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SAÚL EDGARDO MARTÍNEZ CASTELLÓN
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ESTIMATIVA DO FLUXO DE METANO E DIÓXIDO DE CARBONO EM ÁREAS DE MANGUEZAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DE ODIVELAS - PA
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Data: 03/12/2019
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Os manguezais são considerados ecossistemas tanto ambientais e como socioeconomicamente produtivos, dado pela contribuição na mitigação das mudanças climáticas, como a captura e armazenamento do CO2 na biomassa aérea e subterrânea. As áreas de mangue são importantes contribuidores dos gases de efeito de estufa (GEE). Este estudo investiga os fluxos de Metano (FCH4) e de Dióxido de Carbono (FCO2) em floresta de mangue nas interfaces solo-atmosfera (Ilha da Macaca), e água-atmosfera (Estuário Mojuim). As medições incluíram uma escala temporal (período seco: julho a dezembro 2017 e chuvoso: janeiro a junho 2018) e espacial (topografia alta: 2,5 m e baixa: 2,0 m), e em diferentes ambientes aquáticos. Os fluxos foram medidos através do método de câmaras dinâmicas associadas a um analisador de gás infravermelho. Adicionalmente, foram registrados parâmetros: A) ambientais, como temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, B) físicos e químicos da água, como a temperatura, oxigênio dissolvido e pH; C) físicos e químicos do solo, como a temperatura, umidade, matéria orgânica, pH, carbono e nitrogênio total, relação C/N, carbono orgânico, carbono microbiano, nitrogênio microbiano. O FCH4 médio no solo variou de 0,1874 g m-2 d-1 a 0,0711 g m-2 d-1 entre época seca e chuvosa respectivamente. O FCO2 médios no solo variou de 6,3607, a 7,0542g m-2 d-1 entre época chuvosa e seca respectivamente. Os FCH4 variaram de 0,2360 g m-2 d-1 a 0,0271 g m-2 d-1 para a topografia baixa e alta, respectivamente. Os FCO2 variaram de 5,4383 a 7,079 g m-2 d-1 para topografia baixa e alta, respectivamente. Com isto os fluxos foram maiores para CO2 na época seca e FCH4 foram menores na estação chuvosa. Os fluxos de FCH4 no ecossistema aquático variaram entre época seca e chuvosa de 0,039 a 0,050 g m-2 d-1 respectivamente. O FCO2 entre época seca e chuvosa variou de 10,474g m-2 d-1 a 28,985, g m-2 d-1, respectivamente. Os FCO2 mostraram diferenças significativas (p < 0,05) entre a época seca e chuvosa, podendo estar influenciado pela entrada de água salubre na maré enchente e a entrada de água doce do rio Mojuim na vazante. Neste estudo foi observado que os maiores fluxos de FCH4 e FCO2 ocorrem na época chuvosa, e variação mínima do FCO2 no solo.
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SAURI MOREIRA MACHADO
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EVOLUÇÃO DA PAISAGEM DO SAMBAQUI PORTO DA MINA (QUATIPURU, PARÁ/AMAZÔNIA ORIENTAL): INTEGRAÇÃO DE DADOS AMBIENTAIS NOS ÚLTIMOS SEIS MIL ANOS
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Data: 14/11/2019
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O Sambaqui Porto da Mina é um sítio arqueológico localizado em Quatipuru, no estado do Pará, que mostra registros de ocupação contínua e abundante material zoológico que remontam a aproximadamente 5.280 anos AP. Este trabalho teve como objetivo reconstituir o paleambiente existente durante o estabelecimento desse sambaqui. Para isso, foram elaborados perfis bio-antracológicos, com coleta de amostras de sedimentos e material zoológico. A pesquisa teve caráter multidisciplinar, incluindo análises geológicas, químicas (difração e fluorescência de raios-X), biológicas e isotópicas (δ13C, δ15N e δ18O). Foram realizados, ainda, modelagem de simulação ecológica, climática e de uso da terra. Os resultados mostraram que o sítio arqueológico consiste em granulometrias de silte e argila contendo predomínio de quartzo, hematita, caulinita e calcita. Esses constituintes corroboraram a presença de sambaqui na área de estudo, o que também ficou evidenciado pela presença de fósseis de invertebrados de composição carbonática, tais como ostras, berbigões, mexilhões e caranguejos. Além disso, registrou-se variações de temperatura em cerca de 10ºC, que apesar de elevada, não foi uma mudança climática brusca para o Holoceno. A análise da evolução das modificações do uso e cobertura da terra sugere que independente do crescente e contínuo o uso da terra, a taxa de desmatamento é considerada relativamente baixa para a área do sambaqui Porto da Mina. Portanto, afirma-se que o desflorestamento antrópico da região de entorno do sítio não desempenhou papel significativo nas alterações climáticas ocorridas durante a atividade do sítio.
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THIAGO BANDEIRA CASTELO
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AVALIAÇÃO DO PROGRAMA MUNICÍPIOS VERDES NA PERSPECTIVA DA GESTÃO AMBIENTAL E DO IMPACTO SOBRE O CONTROLE DO DESMATAMENTO NO ESTADO DO PARÁ
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Data: 24/10/2019
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O Estado do Pará é o segundo maior estado da Amazônia Legal, detentor de vasta biodiversidade e de grandes áreas de floresta natural. Essas condições têm atraído ao longo dos anos, atores interessados em explorar suas riquezas naturais por meio de abertura de áreas sobre as florestas com corte desordenado de madeira, criação de gado e cultivos agrícolas, além da execução de empreendimentos energéticos. Desse modo, as taxas de desmatamento cresceram de forma exponencial nos anos 2000, imperando ações do governo por meio de programas e projetos políticos de combate ao desmatamento. Insere-se no contexto das políticas, o Programa Municípios Verdes (PMV), que desde 2011 tem buscado apoiar a gestão ambiental dos municípios do Pará por meio de ações e medidas restritivas e educativas aos produtores rurais, além de traçar metas para o controle do desmatamento nos territórios abrangidos pelo programa. Dois extremos existem para os municípios participantes do programa. Por um lado, existem os municípios “Embargados” com altos índices de desmatamento e, por consequência, com restrições ao comércio e produção agrícola. Em oposição, existem os municípios “verdes” controlados ou monitorados, que são aqueles que cumprem todas as metas do PMV. Considerando o desmatamento um fenômeno de forte impacto sobre o meio ambiente, a pesquisa buscou entender e estimar o impacto do programa sobre o controle do desmatamento nos municípios verdes, definindo assim, a eficácia da política no alcance de seus objetivos. Compreender, se de fato, os municípios listados como “verdes” controlam o desmatamento em suas áreas é fundamental para o aperfeiçoamento das ações do governo do Estado do Pará. O controle do desmatamento perpassa por uma adequada gestão ambiental e recuperação das áreas florestais. Dessa forma, testou-se empiricamente por meio de técnicas e métodos robustos de avaliação, a contribuição da gestão ambiental e o impacto do PMV sobre a recuperação das áreas florestais estimado pelo índice de preservação florestal. A pesquisa contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no fomento da bolsa de pesquisa pelo programa de Demanda Social – DS e do Centro Regional da Amazônia (CRA) ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na cessão de estrutura física e apoio técnico no processamento de dados de monitoramento florestal.
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PRISCILA CASTRO DE BARROS
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PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM PALMA DE ÓLEO NO NORDESTE PARAENSE UTILIZANDO DADOS BIOMÉTRICOS E FERRAMENTAS DE SENSORIAMENTO REMOTO.
