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Banca de DEFESA: PEDRO LEONARDO SECCO GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO LEONARDO SECCO GOMES
DATA: 08/09/2016
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 21 do prédio do PGITEC
TÍTULO:

Pigmentos pozolânicos produzidos a partir de misturas de lama vermelha e caulim para argamassas coloridas.



PALAVRAS-CHAVES:

lama vermelha, caulim, pigmento, pozolana, argamassa colorida.  


PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO:

O Estado do Pará é um dos maiores produtores de substâncias minerais do país, destacando-se as indústrias de beneficiamento de caulim e de produção de alumina. Esta última é responsável pela geração da lama vermelha, resíduo do processo Bayer, constituído por óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, cuja maior desvantagem é a grande quantidade de sódio solúvel. Este trabalho objetivou dar uma destinação final a lama vermelha, diferentemente da simples deposição em lagoas de sedimentação, mas sim através da produção de um novo tipo de material de construção, o pigmento pozolânico, elaborado a partir da calcinação e moagem da lama vermelha e da mistura desta com o caulim. No pigmento rico em lama vermelha identificou-se a presença de hematita, anatásio, calcita, sodalita e a nefelina, este último responsável pela redução do sódio solúvel. No pigmento rico em caulim a nefelina não foi formada por causa da grande quantidade de sílica na mistura. Identificou-se apenas o halo amorfo referente à metacaulinita e traços de anatásio. Ambos os pigmentos apresentaram extrema finura e área superficial específica elevada. Nos ensaios de atividade pozolânica com cimento Portland e cal hidratada, o pigmento com maior incorporação de caulim apresentou atividade pozolânica muito elevada, com ID de 123% e resistência à compressão de 14 MPa na argamassa de cal. O pigmento com maior percentual de lama vermelha apresentou baixa atividade pozolânica, com ID de 82% e resistência à compressão de 1,30 MPa na argamassa de cal. Neste caso, apesar da baixa atividade pozolânica, considerou-se o resultado satisfatório porque o pigmento apresentou reatividade com o cimento Portland e consequentemente, reduz a eflorescência. Nas argamassas de cimento Portland, os pigmentos pozolânicos possibilitaram acréscimos de resistência em relação à argamassa de referência para teores de até 15% de incorporação. Para o pigmento com 90% de caulim e 10% de lama vermelha o desenvolvimento de resistência foi mais acentuado nas primeiras idades, 1 e 7 dias, ao passo que o pigmento com 10% de caulim e 90% de lama vermelha, os maiores ganhos de resistência ocorreram nas idades mais avançadas. Ambos os pigmentos pozolânicos proporcionaram resistências muito superiores às argamassas do que o pigmento comercial com a possibilidade de redução da eflorescência, principal patologia em concretos e argamassas coloridos. A incorporação do caulim à lama vermelha nos pigmentos possibilitou reduções no sódio solúvel, cerca de 13% para o pigmento e 21% nas argamassas com 10% de incorporação. Os resultados indicam perspectivas positivas de aproveitamento destes dois resíduos como pigmentos para concreto e argamassa. São necessários estudos de avaliação da manutenção da cor ao longo do tempo sob condições de exposição ao intemperismo natural. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2012945 - MARCELO DE SOUZA PICANCO
Presidente - 3153107 - MARCIO SANTOS BARATA
Externo ao Programa - 326260 - ROBERTO DE FREITAS NEVES
Interno - 1248598 - ROMULO SIMOES ANGELICA
Notícia cadastrada em: 29/08/2016 11:50
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