BHRA), no município de Moju/Pará, Amazônia Oriental. Tendo em vista o panorama, a presente pesquisa busca quantificar e mapear a distribuição espacial dos níveis de vulnerabilidade ambiental da BHRA causada por atividades humanas e aspectos naturais, tendo como principal auxílio a metodologia estatística Analytical Hierarchy Process (AHP) desenvolvido por Saaty (1980) e geoprocessamento, além disso, busca-se a mudança de uso e cobertura da terra tendo como marco temporal o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo (PPSOP) com o auxílio de Sistema de Informações Geográficas (SIG) e Sensoriamento Remoto. A partir dos resultados, foi possível definir áreas de 5 diferentes graus de vulnerabilidade ambiental – Muito Baixo, Baixo, Moderado, Alto e Muito Alto além de ter sido possível verificar que a quantidade de área convertida em dendê foi basicamente a mesma no período pré-PPSOP e pós-PPSOP, tendo a modificação ficado por conta da quantidade de área convertida de floresta primária para dendê, tendo esta diminuído no período pós-PPSOP.

  • CHRISTIAN DAVILA PINEDO
  • INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DO EFLUENTE (POME) NAFISIOLOGIAFOTOSSINTÉTICA EM DENDEZEIROS HÍBRIDOS INTERESPECÍFICOS

  • Data: 28/02/2022
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  • Objetivou-se em obter as respostas nas trocas gasosas foliares em plantações de dendezeiros híbridos interespecíficos (Elaeis guineenses x E. Oleífera)submetidos a aplicações de efluente líquido de óleo de palma (POME) na empresa Marborges S.A.,Moju – PA. Foram avaliados em dois tratamentos; (a)testemunha, TT, sem a aplicação do efluente e, (b) tratamento, TA, aplicação de POME. Para tal, seis plantas foram selecionadas emcada tratamento, os parâmetros coletados foram fotossíntese líquida (A), condutância estomática (gs), concentração interna de CO2 (Ci), Transpiração (E) utilizando-se de um Analisador de Gás à Infravermelho -IRGA, Li-cor XT6400. Os dados de potencial hídrico (Ψ)foi realizado foi realizado por meio de o uso da bomba do tipo Scholander. Em amostras foliares foi realizado a determinação do   teor de nitrogênio total (N), utilizando-se do método de Kjeldahl. Para o processamento dos dados, foram aplicados testes estatísticos de normalidade, teste de Levene, teste t de Student. Como um todo, não se observou nos resultados variabilidade, indicando para as condições deste trabalho que o POME não promoveu melhora ou diminuição da atividade fotossintética nas plantas estudadas.

  • BARBARA ALVES SEPULVREDA
  • O GEOPATRIMÔNIO DA AMAZÔNIA ORIENTAL:
    FÓSSEIS DE SALINÓPOLIS, PARÁ, BRASIL

  • Data: 24/02/2022
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  • O geopatrimônio é uma extensão da geodiversidade que compreende os elementos de natureza geológica possuidores de valores patrimoniais, sejam eles educativos, científicos ou culturais. Para que esses bens sejam preservados, a geoconservação surge com discussões que almejam a proteção, gestão e divulgação do patrimônio geológico, em suas diversas apresentações. Nesta pesquisa, foi explorada a situação da geoconservação do patrimônio paleontológico do município de Salinópolis, estado do Pará, Brasil. O objetivo foi identificar e propor subsídios para a conservação do geopatrimônio paleontológico da cidade de Salinópolis, Pará, Brasil, considerando as conexões entre geociências e sociedade. Para isso, foi feito um levantamento de dados científicos sobre os fósseis e os sítios paleontológicos da cidade. Por conseguinte, foram feitas entrevistas com representantes da prefeitura de Salinópolis, para verificar as demandas da gestão pública. Por fim, realizou-se uma avaliação quantitativa do sitio paleontológico da Praia do Atalaia, com o objetivo de posteriormente reconhece-lo nos inventários nacionais. Foi possível observar que existe um extenso registro científico do geopatrimônio salinopolitano, sendo este estudado desde o século XIX. Porém, esse conhecimento encontra-se restrito à comunidade acadêmica, uma vez que os gestores municipais desconhecem a temática, além de não haver colaborações entre instituições de pesquisa e prefeitura. Além disso, os sítios da cidade não são mencionados nas políticas de conservação ambiental, justamente por não terem reconhecimento formal, ainda que em nossa avaliação, o sítio possua alto valor educativo e turístico. Compreendendo a importância do papel da sociedade na construção das percepções patrimoniais, faz-se necessária uma mudança de perspectiva da ciência sobre o geopatrimônio, de modo a abranger a sociedade de forma democrática, construindo relações sustentáveis entre ciência, população e meio ambiente.
    Palavras-chave: Geoconservação; Salinópolis; Patrimônio paleontológico; Sociedade.

  • VERISSIMO CESAR SOUSA DA SILVA
  • EFETIVIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMANDO E CONTROLE EM ÁREAS EMBARGADAS POR DESMATAMENTO ILEGAL NA AMAZÔNIA

  • Data: 31/01/2022
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  • EFETIVIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMANDO E CONTROLE EM ÁREAS EMBARGADAS POR DESMATAMENTO ILEGAL NA AMAZÔNIA

2021
Descrição
  • FERNANDA MARIA LIMA PALACIO
  • FLUXOS DE CO 2 E CH 4 NA INTERFACE ÁGUA-ATMOSFERA EM AMBIENTE DE VÁRZEA DA ILHA DO COMBÚ, BELÉM-PA

  • Data: 20/12/2021
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  • O efeito estufa é um fenômeno natural, que se intensificou após a revolução industrial, e
    atualmente o aumento da temperatura global está associado às atividades humanas, que
    alteram a composição da atmosfera através da emissão de grandes quantidades de gases de
    efeito estufa (GEE). Ecossistemas de água doce (rios, lagos e reservatórios) desempenham um
    papel essencial na ciclagem de carbono, esses ambientes são fontes importantes de GEE para
    a atmosfera, principalmente de dióxido de carbono (CO 2 ) e metano (CH 4 ). A dinâmica e o
    controle das emissões naturais de GEE em ambientes aquáticos ainda é pouco estudada
    principalmente em ecossistemas de várzea. O objetivo principal desse estudo foi estimar os
    fluxos de CO 2 e CH 4 na interface água-atmosfera, na várzea da ilha do Combú, que está
    localizada a 2 km ao sul de Belém. Os gases foram medidos em dois locais: O Furo do
    Combú (FC) é o local da ilha que possui grande quantidade de bares, restaurantes, habitações,
    maior fluxo de barcos de turismo e por esse motivo foi considerado no estudo o local mais
    antropizado. O Furo da Paciência (FP) foi escolhido por ser o oposto ao FC, porque possui
    apenas um restaurante, poucas casas e a vegetação da margem preservada. Para as medições
    dos fluxos foi utilizado o método da câmara flutuante conectada ao analisador de gases que
    mede as concentrações de CO 2 e CH 4 na interface água-atmosfera. O estudo foi realizado nos
    dois furos, durante o período chuvoso (janeiro, fevereiro, março e junho) e menos chuvoso
    (junho a dezembro) nas marés enchente e vazante, com dois pontos de medição no FC e dois
    pontos de medição no FP, com 3 repetições em cada ponto, cada uma com duração de 4 a 5
    minutos, totalizando 120 repetições. Conclui-se que as áreas úmidas são fontes significativas
    de carbono para a atmosfera, emitidas como CO 2 e CH 4. Os parâmetros físico-químicos (T,
    turbidez, STD, condutividade, pH, OD e ORP) sofrem influência da sazonalidade, sendo mais
    elevados no período menos chuvoso, na maré vazante, com exceção do OD e STD que não
    apresentaram diferença estatística, no entanto também foram maiores na vazante. Os fluxos de
    CO 2 e CH 4 são influenciados pela sazonalidade, parâmetros físico-químicos e pela maré,
    sendo maiores no período chuvoso, na vazante. Comparando os parâmetros físico-químicos e
    os fluxos de CO2 e CH4 entre os dois locais, os maiores valores foram obtidos no FC, o que
    reforça a hipótese de que o FC seja o local mais antropizado e por isso há maior produção de
    GEE, por fim, ambos locais estudados apresentaram-se supersaturado em CO 2 e CH

  • JULIANA DE SA GUERREIRO
  • INFLUÊNCIA DAS OSCILAÇÕES CLIMÁTICAS TROPICAIS NA EVOLUÇÃO DA LINHA COSTEIRA DA AMAZÔNIA

  • Data: 05/11/2021
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  • Compreender como as posições da linha da costa (LC) mudam em resposta à variabilidade climática e aos processos meteoceanográficos são essenciais para prever e mitigar o impacto de extremos futuros na zona costeira. Esta tese tem como objetivo fornecer a primeira avaliação quantitativa sobre a influência relativa dos mecanismos climáticos globais associado ao El Niño-Oscilação Sul (ENOS) e ao Modo Meridional do Atlântico (AMM) nos processos meteoceanográficos (clima de ondas e ventos), bem como na morfodinâmica costeira ao longo da Costa Atlântica Paraense, aqui denominada de Zona Costeira Amazônica (ZCA). Neste estudo, a altura significativa da onda (𝐻𝑠), o período médio de onda (Tz), velocidade (Wspd) e direção (Wdir) do vento são analisados do banco de dados do Era-Interim (1979-2017), em conjunto com a análise de ondas ‘zero downcrossing' coletadas em uma praia macromarés, os quais foram utilizados para definir o clima das ondas e sua variabilidade. A análise espectral também foi utilizada para quantificar a energia perdida durante a propagação das ondas em direção a linha de costa. Os resultados indicam que na ZCA existem 3 modos s de variabilidade das ondas: 1) Ondas swell de norte-nordeste (N-NE) (banda de frequência – 0.04 – 0.14 Hz) com Hs = 1.5-1.8m, ocorrendo durante a estação chuvosa (DJF/MA) e no outono (ON) devido às tempestades tropicais no Atlântico Tropical Norte; (2) Ondas formadas pela ação dos ventos (windsea) de nordeste (NE) (banda de frequência 0.14 – 0.33 Hz) e (2) Ondas windsea de sudeste (S-NE) (banda de frequência 0.14 – 0.33 Hz) cada uma com assinaturas de potência de onda distintas. Durante o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e posição da zona dos ventos alísios, ocorre um aumento das assinaturas espectrais na estação chuvosa e uma diminuição durante a estação seca. Em ambas as estações, há uma rotação da energia das ondas de nordeste para sudeste. Portanto, para conhecer o comportamento dos processos meteoceanográficos durante a ocorrência dos principais índices climáticos tropicais, estes processos foram compostos às diferentes fases do El ENOS e do AMM. Os compósitos mostraram ondas mais energéticas, períodos mais longos, maior precipitação e ventos menos intensos durante as fases de La Niña do ENOS e fase positiva do AMM. Porém, ondas menos energéticas, períodos mais curtos, menor precipitação e ventos mais intensos foram observados durante o El Niño e fase negativa do AMM. Assim, com o intuito de entender como as posições da linha da costa na ZCA respondem à variabilidade do clima e aos processos meteoceanográficos, foram realizadas correlações entre seus respectivos valores de índice climáticos e distâncias de mudança da linha costeira. Um conjunto de dados de linha costeira com resolução temporal multi-decadal (1985-2017) foram extraídas de imagens de satélite Landsat 5, 7 e 8. Um total de 484 posições costeiras foram delineadas através de uma abordagem espectral, onde calcula-se o Índice Modificado de Água por Diferença Normalizada (MNDWI), utilizando a ferramenta Coastsat e corrigidas pelos deslocamentos horizontais dos estágios de maré durante o momento da imagem de satélite. Os valores das correlações entre ENOS, AMM e LC indicam que há forçamento climático significativo. Pois mostraram correlação na LC da Praia do Atalaia durante as fases ENOS e AMM com r = 0.26 e -0.11 respectivamente, Na Praia de Ajuruteua r= -0.65 e -0.14 Na Praia da Marieta r= 0.61 e 0.52 e na Praia da Princesa r=-0.58 e -0.19. No entanto, estes resultados não levam em consideração o fato de que os efeitos do ENSO foram encontrados no Oceano Atlântico após 3-12 meses, e que  causando interpretações errôneas de causalidade e a identificação espúria das repostas do comportamento da LC aos processos oceânicas e atmosféricas aos índices climáticos. Portanto, as mudanças nas linhas de costa, aqui estudadas, estão associadas a variações periódicas na forçante atmosférica como os índices climáticos ENOS e AMM que modulam a posição da ZCIT alterando os padrões sazonais nos regimes de chuva e vento e seus efeitos nos processos de transporte de sedimentos.

  • ANDREA DOS SANTOS COELHO
  • POLÍTICAS PÚBLICAS E A CONFIGURAÇÃO DO BIOMA AMAZÔNIA NO ANTROPOCENO: UMA ANÁLISE DO DESMATAMENTO EM MÚLTIPLAS ESCALAS DE ESPAÇO E TEMPO

  • Data: 13/10/2021
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  • A magnitude e velocidade das mudanças sobre o ambiente terrestre têm ocasionado alterações ecossistêmicas, agora não mais em escala local e regional, mas em uma dimensão planetária, e se caracterizam por não ocorrerem de forma homogênea no tempo e no espaço. Essas alterações, pela extensão e a intensidade se tornaram tão relevantes que rivalizam com algumas das grandes forças da natureza em seu impacto no funcionamento do sistema terrestre, e deram origem a definição de uma nova época na escala formal da tabela estratigráfica denominada Antropoceno. No bioma amazônico, o enfoque em tratar as atividades de reconfiguração territorial em diferentes escalas ao longo de toda a extensão da bacia hidrográfica do rio Amazonas no território brasileiro, na perspectiva do Antropoceno, permite identificar os reflexos das atividades humanas na formação do “Antroma Amazônia”. Nesse sentido, tratar as questões de modificações dos padrões de uso da terra e conversão dos sistemas naturais em áreas de produção na Amazônia mostra-se um arcabouço espaço-temporal apropriado com enfoque geográfico e histórico. Para tanto, este trabalho foi estruturado para (1) Avaliar a evolução do ordenamento do território na Amazônia e seus reflexos no desmatamento, no contexto da evolução dos debates sobre a problemática ambiental regional; (2) Analisar a influência das políticas públicas e da dinâmica de três atividades econômicas do Estado (mineração, pecuária e soja) na conformação de paisagens antropogênicas que formam o “antroma” Amazônia; (3) Compreender os efeitos das políticas públicas e ações da sociedade nas mudanças de uso e cobertura da terra, bem como seu papel na configuração do espaço regional de Santarém, comparando os períodos 1999-2007 e 2007- 2015. O Antropoceno na Amazônia se diferencia pela rapidez com que altera sua condição de bioma para antroma, ainda que não de forma homogênea no tempo e no espaço, é certo que essa velocidade tem sido cada vez maior, o que compromete uma das maiores reservas de biodiversidade do mundo. Assim, pelos resultados alcançados nesta pesquisa, ressalta-se a importância de intensificar a investigação dos reflexos que as forças políticas e os interesses econômicos imprimem no território afetando a ação do poder público nas esferas municipal, estadual e federal comprometendo o futuro da região nas variadas escalas.

  • MAGDA VALÉRIA CORRÊA MIRANDA
  • RESTAURAÇÃO DE PAISAGENS CULTURAIS: COSMOVISÃO DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS E ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA RESTAURAÇÃO FLORESTAL NO MOSAICO GURUPI

  • Data: 24/09/2021
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  • Enquanto a destruição da floresta acarreta prejuízos da maior ordem possível, por outro
    lado a restauração deste espaço proporciona o restabelecimento das conexões entre os
    seres e realiza profundo resgate cultural. Portanto o presente estudo tem por objetivo
    central analisar as conexões estabelecidas entre a modelagem executada para a
    priorização de áreas para a restauração e suas ressignificações locais em termos de
    territorialidade indígena e vulnerabilidade cultural, evidenciando assim o lado social da
    restauração. A área de estudo (13.000.032,79 ha) foi delimitada no entorno de região do
    “Mosaico Gurupi” (1.799.639,32 ha), o principal remanescente contínuo de floresta da
    Área de Endemismo Belém (AEB), entre os estados do Pará e Maranhão. Esta pesquisa
    considerou elementos etnográficos das populações indígenas que habitam nesta região
    (Awa Guajá, Ka’apor, Tembé e Guajajara) além de critérios ecológicos e sociais, que
    foram analisados por meio de modelagem multicritérios utilizando a técnica de Processo
    Analítico Hierárquico (AHP) como subsídio à definição de áreas prioritárias para a
    restauração. Foram levantadas ainda percepções indígenas com traduções nas línguas
    indígenas das etnias participantes sobre alguns termos recorrentes nesta temática. A
    maioria das áreas protegidas apresentaram áreas de altíssima prioridade em múltiplos
    cenários, aumentando a probabilidade de regeneração natural. Não há área de altíssima
    prioridade coincidente aos três cenários, o que representaria a maior chance possível de
    sucesso de restauração para a área de estudo, pois atenderia conjuntamente diferentes
    objetivos de restauração. Na área de estudo, 17.354,07 ha foram classificados como de
    altíssima demanda ecológica por restauração somado a altíssima probabilidade de
    regeneração natural (Cenários 1 e 2), e nesta mesma região 4,77 ha foram classificados
    como de altíssima probabilidade de regeneração natural e altíssimo benefício cultural
    (Cenários 2 e 3). Até 2019 a área de estudo como um todo apresentava 9.536.772,37 ha
    (73,33 %) de sua área desmatada (passível de restauração) e o Mosaico Gurupi
    apresentava 357.462,8 ha (19,86 %) desmatados, o que demonstra a grande necessidade
    de restauração na região. Recomenda-se portanto iniciar a restauração pelas áreas de
    altíssima prioridade em termos de benefícios culturais no Mosaico Gurupi onde a
    probabilidade de regeneração natural é maior e onde a principal parte interessada que é a
    população indígena está comprometida com a restauração, podendo esta atividade
    posteriormente alcançar maiores escalas e envolver outros agentes.

  • MELGRIS JOSÉ BECERRA RUIZ
  • Percepção das comunidades caranguejeiras sobre os efeitos da
    mudança climática nos meios de vida locais em São João da Ponta, Pará – Brasil

  • Data: 24/08/2021
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  • Percepção das comunidades caranguejeiras sobre os efeitos da
    mudança climática nos meios de vida locais em São João da Ponta, Pará – Brasil

  • BRENDA CAROLINE SAMPAIO DA SILVA
  • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DOS CASOS DE DENGUE E SUA RELAÇÃO COM DETERMINANTES SOCIAIS, AMBIENTAIS E EPIDEMIOLÓGICOS EM BELÉM DO PARÁ

  • Data: 16/08/2021
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  • A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti ou A. albopictus considerada como um dos principais problemas de saúde pública global. Desde 1986 que a doença é endêmica no Brasil, denotando ao país a responsabilidade por 80% dos casos registrados nas Américas. O município de Belém está situado no estado do Pará, região norte do país. É o maior centro urbano do estado e um dos maiores aglomerados urbanos da região amazônica com 66% de habitantes residindo em condições subnormais. Em 2019 foi o quarto município com maior número de casos de dengue do estado. Diante da alta vulnerabilidade climática e epidemiológica de Belém, o objetivo do estudo foi analisar a distribuição espaço-temporal dos casos de dengue e a sua relação com variáveis socioambientais e epidemiológicas em Belém / Pará no período de 2010 a 2019. Para isso, foram utilizadas as informações das fichas do Sistema de Informação de Agravos e Notificação para determinar o perfil sociodemográfico e epidemiológico, onde foi aplicado teste de qui-quadrado nas variáveis sexo, faixa etária e raça. Foi realizada a distribuição espaço-temporal dos casos de dengue através de técnicas de análise espacial, como Estimativa Bayesiana Local, Índice de Moran Global e Local e Estatística de Varredura. A relação entre os casos de dengue e as variáveis socioambientais foram analisadas pela aplicação de um modelo de Regressão Múltipla. Os adultos, mais especificamente as mulheres foi o grupo mais acometido por dengue em Belém. As áreas de maior risco foram identificadas no centro urbano do município e na região de Mosqueiro. Belém apresenta uma tendencia de queda em relação as suas taxas de incidência podendo ser em virtude de intervenções públicas ou subnotificação. De acordo com o modelo proposto, os casos de dengue foram associados ao número de moradores, indicando relação com a urbanização. Nosso estudo identificou os fatores de risco que promovem a disseminação da dengue, ajudando a compreender o padrão da doença e fornecer informações sobre as medidas de controle apropriadas a serem implementadas não só para a dengue, mas também de muitas outras doenças transmitidas por vetores.

  • MARYELLE KLEYCE MACHADO SOUSA
  • EFEITOS DA APLICAÇÃO DO EFLUENTE DA INDÚSTRIA DE ÓLEO DE PALMA SOBRE O EFLUXO DE CO2 E CH4 EM PLANTIO DE PALMA DE ÓLEO
    BELÉM – PA 2021

  • Data: 10/08/2021
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  • EFEITOS DA APLICAÇÃO DO EFLUENTE DA INDÚSTRIA DE ÓLEO DE PALMA SOBRE O EFLUXO DE CO2 E CH4 EM PLANTIO DE PALMA DE ÓLEO
    BELÉM – PA 2021

  • JULIANA BELMIRO GONÇALVES
  • A DINÂMICA TERRITORIAL E DE POLÍTICAS PÚBLICAS DA EXPANSÃO DA PALMA DE ÓLEO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 23/06/2021
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  • As discussões em torno do bioma Amazônico se tornaram latentes quando o assunto é sua ocupação e expansão de atividades dentro deste, quais suas dinâmicas, causas e consequências. Em vista disso, este estudo tem como objeto principal a Palma de óleo e sua inserção na Amazônia Oriental, com foco na dinâmica da expansão desta no território a qual está inserida atualmente, analisando o padrão de como isso ocorre e também discutir o Programa de Produção Sustentável do Óleo de Palma para a área de estudo. A metodologia envolveu pesquisa bibliográfica e introdutória sobre a temática, uso de ferramentas de geoprocessamento, adoção de ações do Programa de Produção Sustentável do Óleo de Palma (PPSOP) e discussão destas dentro da área de estudo, oportunizando a utilização de dados do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Zoneamento Agroecológico, Produção e Manejo para a Cultura da Palma de Óleo na Amazônia (ZAE – PALMA). Os resultados mostram que entre 2002 e 2020 houve um aumento de 321% da ocupação por Palma de óleo na região, na qual os maiores índices de conversão para esta classe se deram por atividades agropecuária e solo exposto, seguido pelo aumento de ocupação do solo por estas classes também. O olhar sobre o PPSOP teve três resultados principais: a) as propriedades detentoras de Palma de Óleo já estão cadastradas no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR/PA), apesar de algumas estarem com a situação pendente; b) a área é mapeada para compor o ZAE, sendo sua maior parte disponível com classe de aptidão regular ou preferencial para ambos os níveis de manejo apresentados; c) Os dados do PRONAF, distribuídos de 2010 a 2019, expõem o número de contratos por municípios, demonstrando a diferença de quantidade e valor dentro da área de estudo, possibilitando a relação disto com informações disponibilizadas pelo Censo Agropecuário de 2017 quanto à produção de Dendê – Coco. Os diferentes resultados apresentados levaram o estudo a concluir que há a necessidade de integração de dados e pesquisas sobre os ângulos sociais, ambientais e econômicos dentro da expansão de monoculturas no território amazônico e o PPSOP é um exemplo de política integradora dentro destes ângulos.

  • MAURICIO DO NASCIMENTO MOURA
  • AEROSSÓIS DE QUEIMADAS E INTERNAÇÕES HOSPITALERES POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM CRIANÇAS NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 31/05/2021
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  • Segundo a OMS, a cada quatro mortes de crianças abaixo de 5 anos, uma está relacionada à poluição do meio ambiente, o que equivale a 93% de crianças vivendo em ambientes com atmosfera poluída em todo o mundo. Esta pesquisa investigou o grau de relacionamento entre a poluição do ar por queimadas florestais, representada por aerossóis de moda fina e saúde de crianças menores de 9 anos de idade, em uma das regiões mais marcadas por profundas mudanças no uso da terra em todo o planeta, com 15 anos consecutivos no ranking de desmatamento, seguido da queima da biomassa florestal: o estado do Pará. Foram analisados 18 anos de séries temporais de variáveis climáticas, PM2.5, AOD e saúde pública para dois municípios paraenses localizados em regiões com características ambientais e sociais muito diferentes, mediante um estudo ecológico de caráter epidemiológico. Em geral, os dois locais analisados mostram um aumento na taxa de internação no segundo semestre, apesar de Santarém mostrar altos números desses registros durante todo o ano, situação ocasionada por outros fatores. O clima também desempenha um papel importante no aumento da incidência de síndromes respiratórias, deixando o ambiente propício à ação do fogo, no entanto, os resultados mostraram que anos sem anomalias climáticas significativas também podem ter altos registros de focos de queimadas e material particulado. Quando se analisou essas relações em um curto período de tempo e com recorde de queimadas, constatou-se uma combinação mais nítida entre as variáveis investigadas, com boa correlação estatística, bem como um surpreendente e preocupante aumento das queimadas no município de Santarém, chegando a superar Marabá, município que sempre esteve à frente com os maiores valores de desmatamento, queimadas e poluição ao longo da série. Marabá percebe antecipadamente os efeitos das queimadas florestais, em geral, dois meses antes de Santarém, sendo esta situação explicada pela localização geográfica, grau de preservação da floresta, resposta às oscilações climáticas estabelecidas nos oceanos adjacentes, atividade industrial e ação de políticas públicas de forma muito distinta entre os dois municípios. Uma amostra retirada da série temporal mostrou que Marabá chega a atingir no auge da estação seca, níveis de atenção e de emergência para PM2.5, apresentando assim uma baixa qualidade do ar. Santarém não registrou níveis alarmantes, porém o monitoramento diário detectou muitos dias com níveis acima do permitido, segundo a legislação brasileiro.

  • MARCUS VINICIUS SILVA DA SILVA
  • HISTÓRIA AMBIENTAL DO ALAGADO DO PIRY DE JUSSARA, BELÉM-PA: UMA REFLEXÃO ACERCA DA OCUPAÇÃO URBANA EM ÁREAS ALAGADAS

  • Data: 20/05/2021
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  • A cidade de Belém sofre desde sua colonização com a ocupação irregular sobre áreas alagadas ou de cursos d’água, tal problema ainda hoje é evidente e recorrente em nossa cidade. Muito se atribui esse problema a escassez de áreas topograficamente favoráveis e a falta de planejamento habitacional adequado. Em 1616 (ano de colonização de Belém), relatos históricos apontam que na região onde hoje se encontra a Avenida Almirante Tamandaré havia uma área alagada, denominada de Alagado do Piry de Jussara, contudo, devido a necessidade de expansão urbana, o mesmo foi visto como um obstáculo natural para a irradiação da cidade, e com isso, sofreu processos de canalização e aterramento. Desse modo, a presente pesquisa teve como objetivo realizar uma análise histórica da região que outrora foi ocupada pelo Alagado do Piry, visando compreender como se deu esse processo de ocupação sobre este elemento natural, aliado a isto, realizar estudos geomorfológicos que permitissem identificar o acidente geográfico em que o Alagado estava inserido, além de buscar compreender a complexa dinâmica das águas (precipitação e nível de maré) que atuava e ainda atua na região. Ao fim do estudo, os resultados obtidos corroboraram e ratificaram a hipótese de que a forma de ocupação e expansão da cidade que vem sendo empregada desde a colonização é equivocada, uma vez que, além de não haver políticas de habitação adequadas, não se leva em conta as características da região, como baixa topografia, elevada precipitação, e aumento periódico da maré; o que acaba por acarretar problemas socioambientais como alagamentos, inundações e enchentes em inúmeros pontos da cidade de Belém. Ademais, o estudo ainda aponta para o agravamento destas ocorrências, uma vez que, a cidade de Belém e a Região Metropolitana estão entre as áreas de maior susceptibilidade aos eventos condicionados pelas mudanças climáticas, como o aumento do Nível Médio do Mar.

  • ILALE FERREIRA LIMA
  • A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NO RENDIMENTO DA MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) EM UMA MESORREGIÃO DA AMAZÔNIA.

  • Data: 06/05/2021
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  • A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO NO RENDIMENTO DA MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) EM UMA MESORREGIÃO DA AMAZÔNIA.

  • GREICY KELLY PFEIFF DUMKE
  • INTERAÇÃO DAS VARIÁVEIS CLIMÁTICAS E AMBIENTAIS NA FORMAÇÃO DE MICROCLIMAS EM AMBIENTES URBANOS E RURAIS DO NORDESTE PARAENSE

  • Data: 30/04/2021
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  • A globalização promoveu o aumento do êxodo rural ao longo das últimas décadas.
    Esse processo causou a aglomeração de pessoas nas grandes e pequenas cidades.
    Essas mudanças associadas ao uso do solo desencadeou o surgimento de
    microclimas em áreas urbanas. Neste contexto, o objetivo da pesquisa foi avaliar as
    condições climáticas e ambientais dos municípios de Colares, São Caetano de
    Odivelas, Santo Antônio do Tauá e Vigia que compõem a mesorregião do Nordeste
    Paraense. Foram utilizados dados de mudança de uso e cobertura do solo do
    projeto MapBiomas, imagens de satélite AQUA/TERRA do sensor MODIS e do
    Landsat 5 TM e 8 OLI/TIRS com o auxílio da plataforma Google Earth Engine, com
    intuito de estimar os índices de vegetação, temperatura de superfície terrestre e
    ilhas de calor de superfície entre 1990 e 2020. Dados observados de temperatura do
    ar, umidade relativa do ar e precipitação foram coletados no projeto “Entendendo a
    variabilidade do clima regional no Nordeste Paraense” no período de janeiro a
    dezembro de 2010. Os resultados mostraram um aumento populacional nos quatro
    municípios de 1990 a 2020, o que desencadeou a redução de diversos fatores como
    a vegetação natural e a qualidade dos fragmentos de vegetação. Além disso, o
    aumento populacional promoveu o aumento da temperatura de superfície e na
    formação de ilha de calor de superfície. A temperatura do ar teve baixa variação ao
    longo do ano, mas a precipitação apresentou um comportamento heterogêneo
    caracterizada pelo período chuvoso e menos chuvoso. O índice de conforto térmico
    foi classificado como parcialmente confortável em áreas rurais e desconfortável nas
    áreas urbanas. Foi possível concluir que o microclima urbano mudou nos últimos 30
    anos. Além disso, as mudanças climáticas podem promover a intensificação dessas
    alterações. Assim, as análises das variáveis meteorológicas e ambientais de forma
    interdisciplinar podem auxiliar no gerenciamento da paisagem dos municípios de
    forma a mitigar os efeitos das ilhas de calor e manter a qualidade de vida da
    população.

  • FRANCISCO DE ASSIS CRUZ MELO
  • ANÁLISE DA QUALIDADE SOCIOAMBIENTAL DO DISTRITO INDUSTRIAL DE BARCARENA – PARÁ

  • Data: 29/04/2021
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  • A expansão urbana na Amazônia, no último meio século, é resultado da implantação programada de Grandes Empreendimentos Industriais, em associação com o Estado. Esses agentes promoveram um modelo de desenvolvimento em novos espaços produtivos integrados à modernidade global. Contudo, seus efeitos sociais e ambientais também se deram de maneira adversa, isto é, houve o agravamento e o surgimento de inúmeros impactos socioambientais nos territórios amazônicos, sendo a cidade de Barcarena um espelho deste cenário contraditório entre desenvolvimento e impactos socioambientais. Nesta pesquisa foi proposta a análise da qualidade socioambiental dos territórios intraurbanos de Barcarena, com o uso e/ou adoção de indicadores ambientais urbanos que foram classificados e organizados metodologicamente para poder traduzir de modo claro e eficiente as condições socioambientais que se encontram a população desta urbe industrial, que residem em assentamentos naturais e construídos no entorno dos Grandes Empreendimentos Industriais. Buscou-se também descrever, quantificar e discutir as variáveis socioambientais que foram extraídas para interpretar a realidade desta cidade amazônica. Os resultados indicaram que os ambientes natural e construído de Barcarena apresentam condições socioambientais críticas expressas em variáveis que apontaram problemas graves no abastecimento de água, no sistema de esgotamento sanitário, na pavimentação de vias, na coleta e destinação de resíduos sólidos, na disposição e conservação da cobertura vegetal. Essas variáveis indicaram assimetria nas condições socioambientais das faixas territoriais no entorno dos Grandes Empreendimentos mínero-metalúrgicos demonstrando que os grupos populacionais locais estão sob severo risco dos efeitos dos impactos e desastres ambientais. Nesta pesquisa também se desenvolveu a avalição de serviços ambientais urbanos como transporte coletivo, qualidade da água, acesso à saúde enquanto direitos dos cidadãos à uma cidade sustentável. A conclusão desta pesquisa mostra que os impactos dos desastres ambientais provocados pelos grandes empreendimentos industriais comprometem o equilíbrio dos ecossistemas naturais e os ambientes construídos e suas repercussões negativas são devastadoras sobre as populações assentadas nos aglomerados subnormais, nos territórios quilombolas-indígenas e nas faixas agroflorestais. Esperamos que este trabalho venha contribuir para a leitura e interpretação da qualidade socioambiental dos espaços intraurbanos amazônicos, a partir da realidade socioambiental dos Distritos do Murucupi e Vila do Conde, em Barcarena, e suas inúmeras instabilidades e conflitos socioambientais que afligem parcela considerável dos habitantes desta cidade Amazônica, parte deles descritos e analisados nesta pesquisa. E aponte uma perspectiva possível em se traçar políticas públicas de reparação dos ambientes natural e construído, bem como políticas de assistência às populações, em especial as que se encontram em situação de vulnerabilidade socioambiental. Estabelecendo-se de forma sólida um horizonte promissor que permita o vislumbre de se estabelecer não apenas uma cidade sustentável, mas sim, cidades sustentáveis socioambientalmente em solo amazônico.

  • ROMMEL BENICIO COSTA DA SILVA
  • RELAÇÃO ENTRE O CLIMA, O AUMENTO NA DENSIDADE DE MOSQUITOS EM FLORESTA E DISTRIBUIÇÃO DE ENDEMIAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 15/04/2021
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  • Atualmente o clima na Amazônia vem se alterando, principalmente pelas atividades antrópicas fazendo com que aproliferação de insetos, responsáveis pela disseminação de doenças, esteja relacionada ao comportamento das variáveis atmosféricas. A FLONA de Caxiuanã, que é uma unidade de conservação (UC) que apresenta entre 80% a 85% de floresta de terra firme, possuindo elevada diversidade e riqueza de espécies. Neste contexto, este estudo visa compreender a influência das mudanças climáticas na densidade de mosquitos e na disseminação de endemias em região de floresta e no seu entorno na Amazônia oriental. Para isso foram utilizados dados climáticos obtidos junto ao BDMET/INMET (1978 a 2017) e na Torre do LBA instalada na ECFPn, índices climáticos de IOS e do MMA no site da NOAA e dados de morbidades no site SAGE/MS. Os resultados mostram estatísticas elaboradas entre a dengue (DNG) e a Leishmaniose tegumentar americana (LTA) que afetam a região foram realizadas para o período de 2001 a 2017.  A variabilidade climática demonstra elevação (por década) em seus níveis, com redução nos índices de umidade do ar, mostrando que as mudanças no uso e cobertura do solo denotam alterações no clima, com maior influência do indicador do pacífico por sobre as chuvas da região. As correlações estatísticas entre a variabilidade do clima apresentaram uma correlação não linear tanto com a densidade dos mosquitos quanto com as endemias, expondo que a temperatura do ar, o IOS e MMA apresentaram significância positiva com a DNG e MAL e negativa com a LTA. Os autovetores indicam que as variáveis que mais influenciaram nas endemias foram a variabilidade do IOS e do MMA, que se mostraram positivas com a DNG e MAL e negativo com a LTA, além de que a umidade do ar foi negativa com a DNG e com a MAL e positiva com a LTA. Diante desse cenário, a região apresentou significativa variação nos índices climáticos, concorrendo para um aumento expressivo na densidade de insetos vetores ocasionando maior amplitude na distribuição das endemias. A taxa de detecção da LTA teve seus maiores índices ao sul da região, os casos de malária conjuntamente com o dengue foram maiores nos setores a sudoeste, além de que a dengue também evidenciou-se a nordeste da área de estudo.  Elevações nos índices de temperatura do ar, em florestas primárias, provocam aumento significativo na densidade de mosquitos vetores, tendendo a elevar o número de morbidades na região.

  • CALIL TORRES AMARAL
  • Exposição das Florestas da Amazônia à Velocidade das Mudanças Climáticas

  • Data: 19/03/2021
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  • Mudanças climáticas estão ocorrendo de forma acelerada e, em face disso, espécies devem produzir respostas adaptativas para sobreviver. A redistribuição da biodiversidade é um dos efeitos mais aguardados para espécies tropicais, uma vez que possuem nichos termais estreitos que as tornam menos capazes de se aclimatar ou adaptar. Evidências já foram observadas em muitos grupos taxonômicos amazônicos, no entanto, permanece incerto se as espécies serão capazes de acompanhar as mudanças climáticas futuras. A Amazônia está entre as regiões globais mais expostas a longas distâncias aos climas análogos e ao surgimento de novas condições do clima. Junto a isso, o avanço do desmatamento pode restringir a quantidade de habitats adequados no futuro, além de prejudicar a conectividade até estas áreas. Como resultado, até mesmo as áreas atualmente gerenciadas para proteção da biodiversidade podem ser suficientes para contemplar a redistribuição espacial das espécies. Assim, a identificação da exposição da rede de Áreas Protegidas (APs) é uma etapa importante para direcionar estratégias de manejo adaptativas e a identificação de habitats oportunos para a persistência das espécies – como os Refúgios Climáticos – podem se tornar uma das estratégias de seleção de áreas prioritárias mais cruciais no século XXI. Velocidades climáticas representam um método para quantificar a taxa na qual os organismos devem alterar sua distribuição para manter seu envelope climático atual. Neste trabalho investiga-se a velocidade das mudanças climáticas baseada em análogos nas direções forward e backward no bioma Amazônia, com ênfase na rede APs. As velocidades médias destas áreas foram comparadas com áreas não protegidas (UAs) com o intuito de verificar a eficácia em manter condições climáticas. Além disso identificou-se a distribuição dos refúgios climáticos do bioma Amazônia e quantificou-se sua alteração pelo desmatamento. Foram utilizados dados de média anual de temperatura do ar e precipitação com resolução de 10 km que descrevem mesoclimas atuais (1970-2000) e futuros (2041-2060). Os resultados mostram que os efeitos da velocidade backward serão maiores em magnitude e extensão espacial. Apesar disso, a rede de APs será menos exposta aos impactos da velocidade backward que UAs – enfatizando a importância destas áreas como ferramenta na conservação. Em contraste, para os impactos relativos à velocidade forward, a rede de APs será ligeiramente mais exposta que UAs – indicando que a disposição espacial atual da rede de APs ainda não é a mais indicada para minimizar os impactos da redistribuição climática. Encontrou-se também que os refúgios climáticos ocupam metade da Amazônia e estão distribuídos nas bordas do limite biogeográfico. Porém, em apenas 12 anos, o desmatamento causou uma perda de 9% destas áreas. Diante deste cenário, é preciso limitar ainda mais a perda de florestas e focar a agenda de conservação da Amazônia na proteção de refúgios climáticos e no manejo adaptativo, como prioridades para melhorar a conservação da biota das florestas amazônica sob mudanças climáticas

  • MARCOS RONIELLY DA SILVA SANTOS
  • O CLIMA E VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: INTERAÇÕES NA ZONA COSTEIRA DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 05/03/2021
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  • O CLIMA E VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: INTERAÇÕES NA ZONA COSTEIRA DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • TASSIO KOITI IGAWA
  • OS EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DO USO DA TERRA NO CULTIVO DE CACAU NO BIOMA AMAZÔNICO BRASILEIRO 

  • Data: 26/02/2021
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  • “Mudança climática” se tornou um tema cada vez mais recorrente em reuniões intergovernamentais, pois sugerem o estabelecimento de um novo normal, com potencial para desafiar as espécies de plantas e as suas habilidades de sobreviver sob condições não análogas as atuais. A agricultura é um dos setores da atividade humana mais vulnerável às mudanças climáticas, sendo que alguns estudos indicam que as alterações do clima poderiam causar a redução da produção agrícola mundial. Dessa forma, é necessário a elaboração de trabalhos interdisciplinares com a finalidade de mensurar os possíveis efeitos causados pelas mudanças climáticas a esse setor produtivo. Diante disso, este trabalho tem por objetivo analisar os impactos das mudanças climáticas e do uso da terra no cultivo de cacau no bioma Amazônico brasileiro em 2050. De modo geral, os resultados indicaram que ocorrerá uma nítida perda de adequação a ocorrência de cacau nos cenários futuros e com isso, poderá haver o aumento das áreas não recomendadas ao cultivo de cacau. As áreas de alto e médio potencial à produção de cacau ficarão localizadas, principalmente, no estado de Rondônia e no nordeste do estado do Pará em ambos os cenários analisados (RCP4.5 e 8.5). Além disso, foi possível identificar prováveis perdas significativas na produção de 92,92 e 95,28% nos cenários RCP 4.5 e 8.5, respectivamente. Isso poderá afetar cerca de 20.550 estabelecimentos, ou seja, milhares de produtores rurais. Portanto, pôde-se concluir que as mudanças climáticas trarão impactos negativos a produção de cacau no bioma Amazônico brasileiro.

  • MARCELO CORDEIRO THALES
  • ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO DA PECUÁRIA BOVINA NAS MUDANÇAS DE USO DA TERRA: uma abordagem multiescala no Estado do Pará

  • Data: 19/02/2021
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  • A Amazônia brasileira passou por vários ciclos econômicos e mais recentemente a expansão do agronegócio e a sua conexão aos mercados mundiais. Nesse processo de construção territorial, as mudanças de uso da terra ocorrem de forma heterogênea, no espaço e no tempo, com mecanismos atuando em diferentes escalas associadas. O objetivo dessa pesquisa é analisar as mudanças de uso da terra e a contribuição da pecuária bovina no processo de construção territorial envolvendo as escalas, do regional ao local, propondo métodos e indicadores de monitoramento que contribuem na gestão do territorial. No Estado do Pará foi elaborada uma cartografia diacrônica das frentes pioneiras que permitiu representar e delimitar os contrastes regionais do Estado, em regiões pioneiras. Posteriormente, as frentes pioneiras foram relacionadas com a dinâmica dos desmatamentos, por períodos, entre 2002 a 2017, possibilitando qualificar os territórios em consolidados, voltados à intensificação agropecuária, ou em expansão, usados como estratégia de ocupação, também aqueles livres de desmatamento. No município de Paragominas, localizado em uma região pós-pioneira (território consolidado), a dinâmica da paisagem foi analisada ao cruzarmos os mapas de uso da terra com os de aptidão do solo e distanciamento das rodovias principais, e ao final propor um modelo de restauração da paisagem. A dinâmica da paisagem pode ser representada em dois sistemas de uso da terra, o primeiro baseado na expansão das pastagens nos vales arenosos e o segundo na agricultura mecanizada que atualmente se expande nos planaltos argilosos. Desses dois sistemas foram extraídas três lições para ajudar no processo de restauração da paisagem. A primeira é que a intensificação do uso da terra aumenta a pressão sobre as florestas, principalmente nas áreas mais adequadas, a segunda é que a intensificação do uso da terra libera áreas não adequadas à mecanização que podem ser utilizadas para restauração florestal, enquanto que a terceira é uma governança local que poderia definir políticas espacialmente explícitas capazes de conduzir a uma transição da paisagem. Em áreas amostrais no sudeste paraense foram coletados os pontos de observação com a descrição visual das características das pastagens que possibilitou a construção de uma tipologia associada a processo de degradação das pastagens. Essa tipologia foi relacionada aos índices da vegetação (NDVI, EVI-2, NDII-5, NDII-7), extraídos das imagens Landsat 7 (ETM+), observando que nas pastagens bem formadas ao reduzir os percentuais de cobertura verde e de altura também houve uma redução nos índices de vegetação. Nas pastagens degradadas e em degradação houve uma certa confusão com as pastagens bem formadas, apesar de melhor identificar as pastagens degradadas ou em degradação biológica, houve confusão com as pastagens bem foram formadas com baixa cobertura verde. Por outro lado, as pastagens degradadas ou em degradação agrícola se confundiram com as pastagens bem formadas com alto a médio percentual de cobertura verde. Para melhorar a identificação das pastagens essa abordagem utilizada necessita ser aprimorada. Essas analises observadas, em diferentes escalas, reflete a importância na compreensão das mudanças de uso da terra no processo de construção territorial cujo propósito principal é de transformar esse conhecimento em um instrumento de fácil entendimento e de apoio na tomada de decisão Palavras-chave: Amazônia brasileira, desmatamento, dinâmica da paisagem, mudanças de uso da terra, pecuária, degradação das pastagens.

  • STEPHANIE JAEL NEGRAO DE FREITAS
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL RELACIONADA À EROSÃO DO SOLO EM BARCARENA-PA

  • Data: 03/02/2021
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  • A transição da urbanização em países em desenvolvimento na conjuntura global de degradação ambiental associada as mudanças no uso da terra, vem gerando consequências adversas para indivíduos e ecossistemas envolvidos. O processo de ocupação das cidades brasileiras desencadeou um movimento de fixação populacional em locais impróprios para ocupação, como as zonas costeiras, locais com solo frágil, onde diversas situações de risco e vulnerabilidade social e ambiental. Neste contexto, o objetivo deste estudo consiste em analisar as características de vulnerabilidades social e ambiental do município de Barcarena-Pa, a partir de dados estatísticos e cartográficos. Em relação aos dados sociais e econômicos pesquisados, a principal fonte utilizada foi o censo demográfico do IBGE referente ao ano de 2010, foi feita normalização de variáveis, análise fatorial e por conseguinte os dados gerados foram sobrepostos em um mapa. Para análise ambiental fez-se mapeamento geológico, geomorfológico, pedológico, pluviométrico e de uso do solo. Utilizou-se a técnica de álgebra de mapas para gerar o mapa de vulnerabilidade. Em uma visão geral, nota-se que o município de Barcarena possui uma deficiência explicita em incorporar os ganhos econômicos a favor de benefícios sociais e ambientais, uma vez que quase a totalidade do município se encontra em elevada taxa de vulnerabilidade social, e mesmo as poucas localidades onde a parte social e mais favorecida, a vulnerabilidade ambiental leva a um cenário de risco elevado, principalmente nos meses mais chuvosos, o qual ocorre entre Dezembro a Maio. Este estudo torna-se uma importante ferramenta de planejamento ambiental e intervenção social, pois o desafio do desenvolvimento sustentável é uma realidade nas sociedades modernas que necessita ser alcançado através de estratégias e politicas efetivas e humanizadas que aliem desenvolvimento socioeconômico e defesa ambiental, isto é uma problemática urgente.

2020
Descrição
  • RODRIGO RAFAEL SOUZA DE OLIVEIRA
  • DINÂMICA DA PAISAGEM E CENÁRIOS FUTUROS NA ÁREA DE TENSÃO ECOLÓGICA AMAZÔNIA – CERRADO, BAIXO CURSO DO RIO ARAGUAIA (AMAZÔNIA ORIENTAL)

  • Data: 22/12/2020
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  • A intensificação das dinâmicas de uso e cobertura da terra nas últimas décadas tem imposto drásticas e velozes alterações e transformações nas paisagens naturais, especialmente nas formações vegetais, devido a falta de planejamento e gestão dos recursos naturais, bem como prognósticos futuros que possam subsidiar ações concretas na conservação da biodiversidade. Neste sentido, os biomas Amazônia e Cerrado tem sido alvo dos processos antrópicos vinculados a expansão da fronteira agrícola e industrial, com efeitos adversos nas questões de sustentabilidade e conservação dos processos naturais. Esses processos são intensos e tem se consolidado na Área de Tensão Ecológica localizada entre esses dois importantes biomas brasileiros, ocasionando uma supressão acentuada dos remanescentes vegetais decorrente das atividades agropecuárias na paisagem. Para analisar o comportamento espacial dessas dinâmicas ao longo do tempo e do espaço, realizou-se uma análise multitemporal do uso e cobertura da terra, através de imagens de média resolução espacial nos anos de 1984, 2000 e 2018, estas análises demonstraram que a paisagem do baixo Araguaia está dominada por pastagens manejadas, com ascensão no último ano da agricultura de grande escala. Além disso, as análises demonstraram que há um processo de resiliência das formações vegetais, com aumento da vegetação secundária. Estes resultados apontaram a necessidade de verificar o comportamento fenológico da vegetação frente a sazonalidade climática da região. Para tanto, foram correlacionados: o Índice de Vegetação Aprimorado/Melhorado (EVI), a precipitação mensal (acumulada), e a temperatura máxima (média mensal). Essas análises demonstraram que as formações savânicas e campestres apresentam resposta direta às variações da precipitação e temperatura, e a formação florestal possui maior defasagem na resposta do EVI. Por fim, foram gerados dois cenários futuros para a paisagem do baixo Araguaia: um cenário de tendência e um cenário pessimista, para tanto, foi utilizada modelagem de sistemas ambientais associadas a Sistemas de Informações Geográficas e Regressões espaciais. Os resultados demonstraram que a paisagem do baixo Araguaia tende a entrar em colapso ambiental até 2040, com a supressão dos remanescentes florestais, e a expansão de formações savânicas em algumas regiões da bacia. Assim, a pesquisa indicou que é necessário estabelecer mecanismos ou políticas públicas efetivas que visem a preservação dos remanescentes vegetais presentes na Área de Tensão Ecológica entre os dois biomas, com vistas a manutenção da riqueza biológica, o funcionamento dos processos naturais e os serviços ecossistêmicos. Além disso, a preservação dos remanescentes vegetais garante maior equilíbrio relacionado aos elementos climáticos, evitando assim que ocorra uma redução dos índices pluviométricos e um aumento da temperatura média do ar, fato que seria maléfico para algumas espécies vegetais e animais. Por fim, vislumbra-se a necessidade de investigar como o desenvolvimento econômico (avanços na agropecuária) tem interferido refletido nos indicadores sociais dos municípios inscritos no baixo Araguaia.

  • ALVARO JOSE DE ALMEIDA PINTO
  • ÁREAS ÚMIDAS E INDICADORES AMBIENTAIS DE PLANÍCIE FLÚVIO ESTUARINA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 18/12/2020
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  • As planícies de inundação mais extensas do mundo ocorrem em bacia do rio Amazonas. Nestes locais, ao longo dos maiores rios, pulsos de inundações periódicas produzem conectividade sazonal e dinâmicas entre os canais menores e as zonas úmidas adjacentes. As áreas úmidas possuem um papel vital na qualidade das águas, além de proverem a estabilização costeira e controle de erosão, recarga de aquíferos, servem como importantes habitats biológicos, como berçários para a vida selvagem. O presente estudo, objetivou elaborar com base em indicadores ambientais, a caracterização e a classificação de uma planície flúvio estuarina em área úmida, e avaliar o seu grau de impacto ambiental usando bioindicadores como ferramenta de análise, considerando um gradiente de corpos hídricos. As áreas definidas para o presente estudo, ficam localizadas nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, tendo estes um importante e significativo papel, econômico-financeiro, sóciocultural e migratório e ecológico-ambiental para a região e para a Amazônia como um todo. O processo metodológico adotado no presente estudo foi divido em duas etapas, considerando a hipótese e os objetivos específicos. Sendo a primeira etapa de caracterização e classificação da região como áreas úmidas, e a segunda etapa foi o uso de indicadores biológicos como forma de mensurar a qualidade ambiental das áreas. Os indicadores usados para etapa I, foram altimetria, precipitação pluviométrica, hidrografia e uso e cobertura da terra, sendo tais informações processadas em ambiente SIG. Adicionalmente foi usado o Índice Topográfico de Áreas Úmidas (ITU), e proposto o método de reclassificação de mapas (topografia, uso do solo e precipitação) gerando produto através da álgebra de mapas, definindo então áreas com Potencial de Formação de Áreas Úmidas (PFAU). A segunda etapa, foi realizada após a classificação das PFAU’s, usando os macrozoobentos como indicador de qualidade ambiental. Sendo as amostragens realizadas, nas principais drenagens distribuídas em três setores com diferente potencialidade de impactos, conforme dados secundários de qualidade da água, uso do solo e histórico de impactos ambientais ocorridos na área. Os setores foram: i) setor de alto impacto ii) setor de médio impacto iii) setor de baixo impacto. De forma geral a região do presente estudo predomina valores altimétricos baixos, a precipitação pluviométrica para o acumulado anual, variou de 3594 mm a 4844 mm, não sendo uma diferença marcante, mais de 50% do solo é caracterizada como área de agricultura e campos, estando diretamente ligada aos ambientes modificados seja pela ocupação do polo industrial, ou pelo uso da terra com edificações. Foi possível delimitar as áreas com Potencial de Formação de Áreas Úmidas, estando diretamente ligado, aos processos topográficos as principais drenagens. Os resultados indicaram que a estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos no entorno do complexo portuário industrial, responde a perda da qualidade ambiental, com efeitos extremos de queda na abundância e diversidade. Táxons mais tolerantes (Namalycastis caetensisCirolana sp., Pseudosphaeroma sp., Tubificidae e Chironominae) e sensíveis (Hydropsychidae e Eteone sp.) as condições de impactos foram identificadas e avaliadas como potenciais bioindicadores.

  • IVAN CARLOS DA COSTA BARBOSA
  • ASPECTOS GEOAMBIENTAIS E CLIMÁTICOS DA SUB-BACIA DO RIO GUAMÁ NO NORDESTE PARAENSE

  • Data: 15/12/2020
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  • A sub-bacia do rio Guamá (SBRG) está localizada na Mesorregião do Nordeste mais especificamente na microrregião do Guamá, abrange 12 municípios e vem apresentado um relevante crescimento econômico e social. O rio Guamá possui importância econômica, social e cultural para os municípios da região, pois para ele convergem toda rede de drenagem composta de pequenos tributários e grandes afluentes inseridos. Desta forma, o objetivo da pesquisa é avaliar a integração de variáveis climáticas, ambientais e hídricas com as transformações atuais do uso e ocupação do solo na área da sub-bacia do rio Guamá, no nordeste paraense. Inicialmente, foram avaliadas as estimativas de precipitação derivadas de satélites (sensoriamento remoto) para a área da SBRG e comparar as observações fornecidas pela Agência Nacional de Águas. Em seguida, foram mapeados e avaliados os diferentes usos e ocupações do solo na SBRG afim estabelecer a vulnerabilidade ambiental a partir da relação de elementos físicos e bióticos e de suas ecodinâmicas. Por fim, foi avaliada a dinâmica de parâmetros físico-químicos da água superficial do rio Guamá em função da variabilidade sazonal e espacial. Concluiu-se que os dados fornecidos pelas bases de dados remotos superestimaram os dados observados por pluviômetros. Porém, apesar da superestimação da precipitação, foi possível obter dados confiáveis e satisfatórios a partir das bases de dados por sensoriamento remoto. Quanto ao uso e ocupação do solo constatou-se maior quantidade de área (57%) caracterizada como solo exposto e vegetação rasteira, e menor quantidade de área (42%) caracterizada como cobertura vegetal densa ou secundária. Assim, notou-se a ocorrência de áreas com vulnerabilidade ambiental alta (porção norte representada pelos centros urbanos de cidades como Ourém e São Miguel do Guamá) e muito alta (porção sul) como resultado do uso e ocupação do solo associado a atividades antrópicas. As áreas classificadas como vulnerabilidade baixa ou muito baixa (porção central e ao sul), menos vulneráveis à degradação ambiental, foram associadas a presença de cobertura vegetal composta por floresta primária e secundária, e menor presença humana. Quanto as variáveis hidroquímicas da água superficial do rio Guamá observou-se elevada heterogeneidade espacial ao longo dos 12 pontos amostrais, a existência de tendências ascendentes e descendentes na direção montante a jusante e a influência da sazonalidade da região. Por fim, é prioritário que os resultados desta pesquisa promovam benefícios à população das diversas localidades visitadas e sirvam como instrumento norteador a políticas públicas que visem a conservação dos recursos naturais.

  • BRUNO SILVA DE HOLANDA
  • ANÁLISE DE PAISAGEM E IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA RESTAURAÇÃO FLORESTAL EM MANCHAS SAVÂNICAS, ZONA COSTEIRA, ESTADO DO PARÁ

  • Orientador : EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
  • Data: 30/11/2020
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  • As atividades antrópicas na Amazônia geram altas taxas de perda e fragmentação de florestas e caracterizam uma ameaça à manutenção da biodiversidade e de serviços ecossistêmicos. Dentre as diversas áreas em transformação na Amazônia, as regiões de manchas de Savana merecem destaque nos estudos ambientais devido a complexidade dos fatores que afetam a sua estrutura e fragmentação ao longo tempo. Neste estudo, utilizaram-se parâmetros de análise espacial de mudanças de uso do solo e focos de queimadas nos municípios de Vigia, Maracanã e Salvaterra no estado do Pará, com a finalidade de realizar um mapeamento integrado e ambiental para fins de indicação de áreas prioritárias para restauração florestal. Os resultados apresentaram informações alarmantes sobre a fragmentação da área florestal. Em Vigia, de 1999 para 2018 o município perdeu -15,61 km² de floresta, com 74 focos de queimada em 2018, em Maracanã a perda florestal foi de -53 km² com 166 focos de queimadas, em Salvaterra a área florestal foi diminuída para -1,84 km² no ano de 2018, com 277 focos de queimada. Nos três municípios foi visível a perda do quantitativo florestal e ao mesmo tempo verificou-se ganho de áreas urbanas e agropecuárias, as quais foram as classes de mudança e uso do solo que mais afetaram a região de floresta nas áreas estudadas. Por um longo período a floresta vai tornando-se mais frágil e suscetível a combustão, com muitas áreas fragmentadas, e logo surgem diversos focos de queimada ou manchas de fogo em imagens de satélite. Este trabalho também demonstrou que a análise multicritério através da plataforma do Google Earth Engine (GEE) é viável como ferramenta para monitoramento e fiscalização de ambientes naturais e alterados na Amazônia.

  • MARIA ELISA FERREIRA DE QUEIROZ
  • O papel de espécies arbóreas e fatores edáficos na variação espacial do sistema serapilheira em uma floresta de terra firme na Amazônia: conhecimento e perspectivas para a conservação

  • Data: 13/11/2020
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  • A floresta ombrófila densa, também conhecida como floresta pluvial tropical, é uma formação que apresenta grande complexidade na composição, distribuição e densidade de espécies e ocupa boa parte da Amazônia brasileira. Na região, as diferenças entre comunidades de plantas e animais formam um mosaico dividido em oito áreas ou centros de endemismo, separadas pelos principais rios, com biota e relações evolutivas próprias, sendo três delas (Belém, Xingu e Tapajós) totalmente brasileiras. O centro de endemismo Belém é o mais ameaçado pelo desmatamento e investigações locais de pequena escala são fundamentais para se compreender os efeitos deste distúrbio sobre o funcionamento da floresta. A decomposição da serapilheira é um dos fatores chave deste funcionamento e ocorre em uma sequência hierárquica de processos de interação mediados por fatores climáticos (temperatura e umidade), propriedades físicas do solo, limitações químicas relacionadas às fontes de recursos e a regulação biológica (micro e macroorganismos). Nesta pesquisa, descobriu-se que sensíveis mudanças na estrutura de uma floresta primária ameaçada pelo crescimento urbano, causadas pela intensidade da dinâmica natural de sucessão, alteraram a morfologia do sistema serapilheira, uma vez que a competição dos organismos por nutrientes depauperou o solo durante a regeneração de áreas afetadas por queda de árvores. Desta forma, as condições físico-químicas do solo florestal se tornaram um filtro seletivo de espécies arbóreas e os fatores majoritários na hierarquia de decomposição, uma vez que a temperatura e umidade tiveram pouca variação no sistema. Na sequência, folhas de espécies arbóreas específicas do sistema serapilheira, que formaram uma estrutura mais fina, determinaram a diversidade de fungos saprotróficos positivamente relacionados a melhor qualidade destas folhas e do solo. Inversamente, onde a morfologia de serapilheira foi mais espessa e estruturada, houve um aumento na diversidade da macrofauna de transformadores de serapilheira, em detrimento das populações de minhocas, que preferiram folhas e solo de maior qualidade. As interações solo-planta-decompositores são indicadoras da velocidade de decomposição em sistemas serapilheira, com consequente formação de mosaicos de manchas de serapilheira com dinâmicas distintas de decomposição. Assim, locais onde funcionamento da serapilheira foi classificado como Mesomull ou Oligomull foram caracterizados por manter solos com alto teor de carbono disponível e boa capacidade de troca catiônica. Sistemas de serapilheira do tipo Mull são sensíveis a variações na qualidade de solo e atividade de minhocas. Isso explicou a mudança para o sistema serapilheira do tipo Dysmull nas áreas com folhas grandes, caracterizado por baixa disponibilidade de nutrientes, conforme se confirmou nos solos destes locais, embora um funcionamento lento possa indicar um estado conservativo de matéria orgânica. A metodologia se mostrou favorável para prever mudanças em diferentes escalas que possam afetar a restauração de florestas. 

  • WILIAN VICTOR DA SILVA CAMPOS
  • ESTOQUE DE CARBONO DA MATÉRIA ORGÂNICA PARTICULADA DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO DE PALMA  DE ÓLEO (ELAEIS GUINEENSIS) EM TOMÉ-AÇU, PA. 

  • Data: 16/10/2020
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  • LUCIANA DOS SANTOS CIRINO
  • CARACTERIZAÇÃO DA ESTABILIDADE ESTÁTICA E DINÂMICA DA ATMOSFERA EM CULTIVO DE PALMA DE ÓLEO NO LESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 30/09/2020
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  • Considerando a importância do cultivo da palma de óleo no contexto ambiental, social e suas interações com a atmosfera, este trabalho tem como objetivo investigar o comportamento da camada de ar em cultivo de palma de óleo do tipo HIE (Elaeis guineensis Jacq. x Elaeis oleifera (Kunth) Cortés) no leste da Amazônia, com dossel em torno de 8 m, e idade em torno de 12 anos. O estudo foi conduzido na empresa Marborges Agroindústria S.A., localizada em Moju, Pará, onde foi instalada uma torre micrometeorológica para obtenção de dados meteorológicos no período de janeiro-dezembro/2014. De forma geral, observaram-se maiores temperaturas no abaixo do dossel da vegetação (2,25 e 6,75 m). Foram observadas maiores velocidades de vento nas alturas acima do dossel (22,7 e 15,94 m), no período menos chuvoso da região. Através de dados de temperatura do ar e velocidade do vento foram investigadas as condições atmosféricas estática e dinâmica sobre o cultivo. No cultivo predominaram condições atmosféricas de neutralidade e estabilidade em ambos os períodos (-0,25 < Ri > 0,25).

  • GERCIENE DE JESUS LOBATO RIBEIRO
  • RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE DE UM PROJETO DE ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA DO BAIXO TOCANTINS, PARÁ

  • Data: 14/08/2020
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  • Na Amazônia, a historiografia produzida pontua decisivos momentos de rupturas e engendramento de novas relações entre o homem e o meio ambiente na região. Dos naturalistas aos Projetos de Assentamento Agroextrativista, a população vem vivenciando ciclos de desenvolvimento, os quais, em certas situações, têm alterado o ambiente. O estudo objetivou avaliar as transformações ambientais e os níveis de resiliência e de sustentabilidade socioambientais na região do Baixo Tocantins, Pará. Os procedimentos metodológicos incluíram análise documental em leis e registros históricos, artigos científicos; e expedições de campo com aplicação de técnicas etnográficas (observação participante, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos). Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram lideranças comunitárias e os ribeirinhos residentes na área demarcada pelo PAE São João Batista, em Abaetetuba, os quais foram selecionados por amostragem probabilística do tipo aleatória simples, totalizando 141 ribeirinhos entrevistados. Na abordagem da resiliência materializou-se o ciclo adaptativo como um dos pontos referenciais e para a investigação da sustentabilidade foi calculado a condição de sustentabilidade a partir da percepção dos ribeirinhos sobre as condições sociais, econômicos e ambientais vivenciadas no assentamento. As descrições dos naturalistas sobre o Baixo Tocantins são pontilhadas das múltiplas belezas desta região, a grandeza do rio, a sublimidade de suas florestas e numerosos produtos, como a cana-de-açúcar e o açaí. A transição do sistema econômico Cana-Açaí no PAE São João Batista efetivou a capacidade dos ribeirinhos de experimentar mudanças e criar condições para se reorganizar enquanto assentamento, de forma que o crescimento do mercado do fruto de açaí marca o ponto de resiliência da comunidade. Por outro lado, as percepções dos moradores acerca das mudanças no ambiente, a partir da implementação do PAE e posterior intensificação do cultivo do açaí, indicam limitações relacionadas a alterações na fauna (5,7%) e no clima (39,9%), assoreamento (1,3%), desmatamento (5,1%), erosão (4,4%), poluição do rio (8,2%), queimadas (0,6%) e resíduos sólidos (34,8%). Segundo os comunitários, o assentamento apresenta um nível de sustentabilidade comunitária muito baixa. As dificuldades relatadas por eles refletem as contradições e desafios já apontados para a região amazônica, evidenciando que a sustentabilidade dos sistemas socioecológicos é mais dependente de variáveis externas aos sistemas produtivos locais do que aparentaria ser numa primeira abordagem. Os assentados vivem numa dinâmica de construção e reconstrução, pois não estão isolados a ponto de não serem atingidas pela lógica capitalista e colocam-se em conflito com seu modo de vida tradicional.

  • ERMANO PREVOIR
  • ANÁLISE DA VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO E FOCOS DE CALOR EM VEGETAÇÃO NA ILHA HISPANIOLA

  • Data: 07/08/2020
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  • Os países insulares localizados na América central e Caribe são vulneráveis a variabilidade e mudança do clima. Neste trabalho apresenta-se uma contribuição aos estudos climatológicos particularmente da Antilha Hispaniola do mar do Caribe, formada pelos países da República do Haiti e pela República Dominicana, cobrindo uma área de 78 mil km2. Baseado nas análises da precipitação da base CHIRPS com alta resolução espacial constatou-se um padrão climático bimodal em Haiti e República Dominicana com o primeiro pico pluviométrico ocorrendo em maio e o segundo em setembro/outubro. O regime seco acontece nos meses de janeiro a março. Os padrões espaciais dos mapas climatológicos e as análises de correlações indicaram que os regimes sazonais da Antilha são influenciados diretamente pela configuração da TSM e dos ventos alísios no mar do Caribe sobre o Oceano Atlântico, sendo que o máximo principal do segundo semestre é explicado pela presença de TSM mais quentes (acima de 29C) e da banda de nebulosidade associada a ZCIT durante sua posição mais boreal. A avaliação quantitativa das correlações (simultâneas e defasadas) entre os dados de precipitação e índices de vegetação e de focos de calor, bem como a análise integrada do mapeamento dessas variáveis sobre o território da ilha Hispaniola, permitiram estabelecer relações consistentes nas dinâmicas de clima, vegetação e focos de calor. Republica Dominicana apresenta números muito maiores de focos de calor quando comparados aos de Haiti, sendo que as maiores frequências dos eventos se processam janeiro até abril, quando predomina o regime seco sobre a Antilha. Inversamente, durante o pico pluviométrico do segundo semestre, os focos de calor são mínimos e se concentram nos meses de agosto a dezembro. Quanto aos índices de vegetação há certa relação direta com o regime climático, com valores de NDVI maiores nas regiões espaciais contendo máximos de precipitação e vice-versa.

  • EIKY TATSUYA ISHIKAWA DE MORAES
  • SIMULAÇÕES DE ONDAS DE GRAVIDADE NA CAMADA LIMITE NOTURNA AMAZÔNICA E SUA INFLUÊNCIA NAS TROCAS DE OZÔNIO E MONOXIDO DE CARBONO

  • Data: 30/06/2020
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  • O trabalho tem como objetivo principal averiguar a influência da topografia na geração de ondas de gravidade (OGs) e suas consequentes implicações no transporte de gases entre diferentes partes da atmosfera, no período noturno, sobre o sítio experimental ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), localizado no município de São Sebastião do Uatumã-AM, na região central da Amazônia. Utilizou-se dados experimentais coletados na torre Instant de 81 m de altura. Para a obtenção dos resultados foram usados a tranformada wavelet de Morlet, imagens do satélite GOES-13 na banda do infra-vermelho, reanálises do ECMWF Era-Interim (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) e simulações numéricas do modelo de mesoescala BRAMS (Brazilian Regional Atmospheric Modeling System) versão 5.3. Através das análises da tranformada wavelet identificou-se a ocorrência de uma OG na noite do dia 12 para 13 de novembro de 2015. As imagens de satélite mostraram que não houve precipitação na noite em questão, anulando a possibilidade da OG ser de origem convectiva. Recorreu-se então às reanálises do ECMWF Era-Interim onde foi identificado também sinais ondulatório na temperatura do ar, componente vertical do vento e gases como CO e O3. Foram então simulados dois experimentos no modelo JULES-CCATT-BRAMS, um com a topografia real da região (SC) e outro removendo-se a topografia (ST). Os resultados das simulações mostraram que a topografia da região intensificava o sinal da OG nas oscilações da: temperatura do ar, da componente vertical do vento, na flutuabilidade do ar. Além disso, notou-se também para a simulação SC a onda transportava O3 e CO de regiões onde haviam fontes de quimadas para o sítio ATTO, fato este não observado de maneira significativa na simulação ST. Por fim, as simulações comprovaram que a topografia teve papel relevante na geração e intensificação da OG e sua ação no transporte de escalares próximo à superfície.

  • WILSON FERNANDES RAMOS
  • VIOLÊNCIA NO CAMPO, DESMATAMENTO, SOCIOECONOMIA E CRIMINALIDADE NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA DE 2010 A 2017

  • Data: 30/06/2020
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  • Os conflitos socioambientais e a violência são uma das grandes problemáticas no contexto amazônico que se intensificaram por precárias políticas de governo que trouxeram mazelas sociais e passivos ambientais. O presente trabalho teve como objetivo analisar os índices de violência no campo, o desmatamento e os crimes ambientais contra a flora, bem como os fatores socioeconômicos e a criminalidade e a relação entre eles no município de Paragominas-PA para os anos de 2010 a 2017. Para isso, foram levantados dados de violência no campo da Comissão pastoral da Terra para o estado do Pará e comparados com o município de Paragominas. Dados de crimes ambientas e de crimes contra o patrimônio foram levantados junto ao SIAC/PC/PA, os de desmatamento, ao INPE e os socioeconômicos junto ao Índice Firjan de desenvolvimento municipal, e a FAPESPA. A análise foi feito através da estatística descritiva e correlação de Pearson. Os resultados do número de conflitos no campo aponta o ano com de 2010, com 96 no total, como o com maior número de conflitos no período analisado no Pará, neste mesmo período não foi computado nenhum no município de Paragominas, destaca-se que houve uma diminuição do número de conflitos de 2010 até 2014, com um aumento nos anos seguintes no estado do Pará. Com relação ao desmatamento, Paragominas apresentou um crescimento pouco expressivo no período analisado, no mesmo período o número de ocorrência foi baixa, com um total de 36, não havendo relação entre as variáveis. Além disso, os indicadores socioeconômicos no município foram acima da média nacional, sugerindo um crescimento apesar da crise vivenciada no Brasil no mesmo período, porém houve um crescimento dos números de crimes contra o patrimônio. Conclui-se que Paragominas, quando comparado ao contexto estadual, apresentou número de violência no campo baixo nos anos analisados. Além disso, houve uma diminuição do desmatamento e o número de ocorrência foi baixo, e não houve relação entre estas variáveis. Ademias, houve melhora nos indicadores socioeconômicos, mas que não se refletiu na diminuição dos crimes contra o patrimônio.

  • CRISLAYNE AZEVEDO ALMEIDA
  • EXPANSÃO DO EUCALIPTO (Eucalyptus spp.) NA MICRORREGIÃO DE PARAGOMINAS (PARÁ) SOB A PERSPECTIVA DA GESTÃO AMBIENTAL

  • Data: 10/06/2020
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  • EXPANSÃO DO EUCALIPTO (Eucalyptus spp.) NA MICRORREGIÃO DE PARAGOMINAS (PARÁ) SOB A PERSPECTIVA DA GESTÃO AMBIENTAL

  • EMERSON RENATO MACIEL DA SILVA
  • DIAGNÓSTICO GEOAMBIENTAL DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APEÚ, NORDESTE PARAENSE

  • Data: 27/04/2020
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  • O presente trabalho teve como objetivo avaliar o estado ambiental e a qualidade da água do rio Apeú frente aos tipos de uso e ocupação do solo, variação sazonal da precipitação e o grau de vulnerabilidade ambiental na sub-bacia hidrográfica do rio Apeú. Assim, para alcançar o objetivo foram realizadas a análise do desempenho da estimativa de precipitação do produto CHIRPS para sub-bacia do rio Apeú, a determinação do diagnóstico ambiental da sub-bacia hidrográfica através de fatores geoambientais e climáticos, assim como, a caracterização espacial e temporal da qualidade da água do Rio Apeú e a comparação dos resultados das análises físico-químicas segundo os padrões de qualidade estabelecidos em legislações específicas. Diante disso, foi avaliado o desempenho dos dados de precipitação estimados pelo produto CHIRPS, para sub-bacia em relação aos dados observacionais das estações meteorológicas do INMET e ANA. Para a validação dos dados estimados pelo CHIRPS, foram calculados o Coeficiente de Correlação (r), Erro Percentual Médio (PBIAS), Erro Quadrático Médio da Raiz (RMSE) e o Índice de Concordância (d). Após a validação foram construídos mapas que mostrassem a espacialização da precipitação estimada pelo CHIRPS mediante a interpolação dos pontos de grades pertencentes a sub-bacia. Em geral, os dados do produto tenderam a superestimar a precipitação pluvial medida na região de interesse, principalmente no período chuvoso, embora haja um ajuste melhor ao observado no período menos chuvoso. Além disso, foi analisado o uso e ocupação do solo, a morfometria, a precipitação e a vulnerabilidade ambiental, por meio de geotecnologias. Por meio da morfometria observou-se que a SBHRA apresentar forma retangular e alongada, conferindo à sub-bacia baixa suscetibilidade a ocorrências de enchentes. Enquanto que o resultado de uso e ocupação mostraram que 55,25% da SBHRA é composta por vegetação densa e secundária, seguida por 27,04% representada por pastagem e culturas e 16,93% de solo exposto. A análise integrada das variáveis geoambientais analisadas, permitiram a elaboração do mapa de vulnerabilidade ambiental da SBHRA. Permitindo observar que, a SBHRA encontra-se com maiores graus de vulnerabilidades baixos e muito baixos (65,27%). Porém, é nítido por meio da representação cartográfica da vulnerabilidade, uma distribuição acentuada dos fragmentos de vulnerabilidade médio (22,47%), principalmente correlacionados as classes de vegetação rasteira, distribuídas quase sempre próximos às áreas de vegetação, seguida pela distribuição da vulnerabilidade alta (11,26%), correlacionada com às áreas antrópicas. Quanto a qualidade da água superficial do rio Apeú, foram quantificados os parâmetros físico-químicos pH, oxigênio dissolvido (OD), condutividade elétrica (CE), temperatura da água (Temp), turbidez (Turb), alcalinidade (ALC), cloreto (Cl-) e dureza total (DT), em um período sazonal de quatro campanhas (período chuvoso e menos chuvoso) e avaliado a qualidade especial e temporal das águas do rio, com auxílio da estatística descritiva e multivariada em 8 pontos amostrais. De acordo com os resultados obtidos por meio das análises físico-químicas, assim como a aplicação da estatística descritiva e multivariada, foi possível observar que em relação aos padrões estabelecidos pela Resolução do CONAMA 357/2005 os parâmetros apresentam-se dentro dos valores de referência. Através dos resultados, oriundos dos produtos cientifícos produzidos, constatou-se que a sub-bacia do rio Apeú apresenta mudanças de uso e ocupação do solo, refletidas principalmente na qualidade das águas superficiais, com alterações provocadas por pastagens nas áreas de nascentes, avanço da urbanização na área da bacia, demonstrando o não cumprimento de políticas ambientais como a proposta pela Lei Federal No 12.651/2012 (Código Florestal Brasileiro), assim como, a presença de áreas com vulnerabilidade médias e altas avançando em direção aos remanescentes florestais, principalmente na região norte da sub-bacia onde encontram-se os pontos de nascente, que se encontram as margens do rio Apeú, configurando uma situação de degradação ambiental dos recursos naturais nos limites da sub-bacia hidrográfica do rio Apeú.