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Data: 30/09/2019
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O dendê é uma das principais commodities em nível global atualmente. No Brasil, o estado do Pará é o maior produtor dessa matéria-prima, plantada essencialmente na forma de monocultivos e com o uso de muitos insumos agrícolas. Desde 2008 é feito o monitoramento de um novo modelo produtivo de SAFs (SAFs) orgânicos associados ao dendê E. guineensis em sítios experimentais localizados no nordeste paraense. Para avaliar o potencial desses SAFs é necessário compreender alguns parâmetros e elementos fundamentais do seu funcionamento como as características dos sítios, a PPL (PPL), as propriedades do dossel e as interações com a radiação eletromagnética. O objetivo geral dessa pesquisa foi avaliar a dinâmica temporal da PPL acima do solo em três SAFs com sistemas menos biodiversificados (SAF-A) e mais biodiversificados (SAF-B), com dendê em Tomé-Açu. Os objetivos específicos foram: i) avaliar a dinâmica florística e estrutural; ii) medir a contribuição da PPL acima do solo e iii) avaliar o comportamento do Índice de Área Foliar (IAF) e dos índices de vegetação Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), Normalized Difference Water Index (NDWI) e Enhanced Vegetation Index 2 (EVI2). Foram realizados inventários florísticos nos anos 2016, 2017 e 2018 para avaliar o diâmetro a altura do peito (DAP em cm), altura total (Ht em m), parâmetros fitossociológicos, estruturas vertical e horizontal, índice de valor de importância (IVI), índice de Shannon (H’) e mortalidade. Foi realizada coleta mensal de serapilheira (frações de litterfall fino e grosso) entre setembro de 2016 a agosto de 2018. Os estoques da biomassa lenhosa foram calculados a partir do uso de equações alométricas específicas e gerais. Os valores de peso seco da biomassa lenhosa e do litterfall foram convertidos em carbono por meio do fator de correção 0,5. A PPL acima do solo foi calculada como o incremento em carbono somado ao carbono do litterfall fino anual nos períodos 2016-2017 e 2017-2018. O IAF, abertura de dossel (AD %) e a radiação total (RAD %) foram estimados pelo método de fotografias hemisféricas nos meses janeiro, abril, julho e outubro de 2018. Os índices de vegetação foram gerados por meio do sensor multi-spectral instrument (MSI) do Sentinel-2 na plataforma do Google Earth Engine, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2018. As famílias botânicas encontradas em maior quantidade foram Fabaceae, Arecaceae, Meliaceae, Anacardiaceae e Malvaceae. Os maiores IVIs foram encontrados para as espécies E. guineensis, Gliricidia sepium Jacq. e Theobroma cacao Linn. Em 2018, os maiores DAPs foram observados para E. guineensis (de 74,29 ± 1,60 cm a 93,70 ± 0,73 cm) e a maior Ht para Sclerolobium paniculatum no sítio SAF-2B (17,83 ± 1,00 m). A mortalidade foi maior nos sítios menos biodiversificados, chegando a 9,18% no período 2017-2018. Os maiores incrementos diamétricos ocorreram entre 2016-2017 para as espécies lenhosas arbóreas e algumas leguminosas. No período seguinte (2017-2018), houve redução acentuada do incremento para a maioria das espécies em todos os sítios, em especial para E. guineensis, Euterpe oleraceae Mart. e T. cacao, este último com redução de até 98,85% em relação ao período anterior. No período 2016-2017 a PPL variou de 3,69 ± 0,50 a 13,42 ± 1,34 Mg C ha-1 ano-1 nos sistemas adubadeiras e de 7,75 ± 0,82 a 11,09 ± 0,30 Mg C ha-1 ano-1 nos sistemas biodiversos. No período 2017-2018, a PPL variou de 4,59 ± 0,33 a 10,35 ± 1,89 Mg C ha-1 ano-1 nos adubadeiras e de 7,87 ± 1,68 a 10,15 ± 1,48 Mg C ha-1 ano-1 nos sítios biodiversos. Embora tenham sido observadas reduções nos estoques de carbono anual e nos incrementos, estatisticamente não foram encontradas diferenças na PPL entre os períodos dos mesmos sítios. O dossel de todos os sítios é formado, principalmente, por espécies dos estratos médio e superior. Em 2018, durante o período seco, foram registrados os maiores IAF. O IAF variou de 1,61 ± 0,19 m2.m-2 a 3,42 ± 0,21 m2.m-2 nos SAFs mais biodiversificados. Maiores AD (%) e RAD (%) foram observadas nos sistemas adubadeiras. Maiores IVs anuais foram encontrados nos sistemas biodiversos (NDVI= 0,51 a 0,59; NDWI= 0,25 a 0,32; EVI2= 0,332 a 0,43). As fotografias hemisféricas são eficientes para estimar o IAF, AD e RAD em SAFs com dendê. O uso combinado das tecnologias das fotos hemisféricas para gerar o IAF e do sensor MSI para gerar os IVs não apresentaram correlação, reforçando a necessidade de aumentar a amostragem nos sítios a fim de capturar maior quantidade de informações do dossel e da refletância por meio dos sensores remotos. Essa pesquisa mostrou que alguns sítios foram influenciados pelos efeitos do evento climático El Niño Southern Oscilation (ENSO), que ocorreu entre os anos 2015 e 2016. No entanto, as taxas de produtividade nos dois períodos avaliados, em especial dos sistemas mais biodiversos, estão de acordo com outros resultados encontrados em algumas florestas primárias e secundárias de mais de 20 anos de idade na Amazônia. Isso indica que o modelo de SAF orgânico com dendê na região nordeste do Pará tem a capacidade de resistir a distúrbios, recuperar-se e colaborar de maneira satisfatória na mitigação de efeitos nocivos provocados por mudanças no clima.
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JAQUELINE PORTAL DA SILVA
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DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS ASSOCIADAS ÀS OCORRÊNCIAS DE FEBRE CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ
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Data: 09/09/2019
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A febre Chikungunya (CHIKF) é uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), sua transmissão ocorre pela picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus infectadas pelo CHIKV. Os sinais e sintomas da CHIKF são semelhantes aos da dengue, entretanto a principal manifestação clinica que a difere está no acometimento das articulações como as juntas dos punhos, tornozelos e cotovelos causando inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência das variáveis de renda, densidade populacional, de saneamento e climáticas sobre as ocorrências de CHIKF. Conduziu-se o estudo no período de 2016 a 2018, com área de aplicação no município de Belém (PA). As variáveis foram analisadas com base em estatísticas descritivas, a partir das quais foram determinadas média, desvio padrão, coeficiente de variação, mediana, mínimo e máximo. As normalidades das variáveis foram testadas para definir pelo uso de testes de correlação paramétricos ou não paramétricos. Procedeu-se com a análise de regressão linear para as variáveis que apresentaram significância estatística. A análise espacial identificou a expansão da doença no município ao longo do período analisado. Bem como foram identificados focos de elevada concentração e manutenção da doença em determinados bairros. Para as variáveis socioeconômicas a correlação de Pearson identificou associação entre as CHIKF e a variável de densidade demografia, em 2017, que resultou em uma regressão linear fraca, porém significativa. Correlações significativas foram identificadas para os indicadores de quantidade e regularidade no fornecimento de água, na coleta de resíduos sólidos e no nível de acesso aos serviços de saneamento. Enquanto as variáveis de temperatura e precipitação em 2016, apresentaram respectivamente associação positiva e fraca e associação negativa e fraca em relação à CHIKF. Os resultados desta pesquisa mostraram que a área urbana do município de Belém (PA), Amazônia brasileira, apresenta elementos significativos, naturais e antrópicos, para a inserção de focos de transmissão ativa de febre Chikungunya.
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NAILA MARTINS DA COSTA
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MACROFAUNA EDÁFICA EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM CULTIVO DA PALMA DE ÓLEO (Elaeis guineensis Jacq.) NA AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 29/08/2019
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A macrofauna edáfica é o termo usado para denominar uma comunidade de invertebrados com diâmetro >2mm e comprimento >10mm, que vive permanentemente ou que passa parte da vida, ou um ciclo de desenvolvimento no solo. Estes organismos desempenham um importante papel nos processos de ciclagem de nutrientes e na estrutura do solo. Suas atividades baseiam-se na escavação, ingestão e transporte de material mineral e orgânico no solo, levando à criação de galerias, ninhos, câmaras e bolotas fecais, as quais influenciam na agregação, propriedades hidráulicas, dinâmica da matéria orgânica e na composição, abundância e diversidade de outros organismos do solo. Diante da expansão da cultura da palma de óleo na Amazônia, realizamos um estudo da comunidade de macrofauna para entender como essa a cultura impacta estes organismos. Escolhemos como área de estudo um sistema agroflorestal experimental de manejo orgânico, no município de Tomé-açu (PA), que associa o cultivo o cultivo da palma de óleo a outras espécies frutíferas e madeireiras em contexto de agricultura familiar. Para um melhor entendimento dos efeitos do sistemas sobre os invertebrados, expandimos a pesquisa para um plantio convencional na forma de monocultivo da palma e uma capoeira de 20 anos de regeneração. Retiramos em cada sistema, 9 monólitos de solo de 25x25 nas profundidades de 0-10 cm e 10-20, coletamos ainda amostras de solo para análises de atributos físicos e químicos, além da serapilheira local. Os invertebrados foram cletadois manualmente e conservados em álcool a 70%. Identificamos uma comunidade composta por 13 táxons de macrofauna no sistema agroflorestal. A maioria dos invertebrados do sistema pertence ao grupo conhecido como “engenheiros do ecossistema”. Houve preferência da macrofauna pela camada de 0-10 cm de profundidade. Os invertebrados se mostraram sensíveis às diferenças nos tipos de sistema e seus respectivos manejos. E a estrura e composição da comunidade de macrofauna do sistema agroflorestal apresentou semelhanças com a comunidade encontrada no sistema natural capoeira.
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GIORDANI RAFAEL CONCEICAO SODRE
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FOGO E QUEIMADAS: HISTÓRICO, RISCO E CALENDÁRIO METEOROLÓGICO NA AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 29/08/2019
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A utilização de fogo como forma de limpeza do solo está amplamente inserida no processo produtivo da Amazônia, sendo um dos elementos que impulsionam a expansão agrícola na região. Nesta pesquisa foi proposta a análise do quadro geral das queimadas na região Amazônica com o objetivo de abordar a complexidade que envolve este tema, como o mesmo pode ser tratado como um problema social, porém com reflexos sobre a questão climática. Analisamos os parametros legais do uso do fogo em práticas agrícolas e foi desenvolvido um calendário meteorológico indicando o momento em que as condições ambientais são mais favoráveis para a utilização desta prática de forma mais segura. Os resultados indicaram que o atual cenário de queimadas na Amazônia pode estar relacionado a uma combinação de escolhas, como a questão das queimadas poderia ter sido tratada e como de fato ela foi. Indicando que as principais ferramentas são voltadas para o combate os efeitos da queima e não a sua origem. Observou que ferramentas como o Índice de Risco de Fogo utilizado pelo INPE possui sua acurácia reduzida, devido o mesmo considerar somente variáveis ambientais, não incluindo à ação do homem como parâmetro, o que torna limitada a eficiência em antecipar a ocorrência de uma queimada. A análise das pesquisas mais recentes apontou para o uso do fogo controlado como a opção mais viável para a mudança do cenário atual, assim, a abordagem principal desta pesquisa foi criar um calendário meteorológico de manejo para o uso do fogo no campo da forma mais segura. A conclusão desta pesquisa mostra que a educação ambiental é a forma mais eficaz de combater o uso excessivo de queimadas, porém, isto é um investimento para o futuro. Para o cenário atual a criação de um calendário de queimadas baseado na variabilidade pluviométrica mensal local, permitindo que as queimadas sejam realizadas em momentos mais propícios a sua não propagação indesejada. Assim, o número de focos de queimadas sem controle pode ser reduzido de forma eficaz e as perdas de biodiversidade e econômicas podem ser menores. Sendo este o caminho a ser percorrido enquanto a educação ambiental não cumpre seu papel em alterar esta cultura dentro da região Amazônica.
