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Banca de DEFESA: TAÍS SALBÉ CARVALHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAÍS SALBÉ CARVALHO
DATA: 10/01/2022
HORA: 15:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

VIAJAR E EXISTIR EM "PRIMEIRAS ESTÓRIAS", DE JOÃO GUIMARÃES ROSA


PALAVRAS-CHAVES:

Viajar; Existir; Educar Poético; Hermenêutica; Primeiras Estórias; João Guimarães Rosa.


PÁGINAS: 226
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Viajar e existir são questões originárias que nos lançam em pro-cura de nós mesmo, e se

manifestam enquanto demanda pela palavra em busca de nos conhecermos enquanto entre-
acontecer. Estas questões se dão em diálogo com uma das obras mais originais e originárias

de João Guimarães Rosa, Primeiras Estórias, em que manifesta as questões primeiras nas
quais o ser humano habita, e que vigoram enquanto linguagem por meio de enredos-questão,
personagens-questão, imagens-questão que conduzem o leitor a se perguntar sobre o sentido

do ser e da vida, em travessia, enquanto aprendizagem poética, rumo a desvendar a questão-
mistério do livro: “Você chegou a existir? Este estudo nasceu com o objetivo de pesquisar

como são manifestadas as questões do viajar e do existir em Primeiras Estórias, tendo como
hipótese que, pelo diálogo com a obra literária, em que se percebe uma narrativa que projeta
o leitor na e pela pro-cura do seu ser, somos lançados em travessia por buscar um educar
poético que nos conduza à clareira do questionar, na qual habita o mistério entre o todo saber
e o não saber, em busca do que nos é próprio — nossa humanidade, e, por isso, chegamos a
existir? O método — méta (entre) hodós (caminho) — a ser percorrido enquanto escolha dos
caminhos teóricos a serem tomados vai se desvelando pelo caminhar. Uma possibilidade de
percurso para o acontecer dessa aprendizagem foi o educar poético que lança mão da
circularidade hermenêutica enquanto processo de leitura–escuta da obra literária em que, ao
dialogar com a obra e questioná-la, o leitor passa a ser por ela questionado, tentando cumprir
seu destino: tornar-se humano em travessia: existir. Esta viagem-pesquisa se justifica, tendo
em vista que em todo pro-curar vigora o diálogo entre a tensão — dobra entre ser e não-ser
— e a tessitura — vigorar de um modo próprio no qual as questões desvelam-se no ser que
se destina em cada humano — de um diálogo original que a obra de Guimarães Rosa

estabelece com as raízes do pensamento ocidental, em que, em suas narrativas, a viagem-
leitura se manifesta no existir, e vice-e-versa, enquanto um processo ontológico pelo qual

cada ser humano é levado para além dos limites, habitando a dialética entre ser-e-pensar. No
“Porto de chegada”, acolho a viagem e me acolho enquanto experiência poética de
atravessamento, percebendo que é pela leitura amorosa de Primeiras Estórias que
evidenciamos o trajeto ascensional do humano como projeto poético-existencial desta
grandiosa obra de Guimarães Rosa: nossa aprendizagem poética que nos conduz ao existir.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANGELA MARIA GUIDA
Presidente - 1720470 - ANTONIO MAXIMO VON SOHSTEN GOMES FERRAZ
Externo à Instituição - IGOR TEIXEIRA SILVA FAGUNDES
Interno - 2190652 - LUIS HELENO MONTORIL DEL CASTILO
Externo à Instituição - RAPHAEL BESSA FERREIRA
Notícia cadastrada em: 20/12/2021 13:31
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