  • ANA MARIA MOREIRA FERNANDES
  • ESPÉCIES ARBÓREAS E SUAS RELAÇÕES COM VARIÁVEIS CLIMÁTICAS SOB INFLUÊNCIA DE DEFICIÊNCIA HÍDRICA NO SOLO DA

    FLORESTA DE TERRA FIRME EM CAXIUANÃ, PARÁ, BRASIL

  • Data: 17/04/2020
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  • A intensidade e frequência das secas severas na região amazônica estão aumentando frente às mudanças climáticas globais e podem interferir no comportamento das plantas. Assim, esta tese analisou a composição florística, riqueza, diversidade e distribuição de abundância de espécies e incremento diamétrico de grupos de espécies vegetais ao longo do tempo em áreas de floresta sem exclusão hídrica e com exclusão hídrica no solo, relacionando também a dinâmica de crescimento de grupos de espécies com variáveis climáticas. Os dados foram coletados em 98 subparcelas na área A (sem exclusão hídrica) e em 98 subparcelas na área B (com exclusão hídrica), cada uma medindo 10 m x 10 m, nas quais todas as espécies vegetais com o diâmetro à altura do peito (DAP≥10 cm) foram inventariadas. Na área sem exclusão hídrica e na área de exclusão hídrica foram monitorados 378 e 356 indivíduos vegetais, respectivamente, por meio de cintas dendométricas que permitiram aferir mensalmente o incremento diamétrico das espécies. As famílias Fabaceae, Sapotaceae, Chrysobalanaceae, Burseraceae foram as mais representativas nas áreas de estudo, com destaque para Fabaceae que apresentou maior riqueza. Na área A houve pequena variação da riqueza observada, e a uniformidade da comunidade e o índice de diversidade mantiveram-se constantes, enquanto na área B a variação de riqueza foi maior, que pode ter contribuído para uma pequena mudança no índice de diversidade ao longo do tempo. Os melhores modelos ecológicos ajustados foram o Zipf e Zipf-Mandelbrot para a comunidade vegetal das áreas A e B, respectivamente. O comportamento do incremento médio diamétrico das árvores foi diferente entre as classes de diâmetro e entre as classes de densidade da madeira nas duas áreas analisadas. Nas áreas A e B foi observado que os indivíduos agrupados na classe alta de diâmetro tenderam a apresentar uma média de incremento diâmetrico anual maior em relação as outras classes diamétricas média e baixa, e os indivíduos agrupados dentro da classes baixa e alta de densidade de madeira apresentaram o maior e menor valor de média de incremento anual, respectivamente. As variáveis meteorológicas velocidade do vento e temperatura média apresentaram correlações negativas e significativas com o incremento diamétrico mensal por classes de diâmetro e de densidade, já a radiação fotossintética ativa não apresentou correlação significativa. Considerando que as árvores pertencentes a classe alta de diâmetro e as agrupadas dentro da classe baixa de densidade uma vez que mesmo sendo submetidas ao déficit hídrico continuaram a ter um média maior com uma variação menor de incremento diamétrico em relação as outras classes, é possível inferir que elas sejam mais resistentes a deficiência hídrica que as árvores pertencentes as outras classes diamétricas e de densidade da madeira. Portanto, pode-se inferir que a floresta aparenta está bem estabelecida, com a riqueza de espécies e diversidade elevadas, e que a restrição hídrica no solo ao longo do tempo de dez anos de estudo não foi suficiente para interferir no estado de conservação do ambiente de maneira tão expressiva.

  • JESSICA CRISTINA CONTE DA SILVA
  • Usos múltiplos da água e a sustentabilidade nas sedes municipais da bacia hidrográfica do rio Marapanim-PA

  • Data: 16/03/2020
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  • A colonização do nordeste paraense é considerada uma das mais antigas na região amazônica, essa ocupação desordenada ao longo do tempo, ocasionou diversos impactos ao meio ambiente e recursos hídricos, principalmente relacionados a área da bacia hidrográfica do rio Marapanim. Nesse contexto a pesquisa buscou integrar conceitos de demanda e disponibilidade hídrica, agregando os fatores hidrológicos e socioambientais, em conjunto com a discussão da bacia hidrográfica como unidade de gestão e adoção de políticas públicas nas sedes municipais de Castanhal, Igarapé-Açu, Marapanim, São Francisco do Pará e Terra Alta que pertencem a bacia hidrográfica do rio Marapanim. O objetivo do trabalho foi avaliar o processo de gestão das sedes municipais, através do índice de sustentabilidade com indicadores de Pressão – Estado – Resposta (PER) agregado a caracterização dos usos múltiplos da água. A principal demanda das sedes é o abastecimento de água urbano, com volume estimado em 2.228,18 m3/dia, entretanto no limite do município a agriculta apresenta a maior demanda com 28.022,46 m3/ha seguida pela pecuária, com volume 899,82 m3/dia. A disponibilidade hídrica da região foi estimada pelo monitoramento pluviométrico, onde que setembro-outubro-novembro são meses com poucos dias de chuvas, ficando o maior percentual de volume de chuvas do mês concentrado em poucos dias. O índice de sustentabilidade das sedes municipais de Castanhal, Igarapé-Açu, Marapanim e Terra Alta, obtiveram o índice de sustentabilidade 0,40; 0,50; 0,44; 0,54 e 0,5 respectivamente, o que representa um valor regular. Já a cidade de São Francisco alcançou um resultado de 0,54, classificada como um bom índice. A caracterização dos usos múltiplos da água, são essenciais para entender as relações de disponibilidade e demanda de água que acontecem na bacia hidrográfica do rio Marapanim, e a aplicação do índice de sustentabilidade a partir do modelo de Pressão – Estado – Resposta, permite tanto uma avaliação integrada dos indicadores hidrológico, ambiental, político e social, como também separa, o que possibilita uma visão mais direcionadas as necessidades de cada território, ajudando assim a orientar a tomada de decisão dos gestores.

  • AMANDA MELO MOREIRA
  • VALORAÇÃO DE DANOS DE INUNDAÇÕES EM TRÊS CAPITAIS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA


  • Data: 17/02/2020
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  • A Amazônia apresenta alto índice pluviométrico, com eventos de precipitação bastante intensos e que podem se mostrar um problema em cidades que não consigam lidar com eles. Entre as três capitais com maior precipitação média anual (Manaus - AM, Macapá - AP e Belém PA), os Eventos Extremos de Precipitação - EEP são recorrentes e, por vezes, trazem danos à população exposta a inundações, que podem ser de tipos diversos e que afetam sua qualidade de vida. Analisar o prejuízo causado por essa problemática pode auxiliar na tomada de decisões sobre investimentos que trarão melhorias para os habitantes dessas cidades. Para estimar os danos ocorridos nas capitais foi verificada a ocorrência de EEP selecionados a partir da combinação entre os dados do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET e as notícias registradas na mídia local. De posse dos EEP foi estimado um valor para os prejuízos causados por inundações em residências de aglomerados subnormais das cidades analisadas, através do Índice de Pegada da Água - IPA e da Avaliação Monetária Material Meio Ambiente - AMA. No período entre 1999 a 2018 encontrou-se um total de 31 eventos em Manaus, 15 em Macapá e 26 em Belém, que tiveram as ocorrências fortemente influenciadas pelo posicionamento da Zona de Convergência Intertropical - ZCIT e pelo fenômeno El Niño Oscilação Sul - ENOS. Para o cálculo do IPA, foi medido, em cada cidade, o acúmulo de água pós-chuva, resultando em um valor de 0,001681, a partir do qual foi possível calcular a AMA para cada local. Desse modo o valor de danos foi estimado em R$ 19 bilhões para Manaus, 2 bilhões para Macapá e 42 bilhões para Belém. É importante ressaltar que esses valores são referentes somente a 1% das precipitações mais intensas e reflete a realidade de domicílios de aglomerados subnormais, onde na maior parte das residências a renda máxima é de até um (1) salário mínimo. Assim, a valoração de danos através da metodologia do IPA e da AMA mostra-se muito relevante, pois serve como um indicativo do prejuízo ao qual a população é exposta, focando na parcela que possui menor poder aquisitivo e que se encontra em áreas cuja infraestrutura costuma ser deficiente. Desse modo, estudos do tipo são necessários para chamar atenção aos problemas que a sociedade enfrenta ao ser exposta à problemática das inundações.

  • JULIANE DA COSTA CAVALCANTE
  • FRAGILIDADE AMBIENTAL NA BACIA DO RIO MOCAJUBA - PA

  • Data: 17/02/2020
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  • A bacia hidrográfica do Rio Mocajuba vem sendo densamente ocupada pela expansão de atividades antrópicas. Dessa forma, a antropização põem em risco a permanência dos ecossistemas naturas e dos manguezais desta região. Nesse contexto, este trabalho apresenta a dinâmica da paisagem na bacia do Rio Mocajuba entre 1999 e 2018 e suas implicações na fragilidade natural da bacia e continuidade dos manguezais desta região. Para tal fim, a pesquisa divide-se nos seguintes itens: (1) Análise do uso e cobertura da terra na bacia hidrográfica do Rio Mocajuba – PA, utilizando como métodos a Classificação Orientada a Objeto (GEOBIA) e a plataforma do Google Earth Engine (GEE), em conjunto com o classificador Random Forest. (2) Aplicação da metodologia de Fragilidade Ambiental Potencial e Emergente, utilizando dados naturais da bacia (pedologia, unidades geológicas, altimetria e intensidade pluviométrica) em conjunto com dados antrópicos (uso e cobertura da terra). (3) Análise temporal dos manguezais da bacia entre 1984 e 2018, observando a expansão e regressão desse ecossistema, assim como os tensores antrópicos e ambientais a que estão suscetíveis. As metodologias de classificação de uso e cobertura da terra apresentaram diferentes quantificações e acurácias. Para o ano de 1999 a classificação GEOBIA e Random Forest apresentaram um Coeficiente Kappa de 0,79 e 0,92, respectivamente. Para o ano de 2018 o coeficiente foi de 0,73 e 0,8, respectivamente. Para ambas as metodologias a classe de Formação Florestal sofreu diminuição e Não Florestal aumento. Já para a classe de Manguezal a classificação GEOBIA quantificou aumento e a Random Forest diminuição. Na metodologia de fragilidade ambiental, os níveis de fragilidade potencial e emergente obtidos foram baixo, médio e alto. Onde 19,92%, 76,67% e 3,41% da bacia apresentaram fragilidade potencial baixa, média e alta, respectivamente. Para fragilidade emergente as áreas de manguezal e não floresta incrementaram a fragilidade natural da bacia e a classe de formação florestal proporcionou uma atenuação desta. Nesse caso as áreas de fragilidade emergente baixa, média e alta foram quantificadas em 18,39%, 67,57% e 14,04%, respectivamente. As áreas de manguezal obtiveram uma diminuição entre os anos de 1984- 1999 e 1999-2018. Os dados apresentados ratificam a expansão da antropização da bacia e a interferência das atividades humanas na dinâmica e resposta dos manguezais frente aos tensores naturais. Assim como confirma o incremento da fragilidade natural da bacia proporcionada pela expansão dessas atividades. Desta forma a pesquisa se torna relevante por proporcionar uma análise sistêmica entre diversas áreas, buscando compreender o funcionamento do ecossistema da bacia, auxiliando em pesquisas e iniciativas futuras.

  • JUAREZ VENTURA DE OLIVEIRA
  • CLIMA URBANO DE BELÉM, PARÁ: PERCEPÇÃO CLIMÁTICA, CLIMATOLOGIA E MODELAGEM ATMOSFÉRICA

  • Data: 29/01/2020
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  • O objetivo desta tese é investigar a influência da urbanização de Belém no clima local e como parte de sua população percebe as mudanças climáticas. O clima de Belém e a interação entre urbanização e atmosfera foram investigados a partir de dados de estações meteorológicas e simulação numérica usando três cenários de cobertura do solo (urbanização em 2017, em 1986 e com a área urbana substituída por floresta) da Região Metropolitana de Belém (considerada como sendo as principais áreas urbanas de Belém, Ananindeua e Marituba) utilizando o modelo numérico Weather Research and Forecast (WRF). A percepção foi analisada com base em questionários aplicados em quatro locais com características sociais e ambientais diferentes. Os locais foram definidos com base no Mapa de Tipologias Sócio Ambientais desenvolvido utilizando dados do Censo de 2010 e imagem de satélite. Dos quatro locais, dois representam regiões bem vegetadas, verticalizadas, com população de média/alta renda e baixa densidade demográfica (representados pela tipologia Tipo III) e dois representam regiões com vegetação esparsa, pouca verticalização, população de baixa renda e alta densidade demográfica (Tipo I). Os resultados mostraram que, independente da tipologia, os participantes do questionário perceberam mudanças no clima de Belém. Para eles, devido ao crescimento da urbanização local, Belém está mais quente e com maior variabilidade na precipitação. A estação meteorológica de Belém corroborou esta percepção, porém estações em municípios próximos também apresentaram aquecimento nos últimos anos, inviabilizando a atribuição desta alteração a urbanização. No entanto, em oposição ao observado nas outras estações, há um maior acúmulo de precipitação em Belém e através dos resultados do WRF foi observado que as características atuais da Região Metropolitana de Belém (RMB) podem intensificar o desenvolvimento de sistemas convectivos locais, causando tempestades mais fortes e, consequentemente, maior acúmulo de precipitação devido ao aumento do cisalhamento vertical do vento e a maior energia disponível para convecção. Apesar de perceberem estas mudanças e de sofrerem impactos devido a elas (diferentes para cada tipologia, porém principalmente questões de saúde e financeira), a falta de conhecimento, tempo e/ou dinheiro, a maioria dos participantes não sabe como adaptar a sua vida para este novo cenário climático, ou se adapta de forma ineficiente. Todavia, quando o assunto é Belém, os entrevistados conseguiram sugerir estratégias de adaptação que podem ter impacto significativo no clima local e até minimizar os efeitos da urbanização na atmosfera.

  • RODRIGO DA SILVA MAIA
  • COLONIZAÇÃO MICORRÍZICA E DISPONIBILIDADE DE FÓSFORO NO SOLO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM PALMA DE ÓLEO NA AMAZÔNIA

  • Data: 20/01/2020
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  • O fósforo (P) é considerado o nutriente mais oneroso e limitante para a produção agrícola nos trópicos, devido às limitações das reservas fosfáticas e ao fenômeno de adsorção no qual o P fica retido no solo e indisponível a planta. Na região Amazônia a produção agrícola pode ser limitada em até 90% pela deficiência do P e nas últimas décadas a introdução de monocutivos nessa região, como o cultivo da palma de óleo (Elaeis guineensis) no estado do Pará, tem provocado alterações no uso do solo, afetando a disponibilidade de nutrientes e a dinâmica socioambiental. Nesse contexto, a inserção da palma de óleo a um modelo de manejo do solo alternativo e conservacionistas como o Sistema Agroflorestal (SAF), pode ajudar a reduzir a dependência do P importado, garantir maior aproveitamento de P no solo através de fontes orgânicas e ampliar a absorção desse nutriente pela planta através da simbiose com Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs). No entanto existe pouca informação sobre a contribuição dos SAFs para a disponibilidade de P e para a colonização micorrízica em cultivos perenes como a palma de óleo nos agrossistemas tropicais, especialmente na Amazônia. O objetivo deste estudo foi avaliar as frações lábeis e moderadamente lábeis de P (orgânico e inorgânico) no solo e a colonização micorrízica arbuscular na palma de óleo plantada em sistemas agroflorestais biodiversos e monocultivos na Amazônia brasileira. As frações de P foram determinadas através do método sequencial de extração descrito por Hedley e a colonização micorrízica foi avaliada pelo método da ampliação das intersecções. A colonização micorrízica foi de modo geral 3,5 vezes maior na palma de óleo cultivada nos SAFs em relação ao monocultivo e os SAFs não diferiram do monocultivo no fornecimento de P lábil e apresentam maior pool de P moderadamente lábil no solo. Os resultados do estudo mostraram que a adoção de SAFs no cultivo de palma de óleo na Amazônia é uma prática promissora para aumentar a colonização micorrízica nessa espécie e representa um tipo de manejo vantajoso para o fornecimento de P disponível e para a manutenção de reservas de P no solo em relação ao monocultivo.

2019
Descrição
  • SAÚL EDGARDO MARTÍNEZ CASTELLÓN
  • ESTIMATIVA DO FLUXO DE METANO E DIÓXIDO DE CARBONO EM ÁREAS DE MANGUEZAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DE ODIVELAS - PA

  • Data: 03/12/2019
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  • Os manguezais são considerados ecossistemas tanto ambientais e como socioeconomicamente produtivos, dado pela contribuição na mitigação das mudanças climáticas, como a captura e armazenamento do CO2 na biomassa aérea e subterrânea. As áreas de mangue são importantes contribuidores dos gases de efeito de estufa (GEE). Este estudo investiga os fluxos de Metano (FCH4) e de Dióxido de Carbono (FCO2) em floresta de mangue nas interfaces solo-atmosfera (Ilha da Macaca), e água-atmosfera (Estuário Mojuim). As medições incluíram uma escala temporal (período seco: julho a dezembro 2017 e chuvoso: janeiro a junho 2018) e espacial (topografia alta: 2,5 m e baixa: 2,0 m), e em diferentes ambientes aquáticos. Os fluxos foram medidos através do método de câmaras dinâmicas associadas a um analisador de gás infravermelho. Adicionalmente, foram registrados parâmetros: A) ambientais, como temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, B) físicos e químicos da água, como a temperatura, oxigênio dissolvido e pH; C) físicos e químicos do solo, como a temperatura, umidade, matéria orgânica, pH, carbono e nitrogênio total, relação C/N, carbono orgânico, carbono microbiano, nitrogênio microbiano. O FCH4 médio no solo variou de 0,1874 g m-2 d-1 a 0,0711 g m-2 d-1 entre época seca e chuvosa respectivamente. O FCO2 médios no solo variou de 6,3607, a 7,0542g m-2 d-1 entre época chuvosa e seca respectivamente. Os FCH4 variaram de 0,2360 g m-2 d-1 a 0,0271 g m-2 d-1 para a topografia baixa e alta, respectivamente. Os FCO2 variaram de 5,4383 a 7,079 g m-2 d-1 para topografia baixa e alta, respectivamente. Com isto os fluxos foram maiores para CO2 na época seca e FCH4 foram menores na estação chuvosa. Os fluxos de FCH4 no ecossistema aquático variaram entre época seca e chuvosa de 0,039 a 0,050 g m-2 d-1 respectivamente. O FCO2 entre época seca e chuvosa variou de 10,474g m-2 d-1 a 28,985, g m-2 d-1, respectivamente. Os FCO2 mostraram diferenças significativas (p < 0,05) entre a época seca e chuvosa, podendo estar influenciado pela entrada de água salubre na maré enchente e a entrada de água doce do rio Mojuim na vazante. Neste estudo foi observado que os maiores fluxos de FCH4 e FCO2 ocorrem na época chuvosa, e variação mínima do FCO2 no solo.

  • SAURI MOREIRA MACHADO
  • EVOLUÇÃO DA PAISAGEM DO SAMBAQUI PORTO DA MINA (QUATIPURU, PARÁ/AMAZÔNIA ORIENTAL): INTEGRAÇÃO DE DADOS AMBIENTAIS NOS ÚLTIMOS SEIS MIL ANOS

  • Data: 14/11/2019
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  • O Sambaqui Porto da Mina é um sítio arqueológico localizado em Quatipuru, no estado do Pará, que mostra registros de ocupação contínua e abundante material zoológico que remontam a aproximadamente 5.280 anos AP. Este trabalho teve como objetivo reconstituir o paleambiente existente durante o estabelecimento desse sambaqui. Para isso, foram elaborados perfis bio-antracológicos, com coleta de amostras de sedimentos e material zoológico. A pesquisa teve caráter multidisciplinar, incluindo análises geológicas, químicas (difração e fluorescência de raios-X), biológicas e isotópicas (δ13C, δ15N e δ18O). Foram realizados, ainda, modelagem de simulação ecológica, climática e de uso da terra. Os resultados mostraram que o sítio arqueológico consiste em granulometrias de silte e argila contendo predomínio de quartzo, hematita, caulinita e calcita. Esses constituintes corroboraram a presença de sambaqui na área de estudo, o que também ficou evidenciado pela presença de fósseis de invertebrados de composição carbonática, tais como ostras, berbigões, mexilhões e caranguejos. Além disso, registrou-se variações de temperatura em cerca de 10ºC, que apesar de elevada, não foi uma mudança climática brusca para o Holoceno. A análise da evolução das modificações do uso e cobertura da terra sugere que independente do crescente e contínuo o uso da terra, a taxa de desmatamento é considerada relativamente baixa para a área do sambaqui Porto da Mina. Portanto, afirma-se que o desflorestamento antrópico da região de entorno do sítio não desempenhou papel significativo nas alterações climáticas ocorridas durante a atividade do sítio.

  • THIAGO BANDEIRA CASTELO
  • AVALIAÇÃO DO PROGRAMA MUNICÍPIOS VERDES NA PERSPECTIVA DA GESTÃO AMBIENTAL E DO IMPACTO SOBRE O CONTROLE DO DESMATAMENTO NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 24/10/2019
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  • O Estado do Pará é o segundo maior estado da Amazônia Legal, detentor de vasta biodiversidade e de grandes áreas de floresta natural. Essas condições têm atraído ao longo dos anos, atores interessados em explorar suas riquezas naturais por meio de abertura de áreas sobre as florestas com corte desordenado de madeira, criação de gado e cultivos agrícolas, além da execução de empreendimentos energéticos. Desse modo, as taxas de desmatamento cresceram de forma exponencial nos anos 2000, imperando ações do governo por meio de programas e projetos políticos de combate ao desmatamento. Insere-se no contexto das políticas, o Programa Municípios Verdes (PMV), que desde 2011 tem buscado apoiar a gestão ambiental dos municípios do Pará por meio de ações e medidas restritivas e educativas aos produtores rurais, além de traçar metas para o controle do desmatamento nos territórios abrangidos pelo programa. Dois extremos existem para os municípios participantes do programa. Por um lado, existem os municípios “Embargados” com altos índices de desmatamento e, por consequência, com restrições ao comércio e produção agrícola. Em oposição, existem os municípios “verdes” controlados ou monitorados, que são aqueles que cumprem todas as metas do PMV. Considerando o desmatamento um fenômeno de forte impacto sobre o meio ambiente, a pesquisa buscou entender e estimar o impacto do programa sobre o controle do desmatamento nos municípios verdes, definindo assim, a eficácia da política no alcance de seus objetivos. Compreender, se de fato, os municípios listados como “verdes” controlam o desmatamento em suas áreas é fundamental para o aperfeiçoamento das ações do governo do Estado do Pará. O controle do desmatamento perpassa por uma adequada gestão ambiental e recuperação das áreas florestais. Dessa forma, testou-se empiricamente por meio de técnicas e métodos robustos de avaliação, a contribuição da gestão ambiental e o impacto do PMV sobre a recuperação das áreas florestais estimado pelo índice de preservação florestal. A pesquisa contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no fomento da bolsa de pesquisa pelo programa de Demanda Social – DS e do Centro Regional da Amazônia (CRA) ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na cessão de estrutura física e apoio técnico no processamento de dados de monitoramento florestal.

  • PRISCILA CASTRO DE BARROS
  • PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM PALMA DE ÓLEO NO NORDESTE PARAENSE UTILIZANDO DADOS BIOMÉTRICOS E FERRAMENTAS DE SENSORIAMENTO REMOTO.

  • Data: 30/09/2019
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  • O dendê é uma das principais commodities em nível global atualmente. No Brasil, o estado do Pará é o maior produtor dessa matéria-prima, plantada essencialmente na forma de monocultivos e com o uso de muitos insumos agrícolas. Desde 2008 é feito o monitoramento de um novo modelo produtivo de SAFs (SAFs) orgânicos associados ao dendê E. guineensis em sítios experimentais localizados no nordeste paraense. Para avaliar o potencial desses SAFs é necessário compreender alguns parâmetros e elementos fundamentais do seu funcionamento como as características dos sítios, a PPL (PPL), as propriedades do dossel e as interações com a radiação eletromagnética. O objetivo geral dessa pesquisa foi avaliar a dinâmica temporal da PPL acima do solo em três SAFs com sistemas menos biodiversificados (SAF-A) e mais biodiversificados (SAF-B), com dendê em Tomé-Açu. Os objetivos específicos foram: i) avaliar a dinâmica florística e estrutural; ii) medir a contribuição da PPL acima do solo e iii) avaliar o comportamento do Índice de Área Foliar (IAF) e dos índices de vegetação Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), Normalized Difference Water Index (NDWI) e Enhanced Vegetation Index 2 (EVI2). Foram realizados inventários florísticos nos anos 2016, 2017 e 2018 para avaliar o diâmetro a altura do peito (DAP em cm), altura total (Ht em m), parâmetros fitossociológicos, estruturas vertical e horizontal, índice de valor de importância (IVI), índice de Shannon (H’) e mortalidade. Foi realizada coleta mensal de serapilheira (frações de litterfall fino e grosso) entre setembro de 2016 a agosto de 2018. Os estoques da biomassa lenhosa foram calculados a partir do uso de equações alométricas específicas e gerais. Os valores de peso seco da biomassa lenhosa e do litterfall foram convertidos em carbono por meio do fator de correção 0,5. A PPL acima do solo foi calculada como o incremento em carbono somado ao carbono do litterfall fino anual nos períodos 2016-2017 e 2017-2018. O IAF, abertura de dossel (AD %) e a radiação total (RAD %) foram estimados pelo método de fotografias hemisféricas nos meses janeiro, abril, julho e outubro de 2018. Os índices de vegetação foram gerados por meio do sensor multi-spectral instrument (MSI) do Sentinel-2 na plataforma do Google Earth Engine, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2018. As famílias botânicas encontradas em maior quantidade foram Fabaceae, Arecaceae, Meliaceae, Anacardiaceae e Malvaceae. Os maiores IVIs foram encontrados para as espécies E. guineensis, Gliricidia sepium Jacq. e Theobroma cacao Linn. Em 2018, os maiores DAPs foram observados para E. guineensis (de 74,29 ± 1,60 cm a 93,70 ± 0,73 cm) e a maior Ht para Sclerolobium paniculatum no sítio SAF-2B (17,83 ± 1,00 m). A mortalidade foi maior nos sítios menos biodiversificados, chegando a 9,18% no período 2017-2018. Os maiores incrementos diamétricos ocorreram entre 2016-2017 para as espécies lenhosas arbóreas e algumas leguminosas. No período seguinte (2017-2018), houve redução acentuada do incremento para a maioria das espécies em todos os sítios, em especial para E. guineensis, Euterpe oleraceae Mart. e T. cacao, este último com redução de até 98,85% em relação ao período anterior. No período 2016-2017 a PPL variou de 3,69 ± 0,50 a 13,42 ± 1,34 Mg C ha-1 ano-1 nos sistemas adubadeiras e de 7,75 ± 0,82 a 11,09 ± 0,30 Mg C ha-1 ano-1 nos sistemas biodiversos. No período 2017-2018, a PPL variou de 4,59 ± 0,33 a 10,35 ± 1,89 Mg C ha-1 ano-1 nos adubadeiras e de 7,87 ± 1,68 a 10,15 ± 1,48 Mg C ha-1 ano-1 nos sítios biodiversos. Embora tenham sido observadas reduções nos estoques de carbono anual e nos incrementos, estatisticamente não foram encontradas diferenças na PPL entre os períodos dos mesmos sítios. O dossel de todos os sítios é formado, principalmente, por espécies dos estratos médio e superior. Em 2018, durante o período seco, foram registrados os maiores IAF. O IAF variou de 1,61 ± 0,19 m2.m-2 a 3,42 ± 0,21 m2.m-2 nos SAFs mais biodiversificados. Maiores AD (%) e RAD (%) foram observadas nos sistemas adubadeiras. Maiores IVs anuais foram encontrados nos sistemas biodiversos (NDVI= 0,51 a 0,59; NDWI= 0,25 a 0,32; EVI2= 0,332 a 0,43). As fotografias hemisféricas são eficientes para estimar o IAF, AD e RAD em SAFs com dendê. O uso combinado das tecnologias das fotos hemisféricas para gerar o IAF e do sensor MSI para gerar os IVs não apresentaram correlação, reforçando a necessidade de aumentar a amostragem nos sítios a fim de capturar maior quantidade de informações do dossel e da refletância por meio dos sensores remotos. Essa pesquisa mostrou que alguns sítios foram influenciados pelos efeitos do evento climático El Niño Southern Oscilation (ENSO), que ocorreu entre os anos 2015 e 2016. No entanto, as taxas de produtividade nos dois períodos avaliados, em especial dos sistemas mais biodiversos, estão de acordo com outros resultados encontrados em algumas florestas primárias e secundárias de mais de 20 anos de idade na Amazônia. Isso indica que o modelo de SAF orgânico com dendê na região nordeste do Pará tem a capacidade de resistir a distúrbios, recuperar-se e colaborar de maneira satisfatória na mitigação de efeitos nocivos provocados por mudanças no clima.

  • JAQUELINE PORTAL DA SILVA
  • DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS ASSOCIADAS ÀS OCORRÊNCIAS DE FEBRE CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ

  • Data: 09/09/2019
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  • A febre Chikungunya (CHIKF) é uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), sua transmissão ocorre pela picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus infectadas pelo CHIKV. Os sinais e sintomas da CHIKF são semelhantes aos da dengue, entretanto a principal manifestação clinica que a difere está no acometimento das articulações como as juntas dos punhos, tornozelos e cotovelos causando inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência das variáveis de renda, densidade populacional, de saneamento e climáticas sobre as ocorrências de CHIKF. Conduziu-se o estudo no período de 2016 a 2018, com área de aplicação no município de Belém (PA). As variáveis foram analisadas com base em estatísticas descritivas, a partir das quais foram determinadas média, desvio padrão, coeficiente de variação, mediana, mínimo e máximo. As normalidades das variáveis foram testadas para definir pelo uso de testes de correlação paramétricos ou não paramétricos. Procedeu-se com a análise de regressão linear para as variáveis que apresentaram significância estatística. A análise espacial identificou a expansão da doença no município ao longo do período analisado. Bem como foram identificados focos de elevada concentração e manutenção da doença em determinados bairros. Para as variáveis socioeconômicas a correlação de Pearson identificou associação entre as CHIKF e a variável de densidade demografia, em 2017, que resultou em uma regressão linear fraca, porém significativa. Correlações significativas foram identificadas para os indicadores de quantidade e regularidade no fornecimento de água, na coleta de resíduos sólidos e no nível de acesso aos serviços de saneamento. Enquanto as variáveis de temperatura e precipitação em 2016, apresentaram respectivamente associação positiva e fraca e associação negativa e fraca em relação à CHIKF. Os resultados desta pesquisa mostraram que a área urbana do município de Belém (PA), Amazônia brasileira, apresenta elementos significativos, naturais e antrópicos, para a inserção de focos de transmissão ativa de febre Chikungunya.

  • NAILA MARTINS DA COSTA
  • MACROFAUNA EDÁFICA EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM
    CULTIVO DA PALMA DE ÓLEO (Elaeis guineensis Jacq.) NA AMAZÔNIA
    ORIENTAL

  • Data: 29/08/2019
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  • A macrofauna edáfica é o termo usado para denominar uma comunidade de invertebrados com diâmetro >2mm e comprimento >10mm, que vive permanentemente ou que passa parte da vida, ou um ciclo de desenvolvimento no solo. Estes organismos desempenham um importante papel nos processos de ciclagem de nutrientes e na estrutura do solo. Suas atividades baseiam-se na escavação, ingestão e transporte de material mineral e orgânico no solo, levando à criação de galerias, ninhos, câmaras e bolotas fecais, as quais influenciam na agregação, propriedades hidráulicas, dinâmica da matéria orgânica e na composição, abundância e diversidade de outros organismos do solo. Diante da expansão da cultura da palma de óleo na Amazônia, realizamos um estudo da comunidade de macrofauna para entender como essa a cultura impacta estes organismos. Escolhemos como área de estudo um sistema agroflorestal experimental de manejo orgânico, no município de Tomé-açu (PA), que associa o cultivo o cultivo da palma de óleo a outras espécies frutíferas e madeireiras em contexto de agricultura familiar. Para um melhor entendimento dos efeitos do sistemas sobre os invertebrados, expandimos a pesquisa para um plantio convencional na forma de monocultivo da palma e uma capoeira de 20 anos de regeneração. Retiramos em cada sistema, 9 monólitos de solo de 25x25 nas profundidades de 0-10 cm e 10-20, coletamos ainda amostras de solo para análises de atributos físicos e químicos, além da serapilheira local. Os invertebrados foram cletadois manualmente e conservados em álcool a 70%. Identificamos uma comunidade composta por 13 táxons de macrofauna no sistema agroflorestal. A maioria dos invertebrados do sistema pertence ao grupo conhecido como “engenheiros do ecossistema”. Houve preferência da macrofauna pela camada de 0-10 cm de profundidade. Os invertebrados se mostraram sensíveis às diferenças nos tipos de sistema e seus respectivos manejos. E a estrura e composição da comunidade de macrofauna do sistema agroflorestal apresentou semelhanças com a comunidade encontrada no sistema natural capoeira.

  • GIORDANI RAFAEL CONCEICAO SODRE
  • FOGO E QUEIMADAS: HISTÓRICO, RISCO E CALENDÁRIO METEOROLÓGICO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 29/08/2019
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  • A utilização de fogo como forma de limpeza do solo está amplamente inserida no processo produtivo da Amazônia, sendo um dos elementos que impulsionam a expansão agrícola na região. Nesta pesquisa foi proposta a análise do quadro geral das queimadas na região Amazônica com o objetivo de abordar a complexidade que envolve este tema, como o mesmo pode ser tratado como um problema social, porém com reflexos sobre a questão climática. Analisamos os parametros legais do uso do fogo em práticas agrícolas e foi desenvolvido um calendário meteorológico indicando o momento em que as condições ambientais são mais favoráveis para a utilização desta prática de forma mais segura. Os resultados indicaram que o atual cenário de queimadas na Amazônia pode estar relacionado a uma combinação de escolhas, como a questão das queimadas poderia ter sido tratada e como de fato ela foi. Indicando que as principais ferramentas são voltadas para o combate os efeitos da queima e não a sua origem. Observou que ferramentas como o Índice de Risco de Fogo utilizado pelo INPE possui sua acurácia reduzida, devido o mesmo considerar somente variáveis ambientais, não incluindo à ação do homem como parâmetro, o que torna limitada a eficiência em antecipar a ocorrência de uma queimada. A análise das pesquisas mais recentes apontou para o uso do fogo controlado como a opção mais viável para a mudança do cenário atual, assim, a abordagem principal desta pesquisa foi criar um calendário meteorológico de manejo para o uso do fogo no campo da forma mais segura. A conclusão desta pesquisa mostra que a educação ambiental é a forma mais eficaz de combater o uso excessivo de queimadas, porém, isto é um investimento para o futuro. Para o cenário atual a criação de um calendário de queimadas baseado na variabilidade pluviométrica mensal local, permitindo que as queimadas sejam realizadas em momentos mais propícios a sua não propagação indesejada. Assim, o número de focos de queimadas sem controle pode ser reduzido de forma eficaz e as perdas de biodiversidade e econômicas podem ser menores. Sendo este o caminho a ser percorrido enquanto a educação ambiental não cumpre seu papel em alterar esta cultura dentro da região Amazônica.

  • GISELE DE SOUZA SARAIVA
  • DINÂMICA DO USO E COBERTURA DA TERRA EM ÁREAS SOB CONFLITO
    AGRÁRIO NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 27/08/2019
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  • A colonização e ocupação da Amazônica têm sido resultado da implantação de políticas públicas e dos interesses econômicos sobre a região. Como reflexo disso, a transformação da vegetação primária em outros usos alternativos da terra na Amazônia é algo marcante, em especial em áreas sobre forte pressão das alterações antrópicas e do desmatamento (WATRIN et al., 2015). Isto tem provocado mudanças da cobertura florestal para pastagem e agricultura (ALMEIDA et al., 2016).
    As mudanças de uso da terra na Amazônia também têm sido resultado de processos sociais, como por exemplo a disputa por terra, e não fruto de comportamentos isolados de agentes individuais, sejam esses agricultores familiares ou grandes fazendeiros (ARAÚJO, 2009).
    Nesse contexto, segundo Le Tourneau et al. (2010), a reforma agrária na Amazônia tem ocorrido sobre novas áreas (terras públicas) e não por uma política efetiva de distribuição de terras. Para esses autores, as políticas para a reforma agrária no Brasil quase não alteraram a estrutura fundiária vigente e, como alternativa, o país concebeu a Amazônia Legal como uma imensa reserva fundiária.
    Aliado a isso, estima-se que a reforma agrária tenha representado 30% do desmatamento na bacia amazônica entre 1964 e 1997 (ALDRICH et al., 2012; ALSTON, LIBECAP E MUELLER, 2000). Embora a legislação brasileira proíba expressamente a formação de assentamentos de reforma agrária em áreas de floresta, é nestas onde têm se estabelecido a base dessa nova estrutura fundiária (FEARNSIDE, 2001; SIMMONS et al., 2007)

  • EMANUELLY MELO DE OLIVEIRA MENDES
  • DINÂMICA DO EFLUXO DE CO2 NO SOLO EM DUAS ÁREAS DISTINTAS
    NA AMAZÔNIA

  • Data: 16/08/2019
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  • Os ecossistemas terrestres são importantes para compreender as trocas de CO2 entre superfície e
    atmosfera. Pesquisas têm buscado compreender o potencial de sequestro e emissão de carbono em
    diferentes agroecossistemas. Entre eles, as pastagens naturais que apresentam significativa
    participação no ciclo do carbono subsídio alimentar para a produção de carne. Assim como a
    produção de óleo de palma responsável pela produção de 30% do óleo comestível no mundo e parte
    na produção de biodiesel. Neste estudo, foram avaliados dois usos de cobertura do solo (iLPF e
    monocultivo de palma de óleo) e o efluxo de CO2. Foi utilizado o método de câmaras dinâmicas
    associadas a um analisador de gás por infravermelho. Este trabalho apresenta observações mensais
    em monocultivo de óleo de palma e caracterização diária em dois iLPFs o primeiro com mognoafricano
    (Khaya ivorensis A. Chev.) e o segundo com teca (Tectona grandis L. f.). No primeiro caso
    no monocultivo de óleo de palma o empilhamento de folhas foi responsável pelos maiores valores de
    efluxo de CO2 dentro dos anéis de medida durante os dois períodos observados (chuvoso e menos
    chuvoso) em comparação aos dois outros dois pontos observados (base da palma e carreador). A
    dinâmica do efluxo de CO2 (EFCO2) diferiu entre os três sistemas estudados. O aumento do EFCO2
    durante o meio dia em relação ao meio da manhã (oito horas) em todos os pontos estudados. Na área
    de controle (capoeira) não houve uma grande variação observada, sendo mais estável. Os maiores
    valores de EFCO2 nos dois sistemas de iLPF (teca e mogno) foram encontrados na base das ávores
    para o sistema mogno e no pasto pisoteado para o sistema teca seguido da base das árvores.A baixa
    variação no efluxo de CO solo entre a manhã e o meio dia na capoeira pode indicar se assemelham a
    florestas naturais, com árvores criando um microclima de solo que é adequado para o crescimento de
    microrganismos do solo. A umidade do solo correlacionada positivamente de forma fraca na base da
    teca e na área de transição. No caso da temperatura do solo não foi observada correlação positiva
    para a área em questão, apenas de forma moderada na área controle. Nas análises não foram
    encontradas correlações positivas do EFCO2 com a umidade do solo em nenhum dos pontos
    estudados na área do mogno. Por sua vez foi encontrada uma relação fraca da Ts com área entre as
    árvores.As menos variações de temperatura do solo foram encontradas na capoeira seguida do iLPF
    mogno na área sombreda (Base mogno e entre plantas mogno). As maiores variações de Ts no
    período estudado (chuvoso) ocorre na área de iLPF com teca.As árvores influenciam na dinâmica de
    CO2 quando não estão distribuidas em área florestal. Nesse Sistema foi observado que os maiores
    valores de perda de CO2 ocorreu na área sombreada em ambos os sistemas com exceção da pastagem
    de iLPF teca até o momento antes do pastoreio animal

  • BRUNO GILMAR SILVA DA SILVA
  • PERCEPÇÃO AMBIENTAL E ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE MARAPANIM – PARÁ/BRASIL

  • Data: 06/08/2019
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  • O presente trabalho aborda o tema da percepção ambiental e aspectos socioeconômicos nas comunidades Camará, Cipoteua e São João, pertencentes ao município de Marapanim, Pará, Brasil. O objetivo geral desse estudo foi destacar qual a percepção do homem em relação ao meio ambiente que o cerca, além de descrever o perfil socioeconômico das comunidades e a influência do período sazonal nas atividades desenvolvidas. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizada a aplicação de questionários com perguntas objetivas e subjetivas a 118 moradores, sendo Camará (n = 60), Cipoteua (n = 32) e São João (n = 26), através de visitas às comunidades. Utilizou-se a estatística descritiva e o método estatístico kruskal-wallis para a análise dos dados. Com base nos resultados obtidos e nas observações realizadas, foi possível constatar que os moradores entrevistados possuem baixo nível de escolaridade, utilizam os recursos naturais para obtenção de renda, como a pesca artesanal (Camará), agricultura de subsistência (Cipoteua) e agricultura mecanizada (São João), além dos benefícios concedidos pelo Governo Federal. Os entrevistados da comunidade de São João possuem renda bruta mensal superior comparado com as Comunidades Camará e Cipoteua. Foi possível verificar precariedade no acesso aos serviços básicos como coleta de lixo, abastecimento de água e esgotamento sanitário. Houve variações significativas de percepção com relação aos aspectos ambientais analisados em cada comunidade, como foi o caso da qualidade da água e da condição da vegetação. 91% dos entrevistados nessa pesquisa afirmou que ocorre maior produtividade nas principais atividades agroextrativistas desenvolvidas durante o período chuvoso. Nesse contexto, estudos a partir da temática percepção ambiental e socioeconômica é uma importante ferramenta na busca de compreender como os aspectos ambientais podem influenciar as comunidades que dependem dos recursos naturais, como também para o estabelecimento de programas de fomento às atividades já desenvolvidas na área estudada. Ao final do estudo, foi possível constatar a importância do mesmo para o estabelecimento de ações e políticas públicas.

  • JOSIANE SARMENTO DOS SANTOS
  • AMEAÇAS NATURAIS E VULNERABILIDADE DAS MEDIDAS DE CONTROLE DE CHEIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Orientador : EDSON JOSE PAULINO DA ROCHA
  • Data: 31/07/2019
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  • Ameaças naturais, como secas prolongadas e inundações causam problemas para o meio ambiente e seres vivos. Elas não são evitadas, porém os riscos associados às ameaças podem ser reduzidos. Então, a pesquisa analisou a precipitação na cidade de Belém-PA, leste da Amazônia, para caracterizar as ameaças presentes no espaço urbano local que possui uma população superior a um milhão de habitantes e assim verificar qual bacia hidrográfica está mais vulnerável de acordo com a medida de controle de cheia presente nela. Para tal, foram utilizados dados: de precipitação (PRP) diária (1967-2016), mensal e anual dos anos de 1896-2016 da estação meteorológica de superfície do Instituto Nacional de Meteorologia em Belém-PA; do índice oceânico Niño (ION) e de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no oceano Pacífico do portal da National Oceanic and Atmospheric Administration (1967-2016); Dados do Dipolo do Atlântico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (1967-2016); de Tábuas Maré do diretoria de hidrografia e navegação da Marinha do Brasil (2007-2016); Prognóstico Climáticos do INMET/CPTEC (1997-2016); pontos de alagamentos da defesa civil do estado (2012) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (2017); Informações do Plano Diretor Municipal; Existência de Alerta da Defesa civil Estadual e cotas altimétricas da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém. Através de testes de estatística e de probabilidade, os resultados mostraram que há um aumento da precipitação média no período chuvoso, principalmente nas últimas décadas, tanto que utilizando o Índice de Anomalia de Chuvas foi percebido que o IAC apresentou mais anos úmidos em 30 anos (1987-2016). Em relação ao prognóstico climático, sua acurácia foi de 69% de informações, ou seja, para a cidade é mais um mecanismo de informações sobre ameaças. As chuvas diárias são mais presentes na cidade, porém seu volume está abaixo da média diária de 50 anos (1967-2016) de 13, 5 mm/dia, contudo os eventos extremos de precipitação estão apresentando tendência de aumento, porém não houve relação com a TSM do oceano atlântico, ficando mais significativo para a série de precipitação que frequência da La Niña é mais expressiva para as chuvas da cidade, tanto que no período chuvoso a TSM do Pacífico é mais fria em comparação ao período menos chuvoso. Apesar de a cidade dispor de informações sobre o clima local, monitoramento de pontos de alagamentos, cotas altimétricas e dados de marés com previsão anual, Belém não está preparada para as ameaças naturais, haja vista que apresenta vulnerabilidade nas medidas de controle de cheia.

  • FLAVIO AUGUSTO ALTIERI DOS SANTOS
  • Efeitos da variabilidade climática global e do uso e cobertura da terra sobre o comportamento hidrológico do rio Xingu

  • Data: 30/07/2019
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  • A expansão das fronteiras agrícolas na Amazônia vem produzindo alterações significativas na cobertura florestal, na superfície e no uso do solo. Os impactos mais recentemente, são ocasionados principalmente, pela expansão do agronegócio, uma consequência de contexto mundial, por conta que o mercado externo pressiona e incentiva a produção de determinados produtos, como a carne bovina e a soja. A carne bovina, por exemplo, o volume de exportação no período de 1997 e 2003 disparou significativamente, colocando o Brasil no topo do ranque mundial.
    Esse modelo de ocupação que a Amazônia vem experimentando ao longo das décadas, tem promovido intenso processo de transformação da sua paisagem que têm repercussão nas mudanças climáticas regionais e globais (NOBRE; SAMPAIO; SALAZAR, 2007). Becker (1990) afirmava que as políticas de desenvolvimento para a Amazônia promoveram a degradação da floresta e dos solos desta região. Entre as alterações ocorridas, se destacam as mudanças na cobertura florestal pristina que aconteceram pela ação antrópica presente, principalmente, na área de influência da rodovia Transamazônica (BR-230) e suas vicinais, cuja ocupação humana vem sendo induzida por projetos de colonização agrária nos últimos 45 anos.
    Costa (1997) cita que as políticas de ocupação da Amazônia sempre combinavam exploração econômica e estratégias políticas e militares, visando preservar as fronteiras internacionais e incorporar a economia regional à nacional. Fearnside (2001) registra que as grandes plantações de sojas estavam ocupando o norte do Mato Grosso a partir das áreas de cerrado, enquanto que a parte Sul e Leste do Pará, o predomínio em sua maior parte é de grandes propriedades de pecuária (FEARNSIDE, 2005).
    Devido ao crescente avanço do desmatamento registrado nas últimas décadas, principalmente sobre as áreas de floresta, várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas com intuito de entender melhor os impactos e consequências que este processo de ocupação, pode está influenciando no regime hidrológico da Amazônia. Alguns pesquisadores têm se dedicado a estudar e compreender os comportamentos dos eventos de secas e inundações extremas na região.

  • IORI LEONEL ARNOLDO HUSSAK VAN VELTHEM LINKE
  • KULONKOM PËTUKU KUTÏTËI / KURE KYNONORY KO RIKO, “CUIDANDO DA NOSSA TERRA”: A POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL DE TERRAS INDÍGENAS, OS WAYANA E OS APARAI.

  • Data: 25/07/2019
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  • O objetivo deste trabalho foi compreender o processo de implementação da PNGATI – a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas no Brasil - no território dos Wayana e Aparai (Terras Indígenas Parque do Tumucumaque e Rio Paru D‟Este) e suas relações com as concepções e práticas próprias da territorialidade destes povos. Em sua essência, a PNGATI, através da elaboração de planos de gestão coletiva (ou planos de gestão territorial e ambiental), deve ser aplicada contextualmente, a fim de garantir os direitos indígenas previstos na Constituição Federal de 1988. Questionei-me se a aplicação junto aos Wayana e Aparai, povos norte amazônicos, qu já ocorre há mais de uma década, estava sendo feita de forma a respeitar esse preceito. Desta forma, foi necessário, proceder com a identificação e análise de todos os atores, fatores e processos envolvidos na questão. Utilizei-me de expedientes e arcabouços metodológicos interdisciplinares, conjugando antropologia, história e biologia, em diferentes proporções, culminando em um arranjo investigativo cíclico que permitiu estudar os diferentes campos e conexões em questão. Neste bojo, as análises descritivo-análiticas empreendidas neste trabalho permitiriam responder positivamente a uma série de questões interrelacionadas: i) que a PNGATI representa um avanço no campo das garantias constitucionais dos direitos indígenas, vindo na esteira das mudanças de paradigma inicadas com a Constituição Federal de 1988; ii) que os Wayana e Aparai já vivem há muito tempo na região do estudo, sendo sujeitos de suas próprias histórias; iii) que estes povos possuem territorialidade própria, cujo padrão cíclico é marcado por uma série de fatores oriundos de sua organização social e política; iv) que tal territorialidade é desenvolvida com base em um amplo e complexo sistema de conhecimentos ecológicos tradicionais inextricavelmente ligados à sazonalidade e rica cosmovisão; v) que seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental foi devidamente construído, no campo político e jurídico, e igualmente no campo simbólico, uma vez que está sendo ressignificado e apropriado conforme as formas próprias de viver dos Wayana e Aparai.

  • AMANDA ESTEFANIA DE MELO FERREIRA
  • SUSTENTABILIDADE URBANA E QUALIDADE DE VIDA: DESAFIOS A SEREM CONSOLIDADOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SANTARÉM – PA

  • Data: 24/07/2019
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  • A noção de sustentabilidade urbana surge como contraponto à visão tradicional de desenvolvimento, e tem articulação com a implementação de políticas públicas, acontecimentos climáticos, forçantes econômicas, bem como a formação de novos cenários políticos e territoriais. Um desses cenários é a criação de regiões metropolitanas na Amazônia, que acontece diante de pretextos distintos, com destaque ao interesse político. A região metropolitana de Santarém, criada a partir de uma articulação sobre a divisão do território paraense, é uma região diferenciada, onde a diversidade socioespacial se associa tanto ao perfil hegemônico metropolitano, quanto à origem amazônica ribeirinha. Nesta pesquisa, avaliamos o nível e as condições de sustentabilidade urbana dos municípios que compõem a região Metropolitana de Santarém, Pará e suas relações com os problemas ambientais e com a migração provocada pela expansão da soja na região. Para isso, foi utilizado o Sistema de Índices de Sustentabilidade Urbana (SISU), compostos, nesta análise, por três índices, 10 indicadores e 19 variáveis. Com base ainda no SISU, foram categorizados os problemas ambientais encontrados em reportagens on-line dos anos no período de agosto de 2016 a julho de 2018 de dois jornais locais de ampla repercussão em Santarém (G1 – TV Tapajós e O Impacto); e para compreender a relação rural-urbano, foram realizadas entrevistas semiestruturadas em 21 comunidades rurais, com 27 imigrantes em 2011 e 8 em 2019 e análise pareada entre 8 entrevistados em 2011 e 2019. Foram identificados avanços no desempenho dos municípios dessa região, em relação aos Índices de Capacidade Políticoinstitucional (ICP) e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), não havendo melhoria para o Índice de Qualidade Ambiental (IQA). Na análise de 265 reportagens, foram identificados 39 problemas ambientais e 31 possíveis consequências para a qualidade de vida da população., que apontam uma maior proporção de problemas ambientais urbanos em Santarém, quando comparado com os demais municípios dessa região metropolitana. No contexto rural urbano, nossa análise preliminar aponta um forte fluxo migratório (rural-urbano) para o período de 2000 a 2010 (período de estabelecimento da soja), embora a pressão pelo agronegócio não tenha sido mencionada como motivo para imigração, e sim, o anseio pela busca de melhor qualidade de vida e educação, além da ausência de governo no meio rural. De fato, notou-se que os entrevistados apresentaram melhores condições de vida e uma evolução dos níveis educacionais, residindo na cidade. Destaca-se a necessidade de mais investimentos na qualidade de serviços, cadeias produtivas, ordenamento territorial e gestão ambiental na região estudada, de forma que políticas integradas proporcionem melhores condições de vida às populações e novos patamares de sustentabilidade

  • RUANA ARETHA FARIAS SANTIAGO BECKMAN
  • RIQUEZA E DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DE MINHOCAS (Annelida, Oligochaeta) EM UM FRAGMENTO FLORESTAL

  • Data: 02/07/2019
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  • SA riqueza, distribuição e abundância das espécies de Oligochaeta foram analisadas em relação aos parâmetros ambientais (precipitação interna da floresta, quantidade de serapilheira, textura, pH e umidade do solo) durante 15 meses em uma área localizada na região periurbana do município de Belém, estado do Pará, Brasil, que pertence à empresa estatal da Embrapa Amazônia Oriental com uma área de reserva que corresponde a 2.706 hectares. Neste estudo foram encontradas oito espécies: Pontoscolex corethrurus, Müller 1857, quatro espécies ainda não descritas e outras 3 não determinadas devido à falta de caracteres necessários para identificação. A riqueza de espécies encontrada foi aproximadamente similar a outros sítios florestais da Amazonia, no entanto, a maioria das espécies ocorreu em baixa abundância e com distribuição esparsa. Também foi observada baixa diversidade funcional com todas as espécies pertencentes à categoria ecológica endogéicas. No estudo, a espécie predominante foi a Pontoscolex corethrurus, que representou 96,94% da densidade total, enquanto as demaissomaram 3,06%. P. corethrurus foi dominante em todos os pontos e em todos os períodos de coleta. Por esse motivo, foi a única espécie estudada em relação aos atributos do solo e do clima. Neste estudo, sua abundância respondeu significativamente à precipitação interna, enquanto que a quantidade de serapilheira, textura do solo, pH e umidade do solo não apresentaram efeitos consideráveis. A demografia mostrou que esta é uma espécie de Oligochaeta que pode permanecer no solo o ano todo. A espécie também mantém o desenvolvimento contínuo da população com seus casulos produzidos em três meses do ano. Embora o número de espécies detectadas não tenha mostrado redução drástica, a alta dominância de P. corethrurus, a baixa diversidade funcional, a raridade e dispersão das distribuiçõesespaçotemporais de espécies nativas oferecem indicações claras de perda de biodiversidade na fauna do solo neste remanescente florestal. Possivelmente isso é acompanhado pela perda das funções do ecossistema do solo, como consequência do isolamento e da urbanização circundante.

  • DIEGO ALONSO BAUTISTA LÉVANO
  • RELAÇÕES ECONÔMICA E CLIMÁTICA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO LESTE DO PARÁ

  • Data: 28/06/2019
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  • A presente pesquisa relaciona os rendimentos médios ou produtividade das oito principiais lavouras localizadas em municípios no leste do Pará. Na relação econômica foi trabalhada com a variável dependente Valor agregado bruto agropecuário (VAB.AGR) e a relação climática foi realizada com as variáveis precipitação e temperatura, durante o período 2002-2016. A seleção das oito lavouras foi de acordo a sua representação percentual nas quantidades produzidas durante o período do estudo. Por tal motivo, as lavouras foram divididas em permanentes (LP: banana, coco-da-baía, dendê e laranja) e temporárias (LT: cana-de-açúcar, mandioca, milho e soja). Foram recopilados os dados secundários do VAB.AGR, quantidades produzidas (QP), rendimentos médios (Rm) ou produtividade e valores de produções dos municípios no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Produção Agrícola Mensal (PAM). Respeito à complexidade das variáveis climáticas, foram pesquisadas e coletadas as informações do Climate Prediction Center MORPHing technique (CMORPH) para as precipitações e o European Centre for Medium-Range Weather Forecast (ECMWF) para os dados da temperatura. As metodologias utilizadas foram os Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) para conhecer o nível de associação entre as variáveis tendo como variável dependente o VAB.AGR, assim com o Coeficiente de Pearson para conhecer o grau de relação entre variáveis climáticas e as QP e Rm. Finalmente, dos resultados obtidos podemos acreditar que as oito lavouras selecionadas, pelo menos um tipo de lavoura apresenta significância com o desenvolvimento econômico e climático.

  • LARISSE FERNANDA PEREIRA DE SOUZA
  • DINÂMICA DE USO E COBERTURA DA TERRA EM ÁREAS DE NÃO FLORESTA COM PRESENÇA DE SAVANAS NO SUDESTE PARAENSE

  • Data: 28/06/2019
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  • A importância da conservação das savanas tropicais no mundo está cada vez mais reconhecida, devido à sua abundante flora e fauna, e elevados níveis de espécies endêmicas. Estes sistemas dinâmicos de pastagens e florestas abertas cobrem aproximadamente de 15 a 24 milhões de Km² da América do Sul, Ásia a África. Contando também com a Austrália, esse ecossistema está presente em 20% de toda a superfície terrestre (CARVALHO; MUSTIN, 2017). Na América do Sul, os maiores complexos de Cerrado (savanas) ocorrem no Brasil, Bolívia, Paraguai, Venezuela e Colômbia. Por indicar um alto potencial agrícola, nos últimos 35 anos, o Cerrado brasileiro tem vivenciado uma das maiores expansões de terras agropastoris (RAMANKUTTY et al., 2016). Portanto, Campos e Cerrados representam uma enorme área, e apresentam uma grande capacidade de produção alimentar atual e futura (HILL; HANAN, 2001).
    Mais de 20 milhões de hectares de vegetação natural no Cerrado são considerados adequados para a expansão de soja, e até 11 milhões de hectares de terrenos poderiam ser legalmente convertidos sob as leis do código florestal. No Cerrado, existem grandes áreas de terras desmatadas adequadas para soja, porém essas terras não estão localizadas em regiões com a mais rápida expansão recente da soja em vegetação nativa (GIBBS et al., 2015).
    Diferentemente do bioma amazônico, poucos esforços têm-se colocado na redução do desmatamento do Cerrado em comparação a atenção nacional e internacional para as taxas de desmatamento da Amazônia brasileira (GIBBS et al., 2015). Vale ressaltar que não existe uma rotina de monitoramento no Cerrado pelo governo brasileiro, e a própria legislação demostra essa desvantagem de proteção contra o desmatamento.

  • LANA PATRICIA MARTINS NUNES
  • QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA: o desafio de mensurar

  • Data: 21/06/2019
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  • O acelerado e desordenado crescimento das cidades não tem sido acompanhado pelo
    crescimento e melhoria da infraestrutura urbana, que contribuem decisivamente para a
    qualidade de vida de seus habitantes. Estudos sobre o ambiente urbano revelam que o processo
    de urbanização gera impactos, tanto ambientais, como sociais, entretanto esses impactos podem
    ser evitados ou ao menos minimizados mediante um processo eficaz de planejamento. Por isso,
    o grande desafio dos órgãos de planejamento consiste em entender o funcionamento do
    ambiente urbano e fornecer as condições adequadas para que as comunidades possam se
    desenvolver sustentavelmente, buscando o equilíbrio entre a qualidade de vida e a preservação
    do meio ambiente. Nesse sentido, estudos que versam sobre a realidade da qualidade ambiental
    nos ecossistemas urbanos tornam-se de fundamental importância para subsidiar políticas de
    planejamento e uma gestão do território mais eficiente. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar
    a qualidade ambiental na área urbana do município de Belém/PA, um dos municípios da região
    norte do país, que apresenta, em termos populacionais, grandes extensões de aglomerados
    subnormais e destaque no cenário imobiliário, com características semelhantes a muitas cidades
    brasileiras. Para avaliar a qualidade ambiental foram utilizados os procedimentos
    metodológicos desenvolvidos por Borja (1998) e Kawakubo et. al., (2005), utilizando-se
    indicadores ambientais e de infraestrutura (abastecimento de água, esgotamento sanitário,
    limpeza urbana, alagamentos, poluição sonora e cobertura vegetal) disponibilizados pelos
    órgãos locais (SIPAM, CIOP, SESAN, IBGE, etc) para a construção de um índice sintético de
    qualidade ambiental. Para observar estratificações entre os bairros foram elaboradas cartas de
    qualidade ambiental e de índices básicos utilizando-se para isto o software Arcgis. A percepção
    dos moradores também foi investigada através de questionários estruturados, cujos itens
    correspondem aos mesmos indicadores selecionados nos dados objetivos. Para observar
    possíveis contrastes entre os dados qualitativos e quantitativos foi construído um índice de
    percepção ambiental, utilizando-se os mesmos preceitos metodológicos para a construção dos
    dados quantitativos. Os dados mostram que apesar dos resultados apontarem para um nível de
    qualidade ambiental suficiente, os moradores estão insatisfeitos com a infraestrutura e
    qualidade do ambiente.

  • JOYSE TATIANE SOUZA DOS SANTOS
  • IMPACTOS DO USO E COBERTURA DO SOLO NO REGIME HIDROLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APEÚ/PA.

  • Data: 17/06/2019
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  • A preservação de uma bacia hidrográfica é um processo chave para a garantia de funcionamento do sistema que envolve o ciclo hidrológico, que tem como elemento fundamental a água. O objetivo geral deste trabalho foi analisar a distribuição da água, a partir da dinâmica de vazão e verificar o comportamento dos diversos processos hidrológicos perante as diferentes condições de uso e cobertura do solo. O estudo foi desenvolvido na bacia hidrográfica do rio Apeú, localizada no nordeste paraense, se trata de uma bacia complexa, que está inserida em ambientes tanto rurais, quanto urbanos, e que sofre constantes intervenções antrópicas. Aplicou-se o modelo Soil and Assessment Tool (SWAT), utilizando dados climáticos de uma estação meteorológica, pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), e de dados geocartográficos provenientes de instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (EMBRAPA). Foi discutida ainda, a aplicabilidade do modelo SWAT como ferramenta complementar no gerenciamento de recursos hídricos, motivado pela busca de alternativas de conhecimento dos processos ocorridos na bacia hidrográfica do rio Apeú. Buscou-se também avaliar espacialmente a distribuição de água na bacia, através da simulação da produção de água (WYLD) gerada pelo modelo SWAT, durante o período de 2007 a agosto de 2018, foi realizada uma simulação de cenários com diferente uso e ocupação do solo, da bacia em estudo, e estes foram comparados com o cenário atual (TerraClass 2014). Com os resultados pode-se afirmar que o modelo SWAT pode gerar informações em bacias que não possuem monitoramento, sendo possível através dele, identificar a quantidade de WYLD, em função da diferença da água que entra no sistema (precipitação) em relação às suas perdas (evapotranspiração, e entre outras). E assim obter um melhor planejamento dos recursos hídricos na bacia em análise. Ao verificar que, a WYLD está intimamente ligada com a dinâmica dos usos e ocupações do solo e a morfometria da bacia do rio Apeú e não somente a sazonalidade das precipitações na região, então como estratégia de minimização dos impactos ambientais foi proposto uma cartilha de informações voltada para as questões ambientais com o intuito de informar a comunidade sobre a importância de se conservar o rio Apeú e com isso obter benefícios e qualidade de vida.

  • AUREA SILVA ALMEIDA
  • OS SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO ESTRATÉGIA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL: RELAÇÃO ENTRE A PROVISÃO DE SERVIÇOS AMBIENTAIS E A PERCEPÇÃO DO SEU VALOR PELOS AGRICULTORES

  • Data: 30/04/2019
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  • Iniciativas de restauração florestal global e regional vêm emergindo fortemente visando recuperar funções e benefícios dos ecossistemas. Dentre os principais compromissos globais apresentam-se as metas 14 e 15 de Aichi para a biodiversidade (COP CDB 2010) que objetivam a recuperação de ecossistemas degradados e contribuição da biodiversidade para os estoques de carbono e proteção de serviços ambientais (MMA, 2016; PLANAVEG, 2017) e o desafio de Bonn (2011) para restauração de 150 milhões de hectares até 2020 e 350 milhões de hectares até 2030.
    No Brasil, a NDC (Contribuição Nacionalmente Determinadas, sigla em inglês) foi elaborada em 2015 e ratificada em 2016 a fim de contemplar estratégias para mitigar as emissões de gases do efeito estufa pelo país e para adaptação às mudanças climáticas (REIS et al., 2017) . A partir dessa iniciativa e da validação do acordo de Paris durante a COP21, em 2016, o Brasil se comprometeu em reduzir os riscos de mudanças climática, aderiu a acordos internacionais como ao Desafio de Bonn e a iniciativa 20x20 e estabeleceu uma grande meta em restaurar, reflorestar e promover a recuperação natural de 12 milhões de hectares de florestas até 2030 (MAPA, 2016).

  • RONALDO DA CRUZ BRAGA
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DIANTE DA AÇÃO DO MAR NA ZONA COSTEIRA DE SALINÓPOLIS-PARÁ-AMAZÔNIA

  • Data: 12/04/2019
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  • Apresentação: Amazônia possui extensa Zona Costeira, com aproximadamente 3.044 km, ocupando 35% do litoral brasileiro, com grande parte da Orla em diferentes níveis de vulnerabilidade física. Objetivo: Esta Tese tem como objetivo analisar a vulnerabilidade física à ação do mar, os impactos socioambientais e as estratégias de adaptação relacionados na Orla costeira do Município de Salinópolis, localizado no Litoral Norte, setor de reentrâncias Pará-Maranhão da Zona Costeira Amazônica. Metodologia: A Orla foi subdividida em sete subsetores, de acordo com os critérios do Projeto Orla e características fisiográficas e topográficas. Dois índices gerais de vulnerabilidade foram determinados: Índice de Vulnerabilidade a ação energética do mar e o Índice de Vulnerabilidade à elevação do nível do mar (IVC). Para a determinação dos dois índices, usou-se as seguintes variáveis: geológicas, geomorfológicas, declividade da costa, cota topográfica, altura de onda, amplitude de maré, variação da linha de costa, variação do nível do mar atual, utilizando séries temporais e futura, com base no cenário RCP8.5 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Foram aplicados questionários à população e às principais Secretarias Municipais. Os mapas foram confeccionados utilizando imagens orbitais dos anos de 1984, 1994, 2000, 2001, 2004, 2015 e 2016, imagens SRTM e aerolevantamento, processados no ArcGis 10.3. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Analysis Software SAS 9.4. Os dados socioeconômicos foram extraídos dos setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ano 2010. Resultados: cinco setores apresentaram índices Muto Alto e dois Moderado à ação energética do mar. O índice de vulnerabilidade atual à elevação do nível do mar demonstrou três setores da Orla com Baixo, dois em Moderado e dois em Alto. No IVC futuro, cinco setores apresentaram índices Muito Alto, um Alto e um Baixo. Em cenério de um metro de elevação do mar, os principais sistemas ambientais serão afetados, praias, manguezais, dunas, falésias, bem como a população mais vulnerável sofrerão maiores impactos. A aplicação dos questionários demonstrou que a população local consegue identificar os principais impactos e possui suas próprias estratégias de adaptação. A prefeitura não possui no Plano Diretor, nem as secretarias apresentam mecanismos de contenção, intervenção e adaptação de impactos advindos de uma possível subida do nível do mar. Conclusão: os elevados índices de vulnerabilidade da ação energética do mar têm provocado erosão ao longo da orla. O cenário de impactos da elevação do mar sobre a orla de Salinópolis requer aplicação de políticas públicas eficientes de adaptação da população mais vulnerável socialmente.

  • ANA PAULA MONTEIRO ALENCAR
  • PESCADORES ARTESANAIS DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA CAETÉ TAPERAÇU E A PERCEPÇÃO AMBIENTAL SOBRE OS RECURSOS NATURAIS

  • Data: 11/03/2019
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  • As Unidades de Conservação de uso sustentável são áreas que buscam priorizar a relação
    harmônica entre populações humanas, seus meios de vida e o meio ambiente. Atualmente no
    Brasil, as áreas de conservação ambiental são sinalizadas como áreas de suma importância e
    são vistas como estratégias para proteção e gestão de territórios. Nessa conjuntura grupos
    populacionais, que habitam essas áreas se dedicam ao extrativismo, destacando aqui a pesca
    praticada de forma artesanal. Assim esse trabalho apresenta as seguintes analises: I- Uma
    caracterização social, econômica e ambiental bem como contribuições para analisar e traçar o
    perfil de pescadores artesanais que residem em três comunidades pesqueiras do município de
    Bragança, nordeste do estado do Pará, inseridas na Reserva Extrativista Marinha Caeté-
    Taperaçu. II- Analisar a percepção ambiental de pescadores artesanais acerca dos aspectos
    sobre a ação da realização da atividade pesqueira, os recursos naturais e a reserva extrativista e
    seu manejo. Para isso, na I analise foram realizadas entrevistas através de questionários a 251
    famílias de pescadores artesanais entre homens e mulheres, sendo 85 (33,86%) da Vila dos
    Pescadores, 96 (38,25%) da Vila do Castelo e 70 (27,89%) da Vila do Taperuçu). A partir disso,
    constou que a idade dos entrevistados variou entre 18 e 55 anos, e possuem baixa escolaridade,
    onde 50% não terminaram nem o ensino fundamental, mostrando que renda gira em torno de
    5.506,56 ± 3.905,85 reais ao ano, sendo que 86,85% dessa renda está ligada ao vínculo que
    possuem com o atravessador. Resultando também a maioria dos pescadores artesanais possuem
    casa própria 92%, utilizam poços d’água cavado nas propriedades 59,36% ou rede de
    distribuição de água 40,24%, possuem fossa séptica 49% e é disponibilizado serviços de
    limpeza urbana, o qual atende 56,57% dos entrevistados. Na análise II foi utilizada a aplicação
    de questionários seguindo o modelo de escala tipo Likert, e para avaliar os dados foram
    submetidos ao teste de Kruskal-wallis com nível de significância de 5% (α = 0,05). Isso resultou
    na percepção ambiental sobre a ação da atividade pesqueira, que foi possível verificar
    diferenças significativas entre as comunidades (p = 0,015). No entanto, somente a comunidade
    do Taperaçu diferenciou de Vila dos Pescadores (p = 0,013) não ocorrendo diferenças
    significativas entre as comunidades. Já percepção ambiental sobre o uso dos recursos naturais,
    as comunidades diferem entre si, sendo que, a comunidade do Castelo diferenciou da
    comunidade do Taperaçu (p < 0,001) e da Vila dos Pescadores (p < 0,001), entretanto não foi
    possível identificar diferença significativa entre a comunidade do Taperaçu e Vila dos
    Pescadores (p = 0,269); E a percepção ambiental sobre a reserva extrativista e o plano de
    manejo, foi possível identificar diferenças significativas entre as comunidades (p = 0,001).
    Porém, somente a comunidade do Castelo diferenciou de Vila dos Pescadores (p < 0,001) não
    ocorrendo diferenças significativas entre as demais comunidades. Considerando que uma
    comunidade divergiu da outra por conta de fatores como representatividade política, que gera
    visibilidade para a comunidade, ocasionando uma boa acessibilidade e inclusão dos pescadores
    em programas fomentadores em prol da sustentabilidade, assim, ocorrendo maior engajamento
    de uma comunidade em detrimento da outra.

  • SABRINA BENMUYAL VIEIRA
  • SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO FLORESTAL DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES MADEIREIRAS COMERCIALIZADAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 08/03/2019
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  • A sustentabilidade da produção florestal é um assunto de grande debate no manejo de florestas tropicais. A preocupação em ter disponível continuamente os recursos naturais, principalmente, madeiras de espécies emblemáticas no mercado, tornou-se um desafio para a sociedade. O presente estudo consistirá em avaliar a sustentabilidade da produção florestal das principais espécies madeireiras comercializadas na Amazônia brasileira através da análise da estrutura e dinâmica de crescimento populacional da espécie, comparadas às normas de exploração contidas nas legislações vigentes. Neste estudo, será investigado se a sustentabilidade da produção florestal das principais espécies madeireiras para Amazônia brasileira estaria comprometida. Serão testadas as seguintes hipóteses: i) As espécies madeireiras mais comercializadas são as espécies com menor densidade de árvores em diferentes sítios florestais da Amazônia brasileira, e ii) A dinâmica de crescimento populacional (Incremento Periódico Anual e Taxa de Recuperação) das espécies madeireiras mais comercializadas na Amazônia recupera o estoque colhido em tempo superior ao estabelecido pela legislação brasileira vigente (25 a 35 anos) em diferentes sítios florestais da Amazônia brasileira. A pesquisa será desenvolvida a partir da analise de dados da Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas na Amazônia – Redeflor que abrangem áreas de monitoramento de inventário florestal contínuo, em parcelas permanentes, em quatro estados da Amazônia brasileira: Pará (n = 7), Amapá (n = 1), Acre (n = 3) e Amazonas (n = 2). As 13 áreas experimentais são constituídas de 291 parcelas permanentes, com dimensões variadas (50 x 50 m; 50 x 100 m; 100 x 100 m; 40 x 250 m), que acumulam um total de 169 ha de área experimental. Para o estudo, inicialmente, serão determinadas cinco espécies entre as mais comercializadas no Estado do Pará, levando-se em consideração a consistência da identificação botânica. Posteriormente, serão estimados os parâmetros de densidade populacional, Incremento Periódico Anual (m³.ha.ano-¹) e Taxa de Recuperação (%), para o volume e número de árvores, das cinco espécies madeireiras selecionadas. A partir dos resultados da estrutura e dinâmica populacional espera-se conhecer o comportamento e a capacidade de recuperação das espécies na floresta para discutir as possíveis implicações das normas atuais de manejo.

  • CAMIL WADIH SALAME
  • ANÁLISE DE TENDÊNCIAS HIDROCLIMÁTICAS NA BACIA HIDROGRÁFICA ARAGUAIA-TOCANTINS E SUAS IMPLICAÇÕES NA AGRICULTURA IRRIGADA

  • Data: 28/02/2019
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  • A Bacia Hidrográfica Araguaia-Tocantins (BHAT) é a mais extensa em área de drenagem dentro do território brasileiro, com processos de uso e ocupação cada vez mais crescentes em termos das demandas do agronegócio e exploração mineral. Nesta pesquisa realizou-se um estudo estatístico sobre as tendências hidroclimáticas (precipitação e vazão) na BHAT e suas relações com a agricultura irrigada. O mapeamento hidroclimático baseado na análise de agrupamento identificou quatro regiões homogêneas dentro da BHAT, duas ao norte com predominancia de altos valores de chuva/vazão e alta disponibilidade hídrica e duas regiões se estendendo ao longo da bacia, com valores mais baixos de chuva e vazão e menor disponibilidade hídrica. O regime chuvoso da BHTA ocorre entre dezembro e março e o regime seco entre maio e setembro. Os meses de outubro/novembro e abril são de transição com variações pronunciadas no ciclo sazonal. O estudo geoestatistico de previsões chuva/vazão revelou que os resultados usando o modelo de Box-Jenkings é relativamente melhor quando comparado ao modelo de Redes Neurais Artificias. A abordagem integrada das variáveis hidroclimaticas com os dados agropecuários dentro da BHTA revelaram um padrão significante de tendências negativas de precipitação e vazões coincidentes espacialmente nas regiões de intensa produtividade de milho e soja e de rebanho bovino. Um resultado relevante foi a deteção de correlação espacial significativa entre o número de pivos centrais em regiões com baixa disponibilidade hídrica, os quais favorecem a produtividade das culturas temporárias.

