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KARLYENE SOUSA DA ROCHA
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Efeitos da adição de diferentes óleos vegetais nas características de carcaça e aspectos nutricionais da carne de cordeiros terminados em confinamento
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Data: 13/12/2019
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O objetivo do trabalho foi avaliar as características de carcaça, componentes não carcaça e aspectos nutricionais da carne de cordeiros terminados em confinamento com adição de óleo de babaçu ou buriti. Vinte e um cordeiros, peso médio inicial de 18±3 kg, castrados, ½ Santa Inês x ½ Dorper, foram distribuídos em delineamento blocos completos desbalanceados. Os tratamentos consistiram em três dietas isonitrogenadas, com relação volumoso:concentrado 30:70, dieta controle (CON), sem adição de óleo, e dietas com adição de 4%, com base na matéria seca, de óleo de babaçu (OBA) ou buriti (OBU). Os animais receberam a dieta em confinamento com duração de 60 dias, dez de adaptação e 50 experimentais. Após esse período foram submetidos a jejum de sólidos de 16 horas e abatidos. Dois contrastes foram avaliados: dieta controle versus dietas com óleos e óleo de babaçu versus óleo de buriti (P<0,05) e para os atributos relacionados à análise sensorial, utilizou-se teste de Kruskal-Wallis (P<0,05). Nas avaliações realizadas no animal, na carcaça e componentes não carcaça a inclusão do óleo de babaçu ou buriti não promoveu efeito (P>0,05) no peso vivo ao abate, peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, quebra por resfriamento, pH final, área de olho de lombo, espessura de gordura, peso e rendimentos dos cortes, exceto paleta e costela e peso e rendimento de componentes não carcaça, exceto peso e rendimento do rúmen. O tratamento com óleo de babaçu reduziu o rendimento de carcaça quente e fria e aumentou o peso e rendimento do rúmen. O tratamento com adição de óleo de buriti diminuiu o rendimento da paleta e aumentou os da costela e gordura perirrenal. Nas avaliações realizadas no músculo Longissimus dorsi, a adição dos óleos vegetais não alterou (P>0,05) variáveis de luminosidade, intensidade de vermelho, intensidade de amarelo, perda de peso por cocção, capacidade de retenção de água, teor de proteína, concentração de ácidos graxos saturados, ácido rumênico (C18:2c9t11-CLA) e vacênico (C18:1t11) e não houve diferença (P>0,05) nas variáveis sensoriais da carne (cor, aroma, maciez, suculência e aceitação global). Entre os óleos, a dieta OBU aumentou (P<0,05) o teor de lipídios e reduziu a força de cisalhamento e teor de umidade da carne. A dieta OBA reduziu (P<0,05) a concentração de ácido graxo monoinsaturado-cis, porém aumentou (P<0,05) a concentração de ácido graxo monoinsaturado-trans, ácido graxo de cadeia média, ácido graxo de cadeia ramificada, intermediários da biohidrogenação, C18:1t10, relação t10:t11, TOTALC18:0, índice de atividade da enzima dessaturasestearoyl-CoA e ácido graxo poli-insaturado nos tecidos dos cordeiros e aumentou ácido graxo linoleico (C18:2n6) e araquidônico (C20:4n6), somente no músculo Longissumus dorsi, e CLAt10c12, somente no tecido adiposo subcutâneo. Óleo de babaçu ou buriti pode ser adicionado na dieta de cordeiros terminados em confinamento, sem importantes alterações nas características de carcaça, cortes comerciais e componentes não carcaça, o que promove carne de qualidade e boa aceitação. Adicionalmente, óleo de babaçu eleva o valor nutricional da carne, pelo aumento de ácido graxos desejáveis nos tecidos dos cordeiros e diminui os ácidos graxos totais.
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JUSTO BERNARDO MARTINEZ FLECHA
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SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR DE MACHOS NELORE E F1 SENEPOL X NELORE, IMUNOCASTRADOS OU NÃO, TERMINADOS A PASTO
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Data: 22/11/2019
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A busca por alternativas que visem produtividade, qualidade, sustentabilidade e lucratividade, permite combinar tecnologias como cruzamentos, genética, condição sexuais e suplementação alimentar como estratégia de solução em sistemas de terminação a pasto. O objetivo de este trabalho foi avaliar o desempenho produtivo, econômico, características de carcaça e carne de machos Nelore (NE) e F1 Senepol x Nelore (SE), imunocastrados ou não, terminados a pasto com suplementação alimentar. O experimento foi conduzido na chácara Santa Luzia, em Araguaína – TO. Foram utilizados 28 machos, 14 NE e 14 SE, sendo que cada genótipo foram 7 imunocastrados (IC) e 7 não castrados (NC), terminados a pasto com capim Mombaça. Os animais ingressaram a experimentação com idade média de 12 – 14 meses e pesos inicial médio de 235,29 kg NE e 308,86 kg SE, utilizando-se um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 (genótipo x condição sexuais), distribuídos em quatro piquetes de 1 há cada, em sistema de pastejo continua e lotação fixa. O período experimental teve uma duração de 147, 168, 210 e 231 dias para SE NC, SE IC, NE NC e NE IC respectivamente. A suplementação foi de 1% no período das águas, 1,5% na transição água – secas e ad libitum no período seco. A coletas de amostras de capim e pesagem foram a cada 21 dias. A determinação de massa de forragem, acumulo e desaparecimento foram realizados por meio do sistema de triple emparelhamento. O abate foi realizado segundo as normas e regulamentações e continuando o fluxo normal do frigorifico comercial. Na avaliação durante o período de suplementação de 1% do PV, não houve diferença significativa (P>0,05) na interação genótipo e condição sexual (GExCS). Quando comparados entre genótipos, os SE apresentaram maior (P<0.05) peso vivo final (PVF), ganho de peso total (GPT), ganho médio diário (GMD), e menor ganho de peso em relação ao peso vivo inicial (GT) e eficiência de conversão de alimento (CA). No entanto, quando comparados entre condição sexual, os NC apresentaram maior (P<0.05) PVF, GPT, GMD, GT e melhor CA. Na avaliação durante o período de suplementação de 1,5%, houve interação entre GExCS (P<0,05) para as variáveis GPT, GMD e GT. Os SE IC apresentaram maior (P<0.05) GPT em relação aos SE NC. Os SE NC apresentaram maior (P<0.05) GMD em comparação aos NE NC e SE IC. Os SE NC apresentaram maior (P<0.05) GT quando comparados com NE NC. Os SE apresentaram maior (P<0.05) PVF, GT e melhor CA. Na avaliação geral dos períodos de suplementação, não houve interação entre GExCS. Os SE apresentaram maior (P<0.05) GMD, menor GPT, GT, CMN e melhor CA. Animais NC apresentaram maior (P<0.05) GMD, GT, menor CMN e melhor CA. Houve interação (P<0.05) entre o GExCS para rendimento de carcaça fria (RCF), em que NE NC apresentaram maior RCF (56,58%) em comparação aos SE IC, NE IC, SE NC com 55,07; 54,89; 54,36% respetivamente. Animais NC apresentaram maior (P<0.05) rendimento de carcaça quente (RCQ), quebra ao resfriamento (QR), espessura de gordura subcutânea (EGS). Os IC apresentaram maior (P<0.05) recorte de gordura (RG). Os NE apresentaram maior (P<0.05) RCQ e QR. Houve interação (P<0.05) entre o GExCS para traseiro especial (TE), em que SE IC apresentaram maior TE (47,13%) em comparação aos NE NC, NE IC, SE NC com 47,00; 46,41 e 45,97% respetivamente. Os SE apresentaram maior (P<0.05) peso de ponta de agulha (PA) e percentagem de musculo (M%). Os NC apresentaram maior (P<0.05) percentagem de dianteiro (DIA%) e M%. Houve interação (P<0.05) entre o GExCS para a* carne, pH final e força de cisalhamento (FC). Animais IC apresentaram maior (P<0.05) b* gordura, a* carne e b* carne. Os NC maior (P<0.05) FC.
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JACKELINE DE OLIVEIRA MIRANDA
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ANÁLISE MORFOMÉTRICA DOS ESPERMATOZOIDES DE MACACO-PREGO (Sapajus apella Linnaeus, 1758) RESFRIADOS EM ÁGUA DE COCO EM PÓ (ACP-118®) ASSOCIADO AO ANTIOXIDANTE TROLOX
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Orientador : SHEYLA FARHAYLDES SOUZA DOMINGUES
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Data: 08/10/2019
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A análise morfométrica refere-se ao emprego de diferentes medidas em imagens captadas manualmente ou digitalmente, com objetivo de estimar e comparar mudanças estruturais em todos os tipos de células. O estudo da morfometria espermática, cuja finalidade é estimar e comparar mudanças estruturais no espermatozóide, é de fundamental importância para a compreensão da morfologia e função espermática. Estudos relacionados à reprodução do primata neotropical Sapajus apella, os apontam como um modelo biológico com grande potencial na biotecnologia de reprodução. Os objetivos do presente estudo foram: descrever e avaliar alterações na morfometria espermática em macacos-prego (Sapajus apella), antes e após a etapa de resfriamento do sêmen in natura diluído em água de coco em pó (ACP-118®) e com adição do antioxidante trolox (100 ou 150 µM), e também, verificar a relação das concentrações do antioxidante trolox com a morfometria espermática. Foram obtidas imagens de espermatozoides dos esfregaços de sêmen, corados com eosina/nigrosina, de seis indivíduos de S. apella (n = 6), mantidos em cativeiro no Centro Nacional de Primatas (Ananindeua-PA). Os espermatozóides foram mensurados quanto aos parâmetros da cabeça: área [A], perímetro [P], comprimento [L], largura [W]. As imagens foram gravadas pelo programa NIS Elements. Apenas os espermatozoides morfologicamente normais foram avaliados. As medições foram realizadas com o software Image J ® usando a ferramenta Threshold, Wand (rastreamento) e Straight (linha segmentada). Os dados foram avaliados utilizando a análise de variância (ANOVA), seguindo da diferença menos significativa pelo teste Student-Newman-Keuls (SNK) como teste post hoc, e um valor P <0,05 foi considerado como estatisticamente significativo. Foram encontrados os seguintes resultados, para um total de 7.537 células espermáticas medidas: a) Antes do resfriamento, I (controle {ACP-118®}) A= 3.74 ± 0.24 µm2, P= 16.11 ± 1.03 µm, C= 1.35 ± 0.10 µm, L= 0.83 ± 0.08 µm; II (ACP-118® + Trolox 100 μg) A= 3.69 ± 0.25 µm2, P= 15.93 ± 1.07 µm, C= 1.33 ± 0.11 µm, L= 0.83 ± 0.8 µm; III (ACP-118® + Trolox 150 μg) A= 3.07 ± 0.28 µm2, P= 15.94 ± 1.17 µm, C= 1.34 ± 0.11 µm, L= 0.83 ± 0.12 µm; b) Pós resfriamento, I (controle {ACP-118®}) A= 3.45 ± 0.24 µm2, P= 14.99 ± 1.05 µm, C= 1.26 ± 0.11 µm, L= 0.78 ± 0.07 µm; II (ACP-118® + Trolox 100 μg) A= 3.46 ± 0.32 µm2, P= 15.06 ± 0.6 µm, C= 1.26 ± 0.13 µm, L= 0.81 ± 0.09 µm; III (ACP-118® + Trolox 150 μg) A= 3.44 ± 0.31 µm2, P= 14.36 ± 1.33 µm, C= 1.21 ± 0.14 µm, L= 0.78 ± 0.09 µm. Em conclusão, observamos que o resfriamento reduziu as dimensões da cabeça dos espermatozoides, e que a morfometria espermática pode ser usada como uma ferramenta complementar para as análises de sêmen, e também avaliar a criorresistencia de amostras a serem congeladas.
