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Banca de DEFESA: JULIETTE DO SOCORRO PEREIRA PANTOJA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIETTE DO SOCORRO PEREIRA PANTOJA
DATA: 26/05/2017
HORA: 08:00
LOCAL: Bragança
TÍTULO:

EUGENOL COMO ANESTÉSICO PARA O PEIXE ORNAMENTAL AMAZÔNICO ACARÁ BANDEIRA Pterophyllum scalare (Schultze, 1823) EM DIFERENTES FASES DE DESENVOLVIMENTO



PALAVRAS-CHAVES:

anestesia, óleo de cravo, peixe ornamental


PÁGINAS: 61
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca
SUBÁREA: Aqüicultura
ESPECIALIDADE: Piscicultura
RESUMO:

O manejo de peixes em cultivo é um processo estressante que pode causar injúrias aos animais e deixá-los susceptíveis a diversas doenças. Dessa forma, o uso de anestésicos na aquicultura surge com intuito de facilitar o manejo durante o processo produtivo. Dentre os fármacos utilizados, o eugenol é um anestésico natural, que não causa danos ao animal nem ao manipulador e tem sido utilizado largamente nos processos de produção de peixes em cativeiro. No entanto, antes de sua utilização, é necessário estabelecer uma dose ideal para cada espécie e levar em consideração o estágio de vida do animal. Portanto, com o presente trabalho objetivou-se avaliar a eficiência do eugenol como agente anestésico em diferentes fases de vida do acará-bandeira Pterophyllum scalare.   Três experimentos foram conduzidos no Laboratório de Peixes Ornamentais da Faculdade de Engenharia de Pesca do Instituto de Estudos Costeiros da Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança. Foram utilizados 180 indivíduos de P.scalare, divididos em três classes de tamanho: alevinos (n=60) com 0,048 ± 0,010 g e 1,16 ± 0,29 cm, juvenis (n=60) com 1,23 ± 0,31 g e 3,37 ± 0,38 cm e adultos (n=60) com 13,53 ± 3,92 g e 6,85 ± 0,78 cm . Os alevinos e juvenis foram selecionados em tamanhos homogêneos e transferidos aleatoriamente para seis aquários de 60 L em uma densidade de estocagem de 10 exemplares por aquário. Em mesma densidade, os adultos foram selecionados em tamanhos homogêneos e transferidos aleatoriamente para seis aquários de 200L. Após novo período de adaptação, 15 dias, os experimentos foram realizados de forma independente em um delineamento experimental inteiramente casualizado com seis concentrações de eugenol (50, 75, 100, 125, 150 e 175 mg L-1) e dez repetições, considerando cada exemplar como uma repetição. A sobrevivência 96 horas após a indução e recuperação foi de 100% em todas as concentrações avaliadas. Concentrações de eugenol de 50, 75 e 100 mg L-1 apresentaram maior tempo de indução à anestesia leve em alevinos e juvenis.  Por outro lado, as concentrações anestésicas de 125, 150 e 175 mg L-1 proporcionaram os menores tempos de indução à anestesia leve nestas fases. As maiores concentrações, 150 e 175 mg L-1 levaram a um menor tempo de indução dos adultos ao estágio de anestesia leve. No entanto, os indivíduos anestesiados com as concentrações de 50, 75, 100 e 125 mg L-1 de eugenol apresentaram maior tempo para indução a este estágio de anestesia. Os tempos de indução à anestesia profunda dos alevinos nas concentrações de 50 mg L-1, seguida da de 75 mg L-1, foram superiores as demais concentrações de eugenol. Já os exemplares submetidos às concentrações de 100, 125, 150 e 175 mg L-1 de eugenol demonstraram menor tempo de indução a este estágio de anestesia. O tempo de indução à anestesia profunda dos juvenis na concentração de 50 mg L-1 de eugenol foi superior as demais concentrações. Já os exemplares submetidos às concentrações de 75, 100, 125, 150 e 175 mg L-1 de eugenol demonstraram menor tempo de indução a este estágio de anestesia. Adultos submetidos nas concentrações de 50 e 75 mg L-1 de eugenol apresentaram maior tempo para alcançar o estágio de anestesia profunda, enquanto a concentração de175 mg L-1 foi a que os peixes apresentaram menor tempo de indução a este estágio de anestesia. As concentrações de 50, 75, 100 e 125 mg L-1 de eugenol levaram a um menor tempo de recuperação dos alevinos à anestesia profunda. Enquanto os peixes submetidos nas concentrações de 150 e 175 mg L-1 demonstraram maior tempo recuperação. Os tempos de recuperação dos juvenis submetidos às concentrações de 125, 150 e 175 mg L-1 de eugenol foram superiores aos das concentrações de 50, 75 e 100 mg L-1. As diferentes concentrações de eugenol utilizadas para submeter os adultos ao estágio de anestesia profunda não influenciaram significativamente no tempo de recuperação destes indivíduos. Portanto, os experimentos demonstram que o eugenol pode ser considerado um anestésico eficiente para P.scalare. Assim, baseado na dose minimamente eficaz, recomenda-se a concentração de 50 mg L-1 de eugenol nas classes de tamanho analisadas para fins de manejo, uma vez que o uso de maiores dosagens acarretaria em desperdício do fármaco e maior custo econômico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1962844 - GALILEU CROVATTO VERAS
Externo ao Programa - 2244947 - DANIEL ABREU VASCONCELOS CAMPELO
Externo ao Programa - 1656792 - MARCOS FERREIRA BRABO
Externo à Instituição - JENER ALEXANDRE SAMPAIO ZUANON
Notícia cadastrada em: 03/05/2017 14:52
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