  • ADENIO MIGUEL SILVA DA COSTA
  • VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 27/02/2019
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  • A vulnerabilidade dos recursos hídricos (VRH) foi analisada sob três escalas cartográficas dis-tintas, através da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto sobre diferentes produtos de sensores, TM/Landsat-5 e 8 para as cidades, RapidEye para as mesobacias e ortofotos para as microbacias. Através de uma abordagem híbrida, primeiramente, pela utilização dessas imagens e, também, pela aplicação das técnicas de classificação supervisionada MaxVer e GeoBIA. Um dos parâmetros de estudo da VRH derivou dos resultados dessas análises, que foram as mudan-ças de uso e cobertura da terra (LUCC). O outro parâmetro, a Pressão Antrópica. A VRH foi resultado da álgebra de mapas desses dois parâmetros. O diagnóstico multitemporal da MRMB mostrou a tendência de aumento das classes de uso da terra, Não Floresta (NF) e Áreas Antró-picas (AA), de modo geral, com a diminuição das classes de cobertura da terra, Floresta (FL) e Formações Secundárias (FS), destacando-se o período de 1994 a 2017, onde FS reduziu em 1.234,04 km2 e NF aumentou 554,79 km2. Também, classes para o parâmetro de pressão foram definidas, de forma a associá-las numericamente com as de LUCC, onde, o algoritmo de que-bras naturais foi aplicado. Identificou-se a redução de FL nas quatro microbacias para o período de 2011 a 2015, chegando ao quantitativo de 35,21 km2 na bacia do rio Caraparu, 18,47 km2 para Guajará-Açu, 24,12 km2 para a do Tauá e 0,75 km2 para a do Apeú. Nas microbacias, FL e AA foram predominantes, na qual as bacias do Ariri e Maguari-Açu foram mais impactadas, com 60,88% e 54,55%, respectivamente, de seus territórios ocupados por AA. Para justificar tais alterações na paisagem, drivers (fatores) de mudança foram apontados e discutidos. O es-tudo da VRH revelou que nas mesobacias houve diminuição das áreas de vulnerabilidade com grau baixo e aumento das de grau moderado, com destaque para a bacia do Apeú em que a primeiro diminuiu em 10,94% e a última aumentou em 12,21%. Para as microbacias, conside-rando a soma das classes dos graus Alto e Muito Alto, Ariri apresentou 36,45% e Maguari-Açu 45,59%. De modo semelhante, os grupos de bacias apresentaram regiões de maior grau de VRH mais próximas dos cursos d’água de menor extensão, até 30 m, assim como, de suas nascentes. As Análises Complementares contribuíram no sentido de visualização do problema de outra perspectiva, como a fragmentação crescente das florestas, como também a vulnerabilidade das áreas circunvizinhas dos rios, as APP.

  • JOSE DANILO DA COSTA SOUZA FILHO
  • ANÁLISE DOS FLUXOS TURBULENTOS DE CO2 E ENERGIA ENTRE O ECOSSISTEMA AQUÁTICO E ATMOSFERA NA FLONA DE CAXIUANÃ-PA

  • Data: 26/02/2019
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  • Esta pesquisa interdisciplinar em ciências ambientais, na linha da física do clima, investigou os fluxos turbulentos de CO2 e energia, na interface da baia de Caxiuanã - atmosfera na Floresta Nacional de Caxiuanã (FLONA) localizada na Amazônia Oriental sob influência de variáveis atmosféricas, da cota da baia e do gradiente de temperatura na interface baia-atmosfera, durante os anos de 2013 e 2014. Os dados utilizados neste estudo foram obtidos a 7 metros, em média, acima da lamina de água, a partir de uma torre micrometeorológica, instalada na baia de Caxiuanã, a qual fez parte do projeto Rede de Mudanças Climáticas e Ambientais do Pará: Uma Perspectiva de Estudos Integrados. Medidas de fluxos CO2, calor sensível e calor latente e foram coletados através de um sistema de vórtices turbulentos. Dados meteorológicos foram coletados por uma estação meteorológica automática. Verificou-se que a precipitação registrada nos anos estudados foi superior a normal climatológica. A temperatura média horária da água da baia esteve sempre superior a temperatura do ar ao longo dos meses. O gradiente de temperatura vertical médio mensal na interface baia - atmosfera se mostrou sempre positivo, alcançando os maiores e menores valores no período chuvoso e seco, respectivamente. Os resultados mostram um forte padrão sazonal na partição do saldo de energia para aquecer a atmosfera (H) e para o processo de evaporação (Le). Na análise do fluxo de CO2 podemos verificar um claro padrão sazonal com o período chuvoso e seco da região, ou seja, as magnitudes dos FCO2, tanto de emissão quanto de sequestro pela baia, são maiores nos meses chuvosos quando comparados com os meses secos.
    Palavras

  • EDUARDO RIBEIRO MARINHO
  • ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ E SUAS INTERFACES CLIMÁTICAS E SOCIOAMBIENTAIS EM SÃO MIGUEL DO GUAMÁ, NORDESTE PARAENSE

  • Data: 25/02/2019
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  • Este trabalho objetiva compreender a relação da qualidade de água num trecho do rio Guamá, com as vertentes climáticas, antrópicas e sociais no município de São Miguel do Guamá, Nordeste Paraense. Diante disso, foram feitas seis coletas em três pontos distintos localizados na divisa entre os municípios de São Miguel do Guamá e Irituia; o Ponto A (Montante do rio), o Ponto B, (Centro do rio) e o Ponto C (Jusante do rio), durante dois meses em 2015 (Fev/Jul), em 2016 (Jan/Jun) e 2017 (Fev/Jul). Estes pontos representam à existência de atividades humanas as margens do rio; a indústria de cerâmica vermelha; os esgotos domésticos e a atividade madeireira. Para isso foram analisados os indicadores físico químicos de qualidade de água; pH, oxigênio dissolvido (mg/L), condutividade elétrica (μS/cm-1) sólidos totais dissolvidos (mg/L), temperatura da água (ºC) e turbidez (NTU). Além dos dados atmosféricos mensais e diários do Índice de Oscilação Sul e da precipitação do CMORPH, respectivamente. Para o cálculo de vazão do rio Guamá (m³/s) o método da regionalização de vazões mínimas em bacias através de interpolação em sistema de informação geográfica. Para a análise social foram usados os indicadores socioambientais de IDH-M, cobertura por sistema de abastecimento de água (%), cobertura por sistema de esgotamento sanitário (%), morbidade por diarréia e gastroenterite (nº de internações) e disponibilidade hídrica superficial (m³/s) no período de 1991 a 2010. Para análise dos dados foi aplicado à análise estatística multivariada - Análise de Componente Principal (ACP) e correlação linear de Pearson (r). Os principais resultados são: fortes correlações positivas e negativas entre a precipitação, a vazão e os indicadores de qualidade de água, durante o extremo climático El Niño 2015- 2016. No estudo da vertente social foram verificadas fortes correlações entre os dados de IDH-M com o sistema de abastecimento de água (%), rede de esgotamento sanitário (%), disponibilidade hídrica superficial (m³/s). De forma geral, a pesquisa buscou fazer uma análise da qualidade da água do rio Guamá com base na vertente interdisciplinar, mostrando-se o estudo pioneiro para a região.

  • NELSON ANTONIO CASTELLON RODRIGUEZ
  • VARIAÇÃO SAZONAL DO CARBONO EM UM ECOSSISTEMA DE MANGUEZAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL: FLORÍSTICA, CLIMA E ECONOMIA

  • Data: 25/02/2019
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  • Esta pesquisa interdisciplinar objetiva-se em investigar as dimensões sazonais ambientais e econômicas da floresta de mangue, em relação com a captura, armazenamento e as emissões de carbono, a partir da variação espacial da florística, variáveis físico-químicas, biológicas e climáticas para o período de 2016 e 2017 na Amazônia Oriental. A área de estudo localiza-se no Sítio Experimental da UFRA/UFPA na Vila de Cuiarana, Salinópolis-PA. O método para o inventário florístico consistiu de transectos e parcelas, com medidas de DAP ≥ 2.5cm, dados mensais de precipitação gerados pela técnica CMORPH e de maré do Fundeadouro de Salinopólis. O estoque de carbono orgânico, as emissões de CO2 e as variáveis físico-químicas e biológicas, foram medidas através da amostragem sazonal em nove parcelas de 20x20m em três estratos de mangue. Os dados socioeconômicos se baseiam na combinação de fluxos de dióxido de carbono medidos por uma torre micrometereológica instalada na área de estudo e entrevistas com os moradores da Vila de Cuiarana. Espacialmente, os principais resultados mostram que para os três estratos de mangue observou-se a dominância da Rhizophora mangle (L), com os maiores valores dos índices fitosociológicos. A espécie Avicennia germinans (L.) Stearn apresentou maior correlação positiva (0,72), com o carbono orgânico, durante o período chuvoso. Os maiores estoques e emissões de carbono orgânico no solo ocorreram no mangue adulto no período chuvoso, quando comparados com os estratos jovem/anão e intermediário. No âmbito socioeconômico, os moradores identificaram nove bens do manguezal dos quais os principais são o consumo e a venda do caranguejo na estação menos chuvosa. No entanto, os serviços pela captura e armazenamento de carbono no solo apresentaram maior renda no período chuvoso. As rendas estimadas pelos bens e serviços do manguezal foram de R$ 92.660,50 por hectare por ano.

  • FILIPE GOMES DIAS
  • ANÁLISE INTEGRADA DA PAISAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ACARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL: SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

  • Data: 22/02/2019
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  • A dinâmica do uso e cobertura da terra na região Amazônica tem impulsionado alterações
    negativas nos diferentes sistemas ambientais, que em muitos casos apresentam cenários muito
    graves. Tal situação torna de suma importância as ações de planejamento e gestão ambiental
    dos recursos naturais. Desse modo, a presente pesquisa tem por objetivo realizar uma análise
    integrada da paisagem na bacia hidrográfica do rio Acará, Nordeste paraense, na Amazônia
    Oriental, por meio de técnicas de geoprocessamento, com o intuito de subsidiar ações de
    planejamento ambiental. Para isso, adotou-se os fundamentos teórico-metodológicos da
    abordagem geoambiental para analisar de forma integrada e holística os aspectos, as condições,
    os problemas, as fragilidades e potencialidades da paisagem da bacia. A construção desta
    pesquisa contou com o levantamento de bibliografias sobre o tema, de dados socioeconômicos
    e geocartográficos, para a confecção de mapas e cartas temáticas. Os resultados obtidos indicam
    que a bacia apresenta cinco unidades geoambientais marcadas por condições socioeconômicas
    e de saneamento ambiental baixas e insatisfatórias, onde a implementação de políticas públicas
    específicas influenciou diretamente em mudanças do uso da terra, tanto no sentido de menores
    taxas de desflorestamento quanto na expansão do monocultivo de dendê, em sua maioria em
    áreas degradadas, porém avançando para áreas florestais. Constatou-se também que os usos da
    terra, sobretudo as atividades agropecuárias, têm degradado substancialmente as zonas ripárias,
    além de influenciar na manutenção de água no sistema hídrico, impactando áreas que
    desempenham funções vitais para a sustentabilidade hidroambiental da bacia. Dessa forma, são
    apresentadas recomendações gerais para subsidiar ações de planejamento e gestão ambiental na
    bacia hidrográfica do rio Acará para se alcançar um quadro de sustentabilidade hidroambiental.

  • HYAGO ELIAS NASCIMENTO SOUZA
  • INFLUÊNCIA DA DINÂMICA ATMOSFÉRICA NA PRODUÇÃO DE SERAPILHEIRA EM UM MANGUEZAL DA COSTA AMAZÔNICA

  • Data: 19/02/2019
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  • Este trabalho teve como objetivo investigar a influência da dinâmica atmosférica na produção de serapilheira no manguezal de Cuiarana, Salinópolis, Costa Amazônica. Foi analisado a variação pluviométrica sazonal juntamente aos sistemas precipitantes sobre a costa amazônica e sua influência na variabilidade da produção de serapilheira. Também foi caracterizada a variação temporal da direção e velocidade do vento e sua influência na produção espaço-temporal de serapilheira. Em uma floresta de mangue foram delimitadas 3 parcelas amostrais apresentando 3 espécies de mangue Rizophora mangle, Avicennia germinans e Laguncularia racemosa. Em cada parcela foi instalado aleatoriamente 4 coletores de serapilheira de 1 m2. Dados meteorológicos foram obtidos a partir da Torre Micrometeorológica da UFRA localizada na área de estudo. As principais metodologias estatísticas usadas foram two-way e one-way ANOVA, análise de regressão linear (p < 0,05) e Análise Fatorial em Componentes Principais (ACP). Os resultados mostram que a variação temporal da precipitação é modulada por diferentes sistemas meteorológicos, onde os meses de março, abril e maio apresenta-se como trimestre mais chuvoso da região. A distribuição anual de direção do vento mostrou predominância no setor leste (E), frequência de ventos com maior velocidade foram registrados no segundo semestre. Na produção de serapilheira houve diferença significativa entre os valores de produção mensal e entre as frações. A produção total anual de serapilheira foi de 9,4 ± 0,06 Mg ha-1 ano-1, onde 67% foi composta pela fração folha. Folhas tiveram tendências negativas com a precipitação, porém lenhoso e material reprodutivo tiveram tendências positivas. A ACP mostra em 4 componentes correlação negativa com material reprodutivo e correlação positiva com lenhoso associado à variação temporal de ventos e de precipitação pluvial.

  • JOSE GUILLERMO MACHUCA ESPIRITU
  • O ATERRO SANITÁRIO DE MARITUBA: ESTIMATIVA E DISPERSÃO DAS EMISSÕES DE BIOGÁS E A PERCEPÇÃO DA MUDANÇA DA QUALIDADE DO AR PELA POPULAÇÃO DO ENTORNO

  • Data: 18/02/2019
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  • Os Resíduos Sólidos Urbanos em aterros e lixões são uma importante fonte antropogênica de
    Gases de Efeito Estufa, principalmente o Metano (CH4), que possui alta capacidade de reter
    calor na atmosfera. Na Central de Processamento e Tratamento de Resíduos Sólidos (CPTR)
    Marituba localizada na Região Metropolitana de Belém, Pará, foi estimada a geração de metano
    atual e futura a partir do ano 2015 através do modelo do IPCC (Painel Intergovernamental de
    Mudanças Climáticas) considerando uma data mínima de operação de 15 anos. O aterro deverá
    gerar durante sua história em torno de 610 mil toneladas de CH4, das quais aproximadamente
    95% serão emitidas nos próximos anos. Considerando o potencial de aquecimento global do
    metano que é 28 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2), ao longo dos anos, o não
    aproveitamento deste gás gerará uma quantidade equivalente a 17 milhões de toneladas de
    dióxido de carbono. A dispersão do gás metano como traçador de outros gases e odores gerados
    na CPTR Marituba utilizando um modelo de dispersão gaussiana mostra que no período noturno
    (18:00-06:00) a acumulação dos gases é maior na área circundante ao aterro e causa
    desconfortos na população validando esta informação com os resultados das entrevistas aos
    moradores da área circundante dos municípios de Ananindeua e Marituba, que sofrem maiores
    incômodos a causa dos maus odores neste mesmo período noturno. Os resultados desta
    pesquisa devem ser levados em conta na definição de políticas públicas para a localização de
    novos aterros sanitários e na implementação de ações para mitigar o impacto negativo dos
    aterros existentes. Apesar da relevância da temática abordada nesse trabalho, estudos sobre a
    geração e dispersão dos gases assim como o impacto na população circundante em aterros na
    Região Amazônica são escassos na literatura, portanto este trabalho acrescenta às pesquisas, a
    compreensão a respeito dos aterros e seus impactos na Amazônia assim como também o
    aproveitamento do biogás.

  • ANA CRISTINA OLIVES ERAZO
  • INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DE CIDADES LOCALIZADAS EM ÁREAS ESTUARINAS

  • Data: 31/01/2019
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  • A proposta de desenvolvimento sustentável e sua compreensãodemandam por métodos que possibilitem sua quantificação e qualificação a partir de indicadores estabelecidos para medir a sustentabilidade de um sistema, baseados em diferentes variáveis que apontam para a sustentabilidade ou não de um determinado lugar. Neste trabalho foram escolhidos dois municípios, Bragança (Brasil) e Esmeraldas (Equador), de alta fragilidade ambiental pela sua localização em áreas estuarinas e ocorrência de áreas protegidas com a presença de manguezais,com o objetivo de analisar o nível de sustentabilidade em áreas estuarinas amazônicas e andinas, por meio da ferramenta do Barômetro da Sustentabilidade (BS). Foram selecionados 40 indicadores extraídos de fontes oficiais dos dois países, assim distribuídos: 23 sociais, 3 econômicos e 14 ambientais, tendo como resultado que o município de Bragança-Brasil obteve a posição “potencialmente insustentável a intermediário” e o município de Esmeraldas-Equador teve um desempenho “intermediário”. De forma geral, o resultado obtido pelo BS e a avaliação individual dos indicadores, principalmente o ambiental, colocam os ambientes avaliados em uma situação de risco, principalmente com o avanço da alteração do percentual de cobertura vegetal nas áreas limites e próximo aos cursos d´água da região.

  • MARIA CAROLINA CHAVES DE SOUSA
  • ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA AMAZÔNIA: ESTUDO DA GLEBA “C” DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, NO MUNICÍPIO DE BELÉM.

  • Data: 23/01/2019
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  • O presente trabalho objetivou, de forma precípua, analisar a influência, no grau de
    vulnerabilidade socioambiental, do trabalho de reconhecimento de direito real de uso
    com a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia – CUEM aos moradores da
    Parte C da Universidade Federal do Pará - UFPA, em Belém. Esse estudo de caso
    tem relação com a história da ocupação do espaço do município de Belém. No início
    do século XX, a urbanização e ocupação de espaços privilegiados em detrimento de
    espaços de “baixada” e próximos a várzea. As “baixadas” foram ocupadas por uma
    população, em sua maioria, com carências socioeconômicas, formando-se conjuntos
    de habitações em imóveis privados e públicos, em específico, a esse estudo, a área
    onde hoje está situada a UFPA e que é suscetível a alagamentos e enchentes. Para
    trazer reconhecimento de direitos a esses ocupantes, foi realizado um trabalho de
    regularização pela UFPA, em conjunto com entes públicos do estado e da União,
    para entregar CUEMs aos beneficiários que cumprissem os requisitos da Medida
    Provisória - MP 2.220/2001. Utilizando indicadores e índices relacionais as questões
    sociais, econômicas, jurídicas e ambientais (Infraestrutura Urbana, Capital Humano,
    Renda e Trabalho, Jurídico e Saúde e Meio Ambiente), a partir de dados
    secundários, foi calculado o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental da população
    residente na Gleba C nos anos de 2000 e 2010. Os resultados mostram que o grau
    de vulnerabilidade socioambiental é alto, tanto no ano 2000 (0,595) quanto em 2010
    (0,514), concluindo que o trabalho de regularização realizado não teve influência até
    este período na diminuição do grau de vulnerabilidade socioambiental dos
    moradores e que foi uma regularização somente patrimonial, a fim de transferir
    responsabilidades de uso da terra aos moradores beneficiários e de reconhecimento
    de direito desse título por força de lei.

2018
Descrição
  • VITOR HUGO FREITAS GOMES
  • IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DO DESFLORESTAMENTO SOBRE A FLORA ARBÓREA DA AMAZÔNIA

  • Data: 30/11/2018
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  • A Amazônia detém uma incrível biodiversidade, moldada ao longo de milhões de
    anos. Nos últimos milênios o clima na região se tornou mais úmido, aumentando a
    disponibilidade de habitat adequado para espécies florestais e influenciando suas
    distribuições e a expansão da floresta neste período. Todavia, as influências humanas
    sobre o clima e o uso da terra têm promovido a redução do habitat de muitas espécies na
    região, e projeções apresentam uma intensificação no futuro, com impactos
    potencialmente negativos para a riqueza e distribuição da biodiversidade amazônica.
    Além disso, existem diversas lacunas de conhecimento sobre como o clima e o uso da
    terra tem moldado e moldarão a floresta Amazônica, e a ampla variedade de métodos
    disponíveis para tal análise abrem espaços para questionamentos sobre as melhores
    práticas metodológicas para estudar uma área tão grande e diversa como a Amazônia.
    Entender a origem, manutenção e perda da biodiversidade tem uma profunda importância
    para vida humana futura. Esta tese aborda algumas das lacunas de conhecimento sobre
    estes tópicos, comparando métodos de estimativa de riqueza e distribuição de espécies na
    floresta Amazônica em diferentes escalas temporais. Este estudo é uma pesquisa
    interdisciplinar que relaciona aspectos de diferentes áreas científicas para o entendimento
    das consequências das duas principais ameaças à biodiversidade amazônica, atribuídas às
    mudanças climáticas e ao desflorestamento. O estudo contou com uma cooperação entre
    o Naturalis Biodiversity Center – Holanda e o Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG,
    por meio de uma bolsa de Doutorado Sanduíche no Exterior – SWE (Processo CNPq
    203102/2015-0). Além disso, o estudo se insere no projeto INCT Biodiversidade e Uso
    da Terra na Amazônia (Processo CNPq 574008/2008-0), coordenado pelo MPEG,
    dedicado ao estudo da biodiversidade e da paisagem amazônica, visando o entendimento
    das consequências ambientais e sociais de diferentes usos da terra, fornecendo bases
    científicas para práticas econômicas sustentáveis e apoio a políticas públicas para a
    Amazônia.

  • DOUGLAS BATISTA DA SILVA FERREIRA
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E ANÁLISE DE RISCO AOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 20/11/2018
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  • No contexto das temáticas científicas relacionadas as mudanças climáticas globais e regionais, os eventos climáticos extremos merecem destaque por representarem ameaças naturais à sociedade e aos ecossistemas. No Brasil, tais eventos associam-se primordialmente a escassez ou ao excesso de chuva, que exercem impactos diretos nos diversos setores da sociedade, sendo que as consequências tendem a ser mais graves nos locais com maior vulnerabilidade. Neste trabalho, apresenta-se uma abordagem interdisciplinar acerca da vulnerabilidade socioambiental (abrangendo as dimensões de suscetibilidade, capacidade de adaptação e de resposta) no estado do Pará, combinada com o fator exposição dos extremos climáticos (representados pelos eventos extremos associados a déficits e excesso de precipitação), visando ao final estabelecer um diagnóstico integrado do risco socioambiental/climático. A escala de análise é municipal e a metodologia objetiva baseada em indicadores de diferentes naturezas foram aplicados nos 143 municípios do estado do Pará. Deste modo, o risco socioambiental/climático (RISC) foi calculado em função do índice de extremos climáticos (EXTCLI) e do índice de vulnerabilidade socioambiental (VSA), todos classificados em três categorias (baixo, médio e alto). Os resultados em termos da base municipal foram espacializados ao longo do estado e evidenciaram que as maiores frequências de EXTCLI localizam-se na porção nordeste (mesorregiões do Baixo Amazonas e Marajó). Os indicadores políticos relacionados a capacidade de resposta e capacidade adaptativa demonstraram um desempenho insatisfatório (categoria baixa), demostrando ineficiência em legislação, ações e medidas de proteção a população mais vulnerável do ponto de vista imediato e de longo prazo. Na análise de risco, destacam-se nove municípios com RISC na categoria alto (a maioria localizado na ilha de Marajó), nos quais evidenciaram-se grau máximo tanto em termos de exposição, quanto em relação a vulnerabilidade para os municípios paraenses. Diante dos achados deste estudo, a abordagem da análise de RISC permitiu um diagnóstico integrado em escala municipal que é apropriada para auxiliar no planejamento de médio/longo prazo das ações de adaptação e mitigação frente as mudanças climáticas particularmente no estado do Pará.

  • PEDRO PEREIRA FERREIRA JUNIOR
  • SIMULAÇÃO DA RESPOSTA HIDROLÓGICA À MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DA TERRA EM UMA BACIA HIDROGRAFICA NO LESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 05/10/2018
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  • A perda de vegetação na Amazônia vem ocorrendo há algumas décadas e o crescimento das taxas de desflorestamento anual é perceptível. A expansão agrícola é apontada como novo agente nessa dinâmica pela derrubada da vegetação para a pecuária e implantação posterior de agricultura mecanizada. Este trabalho explorou as relações potenciais entre a variabilidade hidrológica e a organização da paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Uraim, no Nordeste do Pará. Os possíveis efeitos das mudanças de uso e cobertura da terra sobre a vazão foram investigados a partir da modelagem hidrológica do Soil and Water Assessment Tool (SWAT) combinada às projeções de cenários futuros gerados pelo Conversion of Land Use and its Effects at Small Region Extent (CLUE-S), ainda, avaliou-se a eficiência do SWAT em simular a vazão mensal quando alimentado por evapotranspiração (ET) do Surface Energy Balance Algorithm for Land (SEBAL). Os resultados mostraram a boa capacidade do SEBAL em estimar a ET sob diferentes usos e coberturas da terra identificados na bacia. O algoritmo apresentou superestimativas, mas boa precisão com os valores obtidos em campo, tendo maior acurácia no período menos chuvoso e quando utilizadas imagens médias de oito dias do MODIS. As simulações de vazão pelo SWAT foram melhores quando aplicadas as estimativas de ET pelo SEBAL, ratificadas pela diminuição dos erros absolutos e relativos e pela calibração eficiente dos parâmetros mais sensíveis. As modelagens foram consideradas de boa a muito boa conforme os coeficientes NSE, RSR e PBIAS encontrados. Quase todas as variáveis utilizadas na modelagem do CLUE-S foram forçantes de mudança de uso e cobertura da terra, principalmente os parâmetros biofísicos. Os cenários projetados indicam expansão agrícola para o setor noroeste da bacia e maior concentração na porção sudoeste. Até 2034, a agricultura aumentará sua área em 93,2 km2, correspondendo a 13,4% do total da bacia, o que aponta para uma redução de 34,4% na vazão da estação menos chuvosa e aumento de 38,6% na vazão da estação chuvosa. Os resultados sugerem que a mudança climática pode ter desempenhado um papel mais pronunciado no regime hidrológico do que a própria mudança no uso da terra projetada pelo CLUE-S. Pretende-se, assim, oferecer subsídios para o monitoramento ambiental, informando a respeito de intervenções necessárias, balizando as tomadas de decisão no que tange o uso sustentável dos recursos hídricos.

  • GUILHERME FRANCISCO CAMARINHA NETO
  • EVENTO DE FRIAGEM NA AMAZÔNIA CENTRAL E SUA INFLUÊNCIA NAS VARIÁVEIS MICROMETEOROLÓGICAS E NA QUÍMICA DA ATMOSFERA

  • Data: 04/09/2018
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  • O foco central deste estudo foi compreender melhor as interferências ambientais causadas pelo fenômeno de Friagem numa região de floresta no centro da Amazônia, tendo em vista os aspectos micrometeorológicos e da química da atmosfera. Para tanto foram utilizados dados do sítio de pesquisa do Amazon Tall Tower Observatory (ATTO), que faz parte do Programa da Larga Escala Biosfera-atmosfera na Amazônia (LBA), dados das estações de superfície dos aeroportos internacionais de Porto Velho-RO e Manaus-AM, além das reanálises do ECMWF Era-Interim (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) e simulações numéricas de alta resolução concebidas pelo modelo de mesoescala JULES-CCATT-BRAMS. Primeiramente investigou-se os impactos do avanço da Friagem no ambiente da escala da Bacia Amazônica através das reanálises ERA-interim, com essas informações observou-se uma onda de ar frio e seco penetrando a região amazônica no sentido Sul/Norte, entre os dias 6 e 11 de julho de 2014. As reanálises do dia 11 mostraram que o escoamento de Sudoeste relacionado a Friagem convergiu com os ventos de Leste na região central da Amazônia, e as imagens do canal infravermelho do satélite GOES-13 mostraram que a interação entre essas duas massas de ar distintas gerou forte atividade convectiva nesta região, quando também foi registrada uma precipitação de 21mm no sítio ATTO. Analisou-se então, a temperatura do ar e direção do vento próximo a superfície em Porto Velho e Manaus e acima do dossel no sítio ATTO, notando-se que a chegada da Friagem causou queda brusca de temperatura e predominância de ventos no quadrante Sul nestas três localidades, sendo que esses efeitos foram vistos em Porto Velho entre os dias 7 e 8 de julho e em Manaus e sítio ATTO entre os dias 9 e 11 de julho. A partir daí as análises foram concentradas nos dados coletados no sítio ATTO, onde observou-se que a redução da radiação incidente devido a atividade convectiva no dia 11 de julho, implicou em redução nas concentrações de O3 a partir das 15:00 UTC deste dia, indicando uma interferência indireta da Friagem na química da atmosfera. Por fim, as simulações numéricas revelaram que o escoamento relacionado a Friagem é pouco profundo e restrito aos níveis verticais inferiores a 500 m, além disso, as simulações mostraram também que as circulações de brisa do lago da Balbina não influenciaram na química
    atmosférica na região do sítio ATTO na ocasião da Friagem, ainda que o centro do lago tenha apresentado maiores concentrações de NO2, CO e O3 em comparação a superfície da floresta no seu entorno.

  • LUCIANA GONÇALVES CREÃO DE MENEZES
  • QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS DAS MICROBACIAS DO CUMARU E SÃO JOÃO, NORDESTE PARAENSE

  • Orientador : ALINE MARIA MEIGUINS DE LIMA
  • Data: 31/08/2018
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  • O presente estudo teve por objetivo caracterizar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas das microbacias dos igarapés Cumaru e São João, através de parâmetros físico-químicos e biológicos mais importantes, relacionando os resultados com o uso e ocupação do solo na região. Para o monitoramento das águas, foram selecionados 6 sistemas de uso do solo semelhantes para as duas microbacias, sendo Capoeira, Sistema Agroflorestal (SAF), área de plantio preparada com derruba e queima, área de plantio preparada com corte e trituração, Pastagem e Vegetação Ripária. Nestes, foram estabelecidas três estações de coleta de água superficial na microbacia do igarapé Cumaru e quatro estações na microbacia do igarapé São João, assim como, foram perfurados trinta (30) poços de observação (piezômetros). As variáveias analisadas foram: Precipitação, temperatura, vazão, pH, CE, turbidez, OD, Na+, NH4+, K+, Mg+2, Ca+2, Cl-, NO3-, PO4-3, SO4-2, COD, CID, NT, Coliformes termotolerantes e DBO. As coletas foram realizadas mensalmente. Posteriormente, foram aplicados 97 questionários socioambientais nas comunidades residentes nas duas microbacias. Os principais resultados obtidos revelaram que as águas das duas microbacias estudadas são caracterizadas ácidas e apresentam baixa dissolução de íons inorgânicos, destacando-se os íons Cl- e Na+, que apresentaram as maiores concentrações observadas ao longo do estudo, caracterizando-as predominantemente como Sódicas Cloretadas e Mistas Cloretadas. A utilização da técnica da AF/ACP proporcionou uma redução significativa nas variáveis analisadas neste estudo. Para as águas superficiais da microbacia do ICU, a técnica proporcionou a redução de 19 parâmetros em 11, os quais explicaram 84,22% da variância total dos dados, divididos em três componentes, sendo Nutricional (COD, CID, Na+, NH4+, Ca2+, Cl- e PO43-), biológica (coliformes termotolerantes) e físico-química (pH, CE e OD). Para as águas superficiais da microbacia do ISJ, a técnica proporcionou a redução de 19 parâmetros em 6, os quais explicaram 85,08% da variância total dos dados, divididos em duas componentes sendo Nutricional (Na+, NH4+, Ca2+, Cl- e PO43-) e biológica (coliformes termotolerantes). A partir da análise dos questionários foi possível observar que a percepção das comunidades entrevistadas em torno da qualidade ambiental da área se revela de extrema superficialidade, representando potenciais impactos à saúde dos moradores, e ao meio em que vivem.

  • VERONICA CHAVES DA SILVA
  • RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ALTERADAS EM PROPRIEDADES DE AGRICULTURA FAMILIAR NO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ: POTENCIAIS DA REGENERAÇÃO NATURAL E DO BANCO DE SEMENTES NA ADEQUAÇÃO AMBIENTAL

  • Data: 24/08/2018
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  • A questão das áreas alteradas está diretamente relacionada com o processo de ocupação humana. O desmatamento é uma das maiores causas da fragmentação das florestas, assim como a extinção de espécies animais e vegetais. A conversão de floresta primária em pastagem, a exploração madeireira, a agricultura itinerante (corte e queima) e mais recentemente a agricultura mecanizada de grãos são apontadas como as principais causas do desmatamento (ALMEIDA et al., 2006). Segundo Writht (2205) enquanto as áreas de florestas primárias estão sendo reduzidas, florestas secundárias e plantações florestais apresentam uma continua expansão.
    Neste sentido, a região do nordeste paraense ficou conhecida como Arco de Desmatamento, compreendendo uma área que tem início no nordeste do Estado do Pará, se estendendo ao sudeste do estado do Maranhão, ao norte do Tocantins, Mato Grosso e Rondônia, sul do Amazonas e no sudeste do Acre. Pode-se dizer que os agentes de alteração da paisagem nessa região são as atividades de pecuária, exploração predatória de madeira e produtos não-madeireiros, agricultura de corte e queima e, mais recentemente, a agricultura mecanizada de grãos (ALMEIDA et al., 2006).
    Devido a estas alterações é importante que haja a restauração florestal como forma de restabelecer as estruturas naturais e os processos internos de uma floresta degradada ou alterada (DELUCA et al., 2010), como a recomposição florística, a ciclagem de nutrientes, as relações entre espécies vegetais e destas com a fauna. Visa também evitar processos erosivos, conservar a biodiversidade, e pode ainda contribuir na melhoria do clima por meio da remoção dos gases do efeito estufa da atmosfera (COUTO, 2008).
    A recuperação do ecossistema, no conceito de desenvolvimento florestal sustentável, depende da: produtividade da área; capacidade de renovação do ecossistema florestal após a exploração ou outra forma de perturbação e da diversidade genética (MAINI, 1992). Como forma de recuperação das áreas alteradas é utilizado o plantio de espécies florestais que buscam minimizar os danos ambientais, diminuindo assim a pressão sobre as florestas nativas. Este processo promove a regeneração natural e o banco de sementes.

  • PAOLA HAISSE NEGRÃO DIAS
  • RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ALTERADAS EM PROPRIEDADES DE AGRICULTURA FAMILIAR NO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ: AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ESPÉCIES FLORESTAIS

  • Data: 16/08/2018
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  • O debate ambiental da atualidade tem como elemento central a evidência de que a dinâmica imposta pelo homem no planeta não se sustenta a longo prazo e, em decorrência, há de se buscar modelos de sociedade compatíveis com os limites ambientais (CARMO JÚNIOR; ANDRADE, 2016). Com toda essa preocupação, é claro, que medidas vêm sendo pensadas para diminuírem a pressão sobre o meio ambiente. Para isso, leis têm sido elaboradas para assegurar a proteção, conservação e uso racional dos recursos naturais.
    Dentre as leis brasileiras que visam à conservação dos recursos naturais se destaca o Código Florestal Brasileiro de 2012, o qual conceitua e regulamenta as Áreas de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL). São áreas necessárias ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação da biodiversidade, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, e da paisagem e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.
    Entretanto, o uso inadequado do meio ambiente e de seus recursos tem acelerado os processos de degradação. O relatório do projeto TerraClass, mostra que em 2012, o uso da terra e cobertura vegetal nas áreas desflorestadas configurava-se da seguinte forma: Áreas urbanas (0,71%); mineração (0,14%); outras ocupações (2,09%) e cultivo do solo pela agricultura, pecuária e silvicultura (97,06%), desses: 22,92% de vegetação secundária; 5,64% com agricultura anual; 61,95% com áreas de pastagens (INPE; EMBRAPA, 2014).
    Segundo o Ibge (2016) com o levantamento periódico das mudanças de uso e cobertura da terra tem sido possível montar um panorama da evolução das formas de ocupação do território brasileiro ao longo dos últimos anos. Cabe ressaltar que toda essa dinâmica espacial, representada principalmente pela expansão das áreas agrícolas, das pastagens e da silvicultura, traz impactos econômicos e ambientais ao território e à população de nosso país.

  • LAYSE TEIXEIRA PINHEIRO
  • FLUXOS DE DIÓXIDO DE CARBONO E METANO DE UM LIXÃO NA AMAZÔNIA

  • Data: 03/08/2018
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  • Este trabalho teve como objetivo a quantificação da emissão dos gases de efeito estufa, dióxido de carbono e metano, existentes no aterro não controlado Aurá, conhecido como “Lixão do Aurá”, além da coleta de informações após o seu encerramento parcial no ano de 2015.A pesquisa contou com uma análise qualitativa de aspectos ambientais do local e uma parte experimental, com o desenvolvimento de câmaras de fluxo, para captura dos gases através da cobertura de células distintas do aterro. As medidas foram realizadas de duas formas, sendo a primeira com 24 câmaras distribuídas em três pontos distintos de duas células com idades relativamente diferentes e 90 câmaras, distribuídas em grade, em uma célula encerrada. Estas medidas ocorreram em período menos chuvoso e tiveram seus pontos localizados através de coordenadas geográficas. Foi utilizado um analisador de gases portátil que permitiu a obtenção simultânea da concentração dos gases em ppm. Os cálculos de fluxo, envolveram a seleção dos intervalos de cada câmara, determinação da reta de regressão das concentrações dos gases pelo tempo, equação barométrica e inserção dos dados obtidos na equação principal de fluxo. Os valores encontrados das emissões de metano nas células intituladas A, B e C foi de 191,226 g m² d-¹, 397,7 g m² d-¹ e 36,30 g m² d-¹, respectivamente. Já os fluxos de dióxido de carbono alcançaram valores de 10.554,1 g m² d-¹, 11.786,65 g m² d-¹ e 7.529,77 g m² d-¹.

  • LUIS AUGUSTO LIMA OLIVEIRA JUNIOR
  • ESTIMATIVAS DE BIOMASSA E CARBONO EM ÁREAS DE VEGETAÇÃO
    SECUNDÁRIA NO TERRITÓRIO PARAENSE

  • Data: 29/06/2018
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  • A dinâmica do uso da terra é um processo bastante intenso na paisagem amazônica pois
    as áreas florestais constantemente são alvos de desmatamento, na maioria das vezes
    ilegal, o que compromete o equilíbrio ambiental desse ecossistema. Nesse contexto surge
    um elemento muito comum na paisagem da região: a vegetação secundária (VS). A VS
    surge após um distúrbio podendo evoluir e chegar às características próximas as de uma
    floresta primária. Este trabalho teve como objetivo gerar estimativas de biomassa e
    carbono acima do solo para as áreas de VS no Estado do Pará no ano de 2014. O método
    utiliza a variável GSDY (Growing-Season Degree-Years – Temporada de Crescimento
    Graus-Anos), calculada utilizando de dados da idade da vegetação secundária
    (TerraClass), temperatura e precipitação. A variável GSDY é inserida em um modelo
    proposto por Johnson et al. (2000) e Zarin et al. (2001) que gera estimativas de biomassa
    e carbono. A VS foi classificada em cinco classes de acordo com o a idade da vegetação.
    Foram mapeados mais de 6,9 milhões de hectares (ha) de VS no território paraense o que
    representou mais de 2 bilhões de toneladas (t) de biomassa (1 bilhão de t de carbono)
    contidas na VS. Desse total mais de 2,8 milhões de ha de VS encontravam-se vulneráveis
    em 2014 em razão da Instrução Normativa nº 8 de 28 de Outubro de 2015 da SEMAS –
    PA que possibilitava a limpeza das áreas com até 5 anos (exceto área de preservação
    permanente e reserva legal) sem a necessidade de autorização prévia do órgão ambiental
    competente. A perda dessa VS poderia representar uma grande quantidade de carbono
    emitida para a atmosfera e consequências danosas ao equilíbrio ambiental da região.

  • SAMIA LUZIA SENA DA SILVA
  • RIQUEZA E DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES DA GUILDA DE DROSOFILÍDEOS FRUGÍVOROS (DIPTERA) EM RESPOSTA ÀS VARIAÇÕES AMBIENTAIS PELA ESTRATIFICAÇÃO DA FLORESTA E TOPOGRAFIA

  • Data: 07/06/2018
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  • Entre os fatores que podem influenciar a distribuição das espécies estão, o clima, a topografia
    e os estratos da vegetação. Os dípteros que compõem a família Drosophilidae são insetos
    estreitamente adaptados às condições físicas de seu ambiente, e as respostas às condições
    ambientais são refletidas na estrutura da comunidade, tamanho das populações e composição
    local das espécies. Foi testado o efeito da variação dos elementos climáticos e topografia em
    microescala sobre a riqueza, composição e distribuição de abundância de Drosophilidae
    frugívoros em uma área de floresta ombrófila densa de terra firme. As coletas foram realizadas
    em abril/2016, setembro/2016 e setembro-outubro/2017 na grade do Programa de Pesquisa em
    Biodiversidade da Amazônia (PPBio) na Floresta Nacional do Amapá (0°40‟N, 51°10‟W;
    2°50N, 52°30‟W). A captura dos insetos foi realizada com a utilização de armadilhas com isca
    de banana fermentada em porções de 100g. Foram contabilizados 2.028 insetos pertencentes à
    família Drosophilidae, com 674 machos distribuídos em 19 espécies. As espécies se
    distribuíram de forma seletiva entre os estratos verticais da vegetação e perfis topográficos, com
    maior riqueza encontrada no sub-bosque e nos níveis topográficos mais baixos da floresta. A
    heterogeneidade ambiental foi demonstrada pelas variações de abertura de dossel, temperatura
    e umidade relativa do ar. Independentemente da expedição, com exceção de D. Sturtevanti, as
    espécies demonstraram constância na ocupação dos estratos. As diferentes condições
    mesoclimáticas e microclimáticas existentes entre os estratos da floresta e perfis topográficos
    foram determinantes para a estruturação espacial da comunidade de drosofilídeos. No entanto,
    as diferenças observadas entre as expedições indicam que outros fatores também podem
    interferir no comportamento destes organismos causando variações na comunidade.

  • ALDERUTH DA SILVA CARVALHO
  • ANÁLISE DA RESILIÊNCIA SOCIOECOLÓGICA EM UM PROJETO DE ASSENTAMENTO CONVENCIONAL DO SUDESTE PARAENSE

  • Data: 30/04/2018
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  • O sudeste paraense é conhecido como fronteira agropecuária e cenário de inúmeros conflitos fundiários. Nessa mesma região, sob a politica da reforma agrária, o governo federal implantou cerca de 500 Projetos de Assentamentos (PA). Dentre eles, destaca-se o Projeto de Assentamento convencional 26 de Março, no município de Marabá-Pará. Este PA, resultado do processo de ocupação de quase 10 anos de acampamento na Fazenda Cabaceiras, foi formalmente criado em 2009. Sua organicidade é gerida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e é o pioneiro assentamento com licença ambiental. Tendo como referência as relações sociais e ambientais que se influenciam mutuamente, caracterizamos os assentamentos rurais como sistemas socioecológicos, que inseridos nos debates sobre sustentabilidade na Amazônia, nos permite aplicação da teoria da resiliência. O objetivo deste trabalho foi analisar a resiliência socioecológica do assentamento convencional PA 26 de Março. Para nos auxiliar nessa análise, optamos por usar a metodologia de indicadores de resiliência, compostos por duas dimensões, quatro componentes e 14 indicadores que receberam pontuação de 1 a 5 (um a cinco). Esses indicadores compuseram o questionário que nortearam as entrevistas aplicadas no período de setembro a outubro de 2017 à uma amostra de 20% dos proprietários de lotes ocupados no PA 26 de Março, Marabá. As respostas eram interpretadas a fim de identificar qual pontuação indicavam. As pontuações nos deram subsídios para encontrar quais componentes representavam fragilidade ou potencialidade para resiliência socioecológica dos núcleos de moradia do assentamento, além de nos possibilitar fazer um ensaio de categorização do nível da resiliência socioecológica do assentamento como um todo. Os resultados apontaram que, em nível de Núcleo de Moradia o componente “conhecimento, aprendizagem e inovação” representa tendência negativa à resiliência para todos os núcleos de Moradia, assim como para o assentamento como um todo. Por outro lado, percebemos como potencial de fortalecimento da resiliência o componente “Organicidade e infraestrutura”. Quanto à categorização, o PA se encontra em nível de resiliência socioecológica “Razoável”. Esse resultado indica um limiar entre a fragilidade e a potencialidade de fortalecimento da resiliência socioecológica. Dessa forma, consideramos imediatas ações de formação/qualificação aos assentados, além do fomento e/ou fortalecimento de tecnologias sociais que sejam voltadas ao respeito à biodiversidade e à agricultura familiar camponesa. Concluímos que o pensamento da resiliência socioecológica é pertinente e nos possibilita ricos debates no caminho da compreensão dos sistemas socioecológicos, como os assentamentos rurais na Amazônia.

  • ANTONIO SERGIO CUNHA FREIRE
  • ANÁLISE DOS FLUXOS TURBULENTOS DE CO2 E ENERGIA, ASSOCIADA A PERCEPÇÃO DOS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM UM MANGUEZAL AMAZÔNICO

  • Data: 30/04/2018
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  • Esta proposta de trabalho interdisciplinar para o doutoramento em ciências ambientais, na linha de pesquisa física do clima, investigou prioritariamente os fluxos turbulentos de CO2 e energia, na floresta de mangue no sítio experimental de Cuiarana, no município de Salinópolis, Pará, sob influência da variabilidade atmosférica local, durante o ano de 2015. Outrossim, estudou-se também, dentro desta perspectiva interdisciplinar a relação da comunidade local com a floresta do entorno da área de estudo. Para a coleta dos dados turbulentos, instalou-se uma torre micrometeorológica no mangue, com sensores de alta frequência que coletaram os dados das variáveis atmosféricas acima do dossel da floresta. Os dados meteorológicos foram coletados a partir da torre da UFRA, localizada a 400 m da torre do mangue. Para as investigações sociais, realizou-se um estudo de caso a partir da percepção dos tomadores de decisão, que ocupam cargos de liderança em diversas estruturas organizacionais no município de Salinópolis e na vila de Cuiarana, sobre a percepção dos serviços ecossistêmicos gerados pelo ecossistema de manguezal. Verificou-se que no manguezal de Cuiarana, no ano de 2015, sob efeito do ENOS, houve considerada redução de precipitação na região onde choveu apenas 63,7% do esperado climatológico. Quanto ao fluxo de calor sensível (H) e latente (LE) no manguezal, notou-se que os valores máximos para ambas variáveis foram registrados às 14 h, com pico de LE no período chuvoso e de H no período menos chuvoso. Na análise do fluxo sazonal do CO2, verificou-se que as maiores magnitudes de absorção ocorreram no período chuvoso, com pico de absorção ás 13h com -13,56 μmol.m2, enquanto que no período menos chuvoso, registrou-se pico de absorção de CO2 às 13h com -8,95 μmol.m2. Quanto a percepção da liderança local sobre os serviços ecossistêmicos gerados pelo manguezal, notou-se considerada valorização de tais bens e serviços pelos entrevistados, onde os serviços de uso direto como habitação, pesca e geração de trabalho e renda, são mencionados como fundamentais para o bem-estar da população ribeirinha. Percebeu-se a partir dos relatos de pescadores e marisqueiros que ocorre a transmissão de conhecimento intergerações no sentido de manter as práticas laborais tradicionais e conservação do manguezal.

  • LIUZELI ABREU CARIPUNA
  • DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO BRAGANTINA – PARÁ - BRASIL

  • Data: 30/04/2018
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  • As atividades desenvolvidas no meio ambiente sempre despertaram sentimento duplo, atrelado especialmente ao fato de desenvolver alguma atividade ou de conservar o meio. As preocupações crescentes acerca das questões ambientais juntamente com a insatisfação gerada pelo atual sistema, propiciaram mobilizações nos diversos setores da sociedade para debater um dos maiores desafios da atualidade o, desenvolvimento sustentável. Para tanto, diversos encontros a nível mundial foram realizados, deles surgiram conceituações, planos de ações e demandas na busca de ferramentas que pudessem tornar a sustentabilidade operacional. Neste sentindo, as aplicações de indicadores agregados em índice proporcionam direcionamento, monitoramento, avaliação e ações efetivas rumo ao desenvolvimento sustentável. O presente trabalho possui como objetivo apresentar e avaliar o Índice do Desenvolvimento Sustentável (IDS) da Região Bragantina, através da ferramenta Painel de Sustentabilidade – PS, os indicadores escolhidos foram baseados nos indicadores de sustentabilidade publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, no ano de 2015. A análise do tema da sustentabilidade na Região Bragantina ocorreu em três escalas: a primeira considerando todos os municípios da Região, a segunda abordando o município de Bragança nos anos de 1991, 2000 e 2010, ambos verificados a partir da dimensão ambiental, social, econômica e institucional de acordo com o PS. A terceira abordagem tratou da percepção ambiental dos usuários da praia de Ajuruteua através da aplicação de questionários. O IDS obtido pelo método PS para a Região Bragantina, composta por treze municípios, apresentou um panorama preocupante, onde apenas quatro municípios obtiveram desempenhos positivos, com destaque para a vulnerabilidade da dimensão institucional dentro do sistema. Já para o município de Bragança o IDS obtido teve uma evolução gradativa de um panorama satisfatório. Através da percepção ambiental em Ajuruteua foi possível ter uma melhor compreensão do perfil socioeconômico dos visitantes, da classificação tipológica dos resíduos gerados na área, além do o porquê desse aumento e quais as sugestões para minimizar esse crescimento. Portanto, percebeu-se que a funcionalidade do sistema é complexa e as definições e ferramentas utilizadas para conceituar e quantificar a sustentabilidade devem considerar o não conhecimento geral do sistema, mas sim, os impactos gerados por diferentes atividades nos mais variados âmbitos, compreendendo as inter-relações do sistema através das dimensões, verificando suas potencialidades e vulnerabilidade em diferentes níveis e ao longo dos anos dentro do sistema.

  • VIVIAN EVELYNE SILVA ARAUJO
  • ANÁLISE DE ALGUNS PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BAÍA DO GUAJARÁ EM BELÉM-PA E OS EFEITOS DO REGIME PLUVIOMÉTRICO E DE MARÉS

  • Data: 27/04/2018
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  • A Grande Belém localiza-se na região estuarina, conformada pelo Estuário Guajarino, que integra o Golfão Marajoara, cujo ambiente fluvial é formado na confluência dos rios Pará, Tocantins, Acará e Guamá (IPEA, 2016). O nível de água do Estuário Guajarino apresenta oscilações associadas ao efeito sazonal (variações sazonais da chuva nas bacias hidrológicas) e a maré (variações do nível de maré). A elaboração deste estudo dá-se ao fato que as variações sazonais parecem estar associadas às mudanças ambientais que ocorrem no ecossistema, como efeito da sazonalidade hidrológica – marés e chuvas. O presente estudo analisou os componentes físico-químicos da água da Baía do Guajará relacionando-os as marés e a dinâmica hidrológica dos rios Guamá e Pará, também nesta pesquisa foi feita a análise do papel da precipitação na alteração dos componentes físico-químicos da água da Baía. Foi realizada a priori uma estatistica descritiva, verificando os valores das médias, dos máximos e mínimos, facilitando observar quais se encontram em concordância com a resolução vigente do CONAMA 357/2005. Também, foi aplicada a estatistica de correlação de Pearson, para avaliar o grau de relação entre variaveis, a correlação foi primeira estudada entre os próprios parâmetros físico-químicos, assim, observou-se que os parâmetros que tem forte correlação positiva foram a condutividade elétrica, TDS e salinidades. Os demais parâmetros não sofreram signifitivas correlação, demonstrando serem independentes entre si. Quando aplicada a correlação entre os parâmetros físico-químicos e a precipitação não se encontrou nenhum tipo de correlação, tanto positiva como negativa entre essas variaveis, significando que o papel da precipitação da cidade de Belém na variação dos componentes físico-químicos da Baía não é importante. Deste mesmo modo ocorreu para a relação dos parâmetros com as alturas das marés. Os gráficos do comportamento dos parâmetros físico-químicos em relação a chuvas, apresentou que dentre os nove parâmetros analisados, seis parâmetros foram alterados, como: pH, temperatura, condutividade elétrica, TDS, salinidade, OD e Turbidez. Esses parâmetros sofreram alterações por conta da precipitação. Os resultados dos gráficos da relação dos parâmetros e as marés foram observados que dentre os nove parâmetros estudados cinco deles foram alterados, diminuindo a temperatura, e aumentando os valores de condutividade elétrica, TDS, salinidade e turbidez.

  • MAYARA SOARES CAMPOS
  • ESTUDO DO ALBEDO DA PALMA DE ÓLEO EM COMPARAÇÃO A DIFERENTES USOS E COBERTURA DO SOLO NO LESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 26/04/2018
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  • Nos últimos anos tem-se verificado um contínuo avanço da fronteira agrícola na região Amazônica, em especial no leste da Amazônia com a expansão do cultivo da palma de óleo, o que tem provocado alterações na cobertura do solo nessa região. Diante da necessidade de se compreender a influência deste cultivo no albedo de superfície, o presente estudo visa avaliar as flutuações do albedo em área de cultura de palma de óleo com dados observados pela torre micrometeorológica e estimados a partir de dados orbitais, com base nos produtos do satélite Landsat 8/OLI e Terra/MODIS. Também foi comparado o albedo da palma de óleo com o de pastagem, floresta e vegetação secundária. A pesquisa mostrou que os valores observados in situ (não-imageadores) são estatisticamente iguais aos estimados pelos dois sensores orbitais (imageadores) para cultura da palma de óleo e variaram entre 0,14 a 0,15 no período menos chuvoso. Assim como também foi possível observar uma boa concordância entre o albedo estimado pelos sensores orbitais. Ao avaliar o albedo entre os diferentes usos e coberturas, verificou-se que eles são significativamente distintos entre si, demonstrando o seguinte padrão: Pastagem > Palma de Óleo > Vegetação Secundária > Floresta, o que sugere que possíveis conversões de uma cobertura para outra podem influenciar no balanço de radiação na superfície, e com isso, pode ocasionar alterações no clima. Diante disso, a pesquisa contribui para compreender a influência do cultivo da palma de óleo no albedo de superfície, podendo ainda contribuir com informações para possíveis parametrizações de modelos de simulações climáticas e de impactos ambientais.

  • ANDRES DANILO VELASTEGUI MONTOYA
  • AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE COBERTURA DA TERRA NO ENTORNO DE USINAS HIDRELÉTRICAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: A EVOLUÇÃO DA UHE DE TUCURUÍ

  • Data: 16/04/2018
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  • A análise dos impactos ambientais produzidos pela construção de megaprojetos na Amazônia, vem sendo o campo de estudo de várias pesquisas. Neste trabalho, o objeto de estudo foi a hidroelétrica de Tucuruí, construída no estado do Pará. Por tratar-se de uma região estratégica para a expansão da capacidade produtora de energia hidroelétrica do Brasil, tem sido foco de diversas abordagens de análise que visam subsidiar a melhor caracterização de cenários futuros. Foi discutido o modelo de mudança de cobertura do solo nas áreas ribeirinhas e no entorno dos reservatórios, motivados pela modificação da dinâmica dos ecossistemas naturais. Este fenômeno é causado pelos extensos reservatórios e aspectos migratórios, em uma situação já consolidada. Foi realizado o mapeamento e análise multitemporal de imagens do satélite Landsat, de datas representativas às diferentes etapas de construção, inauguração, ampliação e cenário atual da usina hidrelétrica. Buscou-se, também, verificar se o aumento das áreas antropizadas nos municípios afetados diretamente pelo reservatório, têm papel compensatório nas melhoras das condições socioeconômicas na região. Tem-se, de fato, que essas regiões absorvem os custos sociais, econômicos e ambientais associados à construção e operação das usinas, enquanto que os benefícios energéticos são distribuídos às demais regiões do país. Espera-se, deste modo, contribuir com uma avaliação crítica dos novos planejamentos hidrelétricos, prevendo os possíveis impactos ambientais e sociais do empreendimento, dado o histórico de eventos já observados na UHE de Tucuruí. E para o debate sobre elementos que induzam a “desenvolvimento regional”, subsidiando, assim, a gestão pública, o setor privado e à comunidade acadêmica, no que tange à formulação e implementação de ações voltadas à melhoria da qualidade de vida destas localidades.

  • GUSTAVO FRANCESCO DE MORAIS DIAS
  • AS MUDANÇAS NO USO E COBERTURA DA TERRA E O COMPORTAMENTO
    HIDROLÓGICO DA BACIA DO RIO CAPIM

  • Data: 09/04/2018
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  • As implicações ocasionadas pelas mudanças no uso e cobertura da terra têm afetado o comportamento hidrológico de bacias hidrográficas; neste contexto, insere-se a bacia do rio Capim localizada no nordeste do Estado do Pará. O estudo teve como objetivo relacionar o comportamento da vazão com as mudanças no uso e cobertura da terra da bacia, para os anos de 2004, 2008, 2010 e 2014. Para isso, utilizou-se os dados de uso e cobertura da terra do projeto TerraClass, a fim de se identificar a proporção das classes na bacia e nas APP’s; para avaliação do comportamento hidrológico analisou-se a vazão média mensal e os trimestres de maior e menor vazão, além da espacialização e o comportamento da precipitação no período de 1983 a 2014. Os resultados apontaram para uma redução na classe floresta para a bacia do rio Capim, e aumento das classes pastagem e agricultura, porém nas APP’s identificou-se um aumento da classe floresta no período 2004 a 2014. A análise da paisagem da bacia indicou um aumento da fragmentação florestal, sendo que as métricas com maior correlação com o comportamento da vazão foram as métricas de borda total (TE) da floresta, TE e índice de agregação (AI) da pastagem e índice de intercalação e justaposição (IJI) e AI da agricultura; indicando que a fragmentação da cobertura florestal da bacia e ampliação das áreas destinadas a pastagens tem obtido reflexo no comportamento da vazão.

  • LETICIA FURTADO DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DA BAÍA DO GUAJARÁ EM BELÉM-PA

  • Data: 29/03/2018
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  • A água é um recurso natural fundamental para a manutenção da vida, logo é de suma importância preservar sua qualidade. Entretanto, com o aumento das atividades antrópicas, a mesma vem sofrendo fortes pressões, algo que pode afetar sua qualidade. Dessa forma, é necessário o monitoramento dos corpos hídricos, avaliando os fatores físicos, químicos e biológicos, a fim de saber se tais atividades estão acarretando riscos para qualidade desse recurso natural. Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade ambiental da baía do Guajará, através da análise da qualidade da água, sedimento e macroinvertebrados bentônicos. As coletas ocorrem no ano de 2015, em períodos sazonais distintos, chuvoso e menos chuvoso, característicos da região amazônica. O estudo foi realizado em 4 pontos (PT01, PT02, PT03 e PT04). Na análise da água, foi avaliado os parâmetros físico-químicos e microbiológicos; no estudo do sedimento (total e lixiviado) foi quantificado os metais Cr, Cd, Cu e Fe, calculando o FC (Fator de Contaminação), Igeo (Índice de Geoacumulação) e FE (Fator de Enriquecimento); e na análise dos macroinvertebrados bentônicos foi avaliado os descritores ecológicos e o FAB (Fator de Bioacumulação). Na análise da precipitação, o volume precipitado foi acima da média das normais climatológicas no período chuvoso, e no período menos chuvoso foi abaixo da média. Nas análises químicas e microbiológicas da água, o parâmetro de OD (oxigênio dissolvido) apresentou-se abaixo do permitido pela Resolução CONAMA nº357/05, e a DBO (demanda bioquímica de oxigênio) e coliformes termotolerantes acima do limite de referência, além de elevadas concentrações de DQO (demanda química de oxigênio) e alta CE (condutividade elétrica). Na avaliação do sedimento, o Cd do sedimento total apresentou valores acima do permitido por PEL e CONAMA nº 454/12, já na fase lixiviada, todos os metais ficaram dentro do permitido pela legislação. No geral, os pontos apresentaram de baixa à moderada contaminação, caracterizados como ambiente não poluído à moderadamente poluído e com deficiência de enriquecimento. Na análise dos macroinvertebrados bentônicos, o filo mais representativo encontrado foi o Annelida, com a maior parte das espécies referentes à classe Polychaeta e a subclasse Oligochaeta (classe Clitellata). Os Oligochaetas pertencente à família Tubificidae foi o que mais se destacaram. Tal família é caracterizada como tolerantes e oportunistas a situações de hipóxia, conseguindo habitar em ambientes com água eutrofizada. Os resultados dos descritores ecológicos mostraram que a maior riqueza, abundância, diversidade e melhor equitabilidade, foram encontradas no período menos chuvoso

  • RODRIGO OLIVEIRA DO NASCIMENTO
  • FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO EM FLORESTAS SECUNDÁRIAS E FLORESTAS PRIMÁRIAS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA CENTRO-ORIENTAL
    Belém-Pará
    2018

  • Data: 28/02/2018
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  • Entender os mecanismos que influenciam na capacidade de regeneração das florestas tropicais é altamente relevante no contexto atual de grande perda e degradação dos ecossistemas. Espécies da família Fabaceae apresentam resiliência após distúrbios, através do mecanismo simbiótico de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), importante para a manutenção de ciclos biogeoquímicos dos ecossistemas. O objetivo deste trabalho foi investigar o papel da fixação biológica de nitrogênio na regeneração natural de florestas secundárias e florestas primárias queimadas em uma região centro-oriental da Amazônia. Para isso, foram estudados 15 transectos (0,25ha cada) que englobavam três classes florestais: florestas secundárias (>17,5 anos), florestas primárias queimadas recentemente (17 meses) e florestas primárias intactas. Foram selecionados e avaliados todos os indivíduos da família Fabaceae (DAP>10cm) com potencial de nodulação indicado na literatura ocorrentes nos transectos. Amostras de solo foram coletadas para a checagem da presença de nódulos ativos e a nodulação foi estimada em nível individual, de espécie, classe florestal e ecossistêmico. Foram avaliados o carbono total e nitrogênio total no solo. Um modelo GLM foi utilizado para testar quais as principais variáveis preditoras que explicam o incremento de massa nodular, entre conteúdo de carbono e nitrogênio nos solos e variáveis dendométricas (diâmetro do caule, área de dossel das plantas e massa de raízes). Dos 133 indivíduos estudados, foram detectados 43 (32%) com nódulos ativos. Isto representou 18 espécies e 9 gêneros da família Fabaceae. O gênero Inga foi o que apresentou maior frequência de nodulação, com a espécie Inga pilosula como a maior massa de nódulos e (6,14 g.m-2). Uma variação intraespecífica de massa nodular também foi notada. As florestas secundárias apresentaram probabilidade de nodulação de três a cinco vezes superior às outras classes florestais. Além disso, a massa total de nódulos foi maior em florestas secundárias (9.37 g.m2) em comparação à florestas queimadas (6.54 g.m2) e florestas intactas (3.05 g.m2). Não foi possível encontrar evidências fortes de que houve uma contribuição importante da fixação biológica de nitrogênio nas florestas queimadas. A principal variável explicativa para a massa de nódulos foi o carbono total no solo. Junto com o carbono, outras variáveis também foram selecionadas como preditoras da massa de nódulos: o nitrogênio total no solo, diâmetro à altura do peito (DAP) e área de dossel. Os resultados sugerem a contribuição da fixação biológica de nitrogênio na regeneração de florestas na região de Santarém, fundamentalmente nas florestas secundárias e na existência potencial de entradas de nitrogênio no ecossistema através da fixação biológica. Os resultados do presente estudo são importantes para aumentar
    o entendimento dos mecanismos que dirigem a recuperação das florestas na Amazônia aos distúrbios.

  • ADAYANA MARIA QUEIROZ DE MELO
  • SIMULAÇÕES DE LINHAS DE INSTABILIDADE CONTINENTAIS E A
    FORMAÇÃO DE CORRENTES DE DENSIDADE SUPERFICIAIS RICAS EM
    OZÔNIO

  • Data: 26/02/2018
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  • O objetivo principal deste trabalho é compreender melhor a influência dos downdrafts, provenientes de sistemas convectivos de mesoescala, na formação de correntes de densidade e o consequente aumento na concentração de gases, em especial o ozônio, próximo à superfície terrestre, utilizando dados medidos na Amazônia Central, no sítio experimental de Manacapuru, do projeto GoAmazon (Observations and Modeling of the Green Ocean Amazon), reanálises do ECMWF Era-Interim (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) e simulações numéricas da atmosfera com o modelo de mesoescala BRAMS (Brazilian Regional Atmospheric Modeling System) versão 5.3. Para investigar os aumentos superficiais de ozônio utilizaram-se, primeiramente, os dados de reanálises do ECMWF Era-Interim. Através destes dados observou-se no período chuvoso no sítio de Manacapuru, uma “pluma” de gás O3 localizada na média troposfera, entre os dias 10 e 14 de Abril de 2014. Foram analisadas as imagens de satélite no canal infravermelho referentes a este período, e as imagens do dia 14 de abril mostraram a passagem de duas linhas de instabilidade (LIs) por Manacapuru, a primeira passou de madrugada e a segunda pela tarde. Observou-se que estas LIs não se formaram na costa Norte/Nordeste da América do Sul por ação da brisa marítima, como comumente ocorre. Recorreu-se então à análise de cartas sinóticas da superfície para entender a formação desses sistemas convectivos, e estas sugeriram que tais linhas se desenvolveram dentro do continente, por influência de um Sistema Frontal que atingiu a região sul da Amazônia neste período. Dessa forma, estas LIs receberam o nome de Linhas de Instabilidade Continentais (LICONs). Examinaram-se então os dados experimentais medidos próximo à superfície no sítio de Manacapuru, e constatou-se que durante a passagem das LICONs ocorreram fortes downdrafts, uma vez que foram observados aumentos substancias na velocidade do vento horizontal, variância de pressão atmosférica, na densidade do ar e nos níveis superficiais de ozônio. Adicionalmente, observaram-se também quedas bruscas nos valores da temperatura potencial equivalente, razão de mistura, e altas taxas de precipitação. Recorreu-se às simulações numéricas utilizando o modelo JULES-CCATT-BRAMS para entender a estrutura tridimensional da química e termodinâmica da atmosfera durante a passagem destas LICONs. As simulações conseguiram capturar as principais características químicas e termodinâmicas da atmosfera durante a presença da primeira LICON observada na madrugada do dia 14. Os resultados da simulação mostraram que os downdrafts oriundos desse sistema convectivo trazem um ar mais frio, seco e mais denso para próximo da superfície. Esta coluna de ar forma uma corrente de densidade e jatos de baixos níveis são induzidos próximo à superfície. Durante as suas descidas, os downdrafts passaram por uma pluma de ozônio localizada na média troposfera, dessa forma, uma coluna de ar rica em ozônio atingiu a superfície e se propagou através dos jatos de baixos níveis para distâncias consideráveis além do “core” do downdraft. Por fim, essa coluna de ar mais limpa diminuiu os níveis de monóxido de carbono (CO) superficiais, e os maiores níveis de O3 foram responsáveis pelo aumento do dióxido de nitrogênio (NO2) na superfície.

  • MILENA DE NAZARE SANTOS QUARESMA
  • DINÂMICA DA PAISAGEM E O PROCESSO DE
    FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NA BACIA DO CAETÉ

  • Data: 23/02/2018
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  • A Bacia Hidrográfica do Rio Caeté localiza-se em uma região estratégica da região
    nordeste paraense, com elevados índices de antropização. Neste cenário, a paisagem
    vem sendo transformada junto aos processos de consolidação e expansão dos diferentes
    tipos de uso e cobertura da terra. Assim este trabalho apresenta a dinâmica da paisagem
    e o processo de fragmentação florestal para Bacia do Caeté nos anos 2004, 2010 e 2014
    e suas implicações na modulação do cenário espacial contemporâneo. Para isso, a
    pesquisa se fundamenta nas seguintes discussões: I- Comparação das dinâmicas de
    transição de uso e ocupação da terra na bacia, utilizando a análise multitemporal, tendo
    como referência as bases cartográficas do projeto TerraClass e as imagens do satélite
    Landsat/TM 5, órbitas 222 e 223, ponto 061, das bandas 3, 4 e 5, referentes ao ano de
    2004. II- Caracterização e quantificação dos fragmentos e configuração da estrutura da
    paisagem local, com base em métricas de paisagens e a utilização do software Fragstats
    versão 4.2. III- Identificação das pressões antrópicas e dos reflexos da fragmentação
    sobre a Unidade de Conservação (UC) Caeté-Taperaçu. No ano de 2004 as classes de
    pastagem, floresta e mosaico de ocupação elucidaram um percentual de 80,39% da área
    total da bacia. Em 2014 as áreas contidas com estas mesmas classes somaram a
    totalidade de 87,26%. O indicativo apresentado demarca a intensa dinâmica espacial
    consolidada sobre a bacia. Os índices calculados ratificaram o predomínio de pastagem
    na bacia do Caeté, por meio das métricas de Área da classe (CA) e Porcentagem de
    fragmentos (PLAND). Em contrapartida os índices Total de bordas (TE) e Densidade de
    bordas (ED) demostraram que o processo de fragmentação florestal na bacia vem se
    atenuando, em vista do indicativo de bordas predominante sobre a classe floresta. A
    UC Caeté-Taperaçu apresentou significativa contribuição, frente aos processos de uso e
    ocupação na região atuando como instrumento de contenção aos impactos ambientais. A
    relevância da pesquisa é representada mediante a integralização dos aspectos
    socioambientais associados a dinamicidade da paisagem, ponderando como as ações
    humanas podem afetar o equilíbrio do recurso natural. Espera-se que dados
    apresentados contribuam como subsidio voltado à gestão integrada e participativa dos
    recursos hídricos.

  • LUIS VLADIMIR MORA ANDRADE
  • CONSTRUINDO A UTOPIA: ANÁLISE HISTÓRICA DA POLÍTICA DE CONSERVAÇÃO BIOLÓGICA SOB A ÓTICA DO SISTEMA SOCIOECOLÓGICO DO ARQUIPÉLAGO DE GALÁPAGOS, EQUADOR

  • Data: 21/02/2018
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  • O arquipélago de Galápagos é muito conhecido por sua biodiversidade endêmica e por inspirar Charles Darwin em sua teoria da evolução. Após 1535, com sua descoberta acidental, uma série de acontecimentos históricos levou à redução das populações de tartarugas e à introdução de espécies exóticas. Com a criação da Estação Charles Darwin, um grande esforço internacional em torno da conservação da biodiversidade, atraiu um grande fluxo de turismo. Concomitante com o estabelecimento da estação, o Plano de Gestão do Parque Nacional promoveu a responsabilidade compartilhada no manejo das áreas protegidas, o qual integra as áreas protegidas terrestres e marinhas, e passou-se a considerar o arquipélago como um sistema socioecológico, com sua natureza única e especial ameaçada por mudanças globais recentes. Dessa forma, esse estudo visa compreender as relações entre as pressões antrópicas e a resiliência dos sistemas naturais no arquipélago. A metodologia baseia-se na análise de Gestão Ambiental na Ilha de São Cristóvão com informações secundárias retiradas das Sessões da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), para constuir o ciclo adaptativo de Holling e em entrevistas com residentes locais para a análise da percepção da comunidade. As recomendações sugeridas pela UNESCO, particularmente envolvem problemas como o turismo, a agricultura, a migração, espécies introduzidas, coordenação entre instituições. O estudo sobre percepção foi realizado entre os meses de junho e agosto de 2017, utilizando questionários, entrevistas com 260 residentes, e observação direta. Os resultados mostraram a UNESCO como organismo internacional responsável pela gestão ambiental que vem enfatizando os problemas apresentados no Arquipélago. Por outro lado, o governo equatoriano tenta equacionar e superar as adversidades. A UNESCO aponta a necessidade dos residentes conhecerem melhor o que é viver em um Patrimônio Natural e o que devem fazer para conservar esse patrimônio. Os principais impactos identificados foram: aumento do turismo (visitas), aumento de população (migração) espécies introduzidas, falta de um sistema efetivo de manejo de dejetos sólidos e manejo de águas residuais; falta de cooperação institucional coordenada, falta na implementação de pesquisas transdisciplinares. Neste último aspecto, implica que a abordagem de gestão dos ecossistemas e dos recursos naturais, não devem se concentrar nos componentes do sistema, mas em suas relações,
    interações e retroalimentações. Neste estudo argumentamos que a sustentabilidade a longo prazo do arquipélago depende das regras destinadas à exploração e conservação dos recursos naturais. A Ilha São Cristovão apresenta homens (53,46%) e mulheres (46,54%) residindo principalmente em Porto Baquerizo (71,92%), a maioria (60%) proveniente de Galápagos. A análise de percepção evidenciou uma tendência a respostas positivas com relação à gestão ambiental, contudo sinalizaram alguns impactos no modo de vida da população, especialmente relacionado ao aumento do turismo, às espécies introduzidas e à redução da mina, devido a extração de areia, cascalho e pedra para fazer as construções. Diante desse cenário, os atores locais delineiam um sistema com nuances sociais, ambientais e econômicos interligados, mais conflitantes, necessitando de uma gestão mais eficaz. Assim, percebe-se que o sistema socioecológico de Galápagos experimenta um processo dinâmico que reconhece as interações entre sistema natural e sistema social, em que a UNESCO direciona as estratégias da conservação da biodiversidade ao governo, incluindo critérios de gestão de ecossistemas e procura reduzir a pressão antrópica, das ilhas. À solução destes vitais problemas perpassa pela implementação de uma política de gerenciamento de conservação ambiental a longo prazo que possa reduzir os impactos sociais.

  • FERNANDA DA SILVA DE ANDRADE MOREIRA
  • ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ: ELEMENTOS PARA UMA SUSTENTABILIDADE URBANA.

  • Data: 17/01/2018
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  • Nos últimos séculos, o mundo presenciou um “progresso econômico” às custas da exploração dos recursos naturais e um expressivo crescimento urbano, quase sempre desordenado, formando cidades despreparadas, que não conseguem fazer uma gestão adequada e assim acolher o imenso contingente humano e absorver as demandas sociais, tornando suas populações vulneráveis. Na cidade de Belém, que é uma das grandes cidades da Amazônia, com mais de um milhão de habitantes, a população está sujeita a uma série de mazelas. O território é permeado por uma série de problemas, seja de ordem social, econômica e/ou ambiental, o que impede que a cidade concilie a relação homemnatureza e alcance a tão almejada sustentabilidade. Dessa forma, o presente trabalho objetivou mapear as condições sociais e ambientais do município de Belém, em uma escala macro, e uma análise comparativa de dois bairros da mancha urbana, Guamá e Nazaré, e a partir desse diagnóstico indicar metodologia de Planejamento Urbano, que compatibilize aquela relação. Os resultados apontaram condições ambientais e sociais precárias na cidade de Belém, principalmente na mancha urbana, que apresenta um espaço urbano marcado pela degradação. Essas condições inadequadas podem e devem ser tratadas a partir de Políticas Públicas que incorporem nas suas agendas a temática ambiental, incluindo a participação da sociedade para tomadas de decisões. Indo além, é preciso garantir aparatos para uma fiscalização efetiva de órgãos públicos, bem como, de todos os cidadãos.

2017
Descrição
  • RONALDO ROSALES MENDOZA
  • AVALIAÇÃO MONETÁRIA DOS PREJUÍZOS CAUSADOS POR CHUVAS INTENSAS
    NAS CIDADES DE BELÉM DO PARÁ, BRASIL E CARRILLO DE GUANACASTE,
    COSTA RICA.