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DIEGO FERNANDO DUBEIBE MARIN
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METABOLISMO LIPÍDICO DE OÓCITOS E EMBRIÕES BUBALINOS PRODUZIDOS IN VITRO
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Data: 18/09/2019
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Os resultados da produção in vitro de embriões na espécie bubalina ainda se encontram aquém dos observados em outras espécies domesticas. A dificuldade em fornecer o microambiente adequado durante os processos de maturação, fecundação e desenvolvimento embrionário inicial, devido principalmente ao desconhecimento das necessidades metabólicas especificas para esta espécie, apresenta-se como um dos principais entraves para a implementação desta biotecnologia em escala comercial. Tem-se planteado a hipótese que os lipídios representam uma importante fonte endógena de energia indispensável para os processos de maturação oocitária e desenvolvimento embrionário inicial, assim, alterações no processo de β-oxidação lipídica afetam os processos de maturação oocitária e desenvolvimento embrionário em condições de cultivo in vitro. Para testar esta hipótese, no presente estudo objetivou-se avaliar o metabolismo lipídico de oócitos e embriões bubalinos maturados e cultivados in vitro. Para a realização dos diferentes experimentos, grupos de 10 CCOs bubalinos foram maturados, fecundados e cultivados em condições de laboratório. Na primeira parte do experimento, foi testado o efeito da suplementação com L-carnitina (3,03 mM) durante a maturação de CCOs em presencia ou ausência de soro fetal bovino (SFB). Posteriormente, o processo de β-oxidação foi estimulado durante a etapa da maturação e/ou durante o cultivo embrionário, mediante a suplementação dos meios de cultivo com L-carnitina (3,03 mM). Nas duas etapas foram avaliados os efeitos sobre as taxas de clivagem e produção de blastocistos. Finalmente, foi avaliado o efeito da suplementação com L-carnitina na presença ou ausência de SFB durante o período de maturação, sobre a expressão dos genes ACACA, FABP3, SCD, CPT1, e FASN, em células do cúmulus e oócitos, antes e depois do processo de maturação, e juntamente, buscando realizar analises comparativos, foi avaliada a expressão dos mesmos genes em oócitos e células do cúmulus maturados in vivo. Os dados Foram analisados mediante ANOVA, e as diferenças foram avaliadas pelo teste Tukey. O nível de significância para as diferentes avaliações foi de 5%. Os resultados preliminares mostram que CCOs maturados em meio de cultivo com SFB na presença de L-carnitina produziram uma menor taxa de embriões (p≤0,05) em comparação aos grupos controles. Por sua vez, a taxa de produção de blastocistos a partir de CCOs maturados com BSA-FAF na presença de L-carnitina foi similar em relação aos grupos controles (p≥0,05), e foi maior em comparação ao grupo suplementado com L-carnitina na presença de SFB (p≤0,05) (36,3±11,2; 34,7±9,5; 32,5±8,6 e 17,2±8,6; para os grupos BSA-FAF+L-carnitina, BSA-FAF controle, SFB controle, SFB+L-carnitina, respectivamente). A adição de L-carnitina durante o cultivo dos embriões não mostrou diferenças na produção de blastocistos entre os diferentes grupos avaliados (p≥0,05). Em conclusão, na presença de SFB, a suplementação do meio de maturação de CCOs bubalinos com L-carnitina na concentração de 3,03 mM diminui a taxa de produção de blastocistos, sugerindo que o aumento da β-oxidação dos ácidos graxos, na presença de uma fonte rica em estruturas lipídicas (SFB), afeta negativamente o metabolismo dos CCOs, diminuindo a competência dos oócitos bubalinos.
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GUSTAVO ALIGHIERE LOPES DA SILVA
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HORMÔNIO ANTIMULLERIANO COMO MARCADOR DA POPULAÇÃO FOLICULAR EM BÚFALAS (Bubalus bubalis) MULTIPARAS
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Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
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Data: 21/06/2019
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O objetivo deste estudo foi avaliar se a concentração dos níveis de AMH apresentaria correlação com população folicular (PF) ovariana e se a PF ovariana apresentaria relação com a produção in vitro de embriões na espécie bubalina. Foram utilizadas 47 búfalas (Babalus bubalis) multíparas, 19 búfalas passaram por até 6 OPUs nas quais foram realizadas as contagens dos folículos ovarianos maiores que 3 mm, visando realizar a correlação entre a PF ovariana com os níveis de AMH. Um grupo com 28 búfalas passou por uma única OPU para coletar oócitos que serviram para FIV (fertilização in-vitro) com objetivo de fazer a correlação dos níveis de AMH e a produção in in-vitro de embriões. Ao final de cada OPU sempre foi feito a coleta de sangue para avaliação dos níveis de AMH. Foram divididos dois grupos de doadoras a partir da sua PF, sendo o grupo 1 constituído por doadoras que apresentaram PF acima da média geral e o grupo 2 com doadoras que apresentaram PF abaixo da média geral, posteriormente foi realizado a correlação da concentração de AMH e a PF de cada grupo. Para avaliar se havia correlação entre a produção de embriões e os níveis de AMH, foram separadas as doadoras de acordo com os grupos de PF estabelecidos anteriormente e correlacionados com a produção de embriões, estabelecendo uma relação com o nível de AMH. Todos os dados foram analisados na plataforma SAS University Edition (2019), sendo calculados a média e o desvio padrão, bem como, foi realizado Analise de Correlação de Pearson, para verificar a correlação entre o nível de AMH, população folicular, quantidade de oócitos aspirados, oócitos para FIV e oócitos viáveis. Os dados (população folicular, nível de AMH e produção in-vitro de embriões) foram submetidos a Análise de Variância (ANOVA) e as médias de foram submetidas ao Teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Das 19 doadoras avaliadas foram obtidas médias de 194,74±95,17, 13,76±4,55, 8,64±6,13, 5,17±4,52 e 2,62±3,11 para o nível de AMH, população folicular, média de oócitos recuperados, média de oócitos para FIV e média de oócitos viáveis para FIV respectivamente. Em relação a correlação da população folicular com o nível de AMH foi obtido correlação positiva, r: 0.55 e p: <0,0001. Ao avaliar os grupos de produção folicular 1 e 2, foi obtido no grupo 1, 22 doadoras com médias de 18,71±4,37 e 192,67±78,43 para PF e AMH respectivamente e no grupo 2, 25 doadoras com médias de 9,91±2,41 e 149,26±66,9 para PF e AMH respectivamente. Foram observadas diferenças estatísticas (P< 0,05) entre os grupos apresentados. Na avaliação da relação da produção de embriões com o nível de AMH foi observado 28 doadoras dentro dos grupos 1 e 2 que produziram embriões. O grupo 1 com 13 animais apresentou média de 2,61±2,43 embriões e o grupo 2 com 15 animais apresentou média de 0,53±0,91 embriões. A avaliação entre os grupos apresentou diferença estatística (P< 0,05). Podemos concluir que o AMH pode ser utilizado como uma ferramenta para seleção de doadoras com maior produção folicular e assim selecionar fêmeas que venha apresentar melhores resultados em programas de produção de embriões in-vitro.
