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Banca de QUALIFICAÇÃO: IRISVALDO LAURINDO DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IRISVALDO LAURINDO DE SOUZA
DATA: 26/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: PPGL sala 14
TÍTULO:

METARRESISTÊNCIA ESTÉTICA: uma proposta de paradigma para (re)pensar a resistência como política literária


PALAVRAS-CHAVES:

resistência estética; metapolítica; Rancière; Gullar; Césaire.


PÁGINAS: 187
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Esta pesquisa faz um esforço teórico para repensar e na medida do possível renovar a noção de resistência estética nos Estudos Literários. Proveniente da ética, de acordo com Alfredo Bosi (2002), resistência é um paradigma indispensável para a problematização das relações entre literatura e sociedade. Sua percepção como virtude artística remonta ao Iluminismo. Mas foi no século XX, com as duas guerras mundiais e com as lutas de libertação colonial, que o conceito proliferou-se. Este trabalho intenta flexioná-lo e alargá-lo para dar melhor provimento às demandas da modernidade tardia. São duas as linhas de força da pesquisa. A primeira é de investigação literária. Traz como objetos de estudo o Poema sujo de Ferreira Gullar (2000), de 1975, e o Diário de um retorno ao país natal (2012) de Aimé Césaire, escrito e reescrito entre 1939 e 1956. A hipótese que se investiga é a de que essas obras lírico-narrativas e vanguardistas denotam um avançado programa de resistência em relação aos paradigmas dominantes à época. A segunda linha de força é estritamente teórica. Tem como eixo central a teoria estética e a filosofia política de Jacques Rancière (2009a; 2009b; 2023). Mas também se enforma em diálogos com o pensamento de Michel Foucault (1999; 2006; 2021), Gilles Deleuze e Félix Guattari (2010; 2017), Theodor W. Adorno (1995; 2002; 2003), Giorgio Agamben (2002) e Judith Butler (2017; 2019a; 2019b), dentre outros. O trabalho divide-se em quatro etapas. A primeira é de apresentação, reflexão e análise crítica do corpus literário. A segunda, de desenvolvimento teórico, envolve o manejo de categorias como poder e resistência, política, biopolítica e biopoder, vida nua e vida precária, arquipolítica, parapolítica e metapolítica. Dentre essas, a última, proposta por Rancière (2018; 2023), é a matriz a partir da qual se extrai o paradigma de metarresistência estética ou de resistência metapolítica que dá provimento ao objetivo da tese. Uma noção norteada por princípios como igualdade e emancipação. E que em sua clivagem epistêmica contrapõe-se diretamente ao conceito de resistência como engajamento do artista e da obra ao processo político, essa ainda imbuída de um ethos revolucionário e utópico que já não tem lugar na modernidade tardia. A terceira etapa é de investigação dos elementos estritamente metapolíticos do corpus literário. E complementa-se com uma Analítica da Metarresistência que tem por objetivo consolidar teoricamente o paradigma desenvolvido na pesquisa. Já a quarta e última etapa é dedicada a pôr o conceito de metarresistência estética em movimento, a partir da análise metapolítica de seis obras artísticas contemporâneas distintas em gênero, origem e linguagem: duas peças teatrais, uma série de streaming, um filme de longa-metragem e dois romances.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2478698 - CARLOS AUGUSTO NASCIMENTO SARMENTO PANTOJA
Externo à Instituição - EDUARDO ANÍBAL PELLEJERO
Presidente - 1201576 - TANIA MARIA PEREIRA SARMENTO PANTOJA
Notícia cadastrada em: 19/02/2024 14:35
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