  • Data: 22/12/2017
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  • Avaliaram-se as perdas materiais diretas dos moradores das cidades de Belém do Pará, Brasil e Carrillo de Guanacaste, Costa Rica no período de 2000-2016 devido a precipitações extremas. Mediante o método de abdução e utilizando os dados do Instituto Nacional de Meteorologia, Brasil (INMET), Instituto Meteorológico Nacional de Costa Rica (INM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e Instituto Nacional de Estatística e Censo de Costa Rica (INEC), se identificou a condição natural, social e econômica dos moradores das áreas atingidas, que serviram de base para o calculo. Se construir o índice da pegada da água (Ipa) e a equação Avaliação Monetário Material Médio Ambiental (AMA) para estimara perda depois de conhecer o dado da precipitação do dia do evento. Realizou-se a avaliação monetária do evento extremo acontecido na cidade de Belém o dia 4 de janeiro de 2017, a precipitação informada pelo INMET foi de 94,6 mm, a pegada d’água estimada alcançou 0,90 metros de altura, a perda estimada para a cidade foi de 122.106.834 Unidades Monetária de Referência (UMR). Na cidade de Carrillo foi avaliado o evento do dia 5 de outubro de 2017, a precipitação informada pelo INM foi de 148,6 mm, a pegada d’água foi de 2,1 metros de altura, a perda estimada para os moradores de bairro Bambú é de 3.094.579 UMR. Então, o índice como a equação aplicada mostram efetivas para o cálculo dos prejuízos monetários materiais diretos na área atingida após um evento de precipitação extrema. Limitando o cálculo a perda sofrida pela população em condição vulnerável e sem avaliar outros fatores relacionados como a permanência, força e velocidade d’água; o valor dos intangíveis (interrupção de serviços, doenças) tanto na área atingida como nas áreas de impacto. A pesar de não avaliar fatores indiretos e intangíveis, o resultado serve para a tomada de decisões de ações de prevenção, correção, e operacionalidade em uma cidade.

  • RENATA KELEN CARDOSO CAMARA
  • VARIABILIDADE INTERANUAL DOS EVENTOS DE PRECIPITAÇÕES EXTREMAS E A PERCEPÇÃO DOS SEUS IMPACTOS PELA COMUNIDADE DE SANTA MARIA DE SIRITUBA-PA

  • Data: 13/12/2017
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  • A percepção dos eventos extremos pelo homem interfere no processo de adaptação à influência da variabilidade climática extrema. A abordagem da percepção constitui-se em uma importante ferramenta para a compreensão das formas de relacionamento entre os indivíduos ou sociedades com o meio onde habitam. Considerando a interferência das precipitações extremas nas atividades socioeconômicas e ambientais e a relação no processo de adaptações, este estudo teve o objetivo de analisar a percepção das comunidades ribeirinha quanto aos impactos dos eventos extremos sobre suas atividades sociais, econômicas e ambientais. A pesquisa contempla a abordagem de eventos precipitantes extremos na comunidade Santa Maria Rio Sirituba -PA, situado na região leste da Amazônia. O estudo utilizou séries temporais da precipitação mensal, anomalia da temperatura da superfície da região Niño 3.4 e Bacia do atlântico Norte e Sul da da National Oceanic Atmospheric Administration (NOAA) do período de 01/01/1979 a 31/12/2015; e os aspectos subjetivos local por meio de vinte questionários semiestruturados formulado segundo a classificação de Marconi e Lakatos (2003) e a proposta por Whyte (1977). A classificação dos eventos extremos foi categorizada pela técnica dos Quantis e relacionados com os fenômenos El Niño Oscilação Sul (ENSO) tanto em sua fase positiva (El Niño) como na negativa (La Niña) e o Dipolo do Atlântico (DPA); o grau de percepção foi obtido através do método do processo de análise hierárquica. Os resultados do estudo indicaram que as precipitações extremas podem estar associadas aos anos de ocorrência dos eventos ENSO e os padrões do DPA, sendo os eventos do ENSO são caracterizados com à redução e o aumento das chuvas na área de estudo; observou-se que o padrão do DPA pode favorecer ou desfavorecer o acumulado das chuvas, mas suas influências estão relacionadas com a intensidade dos fenômenos ENSO. No uso da técnica Analytic Hierarchy Process (AHP) foram definidos três níveis de hierarquia o nível 1 a Percepção, ou seja, o objetivo da hierarquia, o nível 2 são os critérios decisórios: lazer (C1), trabalho (C2) e saúde (C3) e o nível 3 os fatores determinantes: temperatura do ar (A1), vento (A2), maré (A3) e a chuva (A4). Através da matriz normalizada dos critérios e a prioridades médias locais foi observado que o critério C2 possui o maior grau de importância com peso relativo (PR) de 48,99%, em seguida o critério C3 com PR de 45,07% e por último o critério C1 com menor grau de importância com PR de 5,94%. O vetor Prioridade Global (PG) obtido indicou a alternativa A4 com maior grau perceptível do tempo e clima para os ribeirinhos com PG de 37,94%, em seguida as alternativas A3, A2 e A1, com PG de 31,41%, 22,86% e 7,79%, respectivamente. Por fim, os resultados mostraram que os ribeirinhos possuem uma percepção elevada dos impactos dos eventos precipitantes extremos nas atividades socioeconômicas e ambientais, confirmados na técnica do AHP a ordem de importância obtida na PG. Assim o estudo é relevante no processo de elaboração de estratégias de adaptação aos eventos precipitantes extremos.

  • LUCIANO JORGE SEREJO DOS ANJOS
  • MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A FLORESTA AMAZÔNICA AO LONGO
    DO TEMPO E ESPAÇO

  • Data: 01/12/2017
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  • A biodiversidade abrange um arranjo complexo, multifacetado e estruturado dos seres vivos
    em diferentes escalas no tempo (Scholl e Wiens, 2016) e espaço (Mittelbach et al., 2007). De acordo
    com Gaston e Spicer (2004), biodiversidade significa ‘a variedade de vida’, e coletivamente se
    refere a variação em todos os níveis de organização biológica. Mais especificamente, nós podemos
    mencionar a diversidade genética (populações, indivíduos, cromossomos, genes, nucleotídeos)
    (Miraldo et al., 2016); a diversidade taxonômica (reinos, filos, classes, famílias, gêneros, espécies,
    sub-espécies) (Heywood e Baste, 1995); e a diversidade ecológica (domínios biogeográficos,
    biomas, províncias, ecorregiões, habitats e ecossistemas) (Olson et al., 2001). Porém, apesar de
    todos os esforços, sua compreensão ainda hoje é deficitária (Hortal et al., 2014).
    É amplamente reconhecido que o ambiente físico compõe o ‘background’ ecológico e
    evolutivo para toda a gama de biodiversidade existente ou já extinta. Cada fator ambiental pode ter
    influência sobre incontáveis processos ecológicos (metabolismo, reprodução, comportamento) e
    evolutivos (adaptação, especiação e extinção). Tal fato pode ser inclusive estendido a nós seres
    humanos. A evolução do gênero Homo, sua expansão e domínio por vários continentes está
    associada, em partes, à mudanças no mundo físico que ocorreram ao longo dos últimos 2 milhões de
    anos (DeMenocal, 2011; Timmermann e Friedrich, 2016).

  • FRANCINELLI DE ANGELI FRANCISCO DO VALE
  • ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
    APLICADO PARA A AMAZÔNIA LEGAL: SUBSÍDIOS A POLÍTICAS PÚBLICAS DE
    COMBATE AO DESMATAMENTO

  • Data: 30/11/2017
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  • O histórico de uso e ocupação das terras na Amazônia Legal, o desmatamento intensivo na
    região do Arco do Desmatamento e a grande preocupação atual com o desenvolvimento
    sustentável têm levado à adoção de medidas que avaliem os níveis de sustentabilidade atuais em
    escalas local e regional e verifiquem historicamente a relação desses níveis com as políticas
    públicas adotadas que preconizam mudanças sociais, econômicas, institucionais e/ou ambientais.
    A forma mais usual de fazer essa análise é por meio do emprego de indicadores de
    sustentabilidade, que têm sido vistos como instrumentos que contribuem para tornar o conceito de
    sustentabilidade mais objetivo, ao mesmo tempo em que tem se mostrado útil para as etapas de
    planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas em diversas áreas. Neste trabalho
    será adotado o Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) com o objetivo de analisar o nível
    de sustentabilidade dos estados da Amazônia Legal, e dos municípios prioritários e monitorados
    do estado do Pará, que estão integrados nas ações do Plano de Ação para a Prevenção e Controle
    do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Espera-se por meio dos indicadores analisar a
    situação de estados e municípios da Amazônia com relação à sustentabilidade e a eficácia das
    políticas públicas adotadas para combater o desmatamento e promover o desenvolvimento
    regional.

  • ADRIELSON FURTADO ALMEIDA
  • OS EFEITOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO NA ZONA COSTEIRA DO NORDESTE PARAENSE: EXPANSÃO RODOVIÁRIA, URBANIZAÇÃO E ATIVIDADE TURÍSTICA

  • Data: 27/10/2017
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  • O modelo desenvolvimentista do governo brasileiro a partir da década de 1960 promoveram na zona costeira do nordeste do estado do Pará a expansão rodoviária, urbanização, circulação de capital e o desenvolvimento de novos mercados, como turismo. Este trabalho objetivou analisar as mudanças na relação entre os aspectos ambientais, econômicos e sociais resultantes das politicas públicas de desenvolvimento socioeconômico nas praias do Crispim (Marapanim), Atalaia (Salinópolis) e Ajuruteua (Bragança), a partir de 1960. Especificamente buscou-se: a) Identificar as principais mudanças ocorridas nos relação entre os aspectos ambientais, econômicos e sociais resultantes das políticas públicas de desenvolvimento socioeconômico a partir de 1960; b) avaliar os indicadores socioeconômico, ambientais, urbano e turístico nas praias do Crispim (Marapanim), Atalaia (Salinópolis) e Ajuruteua (Bragança) e, c) avaliar a atuação da comunidade local no processo de consolidação das políticas para o desenvolvimento socioeconômico e, garantia dos padrões ambientais. Utilizou-se metodologia padronizada e adequada a cada tema tratado. As principais mudanças foram à perda da vegetação de restinga e dunas para a instalação de comércios e segundas residências (ambiental), substituição dos espaços de pesca para a urbanização (social) e, a substituição das atividades pesca tradicional para atividade turística (econômico). Quanto aos indicadores, às três áreas em estudo apresentam IDHM médio. As principais ameaças e impactos, que afetam o estado do meio ambiente e exigem respostas por parte das políticas públicas, identificados pela Matriz PIER foram: uso excessivo e contaminação do lençol freático, ausência de serviços públicos e poluição do solo, ocupação das APP e erosão costeira. Analisando os indicadores turísticos (ICT), a praia do Atalaia apresentou maior competitividade turística em relação as outras praias estudadas. A atuação da comunidade local apresenta certa mobilização, apesar de haver conflito e divergências de interesse que dificulta a atuação dos próprios comunitários, na qual a sua ausência causa o mau direcionamento das políticas públicas. O uso e ocupação errônea do espaço são os principais causadores das situações problemáticas atuais, identificados pela pesquisa survey e análise dos indicadores de desenvolvimento socioeconômico, urbano e turístico. Torna-se fundamental a atuação da comunidade local nas políticas públicas, junto com gestores públicos e privados, para que juntos planejem e gerenciem um cenário futuro diferente para qual se caminha a realidade.

  • LOURDES HENCHEN RITTER
  • EFEITOS DE INTERVENÇÕES TÉCNICO-PRODUTIVAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO USO DA TERRA EM AGROECOSSISTEMAS FAMILIARES NO TERRITÓRIO DO BAIXO TOCANTINS, PA.
    Belém - PA
    2017

  • Data: 28/09/2017
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  • O estudo aborda o tema da sustentabilidade do uso da terra em agroecossistemas familiares localizados nos municípios de Cametá (comunidades Ajó e Inacha) e Moju (PA Calmaria II, comunidades de São José e Água Preta), pertencentes ao território do Baixo Tocantins, estado do PA, se propondo a comparar os principais efeitos decorrentes de dois modos de intervenções nos sistemas técnico-produtivos. As duas intervenções se estabeleceram propondo inovações e melhorias para o desenvolvimento sustentável, sendo a primeira em Cametá, promovida pelas ―redes de agricultores multiplicadores‖ com propostas de uso e manejo agroecológicas e a segunda em Moju se refere aos programas de incentivo à dendecultura. O enfoque principal do estudo se fundamenta nas questões seguintes: quais são os principais efeitos, referentes à sustentabilidade, que as inovações de gestão e desenvolvimento sustentável da terra, introduzidas pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) por um lado e pelas redes de agricultores multiplicadores, com propostas de manejo agroecológico por outro, ocasionam aos agroecossistemas familiares? Essas intervenções proporcionaram melhorias com sustentabilidade? A hipótese de pesquisa sugere que as inovações técnico-produtivas promovidas nos agroecossistemas familiares, pelos agricultores multiplicadores são mais sustentáveis. O objetivo geral foi de analisar os principais efeitos de ações de intervenção sobre a sustentabilidade socioambiental de agroecossistemas familiares. Os objetivos específicos são de verificar se as intervenções proporcionaram melhorias com qualidade socioambiental; avaliar comparativamente a qualidade do solo em sistemas de uso de agroecossistemas familiares, que tiveram intervenções técnico-produtivas diferenciadas; elucidar as principais relações dos modos de usos com o meio biofísico e com as diferentes formas de se fazer a gestão da fertilidade do meio. Para desenvolver esse último objetivo específico foram envolvidos na pesquisa agricultores de duas outras localidades em Cametá: Caripi, com ecossistema de terra firme e Cupijó, com ecossistemas de terra firme e várzeas. Os procedimentos metodológicos utilizados foram enquetes com formulários semiestruturados e descrição e coleta de solo para análises em laboratório. Os resultados obtidos a partir de indicadores em 4 dimensões da sustentabilidade mostraram que as intervenções, de certa forma, alcançaram os propósitos, mas muitos problemas foram observados, como os que refletem uma relação entre agricultores e técnicos, que ainda não conseguiu superar a concepção de ―transmissão de
    conhecimento e tecnologia‖, para o caso da intervenção em Calmaria II. Nas comunidades de Ajó e Inacha, os motivos mais determinantes para algumas diferenças entre elas seriam a assiduidade e intensidade da assistência técnica atribuída mais à Ajó; o fato dos agroecossistemas familiares de Ajó terem disponibilidade de meio biofísico diversificado (terra firme e várzea), possibilitando maior variação dos sistemas de produção e a consequente redução do uso do fogo. Nas comunidades São José e Água Preta a causa mais significativa das diferenças entre elas seria a de que São José tem maior renda, devido ao período da safra do dendê, que coincide com o de entressafra de Água Preta (comunidade vizinha às grandes plantações de dendezal da Cia Refinadora da Amazônia (AGROPALMA). Esse fato garante melhor preço da produção à São José. Essa diferença nos meses de safra e entressafra estaria relacionada à oferta de água, disponível a cultura em São José, no período de estiagem da chuva, ocasionada pelas características e particularidades do meio biofísico. Consequentemente, há diferentes níveis de satisfação com a atividade do dendê. Enquanto em São José predominam os agricultores satisfeitos, em Água Preta há maior insatisfação. As variações que ocorrem entre agroecossistemas familiares que possuem um mesmo tipo de ambiente são determinadas pela gestão da fertilidade do meio de cada um, constituindo o fator definitivo das diferenças encontradas entre os sistemas de produção em cada ambiente específico. Os dados indicaram que, de acordo com os ambientes, os agricultores aproveitam as diferentes potencialidades de uso, adequando os modos de gerir a fertilidade do meio natural. Os atributos do solo que foram considerados significativos para avaliar a sustentabilidade indicaram que os usos da terra estudados apresentaram diferenças pouco expressivas. O meio biofísico foi determinante para que alguns tipos se destacassem positivamente. Pelas análises pedológicas da localidade de Ajó (SAF) é perceptível que seus solos são mais enriquecidos naturalmente em bases trocáveis (K+, Ca2+, Mg2+). Em São José, alguns fatores físicos são melhores, pois os solos retêm água por mais tempo, disponibilizando esta ao dendê por um período maior na época de estiagem.

  • MARTINHO JULIÃO MAXLHAIEIE
  • ANÁLISE DE INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM MOÇAMBIQUE: UMA APLICAÇÃO DO BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE

     

  • Data: 25/09/2017
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  • Nos últimos anos têm-se buscado desenvolver métodos de avaliação do progresso rumo ao Desenvolvimento Sustentável (DS), nos níveis nacional, regional ou na escala local através de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS). A importância da utilização desta ferramenta para a implementação de políticas públicas baseada no DS ocorreu na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992. Embora sejam muito importantes no processo de avaliação, estas ferramentas são atualmente pouco conhecidas, o que acaba dificultando sua utilização de maneira adequada. Em Moçambique, pouco se tem aplicado ferramentas de análise de sustentabilidade em suas mais diversas dimensões, devido à falta de informação das metodologias de indicadores, e principalmente pela ausência de uma estrutura institucional sólida para acompanhar, de forma eficaz, a implementação da Estratégia Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável de Moçambique. Dessa forma, a pesquisa empreendida tem por objetivo analisar o nível de desenvolvimento sustentável de Moçambique, no período de 2001 e 2014, por meio da aplicação do Barômetro da Sustentabilidade (BS). O BS é um método de análise bidimensional que inclui dois subsistemas: o humano e o ambiental e a partir deles são calculados índices sintéticos denominados “índice de bem-estar ambiental e “índice de bem-estar humano”. A pesquisa se constitui de um levantamento bibliográfico e documental, e foram selecionados 40 indicadores e definidas as escalas de desempenho para cada indicador. O resultado mostra que Moçambique encontra-se em uma performance ou condição de Potencialmente Insustentável em 2014 em comparação com a condição Insustentável de 2001.

  • RENATO DE SOUSA SILVA
  • EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DE UM LIXÃO NA
    AMAZÔNIA: SIMULAÇÃO E MEDIÇÃO DAS EMISSÕES DE METANO
    NO LIXÃO DO AURÁ – BELÉM, PA.

  • Data: 31/08/2017
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  • As preocupações com os impactos ambientais dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU),
    principalmente no que diz respeito à destinação final ambientalmente adequada, têm ganhado
    grande notoriedade atualmente devido principalmente sua relação com impactos globais da
    emissão de Gases de Efeito Estufa, com destaque para o Metano (CH4), por este apresentar
    alta capacidade de reter calor na Atmosfera, cerca de 21 vezes maior que o dióxido de carbono
    (CO2) (Talyan et al. 2007; Wangyao et al. 2010; Houghton e IPCC 2001).
    A Lei nº 12.305 de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) considera que a
    disposição final ambientalmente adequada deve prever a distribuição ordenada dos resíduos
    em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
    saúde pública, à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010).
    Os aterros contrloados e lixões, que são a principal destinação de RSU nas cidades
    brasileiras, representam importantes fontes de Metano que em nível mundial contribuem para
    o aquecimento global (BANCO MUNDIAL 2004; Di Bella, Di Trapani, e Viviani 2011).
    Estima-se que esta fonte representa entre 5% e 20% da emissões antropogênicas de CH4 em
    todo o mundo (IPCC 1996). Quando não são gerenciados de forma adequada, estes locais
    geram vários problemas em nível local, principalmente por compostos tóxicos presentes nos
    resíduos RSU, que contaminam lençóis freáticos e mananciais superficiais, causam odores
    desagradávei, além dos impactos sociais e à saúde pública como as péssimas condições de
    trabalhos dos catadores e proliferação de vetores de doenças (Elk 2007).

  • RENATO OLIVEIRA DA SILVA JUNIOR
  • Resposta hidrológica devido às mudanças no uso do solo e cobertura vegetal na bacia hidrográfica do rio Itacaiúnas (BHRI) – Amazônia Oriental

  • Data: 11/08/2017
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  • Este estudo objetivou analisar como, quando e o quanto as mudanças no uso do solo e cobertura vegetal influenciaram o comportamento hidrológico da bacia hidrográfica do rio Itacaiúnas (BHRI), Amazônia Oriental, nos últimos 40 anos (1973-2013). As principais mudanças de uso e cobertura do solo na bacia neste período foram as significativas reduções da floresta nativa, aumento acentudo da área de pastagem e crescimento das áreas urbanas. Considerando a necessidade de quantificar as principais entradas (precipitação) e saídas (vazão) do balanço hídrico da bacia, foi realizada a estimativa de precipitação e vazões médias para a bacia hidrográfica, que representa o Manuscrito 1 aceito para publicação pela Revista Brasileira de Geografia Física (RBGF). Neste artigo foi analisada a relação entre os dados observados de precipitação de sete estações meteorológicas e aqueles resultantes de interpolação realizada pelo Climate Prediction Center (CPC), no período de 1986-2005. Utilizando os métodos de correção pela área de drenagem e de padronização de vazões médias, as vazões estimadas foram comparadas com vazões medidas (1985-1995). Os resultados de precipitação mostraram-se compatíveis com o comportamento sazonal da região, cuja correlação entre dados observados e interpolados demonstraram que estes representam bem a variabilidade espaço-temporal da precipitação na BHRI. Constatou-se uma tendência de incremento na precipitação de leste para oeste, cujo comportamento pode estar associado a densa cobertura florestal que compõe o mosaico de Unidades de Conservação (UC’s), combinado com altitudes elevadas (600-800 m) da Serra de Carajás. A análise das vazões calculadas mostrou resultados consistentes com o comportamento sazonal das curvas de vazão dentro do ano hidrológico. Embora os métodos utilizados tenham apresentado resultados diferenciados em termos absolutos, as curvas das vazões calculadas acompanham o comportamento da curva das vazões medidas. No Manuscrito 2, Three decades of reference evapotranspiration estimate for a watershed in the eastern Amazon, aceito para publicação nos Anais da Academia Brasileira de Ciências (ABC), foi estimada a taxa de evapotranspiração de referência (ETo) para a bacia e medida a acurácia de oito equações empíricas usando dados mensais (1980-2013). Os métodos de Turc e Penman-Monteith apresentaram os melhores resultados. A radiação solar e a temperatura média mostram-se ser os drivers principais, enquanto a umidade relativa e a velocidade do vento têm um impacto muito menor. A variabilidade temporal e espacial apresenta forte estacionaridade, aumento no período seco e diminuição no período úmido. As análises estatísticas indicaram que não há correlação entre os resíduos das estações e que os parâmetros físicos explicam as variações da ETo. Finalmente, o 3º Manuscrito, em fase final de preparação, apresentou a resposta do balanço hídrico às alterações no uso e cobertura do solo na amazônia oriental durante as últimas três décadas. Neste, foram elaborados mapas de textura de solos combinados às classes de uso do solo em cada década, estimados os valores de CN (Número da Curva), do armazenamento de água no solo (S) e da variação no armazenamento (ΔS). O comportamento das componentes do balanço hídrico {Precipitação (P), Evapotranspiração Potencial (Eo), Evapotranspiração Real (E) e ΔS} devido as mudanças no uso do solo e cobertura vegetal, foram analisadas segundo o modelo de Budyko, nas escalas anual e mensal, como uma função dos índices de aridez e evaporativos sazonais. Os valores sazonais foram agregados para quantificar a variabilidade interanual das mudanças
    na evaporação e no armazenamento. A sazonalidade das chuvas e a dinâmica sazonal do armazenamento foram incorporados diretamente ao modelo desenvolvido, o que permitiu compreender quais são os fatores de controle dominantes sobre o balanço hídrico. Na útima década (2013) o remanescente de cobertura florestal é de apenas 48,91%, por sua vez, a cobertura formada por pasto é de 50,47%. A capacidade de armazenamento de água no solo descresce continuamente atingindo 8,1%. Os resultados mostram uma tendência aproximadamente linear cujos pontos ultrapassam o "limite de água" (Eo/P > 1) e execedem o “limite de energia”, representando anos secos com valores mais elevados de EP/(P – ΔS), nos quais o armazenamento anual do solo fornece um suprimento complementar para a E anual. Embora a BHRI não se enquadre em uma situação de baixa disponibilidade hídrica, suas características pedológicas e de capacidade de armazenamento indicam tendência crescente nas taxas de escoamento (CN > 72) e baixa capacidade para armazenar água.

  • QUEZIA LEANDRO DE MOURA GUERREIRO
  • CASTANHAL NATIVO DA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS: ATRIBUTOS EDÁFICOS, PRODUÇÃO DE SERAPILHEIRA E PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS EXTRATIVISTAS

  • Data: 07/08/2017
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  • A semente castanha-do-brasil possui alto valor alimentar e é considerada um dos principais produtos extrativistas da pauta de exportação da região norte do Brasil. O estudo dos aspectos ecológicos e biológicos da castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa) tem sido objetivo de muitos trabalhos, porém é incipiente a quantidade de pesquisas que abordam as variáveis sociais e ambientais dessa relacionadas a espécie. Neste contexto, a presente tese buscou avaliar os atributos edáficos que mais influenciam no desenvolvimento vegetal e a produção de serapilheira em área de castanhal nativo da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA do Tapajós) além de estudar os fatores socioeconômicos e as práticas de manejo, coleta e a produção dos extrativistas de castanha-do-brasil que residem próximo dessa área. A apresentação dos resultados obtidos foi exposta em três capítulos: o primeiro capítulo compreende uma análise geoestatística dos fatores físico-químicos do solo; o segundo apresenta uma estimativa da produção de serapilheira em relação à média mensal da temperatura máxima e os totais mensais de precipitação e insolação e o terceiro demonstra uma análise dos aspectos econômicos, sociais e das práticas de manejo dos coletores de castanha-do-brasil que atuam na FLONA do Tapajós. As amostragens de campo foram realizadas em uma parcela permanente de 300 m x 300 m do projeto MapCast, instalada no km 84 da FLONA do Tapajós. As coletas de amostras de solo para as análises físico-químicas seguiram as recomendações descritas no “Manual de laboratório: solo, água, nutrição vegetal, nutrição animal e alimentos” da Embrapa, bem como os procedimentos para as determinações analíticas. Para a coleta da serapilheira foram utilizados 12 recipientes em formato circular e o material depositado era recolhido a cada 30 dias e separado em classes (Folhas, Flores e frutos, Madeira, Miscelânia). Os dados socioeconômicos, de produção e a forma de extração das castanhas-do-brasil foram obtidos por meio de entrevista estruturada realizada com 24 extrativistas da região. Por meio da Krigagem Simples pode-se estimar a concentração dos nutrientes estudados para toda a área da grade amostral. O adensamento de castanheiras-do-brasil foi identificado nas áreas com maiores valores de silte e argila e menores valores para as variáveis macroporosidade, pH, fósforo, zinco e cobre. A produção de folhas variou entre 169,9 a 965,6 kg ha-1 mês-1, a de madeira entre 26,7 e 501,3 kg ha-1 mês-1 e a de flores e frutos entre 0,6 e 19,6 kg ha-1 mês-1. As classes madeira e flores e frutos não apresentaram variação significativa (p>0,05) e nem correlação significativa com nenhuma variável meteorológica. As três variáveis ambientais analisadas explicam 40,7% da variabilidade temporal da produção de serapilheira. Ao todo foram contabilizados 39 extrativistas de castanha-do-brasil.
    28
    A maioria desses possui baixo nível de escolaridade e é contemplada pelo Programa Bolsa Família. A produção variou significativamente entre as safras 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016 e as práticas de extração são tradicionais. A Análise Geoestatística permitiu o conhecimento da atual distribuição espacial dos atributos físico-químicos do solo na área estudada, a qual servirá como base de comparação para futuras avaliações no mesmo local e também para ajudar a compreender aspectos ambientais em áreas com aglomerações de castanheira-do-brasil. As variáveis ambientais temperatura e insolação influenciam na produção de folhas e na produção total de serapilheira em área de castanhal nativo. As práticas de manejo dos castanhais e de coleta e beneficiamento das sementes aplicadas pelos extrativistas das comunidades estudadas não apresentam nenhuma inovação em relação às práticas tradicionais e rudimentares já informadas na literatura. A variação entre as safras foi influenciada pela a redução de chuvas (ocasionadas por um evento de El Niño instalado em 2015) e pelas frequentes queimadas, conforme a percepção dos entrevistados.

  • ROGERIO DE SOUZA AGUIAR
  • ANÁLISE DO REGIME HIDROLÓGICO E DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA DA BACIA DO RIO AMAZONAS

  • Data: 25/05/2017
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  • A Amazônia vive ano após ano a dinâmica de secas e vazantes dos rios. No entanto, na primeira década do século XXI, os eventos climáticos extremos passaram a ser mais frequentes. No Oceano Pacifico os fenômenos do El Niño e La Niña são os principais mecanismos de oscilações interanuais e decadais, causam extremos hidrometeorológicos na Amazônia, tanto em escala temporal quanto espacial.
    Nesse sentido, a pesquisa busca apresentar a relação da variabilidade climática sobre o regime de vazão fluvial na bacia hidrográfica amazônica em períodos de eventos extremos e variações sazonais que pode afetar a sua disponibilidade hídrica e comprometer a sustentabilidade do ecossistema aquático.
    Os totais anuais e mensais de vazões observadas na estação hidrológica da Agência Nacional de Águas – ANA, localizada em Óbidos, no Estado do Pará no período de janeiro/1970 a dezembro/2013 fundamentaram esta pesquisa. A variabilidade climática foi analisada com ênfase na determinação de anomalias da vazão nas escalas anual e mensal. Na determinação da disponibilidade hídrica do rio Amazonas foi utilizado o Método dos Percentis (especificamente a ordem quantílica Q95%) tanto para as séries históricas de vazões dos anos (análise interanual) quanto para as séries históricas de vazões mensais destes anos (análise anual).
    A variabilidade do regime do rio Amazonas mostra que o período de vazões mínimas ocorre durante os meses de setembro a dezembro, sendo que no mês de novembro o regime alcançou uma vazão média de 105.000 m3/s, mas no ano de 1997, a vazão alcançou uma magnitude extrema muito inferior de até 72.000 m3/s. Ocorre que o ano de 1997 coincidiu com a ocorrência do fenômeno El Niño (EN) e pelo valor da Q95%, a vazão disponível se mostrou muito restritiva, chegando a níveis não sustentáveis de, aproximadamente, -6.944 m3/s no mês de novembro.
    A análise interanual mostra anos com persistência da ocorrência de período de vazante extrema, em relação aos anos com período de cheia extrema. As grandes secas que afetaram a Amazônia durante 1991 e 1998, detectados pelos estudos de Marengo (2006) afetaram as vazões da estação de Óbidos, ficando muito abaixo da média.
    As análises das vazões disponíveis obtidas pelo quantil 95% ao longo dos anos mostram que os eventos do EN não refletiram na diminuição da vazão do rio Amazonas em todos os anos da série, pois houve anos de evento que não apresentaram índices críticos de disponibilidade hídrica, Como ocorreu nos anos de 1979, 1987, 1991, 2002, 2006-2007 e 2009 que apresentaram mínimas vazões de 91.500 m3/s, 93.480 m3/s, 82.600 m3/s, 93.660 m3/s, 88.440 m3/s, 95.460 m3/s e 85.820 m3/s respectivamente. Porém em índices acima do valor da Q95% de cada mês do ano.
    A partir dos resultados mostrados conclui-se que embora a região amazônica apresente disponibilidade hídrica em grande escala, o fluxo hídrico na bacia do rio Amazonas ao longo do tempo é desfavorável em anos de extremos negativos, onde não houve disponibilidade hídrica suficiente para a manutenção dos ecossistemas da bacia Amazônica com valores de disponibilidade hídrica muito negativos.

  • LAIS VICTORIA FERREIRA DE SOUSA
  • LEGISLAÇÃO, IMPOSIÇÃO E INFRAÇÃO AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DE DISCURSOS E PRÁTICAS EM ASSENTAMENTO AMBIENTALMENTE DIFERENCIADO EM ANAPU Belém - PA


  • Data: 28/04/2017
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  • O PDS Virola-Jatobá é considerado um assentamento ambientalmente diferenciado, por possuir
    em suas diretrizes normas para a realização de atividades de baixo impacto ambiental. A
    associação que representa os assentados recebeu, em 2015, Autos de Infração da SEMAS,
    responsabilizando-a pela prática de desmatamento sem autorização do órgão ambiental. Tal fato
    gerou insegurança entre os assentados quanto a realização de seus cultivos de subsistência, pois
    os desmatamentos ocorreram, em sua maior parte, nas áreas de uso alternativo (AUA), que
    correspondem aos lotes disponibilizados pelo INCRA para uso dos assentados. Analisando a
    problemática estabelecida no PDS, este trabalho busca avaliar como os assentados e ocupantes
    percebem a ação do Estado na aplicação da legislação ambiental, e o impacto desta ação em
    suas atividades. Primeiramente buscou-se sistematizar a legislação ambiental pertinente às
    atividades executadas pelos moradores do PDS Virola-Jatobá, discutindo a interface da
    legislação com as especificidades da área. Como a Associação também foi autuada por
    desmatamento em áreas de preservação permanente (APP), mapeou-se uma amostra dos lotes
    do assentamento, detectando-se a cobertura florestal nas APPs e AUA. Posteriormente os
    assentados foram entrevistados para a análise de sua percepção sobre a situação das APPs e dos
    fatores que os levaram (ou não) a desmatá-las. Para alcançar os objetivos da pesquisa foram
    elaborados três questionários semi-estruturados. Dois deles foram aplicados aos residentes
    abordando temáticas relacionadas às APPs, e os meios de vida e legislação ambiental. O terceiro
    questionário foi aplicado a agentes de órgãos públicos que atuam no PDS. Considerando-se os
    direitos fundamentais dos cidadãos, a garantia de acesso à alimentação, e o contexto em que o
    camponês sobrevive e a relação que mantém com a terra, o trabalho constatou que a legislação
    ambiental muitas vezes não leva em consideração as especificidades dos contextos. Constatouse
    também a falta de diálogo entre os órgãos atuantes no PDS. As APPs resultaram ser
    modalidade conhecida pelos entrevistados, e o fator que mostrou-se fundamental para o
    desmatamento ou não destas áreas foi a atividade econômica predominante do morador.
    Aqueles que praticam predominantemente a agricultura possuem áreas maiores de floresta do
    que os que optam pela pecuária. Em relação à percepção dos assentados sobre o Estado, seus
    discursos assemelham-no à imagem do “Patrão”. Constatou-se também que o posicionamento
    dos agentes expressa a prioridade ao cumprimento da legislação ambiental em detrimento ao
    acesso a direitos fundamentais pelas famílias assentadas.

  • VICTOR SAULO PAMPOLHA FERREIRA
  • GOVERNANÇA DAS FLORESTA SECUNDÁRIA NO ESTADO DO PARÁ: AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 08 de 2015 NO MUNICÍPIO DE DOM ELISEU - PA

  • Data: 20/04/2017
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  • As florestas secundárias são importantes mantenedoras da rica biodiversidade regional e de serviços ecossistêmicos, como conservação dos solos, dos estoques de carbono e dos ciclos biogeoquímicos. O reconhecimento desses fatores exigiu a elaboração de normas conservação e utilização agrícola desse tipo de vegetação. Uma norma jurídica específica foi construída com este fim, a Instrução Normativa nº 8, de 3 de novembro de 2015, pela SEMA Pará. O objetivo desse trabalho foi avaliar os processos e mecanismos de implementação desta Instrução Normativa a fim de dimensionar os impactos dessa norma no processo de gestão ambiental de florestas secundárias no município de Dom Eliseu, Pará. Utilizou-se como método de pesquisa o levantamento de dados quantitativos primários de processos de licenciamento de limpeza e supressão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Dom Eliseu e entrevistas direcionadas aos atores sociais, servidores, engenheiros técnicos e servidores envolvidos nesse processo. O resultados apontam que do total a 10.162,64ha corresponde a área total licenciada à limpeza e supressão de floresta secundária em Dom Eliseu, que a instrução normativa foi bem aceita pelos atores sociais envolvidos mesmo com a carência de sua divulgação pelo Estado, há o receio dos proprietários rurais do IBAMA não respeitar as condicionantes da norma, que o sistema PRODES não é eficaz na análise de floresta secundária à nível de propriedade rural, diminuição do desmatamento de floresta nativa e que, atualmente, segue-se a regulamentação de queima controlada da instrução normativa. Conclui-se que a IN 08/2015 proporcionou maior eficácia no procedimento administrativo de licenciamento e supressão de limpeza e supressão em Dom Eliseu.

  • KELLY REGINA DA SILVA PANTOJA
  • INDICADORES DE CARBONO DO SOLO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM POTENCIAL DE USO EM PROCESSO DE TRANSIÇÃO PRODUTIVA AGROECOLÓGICA

  • Data: 18/04/2017
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  • Os sistemas de produção tradicional tem se mostrado insustentável, no âmbito socioeconômico e ambiental. A adoção de uma agricultura menos agressiva ao ambiente, apresenta-se como uma alternativa, para conservação do ecossistema. O processo de mudança de um manejo tradicional para um alternativo é chamado de transição produtiva. O trabalho teve como objetivo avaliar os indicadores de carbono do solo em sistemas de produção tradicional e alternativos, em áreas de transição produtiva agroecológica. O estudo foi desenvolvido em propriedades agrícolas familiares, localizados nos municípios de Igarapé-Açu e Tomé-Açu, nordeste paraense. Foram selecionados sistemas tradicional (corte-e-queima) e alternativo (corte-e-trituração e SAFs), além de florestas secundária e primária (usadas como área de referência). Foram analisados os estoques de serrapilheira, e estoques de carbono no solo, fração densimétrica da matéria orgânica do solo e serrapilheira. Além da avaliação do potencial do estoque de carbono como subsídio para estimar serviços ambientais. O sistema corte-e-trituração apresentou o maior estoque de serrapilheira e estoque de carbono na serrapilheira, enquanto que os SAFs não diferiram estatisticamente das áreas de referência. Quanto ao estoque de carbono no solo e na fração densimétrica da matéria orgânica do solo, não houve diferença significativa dos sistemas e áreas de referências. Os sistemas alternativos apresentaram grande capacidade em estocar carbono. A quantificação do estoque de carbono (solo e serrapilheira) e o estoque de serrapilheira demonstraram potencial como indicadores para subsidiar a prestação de serviços ambientais, assim como atestar a qualidade dos sistemas de agroecossistemas.

  • LEILA DA GRACA DE JESUS
  • VARIAÇÕES CLIMÁTICAS NA PRODUÇÃO DA PESCADA AMARELA (Cynoscion Acoupa) NA COSTA PARAENSE

  • Orientador : MARIA ISABEL VITORINO
  • Data: 12/04/2017
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  • A variabilidade climática vem despertando interesses científico desde 1980, pois a ocorrência de variações na temperatura da superfície do Pacífico e Atlântico Sul,no ciclo anual de precipitação e nas vazões nas bacias,devido a causas naturais ou antropogênicas, provocam alterações de intensas estiagens ou enchentes, impactando a biodiversidade aquática e a população em geral. Neste trabalho, estudou-se as modulações de precipitação por meio dos fenômenos oceano-atmosfera de grande escala, que atuam nos oceanos adjacentes da região Amazônica representados por indicadores climáticos (ODP, IOS, OAN e MMA) durante 45 anos (1970 - 2014). Baseado numa série de 36 anos (1979 – 2014) de anomalias da precipitação nas bacias hidrográficas: Amazônica, Tocantins - Araguaia e Atlântico Nordeste Ocidental, fornecidos pelo GPCP em pontos de grade, Assim, como a série de dados de 11 anos (1995 – 2006) das anomalias de CPUE coletadas pelo Laboratório de Estatística Pesqueira da Universidade Federal Rural da Amazônia (LAPEP-UFRA) em parceria com projeto ESTATPESCA (IBAMA/PA) e Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Pesca do Ministério da Pesca e Aquicultura (SEPOP-MPA). Foram aplicadas a Análise de Componentes Principais, do tipo não rotacionadas, para a escala anual resultando em padrões espaciais e temporais da precipitação e a sua relação com a produção de Pescada amarela na costa paraense .

  • TASSIA CRISTINA DA CONCEICAO BARROS TAURINO
  • RECUPERAÇÃO NATURAL DA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE PLANTAS LENHOSAS EM FLORESTAS SECUNDÁRIAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 30/03/2017
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  • As florestas secundárias vêm aumentando nas regiões tropicais e somente na Amazônia ocupam
    23% das áreas desflorestadas. Estas florestas são repositórios da biodiversidade, desempenham
    serviços ecossistêmicos importantes, além de contribuírem para os meios de vida de populações
    locais. O presente estudo objetivou compreender a recuperação natural da diversidade de
    espécies de plantas lenhosas em florestas secundárias de diferentes idades no Sudeste do Pará,
    Amazônia Oriental. Para isto, utilizamos um banco de dados de características estruturais e
    florísticas, coletadas em 2014 e 2015, para 20 fragmentos de florestas secundárias nos
    municípios de Marabá, Parauapebas e Eldorado dos Carajás, localizados no Sudeste do Pará. A
    amostragem da vegetação lenhosa seguiu a metodologia aplicada pela Rede Amazônia
    Sustentável. Em cada fragmento florestal, foi delimitado um transecto de 10 x 250 m (0,25 ha),
    subdividido em 25 parcelas de 10 x 10 m. A amostragem do estrato superior (DAP ≥ 10 cm)
    foi feita em parcelas de 10 x 250 m e do estrato inferior (DAP < 10 cm) em subparcelas de 5 x
    20 m. Calculamos a densidade, área basal, riqueza de espécies, dominância de Simpson e
    diversidade de Shannon no Programa Fitopac 2.1. Avaliamos o padrão de dominância entre os
    diferentes transectos através do ranqueamento das espécies na ordem das suas densidades
    relativas. Realizamos uma avaliação da similaridade entre os transectos utilizando uma
    ordenação por escalonamento multidimensional não métrico no Programa PCORd 5.15.
    Investigamos se as florestas estudadas podiam ser separadas em classes de idade. Para tanto,
    comparamos os parâmetros fitossociológicos entre duas classes de idade por meio da Anova no
    Programa Past 3.02. Efetuamos uma Análise de Espécies Indicadoras (IndVal) para cada classe
    utilizando o Programa R. A recuperação natural da diversidade de espécies ocorre de forma
    bastante rápida nos primeiros 10 anos de sucessão ecológica, fornecendo evidência para uma
    alta resiliência das florestas secundárias na região de estudo. Por outro lado, a trajetória da
    recuperação não foi linear e sim marcada por uma estabilização dos parâmetros na etapa
    intermediária (10-16 anos). A progressão da regeneração natural não é acompanhada por
    convergência da composição florística. Por outro lado, a similaridade na composição de
    espécies foi maior entre os sítios mais próximos, sugerindo autocorrelação espacial resultante
    dos processos bióticos ou das próprias características ambientais. A biodiversidade de espécies
    foi correlacionada com a biomassa, embora a relação também não seja linear. As florestas
    secundárias foram separadas em duas classes distintas (5-10 anos e 11-21 anos), com algumas
    espécies, principalmente da família Fabaceae, indicando os sítios em regeneração mais
    avançada.

  • MAYARA SUELLEN COSTA BESSA
  • MOTIVAÇÕES DE AGRICULTORES FAMILIARES PARA RECUPERAÇÃO FLORESTAL EM DUAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS EM PARAGOMINAS- PA

  • Data: 29/03/2017
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  • Com o aumento da degradação ambiental, iniciativas de restauração florestal tem avançado no mundo, e, em particular, no Brasil. O Código Florestal foi revisado em 2012, o Programa de Regularização Ambiental do Pará foi lançado em 2015 e a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa foi publicada em 2017. Ações de restauração ambiental dependem da participação ativa das comunidades locais. Por isso é fundamental compreender os aspectos que motivam os agricultores na restauração dos ecossistemas. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo compreender as motivações dos agricultores familiares para desenvolver ações de restauração florestal na Amazônia Oriental. Iniciativas de restauração florestal, com a implementação de viveiros comunitários, vêm sendo realizadas na comunidade Nazaré e São Sebastião pelo governo estadual, por meio do Programa Pará Florestal (PF) coordenado pelo IDEFLOR-Bio. Assim a pesquisa primou primeiramente, em realizar uma entrevista com um servidor público de cada uma das duas instituições envolvidas no Programa Pará Florestal IDEFLOR-BIO e EMATER para se obter um panorama deste programa antes dos estudos de campo. O estudo de campo foi realizado no município de Paragominas, no sudeste do estado do Pará, no qual foi aplicado um questionário semi-aberto visando compreender o nível de conhecimento e aceitação das regras contidas no Código Florestal, as percepções sobre os recursos naturais nos estabelecimentos rurais e as motivações e barreiras para o envolvimento em ações de restauração florestal. Foram selecionadas duas comunidades ribeirinhas, situadas às margens do Rio Capim, no norte de Paragominas, as Comunidades Nazaré e São Sebastião. Os dados foram analisados para identificar características que influenciam as motivações para recuperar, comparando-se as duas comunidades estudadas, os participantes e não-participantes do PF e aplicando uma Análise de Correspondência Múltipla para avaliar a relação entre as diversas variáveis analisadas. Observou-se que as ações do PF ainda não contemplam as áreas de proteção especial requeridas no Código Florestal (APP, RL) e que os objetivos de produção são preponderantes sobre a recuperação ambiental. A posse do CAR foi ligada a um maior conhecimento do agricultor sobre as leis ambientais, mas não necessariamente a um maior cumprimento da legislação. A vontade de recuperar florestas não foi associada apenas aos participantes do PF. Entretanto, os participantes do PF pareceram mais conectados à biodiversidade local, listando mais essências florestais de interesse na recuperação de áreas alteradas. Além disso, os participantes vêem menos entraves para a recuperação. O menor interesse na recuperação foi associada aos jovens (< 45 anos), com ensino fundamental e famílias menores (<4 pessoas) indicando a necessidade de incentivo maior a esta categoria. As instituições entrevistadas ressaltaram a importância da continuidade dos projetos que atualmente sofrem de falta de confiança por parte dos agricultores. Além disso, enfatizaram também a importância da continuidade da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para os agricultores rurais com o intuito de promover a capacitação de recursos humanos para sistemas florestais e financeiros, de superar as dificuldades de orçamento e logística e de obter respaldo de pesquisas científicas sobre os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Os resultados desta pesquisa indicam a necessidade de considerar uma gama de aspectos do perfil dos agricultores familiares para orientar os programas e garantir sucesso nas ações de restauração florestal.

  • AMANDA CARDOSO NUNES CORDEIRO
  • VARIAÇÃO INTRAESPECÍFICA DE CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DE ESPÉCIES ÁRBÓREAS AO LONGO DE UM GRADIENTE DE DEGRADAÇÃO FLORESTAL NO LESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 28/03/2017
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  • A degradação de florestas tropicais tem sido intensificada por atividades antrópicas como queimadas e extração predatória de madeira, as quais são associadas a diversas mudanças de uso da terra. Em consequência, na região tropical, cerca de 156 milhões de hectares de degradação florestal foram detectados no período 2000-2012. Somente na Amazônia existem cerca de 10,3 milhões de hectares de florestas degradadas. Diante da magnitude e expansão da degradação florestal na região, é muito importante compreender a capacidade de resiliência da vegetação às mudanças ambientais. Os estudos da diversidade funcional permitem investigar os mecanismos utilizados para sobrevivência e performance das plantas e que determinam a resiliência dos ecossistemas. Desta forma, o objetivo deste trabalho é compreender qual o efeito da degradação sobre propriedades das plantas que podem alterar a funcionalidade da floresta, através de suas características funcionais. As medições das características funcionais espessura foliar e do pecíolo, área foliar específica, área foliar, matéria seca foliar e espessura da casca foram baseadas em protocolos estabelecidos na literatura e realizadas ao longo de um gradiente de degradação em Santarém, Oeste do Pará. Os estudos englobam 21 espécies arbóreas que ocorrem em diferentes classes de floresta ao longo de um gradiente, variando entre florestas primárias conservadas, florestas primárias com extração madeireira, florestas primárias queimadas e exploradas para madeira e florestas secundárias. Neste trabalho, foi encontrada pouca evidência de que as plantas estão respondendo à degradação através da variabilidade de suas características funcionais, principalmente espécies de maior densidade da madeira. A fraca plasticidade encontrada aqui sugere que as espécies da Amazônia podem não sobreviver caso a degradação florestal se intensifique, levando à perda de espécies de alto valor de conservação, as quais são mais importantes para o funcionamento dos ecossistemas.

  • LUIZ CARLOS NEVES DA FONSECA
  • FLUXO DE CO2 EM CULTIVO DA PALMA DE ÓLEO COM HÍBRIDOS INTERESPECÍFICOS (Elaeis guineensis Jacq x Elaeis oleifera (Kunth) Cortés) NO LESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 27/03/2017
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  • Os ecossistemas terrestres são importantes para compreender as trocas de CO2 entre superfície e atmosfera. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a variação diária e sazonal do fluxo de CO2 em cultivo de palma de óleo com híbrido interespecífico (Elaeis guineensis Jacq. x Elaeis oleifera (Kunth) Cortés) no leste da Amazônia. O estudo foi realizado na empresa Marborges Agroindústria S.A., Moju – Pará, onde foi instalada uma torre micrometeorológica para obtenção de dados meteorológicos e de CO2 no período de janeiro-dezembro/2015. O período chuvoso (1.974 mm) abrangeu os meses de janeiro-junho e dezembro (P > 150 mm mês-1) e o período menos chuvoso (345 mm) incluiu os meses de julho-novembro (P < 150 mm mês-1). Os valores médios diurnos da concentração de CO2 [CO2] foram menores e os valores médios noturnos foram maiores, principalmente nos níveis abaixo do dossel (5,8; 2,1; 0,5 m). Os valores médios diurnos de absorção de CO2 atingiram o máximo por volta do meio dia, com 22,3 (± 0,98) μmol m-2 s-1 no período chuvoso e 21,0 (± 0,47) μmol m-2 s-1 no período menos chuvoso. Houve pouca variação noturna nos valores médios de emissão de CO2, 5 (± 0,20) μmol m-2 s-1, em ambos os períodos, pelo cultivo de palma de óleo com híbrido interespecífico. Em geral, o ciclo diário de troca de CO2 apresentou leve diferença entre o período chuvoso e menos chuvoso, mesmo em ano de seca no leste da Amazônia.

  • DUBER ORLANDO CHINGUEL LABAN
  • POTENCIAL DO SEQUESTRO DE CARBONO EM PLANTIOS DE DENDEZEIROS PARA COMPENSAR AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO PROCESSO PRODUTIVO DE ÓLEO DE PALMA

  • Data: 24/03/2017
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  • Atualmente as plantações de palma de óleo estão se expandindo na Amazônia brasileira, onde encontram-se as condições ótimas para seu desenvolvimento. A limitação da cultura, é um fator importante para a manutenção de áreas primarias na Amazônia. Portanto para conhecer características da cultura dentro de um contexto produtivo é necessário aplicar metodologias que ajudem aos executores das empresas à levarem em consideração as emissões de carbono do produto. Alguns estudos vêm adotando metodologias para determinar as emissões de gases de efeito estufa, emitidos no processo de produção de óleo de palma, a través de aplicações da avaliação do ciclo de vida. Nesse cenário este trabalho, tendo conhecimento da importância de se conhecer detalhadamente as emissões, estimou em primeiro lugar, os estoques de carbono no dendê híbrido interespecífico (Elaeis oleifera cortés x Elaeis guineensis jacq) a longo dos 25 anos (tempo produtivo da palma) e posteriormente inventariar as emissões de gases de efeito estufa do processo produtivo de óleo de palma na empresa Marborges S.A. Os valores mostram para o dendê híbrido, um sequestro de carbono de 0,49 Mt de CO2 nos 25 anos e as emissões do processo produtivo contabilizam-se em 0,43 MtCO2eq. Além disso, estimou-se que nas áreas de vegetação nativa próprias da empresa o sequestro registrou 4,5 Mt CO2, mais que as plantações de palma. Finalmente pode-se concluir que dentro do contexto ambiental a compensação dos gases emitidos no processo de produção de óleo de palma somente deve acontecer em áreas de pastagens ou áreas sem vegetação aliado á manutenção da vegetação nativa.

  • NÍVIA CRISTINA VIEIRA ROCHA
  • AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE HÍDRICA SEGUNDO OS MODELOS DE USO E OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO NA BACIA DO RIO GUAMÁ – PARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 28/02/2017
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  • A bacia hidrográfica do rio Guamá abrange dezenove municípios localizados no nordeste paraense, região com a maior densidade demográfica do estado. O objetivo desta pesquisa é aplicar o índice de sustentabilidade hídrica para a bacia hidrográfica do rio Guamá, a partir de aspectos hidrológicos (utilizando a metodologia Curva Número), ambientais (por meio da análise da porcentagem de área composta de vegetação), sociais (a partir de índices que contribuem para analisar a qualidade de vida) e de gestão (com a análise do potencial institucional). Para uma melhor análise, a bacia do rio Guamá foi dividida em oito sub-bacias. Os resultados referentes ao indicador hidrológico demonstraram uma característica mediana em relação às sub-bacias; o indicador ambiental mostrou a distinção destas em relação à cobertura vegetal; o indicador social foi considerado o que apresentou pior desempenho em relação aos demais; e o indicador de gestão apresentou características que apontam a necessidade de um fortalecimento institucional. Levando em consideração a bacia do rio Guamá como um todo, é obtido o índice de sustentabilidade intermediário. Considerando o contexto em que se encontra esta bacia hidrográfica, são necessárias medidas voltadas ao planejamento estratégico ligado à gestão e manejo da mesma, sendo que os gestores e demais setores da sociedade devem trabalhar de maneira mais eficiente para minimizar as pressões sobre a vegetação remanescente, para reforçar a capacidade institucional e para melhorar a qualidade dos recursos e de vida da população, com a intenção de potencializar a sustentabilidade da bacia como um todo.

  • AMANDA GAMA ROSA
  • AVALIAÇÃO DA AÇÃO DA PRECIPITAÇÃO NAS EROSÕES NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE RONDON DO PARÁ-PA, BRASIL

  • Data: 24/02/2017
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  • Os eventos de desastres naturais têm recebido muito destaque nos últimos anos em
    função da sua magnitude e intensidade, além do efeito que têm causado sobre a
    população. A população urbana é uma das mais afetadas, especialmente aquela que
    ocupa áreas impróprias dentro das cidades, como encostas, áreas baixas que sofrem
    inundação, áreas sem drenagem adequada, entre outras. Um dos eventos mais
    recorrentes em áreas urbanas e que estão em evidência no Estado do Pará são os
    processos erosivos. E é no contexto paraense, mais especificamente no território urbano
    do Município de Rondon do Pará (Mesorregião do Sudeste Paraense), que este trabalho
    foi desenvolvido, a fim de gerar informação acerca destes eventos para o poder público
    e para a população residente, que vem sofrendo com a consequência destes desastres.
    Para isto, foi avaliado, inicialmente, o comportamento da chuva e seus efeitos sobre as
    erosões na região, através da análise da Normal Provisória gerada para o local, a partir
    de dados dos satélites CMORPH, do Balanço Hidrológico e da análise de um estudo de
    caso dos eventos registrados no município. Posteriormente, através do cálculo e análise
    da erosividade da chuva (R) de 1999 a 2015 e com projeções para 2035, seu período de
    retorno e probabilidade de ocorrência, buscou-se identificar qual período do ano e em
    quais anos é mais provável a perda de solo por erosões. Com base na análise da
    distribuição e comportamento da chuva na região, foi observado, através da normal
    provisória, que o ano hidrológico inicia em outubro com a estação chuvosa e finaliza em
    setembro com o fim a estiagem, sendo o mês de março o mais chuvoso e agosto o
    menos chuvoso. O balanço hidrológico exibiu excedente hídrico nos meses de janeiro a
    abril e deficiência hídrica de junho a novembro, havendo reposição a partir de dezembro
    com a retomada das chuvas. Os casos de erosão apresentaram distribuição anual
    semelhante à distribuição da precipitação, indicando sua grande influência sobre os
    mesmos. A análise individual dos casos mostrou que a erosão pode ser decorrente tanto
    de precipitação ocorrida no dia do evento como acumulada nos cinco dias antecedentes
    ao evento, sendo este último caso o mais comum. Quanto à análise da erosividade,
    observou-se que, com base nas análises de 1999 a 2015, o valor do fator R foi 16.390
    MJ mm ha-1h-1ano-1, com probabilidade de 47% de ser igualado ou superado pelo menos
    uma vez a cada 2,1 anos. No período de 2016 a 2035, o valor de R foi 13.038 MJ mm
    ha-1h-1ano-1. Entre fevereiro a abril e janeiro a abril, são prováveis as maiores perdas de
    solo para 1999-2015 e 2016-2035, respectivamente. A partir das análises realizadas
    neste trabalho, foi possível indicar quais os períodos do ano em que são esperadas maior
    quantidade e intensidade de eventos erosivos.

  • MARCOS RONIELLY DA SILVA SANTOS
  • A PRECIPITAÇÃO CLIMÁTICA NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

  • Data: 23/02/2017
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  • A mesorregião metropolitana de Belém possui a maior concentração urbana-populacional do Estado do Pará e apresenta anualmente elevados índices de precipitação. Neste cenário a ocorrência de eventos extremos pode favorecer a vulnerabilidade socioambiental, causando riscos às populações humanas. Assim este trabalho apresenta uma análise da precipitação climática na mesorregião metropolitana de Belém tendo em vista suas implicações na modulação dos índices de vulnerabilidade durante o período de 2000 a 2010. Para isso, a pesquisa se fundamentará nas seguintes abordagens: I - Identificação e análise dos principais padrões espaço-temporal da precipitação, tendo como referência a precipitação mensal estimada em pontos de grades de 8/8 km, para o período de Jan/2000 a Dez/2010, dada pela técnica do CPC MORPHing combinada a aplicação do método de Análise fatorial em Componentes Principais. II – Análise da vulnerabilidade socioambiental para a mesorregião metropolitana de Belém utilizando o Índice de Vulnerabilidade Geral, com base em indicadores socioeconômicos, epidemiológicos e climáticos durante a década de 2000 a 2010. A ACP determinou a existência de um padrão de precipitação nos três primeiros modos, que explicam 89% da variância total dos dados. O primeiro modo, explica 78% dos dados, evidenciando a sazonalidade do período chuvoso e menos chuvoso, sendo influenciado diretamente pela atuação da Zona de Convergência Intertropical. O segundo modo, explica 6% dos dados e está associado a eventos de mesoescala, que ocorrem nos inicio das estações e ao posicionamento da ZCIT mais ao sul da região. O terceiro modo é explicado por 5% dos dados e elucida a influência das linhas de instabilidades, de efeitos localizados e circulação de brisa. O IVG mostrou que o município de Belém apresenta o maior valor (0,61), designando uma alta vulnerabilidade, dada a partir dos altos índices de vulnerabilidade climática (1,00) e epidemiológica (0,76). Em contrapartida o município de Bujaru apresenta uma baixa vulnerabilidade, com o valor de (0,14), sendo explicado pelo mínimo valor de índice de vulnerabilidade climática (0,00) e baixos índices de vulnerabilidade epidemiológica e socioeconômica, respectivamente, (0,03) e (0,38). Espera-se que este estudo, possa subsidiar a gestão de políticas públicas, e incentivar o estudo da vulnerabilidade socioambiental na região amazônica, vista a partir da interdisciplinaridade.

  • ALESSA NAYHARA MENDANHA COSTA
  • EFLUXO DE CO2 DO SOLO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE PALMA DE ÓLEO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 21/02/2017
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  • As áreas de florestas tropicais desempenham um importante papel no ciclo global do carbono. No entanto, distúrbios antropogênicos vêm alterando a estrutura do ecossistema e, consequentemente, o balanço de carbono. Avaliar como as alterações de uso da terra influenciam no efluxo de CO2 do solo (principal via de deslocamento do CO2 presente no solo para atmosfera) é importante para compreender como os diferentes tipos de vegetação podem afetar o balanço de carbono. Na Amazônia, o efeito da conversão de áreas para cultivo de palma de óleo sobre o balanço de carbono precisa ser avaliado, em função da expansão em larga escala desses sistemas na região. Neste estudo avaliou-se o efluxo de CO2 do solo, bem como suas variáveis controladoras, em dois sistemas de produção da palma de óleo (monocultivo de palma de óleo e sistemas agroflorestais com palma de óleo). A pesquisa foi desenvolvida no município de Tomé-Açu, em áreas de agricultura familiar e propriedade particular empresarial. O efluxo de CO2 do solo, a temperatura do solo e a umidade gravimétrica do solo foram avaliados entre marco de 2016 e novembro de 2016. O estoque de raízes finas e serapilheira nos sistemas foram avaliados no período de maior precipitação (maio) e menor precipitação (outubro). O efluxo de CO2 do solo foi maior nas áreas de floresta sucessional, intermediário nos sistemas agroflorestais com palma de óleo, e menor nos sistemas convencionais da palma de óleo. O efluxo de CO2 do solo foi maior no período de mais chuvoso e menor no período menos chuvoso. O efluxo de CO2 do solo é sensível à “conversão” de áreas de floresta em cultivos de palma de óleo. O “metabolismo do solo” no sistema de cultivo de palma de óleo mais diversificado (SAF) se assemelha mais ao do sistema mais integro ecologicamente (floresta secundaria).

  • JHANIER SALAS CUESTA
  • AVALIAÇÃO DOS USOS MÚLTIPLOS DAS ÁGUAS E VIABILIDADE DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA NA RESERVA EXTRATIVISTA DE SÃO JOÃO DA PONTA, BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MOCAJUBA-PA.

  • Data: 17/02/2017
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  • O suprimento de água com qualidade, quantidade, continuidade e custo razoável são necessários para garantir os benefícios para a saúde humana, principalmente, quando se consideram comunidades ribeirinhas e rurais. As atividades antrópicas não sustentáveis, como a pecuária e agricultura, além do lançamento de efluentes residuais nos corpos de água podem causar alteração nas características físicas, químicas, biológicas e microbiológicas das água, limitando seus usos. Este trabalho têm como objetivo Avaliar os usos múltiplos das águas e a viabilidade de aproveitamento da água da chuva na área da Reserva Extrativista de São João da Ponta, pertencente a bacia hidrográfica do rio Mocajuba-Pa, considerando as demandas e aspectos locais de suprimento de água para consumo humano. Para isto, foi executada uma metodologia teórico-prática onde se trabalho dados secundários pertencentes ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância e Controle de São João da Ponta. Na formação da base de dados primários foram feitas entrevistas na Prefeitura de São João da Ponta, na Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância e Controle e Secretaria Municipal de Meio Ambiente. E aplicados formulários na sede municipal de São João da Ponta e na comunidade de Jacarequara. Os dados foram organizados em uma base de dados quantitativos para caracterização do consumo de água. Com esta informação pode-se evidenciar que em quanto a vulnerabilidade social, 76% da população do município de São João da Ponta ainda se encontra na faixa de vulnerável à pobreza. Ademais se pode perceber que o consumo médio per capita por habitante é 146 l/hab./dia. O consumo de água na agricultura é de aproximadamente 12698,9 m3/há; na pecuária a soma do efetivo bovino e galináceo (maiores quantidades na região) demanda em média 28 m³/dia por animal. Além da quantidade de água utilizada para estas atividades econômicas, o problema ainda é maior pelo uso por parte dos fazendeiros da água dos rios e igarapés para a manutenção de seus animais e que pelo geral essas mesmas fontes hídricas são utilizadas para o lazer das populações que moram perto dos corpos de água. A outra problemática relatada deve-se principalmente à utilização de veneno proveniente de uma planta tóxica, conhecida por “timbó”; utilizado pelos pescadores, gerando assim a contaminação dos corpos de água e morte da fauna aquática, onde é vertido este produto. Além disto, foram analisados os parâmetros físico-químicos e microbiológicos
    da água consumida em São João da Ponta por meio de dados cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância e Controle, onde pode-se evidenciar que cerca de 83% das amostras apresentam Coliformes Totais; e 36,8% Escherichia Cole. Segundo a informação dos laudos técnicos sede municipal pode-se identificar que das 35 mostras, 94,29% delas concluem como resultado final insatisfatório. Na avaliação do aproveitamento da água da chuva, observou-se o quantitativo das chuvas na região de estudo. Para tanto, foram adotadas as estações de Castanhal, Vigia e Curuçá, monitoradas pela Agencia Nacional de Agua (ANA). De forma complementar foram comparadas das estimativas regionais obtidas a partir de 43 estações pluviométricas da ANA (período 1985-2014) geradas pelo Laboratório de Estudos e Modelagem Hidroambientais, para as medidas de telhado foram tomadas considerando os procedimentos adotados pelo Grupo de Pesquisas Aproveitamento de Água da Chuva na Amazônia da Universidade Federal do Pará através do Núcleo de Meio Ambiente em parceria com o Instituto de Tecnologia. Os métodos sugeridos na NBR 15527 foram adotados para estimativa dos volumes de reservatório: (a) Método de Rippl, (b) Método Prático Brasileiro ou Método Azevedo Neto, (c) Método Prático Alemão, (d) Método Prático Inglês e o (e) Método Prático Australiano. Com toda esse informação se pode observar a região apresenta índices pluviométricos que garantem um bom suprimento de água no período chuvoso e menos chuvoso para o consumo humano e alguns atividades econômicas. Para o tratamento dos dados foi implementado o método multicritério, Multipol, esta ferramenta ajudo na comparação das diferentes ações dos problemas relacionadas ao usos da água, em função de critérios e políticas múltiplos. Evidenciando que as políticas/ações de educação ambiental, manejo agrícola e políticas de gestão ambiental e dos recursos hídricos são necessárias para manutenção de um cenário Azul, onde seria garantida a oferta de água em qualidade adequada, controle do desperdício e de perdas, amplo atendimento da demanda.

  • SUSANE CRISTINI GOMES FERREIRA
  • SUSTENTABILIDADE E VALORAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO MOJU

  • Data: 15/02/2017
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  • A água possui usos múltiplos essenciais para o desenvolvimento humano, funcionamento dos ecossistemas e manutenção da sociedade. As bacias hidrográficas, como instrumento de gestão, precisam ser avaliadas em termos de sua sustentabilidade para sua manutenção e/ou revitalização, afim de que possam proporcionar água em níveis quali-quantitativos aceitáveis ao consumo humano e animal. O objetivo desta pesquisa foi discutir a sustentabilidade hídrica da bacia do rio Moju (PA), avaliando os critérios necessários a valoração de seus recursos hídricos considerando os parâmetros hidrológicos associados a disponibilidade hídrica, ambientais de cobertura do solo, parâmetros sociais e de gestão relativos a capacidade institucional da bacia. O método proposto foi estruturado segundo: identificação das principais pressões exercidas na bacia do rio Moju (PA) pelas formas de uso do solo; adoção do Índice de Sustentabilidade de Bacias – ISH, como um indicador que representa a sustentabilidade de bacias hidrográficas, bem como a inter-relação entre as pressões no sistema e as respostas de gestão; e definição de critérios que possibilitem a correta valoração dos recursos hídricos, necessários para que a bacia desenvolva um processo interno de gestão e revitalização. Como resultado, através do zoneamento das áreas de maior pressão sobre os recursos naturais (água e solo), pode-se perceber que o Alto Moju é a sub-bacia que mais sofre pressão. Em se tratando da aplicação do ISH e do modelo PER, a sustentabilidade da bacia é comprometida pois existe um desequilíbrio nas diversas variáveis adotadas, quanto a estabilidade do sistema. As respostas necessárias estão todas vinculadas à questão de gerenciamento dos recursos hídricos, pois em termos hidrológicos observa-se que a região tem potencial que permite ainda que na Q70 no período menos chuvoso, condições de vazão no curso principal do rio Moju.

  • FABIANA DA SILVA PEREIRA
  • SUSTENTABILIDADE DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PARÁ SOB A ÓTICA DE DIFERENTES ÍNDICES

  • Data: 14/02/2017
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  • Na Amazônia, mais de 70% da população vive em áreas urbanas. Esse processo de urbanização é recente e se deu de forma acelerada, o que tem causado diversos problemas socioeconômicos e ambientais, aprofundando ainda mais as desigualdades inter-regionais. A região metropolitana de Belém (RMB) é a segunda maior metrópole da Amazônia, concentrando aproximadamente um terço da população estadual. A RMB apresenta uma série de problemas infraestruturais e ambientais, que influenciam a sustentabilidade. Atualmente, existem várias metodologias de mensuração da sustentabilidade, entretanto, não há um sistema ideal para aplicação, pois é preciso considerar diferentes contextos e escalas. Desta forma, o presente trabalho objetivou analisar a sustentabilidade da RMB através da aplicação de diferentes índices, a fim de se conhecer o grau de sustentabilidade dos municípios que a compõe, e também testar diferentes índices na mesma unidade de análise. Foram aplicados três instrumentos de mensuração da sustentabilidade: Sistema de Índices de Sustentabilidade Urbana - SISU, Barômetro da Sustentabilidade – BS e Painel da Sustentabilidade - PS. Os resultados obtidos mostram que há desigualdade nos índices de sustentabilidade dos municípios da RMB, cujos melhores resultados foram apresentados pelo município núcleo dessa metrópole: Belém. A aplicação do SISU mostrou que há pouca variação no Índice de Qualidade Ambiental - IQA e Índice Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM, e que é em relação ao Índice de Capacidade Político Institucional - ICP que esta metrópole apresenta a maior desigualdade intermunicipal, o que demonstra a necessidade do fortalecimento institucional e político dessa região. Já a aplicação do BS e PS mostrou que Belém e Ananindeua encontram-se em um nível de sustentabilidade melhor que os demais municípios da RMB. Os três instrumentos apresentaram algumas distorções em relação ao ranking dos municípios. Essas distorções podem estar relacionadas, principalmente, com o modo que é feita a interpolação dos dados e como os índices são apresentados, se de forma sintética ou não. Apesar do município de Belém apresentar um desempenho melhor, a avaliação intramunicipal, a partir de suas áreas de ponderação, mostrou que há uma grande desigualdade no município. As áreas mais centrais da capital apresentam os melhores resultados. Já as áreas mais periféricas apresentaram resultados insatisfatórios, principalmente em relação às condições ambientais urbanas, infraestrutura e saneamento. Esses resultados mostram que além da avaliação no nível municipal, é necessária a avaliação no nível intramunicipal, uma vez que as médias municipais acabam ocultando as desigualdades existentes.

  • PATRICK DINIZ ALVES QUINTELA
  • ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE E DO POTENCIAL DE IMPLANTAÇÃO DE UMA RESERVA DA BIOSFERA NO MARAJÓ, PARÁ.

  • Data: 13/02/2017
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  • O surgimento das premissas de desenvolvimento sustentável destacou-se como um novo paradigma das relações econômicas e os usos dos recursos naturais e oportunizou a capacidade de garantir a existência da vida, presente e futura da sociedade em equilíbrio com os processos da natureza. O Programa Homem e Biosfera (Man and Biosphere -MaB), lançado em 1971, é considerado um dos mais importantes programas de conservação biológica da Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas - UNESCO. A estratégia da criação de Reservas da Biosfera (RB) transita entre a política global e a implantação local, onde estas unidades assumiram, desde 2008, o desafio de se consolidarem como espaços privilegiados na construção da sustentabilidade, unindo paisagens naturais e consolidação de espaços de conservação e uso sustentável com participação de populações locais. A pesquisa consistiu na elaboração de uma análise crítica de cunho interdisciplinar da situação em que se encontram os municípios do território do Marajó, Pará, através da ferramenta Barômetro da Sustentabilidade (BS) e, da análise dos desafios para a implantação de uma Reserva da Biosfera no Marajó, no que diz respeito à conservação da biodiversidade e promoção da sustentabilidade. Dos municípios que compõe o território Marajó, 13 apresentaram-se situados na faixa potencialmente insustentável, e os outros 3 na faixa intermediaria, conforme escala do Barômetro da Sustentabilidade, demonstrado a alta criticidade socioambiental apresentada pelo Marajó. Os resultados obtidos através da ferramenta caracterizam diversas condicionantes que dificultam a efetivação da Reserva da Biosfera Marajó.

  • PAULO FERNANDO DE SOUZA SOUZA
  • IMPACTOS DOS ANOS CLIMÁTICOS EXTREMOS NO RENDIMENTO DA LAVOURA TEMPORÁRIA DE MANDIOCA NA REGIÃO RURAL DA METRÓPOLE DE BELÉM - PARÁ

  • Data: 31/01/2017
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  • Os extremos climáticos impactam negativamente a agricultura no Brasile em função disso, dificultam o desenvolvimento das comunidades rurais que são altamente dependentes dos recursos naturais, em particular no estado do Pará. Por isso, é de fundamental importância o estudo da cultura da mandioca (ManihotesculentaCrantz) diante de riscos climáticosfuturos, em função de o Pará ser o maior produtor nacional. O objetivo deste estudo foi analisar a modulação dos mecanismos climáticos dos Oceanos Pacífico e Atlântico tropical no regime pluviométrico em escala municipal da Região Rural da Metrópole de Belém (RRB), no nordeste do estado do Pará, bem como detectar as relações entre precipitação e a produtividade ou rendimento da lavoura temporária de mandioca na RRB no período de 1990 a 2014 (25 anos de dados), incluindo a análise de impactos dos anos climáticos extremos. O trabalho foi dividido em três partes: o primeiro analisou a influência dos extremos climáticos como El Niño, La Niña, Gradiente Norte e Sul na precipitação da RRB, empregando a técnica dos percentis; na segundaparte foram calculadas correlações de Spearmanentre a precipitação e o rendimento médio da mandioca e os resultados demonstraram um comportamento não homogêneo ao longo da região, ou seja, há municípios que respondem direta ou indiretamente ao regime pluviométrico. Nessa análise, a precipitação anual mostrou uma relação melhor com o rendimento da mandioca, cujo sistema de plantio ocorre em dois momentos durante o ano (plantios de verão e inverno). Na terceiraparte foi aplicada a técnica da análise exploratória de dados espaciais, a qual revelou a necessidade de se considerar, na avaliação das relações entre as variáveis clima x agricultura, a componente espacial.

  • THAIS GLEICE MARTINS BRAGA
  • URBANIZAÇÃO E O COMPORTAMENTO DA TEMPERATURA SUPERFICIAL: UMA ANÁLISE TEMPORAL DA REGIÃO
    METROPOLITANA DE BELÉM

  • Data: 04/01/2017
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  • O referido estudo foi desenvolvido no período de 1984 a 2015 na região Metropolitana de
    Belém do Pará, com o objetivo de avaliar o comportamento da temperatura superficial da
    região metropolitana de Belém do Pará, com a finalidade de acrescentar novos subsídios ao
    desenvolvimento de estratégias para o planejamento urbano da região metropolitana de
    Belém, por meio da utilização de sistemas de informações geográficas - SIG e sensoriamento
    remoto como instrumentos de estudo da formação de ilhas de calor no ambiente urbano,
    mapeando a evolução histórica da cobertura vegetal e do uso do solo, relacionando à trajetória
    de crescimento urbano com as consequentes mudanças na paisagem e o processo de uso do
    solo. Tal objetivo foi realizado através da utilização de geotecnologias, especificamente no
    procedimento metodológico de classificação supervisionada de imagens de satélite Landsat 5
    e 8 para elaborar o mapeamento de uso e cobertura da terra, além desta aplicou-se também o
    índice de vegetação normalizada – NDVI para obter através do mapeamento a evolução da
    cobertura vegetal ao longo do período de estudo visando entender o processo de
    desflorestamento e suas implicâncias na formação de ilhas de calor e no aumento da
    temperatura superficial, para compreender tal variável, utilizou-se o procedimento de extração
    do gradiente de temperatura em °C. Todos esses procedimentos foram desenvolvidos em
    programas específicos, aplicados a análise a partir de sensores remotos. Os resultados foram
    obtidos com sucesso, verificando o comportamento da vegetação ao longo de mais de trinta
    anos, identificando as áreas criticas de desflorestamento e relacionando as áreas de solo
    exposto e o aumento da urbanização e o crescimento urbano com a formação de ilhas de calor,
    além disso, constatou-se que a vegetação regrediu significativamente, e a área de solo exposto
    mais do que triplicou saindo de 8% em 1984 para 32% em 2015 e que em tais áreas a
    temperatura apresenta-se entre 31 a 51,1°C.