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GISELE DE SOUZA SARAIVA
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DINÂMICA DO USO E COBERTURA DA TERRA EM ÁREAS SOB CONFLITO AGRÁRIO NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL
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Data: 27/08/2019
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A colonização e ocupação da Amazônica têm sido resultado da implantação de políticas públicas e dos interesses econômicos sobre a região. Como reflexo disso, a transformação da vegetação primária em outros usos alternativos da terra na Amazônia é algo marcante, em especial em áreas sobre forte pressão das alterações antrópicas e do desmatamento (WATRIN et al., 2015). Isto tem provocado mudanças da cobertura florestal para pastagem e agricultura (ALMEIDA et al., 2016). As mudanças de uso da terra na Amazônia também têm sido resultado de processos sociais, como por exemplo a disputa por terra, e não fruto de comportamentos isolados de agentes individuais, sejam esses agricultores familiares ou grandes fazendeiros (ARAÚJO, 2009). Nesse contexto, segundo Le Tourneau et al. (2010), a reforma agrária na Amazônia tem ocorrido sobre novas áreas (terras públicas) e não por uma política efetiva de distribuição de terras. Para esses autores, as políticas para a reforma agrária no Brasil quase não alteraram a estrutura fundiária vigente e, como alternativa, o país concebeu a Amazônia Legal como uma imensa reserva fundiária. Aliado a isso, estima-se que a reforma agrária tenha representado 30% do desmatamento na bacia amazônica entre 1964 e 1997 (ALDRICH et al., 2012; ALSTON, LIBECAP E MUELLER, 2000). Embora a legislação brasileira proíba expressamente a formação de assentamentos de reforma agrária em áreas de floresta, é nestas onde têm se estabelecido a base dessa nova estrutura fundiária (FEARNSIDE, 2001; SIMMONS et al., 2007)
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EMANUELLY MELO DE OLIVEIRA MENDES
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DINÂMICA DO EFLUXO DE CO2 NO SOLO EM DUAS ÁREAS DISTINTAS NA AMAZÔNIA
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Data: 16/08/2019
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Os ecossistemas terrestres são importantes para compreender as trocas de CO2 entre superfície e atmosfera. Pesquisas têm buscado compreender o potencial de sequestro e emissão de carbono em diferentes agroecossistemas. Entre eles, as pastagens naturais que apresentam significativa participação no ciclo do carbono subsídio alimentar para a produção de carne. Assim como a produção de óleo de palma responsável pela produção de 30% do óleo comestível no mundo e parte na produção de biodiesel. Neste estudo, foram avaliados dois usos de cobertura do solo (iLPF e monocultivo de palma de óleo) e o efluxo de CO2. Foi utilizado o método de câmaras dinâmicas associadas a um analisador de gás por infravermelho. Este trabalho apresenta observações mensais em monocultivo de óleo de palma e caracterização diária em dois iLPFs o primeiro com mognoafricano (Khaya ivorensis A. Chev.) e o segundo com teca (Tectona grandis L. f.). No primeiro caso no monocultivo de óleo de palma o empilhamento de folhas foi responsável pelos maiores valores de efluxo de CO2 dentro dos anéis de medida durante os dois períodos observados (chuvoso e menos chuvoso) em comparação aos dois outros dois pontos observados (base da palma e carreador). A dinâmica do efluxo de CO2 (EFCO2) diferiu entre os três sistemas estudados. O aumento do EFCO2 durante o meio dia em relação ao meio da manhã (oito horas) em todos os pontos estudados. Na área de controle (capoeira) não houve uma grande variação observada, sendo mais estável. Os maiores valores de EFCO2 nos dois sistemas de iLPF (teca e mogno) foram encontrados na base das ávores para o sistema mogno e no pasto pisoteado para o sistema teca seguido da base das árvores.A baixa variação no efluxo de CO solo entre a manhã e o meio dia na capoeira pode indicar se assemelham a florestas naturais, com árvores criando um microclima de solo que é adequado para o crescimento de microrganismos do solo. A umidade do solo correlacionada positivamente de forma fraca na base da teca e na área de transição. No caso da temperatura do solo não foi observada correlação positiva para a área em questão, apenas de forma moderada na área controle. Nas análises não foram encontradas correlações positivas do EFCO2 com a umidade do solo em nenhum dos pontos estudados na área do mogno. Por sua vez foi encontrada uma relação fraca da Ts com área entre as árvores.As menos variações de temperatura do solo foram encontradas na capoeira seguida do iLPF mogno na área sombreda (Base mogno e entre plantas mogno). As maiores variações de Ts no período estudado (chuvoso) ocorre na área de iLPF com teca.As árvores influenciam na dinâmica de CO2 quando não estão distribuidas em área florestal. Nesse Sistema foi observado que os maiores valores de perda de CO2 ocorreu na área sombreada em ambos os sistemas com exceção da pastagem de iLPF teca até o momento antes do pastoreio animal
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BRUNO GILMAR SILVA DA SILVA
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PERCEPÇÃO AMBIENTAL E ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE MARAPANIM – PARÁ/BRASIL
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Data: 06/08/2019
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O presente trabalho aborda o tema da percepção ambiental e aspectos socioeconômicos nas comunidades Camará, Cipoteua e São João, pertencentes ao município de Marapanim, Pará, Brasil. O objetivo geral desse estudo foi destacar qual a percepção do homem em relação ao meio ambiente que o cerca, além de descrever o perfil socioeconômico das comunidades e a influência do período sazonal nas atividades desenvolvidas. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizada a aplicação de questionários com perguntas objetivas e subjetivas a 118 moradores, sendo Camará (n = 60), Cipoteua (n = 32) e São João (n = 26), através de visitas às comunidades. Utilizou-se a estatística descritiva e o método estatístico kruskal-wallis para a análise dos dados. Com base nos resultados obtidos e nas observações realizadas, foi possível constatar que os moradores entrevistados possuem baixo nível de escolaridade, utilizam os recursos naturais para obtenção de renda, como a pesca artesanal (Camará), agricultura de subsistência (Cipoteua) e agricultura mecanizada (São João), além dos benefícios concedidos pelo Governo Federal. Os entrevistados da comunidade de São João possuem renda bruta mensal superior comparado com as Comunidades Camará e Cipoteua. Foi possível verificar precariedade no acesso aos serviços básicos como coleta de lixo, abastecimento de água e esgotamento sanitário. Houve variações significativas de percepção com relação aos aspectos ambientais analisados em cada comunidade, como foi o caso da qualidade da água e da condição da vegetação. 91% dos entrevistados nessa pesquisa afirmou que ocorre maior produtividade nas principais atividades agroextrativistas desenvolvidas durante o período chuvoso. Nesse contexto, estudos a partir da temática percepção ambiental e socioeconômica é uma importante ferramenta na busca de compreender como os aspectos ambientais podem influenciar as comunidades que dependem dos recursos naturais, como também para o estabelecimento de programas de fomento às atividades já desenvolvidas na área estudada. Ao final do estudo, foi possível constatar a importância do mesmo para o estabelecimento de ações e políticas públicas.
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JOSIANE SARMENTO DOS SANTOS
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AMEAÇAS NATURAIS E VULNERABILIDADE DAS MEDIDAS DE CONTROLE DE CHEIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL
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Orientador : EDSON JOSE PAULINO DA ROCHA
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Data: 31/07/2019
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Ameaças naturais, como secas prolongadas e inundações causam problemas para o meio ambiente e seres vivos. Elas não são evitadas, porém os riscos associados às ameaças podem ser reduzidos. Então, a pesquisa analisou a precipitação na cidade de Belém-PA, leste da Amazônia, para caracterizar as ameaças presentes no espaço urbano local que possui uma população superior a um milhão de habitantes e assim verificar qual bacia hidrográfica está mais vulnerável de acordo com a medida de controle de cheia presente nela. Para tal, foram utilizados dados: de precipitação (PRP) diária (1967-2016), mensal e anual dos anos de 1896-2016 da estação meteorológica de superfície do Instituto Nacional de Meteorologia em Belém-PA; do índice oceânico Niño (ION) e de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no oceano Pacífico do portal da National Oceanic and Atmospheric Administration (1967-2016); Dados do Dipolo do Atlântico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (1967-2016); de Tábuas Maré do diretoria de hidrografia e navegação da Marinha do Brasil (2007-2016); Prognóstico Climáticos do INMET/CPTEC (1997-2016); pontos de alagamentos da defesa civil do estado (2012) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (2017); Informações do Plano Diretor Municipal; Existência de Alerta da Defesa civil Estadual e cotas altimétricas da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém. Através de testes de estatística e de probabilidade, os resultados mostraram que há um aumento da precipitação média no período chuvoso, principalmente nas últimas décadas, tanto que utilizando o Índice de Anomalia de Chuvas foi percebido que o IAC apresentou mais anos úmidos em 30 anos (1987-2016). Em relação ao prognóstico climático, sua acurácia foi de 69% de informações, ou seja, para a cidade é mais um mecanismo de informações sobre ameaças. As chuvas diárias são mais presentes na cidade, porém seu volume está abaixo da média diária de 50 anos (1967-2016) de 13, 5 mm/dia, contudo os eventos extremos de precipitação estão apresentando tendência de aumento, porém não houve relação com a TSM do oceano atlântico, ficando mais significativo para a série de precipitação que frequência da La Niña é mais expressiva para as chuvas da cidade, tanto que no período chuvoso a TSM do Pacífico é mais fria em comparação ao período menos chuvoso. Apesar de a cidade dispor de informações sobre o clima local, monitoramento de pontos de alagamentos, cotas altimétricas e dados de marés com previsão anual, Belém não está preparada para as ameaças naturais, haja vista que apresenta vulnerabilidade nas medidas de controle de cheia.