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FABRICIO NILO LIMA DA SILVA
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Tortas e óleos de buriti (Mauritia flexuosa), coco (Cocos nucifera) e dendê (Elaeis guineenses) em dietas para tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818)
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Data: 07/06/2019
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O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos das dietas contendo tortas e óleos de buriti (Mauritia flexuosa), dendê (Elaeis guineenses) e coco (Cocos nucifera) parajuvenis de tambaqui (Colossoma macropomum). No primeiro experimento, um total de210 juvenis de tambaqui (4,40 ± 0,28 g) foram dispostos em 21 caixas de polietileno, com capacidade de 100 litros. Sete dietas foram formuladas, sendo uma controle (sem o ingrediente alternativo) e seis testes (10% e 30% de torta de buriti, 10% e 30% de torta de dendê e 10% e 30% de torta de coco). Os tratamentos foram distribuídos em triplicatas e os animais foram alimentados até a saciedade aparente, seis vezes ao dia durante 60 dias. O desempenho, a composição corporal dos animais e os custos das dietas foram determinados ao final da fase experimental. No segundo experimento, 160 peixes(3,4 ± 0,4 g)foram distribuídos em 16 tanques de 250 litros. Quatro dietas foram formuladas utilizando diferentes óleos, dieta controle contendo óleo de soja (Glycine max) e três dietas teste: óleo de buriti; óleo de coco e óleo de dendê. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repetições. Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia, por 90 dias. O crescimento, a composição corporal, o perfil de ácidos graxos muscular e a morfometria do intestino e do fígado foram avaliados ao final da fase experimental. Não foram observadas diferenças entre o consumo alimentar total, consumo diário, taxa de crescimento específico, índice hepatossomático e fator de condição. O peso médio final, a biomassa, a eficiência proteica e a sobrevivência dos peixes alimentados com as dietas contendo 10% e 30% de buriti e dendê não diferiram estatisticamente, porém houve diferença quando comparados com as dietas contendo torta de coco e a controle (p<0,05). Não foram observadas diferenças para umidade, extrato etéreo ematéria mineralcorporal. O alto teor de proteína bruta no corpo foi registrado em peixes alimentados com as dietas contendo 30% de buriti e de dendê (p<0,05). Os melhores indicadores econômicos foram encontrados em dietas contendo torta de dendê. Os animais alimentados com óleo de buriti e dendê apresentaram aumento significativo (p<0,05) no peso médio final, sendo a melhor conversão alimentar e a taxa de eficiência proteica foram observadas nos peixes que receberam óleo de buriti. A quantidade de proteína bruta no músculo e na carcaça dos peixes foram significativamente maiores nos grupos que receberam óleo de buriti e dendê. A altura da vilosidade intestinal reduziu nos peixes alimentados com a dieta óleo de coco, enquanto aqueles alimentados com óleo de soja, buriti e dendê apresentaram aumento das vilosidades, sendo que a maior área total dos vilos foi proporcionada pela dieta óleo de buriti. A congestão sanguínea no fígado prevaleceu em todos os grupos e o tamanho dos hepatócitos não apresentaram diferenças significativas entre as diferentes fontes de dieta. A quantidade de ácidos poliinsaturados(PUFA) na muscuratura foi significativamente maior nos peixes alimentados com óleo de soja e buruti.A quantidade de eicosapentaenoico (EPA) no músculo não mostrou diferença significativas entre os tratamentos. Houve diferença (p˂0,05) para o docosahexaenoico (DHA), sendo mais altos em peixes alimentados com a dieta contendo óleo de dendê. Concluímos que os ingredientes dendê e buriti podem ser incluído em até 30% na dieta de tambaqui durante a fase juvenil. O óleo de buriti pode ser utilizado em dietas para tambaqui na fase juvenil, proporciona maior peso final, áreas e alturas das vilosidades quando comparados com as demais dietas. Óleos vegetais na dieta não afeta o fígado, no entanto, o óleo de buriti e dendê aumentou a deposição de proteína na carcaça e músculo dos animais. A maior composição em DHA e relação PUFA n-3 e n-6 muscular é alcançado com o uso do óleo de dendê.
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RELMA DE ABREU PEREIRA
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Balanço de compostos nitrogenados e estimativas de síntese de proteína microbiana em ovinos alimentados com dietas contendo diferentes fontes de lipídeos
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Orientador : LUANA MARTA DE ALMEIDA RUFINO
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Data: 29/04/2019
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Objetivou-se avaliar a síntese de proteína microbiana a partir da excreção de derivados de purinas, o volume de excreções diárias de creatinina, bem como comparar os métodos de coleta de urina, sendo um período de coleta de seis dias consecutivos, utilizando a coleta de urina total nos primeiros cinco dias, com a coleta de urina spot no sexto dia, 4 horas após a alimentação. Foram utilizados 26 ovinos mestiços Dorper-Santa Inês, terminados em confinamento, com delineamento experimental em blocos inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e sete repetições. Os animais foram alimentados com volumoso:concentrado, sendo a proporção 40:60, formuladas para serem isonitrogenadas. O volumoso (silagem de milho- Zea Mays), será fornecido com diferentes fontes de concentrado, onde cada fonte irá compor um tratamento, sendo o concentrado padrão (CP - soja farelo e milho grão) a dieta controle (TC - torta de cupuaçu), (TT - torta de tucumã) e (GOS - soja grão acrescida de óleo de soja).
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CELIA MARIA COSTA GUIMARAES
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COPRODUTOS DO PROCESSAMENTO DA AMÊNDOA DO CUPUAÇU (Theobroma grandiflorum) E DO MURUMURU (Astrocaryum murumuru) NA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS
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Data: 04/04/2019
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As tortas de cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum., Sterculiaceae) e murumuru (Astrocaryum murumuru Var. Murumuru Mart.) são resíduos da indústria cosmética e alimentícia, com características que possivelmente servem para uso como ingrediente alternativo e de baixo custo na alimentação de ruminantes. Cada torta foi avaliada em um experimento. No experimento da torta de cupuaçu, milho moído e farelo de trigo foram substituídos no concentrado por níveis (0, 10, 20, 30 e 40%). As dietas foram formuladas para serem isonitrogenadas. No experimento com torta de cupuaçu, níveis crescentes desse resíduo foram utilizados para substituir parte da silagem de capim elefante (Penissetum purpurium) e do concentrado (a base de milho moído e farelo de soja), nos níveis de 0, 10, 20, 30 e 40%. Essas dietas foram formuladas para serem isonitrogenadas e isofibrosas. Foram avaliados o desempenho, o consumo, o comportamento ingestivo, rendimento e qualidade de carcaça, e realizada a análise sensorial da carne. Os experimentos foram executados com 25 ovinos sem raça definida (SRD) por experimento, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e cinco repetições por tratamento. Os dados foram submetidos à análise de regressão, utilizando o pacote estatístico SAS. Para o experimento do cupuaçu, com exceção da profundidade do tórax e o acabamento da carcaça, não houve influencia (P>0,05) da inclusão da torta de cupuaçu nas demais variáveis estudadas. A inclusão de torta de cupuaçu até 40%, da matéria seca, no concentrado, em condições de alimentação deste experimento para ovinos, em confinamento, não altera o desempenho, rendimento, acabamento e qualidade de carcaça, constituindo assim, uma alternativa na composição da dieta para esses animais. No experimento com murumuru o consumo de matéria seca (CMS) kg/dia houve efeito linear negativo (P<0,05)e efeito quadrático para o CMS (%PV, % PV0,75, kg/PV0,75). Contudo, o ganho de peso diário, conversão alimentar, rendimento carcaça quente, rendimento carcaça fria, espessura de gordura e área de olho de lombo não foram afetados (P>0,05) pelas inclusões da torta. Com exceção da profundidade do tórax, que apresentou efeito linear decrescente (P<0,05), as demais medidas morfométricas da carcaça, não houve efeito significativo (P>0,05). No comportamento ingestivo, não foi observado efeito para ruminação. No entanto, para alimentação e ócio houve efeitos contrários, para alimentação a torta reduziu linearmente o tempo gasto, e para o ócio houve aumento linear no tempo dispêndio. Na avaliação sensorial identificou-se que a dieta com 40% de substituição pela torta de murumuru apresentou a menor pontuação em relação aos outros níveis (P<0,05). A torta de murumuru representa uma alternativa viável para compor dietas de ovinos confinados. Inclusões de até 40% não interferem no desempenho dos animais. Características organolépticas não são afetadas quando há participação da torta em até 30% na dieta. Portanto, o uso de torta de murumuru nas dietas de cordeiros é recomendado nos níveis e condições de estudados desse trabalho, isto é, particularmente para dietas cujo ganho não seja superior a 150g.
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VANESSA CUNHA DE BRITO
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IMUNOLOCALIZAÇÃO DE AMH E MORFOMETRIA EM TESTÍCULOS DE FETOS BOVINOS
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Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
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Data: 29/03/2019
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O hormônio anti-Mülleriano (AMH), também conhecido como Muller Inhibitory Substance (MIS), é expresso pelas células de Sertoli do testículos fetais. O AMH desempenha um papel importante na indução da regressão dos ductos de Muller no feto masculino, desencadeando na diferenciação sexual, entretanto seu papel no desenvolvimento gonadal ainda requer mais investigações. O objetivo deste trabalho foi realizar a morfometria dos túbulos seminíferos e a quantificação celular, com posterior análise da imunolocalização de AMH em fetos bovinos de diferentes idades com o intuito de investigar o papel do hormônio durante o desenvolvimento gonadal. Treze pares de testículos de fetos bovinos de idades de 4 a 8 meses (24-98 CRL) foram coletados em abatedouro local, fixados em 10% de formaldeído durante 24 horas, processados para histologia convencional e incluídos em parafina. Para a morfometria e quantificação celular os cortes histológicos de 5µm foram corados com hematoxilina e eosina. Para a imunolocalização de AMH, os cortes foram desparafinizados, rehidratados e incubados com o anticorpo anti-AMH (SC 28912) de acordo com instruções do fabricante, e em seguida revelados com DAB e corados com Hematoxilina. As lâminas foram visualizadas utilizando o fotomicroscópio Eclipse Ci-E (Nikon Corporation, Tóquio, Japão) e o software NIS-Elements Basic Research - NIKON Versão 4.0. A anise estatística foi realizada utilizando-se o teste ANOVA com um nível de significância de 5%, e pós-teste de Tukey no software SigmaPlot 12.1. Os resultados foram apresentados em média ± s.d. para diâmetro tubular de 47,5 (± 5,1), 47,1 (± 4,5), 43,7 (± 3,9), 48,2 (± 4,2) e 42,1 (± 3,2) μm; células de Sertoli de 7,4 (± 6,2), 11,7 (± 2,2), 12,8 (± 1,9), 12,6 (± 1,7) e 11,8 (± 1,9), e número de gonócitos 1,4 (± 0,8) 1,1 (± 0,7), 0,6 (± 0,7 ), 1,5 ± 0,7 e 0,9 (± 0,6) visualizados em 4, 5, 6, 7 e 8 meses, respectivamente. Como resultado, o diâmetro tubular não aumentou entre 4 e 5 meses, porém aos 6 e 8 meses os menores diâmetros foram observados. Quanto à quantificação das células de Sertoli, observou-se aumento gradual e significativo entre 4 e 7 meses (p <0,05). Além disso, as idades fetais mostraram diferença significativa no número de células de Sertoli e germinativas (p <0,05). No entanto, não há estudos na literatura sobre idade fetal e proporção de células de Sertoli e números de células germinativas. A imunomarcação foi observada nas células de Sertoli, dentro dos cordões sexuais (túbulos seminíferos em desenvolvimento) em todas as idades e não foi observado nos gonócitos e tecido intersticial. Considerando-se que o papel AMH no desenvolvimento gonadal não é bem compreendido, este é o primeiro relato da imunolocalização de AMH em testículo de fetos bovinos com idade gestacional mais avançada e mostrou a produção de AMH durante o desenvolvimento fetal masculino. Estudos futuros poderiam elucidar os mecanismos moleculares da proteína AMH no desenvolvimento testicular e na fisiologia de fetos bovinos.
