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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA EDUARDA GARCIA DE SOUSA PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA EDUARDA GARCIA DE SOUSA PEREIRA
DATA: 20/11/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Instituto de Estudos Costeiros, Universidade Federal do Pará - Bragança
TÍTULO:

Bioecologia e Pesca do Camurim Centropomus undecimalis (Centropomidae - Perciformes) na Zona costeira amazônica brasileira: contribuição dos atores da pesca para o manejo pesqueiro


PALAVRAS-CHAVES:

Conhecimento ecológico local; Integração de conhecimento; Socioeconomia; Pesca artesanal; Ensaio Fotográfico. 


PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca
SUBÁREA: Recursos Pesqueiros Marinhos
ESPECIALIDADE: Manejo e Conservação de Recursos Pesqueiros Marinhos
RESUMO:

O camurim Centropomus undecimalis (Bloch, 1792), é um recurso pesqueiro amplamente explorado pela frota artesanal e industrial no litoral amazônico, contribuindo com a produção de alimentos, geração de renda e trabalho. Contudo, é um recurso pouco estudado e dependente dos ecossistemas costeiros, ambiente sob pressão pesqueira e ambiental. Diante desses pontos, a presente pesquisa tem como objetivos: descrever o conhecimento ecológico local dos pescadores sobre a bioecologia do camurim no litoral amazônico brasileiro; descrever os aspectos relacionados à pesca desse recurso no litoral amazônico brasileiro; Caracterizar os hábitats utilizados pelo camurim (juvenil e adulto) no sistema estuarino do Caeté; e tracar o perfil socioeconômico dos entrevistados que participam da pesca do camurim. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas junto aos pescadores, mestres e donos de embarcações, entre março e maio de 2019 no município de Bragança (PA), por meio da técnica snowball. Os dados foram tabulados e analisados em planilhas eletrônicas dos Software Microsoft Office Excel, Past e IRAMUTEQ. Também, foram realizados registros fotográficos que flagra as peculiaridades e a rotina de trabalho, particularmente, dos pescadores, trazendo à luz da lente fotográfica, seus meios de produção (barcos e arte de pesca) e “escritórios” em meio às belezas naturais, possibilitando aproximar o leitor da realidade. Traçado o perfil socioeconômico dos entrevistados com base na idade, escolaridade, tempo de atuação na pesca e renda foi observado que não houve diferença significativa entre os participantes, indicando um grupo similar, exceto em relação à renda, que variou significativamente em função da ocupação/profissão, tendo os pescadores a renda significativamente inferior a do mestre e donos de embarcações. Com relação à espécie C. undecimalis, este é conhecido localmente como camurim, robalo e camurim-preto. Sendo encontradao ao longo do litoral amazônico brasileiro, distribuído em 20 etno-habitats. Destes, 49,1% encontram-se no ambiente costeiro/marinho, 47,1% no estuarino e 3,8% no dulcícola. Alimentam-se, preferencialmente de peixes, seguido de crustáceos e insetos. Essa espécie reproduz ao longo do ano, porém, com maior frequência entre os meses de junho e dezembro (período de transição chuvoso-seco e período seco). A migração ocorre em função da sazonalidade local, fase de vida e habitat, influenciando na alimentação, reprodução e crescimento. Com relação à pesca desse recurso no litoral amazônico acontece, principalmente, por meio das embarcações artesanais que variam de pequeno a médio porte e utilizam, essencialmente, rede móvel do tipo pescadeira que normalmente é utilizada na captura da pescada-amarela. Atuam em pesqueiros próximos ou distantes dos locais de desembarque, conhecidos popularmente como “Norte” (AP), “Emburateuas”, “Poços”, Barra de Bragança (PA) e porção costeira do Maranhão (MA). A captura dessa espécie é realizada durante o ano todo, embora, sua produção seja baixa e irregular. Contudo, tem alto valor comercial e boa aceitação no mercado, especialmente, o nacional. Os resultados apresentados, a partir de uma perspectiva integrada de conhecimentos, empírico e científico, pode ser peça chave no ponto de partida para o manejo e conservação dessa espécie no litoral amazônico brasileiro. O que possibilitou sugerir para o estuário do rio Caeté áreas de berçário, alimentação, crescimento e reprodução para essa espécie.  Adicionalmente, a baixa e irregularidade das capturas evidenciada nessa pesquisa acende um sinal de alerta sobre o estado do estoque dessa espécie e abre novas possibilidades de investigação com a hipótese da inadequação da técnica de pesca empregada atualmente na sua captura.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2490593 - GRAZIELLE FERNANDA EVANGELISTA GOMES
Interno - 2244947 - DANIEL ABREU VASCONCELOS CAMPELO
Interno - 1199075 - CRISTIANA RAMALHO MACIEL
Externo ao Programa - 1331081 - SEBASTIAO RODRIGUES DA SILVA JUNIOR
Externo ao Programa - 1304822 - FRANCISCO CARLOS ALBERTO FONTELES HOLANDA
Externo ao Programa - 1488306 - CARLOS ALBERTO MARTINS CORDEIRO
Externo ao Programa - 3449353 - NORMA CRISTINA VIEIRA COSTA
Notícia cadastrada em: 10/11/2020 15:05
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