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FLAVIO AUGUSTO ALTIERI DOS SANTOS
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Efeitos da variabilidade climática global e do uso e cobertura da terra sobre o comportamento hidrológico do rio Xingu
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Data: 30/07/2019
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A expansão das fronteiras agrícolas na Amazônia vem produzindo alterações significativas na cobertura florestal, na superfície e no uso do solo. Os impactos mais recentemente, são ocasionados principalmente, pela expansão do agronegócio, uma consequência de contexto mundial, por conta que o mercado externo pressiona e incentiva a produção de determinados produtos, como a carne bovina e a soja. A carne bovina, por exemplo, o volume de exportação no período de 1997 e 2003 disparou significativamente, colocando o Brasil no topo do ranque mundial. Esse modelo de ocupação que a Amazônia vem experimentando ao longo das décadas, tem promovido intenso processo de transformação da sua paisagem que têm repercussão nas mudanças climáticas regionais e globais (NOBRE; SAMPAIO; SALAZAR, 2007). Becker (1990) afirmava que as políticas de desenvolvimento para a Amazônia promoveram a degradação da floresta e dos solos desta região. Entre as alterações ocorridas, se destacam as mudanças na cobertura florestal pristina que aconteceram pela ação antrópica presente, principalmente, na área de influência da rodovia Transamazônica (BR-230) e suas vicinais, cuja ocupação humana vem sendo induzida por projetos de colonização agrária nos últimos 45 anos. Costa (1997) cita que as políticas de ocupação da Amazônia sempre combinavam exploração econômica e estratégias políticas e militares, visando preservar as fronteiras internacionais e incorporar a economia regional à nacional. Fearnside (2001) registra que as grandes plantações de sojas estavam ocupando o norte do Mato Grosso a partir das áreas de cerrado, enquanto que a parte Sul e Leste do Pará, o predomínio em sua maior parte é de grandes propriedades de pecuária (FEARNSIDE, 2005). Devido ao crescente avanço do desmatamento registrado nas últimas décadas, principalmente sobre as áreas de floresta, várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas com intuito de entender melhor os impactos e consequências que este processo de ocupação, pode está influenciando no regime hidrológico da Amazônia. Alguns pesquisadores têm se dedicado a estudar e compreender os comportamentos dos eventos de secas e inundações extremas na região.
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IORI LEONEL ARNOLDO HUSSAK VAN VELTHEM LINKE
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KULONKOM PËTUKU KUTÏTËI / KURE KYNONORY KO RIKO, “CUIDANDO DA NOSSA TERRA”: A POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL DE TERRAS INDÍGENAS, OS WAYANA E OS APARAI.
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Data: 25/07/2019
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O objetivo deste trabalho foi compreender o processo de implementação da PNGATI – a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas no Brasil - no território dos Wayana e Aparai (Terras Indígenas Parque do Tumucumaque e Rio Paru D‟Este) e suas relações com as concepções e práticas próprias da territorialidade destes povos. Em sua essência, a PNGATI, através da elaboração de planos de gestão coletiva (ou planos de gestão territorial e ambiental), deve ser aplicada contextualmente, a fim de garantir os direitos indígenas previstos na Constituição Federal de 1988. Questionei-me se a aplicação junto aos Wayana e Aparai, povos norte amazônicos, qu já ocorre há mais de uma década, estava sendo feita de forma a respeitar esse preceito. Desta forma, foi necessário, proceder com a identificação e análise de todos os atores, fatores e processos envolvidos na questão. Utilizei-me de expedientes e arcabouços metodológicos interdisciplinares, conjugando antropologia, história e biologia, em diferentes proporções, culminando em um arranjo investigativo cíclico que permitiu estudar os diferentes campos e conexões em questão. Neste bojo, as análises descritivo-análiticas empreendidas neste trabalho permitiriam responder positivamente a uma série de questões interrelacionadas: i) que a PNGATI representa um avanço no campo das garantias constitucionais dos direitos indígenas, vindo na esteira das mudanças de paradigma inicadas com a Constituição Federal de 1988; ii) que os Wayana e Aparai já vivem há muito tempo na região do estudo, sendo sujeitos de suas próprias histórias; iii) que estes povos possuem territorialidade própria, cujo padrão cíclico é marcado por uma série de fatores oriundos de sua organização social e política; iv) que tal territorialidade é desenvolvida com base em um amplo e complexo sistema de conhecimentos ecológicos tradicionais inextricavelmente ligados à sazonalidade e rica cosmovisão; v) que seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental foi devidamente construído, no campo político e jurídico, e igualmente no campo simbólico, uma vez que está sendo ressignificado e apropriado conforme as formas próprias de viver dos Wayana e Aparai.
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AMANDA ESTEFANIA DE MELO FERREIRA
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SUSTENTABILIDADE URBANA E QUALIDADE DE VIDA: DESAFIOS A SEREM CONSOLIDADOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SANTARÉM – PA
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Data: 24/07/2019
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A noção de sustentabilidade urbana surge como contraponto à visão tradicional de desenvolvimento, e tem articulação com a implementação de políticas públicas, acontecimentos climáticos, forçantes econômicas, bem como a formação de novos cenários políticos e territoriais. Um desses cenários é a criação de regiões metropolitanas na Amazônia, que acontece diante de pretextos distintos, com destaque ao interesse político. A região metropolitana de Santarém, criada a partir de uma articulação sobre a divisão do território paraense, é uma região diferenciada, onde a diversidade socioespacial se associa tanto ao perfil hegemônico metropolitano, quanto à origem amazônica ribeirinha. Nesta pesquisa, avaliamos o nível e as condições de sustentabilidade urbana dos municípios que compõem a região Metropolitana de Santarém, Pará e suas relações com os problemas ambientais e com a migração provocada pela expansão da soja na região. Para isso, foi utilizado o Sistema de Índices de Sustentabilidade Urbana (SISU), compostos, nesta análise, por três índices, 10 indicadores e 19 variáveis. Com base ainda no SISU, foram categorizados os problemas ambientais encontrados em reportagens on-line dos anos no período de agosto de 2016 a julho de 2018 de dois jornais locais de ampla repercussão em Santarém (G1 – TV Tapajós e O Impacto); e para compreender a relação rural-urbano, foram realizadas entrevistas semiestruturadas em 21 comunidades rurais, com 27 imigrantes em 2011 e 8 em 2019 e análise pareada entre 8 entrevistados em 2011 e 2019. Foram identificados avanços no desempenho dos municípios dessa região, em relação aos Índices de Capacidade Políticoinstitucional (ICP) e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), não havendo melhoria para o Índice de Qualidade Ambiental (IQA). Na análise de 265 reportagens, foram identificados 39 problemas ambientais e 31 possíveis consequências para a qualidade de vida da população., que apontam uma maior proporção de problemas ambientais urbanos em Santarém, quando comparado com os demais municípios dessa região metropolitana. No contexto rural urbano, nossa análise preliminar aponta um forte fluxo migratório (rural-urbano) para o período de 2000 a 2010 (período de estabelecimento da soja), embora a pressão pelo agronegócio não tenha sido mencionada como motivo para imigração, e sim, o anseio pela busca de melhor qualidade de vida e educação, além da ausência de governo no meio rural. De fato, notou-se que os entrevistados apresentaram melhores condições de vida e uma evolução dos níveis educacionais, residindo na cidade. Destaca-se a necessidade de mais investimentos na qualidade de serviços, cadeias produtivas, ordenamento territorial e gestão ambiental na região estudada, de forma que políticas integradas proporcionem melhores condições de vida às populações e novos patamares de sustentabilidade
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RUANA ARETHA FARIAS SANTIAGO BECKMAN
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RIQUEZA E DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DE MINHOCAS (Annelida, Oligochaeta) EM UM FRAGMENTO FLORESTAL
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Data: 02/07/2019
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SA riqueza, distribuição e abundância das espécies de Oligochaeta foram analisadas em relação aos parâmetros ambientais (precipitação interna da floresta, quantidade de serapilheira, textura, pH e umidade do solo) durante 15 meses em uma área localizada na região periurbana do município de Belém, estado do Pará, Brasil, que pertence à empresa estatal da Embrapa Amazônia Oriental com uma área de reserva que corresponde a 2.706 hectares. Neste estudo foram encontradas oito espécies: Pontoscolex corethrurus, Müller 1857, quatro espécies ainda não descritas e outras 3 não determinadas devido à falta de caracteres necessários para identificação. A riqueza de espécies encontrada foi aproximadamente similar a outros sítios florestais da Amazonia, no entanto, a maioria das espécies ocorreu em baixa abundância e com distribuição esparsa. Também foi observada baixa diversidade funcional com todas as espécies pertencentes à categoria ecológica endogéicas. No estudo, a espécie predominante foi a Pontoscolex corethrurus, que representou 96,94% da densidade total, enquanto as demaissomaram 3,06%. P. corethrurus foi dominante em todos os pontos e em todos os períodos de coleta. Por esse motivo, foi a única espécie estudada em relação aos atributos do solo e do clima. Neste estudo, sua abundância respondeu significativamente à precipitação interna, enquanto que a quantidade de serapilheira, textura do solo, pH e umidade do solo não apresentaram efeitos consideráveis. A demografia mostrou que esta é uma espécie de Oligochaeta que pode permanecer no solo o ano todo. A espécie também mantém o desenvolvimento contínuo da população com seus casulos produzidos em três meses do ano. Embora o número de espécies detectadas não tenha mostrado redução drástica, a alta dominância de P. corethrurus, a baixa diversidade funcional, a raridade e dispersão das distribuiçõesespaçotemporais de espécies nativas oferecem indicações claras de perda de biodiversidade na fauna do solo neste remanescente florestal. Possivelmente isso é acompanhado pela perda das funções do ecossistema do solo, como consequência do isolamento e da urbanização circundante.
