Formas de Ocupação de Bacias Hidrográficas Urbanas na Região Metropolitana de Belém (RMB): Diagnósticos e Alternativas
Belém, Bacias Hidrográficas, Impactos socioambientais
O padrão extensivo de crescimento urbano praticado nas grandes e médias cidades brasileiras, somado à precariedade ou inexistência das redes de infraestrutura urbana, tem agravado as já conflituosas relações entre as formas vigentes de uso e ocupação do solo urbano e as dinâmicas naturais, resultando, em alguns casos, em um cenário de crítica degradação urbano-ambiental.
Tucci (2002) constata que esse padrão de urbanização, marcado por formas irregulares de ocupação e pela inobservância das diretrizes urbanísticas previstas nos planos diretores, vem sendo replicado nas cidades periféricas dos espaços metropolitanos, como solução para o atendimento às altas demandas populacionais dessas cidades, conforme atestado pelas expressivas taxas de crescimento populacional, em relação às das cidades núcleo das regiões metropolitanas.
Com a inevitável alteração sofrida pelo regime natural das águas em virtude da urbanização, processos que, nas áreas não-urbanizadas desenvolviam-se de forma equilibrada, podem causar grandes desastres nas cidades, o que leva Schutzer (2012) a afirmar que o fluxo das águas, na superfície e no subsolo, o qual desencadeia processos físicos e ecológicos, trata-se do principal fator a ser considerado em uma análise ambiental urbana e no planejamento territorial urbano.