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ALEXANDRE DA SILVA CUNHA
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CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS E DOS PRODUTORES DE LEITE DA REGIÃO LAGO DE TUCURUÍ, PARÁ, BRASIL
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Data: 22/03/2019
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O objetivo do trabalho foi caracterizar o sistema de produção leiteira e os produtores rurais da Região de Lago de Tucuruí, composta pelos municípios de Breu Branco, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí. Foram entrevistados 66 produtores, submetidos a um questionário contendo questões de múltipla escolha e discursivas onde foram abordados aspectos sanitários e produtivos dos animais e socioeconômicos dos produtores. Como resultados pode-se observar que a média de idade dos proprietários rurais foi de 54 anos entre os homens e 46 anos entre as mulheres. O grau de instrução foi baixo, 74,2% não concluíram o ensino fundamental. O principal entrave na atividade foi o preço baixo do leite. Os principais problemas sanitários enfrentados foram carrapatos, diarreia em bezerros e afecções podais. A produtividade média das vacas foi de 3,95 litros de leite/vaca/dia. Portanto são necessárias políticas públicas voltadas para a assistência técnica e educação do homem do campo que permitam adquirir o conhecimento necessário na melhoria dos índices produtivos.
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FILIPE LUIGUI SOARES DA COSTA
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COMPARAÇÃO DE LIDOCAÍNA 2% ASSOCIADA À LEVOBUPIVACAÍNA 0,5% SEM VASOCONSTRITOR COM OU SEM MORFINA UTILIZADAS POR VIA EPIDURAL EM BÚFALAS PARA ANESTESIA LOCORREGIONAL– PROJETO DE PESQUISA
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Data: 15/03/2019
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Este trabalho avaliará a técnica anestésica epidural pela anatomia da região sacrococcígea e analisará a resposta fisiológica das búfalas frente as ações farmacodinâmicas do cloridrato de lidocaína 2% e levobupivacaína 0,5% associados ou não a morfina, buscando saber se permitirão a laparoscopia pelos flancos e coleta de fragmentos hepáticos e ovarianos para biópsia.A avaliação da resposta fisiológica será feita destacando o período de latência anestésica; intensidade de bloqueio motor e bloqueio sensitivo;frequência cardíaca, respiratória e de movimentos ruminais e temperatura retal;intensidade de bloqueio sensitivo, frequência cardíaca e respiratória no momento exato da incisão do flanco, da inflação com CO2 no abdome, da coleta do fragmento hepático e ovariano, da desinsuflação do CO2 e da sutura. Serão utilizadas 10 búfalas mestiças MurrahxMediterrâneo. Cada búfala será pesada por um cálculo a partir do perímetro torácico. Após a epidural, serão avaliados frequência cardíaca, respiratória e de movimentos ruminais, temperatura retal antes e depois do ato anestésico, e escore de bloqueio motor e sensitivo e duração de bloqueio nervoso durante o trans-anestésico até finalizar o período anestésico e cirúrgico. O primeiro tratamento será a administração por via epidural de 0,1mg/Kg de cloridrato de lidocaína 2% associada a 0,0625mg/Kg de cloridrato de levobupivacaína 0,5% e o segundo tratamento corresponderá ao mesmo protocolo anterior associado ao sulfato de morfina na dose de 0,05mg/Kg diluída em 0,05mL de soro/Kg. Para determinar o período de latência, o estímulo doloroso por pinçamento será adotado na região do flanco até o surgimento do bloqueio sensitivo. Para o escore de bloqueio motor, será observado o relaxamento da musculatura da região do flanco e permanência quadrupedal. O período de bloqueio sensitivo será mensurado a partir do momento em que as búfalas não reagirem aos estímulos dolorosos na região do flanco até o momento de retorno doloroso no flanco. A sensibilidade dolorosa será avaliada a partir da provocação de estímulos dolorosos com a pinça de Kelly pelo flanco até que cesse o bloqueio anestésico. A frequência cardíaca, respiratória e de movimentos ruminais, assim como a temperatura retal serão mensurados no pré e trans-anestésico até o final do bloqueio.
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PRISCILLA DO CARMO DE AZEVEDO RAMOS
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SUPLEMENTAÇÃO HORMONAL DAS CÉLULAS EPITELIAIS DA TUBA UTERINA NA PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BUBALINOS
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Orientador : OTAVIO MITIO OHASHI
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Data: 28/02/2019
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O epitélio do oviduto produz moléculas que contribuem para a interação entre os gametas e a regulação das fases iniciais do desenvolvimento embrionário, além de possuir um ambiente que mantém a viabilidade dos espermatozoides, modulando a subpopulação que inicia o processo de capacitação, evitando a reação acrossômica prematura e a poliespermia. Alguns fatores secretados pelo epitélio do oviduto foram identificados em diferentes espécies de mamíferos e os efeitos da secreção uterina no processo reprodutivo podem resultar da ação combinada (inibidora ou estimuladora) de muitos fatores presentes no lúmen do oviduto em diferentes fases do ciclo ovulatório e da presença de gametas ou embriões. Considerando as características morfofisiológicas das células do oviduto, propõem – se com este trabalho estimular in vitro essas células com o uso de estrógeno e progesterona, simulando dessa forma o ciclo ovulatório e promovendo assim seus efeitos sobre a fecundação oocitária e o cultivo embrionário in vitro.
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BRUNA ALMEIDA DA SILVA
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Dietas alternativas na qualidade da carne e patê de figado de cordeiros, e avaliação toxicológica subcrônica em ratos.
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Data: 28/02/2019
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O objetivo o trabalho foi avaliar a inclusão de dietas alternativas na qualidade da carne e patê de fígado de cordeiros, e nos parâmetros toxicológicos sub crônicas em ratos. Foram utilizados 24 cordeiros machos. As dietas foram constituídas de volumoso a base de silagem de milho (40%) e concentrado (60%), com substituições parciais de milho e farelo de soja por 45% de torta de cupuaçu, 30,9% de torta de dendê e 17,6% de torta de tucumã, fornecidas durante 84 dias. Após o período de alimentação os animais foram abatidos e coletado Longissimus lumborum, e para produção dos patês foram coletados fígado e gordura omental. A qualidade das carnes e patês foram avaliados pelas análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais. Para determinar os parâmetros toxicológicos foram utilizados 50 ratos da linhagem Wistar, com 25 machos e 25 fêmeas. O grupo controle foi alimentado com ração comercial e os demais tratamentos com inclusões de patês de fígado de cordeiros, durante 30 dias, em seguida os animais foram anestesiados e o sangue e fígado coletados para as análises bioquímicas e histológicas e submetidos a eutanásia. As dietas influenciaram (P ˂ 0,05) nos teores de lipídeos, proteínas, valor calórico, perda de peso por cocção, cor e textura instrumental das carnes de cordeiros e que apenas a maciez e suculência diferiram segundo avaliação sensorial. A melhor condição de processo do patê foi com 40% de fígado, 10% gordura, 35% de água e 65ºC por 20 minutos de pasteurizado. A umidade, lipídeos, proteínas, carboidratos, valor calórico e cor dos fígados diferiram, e o maior teor lipídico de 4,86% e menor de carboidratos 2,74% foram encontrados nos tratamentos com torta de tucumã. O patê elaborado com fígado de cordeiro alimentados com torta de dendê, obteve o maior valor calórico 193,05 kcal/100g e todos os produtos atenderam a qualidade microbiológica preconizada pela legislação. Nos parâmetros sensoriais foi observado efeito significativo no aroma de fígado e dureza. As dietas também influenciaram nos triglicerídeos dos ratos com teor máximo 89,6 (mg/dL) e amilase, 567,2 (U/L) e nas fêmeas o valor de 172,8 (U/L) de transaminase glutâmico pirúvica - TGP foi significativo (P < 0,05), no tratamento com patê de cordeiro alimentado com torta de dendê. O colesterol total apresentou variação de 53,6 a 58,8 (mg/dL) nos machos e 60,6 a 69,8 (mg/dL) nas fêmeas. As dietas não influenciaram significativamente nos níveis de glicemia dos animais, no entanto, as com inclusão de patês, nos machos e fêmeas foram obtidos os maiores valores. O uso de tortas em dietas podem ser consideradas uma fonte alternativa de ingredientes na alimentação de cordeiros, pois contribuem com as propriedades nutricionais, físico-químicas e sensoriais das carnes e patês de fígado e que o patê de acordo com as quantidades inseridas na alimentação, não apresentaram toxicidade sub crônica, apesar dos níveis elevados de triglicerídeos e amilase nos machos e no TGP, das fêmeas, as dietas não alteraram as estruturas das células hepáticas.