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DIEGO ALONSO BAUTISTA LÉVANO
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RELAÇÕES ECONÔMICA E CLIMÁTICA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO LESTE DO PARÁ
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Data: 28/06/2019
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A presente pesquisa relaciona os rendimentos médios ou produtividade das oito principiais lavouras localizadas em municípios no leste do Pará. Na relação econômica foi trabalhada com a variável dependente Valor agregado bruto agropecuário (VAB.AGR) e a relação climática foi realizada com as variáveis precipitação e temperatura, durante o período 2002-2016. A seleção das oito lavouras foi de acordo a sua representação percentual nas quantidades produzidas durante o período do estudo. Por tal motivo, as lavouras foram divididas em permanentes (LP: banana, coco-da-baía, dendê e laranja) e temporárias (LT: cana-de-açúcar, mandioca, milho e soja). Foram recopilados os dados secundários do VAB.AGR, quantidades produzidas (QP), rendimentos médios (Rm) ou produtividade e valores de produções dos municípios no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Produção Agrícola Mensal (PAM). Respeito à complexidade das variáveis climáticas, foram pesquisadas e coletadas as informações do Climate Prediction Center MORPHing technique (CMORPH) para as precipitações e o European Centre for Medium-Range Weather Forecast (ECMWF) para os dados da temperatura. As metodologias utilizadas foram os Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) para conhecer o nível de associação entre as variáveis tendo como variável dependente o VAB.AGR, assim com o Coeficiente de Pearson para conhecer o grau de relação entre variáveis climáticas e as QP e Rm. Finalmente, dos resultados obtidos podemos acreditar que as oito lavouras selecionadas, pelo menos um tipo de lavoura apresenta significância com o desenvolvimento econômico e climático.
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LARISSE FERNANDA PEREIRA DE SOUZA
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DINÂMICA DE USO E COBERTURA DA TERRA EM ÁREAS DE NÃO FLORESTA COM PRESENÇA DE SAVANAS NO SUDESTE PARAENSE
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Data: 28/06/2019
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A importância da conservação das savanas tropicais no mundo está cada vez mais reconhecida, devido à sua abundante flora e fauna, e elevados níveis de espécies endêmicas. Estes sistemas dinâmicos de pastagens e florestas abertas cobrem aproximadamente de 15 a 24 milhões de Km² da América do Sul, Ásia a África. Contando também com a Austrália, esse ecossistema está presente em 20% de toda a superfície terrestre (CARVALHO; MUSTIN, 2017). Na América do Sul, os maiores complexos de Cerrado (savanas) ocorrem no Brasil, Bolívia, Paraguai, Venezuela e Colômbia. Por indicar um alto potencial agrícola, nos últimos 35 anos, o Cerrado brasileiro tem vivenciado uma das maiores expansões de terras agropastoris (RAMANKUTTY et al., 2016). Portanto, Campos e Cerrados representam uma enorme área, e apresentam uma grande capacidade de produção alimentar atual e futura (HILL; HANAN, 2001). Mais de 20 milhões de hectares de vegetação natural no Cerrado são considerados adequados para a expansão de soja, e até 11 milhões de hectares de terrenos poderiam ser legalmente convertidos sob as leis do código florestal. No Cerrado, existem grandes áreas de terras desmatadas adequadas para soja, porém essas terras não estão localizadas em regiões com a mais rápida expansão recente da soja em vegetação nativa (GIBBS et al., 2015). Diferentemente do bioma amazônico, poucos esforços têm-se colocado na redução do desmatamento do Cerrado em comparação a atenção nacional e internacional para as taxas de desmatamento da Amazônia brasileira (GIBBS et al., 2015). Vale ressaltar que não existe uma rotina de monitoramento no Cerrado pelo governo brasileiro, e a própria legislação demostra essa desvantagem de proteção contra o desmatamento.
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LANA PATRICIA MARTINS NUNES
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QUALIDADE AMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA: o desafio de mensurar
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Data: 21/06/2019
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O acelerado e desordenado crescimento das cidades não tem sido acompanhado pelo crescimento e melhoria da infraestrutura urbana, que contribuem decisivamente para a qualidade de vida de seus habitantes. Estudos sobre o ambiente urbano revelam que o processo de urbanização gera impactos, tanto ambientais, como sociais, entretanto esses impactos podem ser evitados ou ao menos minimizados mediante um processo eficaz de planejamento. Por isso, o grande desafio dos órgãos de planejamento consiste em entender o funcionamento do ambiente urbano e fornecer as condições adequadas para que as comunidades possam se desenvolver sustentavelmente, buscando o equilíbrio entre a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. Nesse sentido, estudos que versam sobre a realidade da qualidade ambiental nos ecossistemas urbanos tornam-se de fundamental importância para subsidiar políticas de planejamento e uma gestão do território mais eficiente. Esta pesquisa tem como objetivo avaliar a qualidade ambiental na área urbana do município de Belém/PA, um dos municípios da região norte do país, que apresenta, em termos populacionais, grandes extensões de aglomerados subnormais e destaque no cenário imobiliário, com características semelhantes a muitas cidades brasileiras. Para avaliar a qualidade ambiental foram utilizados os procedimentos metodológicos desenvolvidos por Borja (1998) e Kawakubo et. al., (2005), utilizando-se indicadores ambientais e de infraestrutura (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, alagamentos, poluição sonora e cobertura vegetal) disponibilizados pelos órgãos locais (SIPAM, CIOP, SESAN, IBGE, etc) para a construção de um índice sintético de qualidade ambiental. Para observar estratificações entre os bairros foram elaboradas cartas de qualidade ambiental e de índices básicos utilizando-se para isto o software Arcgis. A percepção dos moradores também foi investigada através de questionários estruturados, cujos itens correspondem aos mesmos indicadores selecionados nos dados objetivos. Para observar possíveis contrastes entre os dados qualitativos e quantitativos foi construído um índice de percepção ambiental, utilizando-se os mesmos preceitos metodológicos para a construção dos dados quantitativos. Os dados mostram que apesar dos resultados apontarem para um nível de qualidade ambiental suficiente, os moradores estão insatisfeitos com a infraestrutura e qualidade do ambiente.
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JOYSE TATIANE SOUZA DOS SANTOS
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IMPACTOS DO USO E COBERTURA DO SOLO NO REGIME HIDROLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APEÚ/PA.
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Data: 17/06/2019
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A preservação de uma bacia hidrográfica é um processo chave para a garantia de funcionamento do sistema que envolve o ciclo hidrológico, que tem como elemento fundamental a água. O objetivo geral deste trabalho foi analisar a distribuição da água, a partir da dinâmica de vazão e verificar o comportamento dos diversos processos hidrológicos perante as diferentes condições de uso e cobertura do solo. O estudo foi desenvolvido na bacia hidrográfica do rio Apeú, localizada no nordeste paraense, se trata de uma bacia complexa, que está inserida em ambientes tanto rurais, quanto urbanos, e que sofre constantes intervenções antrópicas. Aplicou-se o modelo Soil and Assessment Tool (SWAT), utilizando dados climáticos de uma estação meteorológica, pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), e de dados geocartográficos provenientes de instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (EMBRAPA). Foi discutida ainda, a aplicabilidade do modelo SWAT como ferramenta complementar no gerenciamento de recursos hídricos, motivado pela busca de alternativas de conhecimento dos processos ocorridos na bacia hidrográfica do rio Apeú. Buscou-se também avaliar espacialmente a distribuição de água na bacia, através da simulação da produção de água (WYLD) gerada pelo modelo SWAT, durante o período de 2007 a agosto de 2018, foi realizada uma simulação de cenários com diferente uso e ocupação do solo, da bacia em estudo, e estes foram comparados com o cenário atual (TerraClass 2014). Com os resultados pode-se afirmar que o modelo SWAT pode gerar informações em bacias que não possuem monitoramento, sendo possível através dele, identificar a quantidade de WYLD, em função da diferença da água que entra no sistema (precipitação) em relação às suas perdas (evapotranspiração, e entre outras). E assim obter um melhor planejamento dos recursos hídricos na bacia em análise. Ao verificar que, a WYLD está intimamente ligada com a dinâmica dos usos e ocupações do solo e a morfometria da bacia do rio Apeú e não somente a sazonalidade das precipitações na região, então como estratégia de minimização dos impactos ambientais foi proposto uma cartilha de informações voltada para as questões ambientais com o intuito de informar a comunidade sobre a importância de se conservar o rio Apeú e com isso obter benefícios e qualidade de vida.
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AUREA SILVA ALMEIDA
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OS SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO ESTRATÉGIA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL: RELAÇÃO ENTRE A PROVISÃO DE SERVIÇOS AMBIENTAIS E A PERCEPÇÃO DO SEU VALOR PELOS AGRICULTORES
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Data: 30/04/2019
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Iniciativas de restauração florestal global e regional vêm emergindo fortemente visando recuperar funções e benefícios dos ecossistemas. Dentre os principais compromissos globais apresentam-se as metas 14 e 15 de Aichi para a biodiversidade (COP CDB 2010) que objetivam a recuperação de ecossistemas degradados e contribuição da biodiversidade para os estoques de carbono e proteção de serviços ambientais (MMA, 2016; PLANAVEG, 2017) e o desafio de Bonn (2011) para restauração de 150 milhões de hectares até 2020 e 350 milhões de hectares até 2030. No Brasil, a NDC (Contribuição Nacionalmente Determinadas, sigla em inglês) foi elaborada em 2015 e ratificada em 2016 a fim de contemplar estratégias para mitigar as emissões de gases do efeito estufa pelo país e para adaptação às mudanças climáticas (REIS et al., 2017) . A partir dessa iniciativa e da validação do acordo de Paris durante a COP21, em 2016, o Brasil se comprometeu em reduzir os riscos de mudanças climática, aderiu a acordos internacionais como ao Desafio de Bonn e a iniciativa 20x20 e estabeleceu uma grande meta em restaurar, reflorestar e promover a recuperação natural de 12 milhões de hectares de florestas até 2030 (MAPA, 2016).