2016
Descrição
  • RICARDO THEOPHILO FOLHES
  • O LAGO GRANDE DO CURUAI: HISTÓRIA FUNDIÁRIA, USOS DA TERRA E RELAÇÕES DE PODER NUMA ÁREA DE TRANSIÇÃO VÁRZEA-TERRA FIRME NA AMAZÔNIA

  • Data: 07/12/2016
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  • O objetivo geral desta pesquisa foi compreender como fatores de ordem social e ambiental influenciaram o povoamento, a apropriação e o uso conjugado dos recursos naturais em uma região de transição entre os ecossistemas de várzea e de terra firme na Amazônia brasileira. Adotei uma abordagem histórica e etnográfica para examinar como relações de poder e práticas sociais mediaram a articulação da vida social ao regime de cheias e vazantes. A área eleita para a realização da pesquisa foi a região do Lago Grande, localizada no município de Santarém-PA. Questionei se seria possível, na atualidade, enxergar nas relações entre os segmentos sociais que coabitam a região do Lago Grande continuidades e rupturas com as relações de poder herdadas do período colonial e como tais relações poderiam estar intervindo na circulação humana entre os dois ecossistemas. Conclui-se que as várzeas ainda são controladas por segmentos das elites locais, formadas por proprietários de terras e gado. Estes fundaram seu poder no período colonial e lentamente comandaram o processo de ampliação dos sistemas de uso da terra para os interiores da terra firme. Desde 1950, a principal atividade econômica a impulsionar esta expansão tem sido a pecuária, por meio da prática da transumância. Entre os diversos fatores que sustentam a circulação sazonal entre a várzea e a terra firme pela população local, a transumância recebeu atenção especial da pesquisa. Três instituições comandam a atividade pecuária e logo sustentam a transumância: as ―sociedades‖, as permissões e os arrendamentos. As ―sociedades‖ entre grandes e pequenos criadores sustentam o crescimento da pecuária, atividade que muito mais do que uma simples poupança é sinônimo de prestígio e oportunidade de acesso regular a várzea. A criação de um projeto de assentamento agroextrativista em 2005, o PAE Lago Grande, anexou apenas a faixa de terra firme da região do Lago Grande, deixando as várzeas de fora. Por fim, considera-se que a circulação realizada entre as populações regionais entre os dois ecossistemas, de maneira geral, e a transumância, em particular, não vem sendo levada em consideração nas políticas de ordenamento territorial na Amazônia.

  • HELENA LÚCIA DAMASCENO FERREIRA
  • CONDIÇÕES AMBIENTAIS URBANAS ASSOCIADAS À OCORRÊNCIA DE CRIMINALIDADE NOS BAIRROS DE BELÉM – PARÁ

  • Data: 06/12/2016
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  • Esta tese objetiva analisar as implicações das condições ambientais (cobertura vegetal, infraestrutura urbana e elementos climáticos de temperatura e precipitação pluviométrica) para a prática da criminalidade contra a pessoa e o patrimônio e o contexto da urbanidade em Belém, Pará, a partir de duas áreas, a 1ª Légua Patrimonial e a Área de Expansão da Augusto Montenegro. Tem como marco temporal o período compreendido entre 2012-2014. Os estudos sobre a criminalidade urbana vêm ganhando outros enfoques, além das variáveis socioeconômicas de renda, educação e desigualdade social, apontadas quase sempre, como suas principais causas. Dentre essas perspectivas, estão as que a relacionam com as questões urbanas e ambientais, os aspectos motivadores para este estudo, considerando que a expansão urbana de Belém vem sendo processada sem atentar para essas características, seja pela ocupação desordenada seja pela deficiência do Estado, comprometendo o processo de planejamento urbano e facilitando a ocorrência de criminalidade. Belém, com uma população superior a 1.400.000 habitantes, vem enfrentando o crescimento da violência, tanto nos bairros já consolidados como nas áreas de expansão. A metodologia foi dividida em subseções, iniciando pela abordagem sobre o desafio da multiplicidade escalar em estudos que tratam de temas interdisciplinares, como o das ciências ambientais. Em seguida, fez-se a caracterização da área e das variaveis, estas sendo processadas conforme as suas características. Para os dados ambientais, se utilizou entrevista, observação “in loco” e documentos oficiais; os dados de criminalidade, foram dispostos conforme o bairro de ocorrência, horário e a natureza do evento; os dados climáticos de temperatura e precipitação pluviométrica foram divididos conforme o horário de ocorrência. Os resultados foram dispostos em tabelas, gráficos e mapas, possibilitando a análise fundamentada na triangulação das informações, a qual, ao evidenciar a necessidade de melhorar a gestão urbana de Belém, permitiu que se fizessem recomendações em relação às alternativas para a possibilidade de redução de oportunidades para o cometimento de crimes, podendo-se destacar: a melhoria das condições de vigilância natural, como a iluminação pública; os “olhos para a rua”; o cuidado com as áreas já degradadas, evitando que outras entrem nesse processo, e; a verificação de um (re) desenho do espaço urbano, que tenha dentre seus objetivos, se não eliminar, pelo menos dificultar as possibilidades de fuga dos marginais após o cometimento de um crime.

  • ENILSON DA SILVA SOUSA
  • AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO NA FOZ DO RIO TAPAJÓS E EXPOSIÇÃO AMBIENTAL À POPULAÇÃO DE SANTARÉM-PA, BRASIL.

  • Data: 06/10/2016
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  • Nas últimas décadas do século XX, os trabalhos acadêmicos voltados para discussão da problemática do mercúrio na Amazônia brasileira apontavam para uma contaminação mercurial de origem antropogênica, especialmente, proveniente de atividades garimpeiras auríferas artesanais. Em meados da década de 1990 e nos primeiros anos do século XXI, com o avanço das pesquisas na área da geoquímica, essa discussão aponta para uma possível origem geogênica desta contaminação, e a exposição ambiental da população local estaria relacionada ao consumo de proteína de origem animal, proveniente do pescado e atividades laborais. O objetivo desse trabalho é analisar a especiação de Hg e Metil-Hg em solo e material particulado na foz do rio Tapajós, e a percepção, capacidade de mobilização e ação política sobre a contaminação por esse metal na população de Santarém-PA. Além disso, pretendeu-se elaborar mapas do mercúrio a partir de dados espacialmente distribuídos, utilizando-se da geoestatística para inferir resultados para a localização e risco de contaminação desse metal ao longo da foz do rio Tapajós, em Santarém; mapas de probabilidades de contaminação por esse metal, que possibilitaram a classificação e quantificação das áreas contaminadas para diversos níveis de confiança na e no entorno da foz do rio Tapajós; e quantificar e avaliar as concentrações de mercúrio total em água e material particulado e levantar hipóteses sobre a origem dessa contaminação na baía do Tapajós. Os procedimentos metodológicos incluíram a confecção de mapas de localização, georreferenciamento dos pontos de coleta e identificação da área da pesquisa; aplicação de Questionários Integrados para medir o Índice de Capital Social – QI – MCS, proposto pelo Banco Mundial; mapas das concentrações de mercúrio na área de estudo e elaborar mapas da distribuição espacial dessas concentrações; e mapas da distribuição espacial dessas concentrações e uso da geoestatística (Krigagem fatorial), que possibilitou a elaboração de mapas em diferentes escalas de variabilidade associadas a atividades antrópicas ou de origem geogênica. Foram realizadas duas campanhas: nos meses de julho e dezembro de 2014, com 37 e 45 pontos amostrais em cada uma. Os resultados apontam para uma possível contaminação da área em alguns pontos, apresentando índices acima do recomendado pela resolução n. 357/2005, do CONAMA. Os resultados da krigagem fatorial apontam para a possibilidade de as concentrações de mercúrio serem associadas ao próprio meio natural, embora se possa ter contribuições devido a atividade antrópica, como garimpos e atividades industriais ao longo da bacia.

  • ANDREA FARIAS DO NASCIMENTO AGUIAR
  • PECUÁRIA E SUSTENTABILIDADE: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE EM PROPRIEDADES RURAIS NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS, ESTADO DO PARÁ

  • Data: 29/09/2016
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  • As diretrizes regulatórias tem em suas políticas a ferramenta de ordenamento e transmutação das realidades produtivas na relação homem-meio ambiente, tornando o mercado do setor agropecuário cada vez mais competitivo e exigente quanto à redução dos impactos sobre o clima, ambiente e sociedade. A multiplicidade de aspectos envolvidos delineam a transição para sistemas de produção mais sustentáveis e ditam o ritmo destas mudanças. Também expõem tradições culturais arraigadas e deficiências técnico-administrativas onde as individualidades se tornam sinônimo de potencialização da matriz econômica em detrimento da social e ambiental. Mesmo diante destes contrastes o significado da palavra sustentabilidade tem sido banalizado e utilizado na adjetivação favorável de produções agropecuárias, cujas realidades práticas em seu contexto amplo, não justificariam o positivismo das estratégias de marketing. O presente estudo teve como objetivo avaliar a sustentabilidade da bovinocultura de corte desenvolvida em estabelecimentos rurais situados em Paragominas, um dos Municípios Verdes do estado do Pará. Neste intuito, foram realizadas visitas em 17 propriedades tidas como referência na região, nas quais levantou-se dados produtivos, econômicos, sociais e ambientais com auxílio de questionários específicos para caracterização dos perfis do produtor e fundiário-ambiental das propriedades. A partir do conjunto de dados foram calculados os respectivos indicadores, além de estabelecida conformidade em relação às novas diretrizes sustentáveis com base nos critérios do Grupo de Trabalho Pecuária Sustentável (GTPS), escolhido por sua especificidade e amplitude diretiva. As emissões em Gases do Efeito Estufa (GEEs) e impactos sobre os recursos hídricos também foram estimados e as percepções dos principais agentes da cadeia de valor da pecuária local registradas. O Barômetro da Sustentabilidade foi o método de avaliação utilizado tanto em nível de sistema de produção quanto no contexto diretivo. As emissões de GEEs e impactos sobre os recursos hídricos foram calculadas com base na metodologia do IPCC e Pereira (2012), respectivamente. Os resultados apontaram que para o contexto específico dos sistemas de produção houve uma concentração de propriedades variando entre os níveis intermediário e potencialmente insustentável. Ampliado o rigor de análise para os critérios do GTPS, houve uma migração descendente para níveis potencialmente insustentáveis e insustentáveis, evidenciando-se a transitoriedade de eventuais status favoráveis. Indicadores de baixa produtividade, lucratividade, eficiência em custos, capacidade de suporte das pastagens, valorização e satisfação profissional apresentaram-se como vulnerabilidades recorrentes em todos os sistemas analisados. Os impactos ambientais demonstram-se proporcionais as escalas
    de produção, aliado ao paradoxo de que determinadas propriedades estejam cumprindo suas funções sociais. A fraca coesão entre os agentes da cadeia de valor da pecuária local é agravada por deficiências de esfera administrativa que impedem a disseminação e consolidação de exemplos bem sucedidos, assim como abre espaço para práticas focadas em interesses de pequenos grupos. Estratégias amparadas em parcerias público-privadas, assistência técnica de qualidade e investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) são recomendadas para superar as carências específicas.

  • ELENA ALMEIDA DE CARVALHO
  • CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E AMBIENTAL DE BOSQUES DE MANGUE DA COSTA PARAENSE, COMO SUBSÍDIOS À CONSERVAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA

  • Data: 02/09/2016
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  • O ecossistema manguezal, está entre os mais produtivos do planeta e, no Brasil, ocorre ao longo de quase todo o litoral, do Amapá a Santa Catarina. Nesta pesquisa, o objetivo geral foi verificar as condições ambientais em três bosques de mangue da costa paraense, visando identificar padrões ambientais que demonstrem seu estado de conservação e a relação com a qualidade de vida das comunidades. Os objetivos específicos foram: caracterizar a composição florística e a estrutura dos manguezais; determinar as inter-relações solo-vegetação; determinar as formas de uso e as percepções ambientais das populações humanas com os manguezais; e, realizar uma análise interdisciplinar e sistêmica das características florísticas, edáficas e sociais em manguezais. As áreas escolhidas foram nos municípios de Soure (Ilha do Marajó), Salinópolis e Maracanã (Ilha de Algodoal). Utilizou-se metodologia padronizada e adequada a cada tema tratado. Quanto à composição florística, as espécies foram compatíveis ao que indica a literatura para esta região e às condições ambientais reinantes. Os bosques apresentaram alto grau de desenvolvimento estrutural, sendo que em Soure foram registrados os maiores valores. Os parâmetros do solo traduziram bem uma parcela do cenário ambiental local e regional a que estão submetidos esses manguezais, e mostraram grande influência na composição, distribuição e abundância das espécies vegetais presentes. As comunidades humanas apresentaram diversidade de usos dos manguezais, tendo sido em Salinópolis os registros de maior variedade. A percepção ambiental acerca da conservação desse ecossistema, revelou-se diferente entre as comunidades, sendo que, na Ilha de Algodoal, ocorreram os registros que mostraram menor grau de relação tradicional com o mesmo. A análise interdisciplinar, envolvendo componentes físicos, biológicos e antrópicos, indicaram manguezais bem conservados em seus atributos naturais, porém, revelaram um grau de ameaça que advém de visões somente economicistas para o desenvolvimento regional. Adverte-se para a necessidade de ações ligadas a pesquisas científicas específicas, para detectar o grau de ameaça a que este ecossistema, e outros da zona costeira, estão submetidos, além de políticas públicas, educação ambiental, organização, fiscalização e prática do que estabelece a legislação para unidades de conservação e para manguezais, visando a manutenção desses ecossistemas, e melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.

  • HELDER DO NASCIMENTO ASSUNÇÃO
  • INTERAÇÕES ENTRE AGRICULTURA E MANEJO FLORESTAL: UMA ANÁLISE DO USO DA TERRA, MEIOS DE VIDA E SUSTENTABILIDADE NO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL VIROLA-JATOBÁ EM ANAPU (PA)

  • Data: 28/07/2016
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  • A modalidade de assentamento de reforma agrária chamada de Projeto de Desenvolvimento
    Sustentável (PDS) visa conciliar políticas agrárias e preservação ambiental. Por serem
    considerados ambientalmente diferenciados, nestes assentamentos deveriam ser
    implementadas atividades produtivas que contribuam com a conservação dos recursos
    naturais. No caso do PDS Virola-Jatobá, as famílias residentes convivem desde o início do
    assentamento, em 2002, com diversas dificuldades ligadas à manutenção de suas atividades
    agrícolas, necessidades de consumo e infraestrutura do assentamento. Somam-se a estes a
    insuficiência e ineficiência da ação do Estado, além de um processo recente de ruptura
    associativa que foi intensificada durante acordo com empresa privada para manejo florestal, já
    finalizado e marcado por problemas de várias ordens Assim, este trabalho objetivou
    compreender fatores e condições que afetam a decisão de famílias assentadas no PDS Virola-
    Jatobá, Anapu, em investir na sustentabilidade de sua atividade agrícola, e de que forma o
    manejo florestal influencia estas decisões. Para isso, foram realizadas observações e
    entrevistas etnográficas, mapeamentos participativos e questionários socioeconômicos, sendo
    os dados posteriormente examinados a partir de estatísticas descritivas, análises de variância e
    análises de discurso. Para a análise dos dados utilizou-se uma tipologia que integra
    características dos assentados relativas à localização do lote, tempo de assentamento e
    organização associativa. Os resultados indicam que este último aspecto foi mais incisivo em
    demonstrar distinções entre os entrevistados, tanto em relação ao uso dos lotes, como
    percepções diferenciadas sobre a inserção do manejo florestal nas estratégias produtivas
    locais. Ou seja, o processo de divisão associativa da comunidade tem propiciado discursos e
    ações com tendências contrastantes em relação ao futuro do PDS em questão, o que em última
    instância aumenta as dificuldades supracitadas e retarda o alcance das metas sociais e
    ambientais previstas neste modelo de reforma agrária.

  • ELIANE DE CASTRO COUTINHO
  • CONTRIBUIÇÕES DAS SUB-BACIAS PARA VAZÃO DO RIO AMAZONAS E RISCOS SOCIOAMBIENTAIS ASSOCIADOS A EVENTOS HIDROLÓGICOS EXTREMOS

  • Data: 01/07/2016
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  • A Bacia Amazônica é constantemente afetada por episódios de secas e cheias durante fenômenos tais como El Niño e La Niña, além da Oscilação Multidecadal do Atlântico, Oscilação Decadal do Pacífico, a Zona de Convergência Intertropical e Zona de Convergência do Atlântico Sul. Esses extremos de precipitação causam mudanças severas no escoamento e precipitação dos rios de várias sub-bacias em escala temporal e especial. No Oceano Pacifico os fenômenos do El Niño e La Niña são os principais mecanismos de oscilações interanuais e decadais, causando extremos hidrometeorológicos na Amazônia, tanto em escala temporal quanto espacial. As variações espaciais dos regimes hidrológicos dos afluentes do Amazonas mostram que durante a ocorrência de vazões máximas sazonais nos afluentes da margem esquerda são compensadas pela queda de vazão dos afluentes da margem direita. Assim, o período de chuvas da margem esquerda está defasado em dois meses do período chuvoso da margem direita. Além dessa variação os extremos hidrometeorológicos causam impactos ambientais, sociais e econômicos à população, principalmente àquelas com alta vulnerabilidade. Assim, o objetivo desse trabalho é estudar o regime hidrometeorológicos e o balanço hídrico da Bacia Amazônica, determinando o seu papel para a vazão de retorno do rio Amazonas ao Oceano Atlântico, Assim, como os riscos socioeconômicos e ambientais provocados pelos eventos hidrometeorológicos. Para isso foram utilizados dados mensais e anuais de vazão e precipitação no período de 1982 a 2012 (31 anos) ao longo da calha principal do rio Amazonas e em 8 sub-bacias, bem como, foi feita uma análise de riscos sociais e econômicos nos municípios da bacia Amazônica. As tendências de precipitação ao longo do período estudado foram negativas, na parte sudoeste (Purus) e central (Madeira) da Bacia Amazônica, e positivas na parte leste (Tapajós e Xingu). As sub-bacias do sudoeste da Amazônia apresentaram eventos extremos e muito extremos negativos (El Niño) em todo o período estudado. Conclui-se que a vazão na calha do rio principal da bacia Amazônica depende das variações nos afluentes da margem direita e esquerda. A sazonalidade é influenciada na época seca pelos afluentes da margem direita, pois coincidem na tendência negativa ao longo do período estudado, e na época chuvosa é influenciada pelos afluentes da margem esquerda. Todas essas variabilidades fluviométricas, causam riscos a população. Assim, pode-se afirmar que o risco socioeconômico ambiental é mais perigoso durante os eventos de cheia, principalmente nos Estados com escala espacial menor (Rondônia e Roraima), e a maior vulnerabilidade ocorre nos Estados com maior escala espacial (Pará e Amazonas), isto pode ser explicado pela falta de políticas públicas.

  • PRISCILA SANJUAN DE MEDEIROS
  • INDICADORES AMBIENTAIS PARA FUNCIONALIDADE ECOLÓGICA EM FLORESTAS SECUNDÁRIAS DE DIFERENTES IDADES NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 17/06/2016
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  • Atualmente as florestas secundárias ocupam cerca 25% da região amazônica, e vem recebendo destaque pelos serviços ecossistêmicos que elas fornecem. Além do papel no sequestro de carbono e na proteção do solo e de mananciais, as florestas secundárias podem abrigar uma enorme diversidade. No entanto, são necessárias políticas públicas direcionadas para a manutenção do processo de sucessão dessas florestas, para que as mesmas possam contribuir com a manutenção da biodiversidade e prestação de serviços ambientais. O objetivo do trabalho foi avaliar a funcionalidade ecológica de florestas secundárias de diferentes idades, usando como indicadores dessa dinâmica sucessional a vegetação, o banco de sementes, a macrofauna do solo e os fungos micorrízicos arbusculares (FMA). O estudo foi desenvolvido em áreas de floresta primária e florestas secundárias de terra firme de diferentes idades na Floresta Nacional de Caxiuanã, no estado do Pará. Aplicou-se o método de cronossequência, que é a metodologia mais usada para estudos de sucessão. Foram selecionadas 40 áreas, com tamanho médio de 0,75 hectares, sendo três áreas de floresta primária e 37 de floresta secundária (capoeira). O tempo de abandono destas áreas variou entre 1 e 40 anos e todas apresentam histórico de uso semelhante. Em cada área foi implantada uma parcela permanente onde os indivíduos vegetais foram amostrados (sub-bosque e estrato florestal) e onde foram realizadas as coletas de solo para a avaliação do banco de sementes e da densidade de fungos micorrízicos arbusculares. Nestas parcelas também foi aplicada a metodologia do Programa “Tropical Soil Biology and Fertility” (TSBF) para a amostragem da macrofauna do solo e das minhocas. Foram realizadas seis campanhas, três no período seco e três no período chuvoso. Foram coletados dados de umidade do solo, abertura de dossel, estoque de serapilheira, peso seco de raízes finas e variáveis físico-químicas do solo (K, P, Na, Ca, Mg, Al, N, pH, Areia grossa, Areia fina, Silte e argila total). Para uma melhor compressão das relações entre as variáveis bióticas e abióticas os dados foram analisados e discutidos em uma abordagem contínua e outra categórica, classificando as áreas em quatro grupos de acordo com idade da floresta secundária (etapa 1- 0 a 10 anos; etapa 2- 10 a 25; etapa 3- 26 a 40; etapa 4- floresta primária). Variáveis da vegetação, bem como as formas de vida presentes no banco de sementes apresentaram forte relação com a idade da floresta secundária. O uso da macrofauna como bioindicador demonstrou ser uma excelente estratégia para o monitoramento das florestas secundárias, possibilitando a conservação destes habitats e o manejo correto de seus recursos. Já a densidade e a biomassa de minhocas apresentaram fraca relação com o processo sucessional. Os fungos micorrízicos arbusculares mostraram-se bons indicadores na separação entre floresta primária e secundária. Com isso, temos variáveis ambientais da vegetação, do banco de semente e da macrofauna do solo que apresentam potencial para serem usadas em um índice de qualidade das funções ecossistêmicas em florestas secundárias de terra firme.

  • DANIEL VILHENA FARIAS FILHO
  • AS COMUNIDADES TRADICIONAIS E A SUA IMPORTÂNCIA NACONSERVAÇÃO DO MANGUEZAL DO MUNICIPÍO DE SÃO JOÃO DA PONTA-PA

  • Data: 31/05/2016
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  • Na Amazônia os Povos que utilizam o ecossistema manguezal para retirar produtos para sua subsistência são conhecidos como extrativistas, e caso eles estejam de acordo podem ser chamados de Povos Tradicionais. Esses Povos apresentam um estilo de vida pouco impactante em relação ao meio ambiente e ao conservarem esse modo de vida contribuem para a manutenção e equilíbrio desse ecossistema.O solo do mangue é o local de armazenamento de carbono e o uso indevido desse solo faz com quer esse carbono seja liberado para a atmosfera contribuindo assim com o aumento do efeito estufa. Desse modo as Populações Tradicionais contribuem com um serviço ambiental no processo de mitigação do efeito estufa.O presente trabalho buscou realizar a caracterização físico-química do solo do manguezal de São João da Ponta, nas Comunidades Deolândia, Brasilândia, Coqueiro e Sede, relacionando essas características com omodo de vida e o uso do mangue pelos os Povos Tradicionais que vivem em se entorno e com o Índice de Desenvolvimento Sustentável do Município de São João da Ponta (IDSM). A metodologia usada para a caracterização físico-química da área foi a utilização de ph metro para determinar o pH e Eh, o refratômetro para a determinação da salinidade, e o método Walker Black para a determinação do carbono. A pesquisa também utilizou questionário nas comunidades de Deolândia e Brasilândia, com objetivo de determinar questões relativas a parte social, houve também o Cálculo do Índice de Desenvolvimento Sustentável do Município. Constatou-se que as áreas dentro da RESEX nas comunidades de Deolândia, Brasilândia e Coqueiro, onde a mata é preservada, as características físico-química presente no solo estão conservadas, diferentemente da área onde houve desmatamento. O cálculo de Índice de Desenvolvimento Sustentável do município (IDSM) foi de 0,548 que de acordo com a metodologia adotadamostrar-se aceitável. A aplicação de questionário dentro de cada Comunidade mostrou uma preocupação com a presença de esgotos sem tratamento, assoreamento de braços de rios e uma prática de queima de lixo doméstico no final do dia. Foi observado que nas Comunidades em estudo, apesar de ocorreremalgumas práticas ecologicamente inadequadas como queima de lixo e retirada de vegetação ciliar próxima aos rios, os Povos Tradicionais apresentam um modo de vida pouco impactante em relação ao uso do manguezal e que a existência da Resex no Município, contribui para a conservação do solo e da floresta de mangue.

  • DESIRÉE ANTEIA JASTES FERNANDES
  • RADIAÇÃO SOLAR NA REGENERAÇÃO NATURAL DE MANGUEZAIS DO NORDESTE PARAENSE

  • Data: 23/05/2016
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  • Este trabalho foi elaborado com o de caracterizar a climatologia, a
    configuração meteorológica da radiação global e saldo de radiação e avaliar os efeitos
    destas variáveis na dinâmica espacial e temporal da regeneração natural em um bosque
    de mangue no município de Salinópolis, costa nordeste do Pará. O trabalho foi dividido
    em três capítulos que abordam a: I. Fundamentação Teórica; II. Climatologia,
    configuração do saldo de radiação e a influência na distribuição espaço-temporal da
    vegetação inicial do bosque de mangue e; III. Os efeitos do quantitativo de radiação
    solar na dinâmica espaço-temporal das espécies de mangue em ambientes naturais e
    controlados. A caracterização climática foi realizada com uma série de 32 anos de dados
    de Radiação de Onda Longa do NCEP/NOAA. A variabilidade meteorológica da
    radiação global foi obtida com uma série de 5 anos de dados, das torres
    micrometeorológicas da UFRA e UFPA. O saldo de radiação mensal foi determinado
    por métodos empíricos aplicados aos componentes Balanço de Ondas Curtas e Longas.
    No bosque de mangue do Sítio Experimental de Cuiarana, Vila de Cuiarana -
    Salinópolis, foram instaladas cinco parcelas onde quatro foram mantidas sob condições
    naturais e uma foi coberta com sombrite de polietileno (50%), onde foram determinadas
    a composição florística e estrutura horizontal através da identificação, quantificação e
    cálculo dos parâmetros fitossociológicos densidade e frequência relativas e regeneração
    natural relativa. A variabilidade espaço-temporal da abundância das espécies em relação
    a radiação global foi determinada pela Análise Fatorial em Componentes Principais e
    teste de tukey e teste t-student a 95% de confiança. O estudo foi conduzido entre os
    meses de novembro/2014 a outubro/2015 com o monitoramento mensal das variáveis
    meteorológicas e florísticas. A climatologia apresenta períodos chuvoso e menos
    chuvoso que concentram 45,5% e 54,5% da radiação líquida anual, respectivamente. A
    configuração meteorológica da radiação global do período avaliado revela estar sob
    efeito do El-Niño. A variabilidade espaço-temporal revela que a elevada intensidade de
    radiação global beneficiou o recrutamento de indivíduos de Avicennia germinans,
    positivamente expressivo em ambientes naturais, indicando que, as fisionomias
    ambientais, proporcionam diferentes graus de interceptação de radiação global,
    favorecendo os processos fotossintéticos e promovendo temperaturas mais amenas no
    solo em áreas mais densas em vegetação, enquanto que Laguncularia racemosa exige
    menor quantidade de radiação solar do que Avicennia germinans, evidenciado pelo
    aumento em número de indivíduos em ambientes de luminosidade controlada, com
    tolerância a 50% de retenção de luz solar.

  • LEON PASTOR LIZON ROMANO
  • O PAPEL RELATIVO DA CONFIGURAÇÃO DA PAISAGEM, FATORES NATURAIS E MANEJO DA TERRA NA ESTRUTURA E DIVERSIDADE DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS NO LESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 29/04/2016
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  • As florestas secundárias ocupam cerca de 23% das áreas desflorestadas da Amazônia brasileira. Embora tenham claras diferenças com florestas primárias, as florestas em sucessão têm inegável importância ecológica, social e econômica. A região oriental da Amazônia, especificamente a área conhecida como arco do desmatamento, apresenta uma paisagem fragmentada, caracterizada por diversos usos de solo e grande extensão de florestas secundárias. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o papel relativo de variáveis da paisagem, variáveis naturais e de uso e manejo do solo sobre a estrutura e diversidade florística de florestas secundárias no Sudeste do Pará. Foram estudados 20 fragmentos de florestas secundárias em um gradiente de 5 a 20 anos. Em cada fragmento, foram estabelecidos: i) transectos de 10 x 250m (0,25 ha) para estudo das plantas com Diâmetro a Altura do Peito ≥ 10cm, (DAP≥10cm) em plots de 10 x 10m (total 25) ii) 5 subplots de 5 x 20m aninhados dentro dos transectos de 0,25 ha para estudo de plantas com DAP < 10cm e ≥2cm. (DAP<10cm). Foram mensuradas variáveis estruturais (densidade de plantas, altura, área basal, número de fustes) e variáveis de diversidade de espécies (riqueza, diversidade de Shannon e diversidade de Simpson) considerando árvores, palmeiras e lianas. Foi avaliado um conjunto de variáveis da configuração da paisagem para cada fragmento (eg. tamanho, perímetro, distância e proporção de floresta primária e de floresta total em um raio de 500 m, 1 km e 3 km), além de variáveis naturais (altitude e declividade) e o uso histórico de cada transecto (índice de intensidade de uso do solo e número de ciclos agrícolas). O histórico de uso da terra foi avaliado por uma combinação de séries temporais de imagens de satélite e entrevistas com os proprietários rurais. As análises foram feitas com o pacote RandomForest, no ambiente do software R. Os parâmetros estruturais e de diversidade tiveram grande variação entre as 20 florestas secundárias estudadas. Variáveis como altura e área basal não cresceram consistentemente ao longo do gradiente de idade. A porcentagem de variação das variáveis resposta explicadas pelos modelos variou de 0 a 38,75%. Em geral, todas as categorias de variáveis (idade, paisagem, fatores naturais, manejo da terra) contribuíram para explicar a variação nos dados, mas as variáveis de paisagem foram as que contribuíram em maior proporção (20,44 a 66,92%). A idade não foi o fator preponderante para explicar os diversos parâmetros estruturais, exceto a densidade de cipós (54,17%) que reduziu em florestas a partir de 15 anos. Em contrapartida, a idade foi um dos principais fatores explicando a diversidade de espécies das plantas DAP≥10cm (índice de Simpson). Juntamente com a paisagem, a idade explicou o total de variação na diversidade de espécies (57,60% e 42,49, respectivamente). As variáveis de manejo agrícola foram importantes para explicar a área basal
    das plantas de indivíduos DAP≥10cm e DAP<10cm (25,22% e 36,19%, respectivamente). Todas as variáveis da paisagem investigadas contribuíram para explicar nos parâmetros estruturais e de diversidade, a maioria explicando acima de 50% da variação. A área, perímetro e a relação perímetro-área dos fragmentos explicaram melhor os parâmetros estruturais e a riqueza de espécies. Por outro lado, a diversidade de Simpson foi explicada principalmente pela cobertura e distância da floresta primária a 1 km, bem como pela distância das florestas (primária e secundária conjuntamente). As variáveis naturais (declividade e altitude), assim como o município, que apresenta grande diferença na precipitação total, foram mais importantes para explicar a variação na densidade e área basal das plantas DAP<10cm. Em suma, enquanto uma combinação do uso da terra prévio, paisagem e as variações ambientais naturais foram importantes para a regeneração da estrutura das florestas, a cobertura de florestas primárias e a distância de remanescentes florestais (primárias e secundárias) foram determinantes para a recuperação inicial na diversidade de espécies. Os padrões encontrados nesse estudo contribuem para o entendimento dos fatores determinantes do potencial de regeneração e para informar estratégias de restauração das florestas secundárias nesta região mais desmatada da Amazônia brasileira.

  • RÉGIA SIMONY BRAZ DA SILVA
  • ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO SAZONAL NA QUALIDADE DAS ÁGUAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO LIXÃO DE SALINÓPOLIS, PA

  • Data: 25/04/2016
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  • A precipitação pluviométrica influi diretamente na composição físico-química e
    microbiológica dos corpos hídricos, por meio de processos complexos de interação superfícieatmosfera.
    Entretanto, a qualidade de um corpo hídrico não depende apenas de fatores
    naturais. A influência antrópica é uma importante variável a ser considerada para a análise da
    qualidade de água, que é fundamental para a manutenção do equilíbrio ambiental e a saúde da
    população que dela faz uso. Embora muitos trabalhos enfatizem a qualidade da água em
    lixões e aterros, avaliações que relacionem variáveis hidrológicas com parâmetros físicoquímicos
    ainda são escassas, sobretudo na região amazônica. Assim, o objetivo deste trabalho
    foi investigar o papel da precipitação sazonal na qualidade das águas superficiais e
    subterrâneas nas proximidades do lixão de Salinópolis, situado na Vila de Cuiarana, por meio
    da caracterização da precipitação da região e da sua influência na composição físico-química
    e microbiológica das águas locais. Para isso, foram observados a climatologia da precipitação
    de Cuiarana e os dados dos acumulados mensais da precipitação local nos anos de 2014-2015,
    por meio de sensoriamento CMORPH, medição da velocidade de infiltração no solo nos
    meses de março e outubro de 2015 e medição da vazão dos rios Cachoeira e Teixeira em
    março de 2015. Para as análises físico-químicas e bacteriológicas, foram selecionados os
    parâmetros: pH, oxigênio dissolvido, temperatura da água, sólidos totais dissolvidos, turbidez,
    condutividade elétrica, salinidade, amônia, nitrato, nitrito, coliformes totais e Escherichia
    coli; e os metais: alumínio, cádmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, manganês, mercúrio, níquel
    e zinco. Tanto as águas superficiais quanto as subterrâneas se apresentaram inadequadas para
    uso e consumo humano. Parâmetros como oxigênio dissolvido, ferro, alumínio, chumbo,
    mercúrio, coliformes totais e E. coli estão em desconformidade com as legislações vigentes,
    tanto em águas superficiais quanto em subterrâneas. O período chuvoso influenciou
    negativamente a qualidade em águas superficiais. Já o período menos chuvoso foi mais
    importante para a deterioração da qualidade em águas subterrâneas. A região próxima ao lixão
    demonstrou maior vulnerabilidade para uma progressiva deterioração da qualidade das águas
    superficiais e subterrâneas, uma vez que a junção de fatores como alta velocidade de
    infiltração da água no solo, topografia e regime de chuvas favorece a dispersão dos poluentes
    advindos do lixão em direção aos corpos hídricos.

  • JOÃO FELIPE SOBRINHO KNEIPP CERQUEIRA PINTO
  • DINÂMICA DO USO E DA COBERTURA DA TERRA DAS ÁREAS QUEIMADAS NO MUNICÍPIO DE MARABÁ (PA)

  • Data: 20/04/2016
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  • A ocupação desordenada da Amazônia, somado ao aumento populacional a partir do Plano de integração Nacional, juntamente com uma carência da difusão de novas técnicas e tecnologias de manejo economicamente acessíveis e de menor agressividade ao meio ambiente, resultaram em uma supressão florestal natural de aproximadamente 25% da área total da Amazônia. Um dos fatores associado a essa supressão, devido sua viabilidade econômica e carga a cultural local, o fogo, é utilizado, até os dias atuais, para a conversão de florestas em áreas agropecuárias e manutenção de culturas previamente estabelecidas. Porém, pesquisas creditam a pratica do uso do fogo a efeitos negativos em questões ambientais, sociais e econômicas. Ciente deste cenário alarmante, o presente trabalho buscou, a partir do cruzamento dos pontos de focos de calor (Projeto de Monitoramento de Queimadas e Incêndios, INPE); dados de uso e cobertura do solo (Projeto TerraClass, INPE e EMBRAPA); entrevistas e dados hospitalares do Sistema Único de Saúde, identificar a dinâmica do uso do fogo no município de Marabá-PA, assim como seus prejuízos em 3 diferentes modalidades: “Assentamentos”; “Unidades de Conservação”e “Demais Modalidades”, esta, caracterizado por medias e grandes propriedades rurais e manchas urbanas. Os resultados apontam que o os focos de calor para as 3 modalidades, estão associados, principalmente, a pastagens já estabelecidas. A modalidade “Demais Modalidades” apresentou a maior ocorrência de focos de calor no município e a modalidade “Unidades de Conservação” não apresentou focos de calor recorrente. Na modalidade “Assentamentos” houve, sobretudo em áreas de foco de calor recorrente, grande relação com remoção florestal para abertura de novas áreas de pastagem. A análise dos dados hospitalares, sugeriu uma relação entre a ocorrência de focos de calor e a ocorrência de atendimentos hospitalares.

  • ANDRESSA TAVARES PARENTE
  • DINÂMICA DE TRANSMISSÃO DA MALÁRIA NA AMAZÔNIA LEGAL: DETERMINANTES AMBIENTAIS, EPIDEMIOLÓGICOS E SUA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL

  • Data: 20/04/2016
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  • A malária é uma parasitose de ocorrência mundial, concentrando-se principalmente em localidades de clima tropical e subtropical. No Brasil, na região da Amazônia Legal, apresenta-se como uma endemia, sendo responsável por mais de 99% dos casos que acontece no país. Sua manutenção na região é de caráter multifatorial, entre eles socioeconômicos, demográficos e ambientais, sendo que variáveis como temperatura do ar, precipitação e desmatamento interferem na dinâmica da doença. O objetivo geral do estudo foi compreender a dinâmica de transmissão da malária na Amazônia Legal e os nove Estados que a compõem (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), estabelecendo relações dos indicadores da endemia com a variabilidade climática regional e taxas de desmatamento. O trabalho compõe-se de cinco capítulos. O primeiro capítulo é a introdução, com a conceituação da temática e das variáveis envolvidas no estudo, objetivo e apresentação da estruturação dos capítulos seguintes. O segundo capítulo aborda a análise do Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal, com base em dados secundários de malária na Amazônia Legal, de 1981 a 2015 e 1990 a 2012 (por Estados). Foi elaborado um modelo de análise de intervenção na série temporal com a utilização de variáveis dummy, que definiu as médias de ocorrências do Índice Parasitário Anual (IPA) antes e depois da intervenção. O IPA médio (após intervenção) apresentou uma redução de 48% entre as médias dos dois períodos. Entre os Estados o efeito foi diferenciado, tendo maior impacto na redução da malária em Mato Grosso, Tocantins, Roraima e Maranhão. O terceiro capítulo analisou a dinâmica espacial da incidência de malária na Amazônia Legal, de 2003 a 2012, e sua associação com o desmatamento e precipitação a partir da aplicação de estatística espacial com uso do índice de Moran global e local através do programa GeoDa. O índice global de Moran entre as variáveis confirmou a dependência espacial para IPA, precipitação e desmatamento entre os Estados. Foi identificado os Estados que apresentaram alta prioridade (Acre, Amazonas e Roraima) e baixa prioridade (Maranhão, Tocantins e Pará) para as políticas de intervenção da malária. O quarto capítulo abordou a modulação da precipitação e temperatura sobre a incidência de malária, no contexto atual e em cenários de clima futuro, no enfoque da sazonalidade, com resultados diferenciados para os Estados que compõe a Amazônia Legal. O quinto capítulo baseou-se na proposta de um modelo para malária e as variáveis envolvidas trimestralmente no estudo (precipitação, desmatamento, TSM dos oceanos), e para o modelo final foi
    necessário a exclusão da variável desmatamento, sendo significativo para o modelo as outras variáveis envolvidas. As políticas de prevenção manifestaram impactos na série, que apresenta uma tendência de decréscimo no número de casos. Os Estados exercem influência entre eles no padrão da ocorrência da endemia, sendo a relação com as variáveis ambientais diferenciadas para cada Estado. Os resultados apontam que o efeito das fronteiras nos casos de malária na porção oeste da Amazônia Legal tem contribuído com os valores da endemia. É necessário outras estratégias de abordagem para definições da gestão do controle da malária na região e alocação de recursos para seu combate.

  • ANNICIA BARATA SILVA MACIEL FERREIRA
  • DROSOPHILIDAE (INSECTA, DIPTERA) COMO INDICADOR DE DEGRADAÇÃO FLORESTAL NA ÁREA DE ENDEMISMO BELÉM, AMAZÔNIA ORIENTAL.

  • Data: 31/03/2016
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  • A degradação florestal é uma ameaça iminente a Floresta Amazônica e sua biodiversidade. Alterações ambientais as quais as floresta degradas estão sujeitas tem como consequência a facilitação de um processo continuo de invasão por espécies exóticas. Este estudo testou as espécies exóticas da guilda frugívora de drosofilídeos como indicadoras de degradação para oito remanescentes de floresta da área de endemismo Belém. Foram feitas análises da paisagem considerando a variável porcentagem de floresta primária no entorno do sítio de estudo (buffer de 10 km) e da unidade amostral (buffer de 100 m) e oito variáveis de estrutura da vegetação (densidade de árvores; área basal da comunidade arbórea; densidade de sub-bosque; cobertura de dossel; densidade e intensidade de cipós e lianas; diâmetro médio das árvores maiores que 10 cm; e densidade de Cecropia spp.) para definir um possível gradiente de degradação entre as florestas estudadas e avaliar assim a resposta da guilda de drosofilídeos frugívoros a este gradiente. Foram coletados com armadilhas com iscas de banana fermentada um total de 5278 indivíduos, distribuídos em 33 espécies, sendo 2803 indivíduos pertencentes a seis espécies exóticas, sobretudo de D. malerkotliana. A estrutura do habitat (analisado a partir das características estruturais da vegetação) foi mais importante do que a estrutura da paisagem sobre a guilda de drosofilídeos frugívoros. Áreas com maior intensidade de distúrbio no habitat demonstrado por variáveis de estrutura da vegetação suportaram mais espécies exóticas, as áreas com baixo distúrbio apresentaram dominância em espécies neotropicais. Nove espécies indicadoras de áreas categorizadas como degradadas, intermediárias e conservadas foram selecionadas a partir do Valor Indicador Individual (IndVal), foram: Drosophila melanogaster, Zaprionus indianus e Scaptodrosophila latifasciaeformes para sítios degradados; D. subsaltans e D. camargoi para sítios conservados; e o morfospecie AC10001 e D. fumipennis para sítios intermediários. Tanto a lista faunística geral quanto a riqueza de espécies encontradas podem indicar a condição da floresta quanto à degradação. A guilda de drosofilídeos frugívoros mostrou-se importante ferramenta de conservação e entendimento sobre respostas da biodiversidade à intervenção por atividades humanas em ambientes florestais. O uso do contraste entre espécie exóticas e nativas como um indicador de degradação demonstra algumas vantagens adicionais com a identificação taxonômica, na medida que as espécies exóticas são facilmente identificáveis e bem distintas das nativas. Além disso, estes organismos são capazes de expressar pequenas alterações na sua comunidade frente à condições do habitat, e podem permitir a detecção de modificações ainda em seus estágios iniciais, permitindo uma avaliação precoce dos impactos sobre a biodiversidade.

  • JÉSSICA LISBOA DE ALBUQUERQUE
  • AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MAPEAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DA PAISAGEM DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO AP-MA-05/AMAPÁ E SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL E HISTÓRICA

  • Data: 22/03/2016
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  • Este trabalho avaliou a influência da precipitação pluviométrica no mapeamento das características da paisagem do sítio arqueológico AP-MA-05 e a contribuição sobre sua importância social e histórica. Para a obtenção dos dados foi utilizado o método geofísico da eletrorresistividade em uma área da UNIFAP (Fundação Universidade Federal do Amapá) de 10 x 20 metros. Os dados de precipitação foram coletados na estação do INMET de Macapá. A análise dos dados foi feita com uso de métodos estatísticos e geoestatísticos. Em épocas chuvosa a resistividade do solo apresentou um valor mínimo de 198,7 ohm.m e valor máximo de até 3946 ohm.m, com média de 1188,87 ohm.m. Na estação menos chuvosa os valores observados foram de 394 ohm.m (valor mínimo) e 5863 ohm.m (valor máximo), com média de 2078,31 ohm.m. Isso demonstra a influência da precipitação pluviométrica na resistividade elétrica aparente, visto que quanto mais intensas foram as chuvas que ocorreram na época da obtenção dos dados, menores foram os valores da resistividade elétrica. Foi realizado um levantamento sobre a percepção social dos alunos da UNIFAP e entrevistas com professores responsáveis sobre o sítio em questão, em que se verificou que o nível de conscientização dos alunos varia em virtude do grau de afinidade do curso com a arqueologia.

  • DHNE MARIA PEREIRA DA SILVA
  • DIAGNÓSTICO DOS USOS MÚLTIPLOS DAS ÁGUAS DA BACIA DO RIO TRACUATEA (PA) E SUA ASSOCIAÇÃO COM AS FORMAS DE USO E COBERTURA DO SOLO.

  • Data: 17/03/2016
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  • As formas de uso e cobertura da terra afetam a área de drenagem das bacias hidrográficas, impulsionadas pela ausência de planos de manejo que visem a proteção da zona ripária e manutenção dos aspectos quali-quantitativos dos recursos hídricos. O objetivo deste trabalho é estudar as formas de manejo e ocupação do solo e os seus impactos no comportamento dos componentes do balanço hídrico da sub-bacia do igarapé Açaiteua, em Tracuateua/Pa. No seu desenvolvimento serão empregados os dados de uso e cobertura do solo do projeto TerraClass, levantamentos de campo que subsidiarão a elaboração do Diagnóstico Físico Conservacionista (DFC) e simulação do comportamento do balanço hídrico e das variações do escoamento (vazões) empregados dos dados de precipitação pluviométrica, umidade relativa e temperatura do INMET. No suporte à análise da paisagem da bacia serão aplicadas as métricas e a caracterização de parâmetros descritivos da bacia. Os resultados deverão caracterizar as formas de uso e cobertura do solo da sub-bacia do Igarapé Açaiteua; a avaliação do grau de fragmentação da paisagem; a estimativa do comportamento do balanço hídrico e da vazão da bacia em estudo; e a indicação de práticas conservacionistas que sirvam como incremento nas atividades econômicas desenvolvidas bem como subsídios para o planejamento e gestão ambiental. Tais fatores indicarão o grau de conservação da sub-bacia do igarapé Açaiteua, como aporte aos mecanismos necessários para o planejamento de revitalização e/ou conservação considerando as expectativas socioeconômicas dos municípios envolvidos.

  • LARISSA MELO DE SOUSA
  • ESTOQUES DE CARBONO RESULTANTES DE MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DO SOLO E SUA RELAÇÃO COM OS INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NOS MUNICÍPIOS DE PARAGOMINAS E ULIANÓPOLIS, PARÁ.

  • Data: 29/02/2016
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  • As mudanças de uso e cobertura do solo são apontadas por vários estudos como causadoras de prejuízos ambientais, como a emissão de dióxido de carbono (CO2) para atmosfera. O presente trabalho teve por objetivo relacionar os indicadores socioeconômicos e as emissões de carbono com as diferentes mudanças de uso e cobertura do solo nos municípios de Paragominas e Ulianópolis, para os anos de 2004, 2008, 2010 e 2012. Para isso foram determinados as áreas de cada classe de uso e cobertura do solo e calculada a média do estoque de biomassa acima do solo (BAS) para cada uma das classes de uso e cobertura do solo fornecidos pelo Projeto TerraClass para o ano de 2004. Posteriormente foram quantificadas as emissões de CO2 associados às mudanças de uso e cobertura do solo. Adicionalmente, foram relacionados os dados socioeconômicos com as estimativas de carbono. Os resultados apontaram que grande parte da área de floresta foi convertida para as classes de agricultura e pastagem. O total de carbono acima do solo estocado, entre o período de 2004 à 2012, variou de 163 x106 Mg C para 161 x106 Mg C em Paragominas e de 31 x106 Mg C para 29 x106 Mg C em Ulianópolis. As emissões liquidas CO2 entre o período de 2004 à 2012 foram de 5.8x106 Mg CO2 para Paragominas e 7.4 x106 Mg CO2 para Ulianópolis. Em Ulianópolis observou-se uma relação linear moderada entre indicadores socioeconômicos e os estoques de carbono, enquanto que, em Paragominas, não observou-se correlação linear. Conclui-se que as dinâmicas das classes de uso e cobertura do solo estão baseadas na agricultura e pecuária como variáveis na matriz econômica dos municípios. O estoque de carbono nos municípios tem diminuído, devido a redução das áreas de floresta e o avanço de áreas de agricultura anual e pasto limpo, portanto a área de estudo está contribuindo negativamente para a remoção de CO2 da atmosfera. As mudanças de uso e cobertura do solo tem efeitos positivos sobre os indicadores socioeconômicos, porém aumentam as emissões de carbono. 

  • WILSON FERNANDES RAMOS
  • GESTÃO, GERAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DAS INDÚSTRIAS DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 26/02/2016
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  • As indústrias de base florestal são altamente relevantes no sentido socioeconômico para Amazônia e principalmente no Estado do Pará. Porém, são indústrias que geram grande quantidade de resíduos em seu processo produtivo, o que pode causar sérios problemas socioambientais. Existem inúmeras formas de destinação ambientalmente adequada para esse resíduo e que podem gerar receita aos empreendimentos, mitigar possíveis problemas a comunidade e diminuir a pressão sobre as florestas. O presente trabalho buscou conhecer as formas de gestão, geração e aproveitamento dos resíduos de base florestal na Região Metropolitana de Belém (RMB) e sua influência na área de Entorno desses empreendimentos. Para isso, foi levantado o número de empresas potencialmente geradoras de resíduos madeireiros junto aos órgãos ambientais competentes, com isso, fez-se uma amostragem não-probabilística voluntária, assim, chegou-se a uma amostra de 31 empresas localizadas nos seis municípios da RMB. Dentre essas, visitou-se a comunidade próxima a 5 empresas numa distância estimada de 0 a 500 m e 2 Km a 2,5 Km, sendo que a população alvo da pesquisa foi de 20 sujeitos por empresa, 10 em cada distância. Utilizou-se como instrumento de pesquisa a entrevista semi-estruturada e visitas in loco. Os dados coletados foram analisados através da estatística descritiva, e Teste t de Student de amostras independentes, o Qui-Quadrado tabelas de contingência l x c e o método indutivo. Os resultados apontam que o Rendimento operacional médio foi de 60%, gerando em média 398 m³/ mês de resíduo de madeira na forma de serragem, pó e lenha. As empresas realizam a destinação do resíduo dentro da empresa (logística reversa interna) com a fabricação de briquete, pequenos objetos de madeira (POM) e co-geração e energia, e fora, através da venda para outras empresas para geração de energia térmica e para granjas,outra parte é doada para panificadoras, granjas e para a população. Verificou-se que, de acordo com a opinião dos gestores das empresas, não há problemas socioambientais devido ao resíduo. Mas, os moradores  adjacentes à empresa apresentam entendimento diverso, no que diz respeito aos problemas socioambientais. Conclui-se que a gestão é feita de maneira distinta, nos segmentos pesquisados, sendo que o processo secundário aproveita de maneira sustentável os resíduos gerados. Essas empresas apresentam um rendimento operacional considerado bom e destinam o resíduo de diferentes formas, mas é notório que nem todo o resíduo é destinado de maneira correta. Ademais, os gestores dessas empresas apresentam uma visão positiva sobre a atuação socioambiental da empresa, o que não é compartilhado pelos moradores circunvizinhos. 

  • MILENNA VASCONCELOS PANTOJA
  • A PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA A AS VARIAÇÕES FLORÍSTICAS DA REGENERAÇÃO NATURAL EM UMA FLORESTA DE VÁRZEA NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, ILHA DO COMBU, BELÉM, PARÁ.

  • Orientador : MARIA AURORA SANTOS DA MOTA
  • Data: 18/02/2016
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  • A Amazônia apresenta dois períodos climáticos, chuvoso e menos chuvoso, influenciados pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). A precipitação é o elemento principal do balanço hídrico, e sofre influência da vegetação da região, através da evapotranspiração e evaporação, determinando quanto de água voltará para atmosfera. Também interfere no quanto chegará ao piso florestal para reposição da umidade do solo. O objetivo do trabalho foi avaliar a quantidade de chuva interceptada pela vegetação de várzea, na área de Proteção Ambiental Ilha do Combu, Belém, Pará, Brasil. A precipitação coletada durante seis meses (fevereiro a julho de 2015), foi de 1.861,69 mm, com 81,7% (1.521,79 mm) chegando ao piso florestal, e 339,90 mm (18,3%) interceptado pelas copas das árvores, voltando para atmosfera em forma de vapor, aumentando a umidade e contribuindo para a formação de massas de ar. A precipitação interna foi elevada, devido as espécies do ecossistema, floresta de várzea, possuir formatos de folhas, troncos e galhos que constituem um dossel florestal mais aberto, facilitando a passagem da chuva, então apresentou forte correlação com a precipitação real, pois é dependente da chuva e do tipo de vegetação. A interceptação também é influenciada pelas características da vegetação local, e teve correlação moderada, porque também depende de outros fatores como: ventos e umidade remanescente de chuvas anteriores. A floresta de várzea apresentou comportamento semelhante a uma floresta de terra firme.

  • ZONEIBE AUGUSTO SILVA LUZ
  • PADRÕES ECOLÓGICOS DE TUBARÕES (SUPERORDEM:SELACHIMORPHA) FÓSSEIS E RECENTES OBTIDOS A PARTIR DE ISÓTOPOS ESTÁVEIS E SUAS CONSIDERAÇÕES PARA MANEJO E CONSERVAÇÃO

  • Data: 12/02/2016
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  • Tubarões sofrem declínios de volume em numerosas partes do globo, necessitando cada vez mais de metodologias complementares para a compreensão de seus traços biológicos. Ampliando o espectro de análise desses parâmetros para o passado, esta pesquisa teve como objetivo interpretar as características ecológicas de tubarões atuais e fósseis através da análise de isótopos estáveis de carbono e oxigênio, visando gerar subsídios para ações de conservação biológica. No total, 46 dentes de diversas localidades foram utilizados, em sua maioria oriundos da zona costeira da região Amazônica, mas também provenientes de depósitos fossilíferos proto-Caribenhos. Empregaram-se análises isotópicas na estrutura do carbonato e fosfato destas bioapatitas e preferencialmente o enamelóide foi amostrado para reduzir possibilidades de contaminação nas amostras. Uma fileira de dentes analisada de um grupo recente exibiu fortes correlações entre as variáveis envolvidas (carbono e oxigênio), potencialmente sinalizando a existência de um fracionamento isotópico na estrutura do carbonato em consonância com o crescimento dentário. Os resultados do oxigênio no fosfato variaram entre 18,9‰ até 21,4‰, indicando paleotemperaturas onde estes animais habitaram de 21,6°C a 30,6°C. Através de testes estatísticos, três grupos distinguiram-se a partir dos valores observados: grupo Pirabas (tubarões fósseis da Formação Pirabas), grupo Recente (tubarões extantes da região costeira Amazônica) e grupo não-Pirabas (tubarões fósseis proto-Caribenhos). Considerações ambientais globais, regionais e biológicas destes indivíduos foram levantadas para compreender estas distintas assinaturas químicas. Influências oceanográficas e mudanças nos padrões planetários parecem justificar a peculiaridade das medidas encontradas no grupo não-Pirabas. Por outro lado, estabilidade ecológica verificada comparando as paleotemperaturas do grupo Pirabas com o grupo Recente sugere a resiliência do grupo em manter nichos de atuação similares durante o tempo geológico na região Amazônica. Entretanto, também insinua sua preferência em nadar dentro de condições específicas para obter um melhor desempenho fisiológico. O padrão ecológico de atuação proposto para os tubarões da Região Norte (23°C-30°C), além das paleointerpretações aqui realizadas a respeito do grupo devem ser incorporadas na elaboração de planos de manejo e conservação, pois reforçam o conhecimento científico existente sobre este táxon.

  • JULIO CÉSAR VADO ESPINOZA
  • PRODUÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR NOS MUNICIPIOS DE ABAETETUBA E ULIANÓPOLIS: ASPECTOS CLIMATICOS, SOCIOECONOMICOS E AMBIENTAIS.

  • Data: 05/02/2016
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  • As variáveis climatológicas estudadas no período de 30 anos (1984-2013), evidenciaram que as sazonalidade climática é um fator determinante para o custo de produção da cana-de-açúcar nos municípios de Abaetetuba e Ulianópolis, ambos com aptidão para o cultivo em referencia. Vale ressaltar que para o cultivo de cana-de-açúcar no município de Ulianópolis é imprescindível a utilização de técnicas de irrigação. Entretanto, o emprego desta tecnologia, além da exploração do manto aquífero, pode implicar na elevação dos custos de produção em aproximadamente 3 vezes mais se comparado ao cultivo no município de Abaetetuba.

    Embora o presente estudo proponha uma serie de indicadores ambientais e socioeconômicos de relevância, outras pesquisas devem ser realizadas, dada a importância da cana-de-açúcar para o desenvolvimento de energias alternativas na região. Cabe mencionar também que sob a ótica do ambiente institucional vigente (de crédito, regulação, ambiental, etc.) norteado pelo ZAE, novos empreendimentos canavieiros poderiam ser incentivados em áreas degradadas no Bioma Amazônia. Esta iniciativa, além de envolver debates e esforços de multiatores, poderiam contribuir positivamente para o fortalecimento da matriz bioenergética do país a partir da geração elétrica oriundas de resíduos agroindústrias, assim como possibilitar a geração de emprego e renda, a dinamização/fortalecimento da economia local e otimização do retorno financeiro aos investidores. Portanto, observado o mapeamento das grandes áreas já degradadas existentes no estado do Pará, o cultivo da cana-de-açúcar pode ser uma estratégia factível e merecedora de incentivos (financeiro, em ciência, tecnologia e inovação) promovendo a inclusão social diante da crescente demanda por produtos derivados desta cultura.

  • WANJA JANAYNA DE MIRANDA LAMEIRA
  • ANÁLISE E MODELAGEM DO DENDEZEIRO (Elaeis guineenses Jacq.) NO NORDESTE DO PARÁ E IMPLICAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DE TERRITÓRIOS SUSTENTÁVEIS

  • Data: 29/01/2016
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  • A política nacional dos biocombustíveis se propõe a mitigar os processos de mudanças
    climáticas mediante a redução das emissões de CO2, usufruir do mercado de Carbono,
    reduzir o desmatamento e promover a inclusão social, principalmente na área rural. Na
    Amazônia esta mobilização é pela palma de óleo (dendezeiro) por apresentar as
    melhores condições edafoclimáticas para esta cultura e dispor de uma grande
    quantidade de áreas consideradas “degradadas”, prioritárias para a implantação desta
    atividade. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar as condições de desenvolvimento
    do polo do dendezeiro no Pará, mediante o uso de indicadores de sustentabilidade, o
    apoio do Geoprocessamento e a formulação de modelos de mudanças de uso da terra,
    com vistas a auxiliar no planejamento de territórios sustentáveis. Trata-se de uma
    pesquisa interdisciplinar que utilizou metodologias complementares para abordar as
    dimensões ambientais e sociais da sustentabilidade do território. Os resultados mostram
    que: (i) há diferenças nos índices de desenvolvimento nos municípios de Acará,
    Cametá, Concórdia do Pará, Igarapé-Açu, Moju, Tailândia e Tomé-Açu, no polo do
    dendê do Estado do Pará, os quais, sem possuir dinamismo suficiente, permanecem na
    condição de cidades locais; (ii) houve, de 2008 a 2013, um aumento de
    aproximadamente 82% (de 80.272 ha para 146.611 ha) das áreas de dendezeiros, sendo
    a localização preferencial destes monocultivos às imediações da região metropolitana de
    Belém e nos municípios de Moju, Tailândia, Acará e Tomé-Açu; (iii) os trinta e sete
    municípios do polo do dendê apresentam condições de desenvolvimento entre o regular
    e o estágio crítico e que, nesta etapa do programa do biodiesel, mais de 60% das
    empresas ligadas a dendeicultura foram implantadas em áreas com boas condições
    socioeconômicas, parecendo uma contradição já que uma das metas do programa é
    reduzir as desigualdades no meio rural (capitalizar a agricultura familiar); (iv) haverá
    um aumento de cerca de 2.110 km² de dendezeiros em 2025, não chegando a preocupar
    posto que não representa 5% do polo do dendê, mas a questão a ser levantada é onde
    ocorrerão as mudanças e em que condições. Esse conjunto de resultados é útil para o
    planejamento territorial a partir de um amplo debate sobre o desenvolvimento
    sustentável em todos os aspectos (social, econômico e ambiental). Territórios
    Sustentáveis para a dendeicultura pressupõem um conjunto de ações gerenciadas de
    forma integrada, capazes de favorecer a expansão de tais cultivos na região, sem
    comprometer a conservação da biodiversidade, os processos ecológicos e a melhoria nas
    condições socioeconômicas. Para que a expansão da palma de óleo seja conduzida para
    um cenário de sustentabilidade, deve ser criado um ambiente institucional favorável à
    melhor governança, possibilitando identificar as fragilidades e potencialidades de cada
    região como estratégia para solucionar os descompassos do desenvolvimento existentes
    no polo do dendê. Pelo observado até o momento, parece que ainda é necessário
    percorrer um longo caminho para que a expansão sustentável do dendezeiro ocorra no
    Estado do Pará.

  • JULIE ANDREWS DE FRANÇA E SILVA
  • A INUNDAÇÃO SAZONAL E A TOPOGRAFIA COMO INDICADORAS AMBIENTAIS DA REGENERAÇÃO NATURAL EM UMA FLORESTA OMBRÓFILA DENSA ALUVIAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL’’

  • Data: 13/01/2016
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  • As florestas de várzea na Amazônia apresentam uma grande diversidade de espécies arbóreas e de peixes, com importância ecológica e socioeconômica para a prática de atividades como a agricultura, a pesca e o extrativismo pelas comunidades ribeirinhas.Os estudos de inundação auxiliam na compreensão da distribuição das espécies e das suas adaptações morfológicas e anatômicas. Poucos inventários florestais foram realizados na Amazônia brasileira com o intuito de fazer uma lista de espécies das florestas de várzea, principalmente em grandes áreas e raramente incluem as espécies do sub-bosque com diâmetros pequenos e baixa altura. Nesse contexto, o trabalho será realizado em uma floresta de várzea na Área de Proteção Ambiental Ilha do Combu localizada no município de Belém, para responder as seguintes questões: Os fluxos de maré influenciam na composição florística do estrato inferior? Em áreas mais suscetíveis a inundação há uma menor riqueza de espécies?

2015
Descrição
  • DENYS JOSE XAVIER FERREIRA
  • INFERÊNCIAS PALEOAMBIENTAIS PARA O NORDESTE DA AMAZÔNIA ORIENTAL A PARTIR DO ESTUDO DE REGISTROS FÓSSEIS E COMPOSIÇÃO ISOTÓPICA DE CARBONO (δ13C) E OXIGÊNIO (δ18O) EM ROCHA TOTAL DE CARBONATOS DA FORMAÇÃO PIRABAS (PA), MIOCENO INFERIOR.

  • Data: 03/11/2015
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  • O Mioceno Inferior (~23–16 Ma.) do nordeste da Amazônia Oriental tem despertado interesse da comunidade científica durante décadas, pois pertence a uma Época geológica caracterizada por um período de transição para o mundo moderno, marcado por diversas mudanças climáticas e geológicas que permitiram o estabelecimento de uma rica fauna e flora. Nesse contexto, encontra-se a Formação Pirabas que é uma unidade do Mioceno Inferior caracterizada por grandes deposições de sedimentos carbonáticos e siliciclásticos, e considerada uma das mais significativas unidades paleontológicas do Cenozóico brasileiro. Muitos trabalhos foram realizados na Formação Pirabas nos últimos anos o que permitiu uma maior acurácia nas interpretações e reconstrução do que seria a paisagem miocênica dessa unidade. Embora tenham ocorrido esforços com relação à recuperação de informações paleoambientais para o nordeste da Amazônia Oriental, através da integração entre registros fósseis e dados sedimentológicos, estratigráficos e faciológicos, ainda há uma carência ao que se refere à recuperação de informações paleoambientais mais integradas e refinadas entre a paleocomunidade e o estudo geoquímico. Tal falta de informação, torna a Formação Pirabas uma importante elucidativa para os cenários pretéritos e a evolução dos ambientes da região, sendo de grande relevância para a compreensão dos impactos de eventos miocênicos globais no território brasileiro, em especial na costa norte do Atlântico. O objetivo principal desse trabalho, de caráter multidisciplinar, consiste em refinar as inferências paleoambientais da Formação Pirabas no que se refere à disposição espacial dos paleoambientes e à dinâmica do nível do mar no nordeste do estado do Pará. Para o estudo, três locais foram escolhidos em função da representatividade e logística: Ponta do Castelo (Ilha de Fortaleza), praia do Atalaia (Salinópolis) e Mina B-17 (Capanema).

  • PRISCILLA FLORES LEAO FERREIRA TAMASAUSKAS
  • MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DA TERRA E SUA RELAÇÃO COM A FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL E O COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CARIPI-PARÁ

  • Data: 29/10/2015
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  • O processo de uso e ocupação da região nordeste do estado do Pará ocasionou grandes mudanças sobre a cobertura vegetal desta região, as quais indicam a existência de impactos tanto sobre a floresta remanescente como sobre o comportamento hidrológico das bacias hidrográficas da região. Este trabalho tem como objetivo mapear as mudanças de uso e cobertura da terra ocorridas na bacia hidrográfica do rio Caripi e, em seguida, analisar a fragmentação da cobertura florestal, principalmente das zonas ripárias, e avaliar os impactos das mudanças sobre o comportamento do escoamento superficial na bacia em questão. Como procedimentos metodológicos foram realizados a análise multitemporal das classes de uso e cobertura da terra a partir de imagens dos satélites Landsat 5 para os anos de 1984, 1994, 2004 e Landsat 8, para 2013; caracterização in loco das principais unidades componentes com reconhecimento dos principais sistemas ambientais associados; identificação e delimitação das zonas ripárias; aplicação de métricas de paisagem e simulação do comportamento do escoamento superficial a partir do método Curva-Número. Os resultados obtidos indicam que a bacia apresenta um estado de fragmentação avançado no médio e alto curso do rio principal e que, pela simulação e observações de campo, há impactos sobre o regime hídrico da bacia com uma considerável alteração do escoamento segundo as classes de uso e cobertura da terra existentes.

  • ARLETE SILVA DE ALMEIDA
  • MUDANÇAS DE USOS DA TERRA EM PAISAGENS AGRÍCOLAS COM PALMA
    DE ÓLEO (Elaeis Guineensis Jacq.) E IMPLICAÇÕES PARA A BIODIVERSIDADE
    ARBÓREA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 30/09/2015
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  • Este trabalho tem como objetivo geral analisar as mudanças, os conflitos e as trajetórias de usos da terra, assim como o valor de conservação da biodiversidade das plantações de dendezeiro e de outros usos da terra predominantes na região de Moju, no leste do Pará.
    O trabalho está organizado em cinco capítulos, sendo que o primeiro é a contextualização da pesquisa e os próximos capítulos (quatro) estão pautados nos seguintes objetivos específicos: a) analisar os conflitos de uso da terra em Áreas de Preservação Permanente - APPs, de acordo com o Código Florestal Brasileiro de 2012; b) mapear e quantificar os tipos de cobertura e uso da terra para 2013 em três recortes espaciais da região (Ubá, Arauaí e Mamorana), onde a implantação do cultivo da palma de óleo está presente; c) capturar a variabilidade espaço-temporal nas mudanças de trajetórias na paisagem dessa região, de 1991-2013, e identificar o efeito das mudanças no uso da terra na estrutura da paisagem e d) investigar a variação na riqueza de espécies de árvores e estoque de carbono entre diferentes coberturas vegetais e usos da terra predominantes nessa região.
    Para o estudo dos conflitos em APPs no município de Moju, foram utilizadas 29 imagens multiespectrais de alta resolução do satélite RapidEye de 2010. Os resultados mostram que a área destinada legalmente à preservação permanente (APP) em Moju é de 47.357,06 ha, que representa 5,21% da área municipal. As APPs com vegetação natural representam 68,60% do município e cerca de 28% dessas APPs tem uso conflituoso. Há predominância de pastagem em 15,6% das APPs e apenas 0,63% das APPs é ocupada com palma de óleo. De acordo com o Código Florestal Brasileiro de 2012, 60,69% das APPs não sofrerão recomposição.

  • ADELIA RIBEIRO FERREIRA
  • DESENVOLVIMENTO INICIAL DE TECA (Tectona grandis) EM RESPOSTA À FERTILIZAÇÃO COM NPK EM DIFERENTES CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 31/08/2015
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  • As áreas destinadas para reflorestamento, em geral, possuem baixa fertilidade, exigindo,
    portanto, o emprego de uma adubação balanceada, de forma a propiciar níveis de
    nutrientes compatíveis com as espécies. Para tanto, é necessário o estabelecimento de
    valores de referência mais precisos para a recomendação de fertilização de espécies
    florestais. Como estudos publicados sobre a adubação de de teca em condições de
    campo são bastante escassos, este trabalho visa avaliar a influência de fertilizações com
    N, P e K e de fatores climáticos no crescimento de teca, em diferentes condições
    edafoclimáticas do estado do Pará. O teste de adubação constituiu-se de um
    experimento fatorial com doses de N e K aplicadas em teca no município de Vigia e de
    Santa Maria das Barreiras, em delineamento experimental em blocos casualizados, com
    três repetições, em arranjo fatorial 4 x 2, sendo quatro doses de nitrogênio e duas doses
    de potássio, totalizando oito tratamentos e 24 parcelas experimentais. E outro
    experimento fatorial com doses de P e N aplicadas em teca nos municípios de Vigia e
    Santa Maria das Barreiras, com delineamento em blocos casualizados e três repetições
    em arranjo fatorial 4 x 2, sendo quatro doses de fósforo e duas doses de nitrogênio,
    totalizando oito tratamentos e 24 parcelas experimentais. O crescimento em H e DAP de
    teca submetida às doses de N e K no município de Vigia e Santa Maria das Barreiras,
    aos 30 meses de idade, não foi influenciado significativamente pelo fatorial N x K, não
    ocorrendo o aumento nestas duas variáveis com a elevação das doses de N e K aplicadas
    ao solo. Nas condições edafoclimáticas estudadas do município de Vigia, o crescimento
    máximo em H foi alcançado com as doses de 80 g de N e 138,5 g de P planta-1, e o
    crescimento máximo em DAP foi alcançado com as doses de 80 g de N e 206 g de P
    planta-1, enquanto que nas condições edafoclimáticas estudadas do município de Santa
    Maria das Barreiras, o crescimento máximo em H foi alcançado com as doses de 40 g
    de N e 140,62 g de P planta-1, e o crescimento máximo em DAP foi alcançado com as
    doses de 40 g de N e 161,25 g de P planta-1. O IPDAP apresentou relação com a
    sazonalidade da precipitação, com os maiores valores de IPDAP ocorrendo no período
    chuvoso e os menores valores ocorrendo no período menos chuvoso.

  • LARISSA PAULINA SOUZA PINHEIRO
  • EFLUXO DE DIÓXIDO DE CARBONO DO SOLO NA TRANSIÇÃO FLORESTA-SISTEMA AGROFLORESTAL NO MUNICÍPIO DE TOMÉ AÇU, PARÁ

  • Data: 31/08/2015
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  • O efluxo de dióxido de carbono (CO2) do solo corresponde ao principal fluxo de carbono da biosfera para a atmosfera. Os solos tropicais, que geralmente apresentam umidade e temperatura elevadas, oferecem condições bastante propícias para a produção de CO2, pois favorecem a decomposição da matéria orgânica, a respiração das raízes e a respiração microbiana, aumentando a emissão de CO2 do solo para a atmosfera. As práticas de manejo do solo influenciam as variáveis controladoras do estoque de carbono e da emissão de CO2 de solos agrícolas. Um maior entendimento dessa influência tem motivado estudos em todos os ecossistemas, os quais, entre outros objetivos, procuram identificar e/ou desenvolver práticas que aumentem o estoque de carbono e reduzam a emissão de CO2 do solo, como é o caso dos sistemas agroflorestais (SAFs). Devido ao grande interesse científico mundial no entendimento dos processos físicos e biológicos envolvendo fluxos de CO2 entre a superfície e a atmosfera, objetivou-se com esta pesquisa avaliar os efeitos da transição entre uma floresta secundária e sistemas agroflorestais com cultivo de palma de óleo (Elaeis guineensis Jaq.) sobre o efluxo de CO2 e fatores bióticos e abióticos do solo. O experimento foi conduzido no município de Tomé Açu, Nordeste Paraense, em um projeto que avalia modelos de sistemas de produção de palma de óleo em arranjos agrosilviculturais que contemplem o produtor rural familiar. O efluxo de CO2 do solo foi medido com sistema portátil de medição de fotossíntese (LI-6400) acoplado a uma câmara de respiração do solo. Também foram medidas a temperatura e a umidade gravimétrica do solo, a respiração basal (RB), o teor de carbono da biomassa microbiana do solo (CBMS), o teor de carbono orgânico total, o estoque de raízes finas e o estoque de serapilheira em dois SAFs e em uma floresta secundária remanescente. As medições de efluxo de CO2 e coleta de materiais ocorreram entre janeiro e abril de 2015. O efluxo de CO2 do solo foi influenciado principalmente pela temperatura e umidade do solo nos dois sistemas avaliados. O efeito da transição floresta-SAFs foi significativo em relação a efluxo de CO2, raízes finas, CBMS e RB. A transição de floresta secundária para SAFs com palma de óleo e a variabilidade espacial ou arranjo das espécies dos sistemas afetam a qualidade ambiental do solo. Essas alterações devem estar ligadas a impactos decorrentes de mudanças na estrutura e na composição de espécies dos sistemas, assim como do manejo da matéria orgânica do solo.

  • SUZANE SERRANO CERVEIRA
  • EQUAÇÕES ALOMÉTRICAS PARA ESTIMAR A BIOMASSA ACIMA DO SOLO EM FLORESTA PLANTADA COM TACHI-BRANCO (Tachigali vulgaris), DOM ELISEU/ PARÁ

  • Data: 24/07/2015
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  • O estudo de biomassa em floretas tropicais tem assumido um papel de grande importância em relação à contribuição dos ecossistemas para o ciclo global do carbono. Muitos artigos sugerem o plantio de Tachigali vulgaris (Taxi-Branco) para projetos de captação de carbono na Amazônia e geração de créditos de carbono. Porem pouco se sabe como estimar o incremento de biomassa e como diferentes espaçamentos interferem no microclima local. O presente trabalho foi conduzido na Fazenda Gênesis no município de Dom Eliseu, Estado do Pará, teve por objetivo determinar curvas alométricas para acumulo de biomassa acima do solo, utilizando métodos destrutivos, o teor de carbono na biomassa e consequentes variações micrometeorológica em Taxi-Branco, nos espaçamentos 4mx2m, 4mx3m e 4mx4m, com densidade populacional variando de 208 até 403 plantas por parcela. Para as equações utilizou-se uma base de dados de 54 árvores de uma única espécie, nas quais foram medidas as variáveis altura total, diâmetro à altura do peito (DAP), sendo que cada árvore amostra foi derrubada e dividida nos componentes tronco, galhos e folhas. O peso verde de cada componente foi obtido in loco, sendo que amostras verdes foram coletadas, pesadas e trazidas ao laboratório em Belém para secagem em estufa até peso constante. Foram utilizados 17 modelos de equações de regressão comumente utilizados na literatura, sendo escolhidas as equações com maior coeficiente de determinação (R²). O estoque de biomassa e carbono da parte aérea foi observado no espaçamento mais denso, ou seja, 4mx4m, concentrando-se principalmente no tronco da árvore. A distribuição do teor de umidade por classes foi: folhas > galhos > tronco. O segmento tronco foi dividido conforme a sua altura nas medidas (BASE, DAP, 25%, 50%, 75% e 100% da altura total do tronco, o DAP obteve maior teor de umidade do que os outros compartimentos. A temperatura foi maior no espaçamento com menor densidade (4mx4m) e a umidade relativa teve seus maiores valores para espaçamentos com maiores densidades (4mx2m). Os meses de setembro e outubro apresentaram maior temperatura, e menor umidade relativa, entretanto, os meses de novembro e dezembro, apresentaram menor temperatura e maior umidade relativa do ar.