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ROGÉRIO DOS SANTOS CRUZ REIS
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ASPECTOS TECNOLÓGICOS E ECONÔMICOS DE UM EMPREENDIMENTO COMUNITÁRIO DE OSTREICULTURA NO LITORAL AMAZÔNICO
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Data: 28/02/2019
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A criação de ostras pode ser uma alternativa viável de geração de emprego e renda para comunidades litorâneas brasileiras, visto que a tecnologia de produção destes organismos é relativamente simples e demanda um baixo investimento se comparado a outras atividades aquícolas. O objetivo deste estudo é analisar aspectos tecnológicos e econômicos de um empreendimento comunitário de ostreicultura no litoral amazônico, visando contribuir para a sua sustentabilidade. Para isso, a dissertação será dividida em três capítulos: 1. Desempenho zootécnico de ostras produzidas em mesas fixas e flutuantes em um empreendimento comunitário no litoral amazônico; 2. Custo de produção e rentabilidade de um empreendimento comunitário de ostreicultura no litoral amazônico; e 3. Consumo de ostras no estado do Pará: um estudo baseado na comercialização de um empreendimento comunitário de ostreicultura. No capítulo 1, serão selecionados seis travesseiros no empreendimento, sendo três instalados em mesas fixas (tratamento controle) e três em mesas flutuantes (tratamento teste). A origem das formas jovens, a densidade de estocagem e o manejo serão padronizados por oito meses, período que compreende um ciclo de produção da ostra classificada como baby. Em seguida, serão analisados e comparados: ganho de comprimento das ostras e taxa de sobrevivência nos travesseiros. No capítulo 2, será adotada a metodologia do custo operacional e indicadores de eficiência econômica para estimar o custo de produção e a rentabilidade do empreendimento a partir de dados obtidos no período de agosto de 2016 a julho de 2017. No capítulo 3, serão aplicados questionários aos consumidores e proprietários de estabelecimentos que comercializem ostras dos municípios de Augusto Corrêa, Belém, Bragança e Salinópolis, a fim de verificar: frequência de consumo, preferências e perfil socioeconômico dos consumidores, visando estabelecer estratégias capazes de maximizar a demanda por esse molusco.
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RAYETTE SOUZA DA SILVA
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FARELO DE PALMISTE (Elaeisguineensis) EM DIETAS PARA TAMBAQUI (Colossoma macropomum, CUVIER, 1818)
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Data: 27/02/2019
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O tambaqui (Colossoma macropomum, CUVIER, 1818), nativo da Amazônia, é a segunda espécie mais cultivada no Brasil, apesar de existirem poucos estudos relacionados à sua alimentação com coprodutos da agroindústria. Nesse contexto, a agroindústria do dendê (Elaeis guineensis) no Pará, pela sua destacada área plantada, disponibiliza grande quantidade de coprodutos, que podem ser usados em rações. Entretanto, a utilização segura de um ingrediente alternativodepende da obtenção de bons índices de desempenho zootécnico, além da avaliação da sua digestibilidade, efeito sobre a qualidade da carne e eficiência econômica. Dessa forma, esta pesquisa objetivou avaliar a qualidade nutricional do farelo de palmisteemtambaquis a partir da realização de duas etapas. A primeira etapa reuniu os resultados de dois experimentos. No experimento 1, em sistema fechado (recirculação), 120 tambaquis (16,35 ± 0,61 g) receberam cinco dietas com 0, 25, 50, 75 e 100% de substituição de milho pelo farelo de palmiste durante 75 dias, sendo avaliados o desempenho, variáveis hematológicas e bioquímicas e composição do músculo. A dieta com 25% de substituição promoveu melhor biomassa final, enquanto que em T75 e T100 houve prejuízos na conversão alimentar, no aproveitamento da proteína dietética e os níveis de colesterol plasmático e de neutrófilos revelaram alterações significativas no metabolismo animal. No segundo experimento, em sistema aberto (viveiros de terra), 240 peixes (15,52 ± 1,84g), receberam duas dietas com 0 e 25% de substituição (que promoveu melhor biomassa no experimento 1) durante 184 dias, sendo avaliados os efeitos no desempenho, eficiência econômica, rendimento de quatro formas de comercialização (eviscerado, tronco limpo, lombinho e costela) e características físicas e químicas do músculo. Nestas condições semelhantes a um cultivo comercial, a proporção testada não comprometeu as variáveis testadas, se apresentando como uma alternativa segura, além de reduzir o percentual de gordura no músculo e apresentar eficiência econômica, desde que o preço de obtenção do coproduto não ultrapasse 26,4% do preço do milho. A segundaetapa avaliou a digestibilidade dofarelo de palmiste, em duas fases de vida do tambaqui, fase 1 (4,45 ± 1,18 g) e fase 2 (115,91 ± 4,01 g), sendo demonstrado que o peso corporal não interferiu na capacidade do tambaqui em digerir o farelo de palmiste e o aproveitamento da proteína foi considerado satisfatório (63,29%), o que faz deste ingrediente uma potencial fonte alternativa de proteína em rações para a espécie.
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NATALINO DA COSTA SOUSA
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Doenças parasitarias de peixes ornamentais comercializados: identificação, distribuição e seus fatores de riscos.
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Data: 27/02/2019
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O gerenciamento dos fatores de risco nos empreendimentos comerciais é fundamental para mitigar e controlar a proliferação e a disseminação de doenças em peixes ornamentais, porém, não se conhece o verdadeiro valor que cada risco apresenta para aumentar as chances de doenças nos peixes, podendo ocasionar surtos de mortalidade e aumento nos custos de produção. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi realizar estudos parasitológicos em estabelecimentos comerciais no estado de Sergipe e Pará, identificando e quantificando os fatores de riscos associados aos agentes patogênicos. Para tanto, no estado de Sergipe, foram coletados, bimestralmente entre novembro de 2015 a agosto de 2017, as espécies Pterophyllum scalare, Betta splendens, Xiphophorus maculatus, Poecilia reticulada e Carassius auratus em três pisciculturas e três lojas de aquarismo. No estado do Pará, foram coletados, bimestralmente entre abril de 2017 a Dezembro de 2018, as espécies Pterophyllum scalare, Symphysodon aequifasciatus, Paracheirodon axelrodi, Hyphessobrycon eques, Baryancistrus xanthellus, Ancistrus ranunculus, Xiphophorus hellerii, carassius auratus; Poecilia reticulada e Nannostomus unifasciatus em três exportadoras e três lojas de aquarismo. Durante as coletas, foram aferidos os parâmetros físico e químicos da água e aplicado questionário para a caracterização do empreendimento, manejo, nutrição e doenças. Para análises parasitológicas, os peixes foram eutanasiados e sacrificados por concussão cerebral e então, realizado exame macroscópico detalhado na superfície do corpo e microscópico, com a confecção lâmina-lamínula de muco, brânquias e órgãos internos (fígado, rim, estomago, intestino, e músculo) com solução salina a 0,65%. Posteriormente os parasitas foram quantificados, coletados e identificados ao menor nível taxonômico possível. Para tanto, no estado de Sergipe, foram coletados, bimestralmente entre novembro de 2015 a agosto de 2017, as espécies Pterophyllum scalare, Betta splendens, Xiphophorus maculatus, Poecilia reticulada e Carassius auratus em três pisciculturas e três lojas de aquarismo. No estado do Pará, foram coletados, bimestralmente entre abril de 2017 a Dezembro de 2018, as espécies Pterophyllum scalare, Symphysodon aequifasciatus, Paracheirodon axelrodi, Hyphessobrycon eques, Baryancistrus xanthellus, Ancistrus ranunculus, Xiphophorus hellerii, carassius auratus e Poecilia reticulada em três exportadoras e três lojas de aquarismo. Durante as coletas foi aplicado questionário para identificar as características do empreendimento que possam estar associadas às doenças parasitárias. Em laboratório, foram realizadas análises macroscópicas e microscópicas de 3.355 (oriundos dos estabelecimentos de Sergipe) e 2.140 peixes (oriundos do estado do Pará). A fauna parasitária dos peixes ornamentais foi composta de Ichthyophthirius multifiliis, Trichodina sp., Epistylis sp., Piscinoodinium pillulare, Myxobolus sp., Henneguya sp., Dactylogyrus sp., Gyrodactylus sp., Sciadicleithrum e Gussevia spiralocirra, Dactylogyrus intermedius, Clinostomum (metacercaria), Austrodiplostomum (metacercaria), larvas de Camallanus, Capillaria pterophylli, Cucullanus sp., Procamallanus (S) inopinatus e a ocorrência de Dermocystidium sp. somente na espécie N. unifasciatus. Para o estado de Sergipe, a maior prevalência observada foi para os monogenéticos na piscicultura para as espécies P. scalare (28,71±3,42), B. splendens (16,30±2,20) e P. reticulata (14,97±2,43) em relação a loja, com maior intensidade média para a Trichodina (12,18±2,90) e I. multifiliis (8,63±3,04) na espécie C. auratus. Em relação ao gerenciamento de risco, observou-se que o aumento de densidade de estocagem, compartilhamento de matérias (puçá, rede) e falta de higienização dos utensílios estão associados aos agentes patogênicos em todas as espécies nos dois estabelecimentos comerciais, ao qual, a falta de higienização aumenta as chances de doenças causadas por I. multifiliis em 18,22 vezes para P. scalare na piscicultura. Já para o estado do Pará, a maior prevalência (16,46±2,66%) e intensidade média (19,73±2,36) foram observadas para I. multifiliis parasitando a espécie P. axelrodi na loja, nas exportadoras a maior prevalência foi observada para o monogenético (13,39±1,16) em B. xanthellus (L18) e intensidade média para o parasito I. multifiliis (9,33±0,51) em S. aequifasciatus. Em relação aos riscos, o compartilhamento de utensílios aumenta as chances de doenças causadas por I. multifiliis em 4,29 vezes, já a densidade de estocagem aumentar a infestação de monogenéticos em B. xanthellus em 2,99 vezes, sendo observado para a espécie P. reticulata o risco de quatros fatores, com valores entre 1,88 a 4,02, para a doença causada por I. multifiliis. Já para a ocorrência Dermocystidium, foi o primeiro registro deste parasito em peixe ornamental amazônico, com prevalência de 55,8% e intensidade média de 3,38. Portanto, a quantificação dos fatores de risco associado às doenças parasitárias nos empreendimentos comerciais proporciona uma melhor gestão de risco sanitário podendo minimizar a proliferação de agentes patogênicos e a sua disseminação entre os elos da cadeia produtiva, melhorando a qualidade sanitária dos peixes.