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RONALDO DA CRUZ BRAGA
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VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DIANTE DA AÇÃO DO MAR NA ZONA COSTEIRA DE SALINÓPOLIS-PARÁ-AMAZÔNIA
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Data: 12/04/2019
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Apresentação: Amazônia possui extensa Zona Costeira, com aproximadamente 3.044 km, ocupando 35% do litoral brasileiro, com grande parte da Orla em diferentes níveis de vulnerabilidade física. Objetivo: Esta Tese tem como objetivo analisar a vulnerabilidade física à ação do mar, os impactos socioambientais e as estratégias de adaptação relacionados na Orla costeira do Município de Salinópolis, localizado no Litoral Norte, setor de reentrâncias Pará-Maranhão da Zona Costeira Amazônica. Metodologia: A Orla foi subdividida em sete subsetores, de acordo com os critérios do Projeto Orla e características fisiográficas e topográficas. Dois índices gerais de vulnerabilidade foram determinados: Índice de Vulnerabilidade a ação energética do mar e o Índice de Vulnerabilidade à elevação do nível do mar (IVC). Para a determinação dos dois índices, usou-se as seguintes variáveis: geológicas, geomorfológicas, declividade da costa, cota topográfica, altura de onda, amplitude de maré, variação da linha de costa, variação do nível do mar atual, utilizando séries temporais e futura, com base no cenário RCP8.5 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Foram aplicados questionários à população e às principais Secretarias Municipais. Os mapas foram confeccionados utilizando imagens orbitais dos anos de 1984, 1994, 2000, 2001, 2004, 2015 e 2016, imagens SRTM e aerolevantamento, processados no ArcGis 10.3. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Analysis Software SAS 9.4. Os dados socioeconômicos foram extraídos dos setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ano 2010. Resultados: cinco setores apresentaram índices Muto Alto e dois Moderado à ação energética do mar. O índice de vulnerabilidade atual à elevação do nível do mar demonstrou três setores da Orla com Baixo, dois em Moderado e dois em Alto. No IVC futuro, cinco setores apresentaram índices Muito Alto, um Alto e um Baixo. Em cenério de um metro de elevação do mar, os principais sistemas ambientais serão afetados, praias, manguezais, dunas, falésias, bem como a população mais vulnerável sofrerão maiores impactos. A aplicação dos questionários demonstrou que a população local consegue identificar os principais impactos e possui suas próprias estratégias de adaptação. A prefeitura não possui no Plano Diretor, nem as secretarias apresentam mecanismos de contenção, intervenção e adaptação de impactos advindos de uma possível subida do nível do mar. Conclusão: os elevados índices de vulnerabilidade da ação energética do mar têm provocado erosão ao longo da orla. O cenário de impactos da elevação do mar sobre a orla de Salinópolis requer aplicação de políticas públicas eficientes de adaptação da população mais vulnerável socialmente.
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ANA PAULA MONTEIRO ALENCAR
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PESCADORES ARTESANAIS DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA CAETÉ TAPERAÇU E A PERCEPÇÃO AMBIENTAL SOBRE OS RECURSOS NATURAIS
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Data: 11/03/2019
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As Unidades de Conservação de uso sustentável são áreas que buscam priorizar a relação harmônica entre populações humanas, seus meios de vida e o meio ambiente. Atualmente no Brasil, as áreas de conservação ambiental são sinalizadas como áreas de suma importância e são vistas como estratégias para proteção e gestão de territórios. Nessa conjuntura grupos populacionais, que habitam essas áreas se dedicam ao extrativismo, destacando aqui a pesca praticada de forma artesanal. Assim esse trabalho apresenta as seguintes analises: I- Uma caracterização social, econômica e ambiental bem como contribuições para analisar e traçar o perfil de pescadores artesanais que residem em três comunidades pesqueiras do município de Bragança, nordeste do estado do Pará, inseridas na Reserva Extrativista Marinha Caeté- Taperaçu. II- Analisar a percepção ambiental de pescadores artesanais acerca dos aspectos sobre a ação da realização da atividade pesqueira, os recursos naturais e a reserva extrativista e seu manejo. Para isso, na I analise foram realizadas entrevistas através de questionários a 251 famílias de pescadores artesanais entre homens e mulheres, sendo 85 (33,86%) da Vila dos Pescadores, 96 (38,25%) da Vila do Castelo e 70 (27,89%) da Vila do Taperuçu). A partir disso, constou que a idade dos entrevistados variou entre 18 e 55 anos, e possuem baixa escolaridade, onde 50% não terminaram nem o ensino fundamental, mostrando que renda gira em torno de 5.506,56 ± 3.905,85 reais ao ano, sendo que 86,85% dessa renda está ligada ao vínculo que possuem com o atravessador. Resultando também a maioria dos pescadores artesanais possuem casa própria 92%, utilizam poços d’água cavado nas propriedades 59,36% ou rede de distribuição de água 40,24%, possuem fossa séptica 49% e é disponibilizado serviços de limpeza urbana, o qual atende 56,57% dos entrevistados. Na análise II foi utilizada a aplicação de questionários seguindo o modelo de escala tipo Likert, e para avaliar os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-wallis com nível de significância de 5% (α = 0,05). Isso resultou na percepção ambiental sobre a ação da atividade pesqueira, que foi possível verificar diferenças significativas entre as comunidades (p = 0,015). No entanto, somente a comunidade do Taperaçu diferenciou de Vila dos Pescadores (p = 0,013) não ocorrendo diferenças significativas entre as comunidades. Já percepção ambiental sobre o uso dos recursos naturais, as comunidades diferem entre si, sendo que, a comunidade do Castelo diferenciou da comunidade do Taperaçu (p < 0,001) e da Vila dos Pescadores (p < 0,001), entretanto não foi possível identificar diferença significativa entre a comunidade do Taperaçu e Vila dos Pescadores (p = 0,269); E a percepção ambiental sobre a reserva extrativista e o plano de manejo, foi possível identificar diferenças significativas entre as comunidades (p = 0,001). Porém, somente a comunidade do Castelo diferenciou de Vila dos Pescadores (p < 0,001) não ocorrendo diferenças significativas entre as demais comunidades. Considerando que uma comunidade divergiu da outra por conta de fatores como representatividade política, que gera visibilidade para a comunidade, ocasionando uma boa acessibilidade e inclusão dos pescadores em programas fomentadores em prol da sustentabilidade, assim, ocorrendo maior engajamento de uma comunidade em detrimento da outra.
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SABRINA BENMUYAL VIEIRA
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SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO FLORESTAL DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES MADEIREIRAS COMERCIALIZADAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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Data: 08/03/2019
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A sustentabilidade da produção florestal é um assunto de grande debate no manejo de florestas tropicais. A preocupação em ter disponível continuamente os recursos naturais, principalmente, madeiras de espécies emblemáticas no mercado, tornou-se um desafio para a sociedade. O presente estudo consistirá em avaliar a sustentabilidade da produção florestal das principais espécies madeireiras comercializadas na Amazônia brasileira através da análise da estrutura e dinâmica de crescimento populacional da espécie, comparadas às normas de exploração contidas nas legislações vigentes. Neste estudo, será investigado se a sustentabilidade da produção florestal das principais espécies madeireiras para Amazônia brasileira estaria comprometida. Serão testadas as seguintes hipóteses: i) As espécies madeireiras mais comercializadas são as espécies com menor densidade de árvores em diferentes sítios florestais da Amazônia brasileira, e ii) A dinâmica de crescimento populacional (Incremento Periódico Anual e Taxa de Recuperação) das espécies madeireiras mais comercializadas na Amazônia recupera o estoque colhido em tempo superior ao estabelecido pela legislação brasileira vigente (25 a 35 anos) em diferentes sítios florestais da Amazônia brasileira. A pesquisa será desenvolvida a partir da analise de dados da Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas na Amazônia – Redeflor que abrangem áreas de monitoramento de inventário florestal contínuo, em parcelas permanentes, em quatro estados da Amazônia brasileira: Pará (n = 7), Amapá (n = 1), Acre (n = 3) e Amazonas (n = 2). As 13 áreas experimentais são constituídas de 291 parcelas permanentes, com dimensões variadas (50 x 50 m; 50 x 100 m; 100 x 100 m; 40 x 250 m), que acumulam um total de 169 ha de área experimental. Para o estudo, inicialmente, serão determinadas cinco espécies entre as mais comercializadas no Estado do Pará, levando-se em consideração a consistência da identificação botânica. Posteriormente, serão estimados os parâmetros de densidade populacional, Incremento Periódico Anual (m³.ha.ano-¹) e Taxa de Recuperação (%), para o volume e número de árvores, das cinco espécies madeireiras selecionadas. A partir dos resultados da estrutura e dinâmica populacional espera-se conhecer o comportamento e a capacidade de recuperação das espécies na floresta para discutir as possíveis implicações das normas atuais de manejo.
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CAMIL WADIH SALAME
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ANÁLISE DE TENDÊNCIAS HIDROCLIMÁTICAS NA BACIA HIDROGRÁFICA ARAGUAIA-TOCANTINS E SUAS IMPLICAÇÕES NA AGRICULTURA IRRIGADA
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Data: 28/02/2019
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A Bacia Hidrográfica Araguaia-Tocantins (BHAT) é a mais extensa em área de drenagem dentro do território brasileiro, com processos de uso e ocupação cada vez mais crescentes em termos das demandas do agronegócio e exploração mineral. Nesta pesquisa realizou-se um estudo estatístico sobre as tendências hidroclimáticas (precipitação e vazão) na BHAT e suas relações com a agricultura irrigada. O mapeamento hidroclimático baseado na análise de agrupamento identificou quatro regiões homogêneas dentro da BHAT, duas ao norte com predominancia de altos valores de chuva/vazão e alta disponibilidade hídrica e duas regiões se estendendo ao longo da bacia, com valores mais baixos de chuva e vazão e menor disponibilidade hídrica. O regime chuvoso da BHTA ocorre entre dezembro e março e o regime seco entre maio e setembro. Os meses de outubro/novembro e abril são de transição com variações pronunciadas no ciclo sazonal. O estudo geoestatistico de previsões chuva/vazão revelou que os resultados usando o modelo de Box-Jenkings é relativamente melhor quando comparado ao modelo de Redes Neurais Artificias. A abordagem integrada das variáveis hidroclimaticas com os dados agropecuários dentro da BHTA revelaram um padrão significante de tendências negativas de precipitação e vazões coincidentes espacialmente nas regiões de intensa produtividade de milho e soja e de rebanho bovino. Um resultado relevante foi a deteção de correlação espacial significativa entre o número de pivos centrais em regiões com baixa disponibilidade hídrica, os quais favorecem a produtividade das culturas temporárias.
