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Banca de DEFESA: GISELDA DA ROCHA FAGUNDES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GISELDA DA ROCHA FAGUNDES
DATA: 26/06/2019
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de defesas do PPGL
TÍTULO:

INVESTIGANDO O DESVOZEAMENTO VOCÁLICO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): ANÁLISE ACÚSTICA E PERCEPTUAL DAS VOGAIS ALTAS PRETÔNICAS


PALAVRAS-CHAVES:

Vogais desvozeadas, Análise Acústica, Análise Perceptual.


PÁGINAS: 240
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Esta pesquisa teve como objetivo investigar o fenômeno do desvozeamento das vogais altas pretônicas no Português Brasileiro. Para tanto, investigar o desvozeamento de vogais pretônicas altas do ponto de vista acústico e do ponto de vista perceptual verificando os contextos fonéticos que mais favoreceram o desvozeamento das vogais pretônicas altas e aplicando a teoria da Fonologia Gestual para explicar o fenômeno do desvozeamento. Procedemos duas fases de coleta e análise de dados. A primeira fase, correspondeu a coleta de dados acústicos em que realizamos a gravação de áudio de 6 (seis) informantes, sendo 3 (três) do sexo feminino e 3 (três) do sexo masculino, paraenses que moravam em São Paulo no período máximo um ano. A estratificação social adotada foi a mesma utilizada para as descrições sociolinguísticas: Faixa Etária (de 20 a 35 anos), Nível de Escolaridade (ensino superior). A segunda fase compreendeu a coleta de dados de percepção de 24 (vinte e quatro) juízes, 12 (doze) Experts, com formação superior em Letras, e 12 (doze) Naives, com formação superior em outros cursos, com um número proporcional de homens e mulheres, naturais e residentes no Pará. O corpus para a análise acústica foi formado pela gravação em cinco repetições aleatorizadas dos vocábulos selecionados na frase veículo “Diga ____ logo”. Foram coletadas um total de 1.440 frases veículo, das quais 1.417 vocábulos alvo foram analisados. O corpus para a análise perceptual foi formado pela aplicação de um teste de identificação e de gradiência de sonoridade, no aplicativo Worken. Foram coletados, ao todo, 8.208 dados analisáveis sendo 3.024 referentes a identificação, e 5.184 referentes a gradiência. Nossos resultados acústicos confirmaram a influência das variantes de vozeamento em todas as medidas acústicas e consonantais dos vocábulos analisados, confirmando que o desvozeamento nas vogais altas pretônicas está de fato relacionado à redução da magnitude do gesto vocálico, provocada pelo curto tempo de articulação, permitindo que haja sobreposição dos gestos consonantais sobre os vocálicos. Com relação a percepção nossos dados reafirmam os achados de Hasegawa (1999), de que as vogais desvozeadas ocorrem sem prejuízo no seu significado e na sua percepção e que, assim como o desvozeamento, a percepção, varia de indivíduo para indivíduo, e os de Gordon (1998) que relatou que os fatores articulatórios e aerodinâmicos que induzem o desvozeamento então em conflito com os fatores perceptivos que advogam contra o desvozeamento uma vez que, perceptualmente, não há uma distinção clara entre vogal vozeada e desvozeada, mas uma gradiência entre os extremos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALBERT OLIVIER BLAISE RILLIARD
Externo à Instituição - ELEONORA CAVALCANTE ALBANO
Interno - 1721753 - GESSIANE DE FATIMA LOBATO PICANCO
Presidente - 1153554 - REGINA CELIA FERNANDES CRUZ
Interno - 1353073 - SIDNEY DA SILVA FACUNDES
Notícia cadastrada em: 24/06/2019 17:46
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