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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAELLA DIAS FERNANDEZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELLA DIAS FERNANDEZ
DATA: 30/04/2019
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE DEFESAS DO PPGL
TÍTULO:

CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS ENTRE MOQUECA DE MARIDOS E HISTÓRIA DO OLHO


PALAVRAS-CHAVES:

Mal; Erotismo; Vingança; Moqueca de maridos; História do Olho.


PÁGINAS: 79
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A tese inicia com uma reflexão sobre a leitura do mito da criação e da destruição do mundo para os Tupinambá, a partir destas narrativas, surge um elemento fundamental para este povo: a terra sem mal. Após uma reflexão sobre a importância desta terra para os Tupinambá, infere-se que a percepção do mal no mundo está presente no modo de vida deles. A noção de mal surge também nas narrativas do livro da antropóloga Betty Mindlin, Moqueca de Maridos – mitos eróticos indígenas. Após a leitura dos mitos, verificou-se a presença da vingança, assassinatos, tortura, antropofagia. Com isto, propõe-se analisar os possíveis desdobramentos do mal nos mitos indígenas e também a provável relação com a novela História do Olho, de Georges Bataille. Essas duas literaturas, longe de serem conflitantes, flagram a relação intrínseca que há entre dois campos tidos como distintos: os mitos indígenas e a literatura francesa. Após uma leitura investigativa, constatou-se que há pontos em que ambos aparentemente são ressoantes, assim, em que sentido é possível pensar em convergências entre os mitos e a novela batailliana? Até que ponto é possível propor a noção de mal na sociedade indígena? A presença do mal é a mesma em ambas? Desta forma, o objetivo central da tese é propor uma análise comparativa entre as obras e problematizar a aparição do mal nelas. A convergência entre a literatura francesa e os mitos eróticos indígenas foi pensada por Eliane Robert Moraes, estudiosa do erotismo no Brasil. A autora situa uma breve correspondência entre ambos ao afirmar que o imaginário indígena soa bastante familiar para quem conhece a moderna literatura erótica. Para realizar este trabalho, valemo-nos principalmente dos estudos de Georges Bataille, em O Erotismo (2013) e A literatura e o mal (1989), de Georges Didi-Huberman A Semelhança Informe (2015) e A inconstância da alma selvagem (2016), do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. Contatou-se que há diversos momentos em que é possível apontar semelhanças e diferenças entre os livros, pois neles nota-se a presença da violência, da mutilação, do excesso, do mal, da tortura e do erotismo. Assim, com o intuito de dar fôlego a um trabalho inédito de comparação entre ambos, visamos propor ressonâncias temáticas e ressaltar as diferenças, revelando a condição primordial que os norteia: o mal.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6217971 - IVANIA DOS SANTOS NEVES
Presidente - 1527529 - IZABELA GUIMARAES GUERRA LEAL
Externo à Instituição - MARCELO JACQUES DE MORAES
Notícia cadastrada em: 15/04/2019 10:48
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