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ADENIO MIGUEL SILVA DA COSTA
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VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS NA MESORREGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM, PARÁ
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Data: 27/02/2019
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A vulnerabilidade dos recursos hídricos (VRH) foi analisada sob três escalas cartográficas dis-tintas, através da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto sobre diferentes produtos de sensores, TM/Landsat-5 e 8 para as cidades, RapidEye para as mesobacias e ortofotos para as microbacias. Através de uma abordagem híbrida, primeiramente, pela utilização dessas imagens e, também, pela aplicação das técnicas de classificação supervisionada MaxVer e GeoBIA. Um dos parâmetros de estudo da VRH derivou dos resultados dessas análises, que foram as mudan-ças de uso e cobertura da terra (LUCC). O outro parâmetro, a Pressão Antrópica. A VRH foi resultado da álgebra de mapas desses dois parâmetros. O diagnóstico multitemporal da MRMB mostrou a tendência de aumento das classes de uso da terra, Não Floresta (NF) e Áreas Antró-picas (AA), de modo geral, com a diminuição das classes de cobertura da terra, Floresta (FL) e Formações Secundárias (FS), destacando-se o período de 1994 a 2017, onde FS reduziu em 1.234,04 km2 e NF aumentou 554,79 km2. Também, classes para o parâmetro de pressão foram definidas, de forma a associá-las numericamente com as de LUCC, onde, o algoritmo de que-bras naturais foi aplicado. Identificou-se a redução de FL nas quatro microbacias para o período de 2011 a 2015, chegando ao quantitativo de 35,21 km2 na bacia do rio Caraparu, 18,47 km2 para Guajará-Açu, 24,12 km2 para a do Tauá e 0,75 km2 para a do Apeú. Nas microbacias, FL e AA foram predominantes, na qual as bacias do Ariri e Maguari-Açu foram mais impactadas, com 60,88% e 54,55%, respectivamente, de seus territórios ocupados por AA. Para justificar tais alterações na paisagem, drivers (fatores) de mudança foram apontados e discutidos. O es-tudo da VRH revelou que nas mesobacias houve diminuição das áreas de vulnerabilidade com grau baixo e aumento das de grau moderado, com destaque para a bacia do Apeú em que a primeiro diminuiu em 10,94% e a última aumentou em 12,21%. Para as microbacias, conside-rando a soma das classes dos graus Alto e Muito Alto, Ariri apresentou 36,45% e Maguari-Açu 45,59%. De modo semelhante, os grupos de bacias apresentaram regiões de maior grau de VRH mais próximas dos cursos d’água de menor extensão, até 30 m, assim como, de suas nascentes. As Análises Complementares contribuíram no sentido de visualização do problema de outra perspectiva, como a fragmentação crescente das florestas, como também a vulnerabilidade das áreas circunvizinhas dos rios, as APP.
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JOSE DANILO DA COSTA SOUZA FILHO
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ANÁLISE DOS FLUXOS TURBULENTOS DE CO2 E ENERGIA ENTRE O ECOSSISTEMA AQUÁTICO E ATMOSFERA NA FLONA DE CAXIUANÃ-PA
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Data: 26/02/2019
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Esta pesquisa interdisciplinar em ciências ambientais, na linha da física do clima, investigou os fluxos turbulentos de CO2 e energia, na interface da baia de Caxiuanã - atmosfera na Floresta Nacional de Caxiuanã (FLONA) localizada na Amazônia Oriental sob influência de variáveis atmosféricas, da cota da baia e do gradiente de temperatura na interface baia-atmosfera, durante os anos de 2013 e 2014. Os dados utilizados neste estudo foram obtidos a 7 metros, em média, acima da lamina de água, a partir de uma torre micrometeorológica, instalada na baia de Caxiuanã, a qual fez parte do projeto Rede de Mudanças Climáticas e Ambientais do Pará: Uma Perspectiva de Estudos Integrados. Medidas de fluxos CO2, calor sensível e calor latente e foram coletados através de um sistema de vórtices turbulentos. Dados meteorológicos foram coletados por uma estação meteorológica automática. Verificou-se que a precipitação registrada nos anos estudados foi superior a normal climatológica. A temperatura média horária da água da baia esteve sempre superior a temperatura do ar ao longo dos meses. O gradiente de temperatura vertical médio mensal na interface baia - atmosfera se mostrou sempre positivo, alcançando os maiores e menores valores no período chuvoso e seco, respectivamente. Os resultados mostram um forte padrão sazonal na partição do saldo de energia para aquecer a atmosfera (H) e para o processo de evaporação (Le). Na análise do fluxo de CO2 podemos verificar um claro padrão sazonal com o período chuvoso e seco da região, ou seja, as magnitudes dos FCO2, tanto de emissão quanto de sequestro pela baia, são maiores nos meses chuvosos quando comparados com os meses secos. Palavras
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EDUARDO RIBEIRO MARINHO
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ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO GUAMÁ E SUAS INTERFACES CLIMÁTICAS E SOCIOAMBIENTAIS EM SÃO MIGUEL DO GUAMÁ, NORDESTE PARAENSE
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Data: 25/02/2019
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Este trabalho objetiva compreender a relação da qualidade de água num trecho do rio Guamá, com as vertentes climáticas, antrópicas e sociais no município de São Miguel do Guamá, Nordeste Paraense. Diante disso, foram feitas seis coletas em três pontos distintos localizados na divisa entre os municípios de São Miguel do Guamá e Irituia; o Ponto A (Montante do rio), o Ponto B, (Centro do rio) e o Ponto C (Jusante do rio), durante dois meses em 2015 (Fev/Jul), em 2016 (Jan/Jun) e 2017 (Fev/Jul). Estes pontos representam à existência de atividades humanas as margens do rio; a indústria de cerâmica vermelha; os esgotos domésticos e a atividade madeireira. Para isso foram analisados os indicadores físico químicos de qualidade de água; pH, oxigênio dissolvido (mg/L), condutividade elétrica (μS/cm-1) sólidos totais dissolvidos (mg/L), temperatura da água (ºC) e turbidez (NTU). Além dos dados atmosféricos mensais e diários do Índice de Oscilação Sul e da precipitação do CMORPH, respectivamente. Para o cálculo de vazão do rio Guamá (m³/s) o método da regionalização de vazões mínimas em bacias através de interpolação em sistema de informação geográfica. Para a análise social foram usados os indicadores socioambientais de IDH-M, cobertura por sistema de abastecimento de água (%), cobertura por sistema de esgotamento sanitário (%), morbidade por diarréia e gastroenterite (nº de internações) e disponibilidade hídrica superficial (m³/s) no período de 1991 a 2010. Para análise dos dados foi aplicado à análise estatística multivariada - Análise de Componente Principal (ACP) e correlação linear de Pearson (r). Os principais resultados são: fortes correlações positivas e negativas entre a precipitação, a vazão e os indicadores de qualidade de água, durante o extremo climático El Niño 2015- 2016. No estudo da vertente social foram verificadas fortes correlações entre os dados de IDH-M com o sistema de abastecimento de água (%), rede de esgotamento sanitário (%), disponibilidade hídrica superficial (m³/s). De forma geral, a pesquisa buscou fazer uma análise da qualidade da água do rio Guamá com base na vertente interdisciplinar, mostrando-se o estudo pioneiro para a região.
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NELSON ANTONIO CASTELLON RODRIGUEZ
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VARIAÇÃO SAZONAL DO CARBONO EM UM ECOSSISTEMA DE MANGUEZAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL: FLORÍSTICA, CLIMA E ECONOMIA
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Data: 25/02/2019
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Esta pesquisa interdisciplinar objetiva-se em investigar as dimensões sazonais ambientais e econômicas da floresta de mangue, em relação com a captura, armazenamento e as emissões de carbono, a partir da variação espacial da florística, variáveis físico-químicas, biológicas e climáticas para o período de 2016 e 2017 na Amazônia Oriental. A área de estudo localiza-se no Sítio Experimental da UFRA/UFPA na Vila de Cuiarana, Salinópolis-PA. O método para o inventário florístico consistiu de transectos e parcelas, com medidas de DAP ≥ 2.5cm, dados mensais de precipitação gerados pela técnica CMORPH e de maré do Fundeadouro de Salinopólis. O estoque de carbono orgânico, as emissões de CO2 e as variáveis físico-químicas e biológicas, foram medidas através da amostragem sazonal em nove parcelas de 20x20m em três estratos de mangue. Os dados socioeconômicos se baseiam na combinação de fluxos de dióxido de carbono medidos por uma torre micrometereológica instalada na área de estudo e entrevistas com os moradores da Vila de Cuiarana. Espacialmente, os principais resultados mostram que para os três estratos de mangue observou-se a dominância da Rhizophora mangle (L), com os maiores valores dos índices fitosociológicos. A espécie Avicennia germinans (L.) Stearn apresentou maior correlação positiva (0,72), com o carbono orgânico, durante o período chuvoso. Os maiores estoques e emissões de carbono orgânico no solo ocorreram no mangue adulto no período chuvoso, quando comparados com os estratos jovem/anão e intermediário. No âmbito socioeconômico, os moradores identificaram nove bens do manguezal dos quais os principais são o consumo e a venda do caranguejo na estação menos chuvosa. No entanto, os serviços pela captura e armazenamento de carbono no solo apresentaram maior renda no período chuvoso. As rendas estimadas pelos bens e serviços do manguezal foram de R$ 92.660,50 por hectare por ano.