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MÁRCIA VALÉRIA SILVA DO COUTO
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ÓLEO DE COCO VIRGEM COMO ALIMENTO NUTRACÊUTICO NA CRIAÇÃO DO TAMBAQUI Colossoma macropomum
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Data: 27/02/2019
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O presente trabalho objetivou avaliar os efeitos do óleo de coco virgem no desempenho zootécnico e sanitário de tambaqui e sua ação antimicrobiana. Para tanto, foram realizados teste in vitro utilizando o óleo de coco contra Ichthyophthirius multifiliis, Aeromonas hydrophila e Saprolegnia parasítica para avaliação dos seus efeitos antimicrobianos. Além disso, juvenis de tambaquis de tambaquis (n=360; 3,03±0,65g e 5,64±0,50cm) foram distribuídos em um delineamento contendo seis dietas experimentais com níveis crescentes de substituição de óleo de soja pelo óleo de coco virgem (OCV - 0%-T1, 25%-T2, 50%-T3, 75%-T4 e 100%-T5) mais uma dieta contendo 15% de ácido láurico (T6 - principal ácido graxo do óleo de coco), todos com 3 repetições, durante 90 dias. Biometrias mensais foram realizadas para avaliação do desempenho zootécnico e ao final do experimento os peixes (n=72) foram sacrificados para avaliação da composição corporal e índice hepato, espleno e viscerossomático. No momento da biometria final também foram realizadas coletas sanguíneas dos peixes (n=108) para medição de triglicerídeos, colesterol e proteínas plasmáticas totais. Após a suplementação dietética, 96 peixes (20,42±3,34g e 9,23±0,49cm) foram injetados intraperitonealmente com Aeromonas hydrophila, na concentração 1 x 108 UFC.g-1, e então distribuídos em recipientes com 10L de água em sistema estático e oxigenação constante, na densidade de 4 peixes/repetição. Foram desafiados com o patógeno 12 peixes de cada tratamento (T1 a T6), além de 12 peixes sem injeção (CSI) e 12 peixes somente com solução salina estéril (CSS), que constituíam os controles experimentais, todos com três repetições. Foram realizadas observações durante 10 dias, determinando a mortalidade acumulada a cada 24h, os sinais clínicos típicos da aeromoniose e classificação da intensificação da infecção. Alíquotas de sangue foram coletadas para avaliação dos metabólitos, eritrograma, leucograma e tombograma dos peixes durante e após 10 dias do desafio patogênico. Os dados foram avaliados quanto a sua normalidade e submetidos ao teste de homocedasticidade. Após verificação da normalidade os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e sendo F significativo as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Dados que não atenderam as premissas da ANOVA foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e posteriormente ao teste de DUNN para comparação dos postos. O ácido láurico mostrou efeito fungistático a partir de 400mg/L e diminuição da contagem bacteriana a partir de 1g/L, já para o íctio o ácido láurico promoveu mortalidade a partir de 40mg/L, enquanto que o óleo de coco apresentou influência na velocidade de crescimento do fungo, não apresentou efeitos sobre a bactéria e apesar de alterar a morfologia do íctio permitiu o desenvolvimento de formas terontes. Os peixes suplementados apresentaram melhoria no desempenho zootécnico somente a partir de 60 dias de alimentação com maiores valores para peso final, ganho de peso, biomassa e ganho em biomassa. No entanto, ao final de 90 dias, os juvenis de tambaqui alimentados com rações contendo 50% e 75% de OCV apresentaram os maiores valores de peso final, biomassa, ganho de biomassa, ganho de peso, taxa de crescimento específico para peso e uniformidade para peso. Os peixes dos diferentes tratamentos não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos para o índice viscerossomático, hepatossomático e esplenossomático. Em relação composição centesimal, a quantidade de proteína bruta corporal nos juvenis de tambaquis, após experimento, foi maior nos peixes dos tratamentos alimentados com 50% e 75% de OCV na dieta, sendo os menores valores encontrados para os peixes alimentados com 25% de OCV e para os das dietas contendo 100% de OCV. A matéria seca apresentou elevação à medida que os níveis de óleo de coco aumentaram na dieta. Já o teor de extrato etéreo e as cinzas não diferiram entre os tratamentos. Em relação aos metabólitos plasmáticos o colesterol e triglicerídeos diminuíram com dietas contendo ácido láurico e 50% de OCV, enquanto que o índice glicêmico aumentou e as proteínas totais não se alteraram. A alimentação dos tambaquis com óleo de coco virgem (OCV) influenciou positivamente na resistência dos peixes e no aparecimento dos sinais clínicos quando adicionado 25%, 50% e 75% de OCV à ração durante 192 horas. No entanto, a incorporação com 100% de OCV apresentou 100% de mortalidade após 48 horas de infecção. Os sinais clínicos da aeromoniose encontrados nos peixes desafiados não foram observados apenas nos tratamentos com 25% e 50% de adição de óleo de coco, assim como nos tratamentos controles. Os tratamentos OCV apresentaram maiores valores de proteínas plasmáticas totais e glicemia em resposta ao desafio com A. hydrophila quando comparados aos peixes alimentados com 0% de OCV e ácido láurico, apresentando menores valores de lactato com 25% e 50% de suplementação. A infecção ocasionou anemia hemolítica nos com 0%, 25% e 100% de OCV, além do ácido láurico, com melhores respostas a aeromoniose dos peixes alimentados com 50% de OCV. Desta forma, é possível assumir que o animal alimentado com a ração suplementada com óleo de coco apresenta benefícios ao desempenho zootécnico e sanitário do tambaqui, recomendando-se a adição de 50% de OCV. Além do que, o ácido láurico apresenta efeitos in vitro contra patógenos de peixes.
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BIANCA RAFAELA COSTA SILVA
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Diferentes relações volumoso:concentrado em dietas com óleo residual de fritura para alimentação de ovinos
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Data: 27/02/2019
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A intensificação da utilização de concentrado nos sistemas de produção de carne ovina, tem promovido o desenvolvimento de pesquisas voltadas a busca de alimentos que possam baratear o custo da alimentação ou adensar os nutrientes na dieta, como a suplementação lipídica. No entanto, é conhecido que há um limite de utilização de extrato etéreo na dieta de ruminantes, pois pode promover efeitos deletérios, principalmente em dietas com menor proporção de concentrado, sendo assim, objetivou-se avaliar os níveis de concentrado (30, 45, 60 e 75%) em dietas contendo óleo residual de fritura (4% com base na MS) na alimentação de cordeiros Santa Inês sobre as variáveis consumo, digestibilidade e comportamento ingestivo. Foram utilizados 24 ovinos, com 4 meses de idade e peso corporal de 22 kg ±2kg, distribuídos em delineamento em blocos ao acaso, de acordo com o peso e confinados em gaiolas metabólicas individuais, onde receberam as dietas experimentais, contendo os níveis crescentes de concentrado. Os consumos de MS, MO e constituintes nutricionais sofreram efeito dos níveis de concentrado, com exceção do CFDN, com média de 1,46% do PV. Houveram aumentos lineares dos CMS, CMO, CPB, CEE e CCNF e redução linear do CFDA à medida que o nível de concentrado foi aumentado, apresentando redução de 0,0054%PV a cada 1% de acréscimo na proporção de concentrado. Os coeficientes de digestibilidade aparente (CD) da MS, MO e CNF não foram alterados pelos níveis de concentrado, ao passo que os CDPB, CDEE, CDFDN e CDFDA diminuíram linearmente com o nível de concentrado na dieta. O tempo de alimentação não foi afetado pela dieta, no entanto houve redução do tempo de ruminação, assim como TMT e o MMtb, aliado ao aumento do tempo dispendido em ócio. As eficiências de alimentação da MS e de ruminação da MS e FDN aumentaram linearmente. Concluiu-se que os níveis até 75% de concentrado em dietas com inclusão de óleo residual de fritura não interferem negativamente nos consumos de nutrientes e, apesar da redução da digestibilidade de alguns nutrientes, houve compensação no consumo, haja vista que a eficiência alimentar e de ruminação foi aumentada.
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SAMANTA DO NASCIMENTO MONTEIRO
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Algoritmos de regressão de aprendizado de máquina para predição de músculo, osso, gordura de carcaça e cortes primários em cordeiros deslanados
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Data: 26/02/2019
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Em virtude do crescente desenvolvimentos de técnicas de automação na indústria da carne e a necessidade em se obter respostas com maior velocidade e padronização, objetivou-se com este estudo predizer características teciduais da carcaça e de cortes comerciais a partir de mensurações obtidas por VIA - vídeo image analysis, realizadas em carcaças frias de cordeiros deslanados, utilizando três técnicas regressivas de aprendizado de máquina para a formação de modelos preditivos, Stepwise, LASSO e Elastic Net. Foram utilizadas informações de 72 carcaças de animais machos castrados, com idade entre 8 e 11 meses, e peso de carcaça fria de 16,13±3,98 kg. Após o período de resfriamento as carcaças foram imageadas e as fotos armazenadas para posterior processamento com o software ImageJ2, onde foram demarcadas três diferentes delimitações em cada carcaça, carcaça inteira, cortes comerciais e segmentação transversal, para cada uma foram calculados oito descritores de forma: área, perímetro, largura, comprimento, além de convexidade, solidicidade, proporção e circularidade,para as delimitações da segmentação transversal, ainda foram obtidas razões entre áreas, larguras e comprimentos de cada par. Com base nas diferentes delimitações determinadas na carcaça, foram estabelecidos quatro conjuntos de dados, denominados descriptors sets (DSs), aos quais foi adicionada a informação PCF como variável preditora, gerando mais quatro DSs’.O banco formado a partir dos DSs foi randomicamente dividido em treinamento e teste, sendo o banco de treinamento combinado a técnica k-foldcross-validation, a fim de possibilitar o processamento na técnica stepwise uma redução por PLS-R foi realizada. Para a avaliação da performance dos modelos, utilizou-se as métricas RMSE, R2 e BIAS, que foram ranqueadas no intuito de se determinar mais precisamente qual o melhor modelo, dos 552 modelos preditivos formados, de modo geral a presença do PCF, melhorou os ajustes em todas as técnicas, ainda assim o Stepwise apresentou os piores ajustes para todas as variáveis testadas, LASSO e elastic net mantiveram comportamento semelhante, contudo com base no critério de parcimônia o LASSO formou modelos mais simplificados e com bons ajustes, dos descritores testados houve prevalecia para os mais simples com área, perímetro, largura, comprimento, a convexidade mais representativa para os modelos voltados para características de musculo e gordura, circularidade nos modelos DS1 e DS1’ e DS3’. Para as variáveis testadas neste estudo, os descritores de forma propostos, foram eficientes em sua maioria na predição de variáveis teciduais e de peso, dos DSs testados LASSO DS1’ apresentou melhores ajustes para variáveis como músculo total, gordura total seguido de cortes como, paleta, lombo, costela, LASSO DS3 foi melhor na predição de variáveis de gordura, total, do pernil, paleta e peso da costela LASSO DS4’. Os descritores obtidos a partir do processamento de imagens são eficientes na predição de características teciduais de cordeiros deslanados e a técnica que apresentou melhor ajustes para este estudo foi o LASSO.