  • LUCIA CARDOSO DA PAIXAO
  • UTILIZAÇÃO DO CATT-BRAMS PARA ANÁLISE DO TRANSPORTE E DISPERSÃO DE MATERIAL PARTICULADO E MONÓXIDO DE CARBONO PROVENIENTE DA QUEIMA DA BIOMASSA E DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS NO ESTADO DO PARÁ

  • Data: 19/06/2015
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  • O ano de 2010 caracterizou-se como um ano mais seco, com um evento de el niño fraco, porém com uma característica interessante: foi precedido de dois anos chuvosos. Além disso, havia, no Laboratório de Modelagem da Amazônia (LAMAZ) da Universidade Federal do Pará (UFPA), dados disponíveis para a modelagem do comportamento das plumas de duas substâncias consideradas poluentes e originadas por atividades antropogênicas no estado do Pará, deste ano de 2010. Com base nesses aspectos, aliados ao interesse de avaliar a qualidade do ar atmosférico do Pará durante períodos de estiagem, desenvolveu-se esta dissertação, cujo objetivo principal foi analisar as fontes de origem, transporte e dispersão de emissões atmosféricas, compostas por material particulado (MP2,5) e monóxido de carbono (CO), provenientes da queima da biomassa vegetal e das atividades industriais existentes e em operação nesta região de estudo, durante o período seco de 2010. Para isto, utilizou-se a sub-rotina Couppled Atmospheric Tracer Transport Model (CATT) no modelo de previsão de tempo e clima de mesoescala Brazilian Developments on the Regional Atmospheric Systems (BRAMS), com duas grades aninhadas, e realizou-se um levantamento dos focos de fogoocorridos no período de estudo, tendo como base os dados disponibilizados pelo INPE/CPTEC, e das atividades industriais implantadas e em operação no Estado, através do Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SIMLAM-SEMA/PA). Os dados de precipitação, através da base de dados da Rede Estadual de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Pará (RPCH) e as características orográficas do Pará, simulada pelo modelo BRAMS, também foram utilizadas. O desenvolvimento e a análise dos estudos realizados evidenciaram a influência das chuvas sobre a quantidade de focos de fogo gerados: na medida em que o período se tornava mais seco, maior a quantidade de focos de fogo, e os resultados gerados não deram base para analisar a influência da topografia do Estado no transporte e dispersão dos poluentes estudados, porém evidenciaram os efeitos dos ventos e das condições de convecção locais no transporte e dispersão das emissões de CO e de MP2,5 geradas à superfície.

  • CLEYRIANE MIRANDA DA SILVA
  • VARIABILIDADE ESPAÇO TEMPORAL DO EFLUXO DE CO2 DO SOLO ASSOCIADO A FATORES ABIÓTICOS EM CULTIVO DE HÍBRIDOS

  • Data: 27/04/2015
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  • A amazônia Legal concentra uma grande extensão de área natural que fornecem serviços ecossistemicos essenciais a manutenção e ao equilibrio do ecossitema, porém há necessidade de agregar novos estudos para contribuir com mais dados que entendam as mudanças climáticas. 

    O principal eixo que gira em torno do uso da terra é a relação entre a tranformação da paisagem e das peocupações futuras das emissões ou sumidouros de CO2 em diferentes paisagens.

    As pesquisas de campo foram realizadas na Empresa Marborges Agroindústria S. A, localizada em Vila Bacuriteua no município de Mojú Pará. A determinação do estoque de raízes já está sendo feita através de coletas de amostra de solo retiradas na profundidade de 0-10 cm com um trado e para o efluxo de CO2 será estimado utilizando-se um analisador de gás por infravermelho LI-COR 6400 acoplado a uma câmara dinâmica, que onde serão medidas algumas variáveis como temperatura e umidade nos períodos chuvoso e seco.

    Trabalhos com esse enfoque são importantes devido a vários fatores, o conhecimento dos benefícios do cultivo da palma de óleo a anos já estão sendo estudados, porém poucos são os estudos com híbridos interespecíficos (Elaeis guineenses x Elaeis oleífera) principalmente no Leste da Amazônia, mostrando assim que se faz necessário abranger os enfoques e as áreas de estudos. 

  • ANDRIELLE LEAL DA SILVA
  • O PROGRAMA TERRITÓRIOS DA CIDADANIA: uma estratégia de fortalecimento das coletividades locais, ação governamental e desenvolvimento rural sustentável. O Território da Cidadania do Sudeste Paraense em foco.

  • Data: 24/04/2015
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  • O Território da Cidadania do Sudeste do Estado do Pará passou por grandes
    transformações e ciclos produtivos, e vem recebendo políticas e programas do
    governo federal. Contudo, para serem implementadas, essas políticas passam por
    grandes desafios que estão intrínsecos à sua elaboração no que diz respeito à
    participação das coletividades locais, repasse de informações, até a falta de gestão
    e monitoramento pós-implementação dessas políticas. Esta pesquisa visa identificar
    por meio do estudo desse território o processo de implementação e andamento do
    Programa Territórios da Cidadania, cujo objetivo é promover o desenvolvimento
    territorial sustentável considerando as peculiaridades locais e regionais, bem como a
    eficácia do mesmo no território, discutindo numa abordagem territorial a contribuição
    desse programa para a gestão social no território, a partir da atuação do Colegiado
    de Desenvolvimento Territorial (CODETER), bem como a sua contribuição para o
    Desenvolvimento Territorial Rural Sustentável. Esta analise foi realizada por meio da
    Pesquisa Participante, por meio do contato direto com os fatos e participação e
    observação de reuniões e plenárias. Para tanto foi elaborado uma base teóricoconceitual
    sobre os assuntos abordados; apresentado um levantamento das
    características do sudeste paraense a partir da sua história evolutiva de uso e
    ocupação, até o contexto atual e criação do território da cidadania; realizado uma
    analise do processo de planejamento e participação das coletividades locais por
    meio de uma analise da construção e execução do Plano Territorial de
    Desenvolvimento Rural Sustentável do Sudeste Paraense elaborado em no ano de
    2010; também foi discutida a atuação do CODETER, como espaço público de
    debate e gestão social do território, neste eixo buscar-se-á analisar a real
    contribuição do CODETER no processo de desenvolvimento rural sustentável e
    integração territorial. Podemos concluir no que se refere à gestão territorial, que
    apesar da construção histórica do Território por meio de inúmeros debates para
    pensar e/ou coordenar políticas públicas, atualmente acontece um processo
    esvaziamento desses espaços de debates, especialmente pela ausência dos
    movimentos sociais e conselhos municipais, o que dificulta a gestão e aplicação
    efetiva do plano de desenvolvimento, este fato dificulta a gestão territorial e
    consequentemente o processo de desenvolvimento rural sustentável e integração
    territorial. Observou-se que esta política pública ainda apresenta-se pouco
    significativa para superar o modelo desenvolvimentista e desigual do território,
    portanto, não está sendo dada a devida importância, tanto pelos movimentos sociais
    quanto por diversos órgãos públicos, dificultando a obtenção de resultados
    realmente eficazes e a promoção do desenvolvimento rural sustentável do território

  • SUANNE HONORINA MARTINS DOS SANTOS
  • ACIDENTES COM TRANSPORTES HIDROVIÁRIOS E OS EXTREMOS METEOROLÓGICOS NO NORDESTE DA AMAZÔNIA

  • Data: 30/03/2015
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  • Este estudo analisou os acidentes com transportes hidroviários de passageiros e cargas no período de 2008 a 2013, em consequência dos extremos meteorológicos ocorridos no nordeste da Amazônia, geralmente com consequências graves a estrutura das embarcações e principalmente a perda de vida humana. Baseado em dados da Capitânia dos Portos da Amazônia Oriental, referente aos inquéritos sobre acidentes e fatos da navegação, pode-se caracterizar em que período esses acidentes mais ocorrem assim como a distribuição desses acidentes no tempo e no espaço, através de subáreas denominadas 1, 2 e 3, onde são classificados os acidentes mais comuns na subárea 1 do tipo naufrágio onde a bacia do Marajó se localiza com características de rios mais larga, na subárea 2 e 3 do tipo abalroamento onde as características morfológicas dos rios são mais estreitas, assim, além desses resultados obteve-se em relação a precipitação no período chuvoso (dezembro a maio) como sendo a maior responsável pelos acidentes ocorridos neste período que sofre forte influência de sistemas precipitantes como a Zona de Convergência Intertropical, Sistemas Convectivos de Mesoescala, Linhas de Instabilidade e Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis e, no período menos chuvoso (junho a dezembro) o vento é tido como principal variável que ocasiona acidentes no modal hidroviário, principalmente por ocasião da intensificação dos ventos alísios de nordeste, que encontram uma atmosfera livre de instabilidade, os acidentes tendem a ocorrer com maior frequência no horário das 12 às 24 horas. Deste modo, com a climatologia da precipitação com dados do Instituto Nacional de Meteorologia, pode- se mostrar através da climatologia da precipitação da área de estudos, diminuição do quantitativo das subáreas mais adentro do continente. O vento no período menos chuvoso age com maior intensidade na subárea 1, o maior número de vítimas se concentra em crianças e adultos, sendo em sua maioria com homens. Foi apresentado ainda uma abordagem dos aspectos socioeconômicos baseados nos riscos inerentes as embarcações, com cascos de aço naval e madeira. Este último representa a realidade da Amazôniapor possuir estrutura de mais fácil colapso e que acaba por vitimar o maior número de pessoas. Assim sendo, potencial ameaça a segurança da navegação de cargas e passageiros que leva em consideração particularidades socioeconômicas. Embora as embarcações com maior número de acidentes tenham sido os empurradores de balsas, construídos em aço naval. Neste sentido, o auxílio primordial da previsão do tempo na navegação pode reduzir o número de acidentes com embarcações hidroviárias, pois o desconhecimento das condições atmosféricas por parte daqueles que pilotam as embarcações é notoriamente precárias, em razão desse desconhecimento as chances de acidentes são elevadas, influenciando os aspectos socioeconômicos dos passageiros e proprietários das embarcações que navegam os rios pertencentes a baía do Marajó, rio Tocantins, rio Pará e rio Amazonas, que foram as hidrovias estudas neste trabalho de dissertação.

  • LUCIANA DANIELLE ANTUNES MONTEIRO
  • A INFLUÊNCIA DO CRESCIMENTO URBANO NA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA NO BAIRRO DE VAL-DE-CANS EM BELÉM-PA

  • Data: 23/03/2015
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  • As mudanças climáticas globais, regionais e locais representam, na atualidade, uma das maiores preocupações da humanidade. Estudos apontam que essas mudanças podem ocorrer tanto a partir de causas naturais quanto antrópicas. A temperatura do ar é uma das variáveis meteorológicas, que é alterada por essas mudanças. O objetivo deste trabalho foi analisar a variação horária da temperatura do ar e ponto de orvalho na região onde está localizada o Aeroporto Internacional de Belém, ao longo de 31 anos. Para o trabalho, foram utilizados dados horários de temperatura do ar e ponto de orvalho, analisados por períodos: I (1975-1984), II (1985-1994) e III (2003-2013), o período (1995-2002) não foi disponibilizado para o estudo. As análises dos dados foram realizadas calculando as médias horárias, mensais e anuais para cada período. Nas temperaturas máximas e mínimas diárias foi utilizada a técnica de Ondeleta de Morlet para verificar o sinal em que as temperaturas apresentam maior variabilidade. Também, para identificar a porcentagem de áreas verdes e temperatura de superfície terrestre (TST) na região de Val-de-Cans foram utilizadas imagens de satélite, para os anos de 1985 e 2013. Para a análise do conforto térmico para a região de Val-de-Cans foi utilizado o Índice de Temperatura Efetiva (TE). Na análise da temperatura do ar foi identificado um aumento de 0,4°C nas temperaturas máximas e 0,9° nas mínimas ao longo dos períodos. A temperatura máxima e mínima diária apresentou intensidade do sinal no ciclo anual e esse sinal pode estar relacionado a fenômenos naturais de escala anual, que influenciam na variação das mesmas. Verificou-se também que ao longo de 29 anos houve redução de aproximadamente 665,73 hectares, em áreas verdes na região de Val-de-Cans. Os resultados mostraram que a região de Val-de-Cans, em 1985, apresentava temperatura da superfície mais amena. Em 2013, com o crescimento da urbanização, as áreas verdes diminuíram, aumentando, assim, as áreas aquecidas. Para a análise do conforto térmico para a região de Val-de-Cans foi utilizado o Índice de Temperatura Efetiva (TE), com o qual se verificou que no período III os valores máximos de TE indicaram estresse térmico, podendo causar impactos na qualidade de vida da população. Onde o comportamento térmico pareceu efetivamente ser influenciado pelo processo de urbanização.

  • BRUNO DELANO CHAVES DO NASCIMENTO
  • ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE FOLHAS DE MANGUE VERMELHO (Rhizophora mangle L.) EM UM MANGUEZAL E ÁREA TRANSICIONAL EM SÃO JOÃO DE PIRABAS, PARÁ

  • Data: 27/02/2015
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  • Os manguezais são ecossistemas costeiros característicos de regiões tropicais e subtropicais de grande importância social e ecológica. Na Amazônia esses ecossistemas representam mais da metade das áreas de mangue do Brasil (cerca de 70%) e são reconhecidos pela sua grande exuberância e magnitude relacionadas à distribuição regular das chuvas, as altas temperaturas, a grande amplitude de marés (>4m) e ao suprimento de sedimentos dos rios dessa região. Mudanças nas características hídricas e nas propriedades físico químicas do solo podem provocar alterações na dinâmica dos nutrientes nesses ecossistemas. Em ambientes transicionais essas características são alteradas e podem ter efeitos sobre a concentração de nutrientes nos compartimentos do ecossistema. Visando diferenciar esses ambientes de transição e os ambientes de manguezais propriamente ditos quanto à concentração de nutrientes é que este trabalho busca avaliar os teores de nutrientes no solo, em folhas de Rhizophora mangle L. e em folhas de serapilheira nesses dois tipos de ambientes em dois períodos sazonais em um manguezal do litoral amazônico. Foram coletadas amostras no mês de menos chuva (setembro de 2011) e o de mais chuvas (abril de 2012) nas duas áreas e submetidas a análises químicas para obter a concentração de macro (Ca, Mg, Na, K, Al, S, P, N, C) e micro nutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe). Também foram analisadas as propriedades físico-químicas do solo (Eh, pH e Salinidade) e a granulometria do solo. Os resultados apontam maiores concentrações de nutrientes no solo do manguezal de franja quando comparado a zona de transição (manguezal x floresta secundária), indicando que o Eh que é mais baixo no primeiro influenciado pela proximidade com o mar e a maior frequência de inundação pelas marés, é o principal fator de diferenciação na concentração de nutrientes do solo. Os nutrientes nas folhas de Rhizophora mangle L. não apresentam grandes diferenças de um ambiente para o outro e não seguem o mesmo padrão de concentração do solo quanto às duas áreas estudadas, porém, nas folhas são mais influenciados pela diferença de um período climático para o outro. Assim, as árvores de mangue vermelho do bosque da zona de transição conseguem manter uma concentração de nutrientes semelhante ao bosque de franja, sendo a diferença estrutural do bosque mais relacionada a granulometria do solo do que a relação nutricional, já que essas árvores possuem mecanismos fisiológicos para conservação e seleção de nutrientes, como é o caso do N que poderia ser um nutriente limitante nesses ambientes.

  • LUIS WALDYR RODRIGUES SADECK
  • O ZONEAMENTO AMBIENTAL POR REDES NEURAIS ARTIFICIAIS (SOM) COMO INSTRUMENTO DE ORDENAMENTO TERRITORIAL NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ 

  • Data: 10/02/2015
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  • Os estudos voltados ao ordenamento territorial em geral representam o emprego de uma grande quantidade de informações o que torna o processo de interpretação bastante complexo, em consequência disso o processo de tomada de decisão torna-se mais lento. Além disso há a necessidade de ajuste espacial (escala) e temporal (mesmo período de aquisição) dos dados utilizados. O emprego de metodologias lineares ou com bases de informação insuficientes tornam frágeis estes instrumentos que deveriam atuar como sistemas de suporte a decisão. Logo, este trabalho pretende contribuir com uma proposta metodológica para desenvolvimento dos processos de ordenamento territorial nos moldes do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) através de Redes Neurais Artificiais (RNA) – Self Organizing Map (SOM). O principal objetivo é de subsidiar o processo de regionalização com suporte ao ordenamento territorial, permitindo que o processo ocorra de maneira mais dinâmica e rápida mediante os procedimentos de coleta de dados (socioeconômicos e ambientais), ajuste dos dados, execução da rede e interpretação das áreas para a criação do mapa síntese de ordenamento territorial. Essas etapas permitiram a parametrização e escolha da rede que dará melhor resultado conforme treinamento e análise do interprete sobre os dados gerados, considerando algumas formas de análise como U-matriz, planos de componentes, gráficos por classe, análise por Cluster e criação dos mapas. Os resultados obtidos separaram a área de estudo em 12 zonas, que foram reagrupadas a partir de critérios de similaridade de comportamento em 4 categorias, que representam os principais eixos de sustentabilidade propostos para o estado do Pará, a partir do ZEE existente. A metodologia proposta conseguiu individualizar zonas na região que o ZEE não definiu, principalmente em função da maior possibilidade oferecida pela SOM de conjugar e integrar um grande número de variáveis físicas, sociais e econômicas.

  • CARLA CRISTINA DE AZEVEDO SADECK
  • VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE ÁREAS URBANIZADAS NO ENTORNO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS EM BELÉM-PARÁ

  • Data: 03/02/2015
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  • A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade socioambiental de áreas urbanizadas no entorno de bacias hidrográficas e as medidas de gestão preventivas e de precaução associadas. Para tanto foram abordadas duas áreas, os bairros do Curió-Utinga e da Cremação, que sofrem atualmente com alagamentos constantes. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas com moradores dessas áreas e posteriormente os dados foram tabulados e analisados traçando o perfil socioeconômico desses moradores. Além da identificação das ações de gestão que estão sendo aplicadas pela Defesa Civil e Órgãos Gestores responsáveis. Como resultado identificou-se que o Curió-Utinga não possui projeto de Gestão definido que leve em consideração o perfil socioeconômico das pessoas que residem no local, contando, apenas com ações isoladas realizadas pela Defesa Civil para a prevenção e alerta dos episódios de alagamentos. A área da Cremação é parte do Projeto PROMABEN, com a finalização do projeto um dos objetivos seria a diminuição dos alagamentos na área e a implantação do saneamento básico. Apesar de não ter um projeto de urbanização para o entorno do canal, que considere o perfil socioeconômico dos residentes, a obra realizada, é o começo da ação da gestão pública para a redução dos impactos na área no momento de extremos hídricos.

2014
Descrição
  • JOSIANE SARMENTO DOS SANTOS
  • FREQUÊNCIA DE PRECIPITAÇÃO E IMPACTOS DECORRENTES ASSOCIADOS À CHUVA NA CIDADE DE BELÉM-PA
  • Data: 18/12/2014
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  • O objetivo desta pesquisa foi analisar a frequência de precipitação (PRP) extrema para verificar os impactos causados pela PRP severa à cidade de Belém-Pa, Brasil, no período de 30 anos (1984 a 2013). Para tanto, foi identificada a possibilidade de ocorrência de convecção úmida através da análise da Energia Potencial Disponível para a Convecção (CAPE), utilizando dados de radiossondagens do Destacamento e Controle do Espaço Aéreo de Belém (DTCEA-BE); análise da frequência da precipitação (PRP) e ocorrência de eventos extremos de precipitação (EEPRP) da estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Belém-Pa (INMET-BE); senso demográfico do IBGE no período de 1980 a 2010; notícias dos jornais locais (NJL) da cidade (1984-2013); e pronto de alagamentos detectados pela Defesa Civil do Pará (PADCP). A CAPE é analisada através de valores de referência, os quais têm condições associadas, sendo que neste estudo os intervalos: a) CAPE menor que 1000 J/kg, b) CAPE maior ou igual a 1000 e menor 2500 J/kg, c) CAPE maior ou igual a 2500 e menor que 4000 J/kg e d) CAPE maior ou igual a 4000 J/kg, foram classificados respectivamente de CAPE 1, 2, 3 e 4. Os resultados mostraram tendência (T) de aumento da PRP e dos EEPRP, que estiveram associados a maior frequência da La Niña. A atmosfera local apresentou condições favoráveis ao desenvolvimento de convecção úmida profunda, pois a CAPE com valores maiores que 1000 J/kg (que é o limite para formação de nuvens convectivas) foi a mais frequente, representando 65% de todas radiossondagens. As CAPE 2 e 3 apresentaram T significativas de aumento com o tempo, enquanto a CAPE 1 e 4 diminuição. Essa situação provavelmente é resultado do aumento da temperatura do ar ocorrido na cidade, que impacta no valor da CAPE. Os resultados também mostraram a existência de T e correlação positivas entre crescimento populacional e aumento da PRP, ou seja, maior número de pessoas estão sendo afetadas, principalmente devido à ocorrência de EEPRP. O principal problema enfrentado na cidade e pela sociedade quantificado através das NJL, são os alagamentos. Os bairros mais suscetíveis ao aumento da PRP e EEPRP foram os frequentemente NJL e detectados por PADCP, são: Agulha, Cremação, Guamá, Jurunas, Cidade Velha, Campina, Reduto, Marco, Pedreira, Canudos, Terra Firme, Curió Utinga e Fátima. Foi possível notar que os alagamentos não estão restritos as classes sociais de menor poder aquisitivo, isto porque a cidade tem deficiência e ineficiência da infraestrutura urbana, além de rede de esgoto e drenagem precários.
  • EMILIE STOLL
  • RIVALITÉS RIVERAINES: Territoires, stratégies familiales, et sorcellerie en Amazonie brésilienne

  • Data: 02/12/2014
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  • Cette étude propose une réflexion sur les logiques sociales sous-jacentes à des conflits
    présentés comme « identitaires », chez des populations riveraines d’Amazonie. Cette
    problématique a surgi des politiques publiques mises en oeuvre par l’État brésilien pour
    l’encadrement territorial en Amazonie. Dans les villages étudiés, des familles qui s’identifient
    comme « indigènes » s’opposent, depuis les années 2000, à d’autres, considérées comme
    « traditionnelles » par l’Etat. L’approche adoptée, résolument microsociologique, permet de
    mettre en avant les dynamiques locales d’inclusion et d’exclusion des acteurs au sein de
    groupes résidentiels (les « fratries-résidentielles »), ainsi que les relations interfamiliales dans
    le jeu du factionnalisme local. Dans ce cadre, l’adoption d’une catégorie identitaire juridicolégale
    apparaît alors comme un langage parmi d’autres – comme la sorcellerie – pour
    exprimer les relations d’antagonisme et de violence symbolique qui constituent, localement,
    un mode interactionnel à part entière. Plus qu’ils ne « font communauté », les riverains du
    bas-Amazone pratiquent ainsi une culture de réseaux et articulent plusieurs sphères sociales et
    groupes d’interconnaissance où sont recrutés les membres des factions villageoises, dans des
    stratégies d’appropriation locale des ressources.

  • AMANDA NASCIMENTO PINHEIRO
  • BALANÇO DE ENERGIA E FLUXOS TURBULENTOS ASSOCIADOS À FATORES FÍSICO- QUÍMICOS DA ÁGUA, NA BAÍA DE CAXIUANÃ.

  • Data: 07/07/2014
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  • Investigar o comportamento do balanço de energia sobre superfícies aquáticas ainda é um desafio cientifico, pois são raros estudos disponíveis neste tipo de superfície. A flona de Caxiuanã há vários anos se tornou um grande objeto de estudo para diversos ramos da ciência, que servem de suporte para região amazônica. Dentre esses encontra-se a micrometeorologia, que aborda entre seus principais tópicos de interesse os fenômenos de troca de energia e massa na interface superfície-atmosfera. Visando suprir essa carência de informações, no presente estudo foram analisadas as variações horárias e sazonais das componentes do balanço de energia, como fluxo de calor latente e de calor sensível. Com o auxilio de variáveis meteorológicas tais como precipitação, temperatura do ar, velocidade e direção do vento além de parâmetros físico-químicos da água (albedo, nível de maré, turbidez, temperatura da água, carbono orgânico e inorgânico total) verificou-se o papel de cada uma dessas variáveis no fechamento do balanço de energia sobre uma superfície aquática na baia de Caxiuanã. Uma peculiaridade apresentada pela baia de Caxiuanã foi a temperatura da água estar sempre com valores superiores à temperatura do ar, demonstrando que a baia consegue reter grande quantidade de calor durante o dia, e não perde a maior parte deste calor para a atmosfera durante a noite. O carbono orgânico total presente nas águas da baia apresentou redução da concentração ao longo do período de estudo. O fluxo de calor latente (LE) mostrou ser a componente dominante do balanço de energia, apresentando valor médio de 200 W.m-2 durante a maior parte do período de estudo, e o fluxo de calor sensível (H) apresentou valor máximo em Maio, cerca de 50 W.m-2. Os valores negativos de H durante período noturno demonstram que a baia está perdendo calor para o ambiente, isto é, a mesma esta atuando como fonte calor para atmosfera adjacente, inclusive para a floresta.

  • ANA CAROLINA BATISTA MAFRA
  • TROCAS TURBULENTAS NOTURNAS DE CO2 ENTRE A FLORESTA DE UATUMÃ, AMAZONAS, E A ATMOSFERA

  • Data: 04/07/2014
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  • Estuda-se a Camada Limite Noturna – CLN sobre área de floresta tropical primária a nordeste do Estado do Amazonas, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uatumã distante 15 km ao rio Uatumã, a cerca de 380 km a nordeste da cidade de Manaus, no Amazonas. Pretende-se determinar algumas das características da CLN, particularmente regimes noturnos de turbulência através da identificação das diferenças existentes relacionadas a trocas verticais de CO2, de acordo com a metodologia proposta por Sun et al. (2012). Serão utilizados dados de resposta rápida das grandezas escalares e vetoriais da atmosfera, como por exemplo, a concentração do CO2 e a velocidade do vento, respectivamente. A metodologia aplicada permite a caracterização da CLN em três regimes de estabilidade dinâmica: 1º) de turbulência fraca, com velocidade média do vento baixa; 2º) de turbulência forte, com velocidade do vento alta e, 3º) de turbulência intermitente, com ocorrência de eventos “top-down”. A partir dessa caracterização, foram investigadas algumas das principais características estatísticas de cada regime turbulento. Como seria de se esperar, os fluxos turbulentos de CO2 aumentam com a elevação do valor da escala característica de velocidade turbulenta, VTKE, associada à energia cinética turbulenta medida acima da superfície. Assim, eles aumentam consideravelmente com o regime 2, associado a maiores valores da velocidade média do vento, |V|, e caracterizado pela ocorrência de mistura na camada limite atmosférica, CLA, gerada por forçantes não predominantemente superficiais.

  • ANA PAULA ASSUNÇÃO TEIXEIRA
  • A INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE ESPACIAL E SAZONAL SOBRE O EFLUXO DE DIÓXIDO DE CARBONO DO SOLO EM AMBIENTES MODIFICADOS NA FLONA DE CAXIUANÃ – PA

  • Data: 04/07/2014
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  • Este estudo teve como objetivo investigar a influência da variabilidade espacial e sazonal sobre o efluxo de CO2 do solo para a atmosfera comparando com fluxos de calor sensível e calor latente, assim como com as variáveis ambientais (temperatura do ar e do solo, umidade relativa do ar e umidade volumétrica do solo) e carbono orgânico total do solo. Este estudo foi realizado em ambientes modificados naturalmente (AMN) e antropicamente (AMA) na FLONA de Caxiuanã (PA), durante o período de transição de estação chuvoso-seco e período seco no ano de 2013. Pudemos constatar que a abertura de clareiras de forma natural e antrópica promovem variações dos fatores ambientais que chegam ao interior dos ambientes modificados, provocando maior intensidade no fluxo de calor, favorecendo assim a variabilidade espacial do efluxo de CO2. O AMN apresentou um aumento do efluxo de CO2 do período de transição da estação chuvoso–seco para o período seco, onde as maiores taxas de efluxo ocorreram no período da tarde com o afastamento da clareira para o interior da floresta sob dossel fechado em sentido leste e oeste da clareira. Contrastando com o AMA onde foi verificado redução das taxas de efluxo do período de transição de estação chuvoso–seco para o período seco. As correlações entre temperatura do solo e umidade do solo com o efluxo de CO2 apresentaram correlação significativa principalmente no centro das clareiras, influenciadas pelo transporte de calor mais intenso neste local. Dessa forma, o efluxo de CO2 recebe influência das variáveis ambientais micrometeorológicas, características físicas e químicas do solo e aporte de carbono orgânico total, apresentando variações de comportamento com a abertura de clareira natural e antropizada na floresta Amazônica.

  • JAQUELINE CRISTINA DO CARMO SANTOS
  • Estudo de eventos extremos hidrológicos na calha do médio e baixo Amazonas

  • Data: 02/07/2014
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  • A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, possuindo sete milhões de quilômetros quadrados de extensão (quatro milhões em território brasileiro). O rio principal desta bacia é o Amazonas que nasce no Peru e depois percorre o território brasileiro. A bacia apresenta uma grande variabilidade espacial e temporal da precipitação, variável que regula o seu comportamento hidrológico, com máximos superiores a 3500 mm anuais e mínimos anuais por volta dos 2000 mm. Os eventos hidrometeorológicos (vazão e precipitação) extremos apresentam uma variabilidade interanual associadas ao El Niño Oscilação Sul (ENOS) e ao Dipolo do Atlântico. Portanto, dada a grande dimensão da bacia do Amazonas e a sua complexidade hidrológica, este plano de qualificação busca analisar os padrões de cotas fluviométricas da Calha do Médio e Baixo Amazonas com dados da Agencia Nacional de Águas (ANA) no período de 1982-2012. O método adotado para a definição de extremos hidrológicos será a técnica dos Quantis. Serão investigados os anos mais críticos de ocorrências de El Niño, La Niña e Dipolo do Atlântico que serão comparados com os anos de ocorrências de eventos extremos hidrológicos. Os dados são das seguintes estações fluviométricas; Óbidos, Manaus, Santarém, Oriximiná, Parintins, Porto de Moz e Borba. Como resultado espera-se verificar os diferentes comportamentos hidrológicos e toda calha do Médio e Baixo Amazonas definindo os principais eventos de secas e cheias, pois estas causam impactos sociais e econômicos às comunidades que residem em sua grande maioria às margens dos grandes rios, assim serão feita uma quantificação do número de famílias desabrigadas nas áreas de ocorrências de tais extremos, como medida de determinação superficial do impacto causado por estes eventos hidrometeorológicos.

  • TAINAH SILVA NARDUCCI
  • RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DE RESERVA LEGAL: Influência da densidade nos indicadores ambientais do plantio de Sclerolobium paniculatum Vogel

  • Data: 30/06/2014
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  • A Reserva Legal é uma área localizada no interior das propriedades rurais, prevista no Código Florestal brasileiro, que deve ser protegida e apresentar coberta por vegetação natural, necessária à conservação, à proteção da fauna e flora e reabilitação dos processos ecológicos, além de servir como corredores ecológicos para o fluxo gênico das espécies. Muitas propriedades possuem estas áreas desmatadas, alteradas e em estágios avançados de degradação, tornando-se importante estudar o comportamento de plantios de espécies arbóreas de rápido crescimento com a finalidade de acelerar o processo de recomposição da vegetação natural e propor técnicas mais eficazes para recuperação destas áreas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da densidade do plantio homogêneo da Sclerolobium paniculatum Vogel, aos sete anos e meio de idade, como efeito catalizador do processo de regeneração. O experimento localiza-se na Fazenda Gênesis, Dom Eliseu, Pará. Avaliou-se o crescimento e verificou se a precipitação interfere no incremento diamétrico das árvores. Foram instaladas em blocos parcelas aleatórias com quatro repetições em cada tratamento. Para caracterização da composição florística, riqueza, diversidade e a similaridade da regeneração natural sob o plantio foram instaladas em cada tratamento (espaçamento), parcelas com oito repetições para três classes de avaliação da regeneração. E para caracterização da composição florística, riqueza, diversidade e similaridade do banco de sementes do solo foram instaladas aleatoriamente oito pontos de coleta do solo, com quatro repetições em cada tratamento, foram coletados quatro amostras compostas de oito e levadas para a casa de vegetação da Embrapa – CPATU onde foram dispostas em bandejas plásticas e regadas diariamente. Este experimento teve um período de quatro meses e a cada trinta dias as plântulas germinadas eram contadas e identificadas por um parabotânico. As árvores apresentaram maior altura no espaçamento 4m x 2m, maior diâmetro no espaçamento 4m x 3m, maior sobrevivência no espaçamento 4m x 4m. A regeneração natural apresentou maior similaridade na composição florística entre os espaçamentos 4m x 2m e 4m x 3m. Os valores da diversidade do índice de Shannon foram altos, não diferindo estatisticamente entre os espaçamentos. O banco de sementes mostrou maior riqueza de plântulas no espaçamento 4m x 3m, maior similaridade na composição entre os espaçamentos 4m x 2m e 4m x 4m. A diversidade das espécies em nível de 5% de significância não apresentou diferença entre os espaçamentos. Os resultados permitiram constatar que as áreas vêm sendo recuperadas e que algumas técnicas poderão ser aplicadas buscando reduzir custos e através de um manejo adequado poderá acelerar os processos ecológicos da regeneração natural.

  • LUIZA DE SOUSA VIEIRA
  • RECOMPOSIÇÃO DE RESERVA LEGAL NA REGIÃO DO TAPAJÓS: IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES E SISTEMAS SILVICULTURAIS

  • Data: 30/06/2014
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  • Esta pesquisa teve por objetivo identificar as espécies potenciais e arranjos e/ou sistemas silviculturais, que associados à vegetação espontânea, garantam características viáveis à recomposição de Reserva Legal na região do Tapajós. Foram implantados três sistemas silviculturais: 1) Plantio de árvores em canteiro de 36 plantas por espécie, em blocos ao acaso, 32 espécies que são os tratamentos, cinco repetições, espaçamento 1,5 x 1,5. 2) Plantio em One Tree Plot - OTP, em blocos ao acaso, 29 espécies como tratamentos, 12 repetições, espaçamento 3 x 3. 3) Plantio em sistema silviagrícola, onde utilizou-se o Sistema Taungya, espaçamento 7 x 7. Foi realizada a caracterização da composição florística, diversidade e similaridade da vegetação espontânea; avaliados a sobrevivência e o crescimento das espécies florestais; e produtividade da vegetação espontânea e das espécies florestais plantadas. Em toda a área estudada, foram identificados 1597 indivíduos pertencentes a 137 espécies, 98 gêneros e 40 famílias. O Índice de Shannon - Weaver encontrado foi de 3,75 para Canteiro, 3,72 para Silviagrícola e 3,56 para OTP. A similaridade pelo Índice de Sorensen encontrado foi: 64,05% entre OTP e Silviagrícola, 63,33% entre OTP e Canteiro e 49,40% entre Canteiro e Silviagrícola. Levando em consideração a taxa de sobrevivência e as médias de crescimento em DAP e altura total, a ordem decrescente de importância dos sistemas silviculturais estudados foi a seguinte: OTP 76 > OTP 75 > Canteiro 76 > Canteiro 75. Para efeitos de exploração na Área de Reserva Legal, considerando a produtividade dos indivíduos com DAP > 0,45m, a ordem de importância decrescente dos sistemas silviculturais é a seguinte: OTP > Canteiro > Silviagrícola. Como não houve diferenças estatisticamente significativas entre os Índices de Shannon – Weaver encontrados para a vegetação espontânea dos três sistemas silviculturais analisados, e levando em consideração a produtividade dos indivíduos com DAP > 0,45m, o sistema OTP seria o mais indicado para a recomposição de Reserva Legal especificamente sob o ponto de vista florestal e o sistema Silviagrícola, embora com menor produtividade florestal, poderia ser  indicado à pequenos produtores por ser associado a cultivos agrícolas. Os resultados do estudo evidenciam que cerca de 40 anos após o plantio de espécies florestais nos referidos sistemas silviculturais é possível obter alta diversidade na composição florística sob estes plantios, recuperando a função ecológica e produtiva da área.

  • RODRIGO RAFAEL SOUZA DE OLIVEIRA
  • TIPOLOGIAS DE PAISAGEM EM RELAÇÃO AOS PADRÕES DE OCUPAÇÃO, USO E COBERTURA DA TERRA DAS REGIÕES DE INTEGRAÇÃO DO ARAGUAIA E TAPAJÓS/PA, PARA OS ANOS DE 2008 E 2010.

  • Data: 30/06/2014
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  • A contínua incorporação de áreas florestais ao processo produtivo tem acarretado mudanças significativas na paisagem. Na Amazônia, com o avanço da fronteira agrícola, bem como a consolidação de atividades produtivas em determinadas áreas, essas transformações podem ser percebidas com maior evidência. Tal problemática também é observada nas Regiões de Integração - RI do Araguaia e Tapajós Sudeste e Sudoeste do estado do Pará. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo utilizar técnicas de mineração de dados e métricas de paisagem para identificar e analisar de forma automatizada os padrões de paisagens associados aos diferentes tipos de padrões de ocupação humana na Amazônia legal utilizando como recorte de análise as Regiões de Integração do Araguaia e Tapajós no Estado do Pará, com dados de Uso e Cobertura da Terra do Projeto TerraClass para os anos de 2008 e 2010. Abordando, também, metodologias que visam identificar possíveis trajetórias de “evolução” da paisagem, no intuito de delinear recomendações visando uma melhor utilização da terra e dos recursos naturais disponíveis e, na tomada de decisão para a gestão territorial e implementação de políticas públicas.

  • RENATA KELLY DA COSTA BARBOSA
  • AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DE ALUMINA NO CONTEXTO DOS IMPACTOS DA MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 26/06/2014
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  • O Pará possui uma das maiores reservas minerais do mundo e como destaque temos a bauxita, rocha da qual se extrai o alumínio, entretanto, o processamento de obtenção do alumínio produz resíduos impactantes ao meio ambiente (lama vermelha), resíduo altamente cáustico. O objetivo geral desse estudo foi caracterizar o efluente gerado pelo refino da alumina (fases sólida e líquida) e avaliar a eficiência da técnica da FAD objetivando melhorar a qualidade deste para que então possa se estabelecer uma possível reutilização dessa água. Os resultados verificados foram os seguintes: as concentrações de cromo na água do rio Pará estão acima do permitido na legislação. O sedimento do leito do rio tem baixa biodisponibilidade devido a suas características de silte e areia fina, e é composto principalmente por quartzo. Os fitoplânctons e as ostras coletadas na proximidade da refinaria apresentaram altos níveis de alumínio comparados com o ponto controle, assim como a concentração de outros elementos químicos (Ca, Co, Cu Mg e S). A lama vermelha é constituída de partículas finas com composição química de 50% de Fe2O3 e Al2O3. Os testes da FAD apresentaram resultados satisfatórios com eficiência na remoção de sólidos chegando a atingir 99% no T-8 e 99,4% no E-4f. A turbidez atingiu valor baixo de 8,21 NTU. A razão de reciclo e a concentração de floculante mostraram-se variáveis importantes nos experimentos, apresentando melhores resultados na eficiência na remoção de sólidos. Os testes ecotoxicológicos agudos e crônicos mostraram resultados satisfatórios da eficiência no tratamento de efluente utilizando a FAD. Espera-se que esse estudo contribua para o conhecimento científico, podendo servir como uma alternativa para o tratamento de efluentes da indústria de alumina, pois apresentou resultados importantes que podem melhorar a qualidade da água descartada ou reutilizá-la no processo industrial, diminuindo os riscos ambientais e o consumo.

  • HILCIANA DO SOCORRO PEREIRA OLIVEIRA
  • METAIS PESADOS, SEDIMENTO DE FUNDO E PEIXES NO RIO TAPAJÓS

  • Data: 25/06/2014
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  • O presente estudo objetivou avaliar o nível de metais pesados, principalmente o mercúrio, na água, no sedimento de fundo e em peixes do rio Tapajós e verificar os possíveis impactos causados pelas atividades de garimpo de ouro no ambiente desse rio. Os resultados obtidos foram relacionados com alguns dados do projeto CTHidro AquaRios, realizado na Ecorregião Aquática Xingu-Tapajós, com a finalidade de validação destes dados. As amostras de água foram submetidas à análises de concentrações de mercúrio total (HgT), por espectrofotometria de absorção atômica em vapor frio. Para caracterizar o ambiente foram analisados os parâmetros físico-químicos das amostras de água, como temperatura, pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido. Nas análises de mercúrio total nos peixes, utilizou-se também a técnica de espectrofotometria de absorção atômica em vapor frio, e para a quantificação de metilmercúrio (MeHg), seguiu-se o protocolo analítico do Instituto Nacional de Minamata, Japão. Nos sedimentos foram quantificados tanto mercúrio total como metilmercúrio. Foram analisados também na água e nos sedimento os seguintes metais: Fe, Mg, Ca, Cd, Pb, Cu, Cr, Zn e Al, por meio do método analítico ICP-OES (Espectrofotometria de emissão ótica com plasma induzido). Os resultados de mercúrio total nas amostras de água apresentaram-se menores do que 0,5 ng/L. Nas análises de outros metais em água, apenas o Cd, Al e Zn apresentaram concentrações acima dos valores estabelecidos pelo CONAMA 357/2005. Nos sedimentos os valores de HgT variaram de 23,5 a 36,5 ng/g, enquanto para MeHg foram encontrados valores de 15,5 e 24,6 ng/g. Para os outros metais as concentrações ficaram abaixo dos limites preconizados pela legislação, com exceção do Fe, para o qual o CONAMA 357/2005 não estabelece limites. As concentrações de mercúrio nos peixes foram mais significativas em peixes carnívoros que em peixes de hábitos onívoros. As concentrações mais elevadas foram encontradas nos tucunarés, com teores de HgT entre 600 e 950 ng/g e MeHg na faixa de 510 a 600 ng/g. Nas outras espécies de peixes, as concentrações foram menores: para a pescada branca, os valores encontrados foram de 180 a 534 ng/g de HgT e 230 a 345 ng/g de MeHg; para o piau de 50 a 104 ng/g de HgT e de 25 a 60 ng/g de MeHg, enquanto nos jaraquis os teores de HgT foram de 17 a 62 ng/g e 7 a 33 ng/g de MeHg. Não foi evidenciada ocorrência de contaminação nas amostras bióticas e abióticas. Entretanto, os peixes onívoros, por apresentarem menores concentrações de mercúrio, são mais aconselhados para a dieta da população ribeirinha, o que poderá reduzir os riscos de contaminação por mercúrio via alimentação humana.

  • THAIANE SOEIRO DA SILVA DIAS
  • SAZONALIDADE CLIMÁTICA REGIONAL E A PRODUÇÃO DOS FRUTOS DE AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart.) NO ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 26/05/2014
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  • No presente trabalho analisaram-se as relações entre a sazonalidade climática regional e a produção de frutos de açaí representativa de 30 municípios do Estado do Pará durante um período de nove anos (2003 a 2011). As análises das correlações confirmaram que o padrão de precipitação, temperatura e umidade do ar interferem na produtividade de frutos de açaí na região, de tal forma que o regime do período chuvoso (meses de dezembro a maio) associa-se a baixa produtividade de frutos de açaí, enquanto que o período seco (Junho a Novembro) relaciona-se com alta produtividade de frutos de açaí. Além disso, foram investigados os impactos das mudanças climáticas na produção de frutos de açaí levando em conta os cenários futuros de clima regional. Através dos resultados de um modelo de regressão usando como variáveis preditoras a precipitação, temperatura e umidade atmosférica fornecidos pelo modelo global HadEGM2 do IPCC, demonstra-se que a quantidade de frutos de açaí (kg/ha) não vai sofrer mudanças significativas nos próximos 20 anos (2013 a 2032).

  • MAURICIO DO NASCIMENTO MOURA
  • PADRÕES CLIMÁTICOS DE PRECIPITAÇÃO E A PRODUÇÃO DE SOJA NA AMAZÔNIA 

  • Data: 29/04/2014
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  • Nesta pesquisa estudou-se a modulação da precipitação através de fenômenos oceano-atmosfera de grande escala atuantes nos oceanos adjacentes à região amazônica e que tiveram suas intensidades representadas por indicadores numéricos conhecidos como índices climáticos (IOS, ODP, OAN). A partir de uma série de 32 anos (1979-2010) de dados de precipitação do GPCP em pontos de grade, aplicaram-se Funções Ortogonais Empíricas não rotacionadas para a escala mensal e anual, onde foram obtidos padrões espaciais e temporais da precipitação. A EOF1 mensal (58%) apresentou um padrão meridional de precipitação associado, em maior parte, à atuação de fenômenos de escala sinótica. A EOF2 mensal (21%) também apresenta o mesmo padrão de precipitação, porém ortogonal ao primeiro, refletindo os efeitos da fase fria da Oscilação do Atlântico Norte. No entanto, na EOF3 mensal (5%) o padrão espacial é representado por um padrão zonal de precipitação, refletindo o efeito do ENOS e ODP. Para a escala anual, tanto a EOF1 (36%), EOF2 (16%) e a EOF3 (10%) apresentam padrões espaciais zonais e meridionais, os quais também refletem os efeitos dos Oceanos Atlântico e Pacífico. Os três índices climáticos estudados mostraram-se presentes na modulação da precipitação da região amazônica. Entre os municípios pertencentes ao corredor da soja, Sinop-MT e Sorriso-MT foram as localidades que se mostraram mais sensíveis à variabilidade climática da precipitação, tanto para as médias anuais, como para a média dos períodos chuvosos de cada ano analisado, principalmente por causa das condições de superfície. Itaituba-PA, Santarém-PA e Paragominas-PA mostraram tendência positiva de crescimento das chuvas, sendo que esta última, localizada no leste do Pará, mostrou alta correlação entre a precipitação local e a série do IOS, com defasagem de 1 mês e 2 meses, mediante estudos de caso selecionados.

  • SHEILA CRISTINA TAVARES DE BARROS
  • PERCEPÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ALTERADAS EM PROPRIEDADES DE AGRICULTURA FAMILIAR: AVALIAÇÃO COM BASE NA METODOLOGIA AMBITEC-AGRO

  • Data: 28/04/2014
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  • O plantio de espécies florestais nativas em áreas alteradas pela agricultura familiar pode se apresentar como uma alternativa sustentável para a recuperação ambiental, inclusive, promovendo a reinserção dessas áreas em processos produtivos a servir de modelo na gestão ambiental de propriedades familiares rurais. Prever, avaliar e remediar os impactos ambientais é condição imperiosa para a garantia da sustentabilidade ambiental de uma atividade agropecuária. Assim, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) construiu um sistema de avaliação de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária, denominada Ambitec-Agro. Entre uma variedade de atividades impactantes no setor, este trabalho, foca o plantio de espécies florestais nativas como inovação tecnológica para a recuperação de áreas alteradas pela agricultura familiar, além de contribuir na gestão ambiental da propriedade familiar rural. Com o objetivo de analisar o potencial da aplicação da tecnologia no cumprimento dos requisitos de sustentabilidade, haja vista o desempenho ambiental das propriedades familiares rurais, procedeu-se a avaliação de impacto ambiental do plantio de espécies florestais nativas no interior de 12 (doze) propriedades de agricultores familiares, distribuídas em 4 (quatro) cenários (agricultura, cultivo perene, capoeira e pasto) característicos desse tipo de produção familiar na região nordeste do Estado do Pará, Amazônia, Brasil. Para tanto, empregou-se o Sistema Ambitec-Agro, que consiste de um conjunto de 24 indicadores, integrados em duas dimensões de sustentabilidade: i) Impactos ecológicos e ii) Impactos socioambientais. A metodologia prevê a coleta de dados através de entrevista com os adotantes da tecnologia, que neste caso seriam 12 agricultores participantes do projeto INOVAGRI, sendo 3 (três) agricultores para cada cenário analisado. Assim, os resultados apontaram importantes contribuições da atividade para o desenvolvimento rural sustentável, dadas às medidas de manejo, organização e gestão ambiental observada. No geral, a maior parte dos indicadores das duas dimensões avaliadas apresentou conformidade ambiental, isto é, impacto positivo da atividade analisada, indicando um bom desempenho ambiental e social da atividade no tocante à sustentabilidade.

  • VANIA DOS SANTOS FRANCO SODRE
  •  

    PREVISÃO HIDROLÓGICA DE CHEIA SAZONAL DO RIO XINGU EM ALTAMIRA-PA

  • Data: 17/04/2014
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  • Os modelos hidrológicos podem ser considerados como uma ferramenta desenvolvida para representar o comportamento da bacia hidrográfica, prever condições futuras e/ou simular situações hipotéticas no intuito de avaliar impactos de alterações. Os impactos socioeconômicos dessas alterações (cheias, por exemplo) os acidentes e desastres normalmente afetam as parcelas menos favorecidas da população com elevada vulnerabilidade social. O foco do presente estudo está no desenvolvimento de um modelo estatístico hidrológico a fim de avaliar a qualidade de estimativas de precipitação pelo satélite (TRMM) no contexto de previsão hidrológica chuva vazão das sub-bacias da Amazônia oriental e classificar a vulnerabilidade social associada às enchentes das sub-bacias em cada município (Altamira, Santarém e Marabá). A metodologia adotada será a regressão linear simples e múltipla (a regressão linear simples usa somente uma variável explicativa, preditora, para prever outra variável dependente, enquanto que a regressão múltipla usa duas ou mais variáveis explicativas para prever a variável dependente); Análise de correlação (relação entre níveis fluviométricos e TSM, simples e múltipla) e o Índice de Vulnerabilidade Social (combinação de dados de diferentes variáveis, selecionando-as para a produção de um único valor numérico).

  • ANA LUISA BRASIL DE CARVALHO
  • VARIAÇÃO SAZONAL NA ESTRUTURA DE COMUNIDADES DE DROSOFILÍDEOS (INSECTA; DIPTERA) EM FUNÇÃO DOS ELEMENTOS CLIMÁTICOS EM REMANESCENTE DE FLORESTA

  • Data: 31/03/2014
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  • Um dos questionamentos da atualidade está em entender como mudanças climáticas e associadas no uso da terra podem afetar a dinâmica dos ecossistemas. Com relação à biodiversidade o grande desafio está primeiramente em determinar seu grau de impacto, para assim, estimar sua provável resposta frente às mudanças ambientais. Entre os componentes ambientais que vem sendo investigadas estão às condições climáticas, que podem agir de forma determinante sobre a estrutura das comunidades. A influência da variabilidade climática tropical sobre a comunidade dos drosofilídeos frugívoros foi testada, avaliando a dinâmica temporal das espécies e a estrutura da comunidade. As coletas foram realizadas periodicamente, de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2013, em um remanescente de floresta primária, na região metropolitana de Belém, PA. Os dados de drosofilídeos foram obtidos através de captura de adultos pelo método de armadilha com isca e coletas de recursos (frutos em decomposição) para emergências. Como elementos climáticos foram considerados a precipitação acumulada (mm), temperatura virtual (°C) e tensão de vapor de saturação (mb). Foram identificados 34.046 indivíduos da família Drosophilidae distribuídos em 30 espécies. A precipitação foi a variável climática de maior importância na dinâmica da assembleia de drosofilídeos. Os drosofilídeos responderam indiretamente a precipitação, refletindo os efeitos desta variável sobre a disponibilidade e qualidade de frutos utilizados como sítio de criação, e diretamente através da abundância e riqueza de espécies capturadas. As observações indicam a importância da pluviosidade em proporcionar condições mais adequadas para a reprodução, desenvolvimento e sobrevivência dos drosofilídeos, favorecendo gerações posteriores. A assembleia de drosofilídeos apresentou comportamento sazonal em reflexo à sazonalidade climática local, condicionada principalmente pela pluviosidade. Mudanças climáticas futuras apontadas pelo IPCC, associadas à redução da precipitação ou modificação da sua sazonalidade poderão comprometer a estrutura da comunidade.

  • IRANILDA SILVA MORAES
  • QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ABERTURA NO DOSSEL EM ÁREAS DE CONCESSÕES FLORESTAIS: MAMURU-ARAPIUNS-PA

  • Data: 31/03/2014
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  • As florestas tropicais da Amazônia historicamente foram alvo de práticas pouco sustentáveis de uso da terra, restando-lhes as cicatrizes de degradação advinda da exploração madeireira predatória, do uso indiscriminado do fogo, das altas taxas de desmatamento e de outras atividades que interferem nas ações de conservação da biodiversidade desta floresta. A atuação do Estado neste cenário é necessária através de políticas que incentivem formas de uso mais sustentáveis, como é o caso das concessões florestais que buscam através do manejo florestal, contribuir para a conservação dos recursos naturais e da manutenção da biodiversidade. A geração de produtos como o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada, Modelo Linear de Mistura Espectral e Fração de Abertura de Dossel foram realizados no intuito de criar elementos de interpretação e análise da variável abertura de dossel. Esta pesquisa teve como área de estudo a Unidade de Manejo Florestal I no Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, região oeste do estado do Pará; onde foram quantificados e avaliados a abertura de dossel nessa área de concessão florestal, através de imagens multiespectrais e fotos hemisféricas, com vistas a analisar a degradação e a qualidade do manejo executado nesta área. Os resultados obtidos mostraram que é possível estabelecer um processo de monitoramento com o uso dos sensores e técnicas aplicados, uma vez que os dados de MLME, em especial a imagem-fração solo apresentaram forte relação de covariância com os dados obtidos em campo através de fotos hemisféricas, permitindo considera-lo como uma boa ferramenta de alerta para as ações de monitoramentos das florestas amazônicas. Desta forma é possível tornar a gestão florestal mais acessível tanto ao poder público, quanto a entidades não governamentais ou privadas visando fiscalizar as ações de exploração florestal e agregar as populações que vivem nestas áreas tanto oportunidades de renda quanto a conservação florestal.

  • VERISSIMO CESAR SOUSA DA SILVA
  • SUSTENTABILIDADE EM ASSENTAMENTOS RURAIS DO ESTADO DO PARÁ: UMA APLICAÇÃO DO BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE

  • Data: 27/02/2014
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  • Os assentamentos na Amazônia são fundamentais para a distribuição de terras, porém sua implementação ainda traz muitos problemas ambientais e sociais, o que tem levado a críticas sobre as condições de sustentabilidade dos mesmos. Nos últimos anos, têm-se buscado desenvolver métodos de monitoramento dos assentamentos rurais através de indicadores de sustentabilidades, porém os desafios ainda são enormes. Independente do método adotado, os estudos apontam que os principais passos na análise da sustentabilidade dos assentamentos são a identificação dos temas, o estabelecimento dos indicadores, a definição dos limites dos indicadores e a avaliação dos mesmos na construção do índice de sustentabilidade. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo analisar o nível de sustentabilidade dos assentamentos do Pará, por meio da ferramenta do Barômetro da Sustentabilidade (BS), comparando duas categorias de assentamentos: Projetos de Assentamentos Convencionais (PAC) e Projetos de Assentamentos Diferenciados (PAD). Foram selecionados 28 indicadores extraídos de um diagnóstico socioambiental efetuado pelo Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária -INCRA e testou-se a ferramenta BS para 12 assentamentos. Os resultados mostram que há ligeira diferença entre os assentamentos, principalmente com relação à dimensão ambiental, mas as duas modalidades de assentamentos ocupam a mesma posição na escala do Barômetro da Sustentabilidade é Potencialmente Insustentável.

  • ANDREZA SOARES CARDOSO
  • SUSTENTABILIDADE E GESTÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE MOJU/PA: DESAFIOS PARA A PRODUÇÃO DO BIODIESEL

  • Data: 26/02/2014
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  • O conceito de desenvolvimento sustentável e sua operacionalização emergem como uma necessidade de pensar em novas formas de mensurar o crescimento, daí o surgimento dos “Indicadores de Sustentabilidade”, criados para medir a sustentabilidade de um sistema, baseado em índices de diversas variáveis que apontam para a sustentabilidade ou não de uma região. Na Amazônia e no Estado do Pará, pouco se tem aplicado ferramentas de análise de sustentabilidade em suas mais diversas dimensões. Recentemente nesta região, foram criados os “Pólos de Produção do Biodiesel” através da Política Nacional de Produção do Biodiesel – PNPB e neste sentido, destaca-se o Município de Moju, no Pará, como um dos maiores produtores de dendê. Apesar da enorme expansão de cultivo de dendezeiro neste município, há dúvidas sobre a capacidade de Moju de receber uma política pública como essa, que se configura em novas territorialidades e novas dinâmicas sociais, econômicas e ambientais e trazem imensos desafios, que requerem uma capacidade de gestão ambiental forte. Dessa forma, o estudo dedica-se a analisar o nível de sustentabilidade do município de Moju e a capacidade de gestão ambiental deste município. Foram realizadas entrevistas e busca de dados secundários e para a análise de sustentabilidade usou-se como ferramenta de avaliação o Barômetro da Sustentabilidade. Observou-se que este município tende a baixa sustentabilidade com poucos avanços socioeconômicos e ambientais, o que denota a fragilidade do município nas questões socioambientais. Em geral, o município possui habilitação para exercer a gestão ambiental plena, ou seja, apresenta uma estrutura administrativa considerada desejável, porém sua estrutura operacional ainda é deficitária ou ineficaz, o que trará certamente problemas para a condução do PNPB.

  • CASSIA CAMILA SILVA DA SILVA
  • PREVISÃO DE RAIOS ATRAVÉS DE ÍNDICES TERMODINÂMICOS DA ATMOSFERA, EM TORNO DE BELÉM DO PARÁ

  • Data: 20/01/2014
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  • A Região Amazônica frequentemente tem a maior parte da sua superfície coberta por nuvens do tipo cúmulos, as quais, para se desenvolverem, precisam de uma forçante termodinâmica (fonte de calor e umidade) e uma forçante dinâmica (vento). O município de Belém se localiza numa das regiões mais chuvosas da Amazônia, devido à forte atividade convectiva da região. Um dos fenômenos naturais, além da precipitação, que provocam destruição e transtornos a população da região Amazônica são os raios, geralmente associados a nuvens de tempestades. O objetivo geral desse trabalho é criar um modelo estatístico baseado no método árvore de decisão, que compõe uma das técnicas de inteligência computacional, com o intuito de encontrar uma relação entre os índices termodinâmicos da atmosfera e a ocorrência de raios. Para tanto foram utilizados dados de sondagens da atmosfera feitas diariamente no Aeroporto de Belém e divulgados pela Universidade de Wyoming. Por outro lado foi feita uma coleta, análise e armazenamento de dados da ocorrência de raios em uma área circular de 100 km de raio, no entorno de Belém, extraídos do banco de dados disponibilizados pela Rede de Detecção de Raios STARNET, que cobre continuamente toda a Amazônia. Os resultados mostraram que as regras da árvore de decisão são significativas, pois mostraram que os valores críticos dos índices termodinâmicos do modelo são semelhantes aos descritos na literatura. O modelo de árvore de decisão estabelece regras que podem contribuir na previsão de tempo e raios para a região de Belém. O estudo de índices termodinâmicos com ocorrência de raios mostrou uma relação onde a avaliação do modelo obteve um resultado de 94 % de acerto, valores considerados bons para construção de um modelo de representação estatística, para ocorrência e severidade das descargas elétricas da atmosfera.

2013
Descrição
  • RAIMUNDO NONATO NASCIMENTO AARAO JUNIOR
  • Influência do tipo de superfície na densidade de ocorrência de raios sobre áreas da Amazônia oriental
  • Data: 02/10/2013
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  • O objetivo deste trabalho foi analisar a relação existente entre as ocorrências de raios sobre os diferentes tipos de superfícies em áreas selecionadas e situadas na Amazônia Oriental, durante o período de Julho de 2008 à Novembro de 2010. Os estudos foram feitos dentro de 8 áreas, localizadas no Estado do Pará. Cada uma das áreas estudadas caracterizam determinado tipo de superfície com aspecto homogêneo. Os dados de raios foram obtidos através do banco de dados da rede de detecção de raios STARNET, os dados de precipitação foram coletados através de 80 estações meteorológicas da Agência Nacional de Águas – ANA e do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, enquanto que os dados de classificação dos tipos de superfícies foram obtidos através de mapas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os resultados mostraram que os diferentes tipos de superfícies contribuem de maneira significativa na frequência de ocorrência de raios; os raios variam em função da sazonalidade e ao longo dos meses no decorrer do ano, apresentando maiores médias de ocorrências correlacionadas com o período de máxima precipitação; a ocorrência de raios varia em função horária, em que tanto no período chuvoso, quanto no período seco as ocorrências desses eventos tendem a acontecer no período compreendido entre as 14:00h UTC (15:00h UTC para período seco) e 22:00h UTC, com maiores picos observados no período chuvoso. Observou-se ainda a não existência de uniformidade na ocorrência de raios e da precipitação dentro e entre as próprias áreas selecionadas. Portanto, o presente trabalho traz evidencias qualitativas da importância dos tipos de superfícies e sua influência em relação a ocorrência de raios observados.
  • CAROLINA MELO DA SILVA
  • Variação temporal do efluxo de dióxido de carbono (CO2) do solo  em sistemas agroflorestais com palma de óleo (Elaeis guineensis) na Amazônia Oriental.

  • Data: 20/09/2013
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  • A região amazônica tem sido submetida a contínuo desflorestamento e expansão do uso da
    terra, para a implantação de atividades como pecuária, exploração madeireira, agricultura,
    mineração e urbanização. A queima e a decomposição da biomassa da floresta liberam
    gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Nesse
    contexto, surge o interesse em avaliar a dinâmica do efluxo de CO2 do solo na Amazônia,
    em especial em sistemas agroflorestais de palma de óleo (Elaeis guineensis), visto o
    destaque da produção dessa cultura no estado do Pará, que teve uma razoável expansão,
    transformando o estado do Pará em um dos maiores plantadores e produtores do país. Este
    trabalho teve como objetivo investigar a dinâmica do efluxo de CO2 do solo em sistemas
    agroflorestais onde a palma de óleo é a cultura principal, na escala temporal e os fatores
    bióticos e abióticos que influenciam diretamente neste processo. Foram quantificados os
    fatores bióticos: carbono da biomassa microbiana do solo, carbono total do solo, respiração
    microbiana do solo, raízes finas do solo e zona de influência das espécies; e os fatores
    abióticos: umidade e temperatura do solo, em dois sistemas agroflorestais de cultivo de
    palma de óleo, o sistema adubadeiras e o sistema biodiverso. As medições foram feitas nos
    períodos seco e no chuvoso. Os resultados mostraram que o maior efluxo de CO2 do solo
    ocorreu no período chuvoso, provavelmente devido à maior atividade microbiana nesse
    período influenciada por fatores climáticos aliados a fatores bióticos. O sistema biodiverso
    apresentou maior efluxo de CO2 do solo do que o sistema adubadeiras, provavelmente
    devido à maior atividade biológica no solo nesse sistema. O efluxo de CO2 do solo não
    mostrou correlação forte com as variáveis testadas. Pôde-se concluir que o efluxo de CO2
    do solo sofreu influencia apenas da sazonalidade climática. O fato da área de plantio ser
    muito jovem pode ser um fator determinante para que não tenha sido encontrada relação
    mais forte da respiração do solo com as variáveis analisadas.

  • IONARA SANTOS SIQUEIRA
  • ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE DENGUE NA ÁREA URBANA DE BELÉM – PA: UMA APLICAÇÃO DE
    MODELOS ESPACIAIS E TEMPORAIS.

  • Data: 30/08/2013
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  • Neste trabalho, foi realizado um estudo de mapeamento de áreas de incidência e previsões para os casos de dengue na área urbana de Belém. Para as previsões foi utilizada à incidência de dengue com a precipitação pluviométrica a partir de modelos estatísticos, baseados na metodologia de Box e Jenkins de series temporais. O periodo do estudo foi de 05 anos (2007-2011). Na pesquisa temos métodos multivariados de series temporais, com uso de função de transferencia e modelos espaciais, em que se analisou a existência de autocorrelações espaciais na variável em estudo. Os resultados das análises dos dados de incidência de casos de dengue e precipitação mostraram que, o aumento no número de casos de dengue acompanha o aumento na precipitação, demonstrando a relação direta entre o número de casos de dengue e a precipitação nos anos em estudo. O modelo de previsão construido para a incidência de casos de dengue apresentou um bom ajuste com resultados satisfatorios podendo, neste caso, ser utilizado na previsão da dengue. Em relação à análise espacial, foi possivel uma visualização da incidência de casos na área urbana de Belém, com as respectivas áreas de incidência, mostrando os níveis de significância em porcentagem. Para o periodo estudado observou-se o comportamento e as variações dos casos de dengue, com destaque para quatro bairros: Marco, Guamá, Pedreira e Tapanã, com possíveis influências destes bairros nas áreas (bairros) vizinhas. Portanto, o presente estudo evidencia a contribuição para o planejamento das ações de controle da dengue, ao servir de instrumento no apoio às decisões na área de saúde pública.

  • GISELLE NERINO BRITO DE SOUZA
  • Fluxo de óxido nitroso (N2O) do solo em um sistema agroflorestal em Tomé Açu, nordeste do Pará
  • Data: 14/08/2013
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  • O estudo sobre a emissão de óxido nitroso (N2O) do solo em sistemas agrícolas contribui para o entendimento da mudança climática global, podendo auxiliar na minimização de impactos negativos sobre o ambiente. A importância desse gás deve-se à sua relação direta com o efeito estufa global e com a destruição do ozônio estratosférico. Algumas práticas agrícolas realizadas em sistemas agroflorestais, quando manejados corretamente podem ajudar a conter esses impactos negativos. O uso de leguminosas nesses sistemas tem se tornado cada vez mais usual, porém sua relação com as emissões de N2O ainda não é bem esclarecida. Diante da importância de processos e fatores que contribuem para o aumento nas emissões de N2O, este trabalho teve como objetivo verificar a contribuição de espécies leguminosa (Inga edulis Mart.) e não leguminosa (Theobroma cacao) nas emissões de óxido nitroso do solo para a atmosfera através do uso de câmaras estáticas e características climáticas diferentes em um sistema agroflorestal situado no município de Tomé Açu, nordeste do estado do Pará. O experimento foi realizado em uma área de sistema agroflorestal (SAF) localizado em Tomé Açu (PA) (02°33'38,5" S; 48°21'36,1" W) no período de agosto/2012 a fevereiro/2013, totalizando 11 campanhas de campo, numa frequência quinzenal. Câmaras estáticas de tipo circular (diâmetro = 300 mm) e retangular (37,5 cm x 57 cm) foram usadas para determinar a emissão de N2O do solo, com auxilio de seringas de polipropileno com volume de 20 mL e transferidas para frascos de borossilicato. A concentração de N2O foi determinada pela técnica de cromatografia gasosa, usando o cromatógrafo a gás de modelo CP 3800 VARIAN, com um detector de captura de elétrons. A variação das emissões de N2O foi de 2,74 a 42,54 μg N m-2 h-1 para leguminosas e 1,65 a 30,46 μg N m-2 h-1 para não leguminosas. Maiores emissões foram constatadas no período mais úmido em relação ao período seco. A umidade gravimétrica do solo, temperatura do solo e estoque de resíduos vegetais sobre o solo foram os fatores que mais interferiram nas emissões de N2O do solo.
  • CEZAR AUGUSTO REIS DA FONSECA BORGES
  • O Efeito da fragmentação insular na paisagem e comunidade arbórea em ilhas na Amazônia
  • Data: 17/05/2013
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  • A construção de usinas hidrelétricas tem sido um novo vetor de fragmentação florestal no globo, sobretudo na Amazônia, que possui várias barragens em fase de construção atualmente, além das planejadas. A formação de reservatórios em usinas hidrelétricas proporciona paisagens fragmentadas, com a criação de ilhas artificiais (fragmentos), que possuem a peculiaridade de estarem cercada por uma matriz mais resistente para a maioria das espécies, diferente dos fragmentos terrestres, tendo um efeito direto na redução da biodiversidade. Esta pesquisa buscou avaliar a paisagem insular do Lago de Tucuruí, por meio da quantificação da estrutura da paisagem, como subsidio para implicações de conservação. Concomitantemente, avaliou-se os efeitos da fragmentação insular sobre a comunidade arbórea, através da estrutura da paisagem e efeito de borda, ambos têm sido um dos processos ecológicos mais impactantes na diversidade biológica em paisagens fragmentadas. Os resultados indicaram o arranjo espacial pode ser uma abordagem utilizada para os mecanismos de conservação em barragens, mas devendo considerar aspectos específicos das ilhas. Por sua vez, a vegetação ainda não estar respondendo a estrutura da paisagem atual, estando em uma fase de débito de extinção, sendo o efeito de borda o principal fator para formação das comunidades vegetais.
  • SIRLENE DE LIMA CASTRO
  • Efluxo de CO2 do Solo e Biomassa de Raízes Finas ao Longo de um Gradiente Topográfico na Floresta de Caxiuanã-PA
  • Data: 07/05/2013
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  • O objetivo desta pesquisa foi entender o papel de pequenas elevações topográficas no efluxo de dióxido de carbono (CO2) do solo, comparando diferentes períodos sazonais, na Floresta Nacional de Caxiuanã, Amazônia Oriental. Foram selecionados dois transectos com cerca de 17m de gradiente topográfico, um iniciado próximo à margem de um Igarapé permanente e outro nas proximidades de um Igarapé intermitente, denominados neste trabalho como Transecto1 e Transecto2, respectivamente. Em cada transecto foram selecionados quatro locais para a coleta e medição dos dados denominados de baixio, médio baixio, médio alto e platô. Nesses locais foram feitas leituras do efluxo de CO2 e da temperatura do solo, também foram feitas coletas de solo para análise de carbono orgânico e para análise de biomassa de raízes finas (<2 mm) em diferentes intervalos de profundidade. Observou-se diferença significativa na concentração do carbono orgânico do solo entre os transectos, quando comparando na camada superficial do solo (0-10 cm) na topografia de baixio, onde o transecto que se inicia à margem do igarapé intermitente teve o teor de carbono orgânico significativamente maior. Foi observado também, uma redução no teor de carbono orgânico do solo com a profundidade, porém não foram encontradas diferenças do teor de carbono orgânico com a variação topográfica. Nos resultados relacionados à biomassa de raízes finas superficiais, encontramos valores médios de 382,47 ± 25,46 g m-2 para o mês seco e 298,24 ± 23,50g m-2 para o mês chuvoso, reunindo ambos transectos. De uma maneira geral houve uma redução na biomassa de raízes finas com o aumento da profundidade do solo sendo que na camada superficial (0-30 cm) está concentrada a maior biomassa de raízes, com mais de 80% do total da biomassa de raízes do solo para ambos transectos, sendo que não foram encontradas diferenças significativas na biomassa de raízes entre e dentro dos transectos. Para os mesmos horários foi encontrado maior efluxo na topografia de baixio em comparação ao platô. A sazonalidade também possui efeito no efluxo de CO2 do solo, tendo o mês de agosto (mês de transição) a maior média de efluxos de CO2 e o mês de março (mês chuvoso) a menor média de efluxo, independente da posição topográfica.
  • GIORDANI RAFAEL CONCEICAO SODRE
  • Estudo da convecção de mesoescala em diferentes superfícies na Amazônia oriental
  • Data: 30/04/2013
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  • Este estudo se propõe realizar uma análise observacional dos sistemas convectivos de mesoescala circular (SCMC) em tempo-espaço na Amazônia Oriental, visando identificar como as diferentes superfícies interferem na gênese dos sistemas e o impacto da ocorrência do mesmo sobre o ambiente urbano. Para alcançar este objetivo, a Amazônia oriental foi divida em quatro regiões distintas: região A (nordeste), região B (sudeste), região C (sudoeste), região D (noroeste), onde, com o uso de imagens de satélite, do aplicativo FORTRACC e os dados da técnica CMORPH, foram selecionados os eventos e calculado a excentricidade, tamanho, tempo de vida, horário preferencial de surgimento dos SCMC’s e o volume pluviométrico precipitado. Os resultados mostraram que as regiões A e D concentraram 66% da ocorrência de SCMC’s, os quais possuem maior frequência no período chuvoso. O horário preferencial, de formação dos sistemas, sofre variação de acordo com as características da superfície local. Na região litorânea (região A), os sistemas tendem a se formar no meio da tarde, com pico máximo no início da noite. Nas regiões mais distantes do litoral e de topografia elevada, como a região D, os SCMC’s tendem a se formar no final tarde com pico máximo no início da madrugada. Contudo, o fator comum encontrado em todas as regiões foi à preferência pelas zonas de transição entre vegetação e áreas desmatadas para a ocorrência dos sistemas, principalmente ao longo da região do Arco do Desmatamento. O volume pluviométrico intenso e os fortes ventos provocados pelo SCMC em interação com os problemas físicos da superfície urbanizada geram um série de prejuízos socioambientais, dentre os quais, os mais frequentes são: destelhamentos de casas, alagamentos de ruas e residências e problemas no trânsito.
  • MARINA LOPES DE SOUZA
  • ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO E INTERAÇÃO COM FOLHAS DE SERAPILHEIRA EM MANGUEZAIS DA ILHA DE ITARANA E COMUNIDADE CARANÃ, SÃO JOÃO DE PIRABAS, PARÁ, BRASIL.

  • Data: 26/04/2013
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  • Os manguezais são ecossistemas costeiros situados na interface terra-mar, sob constante
    influência da dinâmica das marés. Sabe-se que este ecossistema é considerado um dos
    mais produtivos do mundo, em função da grande quantidade de matéria orgânica que é
    produzida e exportada para outros ambientes. Esta produtividade, por sua vez, tem sua
    origem tanto na serapilheira produzida dentro do próprio sistema, quanto do aporte de
    nutrientes advindo das marés e das águas pluviais. A dinâmica de nutrientes em
    manguezais está vinculada a fatores como a frequência de inundação pelas marés, o
    período sazonal, a topografia e os processos biogeoquímicos. Neste contexto, este
    trabalho se propõe avaliar os atributos químicos do solo e verificar a interação entre solo
    e folhas de serapilheira em manguezais no nordeste paraense, na estação chuvosa e
    menos chuvosa. Para tanto, foram coletadas amostras de solo e folhas de serapilheira,
    em períodos sazonais distintos, para análises de pH, Eh, salinidade intersticial, C, N, S,
    P, Fe, Na+, K+, Ca+2, Mg+2 e Al+3. Os resultados dos atributos químicos do solo
    evidenciaram que sazonalidade climática exerceu maior influência sobre os resultados
    de Na+, K+ e salinidade intersticial. O manguezal de intermaré apresentou teores de
    nutrientes do solo mais elevados quando comparado ao manguezal de supramaré. Em
    geral, houve uma relação na concentração de nutrientes do solo com a concentração de
    nutrientes das folhas de serapilheira, mais evidente nas altas concentrações de carbono,
    assim como nas condições de elevação do teor de alguns nutrientes em folhas de
    serapilheira do manguezal de supramaré durante o período chuvoso.

  • ALBERTO CRUZ DA SILVA JUNIOR
  • INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO SAZONAL DE ATRIBUTOS DE FERTILIDADE DO SOLO SOBRE A BIOMASSA MICROBIANA EM UMA CRONOSSEQUENCIA DE PLANTIO DE PALMA DE ÓLEO (Elaeis oleifera (Kunth) Cortés) NO NORDESTE PARAENSE

  • Data: 19/02/2013
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  • O Brasil possui cerca de 32 milhões de hectares de áreas com aptidão para a expansão da cultura da palma de óleo e mais de 90% destas estão na Amazônia. Há necessidade de compreender a interação de novos plantios e de seu desenvolvimento com o meio ambiente. Este estudo foi conduzido em plantios comerciais da empresa Dendê do Pará SA (DENPASA) em Castanhal – Pará e avaliou o efeito da variação sazonal da precipitação sobre a fertilidade do solo e desta sobre a biomassa microbiana do solo em uma cronosseqüencia de plantios de palma de óleo com 5, 8 e 12 anos e floresta secundária. Foram mensurados/estimados e correlacionados os atributos do solo carbono da biomassa microbiana (CBMS), carbono total (CTOTAL), nitrogênio (NTOTAL), respiração basal (RBS), quociente metabólico (qCO2), relação carbono da biomassa microbiana/ carbono total (CBMS:CTOTAL), relação carbono/nitrogênio (C/N), umidade gravimétrica (Ug), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), alumínio (Al), capacidade de troca efetiva de cátions (CTC) e saturação por alumínio (m). O CBMS foi o atributo mais sensível para diferenciar as áreas do estudo e os períodos seco e chuvoso. Os atributos químicos de fertilidade do solo e a biomassa microbiana do solo apresentaram correlações significativas mais fortes e em maior número no período chuvoso. Os índices microbianos qCO2 e CBMS:CTOTAL comprovaram que áreas de plantio convencional podem ser relativamente eficientes em relação à dinâmica do C em comparação a área de floresta secundária.