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FILIPE GOMES DIAS
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ANÁLISE INTEGRADA DA PAISAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ACARÁ, AMAZÔNIA ORIENTAL: SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL
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Data: 22/02/2019
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A dinâmica do uso e cobertura da terra na região Amazônica tem impulsionado alterações negativas nos diferentes sistemas ambientais, que em muitos casos apresentam cenários muito graves. Tal situação torna de suma importância as ações de planejamento e gestão ambiental dos recursos naturais. Desse modo, a presente pesquisa tem por objetivo realizar uma análise integrada da paisagem na bacia hidrográfica do rio Acará, Nordeste paraense, na Amazônia Oriental, por meio de técnicas de geoprocessamento, com o intuito de subsidiar ações de planejamento ambiental. Para isso, adotou-se os fundamentos teórico-metodológicos da abordagem geoambiental para analisar de forma integrada e holística os aspectos, as condições, os problemas, as fragilidades e potencialidades da paisagem da bacia. A construção desta pesquisa contou com o levantamento de bibliografias sobre o tema, de dados socioeconômicos e geocartográficos, para a confecção de mapas e cartas temáticas. Os resultados obtidos indicam que a bacia apresenta cinco unidades geoambientais marcadas por condições socioeconômicas e de saneamento ambiental baixas e insatisfatórias, onde a implementação de políticas públicas específicas influenciou diretamente em mudanças do uso da terra, tanto no sentido de menores taxas de desflorestamento quanto na expansão do monocultivo de dendê, em sua maioria em áreas degradadas, porém avançando para áreas florestais. Constatou-se também que os usos da terra, sobretudo as atividades agropecuárias, têm degradado substancialmente as zonas ripárias, além de influenciar na manutenção de água no sistema hídrico, impactando áreas que desempenham funções vitais para a sustentabilidade hidroambiental da bacia. Dessa forma, são apresentadas recomendações gerais para subsidiar ações de planejamento e gestão ambiental na bacia hidrográfica do rio Acará para se alcançar um quadro de sustentabilidade hidroambiental.
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HYAGO ELIAS NASCIMENTO SOUZA
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INFLUÊNCIA DA DINÂMICA ATMOSFÉRICA NA PRODUÇÃO DE SERAPILHEIRA EM UM MANGUEZAL DA COSTA AMAZÔNICA
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Data: 19/02/2019
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Este trabalho teve como objetivo investigar a influência da dinâmica atmosférica na produção de serapilheira no manguezal de Cuiarana, Salinópolis, Costa Amazônica. Foi analisado a variação pluviométrica sazonal juntamente aos sistemas precipitantes sobre a costa amazônica e sua influência na variabilidade da produção de serapilheira. Também foi caracterizada a variação temporal da direção e velocidade do vento e sua influência na produção espaço-temporal de serapilheira. Em uma floresta de mangue foram delimitadas 3 parcelas amostrais apresentando 3 espécies de mangue Rizophora mangle, Avicennia germinans e Laguncularia racemosa. Em cada parcela foi instalado aleatoriamente 4 coletores de serapilheira de 1 m2. Dados meteorológicos foram obtidos a partir da Torre Micrometeorológica da UFRA localizada na área de estudo. As principais metodologias estatísticas usadas foram two-way e one-way ANOVA, análise de regressão linear (p < 0,05) e Análise Fatorial em Componentes Principais (ACP). Os resultados mostram que a variação temporal da precipitação é modulada por diferentes sistemas meteorológicos, onde os meses de março, abril e maio apresenta-se como trimestre mais chuvoso da região. A distribuição anual de direção do vento mostrou predominância no setor leste (E), frequência de ventos com maior velocidade foram registrados no segundo semestre. Na produção de serapilheira houve diferença significativa entre os valores de produção mensal e entre as frações. A produção total anual de serapilheira foi de 9,4 ± 0,06 Mg ha-1 ano-1, onde 67% foi composta pela fração folha. Folhas tiveram tendências negativas com a precipitação, porém lenhoso e material reprodutivo tiveram tendências positivas. A ACP mostra em 4 componentes correlação negativa com material reprodutivo e correlação positiva com lenhoso associado à variação temporal de ventos e de precipitação pluvial.
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JOSE GUILLERMO MACHUCA ESPIRITU
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O ATERRO SANITÁRIO DE MARITUBA: ESTIMATIVA E DISPERSÃO DAS EMISSÕES DE BIOGÁS E A PERCEPÇÃO DA MUDANÇA DA QUALIDADE DO AR PELA POPULAÇÃO DO ENTORNO
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Data: 18/02/2019
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Os Resíduos Sólidos Urbanos em aterros e lixões são uma importante fonte antropogênica de Gases de Efeito Estufa, principalmente o Metano (CH4), que possui alta capacidade de reter calor na atmosfera. Na Central de Processamento e Tratamento de Resíduos Sólidos (CPTR) Marituba localizada na Região Metropolitana de Belém, Pará, foi estimada a geração de metano atual e futura a partir do ano 2015 através do modelo do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) considerando uma data mínima de operação de 15 anos. O aterro deverá gerar durante sua história em torno de 610 mil toneladas de CH4, das quais aproximadamente 95% serão emitidas nos próximos anos. Considerando o potencial de aquecimento global do metano que é 28 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2), ao longo dos anos, o não aproveitamento deste gás gerará uma quantidade equivalente a 17 milhões de toneladas de dióxido de carbono. A dispersão do gás metano como traçador de outros gases e odores gerados na CPTR Marituba utilizando um modelo de dispersão gaussiana mostra que no período noturno (18:00-06:00) a acumulação dos gases é maior na área circundante ao aterro e causa desconfortos na população validando esta informação com os resultados das entrevistas aos moradores da área circundante dos municípios de Ananindeua e Marituba, que sofrem maiores incômodos a causa dos maus odores neste mesmo período noturno. Os resultados desta pesquisa devem ser levados em conta na definição de políticas públicas para a localização de novos aterros sanitários e na implementação de ações para mitigar o impacto negativo dos aterros existentes. Apesar da relevância da temática abordada nesse trabalho, estudos sobre a geração e dispersão dos gases assim como o impacto na população circundante em aterros na Região Amazônica são escassos na literatura, portanto este trabalho acrescenta às pesquisas, a compreensão a respeito dos aterros e seus impactos na Amazônia assim como também o aproveitamento do biogás.
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ANA CRISTINA OLIVES ERAZO
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INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DE CIDADES LOCALIZADAS EM ÁREAS ESTUARINAS
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Data: 31/01/2019
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A proposta de desenvolvimento sustentável e sua compreensãodemandam por métodos que possibilitem sua quantificação e qualificação a partir de indicadores estabelecidos para medir a sustentabilidade de um sistema, baseados em diferentes variáveis que apontam para a sustentabilidade ou não de um determinado lugar. Neste trabalho foram escolhidos dois municípios, Bragança (Brasil) e Esmeraldas (Equador), de alta fragilidade ambiental pela sua localização em áreas estuarinas e ocorrência de áreas protegidas com a presença de manguezais,com o objetivo de analisar o nível de sustentabilidade em áreas estuarinas amazônicas e andinas, por meio da ferramenta do Barômetro da Sustentabilidade (BS). Foram selecionados 40 indicadores extraídos de fontes oficiais dos dois países, assim distribuídos: 23 sociais, 3 econômicos e 14 ambientais, tendo como resultado que o município de Bragança-Brasil obteve a posição “potencialmente insustentável a intermediário” e o município de Esmeraldas-Equador teve um desempenho “intermediário”. De forma geral, o resultado obtido pelo BS e a avaliação individual dos indicadores, principalmente o ambiental, colocam os ambientes avaliados em uma situação de risco, principalmente com o avanço da alteração do percentual de cobertura vegetal nas áreas limites e próximo aos cursos d´água da região.
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MARIA CAROLINA CHAVES DE SOUSA
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ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA AMAZÔNIA: ESTUDO DA GLEBA “C” DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, NO MUNICÍPIO DE BELÉM.
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Data: 23/01/2019
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O presente trabalho objetivou, de forma precípua, analisar a influência, no grau de vulnerabilidade socioambiental, do trabalho de reconhecimento de direito real de uso com a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia – CUEM aos moradores da Parte C da Universidade Federal do Pará - UFPA, em Belém. Esse estudo de caso tem relação com a história da ocupação do espaço do município de Belém. No início do século XX, a urbanização e ocupação de espaços privilegiados em detrimento de espaços de “baixada” e próximos a várzea. As “baixadas” foram ocupadas por uma população, em sua maioria, com carências socioeconômicas, formando-se conjuntos de habitações em imóveis privados e públicos, em específico, a esse estudo, a área onde hoje está situada a UFPA e que é suscetível a alagamentos e enchentes. Para trazer reconhecimento de direitos a esses ocupantes, foi realizado um trabalho de regularização pela UFPA, em conjunto com entes públicos do estado e da União, para entregar CUEMs aos beneficiários que cumprissem os requisitos da Medida Provisória - MP 2.220/2001. Utilizando indicadores e índices relacionais as questões sociais, econômicas, jurídicas e ambientais (Infraestrutura Urbana, Capital Humano, Renda e Trabalho, Jurídico e Saúde e Meio Ambiente), a partir de dados secundários, foi calculado o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental da população residente na Gleba C nos anos de 2000 e 2010. Os resultados mostram que o grau de vulnerabilidade socioambiental é alto, tanto no ano 2000 (0,595) quanto em 2010 (0,514), concluindo que o trabalho de regularização realizado não teve influência até este período na diminuição do grau de vulnerabilidade socioambiental dos moradores e que foi uma regularização somente patrimonial, a fim de transferir responsabilidades de uso da terra aos moradores beneficiários e de reconhecimento de direito desse título por força de lei.
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