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Banca de QUALIFICAÇÃO: MAYRA MARTINS SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYRA MARTINS SILVA
DATA: 16/10/2014
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório da FAU/UFPA
TÍTULO: Tintas à base de cal e argilas para utilização como material de restauro compatível com o revestimento de edificações do século XVIII
PALAVRAS-CHAVES: Tinta/pintura à cal e argila; caiação; compatibilidade; século XVIII; restauro
PÁGINAS: 96
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO: O acabamento mais comum nos edifícios antigos é a caiação (PINHO, 2008), pintura à base de cal, que pode ter a adição de pigmentos, em geral minerais e principalmente argilosos, ou corantes na preparação da tinta. Com a evolução tecnológica, a cal como componente básico de vários materiais históricos, teve seu progressivo desaparecimento, assim como a experiência prática de se trabalhar com a mesma, o que trouxe dificuldades às obras de restauro (KANAN, 1996). Somam-se, os problemas de inadequação da maioria dos materiais disponíveis no mercado, já que um dos fatores da deterioração das estruturas históricas está associado à manutenção e restauração de argamassas, rebocos e pinturas à base de cal. Se estes não são conservados com materiais compatíveis, sua deterioração ocorrerá de forma mais acelerada, já que os materiais de pintura possuem características físicas, mineralógicas e químicas variadas, o que condiciona a seleção do tipo de produto a aplicar. Desta forma, objetiva-secaracterizar as tintas antigas à base de cal e argilas presentes em edificações religiosas setecentistas, uma vez que estas correspondem às construções que mais preservam o testemunho das camadas de tinta antigas, de modo a subsidiar a produção de material compatível teoricamente e tecnologicamente para seu restauro. Os materiais da pesquisa são as camadas pictóricas e argamassas aplicadas às edificações: Capela Pombo, Capela da Ordem Terceira do Carmo e Igreja de Nossa Senhora das Mercês, bem como a cal, as argilas e outros materiais de pintura utilizados para a produção da tinta de restauro. Os métodos correspondem aos ensaios laboratoriaispara caracterizações física, química e mineralógica, produção da argamassa e da tinta de restauro e sua avaliação. Com resultados preliminares já obtidos, pôde-se constatar que todas as amostras analisadas apresentam pelo menos 5 camadas de materiais de pintura, tendo recebido novas camadas de revestimentos, mas conservando, mesmo que com vários níveis de deterioração, pelo menos a sua primeira camada de pintura. As cores presentes nestas pinturas são tons de bege (até o salmão), amarelo (principalmente o ocre), cinza e branco, e há certa diversidade de técnicas de pintura utilizadas ao longo da história nos monumentos estudados, variando desde técnicas mais antigas, como a caiação, do uso de técnicas rebuscadas, como o fingido, ao emprego de pinturas mais novas. Em todas as amostras, verificou-se a presença de tintas mais atuais na superfície, o que, devido à incompatibilidade entre estas e a estrutura antiga das camadas iniciais e do substrato, pode ser um dos fatores contribuintes para a ocorrência de certas patologias. A mineralogia e a análise química das amostras das camadas ocre da Capela Pombo (1a camada) e da Capela da Ordem Terceira do Carmo (2a camada), corroboraram as tonalidades atribuídas nas análises de microscopia ótica com relação à estes estratos pictóricos, sendo estes atribuídos a caiações com adição de pigmentos minerais provavelmente argilosos. Uma vez que as pinturas setecentistas apresentam composição e aspecto diferenciados das mais recentes, o entendimento da caracterização destes materiais norteia a busca pela compatibilidade dos sistemas antigos com a tinta restaurativa a ser produzida.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUIZ ANTONIO CRUZ SOUZA
Interno - 3153107 - MARCIO SANTOS BARATA
Interno - 1248598 - ROMULO SIMOES ANGELICA
Presidente - 1510594 - THAIS ALESSANDRA BASTOS CAMINHA SANJAD
Notícia cadastrada em: 14/10/2014 10:41
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