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ALINNE ANDRADE PEREIRA
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Terminação de Cordeiros Santa Inês e Mestiços em Confinamento: Desempenho, Característica da Carcaça e Componente Não Carcaça
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Data: 26/02/2019
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Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito dos genótipos de cordeiros Santa Inês e mestiços Dorper x Santa Inês, submetidos a diferentes estratégias de entrada e saída do sistema de confinamento, através do desempenho, característica da carcaça e componente não carcaça. Utilizou-se setenta e dois cordeiros, machos, castrados, 36 Santa Inês (SI) e 36 mestiços (Dorper x Santa Inês – DSI), com idade inicial média deseis meses.Efetuou-se a formação dos grupos experimentais estabelecidos com delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 3 x 4, a partir da combinação dos grupamentos genético (GG), peso corporal ao início do confinamento (PIC) e tempos de permanência no confinamento (TPC). Foram formadas três classes de peso corporal ao início do confinamento: Leve (25 ±1,57 e 25 ±2,40 kg), Intermediária (28 ±1,72 e 28 ±1,40 kg) e Pesada (31 ±1,01 e 31 ±1,54 kg), para Santa Inês e mestiços, respectivamente. Os abates foram realizados a cada 28 dias, em quatros TPC: 0, 28, 56 e 84 dias. As análises estatísticas foram realizadas no pacote caret do softwareR version 3.5.1 (R Core Team, 2018).Verificou-se que o GG não influenciou (p>0,05) nenhuma das características de desempenho, carcaça e componente não carcaça dos cordeiros. Nos PIC houve efeito significativo (p>0,05) com maiores pesos na classe pesada, para as variáveis de peso inicial e final, peso metabólico, peso corporal ao abate, peso do corpo vazio, peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, peso do corte do lombo, peso do corte da paleta, peso da musculatura do pernil e peso da musculatura e gordura do lombo. Para os TPC houve efeito significativo (p>0,05) com maiores aos 84 dias, para as variáveis peso final, peso metabólico, peso corporal ao abate, peso do corpo vazio, peso de carcaça quente, rendimento de carcaça quente, peso de carcaça fria, rendimento de carcaça fria, área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea, peso dos cortes, para os componentes da relação tecidual dos cortes e para as gorduras perirrenal, pélvica e inguinal. Houve efeito da interação (p>0,05) para o ganho de peso médio diário, relação tecidual musculo/gordura: osso e para o omaso cheio e vazio, reticulo/rúmen vazio e gordura perirrenal. Conclui-se que os ovinos mestiço Dorper x Santa Inês obterão característica semelhantes aos raça Santa Inês para desempenho, carcaça e componente não carcaça, indicando ausência do efeito da heterose.Uma boa alternativa seria confinar os ovinos com 31 kg para alcançar maior rentabilidade e a escolha do melhor período ao abate depende da preferência do mercado consumidor.
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NAUARA MOURA LAGE FILHO
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AVALIAÇÃO DO CAPIM-TANZÂNIA SUBMETIDO A INTENSIDADES DE CORTE EM REIGÃO DE CLIMA TROPICAL ÚMIDO
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Data: 26/02/2019
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Objetivou-se com o presente trabalho, determinar o efeito de intensidades de desfolhação sobre as características morfogênicas, estruturais e produtivas de Panicum maximum cv. Tanzânia durante as estações climáticas seca de 2017 e chuvosa de 2018, em região de clima tropical Am. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos correspondentes a intensidade de desfolhação, baseada no resíduo mantido na área 15; 25; 35; 45 e 55 cm, com seis repetições, sendo a unidade experimental correspondendo parcelas de 12 m2 a campo. Foram avaliados o tempo de rebrota do capim, as características morfogênicas, taxa de aparecimento de foliar (TApF), filocrono (Filo), taxa de alongamento foliar (TAlF), taxa de senescência foliar (TSeF), duração de vida da folha (DVF) e taxa de alongamento de colmo (TAlC), as características estruturais do dossel, tamanho final de folha (TFF), número de folhas vivas (NFV), densidade populacional de perfilhos (DPP), altura, índice de área foliar (IAF), taxa de aparecimento de perfilhos (TAP), taxa de mortalidade de perfilhos (TMP) e taxa de sobrevivência de perfilhos (TSP), e características produtivas, acúmulo de MS total, produção de lamina foliar, colmo e material morto. A média das variáveis dos tratamentos dentro de cada estação climática foi submetida a análise de variância e o desdobramento da interação entre as intensidades e a estação climática foram efetuados quando significativos pelo teste F com significância de 5%. As médias foram analisadas por contrastes polinomiais ortogonais utilizando o procedimento PROC MIXES do software SAS. Foi observado interação entre a intensidade de desfolhação x estação climática (p<0,05) para as variáveis Filo, TSeF, DVF, TFF, NFV, altura, TMP, acúmulo de matéria seca total, produção de lâmina foliar e produção de material morto. As variáveis DPP e IAF foram afetadas apenas pela intensidade de desfolhação (p<0,05), enquanto na TAlF foi observado apenas efeito entre estações climáticas (p<0,05). Já as variáveis TApF, TAP, TSP e produção diária de forragem, tiveram efeito tanto da intensidade de desfolhação, quanto da estação climática (p<0,05). A intensidade de desfolhação altera as características morfogênicas e estruturais do capim-Tanzânia.
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GEILSON SILVA TENÓRIO
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PESCA, BIOLOGIA E ESTRUTURA POPULACIONAL DO AVIÚ Acetes paraguayensis Hansen, 1919(CRUSTACEA: DECAPODA: SERGESTIDAE) NO RIO TAPAJÓS, PARÁ, BRASIL
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Data: 22/02/2019
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Acetes paraguayensisHansen, 1919, constitui-se em uma espécie de grande importância ecológica, social e econômica para a população onde ocorre, inclusive concorrendo como uma espécie com enorme potencial aquícola, porém é muito pouco estudada. Visando contribuir para o maior conhecimento e melhor aproveitamento deste recurso, foram realizadas coletas mensais, em 06 estações de pesca, tanto de organismos pertencentes a esta espécie quanto das variáveis abióticas. Ao total foram realizados cento e cinquenta e seis amostras abióticas (26 meses x 06 matapis por mês), com auxílio de uma pequena embarcação de madeira alugada, e cento e vinte coletas bióticas (20 meses x 06 matapis por mês). Ambas as amostragens foram efetuadas, nas mesmas estações de pesca no rio Tapajós, durante o período diurno, em Santarém-PA, entre maio de 2016 a junho de 2018, englobando o período chuvoso e menos chuvoso. As amostragens biológicas foram obtidas ao acompanhar os pescadores nas despescas dos matapis, do tipo duplo, com dimensões semelhantes (covo - 2, 50 m de comprimento x 1, 50 m largura x 2, 50 m de altura, abertura de 0, 03 m e esteira - 20, 0 m de comprimento x 3, 0 m de altura), distantes a mais de 200, 0 m entre si. O material obtido da despesca dos matapis foi acondicionado em sacos plásticos, etiquetado conforme a estação de pesca amostrada e depositado em caixas térmicas com gelo. Posteriormente, esse material foi transportado para o laboratório da Estação Santa Rosa, onde foi realizada as análises pertinentes. Em razão do completo desconhecimento de diversos aspectos relacionados a A.paraguayensis, esta tese está composta por quatro capítulos, no intuito de tentar disponibilizar aos interessados, o máximo das informações coletadas durante todo o período da pesquisa acerca da espécie. Principalmente as relacionadas à sua pesca e apetrechos utilizados em sua captura, estrutura populacional, aspectos da sua biologia e suas inter-relações com variáveis ambientais amostradas. No Capítulo I, há uma introdução geral, onde se aborda vários aspectos dos camarões do gênero Acetes, tais como morfologia, classificação, chaves de identificação sexual, distribuição geográfica, dispersão entre habitats, proporção sexual, relações biométricas e morfométricas, entre outros, bem como a pesca e sua destacada importância econômica no mundo e na Amazônia, especificamente. No Capítulo II, foram identificados 66 novos pontos de captura, constatando que a área onde se pratica atualmente a pesca de A. paraguayensisé extensa, não se restringindo apenas aos locais próximos de Santarém, conforme as informações esparsas, desencontradas e imprecisas disponíveis na literatura até o presente momento. Os períodos de maior volume de captura da espécie são os meses chuvosos, quando ocorre o período de aglomeração dos animais, destacando-se entre eles, por ordem crescente em volume de produção, março, abril e maio, respectivamente. Os apetrechos identificados e mais utilizados na captura da espécie na área de estudo são seis: arrasto com panagem de poliéster; rede arrasto de poliéster; puçá-de-mão, puçá-de-mão; puçá arrasto-de-popa, e finalmente, o matapi. Todas as artes pesquisadas utilizam o método de pesca ativo, exceto o matapi. Dentre os apetrechos, o matapi se destaca por ser o mais oneroso (US$ 345.81), empregar maior número de pescadores, e o mais produtivo, com maior quantidade de dias de pesca efetiva (10.57 ± 13.71) que os demais. Porém, também é o que causa maior dano ambiental, já que captura uma grande quantidade de peixes pequenos (fauna acompanhante), muitos