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Banca de DEFESA: BRUNA FERRO E SILVA PINTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA FERRO E SILVA PINTO
DATA: 22/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

AS NOSSAS HISTÓRIAS COMEÇAM PELAS NOSSAS RAÍZES: trajetórias de letramentos de estudantes indígenas e quilombolas em um projeto de ensino na/da UFPA


PALAVRAS-CHAVES:

  Letramentos; Multiletramentos; Identidades; Interculturalidade; Ações Afirmativas


PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Ao ingressar na universidade, estudantes de grupos sociais diversos se veem em um processo desafiador, constituído pela falta de familiaridade com as práticas sociais de leitura e escrita, de gêneros discursivos da esfera universitária. Diante de tal cenário, busca-se investigar e contribuir com estudos sobre letramentos à luz da Linguística Aplicada. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo compreender os desafios nas trajetórias de letramento de acadêmicos indígenas e quilombolas do curso de Licenciatura em Letras – Português participantes do Projeto de Ensino e Aprendizagem Literacia e Integração Acadêmica: a autonomia pelas vias da aprendizagem e inclusão (PLIA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), desde a educação básica ao ensino superior. Ademais, a presente pesquisa, em colaboração com o projeto-mãe – PLIA –, embora tenha objetivos específicos, visa promover o desenvolvimento acadêmico de ingressantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica aos cursos de graduação da UFPA, no que diz respeito aos níveis de formação profissional, por meio do atendimento às suas necessidades educacionais. Nesse sentido, esta investigação fundamenta-se nos conceitos de alfabetização e letramento (Soares, 2003, 2004. 2005; Macedo, 2020), nos Novos Estudos de Letramento (Lea, Street, 2006; Heath, 1982; Kleiman, 1995, 1998; Macedo, 2021), na Pedagogia dos Multiletramentos (Bevilaqua, 2013; Cazden et al., 2021; NLG, 2006; Pinheiro, 2016), na perspectiva de Gêneros Discursivos (Bakhtin, 1997 [1979], 2017 [1979], Bakhtin, Volóchinov, 1926), nos Estudos Críticos Interculturais (Candau, 2008, 2021; McLaren, 1997; Paulo Freire, 1981, 1989, 1993; Oliveira, 2015) e questões de identidade (Canclini, 2009; Hall, 2006; Moita Lopes, 1998; Silva, 2012). Como base metodológica, adotou-se a perspectiva qualitativo-interpretativista, de viés etnográfico. O corpus para análise é constituído por dados gerados a partir de questionário aberto, entrevista semiestruturada, observação participante em campo e produção textual. Os resultados apontam para algumas categorias que interviram nos índices de letramento escolar e acadêmico, entre as quais destacam-se: baixa escolarização dos familiares, condições socioeconômicas desfavoráveis, dificuldades nos deslocamentos territoriais, preconceito e discriminação, falta de qualificação profissional, identidades deslocadas, desgarramento familiar, etc. Conclui-se que as ações pedagógicas acompanhadas por meio de atendimentos individualizados e coletivos do PLIA contribuem significativamente para promover a autonomia, a criticidade e a inclusão de estudantes de ações afirmativas nas práticas sociais e tecnológicas da leitura e da escrita na esfera universitária, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento de habilidades e competências para/na formação docente/profissional. Finalmente, destaca-se que os desafios impostos na educação básica podem ser superados no ensino superior, a partir de políticas de ações afirmativas e de projetos que contemplem a integração, o apoio e a assistência pedagógica desses estudantes. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1658132 - CELIA ZERI DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2316255 - KATIANE SILVA
Externo à Instituição - MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 26/01/2024 15:20
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