Na rotina assistencial do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), referência em doenças infecciosas no estado do Pará, profissionais da saúde utilizam máscaras de filtro N95 para proteção contra aerossóis infecciosos, como Mycobacterium tuberculosis, vírus da influenza, vírus da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-Cov-2), Bacillus subtilis, e bactérias aerolizadas. Procedimentos de biossegurança, como a assepsia das mãos e a troca de luvas, minimizam o risco de contaminação por contato devido ao manuseio da máscara durante o turno de trabalho, uma vez que sua superfície é exposta a contaminantes invisíveis. A descontaminação das máscaras N95 durante o turno de trabalho é também estratégia de biossegurança. O surgimento de um novo patógeno, o SARS- CoV-2, intensificou discussões sobre a descontaminação de máscaras N95, dada a alta demanda e consequente escassez desse Equipamento de Proteção Individual (EPI). O presente trabalho apresenta protocolo de descontaminação de máscaras N95, assim como, resultados de pesquisa qualitativa sobre a adesão de profissionais do HUJBB ao referido protocolo. O dispositivo para descontaminação das máscaras N95, montado pelos autores, utiliza a luz ultravioleta de ondas curtas (UV-C), dada sua eficiência germicida comprovada, apresenta baixo custo, é seguro, prático e eficiente. Como parte do mesmo protocolo, é apresentada uma alternativa de embalagem para armazenamento das máscaras entre os turnos de trabalho. Os resultados da pesquisa qualitativa apontam para adesão dos profissionais da enfermagem à prática de escontaminação das máscaras, reconhecendo a praticidade e a contribuição do protocolo para a segurança ocupacional.