dos quais, de valor comercial. No Capítulo III, foi comprovado a efetividade dos matapis na captura de A. paraguayensis, embora utilize o método passivo de captura, diferentemente de outras artes utilizadas ao redor do mundo na pesca de sergestídeos. Verificou-se que os apetrechos que utilizaram lâmpadas como atratores luminosos, apresentaram maior produção mensal e CPUE em relação aos que não as empregaram, demonstrando que esta estratégia interfere positivamente nas capturas de A. paraguayensisna área estudada (fototropismo positivo).Observou-se também, uma forte correlação entre a pluviosidade, o pulso de inundação e a produção de A. paraguayensisprovenientes dos matapis, sendo os maiores valores de captura registrados nos meses mais chuvosos. No Capítulo IV, foram pesquisadas a estrutura populacional, proporção sexual e as relações bio-morfométricas de A. paraguayensis.Foram analisados 3690 indivíduos (fêmeas = 2325 e machos =1365), sendo os machos mais abundantes nas menores classes de tamanho, e as fêmeas, dominantes em classes maiores. As fêmeas apresentaram comprimento total médio (LT= 21,44 ± 2,39 mm) e de carapaça (LC=5,13 ± 0,68 mm) maiores que os machos (LT=19,19 ± 2,11 mm) e (LC=4,50 ± 0,58 mm), respectivamente. Já a proporção sexual foi de 1, 7♀: 1♂. No que concerne às relações entre o peso e comprimento total, os machos e sexos agrupados (machos mais fêmeas) apresentaram crescimento alométrico negativo (b<3), enquanto que as fêmeas, crescimento isométrico (b=3). Para as relações entre comprimento total (mm) e comprimento da carapaça (mm), todos os grupos (machos, fêmeas e sexos agrupados) apresentaram crescimento alométrico positivo (b>1). Durante todo o período de coletas, as fêmeas foram mais abundantes e apresentaram os maiores valores em comprimento (total e de carapaça) e peso, quando comparadas aos machos, reforçando a hipótese da existência de dimorfismo sexual em comprimento. Neste estudo, foi observado que a espécie A. paraguayensisforma grandes aglomerados paralelos à linha costeira, nadando acompanhando o fluxo das correntes fluviais, e também na foz dos rios e das conexões entre os grandes rios e os lagos. A pesca de A. paraguayensiscoincide com a época de aglomeração, que corresponde ao período chuvoso na Amazônia (dezembro a maio). Neste período, observa-se um aumento da biomassa planctônica, o qual está associado ao período reprodutivo desta espécie. Constatou-se também que A. paraguayensisé fortemente sazonal e migradora, reduzindo drasticamente sua abundância entre os meses de junho (início do período de seca) e agosto, não ocorrendo na área de estudo nos meses de setembro, outubro e novembro, voltando a surgir apenas esporadicamente, no mês de dezembro, em pequenas quantidades, quando tem início o período das enchentes.Durante o período inicial da estiagem (de seca), os animais realizam uma migração para os grandes lagos para desovar, possivelmente em razão da maior disponibilidade de alimentos, existente nesses locais e a proteção contra possíveis predadores. Os resultados obtidos no presente trabalho são inéditos, e demonstram que essa espécie, apesar da elevada relevância ecológica, econômica e social, nunca tinha sido antes pesquisada, em razão da ausência de dados disponíveis, provavelmente por causa das dificuldades de obtê-los em campo, e da escassez de pesquisadores interessados. Essas informações são de grande valia para trabalhos futuros que visem o manejo populacional, a preservação e o cultivo dessa espécie, que vem sendo intensamente explorada na região em estudo.
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FRANCISCO ALEX LIMA BARROS
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Composição e mudanças espaciais e temporais da diversidade e da densidade do mesozooplâncton em um estuário amazônico (Emboraí, Pará/Brasil).
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Data: 21/02/2019
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O presente estudo investigou o efeito das mudanças na precipitação sobre os componentes hidrológicos e os possíveis impactos dos mesmos sobre a diversidade e densidade da comunidade mesozooplanctônica do estuário do Emboraí Velho, Norte do Brasil. As coletas foram realizadas durante marés de sizígia, em duas estações fixas localizadas ao longo do estuário (estação superior-E1 e médio-E2). As campanhas de campo ocorreram nos meses de janeiro e abril (período chuvoso), e agosto e novembro (período seco) de 2018. As amostras do zooplâncton foram obtidas utilizando-se redes cônicas de plâncton com aberturas de malha de 200 μm (equipadas com fluxômetros mecânicos), ao longo de um período de 25 h, em intervalos regulares de 3 horas, resultando em um total de 72 amostras.Simultaneamente, as medidas de salinidade e temperatura foram determinadas através de CTDO’s, sendo os registros realizados a cada 10 minutos. Adicionalmente, foram coletadas amostras subsuperficiais de água, através de garrafas de Niskin, para determinação do pH, da turbidez, e das concentrações de clorofila-a e oxigênio dissolvido-OD. O aumento do regime pluviométrico, característico dos primeiros meses do ano na região Amazônica, foi responsável por oscilações nas variáveis ambientais. A salinidade aumentou significativamente de 21,77±7,83, no período chuvoso, a 25,87±7,40, no período seco (F= 5,21; p> 0,05). Não foi evidenciado um padrão de variação sazonal para turbidez, e para as concentrações de clorofila-a e OD.Um total de 26 espécies foram identificadas, com destaque para os copépodos Acartia lilljeborgi (2.708± 4.955 ind.m-3), Pseudodiaptomus marshi (130±230 ind.m-3), P. richardi (429±713 ind.m-3), Paracalanus quasimodo, (559±828 ind.m-3), Euterpina acuntifrons(339±677 ind.m-3), Oithona hebes(247±327 ind.m-3)eO. oswaldocruzi (56±97 ind.m-3), e para os Appendicularia O. dioica (745±1.280 ind.m-3), as quais constituíram as espécies dominantes no ambiente em estudo. A partir dos resultados obtidos foi possível evidenciar que a alternância da dominância das espécies identificadas esteve determinada por suas tolerâncias às variações de salinidade e pelas taxas de recrutamento, estando a composição e densidade do mesozooplâncton do estuário do Emboraí fortemnte influenciadas pela variação sazonal dos fatores físicos e químicos da água, como observado previamente em outros estuários da região.
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CAROLINA SARMANHO FREITAS
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RELAÇÕES ENTRE ATRIBUTOS DE FORMA, COLORAÇÃO E TEXTURA DA IMAGEM DA CARCAÇA, CARACTERÍSTICAS TECIDUAIS DA CARCAÇA E QUALIDADE DA CARNE DE CORDEIROS DESLANADOS
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Data: 20/02/2019
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Objetivou-se com este trabalho, avaliar se as medidas de Video Image Analisys, utilizando imagens de carcaças de cordeiros resfriadas, fornecem uma descrição consistente sobre as características extraídas da carcaça e carne. Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo comitê de ética em pesquisa e experimentos animais (CEPAE protocol number 97-2015). As informações utilizadas foram obtidas de 88 carcaças frias de cordeiros machos, mestiços (Dorper x Santa Inês), terminados em confinamento. Os animais apresentaram peso corporal ao abate entre 21 e 49 kg. Após 24 horas de abate e refrigeração a 4 ºC, aferiu-se o peso de carcaça fria e rendimento de carcaça fria. As imagens das carcaças frias foram obtidas com a utilização de câmera digital com 16 MP de resolução (Nikon Power Shot SX160 IS®), posicionada a dois metros de distância da estrutura de suporte e 1,5 metro de altura, de modo a obter a imagem completa. As carcaças foram posicionadas longitudinalmente por meio das articulações tarso-metatarsianas e fotografadas nas vistas dorsal e lateral. O processamento das imagens foi realizado via software ImageJ 1.05i, utilizando GLCM (Gray Level Coocurrence Matrix), a fim de extrair as características de textura das áreas selecionadas, e o algoritmo Cluster K-Means, determinando-se a projeção da carcaça e três áreas de análise nas vistas dorsal e lateral: áreas posterior, mediana e anterior. Os valores da projeção e de cada área foram obtidos em pixel, para determinação de proporções estimadas de gordura e músculo expostos. Para validação do modelo teórico será utilizada a modelagem de equações estruturais (SEM), aplicando-se a técnica de PLS-PM (Parcial Last Square- Path Mode), a qual possibilita mensurar as inter-relações das variáveis, elaborando-se equações de predição para ambas. A VL que apresentou menor redução na vista lateral foi a IMAGEM que reduziu de 64 para 24 no banco de dados lateral transversal completa. CORTES teve uma redução de 8 variáveis manifestas, CARCAÇA foi a VL que apresentou menor redução, sendo excluídos apenas o peso do músculo e peso do osso. Já para QUALICARNE foram excluídas grande parte das variáveis referentes a coloração permanecendo apenas aquelas que tem relação com o espectro de luz amarela (b* e H0) que estão relacionados ao teor de amarelo presente na gordura que recobre a carne, além da força de cisalhamento e da cocção na vista lateral e dorsal da carcaça, permanecendo assim 4 das 9 variáveis manifestas que formavam a VL QUALICARNE, demonstrando assim que há relação entre as medidas de forma obtidas através de imagens com características da carcaça, cortes primários e com algumas características de cor, textura e cocção na qualidade da carne.
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