  • CAROLINE BASTOS DO AMARANTE
  • REDD+ no Estado do Pará: apolítica ambiental climática paraense no contexto nacional e internacional
  • Data: 08/01/2013
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  • A inserção do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) no contexto do ordenamento jurídico-normativo e institucional do Estado do Pará, é a temática abordada pelo presente trabalho. A metodologia aplicada na presente pesquisa se baseou em duas técnicas de coleta de dados, quais sejam o levantamento documental e a aplicação de questionário estruturado junto aos órgãos estaduais responsáveis pela articulação e implementação desse mecanismo no território paraense. De recente surgimento no cenário das discussões internacionais sobre meio ambiente e mudanças climáticas globais, levadas a efeito no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o REDD se apresenta como proposta de desmatamento evitado para os países em desenvolvimento, cuja preservação do patrimônio florestal, em vista dos potenciais benefícios para a mitigação do aquecimento global, deveria ser compensado por meio da remuneração de indivíduos, comunidades, projetos e países, conforme a proposta originalmente lançada no ano de 2005, durante a COP 11, realizada em Montreal, no Canadá. Nesse contexto, o Estado do Pará, que encerrou o ano de 2012 como líder nos números de desmatamento entre os Estados da Amazônia Legal, ainda em 2009 previu a inserção do mecanismo de REDD no quadro jurídico regulatório e institucional paraense como parte das ações do Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento do Estado do Pará (Decreto Estadual nº 1.697/2009). Decorrida a primeira fase de execução do Plano, qual seja o interstício de agosto de 2009 a agosto de 2012, verificou-se que os processos decisórios para implementação do mecanismo não avançaram, em que pese a existência de projetos dessa natureza em curso no território paraense, e o avanço dos demais Estados amazônicos quanto à temática, cujos arcabouços normativos já dispõem de políticas públicas atinentes ao REDD e REDD+ e importantes medidas adicionais correlatas, a exemplo da regulação sobre pagamento de serviços ambientais e políticas estaduais sobre mudanças climáticas.
  • DIMITRI MAURICIO QUEIROZ DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS NO NORDESTE PARAENSE: os sistemas agroflorestais como instrumento de politica pública de desenvolvimento socioeconômico e ambiental regional.

  • Data: 08/01/2013
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  • Este trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade econômica de dois sistemas
    agroflorestais (SAF) no município de Tomé. Primeiro, procedeu-se o levantamento
    bibliográfico das imposições legais de uso de áreas especialmente protegidas; em seguida,
    buscou-se enquadrar os sistemas agroflorestais sobre uma ótica socioeconômico e ambiental,
    como um instrumento de uso e recuperação destas áreas através da avaliação dos retornos
    econômicos provenientes de dois modelos de SAF observados em Tomé-Açu. Para o
    andamento e conclusão deste estudo, utilizou-se uma pesquisa documental, bibliográfica e de
    pesquisa de campo através de entrevistas com atores locais da cadeia produtiva no município
    de Tomé-Açú. A metodologia utilizada para levantamento de dados do estudo foi a entrevista
    semiestruturada com os atores locais. A tabulação deste dados, bem como a análise dos
    resultados foi realizada com os conceitos econômico-matemáticos da engenharia econômica
    de avaliação de projetos de investimento através do fluxo de caixa, VPL, TIR e Rb/c dos
    arranjos. A conclusão aborda o conceito da viabilidade dos arranjos estudados para o cenário
    econômico atual das culturas que compuseram os modelos estudados como fonte alternativa
    de investimento.

2012
Descrição
  • ELIVELTON FERREIRA MONTEIRO
  • ANÁLISE DO DESFLORESTAMENTO NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2000 A 2009 E A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS PROTEGIDAS NA CONTENÇÃO DO DESFLORESTAMENTO
  • Data: 26/10/2012
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  • Esta dissertação tem por objetivo mostrar o processo de desflorestamento nos municípios do estado do Pará entre os anos de 2000 a 2009 e a importância das Unidades de Conservação e Terras Indígenas na contenção do mesmo. A área de estudo se constitui do estado do Pará que apresenta uma área de 1.247.690 Km², e seus 143 municípios. Os dados foram coletados no INPE no Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite – PRODES. O tratamento e análise dos dados vetoriais foram realizados por meio do software ArcView 3.3. O desflorestamento acumulado, até o ano de 2009, no estado do Pará é de cerca de 19,6%. Já a cobertura florestal remanescente é de cerca de 65%. O desflorestamento se apresenta de forma diferenciada no estado do Pará, concentrando-se principalmente nas regiões nordeste e sudeste do Estado, e também ao longo das principais rodovias. A proporção do desflorestamento também é variada entre os municípios do estado do Pará. Do total de 143 municípios, 31 encontram-se entre 0 e 15,5% de seus territórios desflorestados (21,7% do total); 16 municípios (11,2%) estão entre15,5% e 35,5%; 32 municípios (22,4%) estão entre 35,5% e 55,5%; 24 municípios (11,9%) estão entre 55,5 e 75,5%; e 40 municípios estão entre 75,5% e 95,5% do seus territórios desflorestados, o que representa 28%. Dos 143 municípios, 24 encontram-se entre 0 e 15,5% de seus territórios desflorestado, o representa 16,8% do total; 22 municípios (15,4%) estão entre15,5% e 35,5%; 27 municípios (18,9%) estão entre 35,5% e 55,5%; 27 municípios (18,9%) estão entre 55,5 e 75,5%; e 43 municípios estão entre 75,5% e 95,5% do seus territórios desflorestados, o que representa 30,1%. No estado do Pará existem atualmente 117 áreas protegidas, sendo 1 Área Militar, ocupando 1,7%; 71 Unidades de Conservação (14 de Proteção Integral e 57 de Uso Sustentável) e 45 Terras Indígenas, ocupando, 29,03% e 22,9%, respectivamente, totalizando 53,6% do total do estado. A proporção de áreas protegidas varia bastante entre os municípios do estado do Pará. Dos 143 municípios, 16 apresentam entre 55,5% a 93,6% de seus territórios dentro de áreas protegidas (11,2% do total); 12 municípios (8,4%) apresentam entre 35,5% a 55,5%; 23 municípios (16,1%) apresentam entre 15,5% - 35,5%; 15 municípios (10,5%) estão entre 5,5% - 16,5%; e a grande maioria, 77 municípios, estão entre 0 a 5,5% dos seus territórios dentro de áreas protegidas, o que representa 53,8%. Houve uma correlação significativa e negativa entre a proporção de desflorestamento e a proporção de áreas protegidas no estado do Pará (r = -0.66). Os municípios que possuem as maiores proporções de áreas protegidas são consequentemente os que apresentam menores proporções de seus territórios desflorestados. As analise do desflorestamento interno e externo dos municípios do estado do Pará evidenciaram grande proporção de vegetação dentro dessas áreas em comparação com seu exterior.
  • FELIPE FREIRE MONTEIRO
  • Contribuição do cadastro ambiental rural na conservação de recursos naturais nos limites de duas bacias hidrográficas amazônicas
  • Data: 06/09/2012
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  • A conversão de floresta primária para outros usos alternativos do solo vem ocorrendo aceleradamente na região amazônica. Esse processo tem ocorrido em grande parte por conta do desenvolvimento da atividade pecuarista, agricultura em larga escala e de subsistência, exploração madeireira comercial e mineração. Nesse contexto, a fim de promover a conservação dos recursos naturais, o Governo brasileiro adotou o sistema de unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas. Além disso, foram criados instrumentos como o Cadastro Ambiental Rural – CAR objetivando mapear e monitorar as propriedades rurais quanto ao atendimento do disposto no Código Florestal brasileiro, considerando principalmente as áreas com restrição legal ao uso do solo. Assim, esta pesquisa procurou avaliar a capacidade das áreas de reserva legal em garantir a conservação dos recursos naturais em propriedades rurais, utilizando-se para tanto dados do CAR e produtos temáticos de uso e cobertura da terra oriundos de projetos institucionais federais. Para isto, foram avaliadas duas bacias amazônicas, considerando os princípios de ecologia de paisagem e com o uso de métricas de paisagem. Os resultados apontam duas áreas com características diferenciadas, sendo uma de maior capacidade de conservação de recursos e outra mais fragmentada, sendo também observadas propriedades rurais de diferentes características e importâncias na conservação de recursos dentro de cada bacia estudada.
  • CARLA DANIELE FURTADO DA COSTA
  • Vulnerabilidade ao fogo de florestas intactas e degradadas na região de Santarém - Pará
  • Data: 31/08/2012
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  • A Amazônia se constitui atualmente como a maior floresta tropical úmida remanescente e contínua do mundo e abriga a maior diversidade de plantas e animais dentre todos os biomas da Terra, constituindo de suma importância para a manutenção da biodiversidade. A região tem passado por mudanças significativas nas últimas décadas, mudanças que são resultantes principalmente das alterações da paisagem/cobertura vegetal, impulsionadas pelo aumento populacional e práticas de manejo inadequado da terra, resultado de desmatamentos, queimadas, mudanças nas atividades agrícolas, pecuária, exploração madeireira, programas de colonização, abertura de estradas e problemas latifundiários. Dentre esses fatores, as queimadas e incêndios florestais se tornam os problemas mais críticos para a região, pois o manejo do fogo pelos produtores rurais na maioria das vezes é feito de forma inadequada, escapando de controle e provocando prejuízos econômicos, sociais e ecológicos. Florestas que já queimaram uma vez ficam mais susceptíveis a novos incêndios, pois tornam-se mais inflamáveis devido a modificação em sua estrutura do dossel, na dinâmica de umidade relativa do ar, temperatura do ar e no combustível fino no chão da floresta. Sendo assim, objetivou-se neste trabalho investigar os padrões diurnos de inflamabilidade de florestas intactas e degradadas na região de Santarém – PA, área de grandes alterações no padrão de uso do solo, com intensas atividades agrícolas e agropecuárias, região que apresenta também número significativo de focos de incêndios. Observou-se que as florestas intactas da região são significativamente menos inflamáveis do que as florestas degradadas, e as bordas das florestas degradadas são mais inflamáveis que seu interior, comprovados por dados da dinâmica de umidade relativa e temperatura do ar, umidade da Serapilheira e taxa de abertura do dossel. Esses dados foram associados com dados socioeconômicos através de entrevistas semi estruturadas, com o objetivo de saber como os produtores rurais manejam o fogo, onde os resultados mostraram que o treinamento de manejo de fogo influencia significativamente na adoção de boas práticas de uso de fogo, como por exemplo, não colocar fogo em horário crítico (entre 11 e 15 horas para região estudada), fazer aceiro, queimar contra o vento, esperar a primeira chuva, entre outros. O tamanho da propriedade não influencia significativamente no uso adequado de fogo, porém os pequenos produtores são os que mais o utilizam em suas atividades produtivas, uma vez que este se constitui a forma mais barata para limpar e preparar a terra. Neste sentido, este trabalho visa mostrar a necessidade de investimento em pesquisas sobre a inflamabilidade das florestas, o aperfeiçoamento das análises de satélites associadas às pesquisas em campo, como uma forma de amenizar e talvez solucionar os problemas das queimadas na Amazônia, além de colaborar para adoção de uma política de incentivo a redução das queimadas pelos produtores rurais, aliadas ao treinamento de uso do fogo, acesso a informação e tecnologias alternativas ao manejo de fogo.
  • DANIELE BONENTE MELO DE ANDRADE
  • Identificação de áreas preferenciais para uso de espécies florestais potenciais em sistemas agroflorestais no arco verde paraense
  • Data: 31/08/2012
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  • O desmatamento é um processo evidente na Amazônia oriundo da ação antrópica predatória dos recursos naturais. A extração madeireira e a agropecuária são as principais atividades que tem promovido a destruição da floresta no Arco do desmatamento. Entretanto, o reflorestamento tem sido o foco de políticas públicas que o Governo tem desenvolvido por meio do Programa Arco Verde. No Pará este projeto está sendo aplicado em 16 municípios que integram as áreas críticas de desmatamento devido às pressões antrópicas exercidas. Nesse contexto, os sistemas agroflorestais tem sido uma das alternativas para reflorestamento dessas áreas. Neste trabalho objetivou-se a identificação de áreas preferenciais para plantio de 15 espécies florestais potenciais para uso em sistema agroflorestais. A partir do mapeamento da ocorrência das espécies florestais selecionadas, e do cruzamento de dados geográficos de tipologia climática e deficiência hídrica, identificou-se 24 zonas bioclimáticas no Arco Verde paraense. Os resultados para o plantio das espécies florestais em áreas preferenciais foram: J. copaia, T. serratifolia e B. excelsa são potenciais para serem plantadas em 100% do Arco Verde Paraense; C. pentandra, H. courbaril, S. morototoni e T. vulgaris são indicadas para serem plantadas em 98% da área alvo; C. odorata, C. goeldiana, D. odorata, S. macrophylla são indicadas para serem inseridas em 75% do Arco Verde paraense; C. guianensis, S. parahyba var. amazonicum, B. guianensis e V. maxima em 60% da área estudada. Em suma, é necessário se intensificar estudos em espécies florestais que são indicadas para as áreas preferenciais mais abrangentes.
  • JOSINETE SAMPAIO MONTELES
  • Comunidade de insetos bentônicos em igarapés do nordeste paraense-Amazônia oriental
  • Data: 31/08/2012
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  • O objetivo deste trabalho foi o de conhecer a comunidade de insetos bentônicos em 17 igarapés do Nordeste Paraense, Amazônia Oriental, sob diferentes usos do solo e investigar as variações na abundância, riqueza e diversidade da comunidade de insetos aquáticos com a cobertura vegetal do seu entorno imediato (zona ripária) e de paisagem (vertentes das microbacias onde se insere o igarapé amostrado). Os macroinvertebrados bentônicos foram coletados entre julho e outubro de 2010, época de menor precipitação. Em cada ponto foram feitas 10 amostragens com Surber para análise quantitativa e três com rede de mão de caráter apenas qualitativo. Para avaliar diferenças entre a riqueza, índice EPT, abundância e a diversidade, foram utilizadas análises de variância e de agrupamento para sumarizar os dados bióticos. Para avaliar as diferenças quanto às escalas de estudo foi empregada a análise ANOSIM seguida da rotina SIMPER. As características ambientais foram avaliadas buscando-se correlacioná-las à composição taxonômica e à distribuição dos táxons através da Análise de Correspondência Canônica (ACC). Um total de 46.371 indivíduos foi coletado, sendo 11.384 com o Surber, distribuídos em 61 táxons com predomínio de insetos aquáticos. As maiores abundâncias observadas foram de Chironomidae, Ephemeroptera, Trichoptera e Coleoptera. Abundância, riqueza e EPT foram maiores nos trechos de igarapés com vegetação ripária de floresta antropizada de igapó e microbacias com predomínio de Floresta. As variáveis ambientais de maior influência sobre a comunidade foram porcentagem de ambiente florestal na zona ripária, temperatura média da água, turbidez, porcentagem de liteira grossa e fina, pH, vazão do canal e coeficiente de variação da largura do canal. Os resultados mostraram diferenças quanto à composição da comunidade em relação aos diferentes usos do solo. Através dos descritores ecológicos, foi detectado que as microbacias com maior percentagem de área de floresta antropizada e sucessional e maior percentagem de vegetação ripária de entorno (30m) apresentaram melhores condições ambientais que aqueles onde predominam as pastagens.
  • MARCELA MACHADO POMPEU
  • Relações entre raios e chuvas na Amazônia oriental
  • Data: 24/08/2012
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  • O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre descargas elétricas, associadas à precipitação dentro de áreas selecionadas no leste da Amazônia no período de setembro de 2008 a dezembro de 2010. Os estudos foram realizados dentro de um raio de 100 km centralizados em pluviômetros instalados das localidades de Belém, Caxiuanã e Santarém. Essas áreas foram escolhidas por encontrarem-se aproximadamente na mesma latitude, e vão se distanciando do Oceano Atlântico, buscando observar a sazonalidade dos sistemas precipitantes causadores de raios e sua penetração no continente, observando as características climatológica distintas de cada área. Os dados de chuvas foram obtidos através do banco de dados da ANA, RPCH, INMET e através do Projeto LBA. Os sistemas meteorológicos de grande escala acompanhados de sistemas de escala menores, parecem atuar primeiramente em Belém e vão adentrando o continente atingindo as outras áreas de estudo. Em Belém, também foram observadas as maiores ocorrências de raios comparados com Caxiuanã e Santarém, sendo que nessas localidades, os raios antecedem as chuvas em quase todas as observações. Foram observadas as defasagens dos máximos de ocorrências de raios e chuvas de aproximadamente dois meses acompanhando principalmente o sentido norte sul de deslocamento da ZCIT e seu acoplamento com outros sistemas de escala local ou de meso escala. Foi feito um estudo de caso em Belém e Santarém onde observou-se que a ZCIT não segue o mesmo padrão de deslocamento para as duas localidades , ou seja, ela atinge primeiramente Belém e aproximadamente três dias depois o sistema atingiu a cidade de Santarém. Mesmo com essa defasagem de tempo foi visto que nas duas localidades as ocorrências de raios antecederam as chuvas. Também foi realizado um estudo pioneiro dentro das bacias do Tocantins e Xingu sobre a relação entre raios e chuva, na tentativa de se desenvolver uma alternativa de método auxiliar para prognostico dos períodos de cheias e secas dentro dessas bacias através das ocorrências de raios sobre essas áreas. Os estudos mais detalhados foram realizados nas áreas a montante das barragens de Tocantins onde se encontra a usina hidroelétrica de Tucuruí, e dentro da área da bacia do Xingu onde está sendo construída a barragem de Belo Monte. Foram utilizados dados de precipitação pluviométrica das bacias do Tocantins e Xingu obtidos através da HIDROWEB-ANA operados pela CPRM dentro de cada área de estudo. Usando filtros de médias móveis foram observados que as melhores correlações entre raios e chuvas, se encontravam dentro da bacia do Tocantins, provavelmente pela influencia da presença da barragem na bacia do Tocantins onde possibilitou respostas positivas entre a relação da cota do rio com os raios. Considerando o fato de que o período de dois anos de dados não possuem peso estatístico suficiente para estabelecer relações definitivas entre raios e precipitação, os resultados apresentados devem ser considerados como preliminares. No entanto essa metodologia pode ser aplicada para subsidiar modelos de estimativas de precipitação em localidades selecionadas e aplicações no modelamento hidrológico de bacias hidrográficas, onde dados pluviométricos ainda são escassos no leste da Amazônia.
  • PEDRO PEREIRA FERREIRA JUNIOR
  • Evapotranspiração regional utilizando imagens orbitais para a Amazônia oriental
  • Data: 26/07/2012
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  • A evapotranspiração (ET) foi espacializada através do algoritmo SEBAL para uma região de floresta primária na Amazônia Oriental (Caxiuanã, Pará). Para tal, utilizaram-se dados observacionais da torre micrometeorológica (localizada no interior desta floresta) em combinação com dados de origem orbital (imagens Modis/Acqua). Os primeiros resultados indicaram que, apesar da superestimativa, o SEBAL reproduz qualitativamente bem o padrão da variabilidade mensal da evapotranspiração para a região, principalmente para os meses da estação seca; em relação ao quantitativo, os resultados revelaram haver necessidade de acurácia no algoritmo. Para isso, calibrou-se o SEBAL a partir do saldo de radiação (Rn), com ajustes no albedo, na emissividade atmosférica e emissividade da superfície. As estimativas de ET geradas a partir deste SEBAL modificado apresentaram melhorias significativas na reprodução da variabilidade diária da evapotranspiração para a região, principalmente nos meses da estação chuvosa. Isto é, os ajustes realizados no algoritmo mostraram que as taxas de ET estimadas tornaram-se muito mais semelhantes às relatadas na literatura para a Amazônia, concordando melhor com a evapotranspiração observada. Através do SEBAL modificado foi possível também mapear o albedo, o saldo de radiação, o NDVI e a própria ET para duas vegetações distintas, encontradas dentro dos limites de Caxiuanã. A estimativa espacial destes parâmetros biofísicos foi coerentemente reproduzida para as duas vegetações, demonstrando que se o SEBAL modificado for aplicado a dados temporal e espacial de alta resolução, esta técnica pode ser rotineiramente utilizada, tornando-se uma ferramenta fundamental no monitoramento de necessidades hídricas e atmosféricas.
  • JONDISON CARDOSO RODRIGUES
  • EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS NA ÁREA PORTUÁRIA: UM ESTUDO DA COMPANHIA DOCAS DO PARÁ (CDP)
  • Data: 02/07/2012
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  • Desde a ECO-92 houve um crescimento substancial de ações de Educação Ambiental (EA) no Brasil e no mundo, ligadas aos mais diversos segmentos da sociedade, como movimentos sociais, associações de bairros, ONG‟s, escolas, universidades, instituições de pesquisa e empresas. As ações de EA ganharam visibilidade no setor empresarial, particularmente, na área portuária, objeto de interesse desse trabalho. Essa dissertação objetiva analisar, numa perspectiva crítica, a lógica da inserção da EA no setor empresarial portuário e seus impactos, a partir da análise da Companhia Docas do Pará (CDP). Os estudos da EA no setor portuário não elucidam as intenções de “ordem econômica” ao adotarem programas ambientais. Partimos do pressuposto de que a EA é um campo de conhecimento de caráter sistêmico. Seguindo a noção de campo de Bourdieu, procuramos mostrar que a lógica da inserção da EA é acumular “capital simbólico” (crédito/reconhecimento) para conseguir a legitimação do modus operandi empresarial, mostrando suas ações como sustentáveis. Isso permite promover uma boa imagem da empresa e a conquista de selos e certificados. Observou-se que houve a construção do que chamamos de “habitus eco-lógico” reproduzido nas relações de trabalho pela qualificação profissional e gerenciamento ambiental dos negócios da empresa; na apropriação crescente da dimensão intelectual e cognitiva, procurando envolver os trabalhadores mais intensamente pelo disciplinamento, e, consequentemente, obtendo ganho de performance empresarial. Finalmente, conclui-se que a lógica de inserção da EA é a acumulação de “capital simbólico”, para se conseguir a legitimação do modus operandi empresarial, mostrando suas ações como sustentáveis, assim promovendo uma boa imagem da empresa (aumento do preço das ações, como também de seus parceiros) e a diminuição de investimentos em tecnologias e planejamentos para mitigar o compensar os impactos ambientais. Em síntese, a análise percorre elementos relevantes do processo de reestruturação logística das Companhias Docas no Brasil, em particular no Pará.
  • JUAREZ VENTURA DE OLIVEIRA
  • A oscilação MADDEN JULIAN na Amazônia oriental: variáveis superficiais

  • Data: 29/06/2012
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  • Tendo como foco as múltiplas escalas de tempo que atuam na Amazônia, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar a possível influencia da Oscilação Madden – Julian (OMJ) em elementos turbulentos da CLP. A OMJ foi identificada a partir de 30 anos de dados de reanálise de radiação de onda longa (ROL) e componente zonal do vento (u). As grandezas turbulentas foram estudadas a partir da variância, covariância e coeficiente de correlação de um conjunto de dados de resposta rápida coletado na torre micrometeorológica de Caxiuanã (PA), e tratados com a Transformada em Ondeletas (TO) para se obter a contribuição de cada escala para estes momentos estatísticos. A análise dos 30 anos de dados de ROL e u mostrou que a ocorrência da OMJ está ligada com o fenômeno do El Niño/Oscilação Sul (ENOS), bem como influência do ENOS no tempo da região amazônica pode estar associado a presença ou não da OMJ. Foi observado que anos de El Niño tendem a desfavorecer a ocorrência da OMJ e anos de La Niña tendem a favorecer o desenvolvimento da oscilação. Caso uma OMJ se desenvolva durante um episodio de El Niño, a oscilação pode influenciar a temperatura, a velocidade do vento e a precipitação de forma diferente ao do El Niño. A análise por fase da OMJ mostrou que, em Belém, há diferença significativa na temperatura máxima e na precipitação entre cada fase, porém, a temperatura mínima e o módulo do vento apresentaram pouca diferença. Os fluxos cinemáticos turbulentos analisados, por escala, em três horários distintos, foram mais diferentes durante o período diurno, principalmente w’T’ e w’q’. A diferença entre fase ativa e fase inativa foi reduzindo com passar do dia, durante o período de transição dia – noite, poucas escalas tiveram diferença significativa, e durante a noite, nenhuma escala teve nível de confiança acima ou igual a 95%. Estes resultados indicam que a convecção diurna é o mecanismo responsável por esta diferença e como a OMJ atua como uma grande célula convectiva, a convecção local é amplificada, explicando a grande diferença observada entre as fases durante o período diurno

  • FELIPE DO SOUTO DE SÁ GILLE
  • INFLUÊNCIAS DAS CONDIÇÕES TERMODINÂMICAS NOS EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO NA CIDADE DE BELÉM E REGIÃO METROPOLITANA
  • Data: 28/06/2012
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  • O objetivo desta dissertação foi verificar a importância dos fatores termodinâmicos na ocorrência de eventos extremos de precipitação na Cidade de Belém (PA) e região metropolitana, no período de agosto de 2008 a dezembro de 2009. Para tal, foram utilizados dados de precipitação e radiossondagens. Para análise das condições termodinâmicas e dinâmicas foram utilizadas imagens de satélite, cartas de superfície e análise do diagrama SKEW T LOG P. O estudo da termodinâmica da atmosfera foi realizado a luz das teorias da Energia Potencial Disponível para a Convecção (CAPE) e, também, da Energia de Inibição da Convecção (CINE). Foi utilizado o método dos decis para classificar os eventos extremos de precipitação a fim de associá-los aos valores da CAPE e da CINE com o objetivo de verificar o valor destes índices quando da ocorrência dos eventos extremos. Verificou-se que a região estudada possui forte atividade convectiva durante todo o ano, haja vista que seus valores médios mensais variam entre 900 J/kg e 1900 J/kg. Foi visto, também, que nem sempre CAPE alta e CINE baixa determinam precipitação. Esta situação determina o potencial para a convecção profunda, mas para converter este potencial em precipitação existe a necessidade da forçante dinâmica. Os resultados mostraram que quando o processo de precipitação dependeu, exclusivamente, da CAPE, foi necessário haver um valor alto para poder gerar convecção profunda e por consequência precipitação, enquanto, que no processo de precipitação com contribuição dinâmica não foi necessário um valor tão significativo da CAPE, neste caso, não ultrapassou a 1000 J/kg. A CINE esteve, sempre, menor no período chuvoso apresentando valores médios mensais menores que 300 J/kg. Isto não quer dizer que quanto menor a CINE maior será a precipitação. Quando a inibição está presente a instabilidade vai crescendo ao longo do dia determinando, com isso, nuvens com um desenvolvimento vertical mais acentuado, assim os pontos onde os inibidores enfraquecem primeiro, serão os pontos preferenciais para o disparo da tempestade. Logo, quando a instabilidade estiver alta e existir o mecanismo inibidor (CINE), em uma grande área, os locais mais propícios aos disparos das tempestades são os pontos onde a CINE e o NCE começam a diminuir e a inversão térmica, que por vezes acontece, começa a ser quebrada. Durante a execução desta pesquisa ficou claro que para a ocorrência de eventos extremos de precipitação, no período chuvoso, existe necessidade da influência da ITCZ e no período seco, conforme se observa no estudo de caso realizado para o mês de outubro o fator dinâmico que mais influencia é a Linha de Instabilidade (LI).
  • RENATA KELEN CARDOSO CAMARA
  • Previsão estocástica de nível fluviométrico para cidade de Marabá-PA: Método de Box & Jenkins
  • Data: 30/04/2012
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  • O Município de Marabá- PA, situado na região Amazônica, sudeste do Estado do Pará, sofre anualmente com eventos de enchentes, ocasionados pelo aumento periódico do rio Tocantins e pela situação de vulnerabilidade da população que reside em áreas de risco. A defesa civil estadual e municipal anualmente planeja e prepara equipes para ações de defesa no município. Nesta fase o monitoramento e previsão de eventos de enchentes são importantes. Portanto, com o objetivo de diminuir erros nas previsões hidrológicas para o Município de Marabá, desenvolveu-se um modelo estocástico para previsão de nível do rio Tocantins, baseado na metodologia de Box e Jenkins. Utilizou os dados de níveis diários observados nas estações hidrológicas de Marabá e Carolina e Conceição do Araguaia da Agência Nacional de Águas (ANA), do período de 01/12/ 2008 a 31/03/2011. Efetuou-se o ajustamento de três modelos ( , e ), através de diferentes aplicativos estatísticos: o SAS e o Gretl, usando diferentes interpretações do comportamento das séries para gerar as equações dos modelos. A principal diferença entre os aplicativos é que no SAS usa o modelo de função de transferência na modelagem. Realizou-se uma classificação da variabilidade do nível do rio, através da técnica dos Quantis para o período de 1972 a 2011, examinando-se apenas as categorizações de níveis ACIMA e MUITO ACIMA do normal. Para análise de impactos socioeconômicos foram usados os dados das ações da Defesa Civil Estado do Pará nas cheias de 2009 e 2011. Os resultados mostraram que o número de eventos de cheias com níveis MUITO ACIMA do normal, geralmente, podem estar associados a eventos de La Niña. Outro resultado importante: os modelos gerados simularam muito bem o nível do rio para o período de sete dias (01/04/2011 a 07/04/2011). O modelo multivariado (com pequenos erros) representou o comportamento da série original, subestimando os valores reais nos dias 3, 4 e 5 de abril de 2011, com erro máximo de 0,28 no dia 4. O modelo univariado ( ) teve bons resultados nas simulações com erros absolutos em torno de 0,12 m. O modelo com menor erro absoluto (0,08m) para o mesmo período foi o modelo , desenvolvido pelo aplicativo SAS, que interpreta a série original como sendo não linear e não estacionária. A análise quantitativa dos impactos fluviométricos, ocorridos nas enchentes de 2009 e 2011 na cidade de Marabá, revelou em média que mais de 4 mil famílias sofrem com estes eventos, implicado em gastos financeiros elevados. Logo, conclui-se que os modelos de previsão de níveis são importantes ferramentas que a Defesa Civil, utiliza no planejamento e preparo de ações preventivas para o município de Marabá.
  • IVAN ROBERTO SANTOS ARAUJO
  • Simulação da dispersão de poluentes atmosféricos e avaliação da qualidade do ar na área de abrangência do distrito industrial de Barcarena-PA

  • Data: 30/04/2012
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  •  

    A poluição atmosférica é considerada atualmente um dos maiores problemas da
    sociedade contemporânea, por ameaçar sua qualidade de vida, pois gera impactos
    negativos no meio ambiente natural e antrópico. Dentre as formas de controle da
    poluição atmosférica de fontes fixas podem-se destacar a diluição das emissões na
    atmosfera devido aos efeitos de dispersão, a adoção de equipamentos de controle
    antes do lançamento dos gases ou a realocação de fonte, visto ser uma
    possibilidade a ser sugerida durante o procedimento de licenciamento ambiental de
    empreendimentos com potencial poluidor do ar. Atualmente modelos computacionais
    de dispersão de poluentes na atmosfera vêm sendo amplamente utilizados na
    simulação da concentração de poluentes, visando auxiliar órgãos ambientais no
    prognóstico da qualidade do ar ou suprir deficiências de monitoramento de emissões
    atmosféricas.

    A poluição atmosférica é considerada atualmente um dos maiores problemas da

    sociedade contemporânea, por ameaçar sua qualidade de vida, pois gera impactos

    negativos no meio ambiente natural e antrópico. Dentre as formas de controle da

    poluição atmosférica de fontes fixas podem-se destacar a diluição das emissões na

    atmosfera devido aos efeitos de dispersão, a adoção de equipamentos de controle

    antes do lançamento dos gases ou a realocação de fonte, visto ser uma

    possibilidade a ser sugerida durante o procedimento de licenciamento ambiental de

    empreendimentos com potencial poluidor do ar. Atualmente modelos computacionais

    de dispersão de poluentes na atmosfera vêm sendo amplamente utilizados na

    simulação da concentração de poluentes, visando auxiliar órgãos ambientais no

    prognóstico da qualidade do ar ou suprir deficiências de monitoramento de emissões

    atmosféricas. O presente trabalho estudou a qualidade do ar e avaliou a dispersão

    de poluentes atmosféricos sobre Vila do Conde e áreas de influência do Distrito

    Industrial de Barcarena, no município de Barcarena, estado do Pará, com auxílio do

    modelo AERMOD View, visto a possibilidade de se estabelecer uma relação entre os

    níveis de emissões dos poluentes na fonte, com as concentrações dos mesmos no

    ar, bem como identificar pontos críticos de poluição. O Índice de Qualidade do Ar –

    IQA e as fragilidades das populações humanas das áreas afetadas pelos poluentes

    atmosféricos, também foram mensurados na pesquisa. A metodologia empregada

    permitiu mensurar a concentração média de poluentes atmosféricos durante um

    determinado tempo de modelagem, informações quanto ao alcance da pluma de

    poluentes foram alcançados também. São fornecidos ainda informações quanto à

    relação entre o valor de pico e o valor médio da concentração nas áreas receptoras,

    provocadas por empreendimentos com características operacionais similares ao

    modelado. Os resultados demostram que a influência de parâmetros meteorológicos,

    na dispersão de poluentes são indispensáveis e determinantes na previsão do

    impacto na qualidade do ar e no planejamento do uso e ocupação do solo de áreas

    que abrigam atividades poluidoras da atmosfera.

     

  • LILIANE FERREIRA DO ROSARIO
  • Políticas públicas para uma indústria madeireira (mais) sustentável no estado do Pará

  • Data: 24/04/2012
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  •  

    Na Amazônia o estado do Pará, e um dos estados com maior desenvolvimento do
    setor madeireiro e também um dos grandes responsáveis pelo desmatamento.
    Foram criados seguidos instrumentos legais no intuito de disciplinar a utilização dos
    recursos florestais. Embora se tenha avançado na criação de políticas com esta
    finalidade os resultados da aplicação prática destes instrumentos ainda estão
    aquém do esperado. Com a descentralização os estados passaram a ter maior
    responsabilidade sobre a gestão florestal, mas e questionável a capacidade dos
    órgãos estaduais de gerir seus recursos. Dentre as normas de comando e controle
    do uso dos recursos florestais o instituto do Manejo Florestal Sustentável desponta
    quase como uma unanimidade no meio técnico cientifico como um instrumento
    capaz de levar a indústria madeireira ao caminho da sustentabilidade. Vários
    estudos corroboram com esta afirmação, no entanto o nível de adesão a este
    instrumento é preocupante. O que se propõe no presente estudo e identificar o que
    de fato ocasiona o descrédito nas regulamentações do setor e de que maneira os
    diplomas legais podem ser executados com sucesso e consequentemente ser
    validados pelos atores envolvidos no setor madeireiro. Para o alcance desses
    objetivos no primeiro momento foram feitas entrevistas semi estruturadas com
    auxilio de questionários com empresários do setor em dois pólos madeireiros, um
    situado em uma fronteira antiga (Paragominas) e o outro em uma fronteira nova
    (Distrito de Castelo de Sonhos).

    Na Amazônia o estado do Pará, e um dos estados com maior desenvolvimento do
    setor madeireiro e também um dos grandes responsáveis pelo desmatamento.
    Foram criados seguidos instrumentos legais no intuito de disciplinar a utilização dos
    recursos florestais. Embora se tenha avançado na criação de políticas com esta
    finalidade os resultados da aplicação prática destes instrumentos ainda estão
    aquém do esperado. Com a descentralização os estados passaram a ter maior
    responsabilidade sobre a gestão florestal, mas e questionável a capacidade dos
    órgãos estaduais de gerir seus recursos. Dentre as normas de comando e controle
    do uso dos recursos florestais o instituto do Manejo Florestal Sustentável desponta
    quase como uma unanimidade no meio técnico cientifico como um instrumento
    capaz de levar a indústria madeireira ao caminho da sustentabilidade. Vários
    estudos corroboram com esta afirmação, no entanto o nível de adesão a este
    instrumento é preocupante. O que se propõe no presente estudo e identificar o que
    de fato ocasiona o descrédito nas regulamentações do setor e de que maneira os
    diplomas legais podem ser executados com sucesso e consequentemente ser
    validados pelos atores envolvidos no setor madeireiro. Para o alcance desses
    objetivos no primeiro momento foram feitas entrevistas semi estruturadas com
    auxilio de questionários com empresários do setor em dois pólos madeireiros, um
    situado em uma fronteira antiga (Paragominas) e o outro em uma fronteira nova
    (Distrito de Castelo de Sonhos). No segundo momento realizaram-se entrevistas
    semi estruturadas com auxilio de questionário com instituições publicas e não
    governamentais a que atuam no setor e que foram mapeadas por esta pesquisa
    como atores chaves na criação e implantação de políticas sustentáveis para o
    setor. A pesquisa de campo avaliou a situação atual do setor madeireiro em relação
    às seguintes políticas públicas: Manejo florestal; Certificação Florestal; Concessão
    florestal e Municípios verdes. Os resultados observados indicam que a maioria dos
    empresários do setor desconhece no todo o em parte o que vem a ser manejo
    florestal, identificou-se também que o grau de adesão a lei está ligado tanto ao
    entendimento da mesma quanto as questões financeiras (políticas de incentivo).
    Neste sentido, rejeitou-se a hipótese de trabalho. Os empresários também
    relataram a burocracia para obter a liberação de um plano de manejo. Quanto à
    certificação florestal a maioria dos empresários se interessa por este mecanismo,
    no entanto os mesmos apontam que a burocracia é muito alta e relataram também
    questões econômicas. Sobre a concessão florestal identificou-se que falta
    informação e regras mais claras. Sobre o programa Municípios Verdes avaliou-se
    a partir dos resultados alcançados em Paragominas que o mesmo é eficiente e
    eficaz, pois para sua implementação é necessário que haja uma maior participação
    da sociedade com o poder público. Entende-se que as frequentes alterações na lei
    não asseguram a conservação dos recursos florestais, e que a rigidez da lei não
    leva a gestão sustentada dos recursos naturais, sendo, portanto necessário que se
    crie políticas de fomento econômico e participação da sociedade na formulação de
    normas e leis, principalmente de atores diretamente afetados.

     

  • RONEI JUSCELINO BIANCHI PIZATE
  • A percepção de tecnologias em agricultura orgânica por produtores familiares no nordeste paraense
  • Data: 15/03/2012
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  • A agricultura tradicional na Amazônia é fundamentada na agricultura de corte e queima, para a limpeza da área e liberação de nutrientes. A agricultura orgânica, nesse contexto, favorece o fortalecimento da agricultura familiar além de ter os serviços ambientais como proposta concreta de modelo produtivo que não exclua a preservação do meio ambiente, com melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares e melhoria da qualidade dos alimentos produzidos para o mercado consumidor. Com isto este trabalho objetivou avaliar o apoderamento da informação sobre agricultura orgânica, por agricultores familiares organizados em associações distintas sob orientação técnica suportada por uma empresa privada brasileira (NATURA) e uma entidade internacional (ICCO), localizadas na região nordeste paraense (municípios de Abaetetuba, Acará, Barcarena, Igarapé-miri e Mojú). A metodologia utilizada foi o estudo de caso com questionários semi-estruturados compostos por questões abertas e fechadas com o qual pode-se buscar evidências que possibilitaram a compreensão dos processos de transição em que estes produtores estão inseridos. Os resultados mostram que não foram evidenciadas diferenças relacionadas à aplicação das práticas comuns entre as associações analisadas. Os produtores com suporte técnico financiado pela instituição internacional demonstraram um maior nível de adoção das tecnologias em relação ao outro grupo de agricultores. Observa-se a ausência total de acompanhamento técnico ou sua ineficácia por parte do órgão de assistência técnica pública. A geração de mecanismos de financiamento e uma sistematização das tecnologias agroecológicas desenvolvidas na região, adaptadas a realidade dos agricultores, além da intensificação das ações de capacitação e sensibilização dos técnicos da EMATER, torna-se necessária para que haja uma capacitação eficiente e uma maior apropriação de tecnologias agroecológicas por agricultores familiares nesta região.
  • AMANDA ESTEFANIA DE MELO FERREIRA
  • A influência do fomento florestal nos aspectos ambientais e socioeconômicos em estabelecimentos rurais na Amazônia

  • Data: 09/03/2012
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  • A Amazônia, caracterizada por possuir maior biodiversidade do planeta, possui uma população de 25.469.352 milhões de habitantes, vem sendo ameaçada pela expansão da fronteira agrícola e degradada pela exploração madeireira, aumentando sua sensibilidade à ocorrência de incêndios florestais. Investimentos em sistemas permanentes de produção agrícola e florestal e em produtos sensíveis ao fogo poderia frear o avanço das fronteiras e diminuir o risco de fogo. Implantação de projetos florestais baseados na silvicultura, apesar de recente, vem expandindo sua fronteira e avançando sob a região Amazônica, oferecendo impactos (negativos ou positivos) para os estabelecimentos que os adotam, podendo influenciar na qualidade de vida das famílias, aumentando a renda, incluindo pequenos e médios produtores na cadeia produtiva da madeira, além de promover a permanência do produtor no meio rural e incorporar assistência técnica e transferência de tecnologia. Desta forma o trabalho objetivou avaliar a influência do fomento florestal, por meio do incentivo empresarial no cultivo de eucalipto (

    Eucalyptus urograndis), nos parâmetros ambientais e socioeconômicos em estabelecimentos rurais na Amazônia. A implantação de cultivos perenes e sensíveis ao fogo não surtiu efeito algum sob a adoção de práticas alternativas ao uso do fogo, além de aumentaram o índice de incêndios dentro dos estabelecimentos e uso de fogo para preparo de área. Outro aspecto importante foi o avanço de silvicultura nas áreas de vegetação secundária, cultivos e pastagens, impulsionando a expansão agrícola para as áreas de florestas. Em termos socioeconômicos, no geral, metade dos entrevistados apresentaram renda per capita abaixo de 1/2 salário mínimo. Os projetos de fomento florestal oferecem baixa remuneração de mão-de-obra familiar e são inviáveis financeiramente quanto maior for a necessidade de mão-de-obra contratada, além de no futuro colocar em risco a segurança alimentar e renda agrícola. Por outro lado, melhora as práticas agrícolas e interações sociais no meio rural e proporciona uma capitalização nove vezes maior em comparação aos não fomentados. Neste sentido, este estudo apresenta relevância em contribuir com o debate de políticas de desenvolvimento voltadas para o meio rural na Amazônia e possibilita uma melhor discussão no âmbito de políticas empresarias.

  • QUEZIA LEANDRO DE MOURA GUERREIRO
  • INFLUENCIA DA VARIAÇÃO SAZONAL SOBRE OS ATRIBUTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS DO SOLO NOS SÍTIOS DO LBA E PPBIO EM CAXIUANÃ/PA, AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 24/02/2012
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  • Os maiores teores de macro e micro nutrientes foram encontrados na área de floresta primária natural (PPBio). Os maiores valores de Unidades Formadoras de Colônias (196 x104 UFC/g de solo e 124 x 102 UFC/g de solo) para a população de Bactérias e Fungos, respectivamente, foram identificados também na área do PPBio e nos períodos chuvoso e intermediário, respectivamente. Foi identificado diferença significativa entre os dados obtidos para ambas as áreas e também houve diferença significativa dos dados de cada área em relação aos períodos sazonais e as profundidades estudados. A área que sofreu alteração antrópica (ESECAFLOR) apresentou os menores teores para os macro e micronutrientes, evidenciando a influência do processo de exclusão das águas pluviais na disponibilidade desses elementos no solo.

     

     

  • LAURA SUÉLLEN LISBOA FERREIRA
  • O EFEITO DA TOPOGRAFIA E MICROCLIMA NA FLORÍSTICA E ESTRUTURA DE ÁRVORES E NA PRODUÇÃO DE LITEIRA EM UMA FLORESTA OMBRÓFITA DENSA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 06/02/2012
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  • O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da topografia e microclima (temperatura e precipitação) na florística e estrutura de árvores e produção de liteira em uma floresta ombrófila densa na Floresta Nacional de Caxiuanã. Na grade de 25 km

    2 do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO), foram escolhidas três áreas (A, B e C) onde foram demarcadas parcelas de 10 x 100 m, seguindo um mesmo perfil topográfico (baixio, intermediário e platô). Nestas parcelas, foram identificados todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥10 cm para realização da fitossociologia, levando em consideração os parâmetros absolutos e relativos da densidade, freqüência e dominância, calculando assim, o índice de valor de importância (IVI). Os dados micrometeorológicos de temperatura foram obtidos a partir de datalogger Hobo Pro v2 e os dados de precipitação foram coletados pela estação automática do IBAMA.

2011
Descrição
  • IRANEIDE SOUZA SILVA
  • Trabalho e Sociobiodiversidade: Interações Rural-Urbano na Orla de Belém do Pará

  • Data: 30/09/2011
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  • Objetiva-se investigar as formas de organização do trabalho e de geração de renda a uma parcela de trabalhadores que atuam como agentes nos fluxos comerciais de espécies de valor alimentar, medicinal, ornamental, artesanal e outros usos, de origem animal e vegetal, que se definem como recursos da sociobiodiversidade, resultantes do extrativismo, agricultura, pesca e coleta, nos quais se incluem os produtos florestais não madeireiros, inseridos no mercado local para fins de comercialização.

  • HELEN THEYLA COSTA DA CUNHA
  • AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA O PEQUENO PRODUTOR RURAL NO ESTADO DO PARÁ

     

  • Data: 30/08/2011
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  • A expansão das fronteiras na região amazônica vem acelerando em assentamentos e garimpos, com a crescente migração intrarregional, ou seja, aquela realizada dentro da mesma região. Os grandes e médios fazendeiros são ditos responsáveis pela maior parte do desflorestamento. Os pequenos agricultores também podem ter uma parcela de responsabilidade, ainda que menor, em termos de área total. Apesar do atual desmatamento na Amazônia, há uma oportunidade de conservação através da gestão florestal e da implementação da legislação ambiental. O município de Paragominas está situado na mesorregião sudeste do Estado do Pará e possui as principais atividades relativas ao uso da terra ocorrente na Amazônia. A implementação da Reserva Legal e das Áreas de Preservação Permanente são as principais regulamentações por meio da legislação ambiental atualmente. Entretanto, essa legislação ainda se mostra pouco efetiva pelas instituições governamentais ambientais da região. A falta de informação, o processo burocrático e a questão financeira dos pequenos produtores rurais são alguns dos fatores que prejudicam o andamento deste processo, em relação ao cumprimento da legislação ambiental. Atualmente existem 44 localidades distribuídas no município de Paragominas, dentro e fora de áreas de assentamentos, entre elas foram escolhidas a comunidade do Uraim e Del Rei, com 56 e 43 pequenos produtores rurais, respectivamente. A metodologia baseou-se na aplicação de questionários com entrevistas estruturadas e semiestruturadas para realizar levantamento sobre a legislação exigida para efetuar o Licenciamento Ambiental de pequenos produtores rurais, seu perfil secioeconômico, e sua percepção em relação ao conjunto de leis necessárias para a emissão do licenciamento ambiental.

  • BENEDITO EVANDRO BARROS DA SILVA
  • ANÁLISE DOS IMPACTOS DAS DIFERENTES FORMAS DE OCUPAÇÃO DA SUPERFÍCIE SOBRE AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NA REGIÃO DE SANTARÉM, PARÁ

  • Data: 26/08/2011
  • Mostrar Resumo
  • O objetivo desta dissertação foi obter informações referentes ao uso e ocupação do solo na região de Santarém, em diferentes anos das últimas décadas, para melhor representar os efeitos causados pelas modificações das propriedades da superfície sobre as condições atmosféricas simuladas por modelos numéricos de tempo e clima. As superfícies continentais caracterizam-se por causar efeitos substanciais sobre a atmosfera e, consequentemente, influir na qualidade das previsões de tempo e de clima. Por outro lado, o desmatamento contribui com as mudanças climáticas, por eliminar grandes quantidades de gases de efeito estufa para a atmosfera. Estas atividades também causam efeitos na saúde publica, na agricultura, nos recursos florestais, nos recursos faunísticos e nos recursos hídricos. Além disso, a substituição da superfície natural por pastagem ou agricultura altera as propriedades térmicas e radiativas da superfície, gerando modificações nas condições atmosféricas locais, regionais e globais. Neste trabalho foram analisados períodos representativos de possíveis mudanças climáticas na região, identificados a partir do tratamento e analise estatística de dados climatológicos de estações meteorológicas de superfície, bem como a evolução temporal e quantitativa do desmatamento na região de estudo com os dados do Projeto PRODES (Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite). Para avaliar os efeitos atmosféricos das mudanças no uso e ocupação do solo utilizou-se como base o mapa de vegetação do IBGE, e a inclusão da classe “desmatamento” ao mesmo em diferentes períodos analisados (anos de 1997e 2009) trabalhadas no software Arc. Gis. 9.2. Foram criados arquivos de dados de tipos de superfície compatíveis com a leitura do modelo BRAMS, que foi então utilizado para simular os diferentes efeitos desses mapas temáticos de uso e ocupação do solo na atmosfera local Os resultados indicam uma tendência de aumento da precipitação média anual e da frequência média de dias com precipitação, diminuição da temperatura média das máximas e aumento da temperatura média das mínimas ao longo dos anos na região de Santarém. A área de estudo, até o ano de 1997, registrou um desmatamento de 19,44% e até o ano de 2009 passou para 25,54%. As simulações com os arquivos gerados de uso e ocupação do solo para 1997 e 2009 apresentaram poucas variações para os diferentes mapas temáticos em suas variáveis (temperatura, umidade e fluxos de calor sensível e latente), quando considerado os valores médios da área total simulada. Porém, quando se considera pequenas áreas localizadas somente sobre as regiões que sofreram maiores modificações, observam-se maiores influências com o aumento do desmatamento.

  • ELANE CRISTINA MELO LEMOS
  • Emissão de dióxido de carbono e estoque de carbono em sistemas convencionais e alternativo de produção agropecuária no nordeste paraense
  • Data: 25/08/2011
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • A aplicação de técnicas menos agressivas ao meio ambiente, como o uso de sistemas alternativos (corte e trituração), no lugar dos sistemas convencionais (corte-e-queima), além de favorecer o equilíbrio dos ciclos biogeoquímicos em áreas florestais, contribui para a mitigação das mudanças climáticas. O objetivo deste estudo foi estimar a emissão e o estoque de carbono do solo em sistemas de produção agropecuária em unidades rurais familiares do Nordeste paraense. Os estudos foram conduzidos em área de agricultor familiar no Município de Mãe do Rio, com temperatura média anual de 25 a 28°C, precipitação pluviométrica acima de 2500 mm e com solo predominante do tipo Latossolo Amarelo distrófico de textura média a argilosa. Foram selecionados 3 sistemas de uso da terra (cultivo com Schizolobium amazonicum, roça e silvipastoril) e mais uma área de referencia (floresta secundária), com 4 parcelas, medindo 20 m x 20 m cada. Foram avaliados a emissão de CO2 do solo, estoque de carbono no solo, estoque da liteira no solo e estoque de carbono na liteira. Os dados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e à comparação das médias pelo teste de Tukey, ao nível de 5%. Em todos os sistemas avaliados, as maiores emissões de CO2 do solo, observadas no período chuvoso, foram no sistema silvo-pastorícia (5,02 Wmol CO2 m-2 s-1), em comparação à área da floresta secundária (3,56 Wmol CO2 m-2 s-1). De todas as áreas estudadas a maior emissão anual foi encontrada no sistema silvo-pastorícia. O estoque de carbono no solo foi maior na área da floresta secundária, com total de 157± 31,10 Mg ha-1 (0-100 cm). O maior estoque de liteira no solo encontrado foi para a fração da liteira não-lenhosa, em todos os sistemas agropecuários e floresta secundária. O maior estoque de carbono na liteira não-lenhosa total foi observada no mês de janeiro/2010, com média geral de 4,31± 3,0 Mg ha-1, em todos os sistemas avaliados. Os sistemas de uso da terra que não utilizam o fogo no preparo da área, como os sistemas alternativos de corte-e-trituração, além de contribuírem para a mitigação das mudanças climáticas, ajudam na manutenção do funcionamento adequado dos ciclos biogeoquímicos nos ecossistemas terrestres.
  • CAMILA DA SILVA PIRES
  • Efeitos do processamento artesanal de raízes de mandioca (Manihot esculenta Crantz) e plantas de malva (Urena lobata L.) sobre a hidrobiogeoquímica de microbacias do Nordeste do Pará.

  • Data: 17/08/2011
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  • No nordeste do Estado do Pará predomina a agricultura familiar, a qual tem como principais produtos a mandioca e a malva. No processamento desses produtos, os agricultores costumam submergir fardos de mandioca e de malva em águas de igarapés, com a finalidade de amolecer a casca e remover as substâncias tóxicas, no caso da mandioca, ou proporcionar o desfibramento, no caso da malva. Os efeitos dessa prática sobre a qualidade da água fluvial são pouco conhecidos. Nesse contexto, a presente pesquisa objetivou avaliar os possíveis impactos dessas práticas sobre a hidrobiogeoquímica fluvial em igarapés dessa região. Adotou-se como estratégia coletar amostras de águas fluviais a montante do ponto de lavagem dos produtos, no local de lavagem e a jusante deste local. A fim de conhecer, com maior clareza, as possíveis alterações na química das águas, provocadas pelas lavagens de mandioca e de malva, somou-se à estratégia de campo a realização de experimentos em tanque com vazões de entrada e saída controladas. Em ambas abordagens foram monitoradas as seguintes variáveis hidrobiogeoquímicas no material dissolvido: pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, cálcio, magnésio, potássio, sódio, cloreto, sulfato, fosfato, nitrato, amônio, além de nitrogênio total e carbono orgânico e inorgânico dissolvidos. Os resultados obtidos evidenciaram que o processo de lavagem de raízes de mandioca e de plantas de malva contribuiu para alterar a hidrobiogeoquímica fluvial de pequenos igarapés apenas pontualmente. Porém, algumas das alterações observadas localmente permaneceram por até dez metros a jusante do local de lavagem dos produtos. Nos experimentos em tanque, as alterações foram mais evidentes e uma análise de cluster confirmou a hipótese de que o processamento dos produtos agrícolas enfocados colaborou para alterar a hidrobiogeoquímica fluvial nos igarapés monitorados. O estudo recomenda algumas precauções no tocante às práticas de processamento dos produtos em foco e também a adoção de alguns parâmetros para o monitoramento desses impactos.

  • PATRICIA MALCHER CHAVES
  • ESTUDO OBSERVACIONAL SOBRE OS EVENTOS DE SECA METEOROLÓGICA E HIDROLÓGICA NA REGIÃO DE MARABÁ-PA NO SUDESTE DA AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Data: 17/08/2011
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  • O objetivo do presente trabalho foi investigar os aspectos observacionais dos eventos de seca meteorológica e hidrológica na região de Marabá localizada no sudeste do Pará na Amazônia oriental. Utilizou-se uma base de dados mensais de precipitação e cota no período de 1971 a 2010. Os eventos de seca meteorológica foram selecionados através de índices de precipitação negativa (segundo a metodologia do índice de anomalia de chuva- IAC) e os eventos de seca hidrológica do rio Tocantins foram baseados em índices extremos de cota fluviométrica abaixo do normal (através da metodologia da anomalia padronizada). Para as condições de seca meteorológica, os eventos concentram-se em sua grande maioria nas categorias de seca Fraca (FRA) e Moderada (MOD), com maior frequência de seca FRA nos meses de Fevereiro (38%), Junho (37%) e Dezembro (34%), enquanto que a seca MOD é mais frequente em Agosto (39%), Setembro (42%) e Outubro (32%). Quanto aos eventos de seca hidrológica (cota fluviométrica abaixo do normal) do rio Tocantins, os resultados mostram que a ocorrência mensal dos eventos é aleatória e pode ser observado ao longo de todo ano, independente do mês ser de enchente ou vazante. A duração dos eventos não apresenta regularidade ao longo do período estudado. Quanto à estrutura dinâmica dos padrões oceânicos e atmosféricos de grande escala associados aos eventos de seca meteorológica e hidrológica observaram-se que os eventos estão relacionados com um padrão de aquecimento (El Niño) no Pacífico equatorial e condições de aquecimento no Atlântico tropical norte, cujas condições oceano-atmosféricas de grande escala propiciam a intensificação tanto do ramo descendente zonal da célula de Walker como do ramo descendente meridional da célula de Hadley, que induzem a inibição significativa da atividade convectiva, explicando consequentemente a ocorrência dos eventos de seca na região. Analisou-se também a relação entre os eventos de seca e o registro de focos de calor (queimadas) na região de Marabá, durante os anos de 2000 a 2009, sendo que a correlação em torno de 43% confirma a sinergia entre seca e queimada, ou seja, a floresta torna-se mais inflamável sob condições de déficit hídrico.
  • DANIEL FERNANDES RODRIGUES BARROSO
  • Fluxos hidrogeoquímicos em águas fluviais de microbacias do nordeste paraense e a sua relação com o uso da terra
  • Data: 16/08/2011
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  • O Nordeste Paraense é caracterizado por conter as mais antigas áreas de colonização da Amazônia, onde predomina a agricultura familiar itinerante de derruba e queima e também a pecuária bovina extensiva. A paisagem é fortemente marcada pela vegetação secundária em diversos estágios de sucessão e poucos remanescentes de floresta primária, a qual é geralmente localizada às margens de pequenos rios e igarapés. Nesse contexto, o presente estudo, conduzido em 14 microbacias no Nordeste Paraense sob diferentes usos e cobertura da terra e em quatro microbacias em áreas florestais sob baixo impacto antrópico, objetivou avaliar a hidrogeoquímica das águas fluviais para o embasamento da gestão de duas mesobacias hidrográficas nessa região. Foi detectado que a composição química das águas fluviais dos pequenos igarapés está sendo influenciada pelas práticas agrícolas adotadas em suas bacias de drenagem. Sinais hidrogeoquímicos diferenciados foram observados no caso das microbacias com presença de: sistema agrícola de derruba e queima; lavouras com irrigação e uso de agroquímicos; e pecuária bovina. Além disso, constatou-se a importância das microbacias florestadas para o aporte de nitrato, cloreto e sódio para os ecossistemas fluviais estudados. Adicionalmente verificou-se certa variação sazonal na hidrogeoquímica das águas fluviais e uma forte influência dos sistemas agropecuários, especialmente as pastagens, sobre os parâmetros físico-químicos mensurados, com redução da concentração de oxigênio dissolvido, e aumento da temperatura, do pH e da condutividade elétrica. Pelo presente estudo, pode-se inferir que a presença de mata ciliar é imprescindível para minimizar os impactos dos sistemas agrícolas nos recursos hídricos e deve ser apontada como uma ferramenta na gestão de bacias, assim como é recomendável a substituição de técnicas tradicionais que utilizam o fogo, por técnicas mais sustentáveis de produção agropecuária, como o plantio direto na capoeira. Por fim, sugere-se que dentre os parâmetros analisados, alguns podem ser recomendados, dependendo do uso da terra a ser focado, como indicadores de sustentabilidade ambiental dos sistemas agropecuários de produção para a gestão local de bacias hidrográficas.
  • LEDA VILHENA CORREA
  • Análise dos Efeitos Térmicos de Superfície na Cidade de Belém-Pará-Brasil Utilizando Imagens de Satélite

  • Data: 12/08/2011
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  • Utilizando dados observacionais de precipitação e temperatura do ar para o período de 1967 a 2008, do qual se elaborou a climatologia destas variáveis, e analisando as condições atmosféricas influenciadas pelo fenômeno ENOS, pretende identificar, caracterizar e analisar os efeitos térmicos espaciais na cidade de Belém-PA, a partir de dados meteorológicos de superfície e de imagens do sensor MODIS, o qual está disposto sobre a plataforma do satélite Aqua. Observou-se que, a média da precipitação anual foi de 2978,6 mm/ano, e que apresenta tendência de aumento ao longo dos anos, comportamento semelhante observou-se para a temperatura do ar. Em geral, os resultados mostram dois núcleos de maiores intensidade de temperaturas da superfície, um na cidade de Belém e outro na cidade vizinha, Ananindeua. Estes variam espacialmente e temporalmente de intensidade. Durante eventos de La Niña, o núcleo da ilha de calor fica localizado em bairros mais próximos a baía do Guajará, enquanto que durante eventos de El Niño estes bairros apresentam temperaturas mais amenas do que os bairros mais afastados dos corpos hídricos.Observou-se que, a média da precipitação anual foi de 2978,6 mm/ano, e que apresenta tendência de aumento ao longo dos anos, comportamento semelhante observou-se para a temperatura do ar. Em geral, os resultados mostram dois núcleos de maiores intensidade de temperaturas da superfície, um na cidade de Belém e outro na cidade vizinha, Ananindeua. Estes variam espacialmente e temporalmente de intensidade. Durante eventos de La Niña, o núcleo da ilha de calor fica localizado em bairros mais próximos a baía do Guajará, enquanto que durante eventos de El Niño estes bairros apresentam temperaturas mais amenas do que os bairros mais afastados dos corpos hídricos. Observou-se que, a média da precipitação anual foi de 2978,6 mm/ano, e que apresenta tendência de aumento ao longo dos anos, comportamento semelhante observou-se para a temperatura do ar. Em geral, os resultados mostram dois núcleos de maiores intensidade de temperaturas da superfície, um na cidade de Belém e outro na cidade vizinha, Ananindeua. Estes variam espacialmente e temporalmente de intensidade. Durante eventos de La Niña, o núcleo da ilha de calor fica localizado em bairros mais próximos a baía do Guajará, enquanto que durante eventos de El Niño estes bairros apresentam temperaturas mais amenas do que os bairros mais afastados dos corpos hídricos. Observou-se ainda que, a amplitude térmica da temperatura superficial entre áreas urbana e rural variam bastante, com a maior variação de 30,8°C e a menor de 16,8°C. Neste sentido, as maiores temperaturas da superfície foram observadas nos bairros com baixo NDVI, consequência de uma urbanização mais densa. As superfícies urbanas e as superfícies vegetadas apresentam relações de causa e efeito muito próximas, principalmente, durante o período menos chuvoso, isto pode ser percebido pela correlação que apresenta valor acima de 50%. Este estudo apresenta resultados que auxiliam no melhor entendimento do comportamento e dos efeitos térmicos espaciais e temporais na cidade de Belém, pois o uso de imagens do satélite é de fundamental importância para a identificação e caracterização das condições ambientais climáticas e ilhas de calor urbanas

  • GABRIEL LOURENÇO BREJAO
  • ESTRADAS, ALAGADOS ANTRÓPICOS, PEIXES E A FRAGMENTAÇÃO DE REDES FLUVIAIS EM UMA PAISAGEM AGRÍCOLA DO NORDESTE DO PARÁ
  • Data: 18/04/2011

  • GLEICE MELRY DE LIMA GOMES
  • VARIABILIDADE DAS CONDIÇÕES MICROMETEOROLÓGICAS E CARACTERIZAÇÃO DA NEBULOSIDADE DIURNA SOBRE UMA PLANTAÇÃO DE SOJA (GLICINIE MAX) MUNICIPIO DE PARAGOMINAS,PARÁ

  • Data: 31/03/2011
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  • As alterações na cobertura florestal da Amazônia tem sido alvo de inúmeras pesquisas com objetivo de mensurar os impactos dessa mudança no clima local, regional e global. Este trabalho caracteriza a nebulosidade convectiva numa área de plantação de soja (Glycine Max (L.) Merryl) no município de Paragominas e relaciona com a precipitação ocorrida no período seco e no período chuvoso do ano de 2007. Para isso são analisados parâmetros que estão diretamente relacionados com a precipitação e a convecção local como a temperatura do ar, umidade relativa do ar, direção e velocidade do vento e temperatura potencial. Também, através de imagens do satélite GOES, foram verificadas a possiblidade de incidência de sistemas de grande escala no período estudado. Além disso, para caracterização da nebulosidade foram feitas observações no local, nos meses entre fevereiro e outubro do referido ano. No ano de 2007, a precipitação na Amazônia sofreu influências do “El Niño”, por isso foram registrados valores de precipitação abaixo da média anual. A precipitação e a nebulosidade no período seco e período chuvoso foram bem distintas, pois no período chuvoso a região é fortemente influenciada por forçantes dinâmicas, principalmente a ZCIT. Já no período seco, a precipitação depende apenas dos fatores termodinâmicos locais, e como nessa época o solo encontra-se totalmente exposto, as nuvens convectivas não dispõem de umidade suficiente para precipitar. 

  • PRISCILA SANJUAN DE MEDEIROS
  • Fungos Poróides (Agaricomycetes) na Floresta Nacional de Caxiuanã: Fenologia e Relação com o Substrato, Topografia e Fatores Micrometeorológicos

  • Orientador : JOSE HENRIQUE CATTANIO
  • Data: 30/03/2011
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  • O estudo foi desenvolvido em um dos sítios do Programa de Biodiversidade da Amazônia (PPBio) localizado na Floresta Nacional de Caxiuanã (PA) e teve como objetivos: apresentar os fungos poróides com ênfase nos novos registros; analisar a relação destes fungos com o substrato lenhoso e examinar a associação entre variáveis micrometeorológicas (temperatura do ar, umidade relativa e pluviosidade) durante um ano, em relação às variáveis ambientais produzidas pela topografia, com a riqueza, densidade, e a fenologia destes fungos. Foram identificadas 76 espécies de fungos poróides, distribuídas em 27 gêneros e cinco famílias. Cerrena sclerodepsis, Phellinus dependens e Trametes pavonia representam primeiro registros para o estado do Pará. A espécie Microporellus iguazuensis é citada pela primeira vez para o Brasil e é apresentada a proposição de uma de nova espécie para a ciência denominada Microporellus hirsuta. A maioria das espécies foi considerada rara e apresentou preferência por substratos nos primeiros estágios de decomposição. O número de ocorrências de basidioma e de espécies de fungos foi maior em troncos de plantas das famílias Caesalpinaceae, Sapotaceae, Annonaceae, Mimosaceae e Lecythidaceae, respectivamente, e em substrato com diâmetro menor. Era esperado que as diferenças no microclima gerado por diferentes altitudes, em um pequeno gradiente topográfico, fossem o suficiente para gerar diferenças na comunidade de fungos poróides. No entanto, embora tenha sido encontrado um maior número de espécies na região denominada de intermediária, esta diferença não foi significativa. O maior número de indivíduos foi encontrado quando das primeiras chuvas na estação chuvosa e a riqueza esteve diretamente correlacionada com a pluviosidade. O índice de atividade de produção de basidioma das espécies mais abundantes foi maior no período das primeiras chuvas após o período seco. Este estudo representa avanços no entendimento das relações dos fungos com o meio em que eles se desenvolvem principalmente nas regiões tropicais. No entanto muitos estudos ainda precisam ser desenvolvidos para o esclarecimento destas relações.

  • PRISCILA SANJUAN DE MEDEIROS
  • FUNGOS PORÓIDES (Agaricomycetes) NA FLORESTA NACIONAL DE CAXIUANÃ, ASPECTOS ECOLÓGICOS, FENOLOGIA E RELAÇÃO COM TOPOGRAFIA E FATORES MICROMETEOROLÓGICOS
  • Orientador : JOSE HENRIQUE CATTANIO
  • Data: 30/03/2011

  • ANTONIO SERGIO CUNHA FREIRE
  • ANÁLISE METEOROLÓGICA NO ESTABELECIMENTO DE PLÂNTULAS DE AÇAIZEIRO (Euterpe Oleracea Mart.), NA ILHA DO COMBU, BELÉM, PARÁ, BRASIL
  • Orientador : MARIA ISABEL VITORINO
  • Data: 29/03/2011

  • ANTONIO PEREIRA JUNIOR
  • FERTILIDADE E FAUNA EDÁFICA EM SOLO SOB REFLORESTAMENTO COM PARICÁ (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke) NO MUNICÍPIO DE AURORA DO PARÁ
  • Data: 28/02/2011

2010
Descrição
  • WANDA MARIA DO NASCIMENTO RIBEIRO
  • DISTRIBUIÇÃO DE RAIOS, PRECIPITAÇÃO E CASOS DE TEMPESTADES SEVERAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Orientador : JOSE RICARDO SANTOS DE SOUZA
  • Data: 18/11/2010
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  • O objetivo deste é analisar a relação entre raios e precipitação, sobre diferentes tipos de superfície terrestre e através de estudos de caso de tempestades severas, durante o período de dezembro de 2006 à dezembro de 2008. Os estudos foram feitos dentro de uma área definida pelas coordenadas geográficas 0° a 6° S e 50° a 47° W, abrangendo partes dos estados do Pará, Maranhão e extremo norte de Tocantins.Essa região de estudo foi escolhida por estar localizada em uma área central em relação à localização dos sensores da rede de detecção de raios do Sistema de Proteção Amazônia (RDR-SIPAM) e que contém a maior parte das linhas de transmissão de energia elétrica da região. Os dados de chuva foram coletados por 46 pluviômetros digitais das estações meteorológicas do INMET e HIDROWEB- ANA. Nas análises dos dias de tempestades severas, também foram utilizados dados de pluviômetro de alta resolução temporal operado pela CPRM em Belém. Para classificação dos tipos de superfície e em particular da cobertura vegetal, foram utilizadas as informações de banco de dados sobre Recursos Naturais do IBGE. Para um melhor detalhamento sobre a relação entre raios, precipitação e tipos de superfície, a área de estudo foi dividida em três sub-áreas que possuem características fisiográficas distintas. A Área 1 inclui a Ilha do Marajó e a grande massa d'água da foz do Rio Amazonas e oceano Atlântico próximo. A Área 2 possui 60% de cobertura por floresta. A Área 3 tem 62% de cobertura por áreas agrícolas e/ou pastagens. Os sistemas meteorológicos de larga escala produtores de chuva e raios foram analisados tanto para as 3 áreas consideradas, como nos casos de tempestades severas em torno de Belém. Nessas tempestades foi observado, em quase todos os casos, que os raios antecedem as chuvas. Em geral ficou evidenciada a influencia sazonal na densidade de ocorrência de raios sobre os diferentes tipos de superfície. Todavia, esse trabalho também mostrou que as condições meteorológicas determinam mais amplamente as magnitudes dessa variável. Isso pode ser observado com bastante clareza nos estudos de casos de tempestades severas, onde a ZCIT e as LI`s são fatores determinantes da precipitação e conseqüentemente dos raios ocorridos em Belém.

  • TOBIAS BRANCHER
  • CICLAGEM DE CARBONO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM TOMÉ-AÇU, AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 27/09/2010
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  • Sistemas agroflorestais (SAFs) consistem em importante prática agrícola de uso da terra voltada a produção e a prestação de serviços ambientais. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar um estudo do estoque e ciclagem de carbono de 4 sistemas agroflorestais (SAFs) com idades e composições diferentes, além de uma vegetação secundária (capoeira), no município de Tomé-Açu, na região nordeste do Estado do Pará, Amazônia Oriental. Foram medidos os estoques de carbono no solo, na serrapilheira e na biomassa da parte aérea. O fluxo de carbono foi medido na deposição de material formador de serrapilheira e incremento da biomassa aérea no período de um ano, entre outubro de 2008 e setembro de 2009. Os SAFs foram divididos em quatro categorias, denominados SAF 1, SAF 2, SAF 3 e SAF 4, sendo (SAF 1: cacau, açaí, bananeira e seringueira, 14 anos de idade, SAF 2: cacau, açaí, bananeira, seringueira, taperebá, paricá e macacaúba, 14 anos de idade, SAF 3: cupuaçu, açaí, teca e mogno, 9 anos de idade, SAF 4:cupuaçu, açaí e paricá, 9 anos de idade). Em cada sistema, foram instaladas 4 parcelas amostrais, onde foram coletados os dados de diâmetro a altura do peito (DAP) e altura (h), usados posteriormente para estimar a biomassa da parte aérea. Dentro das parcelas foram instalados coletores para medir a deposição de material formador de serrapilheira e realizadas coletas de solo e serrapilheira utilizadas na estimativa dos estoques de carbono. Não houve diferença significativa entre os SAFs analisados para a variável estoque de carbono no solo, assim como não houve diferença no estoque de carbono na biomassa da parte aérea. O SAF 4 teve a maior deposição de serrapilheira anual entre todos os tratamentos. Os SAFs não diferiram da capoeira quanto ao estoque de carbono no solo e serrapilheira. A produtividade primária líquida atingiu 2,54, 6,11, 9,54 e 16,27 Mg C ha-1 ano-1 nos SAFs 1, 2, 3 e 4, respectivamente. A idade dos SAFs não teve efeito significativo na quantidade de carbono acumulada no período de um ano.

  • TOBIAS BRANCHER
  • ESTOQUE E CICLAGEM DE CARBONO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM TOMÉ-AÇU, AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Data: 27/09/2010

  • JORGE FERNANDO BARROS DE FREITAS
  • ESTOQUES E FLUXOS DE CARBONO EM PLANTAÇÕES FLORESTAIS JOVENS DE Acacia mangium E Schizolobium parahyba var. amazonicum NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 24/09/2010
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  • Plantações florestais são consideradas como alternativas de uso da terra para mitigação dos
    efeitos das mudanças climáticas, devido ao potencial de sequestro de carbono em espécies
    arbóreas. No entanto, há poucas informações sobre estoques e fluxos de carbono em
    espécies comumente usadas em plantações florestais, sobretudo na Amazônia. O objetivo
    deste estudo foi determinar o estoque de carbono na fitomassa e o efluxo de dióxido de
    carbono do solo em plantios de Acacia mangium Willd e Schizolobium parahyba var.
    amazonicum em diferentes espaçamentos. O estudo foi conduzido em Dom Eliseu, Pará,
    cujo clima apresenta temperatura média anual em torno de 25 ºC e precipitação anual de
    2250 a 2500 mm; o solo predominante é Latossolo amarelo distrófico típico A moderado
    textura muito argilosa. Neste estudo foram selecionadas duas espécies (A. mangium e S.
    parahyba) em dois espaçamentos (4,0 m x 2,0 m e 4,0 m x 3,0 m), com duas repetições,
    totalizando 4 tratamentos e 8 parcelas, estudadas por um período de um ano, dos 2,5 aos
    3,5 anos de idade. As parcelas mediram 48 m x 60 m. Mediram-se altura total, diâmetro à
    altura do peito, fluxo de CO2 do solo, e estimou-se o estoque de carbono na fitomassa
    acima do nível do solo. O efluxo de CO2 do solo nos plantios de A. mangium tiveram uma
    média global de 5,61 ± 1,30 Mg C ha-1 ano-1, e, em S. parahyba, a média global foi 7,07 ±
    1,50 Mg C ha-1 ano-1. O acúmulo anual de carbono na fitomassa acima do solo nos plantios
    de A. mangium foi 16,41 ± 1,16 e 14,03 ± 0,82 Mg C ha-1 ano-1, no 4,0 x 2,0 m e 4,0 x 3,0
    m, respectivamente. Em S. parahyba o acúmulo anual global foi 8,93 ± 1,87 Mg C ha-1
    ano-1. O plantio de A. mangium acumulou mais carbono na fitomassa acima do solo em
    relação a S. parahyba, com efluxos anuais de CO2 menores em relação ao plantio de S.
    parahyba em ambos espaçamentos. Dessa forma, plantios de A. mangium, no espaçamento
    4,0 x 2,0 m, são recomendados para projetos de sequestro de carbono. Entre os
    espaçamentos de plantio testados para S. parahyba, 4,0 x 3,0 m seria recomendado devido
    a mesma eficiência no sequestro de carbono em relação a 4,0 x 2,0 m, porém com menor
    requerimento de mudas. A continuidade no monitoramento nessas plantações florestais é
    fundamental para que conclusões mais definitivas sejam feitas a respeito da dinâmica do
    carbono.

  • JORGE FERNANDO BARROS DE FREITAS
  • ESTOQUES E FLUXOS DE CARBONO EM PLANTAÇÕES FLORESTAIS JOVENS DE Acacia mangium E Schizolobium parahyba var. amazonicum NA AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Data: 24/09/2010

  • TASSIA DO SOCORRO SERRA NUNES
  • A efetividade das unidades de conservação e das terras indígenas na contenção do desflorestamento na Amazônia legal.
  • Data: 21/09/2010
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  • Foi investigada a efetividade das Unidades de Conservação e das Terras Indígenas na contenção do desflorestamento na Amazônia Legal. A análise dos dados foi processada em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas) no programa ArcGis 9.3. O modelo estatístico desenvolvido para testar a efetividade das Áreas Protegidas se baseou na diferença entre o desflorestamento interno observado nas Áreas Protegidas e o desflorestamento interno nas Áreas Protegidas, estimado a partir do entorno de cinco quilômetros e de dez quilômetros das Áreas Protegidas. Verificou-se que, em área de floresta, até o ano de 2007, as Áreas Protegidas ocupavam aproximadamente 40% da Amazônia Legal. As Unidades de Conservação de Proteção Integral ocupavam 7,5% da Amazônia Legal, as Unidades de Conservação de Uso Sustentável ocupavam 11,2% da Amazônia Legal e as Terras Indígenas ocupavam 21% da Amazônia Legal. Foi observada uma diferença significativa na proporção de área ocupada pelos tipos de Áreas Protegidas entre os estados da Amazônia Legal. Notou-se, ainda, que a proporção do desflorestamento interno nas Unidades de Conservação de Proteção Integral e nas Terras Indígenas foi menor do que nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável. A proporção do desflorestamento interno das Áreas Protegidas foi muito menor do que a proporção de desflorestamento externo à essas áreas, nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia. Segundo o modelo estatístico de efetividade, 62,3% das Áreas Protegidas analisadas eram efetivas na contenção do desflorestamento. Esse modelo constitui importante instrumento para direcionar o planejamento de políticas públicas de conservação da Amazônia Legal, pois indica as Áreas Protegidas mais ameaçadas pelo desflorestamento. É imprescindível estabelecer com urgência a criação de mais Áreas Protegidas na Amazônia Legal e a consolidação das Áreas Protegidas existentes, já que não se sabe até quando essas áreas conseguirão se manter sem o mínimo necessário à sua sustentação
  • TASSIA DO SOCORRO SERRA NUNES
  • A EFETIVIDADE DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TERRAS INDÍGENAS NA CONTENÇÃO DO DESFLORESTAMENTO NA AMAZÔNIA LEGAL
  • Data: 21/09/2010

  • VANESSA GOMES DE SOUSA
  • COMPORTAMENTO SILVICULTURAL E DINÂMICA DE SERAPILHEIRA EM PLANTIOS DE DUAS ESPÉCIES FLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA

  • Data: 10/09/2010
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  • O desmatamento na Amazônia brasileira já alterou cerca de 750 milhões de
    hectares e desse total, 20% encontra-se com algum nível de degradação. A
    reincorporação ao processo produtivo das áreas alteradas com o reflorestamento de
    espécies tropicais, de valor comercial, é uma alternativa para minimizar os impactos
    ambientais, com benefícios ecológicos, aumento da oferta de madeira e diminuição
    da pressão sobre as florestas naturais remanescentes. No entanto, um dos grandes
    empecilhos para o reflorestamento é a falta de conhecimentos científicos sobre o
    crescimento de espécies nativas e exóticas. Diante disto, este trabalho teve como
    objetivo avaliar a eficiência de diferentes sistemas de plantios com espécies
    florestais nativa e exótica para recuperação de áreas alteradas. O trabalho foi
    realizado no município de Dom Eliseu, estado do Pará, em três sistemas de uso da
    terra: plantio puro (Schizolobium parahyba var. amazonicum e Khaya ivorensis),
    consórcio de espécies florestais (S. parahyba var. amazonicum e Khaya ivorensis),
    sistema agroflorestal (S. parahyba var. amazonicum e Musa sp). Aos 40 meses de
    idade, em plantio homogêneo, Schizolobium parahyba var. amazonicum mostrou
    maior crescimento silvicultural (altura e diâmetro) no espaçamento 4 m x 3 m e
    Khaya ivorensis no espaçamento 4 m x 4 m. No entanto, o paricá apresentou melhor
    desempenho em sistema de consórcio e sistema agroflorestal. O melhor
    desempenho de K. ivorensis foi no consórcio de espécies. Entre os sistemas de
    plantio estudados (SAF e misto de espécies), a deposição de biomassa foi maior no
    sistema de consórcio de espécies com 3.737,5 kg ha-1, sendo que, a maior
    contribuição de material vegetal foi do paricá. Foi evidenciada correlação negativa
    entre a deposição de serapilheira e a precipitação pluviométrica para o paricá, e
    positiva para K. ivorensis. Os resultados obtidos mostraram que o modelo florestal
    de consórcio de espécies mostrou-se promissor e pode ser uma alternativa para
    recuperação de áreas alteradas, de modo a oferecer diferentes opções de madeira e
    ao mesmo tempo, agregar fatores positivos em relação a produção de biomassa e
    aspectos físico-químicos do solo.

  • VANESSA GOMES DE SOUSA
  • COMPORTAMENTO SILVICULTURAL E DINÂMICA DE SERAPILHEIRA EM PLANTIOS DE DUAS ESPÉCIES FLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA
  • Data: 10/09/2010

  • WANDA MARIA DO NASCIMENTO RIBEIRO
  • Distribuição de raios, precipitação e casos de tempestades severas na Amazônia Oriental.
  • Orientador : JOSE RICARDO SANTOS DE SOUZA
  • Data: 25/08/2010

  • FABIO MONTEIRO CRUZ
  • AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO DA BACIA DO ITACAIUNAS-PA

  • Data: 24/08/2010
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  • O comportamento hidrológico das bacias hidrográficas é determinado conjuntamente por suas características geoambientais, hidrológicas e da paisagem, logo, uma forma de elucidá-lo refere-se ao estudo desses atributos. A bacia do rio Itacaiunas, localizada no sudeste paraense, foi objeto de uma avaliação de seu comportamento hidrológico por meio do estudo de seus atributos geoambientais. Além disso, definiram-se variáveis hidrológicas regionais e investigou-se a dinâmica da paisagem da bacia. Foram utilizados aplicativos de hidrologia e sistemas de informações geográficas, além de dados de monitoramento da bacia. Os resultados da avaliação indicaram que as principais sub-bacias da bacia do rio Itacaiunas constituem unidades fisiográficas de quarta ordem, sendo as mesmas consideradas homogêneas tanto física quanto climaticamente. Os modelos de distribuição de probabilidades que apresentaram melhor ajuste aos dados de vazão máxima, mínima e média de sete dias consecutivos e dez anos de recorrência referentes ao período seco na bacia do rio Itacaiunas foram respectivamente Pearson 3, Log-Pearson 3 e Log-Normal 2. Enquanto, para o período chuvoso foram Pearson 3, Normal e Pearson 3. O balanço hídrico da bacia reportou uma disponibilidade hídrica remanescente para outorga elevada, porém possivelmente superestimada. A avaliação da dinâmica da paisagem da bacia, por sua vez, demonstrou haver uma forte tendência de alterações no uso da terra da bacia, no período de estudo. Bem como, evidenciou-se que o referido uso concentra-se nas áreas de ocorrência das sub-bacias mais importantes no contexto hidrológico da bacia do rio Itacaiunas, podendo alterar sua disponibilidade hídrica como efeito dos impactos destas mudanças.

  • FABIO MONTEIRO CRUZ
  • AVALIAÇÃO GEOAMBIENTAL E HIDROLÓGICA DA BACIA DO RIO ITACAIUNAS, PA
  • Data: 24/08/2010

  • RICARDO THEOPHILO FOLHES
  • CENÁRIOS DE MUDANÇAS DE USO DA TERRA NA AMAZÔNIA: EXPLORANDO UMA ABORDAGEM PARTICIPATIVA E MULTI-ESCALA NO PAE LAGO GRANDE, EM SANTARÉM-PARÁ

  • Data: 23/08/2010
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  • A criação de Projetos de Assentamento Agroextrativistas (PAE) vem possibilitando a regularização fundiária de apossamentos praticados por comunidades tradicionais na Amazônia. Em 2005, foi criado pelo INCRA no município de Santarém-PA, o PAE Lago Grande, que com seus 290.000 hectares e seus 30.000 habitantes corresponde a um dos maiores assentamentos de reforma agrária já criado no Brasil. Nesse contexto, este trabalho teve por objetivo adaptar métodos participativos de elaboração de cenários para a realidade da Amazônia. Cenários são narrativas sobre o futuro, que podem ser construídos com uma variedade de técnicas e objetivos e têm sido utilizados em diferentes contextos, desde planejamento de negócios por empresas a análises ambientais. Buscou-se analisar se este processo pode ser efetivo como ferramenta de apoio a consolidação de diferentes unidades territoriais da região. Para tanto, o PAE Lago Grande foi utilizado como estudo de caso. Os resultados da pesquisa demonstram que existe grande potencial para a replicação da metodologia adotada em outras modalidades de assentamentos de reforma agrária e em unidades de conservação de uso sustentável.

  • ALEX DE ASSIS SANTOS DOS SANTOS
  • INFLUÊNCIA DE SISTEMAS METEOROLÓGICOS DE GRANDE ESCALA SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE RAIOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL, COM APLICAÇÃO NO SETOR ELÉTRICO.

  • Orientador : JOSE RICARDO SANTOS DE SOUZA
  • Data: 20/08/2010
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  • Foi feito um estudo da associação entre a densidade de ocorrência de raios com condições meteorológicas no leste da região Amazônica entre os anos de 2006 a 2008. A região estudada foi limitada por uma grade geográfica entre as latitudes 0º a -10º e longitudes -53º a -43º. Foram desenvolvidos métodos computacionais de processamento estatístico e geração de mapas de ocorrências de raios para diferentes intervalos de tempo. Esses métodos foram aplicados para determinar os pontos de altas ocorrências de raios ao longo de linhas de transmissão de energia elétrica, a fim de oferecer subsídios para a proteção e operação dos sistemas elétricos da região. Foram utilizados dados da rede de detecção de raios do SIPAM para redimensionar a detecção do sistema de alcance intercontinental STARNET, e subsequentemente, foram obtidos mapas de densidade de raios mais uniformes e realistas. Esses mapas foram interpretados em períodos semanais e sazonais, considerando as observações simultâneas de chuva, vento, radiação de onda longa e a presença de sistemas meteorológicos de grande escala. Zona de Convergência Intertropical e Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCIT, ZCAS) definidos pela convergência de ventos e anomalias negativas de Radiação de Ondas Longas ( ROL). Os resultados mostraram boa correspondência entre as áreas de convecção e a intensa ocorrência de raios. Nas regiões de mais alta atividade elétrica atmosférica, foi observada ocorrência de convergência dos ventos e anomalias negativas de ROL, para situações de presença de ZCAS e ZCIT sobre a região. A atividade de raios também coincidiu, com algumas exceções, com áreas de maior precipitação em períodos semanais. Foi observado também que, durante um trimestre seco, os segmentos de linhas de transmissão de Mojú-Tailândia e Jacundá-Marabá apresentaram maior incidência de raios. O pico da densidade de raios chegou a 18 raios/km2/trimestre em alguns locais. Durante o trimestre chuvoso, a densidade geral de raios foi 86% maior e apresentou distribuição espacial mais uniforme quando comparada com um trimestre seco. Este estudo mostrou não somente como as características meteorológicas influenciaram na distribuição e quantidade raios, mas também que a elevada atividade de descargas elétricas na região deve ser uma preocupação importante para os sistemas de distribuição de energia elétrica e outras atividades humanas na Amazônia Oriental.

  • ALEX DE ASSIS SANTOS DOS SANTOS
  • INFLUÊNCIA DE SISTEMAS METEOROLÓGICOS DE GRANDE ESCALA SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE RAIOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL, COM APLICAÇÃO NO SETOR ELÉTRICO.
  • Orientador : JOSE RICARDO SANTOS DE SOUZA
  • Data: 20/08/2010

  • ANA NOELE BRITO SILVA
  • ÍNDICES DE EXTREMOS CLIMÁTICOS E TENDÊNCIAS DE PRECIPITAÇÃO ANUAL E SAZONAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Orientador : EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
  • Data: 12/08/2010
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  • Baseado no conjunto de dados diários de precipitação e temperatura do ar de oito estações meteorológicas sobre o Pará, pertencentes ao INMET, disponíveis no período 1961-2007, foram calculados índices de extremos climáticos através da metodologia estatística do software RClimdex. Utilizando-se ainda um conjunto de dados mensais de precipitação de 134 estações pluviométricas da Amazônia oriental, provenientes da ANA e INMET, foram analisadas as tendências anual e sazonal num período de 25 a 37 anos (1970-2009), através da aplicação da estatística não-paramétrica (teste de Mann-Kendall e método de Sen). E por fim, utilizaram-se dados de desmatamento do PRODES/INPE no período 2000-2007, para analisar a possível influência do desmatamento nas tendências de precipitação anual e sazonal do Pará. Considerando os índices de extremos climáticos referentes aos dados diários de precipitação, constatou-se que a variabilidade interanual dos índices possui relações com os episódios ENOS e as fases do Dipolo do Atlântico. Para os extremos climáticos de temperatura evidenciaram-se reduções sistemáticas dos dias frios (TX10p) e aumentos sistemáticos da mínima da máxima temperatura (TXN), da percentagem de noites quentes (TX90p) e da temperatura máxima da máxima (TXX). Os resultados das tendências da precipitação anual usando os testes não-paramétricos evidenciaram que do total de 134 estações, em torno de 51% apresentam tendências positivas e 41% tendências negativas sobre a Amazônia oriental. Contudo, essas tendências anuais “mascararam” de certa forma as tendências sazonais, cujos resultados mostraram-se mais diversificados, explicando melhor os aspectos da variabilidade climática regional. Para o trimestre MAM, observaram-se 99 estações (74%) com tendências positivas, indicando que a quantidade de precipitação durante o período chuvoso principal vem aumentando sistematicamente durante a última década. Em DJF, notaram-se 45 estações (34%) com tendências positivas e 78 estações (58%) com tendências negativas. Por outro lado, nos trimestres que englobam o período seco ou menos chuvoso verificaram-se tendências sazonais predominantemente negativas, com 84 estações (62%) em JJA e 89 estações (66%) em SON. Portanto, a evidência observacional de que a precipitação do período seco encontra-se em diminuição gradativa nas últimas décadas corrobora com a hipótese de que o desmatamento associa-se com a redução da precipitação em escala regional, porém sugere-se que isso ocorra em escala de tempo sazonal.

  • ANA NOELE BRITO SILVA
  • ÍNDICES DE EXTREMOS CLIMÁTICOS E TENDÊNCIAS DE PRECIPITAÇÃO ANUAL E SAZONAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Orientador : EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
  • Data: 12/08/2010

  • RODRIGO DA SILVA MAIA
  • COLONIZAÇÃO MICORRÍZICA ARBUSCULAR EM FLORESTA SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA SOB REMOÇÃO DE SERAPILHEIRA E IRRIGAÇÃO DO SOLO
  • Data: 10/08/2010
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  • Avaliou-se o efeito da alteração de disponibilidade de substrato (serapilheira) e água sobre a colonização micorrízica arbuscular e atributos químicos do solo em floresta secundária na Amazônia oriental. Foi analisada a porcentagem de colonização micorrízica (PCM) de raízes apogeotrópicas e raízes presentes na superfície de 0-10 cm do solo, densidade de esporos, produção de glomalina e atributos físico-químicos nos solos de quatro parcelas de tratamento de remoção de serapilheira, quatro parcelas de tratamento de irrigação e quatro parcelas controle. As parcelas medem 20 m x 20 m. Em cada parcela foi coletado quatro amostras simples de solo e raízes distribuídas em quatro áreas. Os resultados mostraram que o tratamento de remoção de serapilheira reduziu significativamente a PCM nas raízes apogeotrópicas e nas de 0-10 cm de profundidade do solo, mas não influenciou na densidade de esporos. A remoção de serapilheira também diminuiu a disponibilidade de nitrogênio e carbono orgânico no solo, mas apesar disso não houve influencia da redução da disponibilidade de nutrientes no solo para a colonização micorrízica. A glomalina que é produzida pelas hifas das micorrizas arbusculares, e fica agregada a matéria orgânica do solo também foi reduzida pelo tratamento de remoção de serapilheira. O tratamento de irrigação não afetou a PCM, assim como densidade de esporos no solo e também não alterou a disponibilidade de nutrientes. O estudo permitiu mostrar que mudanças na cobertura do solo podem causar sérios danos a simbiose fungo-planta.
  • RODRIGO DA SILVA MAIA
  • Colonização micorrízica arbuscular em floresta secundária na Amazônia sob remoção de serapilheira e irrigação do solo.
  • Data: 10/08/2010

  • RENATA LEITAO DA CONCEICAO
  • MODELAGEM DOS PROCESSOS METEOROLÓGICOS DE MESO E MICRO-ESCALA NA REGIÃO DA FLORESTA
    DE CAXIUANÃ-PA

  • Data: 28/05/2010
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  • Dados meteorológicos e simulações numéricas de alta resolução foram usados
    para estimar campos espaciais na região leste da Amazônia onde situam-se a
    Floresta e a Baía de Caxiuanã e, principalmente, próximo dos campi
    experimentais do COBRA-PARÁ e PPBio. Análises de imagens do sensor
    MODIS mostram a ocorrência de vários fenômenos locais como avenidas de
    nuvens, sistemas convectivos precipitantes, e importante influência das
    interfaces entre a floresta e as superfícies aquáticas. As simulações numéricas
    mostram que o modelo representou bem algumas variáveis meteorológicas
    para o dia 7 de novembro de 2006, mas não conseguiu representar
    corretamente a evolução da atmosfera para o dia posterior. O modelo simula
    bem a temperatura do dossel da floresta, sendo esta uma importante variável
    de interesse para outros pesquisadores do projeto PPBio. Os resultados
    mostram que a Baía de Caxiuanã provoca importante impacto nos campos
    meteorológicos adjacentes, principalmente, através da advecção pelos ventos
    de nordeste que induzem a temperaturas do dossel mais frias a oeste da baía.
    Simulações de altíssima resolução com capacidade de representar os grandes
    turbilhões (LES) mostram padrões espaciais de temperatura e umidade
    alinhados com os ventos durante o período diurno e mudanças noturnas
    causadas principalmente pela presença da baía. A simulação permitiu
    representar um sistema convectivo precipitante com altíssima resolução
    mostrando importantes influências das frentes de rajadas nos fluxos à
    superfície. Os experimentos de sensibilidade mostraram que jatos de baixos
    níveis mais fortes causam maior fluxo vertical de calor latente à superfície nas
    primeiras horas do dia. Correlações entre os jatos e os fluxos verticais de calor
    latente mostraram que existe uma mudança de correlações negativas para as
    primeiras horas do dia passando para correlações positivas para o período da
    tarde e início da noite. Isto mostra que os movimentos descendentes
    associados às frentes de rajadas possuem importante influência na distribuição
    espacial dos fluxos de superfície. Por outro lado a substituição das superfícies
    aquáticas por floresta mostrou que houve um aumento de precipitação,
    sugerindo que a floresta tem papel fundamental na reciclagem local da água.

  • RENATA LEITAO DA CONCEICAO
  • MODELAGEM DOS PROCESSOS METEORÓLOGICOS DE MESO E MICRO-ESCALA NA REGIÃO DA FLORESTA DE CAXIUANÃ-PA E NO SÍTIO DO PPBIO
  • Data: 28/05/2010

  • VENIZE ASSUNCAO TEIXEIRA
  • Características e distribuição das descargas atmosféricas e dos sistemas precipitantes produtores de raios na Amazônia oriental
  • Orientador : GALDINO VIANA MOTA
  • Data: 26/04/2010
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  • Este trabalho analisou 10 anos de distribuição espacial e temporal dos raios, dos sistemas precipitantes e suas características, como refletividade, temperatura de brilho e altura dos sistemas precipitantes amostrados pelo satélite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) através dos sensores Lightning Imaging Sensor (LIS), Precipitation Radar (PR) e TRMM Microwave Imager (TMI). Estes dados foram organizados e armazenados pelo grupo de pesquisa da convecção tropical da University of Utah no período de dezembro de 1997 a fevereiro de 2009. Também foram analisados dados de focos de queimadas detectadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no período de 1998 a 2008. Foi selecionada uma área delimitada entre 60ºW a 45ºW de longitude e 10ºS a 5ºN de latitude, a qual, posteriormente, foi dividida em nove sub-áreas para um melhor detalhamento das informações. Para verificar a possível influência das queimadas no número de raios, selecionaram-se oito áreas, sendo 4 com o maior número de focos de queimadas e 4 com o menor número de focos de queimadas. Os sistemas precipitantes foram classificados seguindo a metodologia de Nesbitt et. al. 2000 e obedecendo a nova definição dos dados realizado por Liu (2007). Os sistemas precipitantes amostrados pelo satélite TRMM utilizados neste trabalho são denominados ALLPFS e são definidos como aqueles que apresentam pixel de chuva estimado pelo algoritmo 2A25. Estes são classificados em PFS e OTHPFS, que respectivamente, são aqueles que apresentam e não apresentam informação de temperatura de brilho. Os PFS são sub-classificados em sistemas sem assinatura de gelo (NOICE), com assinatura de gelo (WICE) e sistemas convectivos de mesoescala (MCS), sendo que os sistemas mais intensos, dentre estes últimos, são sistemas que recebem a denominação de IMCS. Os resultados mostram que as regiões do sul do Estado do Pará, município de Belém e Ilha do Marajó foram as que apresentaram as maiores ocorrências de raios na Amazônia Oriental, com valores superiores a 20 a 35 raios/km²/ano. Os NOICEs foram os sistemas mais frequentes em todas as regiões e os sistemas precipitantes da categoria WICE e MCS são aqueles que mais contribuem com a produção de raios sobre essas regiões. Os sistemas eletrificados apresentam grande contribuição no volume de chuva estimada sobre as áreas CENTRO e SUL, com percentuais superiores a 50% nas áreas SUL. A variação mensal dos raios na área de estudo mostrou que as maiores ocorrências de raios sobre o município de Belém são nos meses de janeiro a junho, com um pico no mês de janeiro. As maiores ocorrências no setor SUL da Amazônia Oriental concentram-se nos meses de setembro a dezembro. Nas análises sobre a interação entre os raios e as queimadas não se observou coerência, dentro das áreas de maior número de queimadas, na correlação mensal entre os raios e as queimadas, evidenciando que, apesar do grande número de queimadas observado sobre essas áreas, outros fatores interferem na produção de raios.
  • VENIZE ASSUNCAO TEIXEIRA
  • CARACTERISTICAS E DISTRIBUIÇÃO DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E DOS SISTEMAS PRECIPTANTES PRODUTORES DE RAIOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Orientador : GALDINO VIANA MOTA
  • Data: 26/04/2010

  • MARIA DO CARMO DA SILVA AMERICO
  • O Papel Das Trajetórias Sociais Na Construção Do Território Nas Frentes Pioneiras Da Amazônia.

  • Data: 29/03/2010
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  • Investiga-se diferentes trajetórias de agentes que desenvolvem conjuntos de atividades convergentes para a pecuária bovina de corte na região sudeste do Pará, especificamente no município de São Félix do Xingu, uma nova frente pioneira na Amazônia e uma das zonas de maior índice de desmatamento. Articula-se conceitos de espaço geográfico e território às noções de paradigmas e trajetórias tecnológicas para abordagem multidisciplinar da realidade amazônica, com a mobilização de diversas ferramentas científicas, com destaque para a geografia, economia e antropologia. Para alcançar este objetivo, desenvolveu-se uma metodologia de levantamento e análise de dados chamada de Análise de Coerências Sucessivas com vistas à realização de etnografias de agentes camponeses e patronais para compreender a relação entre as trajetórias que desenvolvem esses agentes e a dinâmica do território. Verifica-se que a relação entre essas duas categorias de agentes é sistêmica, não só na divisão do trabalho quanto na geopolítica de uso do território.

  • MARIA DO CARMO DA SILVA AMERICO
  • O PAPEL DAS TRAJETÓRIAS SOCIAIS NA CONSTRUÇÃO DO TERRITÓRIO NAS FRENTES PIONEIRAS DA AMAZÔNIA
  • Data: 29/03/2010

  • FLAVIO AUGUSTO ALTIERI DOS SANTOS
  • Alagamento e inundação urbana: modelo experimental de avaliação de risco
  • Data: 18/03/2010
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  • Teve como objetivo desenvolver um modelo experimental de avaliação de risco de alagamento e inundação para Belém, a partir do modelo digital de elevação do terreno, do hidrograma de escoamento superficial e da vazão máxima do canal de drenagem principal da bacia hidrográfica da Travessa Quintino Bocaiúva. Na execução do trabalho foram utilizadas ferramentas de geoprocessamento para sistematizar os dados vetoriais relativo às unidades edificadas, eixo de vias e das cotas altimétricas para gerar o modelo digital do terreno. O desenvolvimento do sistema foi customizado através da linguagem de programação, objetivando facilitar e simplificar a operacionalização das rotinas de processamento das equações definidas para a execução do modelo hidrológico. Para a aplicação do modelo hidrológico a bacia hidrográfica foi subdividida em células de 25 m², sendo que para cada uma foi determinado sua cota de elevação e calculado o seu escoamento superficial com base na percentagem de impermebialização de cada uma. A vazão de pico do canal foi obtida através de campanhas de campo considerando duas situações: em condições de ocorrência de chuva de intensidade alta e outra sem influência de chuva. Para essas duas condições, também foi avaliado a influência das condições da maré do Rio Guamá sobre o canal principal da bacia. A coerênciado modelo foi constatada a partir do teste de sensibilidade realizado para cada variável utilizada e sua validação feita com base nos dados de alguns eventos pluviométricos já ocorridos e checados através de matérias jornalísticas e registros fotográficos obtidos em campo no dia do evento. Os resultados obtidos indicam que o modelo hidrológico aplicado teve uma resposta positiva, e o sistema desenvolvido se mostrou eficiente e eficaz para ser aplicado como ferramenta de avaliação de risco de alagamento e inundação.
  • FLAVIO AUGUSTO ALTIERI DOS SANTOS
  • Alagamento e inundação urbana: modelo experimental de avaliação de risco
  • Data: 18/03/2010
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  • Teve como objetivo desenvolver um modelo experimental de avaliação de risco de alagamento e inundação para Belém, a partir do modelo digital de elevação do terreno, do hidrograma de escoamento superficial e da vazão máxima do canal de drenagem principal da bacia hidrográfica da Travessa Quintino Bocaiúva. Na execução do trabalho foram utilizadas ferramentas de geoprocessamento para sistematizar os dados vetoriais relativo às unidades edificadas, eixo de vias e das cotas altimétricas para gerar o modelo digital do terreno. O desenvolvimento do sistema foi customizado através da linguagem de programação, objetivando facilitar e simplificar a operacionalização das rotinas de processamento das equações definidas para a execução do modelo hidrológico. Para a aplicação do modelo hidrológico a bacia hidrográfica foi subdividida em células de 25 m², sendo que para cada uma foi determinado sua cota de elevação e calculado o seu escoamento superficial com base na percentagem de impermebialização de cada uma. A vazão de pico do canal foi obtida através de campanhas de campo considerando duas situações: em condições de ocorrência de chuva de intensidade alta e outra sem influência de chuva. Para essas duas condições, também foi avaliado a influência das condições da maré do Rio Guamá sobre o canal principal da bacia. A coerênciado modelo foi constatada a partir do teste de sensibilidade realizado para cada variável utilizada e sua validação feita com base nos dados de alguns eventos pluviométricos já ocorridos e checados através de matérias jornalísticas e registros fotográficos obtidos em campo no dia do evento. Os resultados obtidos indicam que o modelo hidrológico aplicado teve uma resposta positiva, e o sistema desenvolvido se mostrou eficiente e eficaz para ser aplicado como ferramenta de avaliação de risco de alagamento e inundação.
  • ADRIELSON FURTADO ALMEIDA
  • ANÁLISE ETNOECOLÓGICA DA FLORESTA DE VÁRZEA DA ILHA DE SOROROCA, ANANINDEUA, PARÁ

  • Data: 16/03/2010
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  • ANÁLISE ETNOECOLÓGICA DA FLORESTA DE VÁRZEA DA ILHA DE SOROROCA, ANANINDEUA, PARÁ

2009
Descrição
  • SALMA SARATY DE CARVALHO
  • A IMPORTÂNCIA DA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA (AI´s) NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA A SOCIEDADE - ESTUDO DE CASO: AS MINAS DE CAULIM NO MUNICÍPIO DE IPIXUNA DO PARÁ - PA

  • Orientador : EDNA MARIA RAMOS DE CASTRO
  • Data: 19/10/2009
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  • A pesquisa sobre a relevância da definição de áreas de influências (AI) para a soci-edade, abordou sobre Estudos de Impactos Ambientais (EIA‟s) de empreendimentos de extração mineral. Foram analisados 11 (onze) Estudos de Impactos Ambientais protocolados na Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA, envolvendo a dé-cada de 1990 a 2000, além de legislações e literaturas especializadas. Para tanto, foi abordado à mineração no Estado do Pará e o processo de licenciamento ambien-tal, definição das áreas de influência em projetos de mineração e criação de seis critérios, específicos para esta dissertação, visando a avaliação da AI‟s apresenta-das nos 11 EIA‟s, para o meio antrópico. Os resultados da análise levaram a detec-tar as razões que confirmam a relevância das AI‟s, assim como suas implicações associadas à qualidade do EIA/RIMA e sua funcionalidade para a sociedade. Bus-cando subsídios que fortalecessem o argumento defendido sobre a relevância das AI‟s, foram realizadas trabalhos de campo nas minas de caulim. As referidas minas já se encontram em funcionamento há mais de 10 anos, e foi possível perceber al-gumas mudanças ocorridas em suas AI‟s. O resultado do campo, confirmou a análi-se realizada nos 11 EIA‟s, pois foi evidente detectar que a decisão para selecionar e definir as AI‟s, apresentados nos EIA‟s objetivando o licenciamento das minas de caulim, desencadeia conseqüências para a sociedade local que pode influenciar ao longo da vida útil do projeto licenciado. Assim, desperta-se a necessidade de elabo-ração de estudos científicos que sejam capazes de contribuir com metodologias es-pecíficas de definição de AI‟s para a região amazônica e com isso, tratar o processo de licenciamento ambiental a partir de legislações direcionadas ao Estado do Pará.

  • SALMA SARATY DE CARVALHO
  • A IMPORTÂNCIA DA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA (AI´s) NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA A SOCIEDADE -ESTUDO DE CASO: AS MINAS DE CAULIM NO MUNICÍPIO DE IPIXUNA DO PARÁ - PA
  • Orientador : EDNA MARIA RAMOS DE CASTRO
  • Data: 19/10/2009

  • MARIA DENISE RIBEIRO BACELAR
  • EPIDEMIA DE MALÁRIA NO ESTADO DO PARÁ E SUA RELAÇÃO COM OS PADRÕES DE USO DA TERRA NOS ÚLTIMOS QUARENTA ANOS - UMA ANÁLISE COM SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

  • Data: 29/09/2009
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  • O presente estudo teve por objetivo investigar a relação entre a ocorrência de epidemias de malária no Pará e as formas de ocupação do espaço adotadas e configuradas nos principais usos da terra no período entre 1970 e 2008, procurando verificar a hipótese de as epidemias de malária no Pará terem sido conseqüência das formas de apropriação do espaço (nesse caso, os usos da terra). Para isso procurou-se analisar estatisticamente a relação entre os índices de malária e população residente, bem como entre essa população e as atividades produtivas predominantes no Pará e suas mesorregiões, e também a evolução dessas variáveis no tempo. Foram também eleitos quatro municípios paraenses, localizados nas mesorregiões geográficas da faixa de frentes pioneiras de ocupação no Estado, sendo um deles elencado como Município-controle do estudo e realizados seus mapeamentos temporais para analisar a dinâmica de suas paisagens nos anos de 1975, 1991 e 2008. Nos municípios eleitos − Itaituba, Anajás, Tucuruí e Juruti − foram identificados os principais modelos de paisagem implantados, e analisada sua evolução temporal, procurando verificar a existência ou não de uma relação de causa-efeito entre esses modelos de paisagem e a malária registrada nesses locais, no período investigado. Foi possível comprovar neste estudo, com os dados investigados, suas evoluções históricas e correlações estatísticas, a hipótese de que as epidemias de malária no Pará, no período estudado, foram consequêntes das formas equivocadas de apropriação do espaço, resultantes das políticas governamentais introduzidas na região após 1970. Da mesma forma, ficou evidenciada a relação de causa-efeito entre as atividades produtivas introduzidas na Região e as epidemias de malária aqui relatadas. Fato relevante é que a distribuição espacial da malária no Estado continuou epidêmica nas áreas aqui investigadas, onde ocorrem atividades produtivas primárias, realizadas de forma ambientalmente incorreta.

  • MARIA DENISE RIBEIRO BACELAR
  • EPIDEMIA DE MALÁRIA NO PARÁ E SUA RELAÇÃO COM OS PADRÕES DE USO DA TERRA NOS ÚLTIMOS QUARENTA ANOS - UMA ANÁLISE COM SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
  • Data: 29/09/2009

  • IRENE CIBELLE GONCALVES SAMPAIO
  • BIOGEOQUÍMICA DO CARBONO EM SOLOS DE PARCELAS SOB TRITURAÇÃO, SOB QUEIMA E SOB CAPOEIRA

  • Data: 23/09/2009
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  • As mudanças climáticas e no uso da terra têm potencial para alterar o
    estoque e a dinâmica do carbono no solo. O objetivo deste trabalho foi
    investigar os processos biogeoquímicos do carbono no solo - em um projeto
    piloto na Amazônia. Este projeto possui uma parcela sob sistema de queima,
    uma parcela sob sistema de trituração e uma floresta secundária (capoeira). O
    projeto se localiza no município do Igarapé-Açu, na região bragantina, no
    nordeste do estado do Pará. O solo da área é o latossolo amarelo. Os
    resultados deste trabalho mostraram que os maiores fluxos de CO2 foram
    medidos no período chuvoso. No período seco deste estudo, o fluxo de CO2 do
    solo sob capoeira foi maior do que o das outras parcelas. Durante o período
    chuvoso, não houve diferença significativa. A quantidade de carbono orgânico
    e de carbono total foi maior na parcela triturada (até 10 cm de profundidade) do
    que na parcela sob queima e sob capoeira (resultados preliminares). Em
    nenhuma das parcelas estudas foi encontrada relação entre o metabolismo
    microbiano (qCO2) e a quantidade carbono total no solo, entre o qCO2 e a
    quantidade carbono da biomassa microbiana do solo (CBMS) e entre quantidade
    de CBMS e quantidade de carbono total. Somente a parcela sob capoeira
    apresentou relação entre a quantidade de CBMS e a porcentagem de PPA. Em
    todas as parcelas desse estudo, houve relação significativa entre qCO2 e a
    porcentagem de PPA do solo. Os resultados destas relações demonstram que,
    nas parcelas deste estudo, a metabolismo microbiano sofre maior influencia
    das alterações de umidade no solo do que em relação a disponibilidade de
    carbono. Também é possível dizer que, as variações na quantidade de
    microorganismo (CBMS) não ocorreram devido mudanças na umidade do solo
    (nas parcelas sob trituração e sob queima) e nem devido a mudanças na
    quantidade de carbono (em todas as parcelas deste estudo). Durante este
    estudo, na parcela sob tritura, o material da capoeira triturada não ofereceu
    proteção para o solo. O material triturado já havia sido incorporado ao solo.

  • ANTONIO KLEDSON LEAL SILVA
  • DINÂMICA DE SERAPILHEIRA E PRODUÇÃO DE RAÍZES FINAS EM PLANTIOS DE PARICÁ (Schizolobium parahyba var. amazonicum) E FLORESTA SUCESSIONAL EM AURORA DO PARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 29/07/2009
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  • A implantação de sistemas silviculturais e agroflorestais com o paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum) expandiu no estado do Pará, Brasil, geralmente como alternativa para revegetação de áreas degradadas (pastos abandonados). Entretanto faltam estudos básicos sobre a ciclagem de matéria orgânica para compreender o potencial do paricá em recuperar áreas degradadas. Instalou-se um experimento na fazenda da empresa Tramontina, Aurora do Pará, para avaliar processos ligados à ciclagem da matéria orgânica, como a dinâmica da serapilheira, etoque de serapilheria e produção de raízes finas, durante 12 meses (outubro de 2007 a setembro de 2008), em tratamentos com plantios de paricá com cinco anos de idade, nos seguintes arranjos: paricá solteiro (PS), consórcio paricá + freijó (Cordia goeldiana) (PF), sistema agroflorestal com paricá, freijó e curauá (Ananas comosus var. erectifolius) (PFC). Esses tratamentos com paricá foram comparados com uma área de referência (ecossistema de floresta sucessional de 25 anos) (SUC). Os tratamentos de paricá apresentaram produção anual de serapilheira inferior a SUC (8,79 ± 0,08 Mg ha-1 ano-1 ), não havendo diferença significativa entre os tratamentos PS (6,05 ± 0,15 Mg ha-1 ), PF (6,08 ± 0,13 Mg ha-1 ano-1 ) e PFC (6,63 ± 0,13 Mg ha-1 ano-1 ). A produção mensal de serapilheira foi significativamente maior no período seco do que no chuvoso. O maior estoque de serapilheira foi identificado nos tratamentos PS (7,7 ± 1,0 Mg ha-1 ) e PF (7,4 ± 0,1 Mg ha-1 ), enquanto que SUC apresentou estoque de 5,9 ± 1,3 Mg ha-1 . Esses resultados estão relacionados ao menor coeficiente de decomposição encontrado nos tratamentos com paricá. A produção de raízes finas total (vivas + mortas) foi significativamente maior nos tratamentos PS (380,3 ± 20,6 g m - ²), PF (343,0 ± 18,4 g m - ²) e PFC (265,5 ± 9,9 g m - ²) do que em SUC (107,2 ± 2,7 g m - ²). A variação da produção de raízes finas no período de estudo está associada com a variação mensal da precipitação pluviométrica; a produção de raízes finas diminuiu durante o período de maior precipitação e aumentou com a chegada do período seco. Os tratamentos com paricá mostraram boa capacidade em disponibilizar material orgânico acima e abaixo do solo. Mais especificamente, o paricá apresentou boa produção e estoque de serapilheira sobre o solo, os quais são atributos desejáveis em sistemas de recuperação de áreas degradadas

  • ANTONIO KLEDSON LEAL SILVA
  • DINÂMICA DE SERAPILHEIRA E PRODUÇÃO DE RAÍZES FINAS EM PLANTIOS DE PARICÁ (Schizolobium parahyba var. amazonicum) E FLORESTA SUCESSIONAL EM AURORA DO PARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL
  • Data: 29/06/2009

  • MARCIO NIRLANDO GOMES LOPES
  • Aspectos regionais da variabilidade de precipitação no estado do Pará; estudo observacional e modelagem climática em alta resolução.
  • Data: 14/05/2009
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  • O objetivo do presente trabalho foi agregar diferentes redes de estações meteorológicas de superfície para a criação de um novo banco de dados integrado, a partir do qual foi gerada uma climatologia recente (1978-2007) para a precipitação do estado do Pará em alta resolução espacial – 30 km, permitindo melhor identificar a variabilidade climática regional, sobretudo influenciada pelos aspectos da fisiografia e em função de mecanismos climáticos de grande escala dos oceanos Pacífico e Atlântico. Buscou-se, ainda, estabelecer uma configuração otimizada do modelo climático RegCM3 utilizando duas diferentes parametrizações de cumulus: RegCM3/Grell e RegCM3/MIT. Foram realizadas 26 simulações (1982/83 a 2007/08) durante a estação chuvosa na Amazônia oriental (dezembro a maio) para cada esquema de parametrização convectiva, utilizando 30 km de resolução espacial. O modelo mostrou-se capaz de capturar os sinais de anomalia na presença de forçantes climáticas extremas, como o El Niño-Oscilação Sul e o dipolo do Atlântico. O RegCM3/MIT obteve ótimo desempenho na região de Altamira/PA e performance razoável nos setores Nordeste (região de Belém), Leste ( região de Marabá), Sudeste (região de Conceição do Araguaia), e Noroeste (região de Tiriós). O RegCM3/Grell destacou-se nas regiões Nordeste, Leste, Sudeste e Noroeste, com desempenho razoável. O setor Norte (região de Macapá) foi o mais problemático, com pouca ou nenhuma sensibilidade apresentada pelo modelo. Embora o RegCM3 tenha obtido resultados razoáveis na maior parte do domínio, foram detectados erros sistemáticos nas simulações, com viés seco para o RegCM3/Grell e viés úmido para o RegCM3/MIT na porção Sul e viés seco na porção Norte. Estas características denotam a necessidade de ajustes às condições regionais dos esquemas de convecção.
  • MARCIO NIRLANDO GOMES LOPES
  • ASPECTOS REGIONAIS DA VARIABILIDADE DE PRECIPITAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ; ESTUDO OBSERVACIONAL E MODELAGEM CLIMÁTICA EM ALTA RESOLUÇÃO
  • Data: 14/05/2009

  • JOAO PAULO NARDIN TAVARES
  • Tempestades Severas na Região Metropolitana de Belém: Avaliação das Condições Termodinâmicas e Impactos Sócio-Econômicos

  • Orientador : MARIA AURORA SANTOS DA MOTA
  • Data: 17/04/2009
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  • A região de Belém, capital do estado do Pará, localiza-se numa região sujeita à incidência de  tempestades, durante o ano todo. As chuvas fortes trazem inúmeros problemas à população, como o  alagamento de ruas e casas, interrupção no fornecimento de energia elétrica e telecomunicações,  problemas de saúde, de transporte, e em alguns casos, até mortes. Esta pesquisa procurou responder  às seguintes questões: Quais os mecanismos que provocam eventos extremos de precipitação, na  estação chuvosa, e na estação seca? Os índices de instabilidade  termodinâmicos estão adequados para a previsão de tempestades e chuva forte na região? O efeito de “Ilha de Calor” da cidade está  influenciando na convecção, provocando aumento no número e intensidade das tempestades? Qual o comportamento dos eventos extremos em anos de El Niño e La Niña? Quais os principais impactos  sócio-econômicos decorrentes das tempestades? Analisando-se basicamente a série temporal de  precipitação diária, dados de sondagens e notícias publicadas nos jornais locais, a respeito dos prejuízos  causados pelas tempestades, é que se procurou responder a tais questões. Analisando-se basicamente a série temporal de precipitação diária, dados de  sondagens e notícias publicadas nos jornais locais, a respeito dos prejuízos causados pelas  tempestades, é que se procurou responder a tais questões. Os resultados obtidos mostram que na estação chuvosa, a precipitação extrema é provocada pela interação entre escalas, a forçante  dinâmica (Zona de Convergência Intertropical) e a forçante termodinâmica. Sendo que, em alguns  casos entra nesta interação a forçante de mesoescala. Os resultados são enormes prejuízos à  população. A análise dos dados de sondagens, mostra que os índices de instabilidade estão  adequados para a estação chuvosa e devem sofrer ajustes para a estação seca, mas podem servir  de subsídio à elaboração de modelos regionais. Quando analisados juntamente com a CAPE,  imagens de satélite e observações do campo de vento, tornam possível a previsão de tempestades  severas, auxiliando aos órgãos tomadores de decisões.

  • JOAO PAULO NARDIN TAVARES
  • TEMPESTADES SEVERAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES TERMODINÂMICAS E IMPACTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
  • Orientador : MARIA AURORA SANTOS DA MOTA
  • Data: 17/04/2009

  • ANDREA DOS SANTOS COELHO
  • MODELAGEM DE DINÂMICA DO USO DA TERRA E COBERTURA VEGETAL NA REGIÃO DE SANTARÉM, OESTE DO PARÁ

  • Data: 26/01/2009
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  • agricultura de grãos, em especial, arroz, milho e soja. Na base da estrutura fundiária da região, essa dinâmica tem concorrido para a concentração fundiária devido à substituição da pequena propriedade pela grande propriedade capitalizada. Políticas de ordenamento territorial criaram um mosaico de unidades com regras específicas de uso da terra, são unidades de conservação e diferentes modalidades de projetos de assentamentos. Este trabalho tem dois objetivos: estudar o processo de transformação da paisagem após a introdução da agricultura capitalizada de grãos e construir cenários de futuro que analisem alternativas para conter o desflorestamento e a concentração fundiária em curso. O estudo foi realizado utilizando técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, a partir de imagens Landsat 5 TM dos anos de 1999, 2004 e 2007. Técnicas de modelagem dinâmica foram empregadas para explorar cenários de futuro (2015) considerando regras de uso do território. Os resultados obtidos mostram que, até 2004, a maior parte da agricultura mecanizada foi implantada em áreas onde anteriormente eram ocupadas pela agropecuária familiar, pastagem e capoeira. Após 2004, a sua expansão se deu, principalmente, sobre áreas de floresta, em especial, dentro de projetos de assentamento. A análise das transições de uso, em diferentes modalidades de assentamento, demonstra que as regras de uso do território estabelecidas por medidas de ordenamento territorial não têm sido seguidas em muitos casos. Este trabalho apresentou como principal contribuição metodológica a incorporação de questões institucionais relacionadas à estrutura fundiária na análise de transformação da paisagem e construção de cenários. Os resultados mostram que tal abordagem é essencial para entender os processos de transformação correntes à região em questão.

  • ANDREA DOS SANTOS COELHO
  • MODELAGEM DE DINÂMICA DO USO DA TERRA E COBERTURA VEGETAL NA REGIÃO DE SANTARÉM, OESTE DO PARÁ

  • Data: 26/01/2009
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  • A região de Santarém, na última década, apresentou um aumento da área de agricultura de grãos, em especial, arroz, milho e soja. Na base da estrutura fundiária da região, essa dinâmica tem concorrido para a concentração fundiária devido à substituição da pequena propriedade pela grande propriedade capitalizada. Políticas de ordenamento territorial criaram um mosaico de unidades com regras específicas de uso da terra, são unidades de conservação e diferentes modalidades de projetos de assentamentos. Este trabalho tem dois objetivos: estudar o processo de transformação da paisagem após a introdução da agricultura capitalizada de grãos e construir cenários de futuro que analisem alternativas para conter o desflorestamento e a concentração fundiária em curso. O estudo foi realizado utilizando técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, a partir de imagens Landsat 5 TM dos anos de 1999, 2004 e 2007. Técnicas de modelagem dinâmica foram empregadas para explorar cenários de futuro (2015) considerando regras de uso do território. Os resultados obtidos mostram que, até 2004, a maior parte da agricultura mecanizada foi implantada em áreas onde anteriormente eram ocupadas pela agropecuária familiar, pastagem e capoeira. Após 2004, a sua expansão se deu, principalmente, sobre áreas de floresta, em especial, dentro de projetos de assentamento. A análise das transições de uso, em diferentes modalidades de assentamento, demonstra que as regras de uso do território estabelecidas por medidas de ordenamento territorial não têm sido seguidas em muitos casos. Este trabalho apresentou como principal contribuição metodológica a incorporação de questões institucionais relacionadas à estrutura fundiária na análise de transformação da paisagem e construção de cenários. Os resultados mostram que tal abordagem é essencial para entender os processos de transformação correntes à região em questão.

  • IRENE CIBELLE GONCALVES SAMPAIO
  • BIOGEOQUÍMICA DO CARBONO EM SOLOS DE PARCELAS SOB TRITURAÇÃO, SOB QUEIMA E SOB CAPOEIRA
  • Data: 23/01/2009

2008
Descrição
  • ELIANA HARUMI HIRAI
  • Avaliação da Exploração Florestal de Impacto Reduzido em Atributos Físicos e Químicos do Solo e na Regeneração Natural em Paragominas, PA
  • Data: 22/12/2008
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  • Este trabalho foi realizado na Fazenda Rio Capim, propriedade da Empresa Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda., Paragominas, PA. O objetivo principal foi estudar as propriedades físicas e químicas do solo e a regeneração natural em três Unidades de Trabalho exploradas em 2000, 2003 e 2006, considerando os tratamentos: centro de clareira, ramais de arraste primário e secundário, pátio de estocagem e parcela-controle. Nas parcelas de plantas foi medido o diâmetro de cada indivíduo a aproximadamente 1,30 m do solo; todas as espécies foram identificadas e calculadas a riqueza, abundância, Índice de diversidade, equitabilidade e similaridade florística. As amostras de serapilheira foram retiradas nas parcelas de coleta de solo. Para análise física (granulometria, densidade, resistência à penetração, porosidade e umidade volumétrica) do solo foram coletadas amostras a 0-5, 5-10, 10-20, 20-30 cm de profundidade, e para a análise química (pH, teor e estoque de carbono e nitrogênio, relação C/N) foram coletadas amostras a 0-10 cm. Nas trilhas de arraste primárias foram considerados o seu início, meio e fim, e tanto para as trilhas de arraste primárias e secundárias, considerou-se as marcas das rodas do maquinário (RM), o espaço entre as rodas (ER), e borda da trilha (BT). As clareiras resultantes da derruba de árvores foram medidas aleatoriamente e classificadas com área < 600m2 e > 600m2. O solo das áreas de estudo é Latossolo Amarelo com textura muito argilosa. A densidade e a porosidade do solo variaram significativamente entre anos e entre tratamentos (p<0,001); não houve diferença significativa na profundidade de 20-30 cm. Ramais principais, secundários e pátio foram os tratamentos mais afetados. A classe de clareira não influenciou na densidade. Verificou-se que ER e BT não diferiram estatisticamente. A comparação entre início, meio e fim da trilha não foi diferente para nenhuma das comparações. Os resultados para resistência à penetração foram muito semelhantes aos da densidade e porosidade. A umidade volumétrica variou em função da combinação ano e tratamento (p<0,001). Os valores médios de pH variaram entre 4,72 a 5,92. Houve uma redução de serapilheira com decorrer dos anos pós-exploração. Os valores médios do teor de C variaram entre 25,94 a 42,59 g.kg-1 e o teor de N entre 2,23 a 3,35 g.kg-1, valores esses considerados altos para ambos. Para o estoque de carbono (Mg.ha-1) não foi encontrada diferença significativa para nenhuma das combinações possíveis entre ano, estação e tratamento. A relação C/N para as UTs exploradas apresentou valores entre 10,37 e 15,42, ocorrendo a mineralização do nitrogênio inorgânico do solo. As três UTs estudadas apresentaram alta diversidade de espécies e alta equitabilidade. As UTs exploradas em 2000 e 2003 possuem maior similaridade florística (35,93%), seguida da UT explorada em 2003 e 2006 (33,46%), e UTs exploradas em 2000 e 2006 (26,93%). Concluiu-se que é necessário um longo período de observação para a avaliação dos efeitos da compactação no crescimento da regeneração. Os indicadores de boas práticas de manejo florestal deveriam abranger atributos físicos, químicos e biológicos do solo para um melhor entendimento do sistema e escolha de demais indicadores que possam dar respostas sobre o equilíbrio do ecossistema florestal. Os parâmetros estudados podem ser utilizados como indicadores de qualidade ambiental.
  • ELIANA HARUMI HIRAI
  • AVALIAÇÃO DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL DE IMPACTO REDUZIDO EM ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DO SOLO E NA REGENERAÇÃO NATURAL EM PARAGOMINAS-PA
  • Data: 22/12/2008

  • JOELMA DEZINCOURT DIAS
  • DINÂMICA DO AMÔNIO E NITRATO EM SOLOS CONSORCIADOS COM PLANTIOS DE PARICÁ (Schizolobium
    Amazonicum) EM AURORA DO PARÁ, PARÁ

  • Data: 09/12/2008
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  • Com o objetivo de obter conhecimento da dinâmica do nitrogênio em solo sob as
    formas de N-mineral: amônio e nitrato de 3 diferentes áreas cultivadas com o paricá,
    paricá x freijó (PF), paricá x mogno (PM), paricá x curauá x freijó (PCF) e floresta
    secundária, foi avaliado as taxas líquidas de mineralização e nitrificação, estoques
    de carbono e nitrogênio, pH, urease, respiração basal e parâmetros físicos
    (densidade e porosidade total). O estudo foi realizado no nordeste paraense no
    município de Aurora do Pará, na fazenda da empresa Tramontina, S.A, nos meses
    de outubro e novembro de 2007, representando o período seco, e janeiro e março
    de 2008 representando o período chuvoso. Nas duas áreas cultivadas da fazenda e
    na floresta secundária as amostras para as análises química e física foram retiradas
    nas profundidades de 0-10, 10-20 e 20-30 cm. Para as taxas líquidas de
    mineralização os maiores valores ocorreram na estação seca, este resultado foi
    observado para todas as áreas de cultivo. Para as taxas líquidas de nitrificação os
    maiores valores ocorreram no mês de outubro de 2007 nas áreas de capoeira e
    paricá x curauá x freijó e no mês de março nas áreas de Paricá x mogno (PM) e
    paricá x freijó (PF). Os valores para as taxas líquidas de nitrificação mostram que
    ocorreu interação significativa entre tratamento e estação. Os valores do estoque de
    carbono para todas as áreas na estação seca variaram de 11-17 Mg/ha e na estação
    chuvosa de 15-25 Mg/ha. Os valores para o estoque de nitrogênio variaram de 0,78-
    1,80 Mg/ha na estação seca e de 0,76-1,47 Mg/ha na estação chuvosa. A relação
    C/N para todos os sistemas ficou por volta de 15/1 indicando um rápido processo de
    decomposição da matéria orgânica nesses solos.

  • BRUNO JOSE FERREIRA DA SILVA
  • EFEITOS DO TAMANHO DA ÁREA FLORESTADA, GRAU DE ISOLAMENTO E DISTÂNCIA DE ESTRADAS NA ESTRUTURAÇÃO DE COMUNIDADES DE ARANHAS EM ALTER DO CHÃO, SANTARÉM, PARÁ.

  • Data: 24/10/2008
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  • Dados recentes mostram que os processos de destruição da floresta e formação de fragmentos estão avançando muito rapidamente na Amazônia brasileira. Definir como esses processos afetam a fauna nas diferentes fito fisionomias amazônicas é fundamental para que se possam planejar políticas visando avaliar a vulnerabilidade relativa de diferentes grupos biológicos a esse processo assim estimar o valor de áreas fragmentadas para a conservação. Os invertebrados podem ser usados como bons indicadores para esse objetivo, pois são grupos com grande capacidade adaptativa e de dispersão, dependendo diretamente do ambiente para sua sobrevivência. A utilização de aranhas para avaliar o efeito da fragmentação florestal é recente e ainda pouco explorada, apesar das aranhas serem um grupo mega-diverso e com sua biologia diretamente relacionada com a composição e estrutura do ambiente em que vivem. Destarte este trabalho objetivou avaliar os efeitos do tamanho da área florestada, do grau de isolamento e da distância das estradas sobre as comunidades de aranhas em 15 ilhas de floresta, isoladas por matriz de savana e seis áreas de mata contínua no distrito de Alter do Chão, no município de Santarém, no oeste do estado do Pará. As amostragens envolveram um esforço de 252 horas, utilizando-se guarda-chuva entomológico e coleta manual noturna, ambas com controle de tempo e área, sendo a unidade amostral representada pela soma dos resultados obtidos por três coletores em cada área, em transectos de 250m. O protocolo resultou na captura de 7751 aranhas sendo 5477 imaturos e 2274 adultos. Após a identificação do material araneológico obteve-se uma lista com 306 espécies distribuídas em 32 famílias. Os padrões da comunidade de aranhas, analisados através de um MDS (Multidimensional Scaling ou escalonamento multidimensional) utilizando a distância de Bray-Curtis mostraram separação entre as áreas de mata contínua e ilhas de floresta. A análise da resposta à primeira dimensão da ordenação foi feita para as espécies com mais de 10 indivíduos na amostra e uma ordenação direta foi feita com as características das áreas (distância das ilhas de floresta para a floresta contínua, o tamanho e o índice de forma das ilhas de floresta). Uma análise GLM, utilizada para avaliar os efeitos da degradação ambiental, indicou diferenças significativas para o número de árvores por área florestada e para a distância das estradas: a fragmentação florestal sobre a comunidade de aranhas foi significativa apenas para o tamanho das ilhas em
    relação ao eixo 1 do MDS. A análise de variância (anova), que foi utilizada para se achar as médias das riquezas que foram maiores nas matas contínuas, diferindo do resultado das curvas de rarefação, que apontaram uma riqueza levemente maior nas ilhas de florest. O padrão de hierarquia da comunidade de aranhas foi achado no programa Nestedness Temperature Calculator Program - Nestcalc (Atmar; Patterson, 1995).

  • BRUNO JOSE FERREIRA DA SILVA
  • Efeito do Tamanho da Área Florestada, Grau de Isolamento e Distância de Estradas na Estruturação de Comunidades de Aranhas em Alter do Chão, Santarém, Pará.

  • Data: 24/10/2008
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  • Dados recentes mostram que os processos de destruição da floresta e formação de fragmentos estão avançando muito rapidamente na Amazônia brasileira. Definir como esses processos afetam a fauna nas diferentes fito fisionomias amazônicas é fundamental para que se possam planejar políticas visando avaliar a vulnerabilidade relativa de diferentes grupos biológicos a esse processo assim estimar o valor de áreas fragmentadas para a conservação. Os invertebrados podem ser usados como bons indicadores para esse objetivo, pois são grupos com grande capacidade adaptativa e de dispersão, dependendo diretamente do ambiente para sua sobrevivência. A utilização de aranhas para avaliar o efeito da fragmentação florestal é recente e ainda pouco explorada, apesar das aranhas serem um grupo mega-diverso e com sua biologia diretamente relacionada com a composição e estrutura do ambiente em que vivem. Destarte este trabalho objetivou avaliar os efeitos do tamanho da área florestada, do grau de isolamento e da distância das estradas sobre as comunidades de aranhas em 15 ilhas de floresta, isoladas por matriz de savana e seis áreas de mata contínua no distrito de Alter do Chão, no município de Santarém, no oeste do estado do Pará. As amostragens envolveram um esforço de 252 horas, utilizando-se guarda-chuva entomológico e coleta manual noturna, ambas com controle de tempo e área, sendo a unidade amostral representada pela soma dos resultados obtidos por três coletores em cada área, em transectos de 250m. O protocolo resultou na captura de 7751 aranhas sendo 5477 imaturos e 2274 adultos. Após a identificação do material araneológico obteve-se uma lista com 306 espécies distribuídas em 32 famílias. Os padrões da comunidade de aranhas, analisados através de um MDS (Multidimensional Scaling ou escalonamento multidimensional) utilizando a distância de Bray-Curtis mostraram separação entre as áreas de mata contínua e ilhas de floresta. A análise da resposta à primeira dimensão da ordenação foi feita para as espécies com mais de 10 indivíduos na amostra e uma ordenação direta foi feita com as características das áreas (distância das ilhas de floresta para a floresta contínua, o tamanho e o índice de forma das ilhas de floresta). Uma análise GLM, utilizada para avaliar os efeitos da degradação ambiental, indicou diferenças significativas para o número de árvores por área florestada e para a distância das estradas: a fragmentação florestal sobre a comunidade de aranhas foi significativa apenas para o tamanho das ilhas em
    relação ao eixo 1 do MDS. A análise de variância (anova), que foi utilizada para se achar as médias das riquezas que foram maiores nas matas contínuas, diferindo do resultado das curvas de rarefação, que apontaram uma riqueza levemente maior nas ilhas de florest. O padrão de hierarquia da comunidade de aranhas foi achado no programa Nestedness Temperature Calculator Program - Nestcalc (Atmar; Patterson, 1995).

  • WILLIAMS MARTINS CASTRO
  • Análise Espacial das Mudanças na Cobertura e Uso da Terra em Santarém e Belterra, Pará, Brasil.

  • Data: 10/09/2008
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  • Através de um estudo de caso, este trabalho testa como a delimitação da área de
    estudo pode influenciar o resultado de análises multiescalares em processos
    espaciais de mudanças na cobertura e uso da terra na Amazônia. Partindo dos
    limites dos municípios de Santarém e Belterra no oeste do Estado do Pará, foram
    definidos três níveis de análise. O primeiro nível abrange uma região retangular
    arbitrariamente definida e denominada sub-região de Santarém. O segundo nível,
    uma parte do primeiro, corresponde a uma área de ocupação consolidada, definida
    pelo limite do entorno de lotes estabelecidos pelo INCRA na década de 1970. O
    terceiro nível corresponde às zonas de influência de quatro eixos viários inseridos na
    área de ocupação consolidada e subdivididos em sub-áreas norte e sul, num total de
    oito sub-áreas do segundo nível de delimitação. Para cada nível de análise, foram
    calculadas métricas de paisagem sobre mapeamentos temáticos de cobertura e uso
    das terras para os anos de 1986, 1997 e 2005, analisados conjuntamente com
    entrevistas feitas em campo. Os resultados mostram que as peculiaridades da
    dinâmica de ocupação em cada nível permitem melhor identificar padrões e
    processos revelados pela estrutura da paisagem. Em particular, nota-se a
    continuidade da fragmentação da floresta e o avanço da agricultura intensiva em
    diferentes taxas nas distintas porções da área de estudo. Os resultados obtidos para
    os três níveis de análise são complementares, possibilitando uma compreensão
    mais abrangente das mudanças de cobertura e uso da terra e de seus fatores
    condicionantes.

  • LIVIA DA SILVA OLIVEIRA
  • REFINAMENTO DA REPRESENTAÇÃO DE RAÍZES NO MODELO DE BIOSFERA SiB2 EM ÁREA DE FLORESTA NA AMAZÔNIA.

  • Data: 04/09/2008
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  • O objetivo desta pesquisa foi estudar a sensibilidade dos fluxos de superfície e
    hidrologia do solo em relação à representação e distribuição de raízes no modelo de
    biosfera para uma floresta de terra firme na Amazônia. A finalidade foi avaliar o
    impacto na representatividade dos fluxos de energia considerando a sazonalidade
    da região amazônica, usando como suporte medidas intensivas realizadas em uma
    reserva biológica (Reserva Biológica do Cuieiras, em Manaus). Foram realizadas
    oito simulações com o modelo de biosfera SiB2 (“Simple Biosphere Model” – versão
    2) , onde cada simulação representou um cenário diferente de distribuição de raízes
    em uma profundidade de 4 m de solo, dividido em três camadas: 0,5 m, 1,5 m e 2,0
    m. As raízes foram distribuídas privilegiando a concentração de raízes na camada
    superficial, em seguida, na camada intermediária e, por fim, uma concentração de
    raízes abaixo de 2,0 m de profundidade. As simulações foram realizadas para o
    período de 2003 a 2006, enfatizando o ano de 2005 para avaliar o efeito da
    representação de raízes nos fluxos de energia (calor latente – LE e calor sensível –
    H) e de dióxido de carbono (CO2). A partir da análise integrada dos fluxos simulados
    com dados observacionais medidos no sítio experimental foi possível perceber que
    uma redução na precipitação no ano de 2005, apesar de ter sido menor na parte
    central da Amazônia, implicou na diminuição da umidade do solo, mostrando que a
    floresta passou por um período de estresse hídrico maior do que os outros anos
    analisados. O modelo representou a energia disponível com valores muito próximos
    aos observados, variando sazonalmente em concordância com os dados medidos
    em 2005. No entanto, LE é superestimado durante a estação chuvosa, mas mostra
    juntamente com o fluxo de CO2, a redução com a umidade do solo na estação seca,
    enquanto H é superestimado em até 20 W m-2 durante todo o período simulado.
    Estes resultados mostram que, a consideração de raízes rasas é mais apropriada
    para regiões que possuem estação seca curta, conforme se caracteriza a área de
    estudo, e raízes profundas devem favorecer a modelagem dos processos para
    superfície de áreas com estação seca mais pronunciada. Com isto os resultados
    revelam que há necessidade de obter mais informações de propriedades físicas do
    solo, apropriadas às condições da região, para que outros refinamentos sejam
    efetivos na distinção do comportamento de florestas tropicais sob diferentes regimes
    de disponibilidade de água no solo.

  • LIVIA DA SILVA OLIVEIRA
  • REFINAMENTO DA REPRESENTAÇÃO DE RAÍZES NO MODELO DE BIOSFERA SiB2 EM ÁREA DE FLORESTA NA AMAZÔNIA.
  • Data: 04/09/2008

  • CRISALDA DE JESUS DOS SANTOS LIMA
  • Efeito da fragmentação e isolamento da paisagem na riqueza e composição de espécies de lagartos no reservatório de Tucuruí, Pará.
  • Data: 29/08/2008
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  • Apesar de vários trabalhos publicados para a região tropical demonstrando o efeito da fragmentação florestal e o isolamento da paisagem na comunidade biótica, a maioria destes, foi realizada em regiões continentais. Os impactos da fragmentação e o isolamento da paisagem resultante da criação de reservatórios artificiais de usinas hidrelétricas ainda são pouco estudados na Amazônia. Este estudo foi realizado em fragmentos (‘ilhas”) remanescentes de floresta ombrófila, formadas pela construção da Hidrelétrica de Tucuruí, no estado do Pará com o objetivo de comparar as ilhas nas duas margens do reservatório em relação ao tamanho total, tamanho da área nuclear (core area), forma geométrica (total de borda balanceado pela área da ilha) e grau de isolamento a fim demonstrar o papel das mesmas para a conservação da biota local e em escala local avaliar a riqueza, abundância e composição de espécies da comunidade de lagartos em 12 “ilhas” do reservatório em relação ao tamanho, grau de isolamento e posição das ilhas no reservatório. Para o estudo em escala da paisagem foram escolhidas 199 ilhas nas duas margens no limite da Área de Proteção Ambiental de Tucuruí usando imagem de satélite de 2005. O tamanho das ilhas analisadas varia de 3 a 1768 hectares, sendo que 40% delas com menos 10 hectares. As ilhas têm uma perda significativa, variando de 22% a 100%, de área total, em função do efeito de borda. Não houve diferença significativa no tamanho total, tamanho da área nuclear e total da borda nas ilhas em relação á margem do reservatório. Contudo, as ilhas da margem esquerda têm maior grau de isolamento em relação das ilhas da margem direita. A maioria das ilhas analisadas no reservatório de Tucuruí tem tamanhos pequenos, alta perda de área total em função do efeito de borda, formato irregular o que aumenta o potencial do efeito de borda e alto grau de isolamento. Em escala local a comunidade de lagartos foi amostrada em cinco campanhas de campo realizadas entre janeiro e julho de 2005, através de transectos e armadilhas de queda. As áreas inventariadas foram selecionadas com base no tamanho, grau de isolamento e posição na margem do reservatório. Foram registrados 837 indivíduos de lagartos, distribuídos em 16 espécies. As espécies mais abundantes foram Gonatodes humeralis e Coleodactylus amazonicus (Gekkonidae). A amostragem realizada nas cinco campanhas foi suficiente para determinar a riqueza total das ilhas amostradas, correspondendo a 84% do número de espécies de acordo com o estimador Jacknife 1. Houve diferença significativa na riqueza de espécies de lagartos entre as campanhas realizada sendo a riqueza maior obtida a partir da 3ª campanha de campo, em abril-maio de 2005. Não houve diferença significativa na riqueza de espécies e no número de indivíduos de lagartos em relação à margem do reservatório. Houve diferença significativa e positiva da riqueza de espécies de lagartos em relação ao tamanho da ilha. Não houve diferença significativa na abundância de lagartos em relação ao tamanho das ilhas. Houve diferença significativa entre a riqueza de lagartos em relação ao isolamento da ilha, sendo esta menor nas ilhas mais isoladas. Não houve diferença significativa entre a abundância de lagartos em relação ao isolamento da ilha. Não houve diferença significativa da riqueza de espécies em relação à abertura do dossel e ao volume de serrapilheira. Houve diferença significativa e positiva entre a riqueza de espécies em relação à densidade de troncos caídos e de árvores vivas. Não houve diferença significativa da abundância de indivíduos em relação aos parâmetros de estrutura da vegetação analisados neste estudo. Não houve diferença na composição de espécies da comunidade de lagartos nas ilhas em relação às margens do reservatório, indicando que o rio Tocantins não é uma barreira geográfica para a distribuição deste grupo.
  • ANINHA MELO MOREIRA
  • ESTUDO COMPARATIVO DO USO DA TERRA EM UNIDADES DE PRODUÇÃO FAMILIAR NO NORDESTE PARAENSE
  • Data: 01/02/2008
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  • O contexto histórico de formação territorial do Nordeste Paraense, está relacionado com os diversos períodos de ocupação que a região Amazônica sofreu, desde os primórdios da colonização, passando pelos fluxos migratórios, a partir da década de 1950, até sua configuração atual. O Nordeste Paraense é composto pelas microrregiões do Salgado, Bragantina, Cametá, Guamá e Tomé-Açu, ocupando cerca de 135 mil quilômetros quadrados, ou seja, 10,6% da superfície estadual, englobando 49 municípios, possuindo 1,8 milhão de habitantes, 27% da população estadual. Após quase um século de utilização as áreas de mata virgem fazem parte do passado. O padrão de uso da terra baseia-se no manejo de parcelas de floresta secundária (capoeiras), em rotação com culturas anuais e a implantação de culturas perenes e de pastagens. Neste contexto este trabalho objetivou compreender a dinâmica do uso da terra em unidades de produção familiar, para assim subsidiar alternativas para o planejamento das propriedades. A pesquisa foi realizada em trinta e três unidades, dispostas nos municípios de Bragança (apresenta uma ocupação mais antiga, com diferentes históricos de ocupação e uso da terra, aproximadamente 300 anos), Capitão Poço (representa uma ocupação e uso intermediários, 60 anos) e Garrafão do Norte (com um processo de ocupação mais recente cerca de 20 anos). A metodologia baseou-se na observação direta, na aplicação de questionários, entrevistas semi-estruturadas, registros fotográficos, elaboração de mapas mentais e utilização do Sistema de Informações Geográficas, para construção de mapas temáticos e análise das imagens de satélite. Pode-se observar que o padrão de uso não se diferencia nas três áreas, pois não é o ambiente somente que irá influenciar nas práticas estabelecidas, mas sim a territorialidade de cada agricultor, ou seja, a sua carga cultural que é impressa sobre o território. Constatou-se que a paisagem de uma propriedade será mais ou menos fragmentada em função do número de pessoas que fazem uso dela. A vegetação secundária é um elemento importante nesta dinâmica, pois sua presença ou ausência contribuirá para que uma propriedade seja mais ou menos resiliente as pressões de mercados, ou seja, a existência deste recurso florestal, juntamente com outros sistemas produtivos, permitem que aquela propriedade tenha uma variedade de produtos a serem disponibilizados na esfera da família e para o mercado. Assim é necessário que estratégias de planejamento da propriedade sejam elaboradas, para garantir a sustentabilidade social e ambiental.
  • JOSIVAN DA CRUZ BELTRAO
  • A influência do arco do desmatamento sobre o ciclo hidrológico da Amazônia
  • Data: 22/01/2008
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  • Este trabalho buscou quantificar algumas alterações no ciclo hidrológico da Amazônia propiciadas pelo desmatamento da região, principalmente devido à faixa conhecida como “Arco do Desmatamento”. Neste sentido, foram realizados experimentos numéricos utilizando o modelo BRAMS (Brazilian Regional Atmospheric Modeling System) tendo o submodelo de vegetação dinâmica GEMTM (General Energy and Mass Transport Model) a ele acoplado. Foram investigados os impactos causados pelo Arco do Desmatamento atual em relação à floresta intacta, bem como as futuras modificações, causados pelo avanço do desmatamento até o ano de 2050. Como condições de contorno na superfície para o modelo BRAMS, foram usados cenários oriundos de modelos empíricos de desmatamento para os anos de 2002 e 2050. Os resultados mostraram que o avanço do Arco do Desmatamento até 2050 tem uma complexa relação com as variáveis analisadas. Por exemplo, a precipitação apresentou distribuição espacial heterogênea, com áreas de anomalias positivas e negativas que se mostraram coerentes com as anomalias de outras variáveis, como a evapotranspiração e a divergência de umidade. Também foram encontradas algumas áreas que evidenciaram as possíveis influências dos grandes rios e topografia da região sobre essa precipitação. Os balanços de radiação e energia também foram afetados pelo desmatamento, sendo que grande parte das alterações é devido à mudança do albedo da superfície, a qual ocorre com a substituição da floresta pela pastagem. Quanto às alterações propiciadas pelo Arco do Desmatamento atual em relação à floresta intacta, foi observado que todas as variáveis foram afetadas, entretanto a maioria dos impactos ainda é localizada sobre a área mais afetada pelo desmatamento, diferentemente dos resultados encontrados para o cenário de 2050, onde as modificações já se dão a nível regional.
2007
Descrição
  • JEAN MICHEL CORREA
  • ESTRUTURAS DE COMUNIDADE DE PEIXES DE IGRARPÉS DE TR~ES PEQUENAS BACIAS DE DRENAGEM SOB USO DE AGRICULTURA FAMILIAR NO NORDESTE PARAENSE
  • Data: 26/11/2007

  • ELIDA MOURA FIGUEIREDO
  • Uma estrada na reserva: impactos socioambientais da PA-136 em Mãe Grande, Curuçá (PA)
  • Data: 06/08/2007
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  • As alterações ambientais na Amazônia perpassam por uma série de fatores e atores sociais demonstrando uma complexidade de interesses que vão desde a substituição da floresta por pastagens e pela agroindústria, até a super-exploração dos recursos pesqueiros, e pela construção de hidrelétricas e exploração de minérios, entre outros. Apesar da continuada criação de Unidades de Conservação no sentido de manter a integridade de parte da floresta, percebe-se que a devastação segue, com números alarmantes, a cada novo ano que entra. Neste cenário, as estradas têm papel fundamental. O surgimento e expansão das estradas na Amazônia vêm sendo um dos grandes vetores dessas mudanças, gerando além da devastação, alterações sociais, ambientais, econômicas e culturais, permeadas por conflitos e tensões variados. Neste sentido, este trabalho identifica e analisa através da pesquisa de campo na comunidade de São João do Abade, os impactos sócio ambientais da PA-136 na Reserva Extrativista Marinha Mãe Grande de Curuçá, área reconhecida legalmente como RESEX desde 2002. A referida estrada, liga o município de Castanhal a Curuçá, na Zona do Saldado, região costeira do estado do Pará.
  • FLERIDA SEIXAS MORENO DA SILVA
  • ESTUDO DOS POTENCIAIS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DE  ALTERAÇÕES NA COBERTURA VEGETAL NOS RECURSOS HÍDRICOS NA  REGIÃO CENTRAL DA AMAZÔNIA

  • Data: 30/06/2007
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  • Este trabalho busca avaliar e quantificar os impactos na disponibilidade hídrica local na região
    da Amazônia Central, decorrentes de possíveis mudanças climáticas e modificações na
    cobertura vegetal, por meio de um experimento de simulação numérica com o modelo de
    biosfera Common Land Model (CLM), no modo “off line”. Os resultados de 9 modelos
    climáticos acoplados Oceano-Atmosfera para três cenários de alterações climáticas do Painel
    Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC-AR4) foram utilizados para compor a
    base das forçantes climáticas do modelo de biosfera CLM. Em relação ao uso da terra, foram
    utilizados cenários de dinâmica de desmatamento para a região no caso “business as usual”
    previstos para cada ano do período de 2001 a 2050. A área de estudo compreende o domínio
    da drenagem da Bacia do Rio Cuieiras na Amazônia Central. A partir dos resultados dos
    modelos analisaram-se, para cada conjunto de simulações, as incertezas das projeções em
    relação à precipitação e a temperatura e o impacto no ciclo hidrológico terrestre, considerando
    a variabilidade entre os modelos e os cenários de emissões de CO2; bem como as alterações
    nas componentes do balanço de água e energia a superfície associada a variações progressivas
    na cobertura de floresta e sua substituição por pastagem. Os resultados indicam que diante de
    um cenário de mudanças climáticas que resultem em uma diminuição (aumento) persistente
    na precipitação média anual, tanto o escoamento quanto o armazenamento de água no solo
    serão diretamente afetados. Em relação às alterações na cobertura vegetal tanto as
    componentes dos balanços de água e energia foram significativamente afetados pela
    substituição da floresta por pastagem, apresentando redução na evapotranspiração e aumentos
    no armazenamento de água no solo e do escoamento total.

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