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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANNA CLARA PAES LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA CLARA PAES LIMA
DATA: 31/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: on line
TÍTULO:

ENTRE AS ONDAS E GOLVEN: Uma análise da influência modernista e cinematográfica na escrita Andrógina Feminista woolfiana


PALAVRAS-CHAVES:

Virginia Woolf; cinema; androginia; feminismo


PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

As constantes ondulações da vida em sociedade movimentam a literatura perpetuamente e Virginia Woolf se encarregou da árdua tarefa de compreender essas movimentações humanas, principalmente no que diz respeito à produção artística do século em que viveu. Ela dedicou-se a retratar a mente moderna, pois a narrativa realista usual já não era o suficiente para expressar os processos complexos da mente desses indivíduos. Virginia Woolf, mexeu com a forma do romance, a fim de encontrar essa expressividade da modernidade, que pudesse exprimir a mudança de pensamento acerca da vida, do seu peso, seu valor e principalmente, seu propósito, que ocorreu com o início da Primeira Guerra. Ao mesmo tempo, a popularização do cinema e a fundamentação das suas técnicas narrativas como parte de sua linguagem influenciaram Woolf a redescobrir o mundo por outras lentes. Assim, Woolf foi parte essencial dessa busca moderna da literatura na Europa, além disso, o seu envolvimento político feminista lhe permitiu questionar também outras estruturas problemáticas, como opressão social, subjetiva e identitária da mulher. Com um estudo acerca do feminismo insurgente e de técnicas narrativas do cinema, Woolf desenvolveu uma forma de escrita que ela chama de Andrógina, a qual pode ser utilizada para se opor à língua falocêntrica, que repreende e oprime a expressividade de sujeitos-outros diferentes de si-próprios. Entre os romances de Virginia Woolf, é The Waves (1931) que pode representar seu projeto modernista feminista, pois ilustra a reinvenção da língua a partir da androginia ao mesmo tempo que cruza os limites do gênero e da forma, utilizando técnicas de linguagem cinematográfica e dramática. Em 1982, o sétimo romance de Woolf foi adaptado para o cinema pela cineasta holandesa Annette Apon. O filme é chamado Golven e complementa a obra de Woolf e busca inspiração no experimentalismo da linguagem literária e do teatro para expressar o peso da existência a partir da metaforização do silêncio e da memória. A influência da linguagem cinematográfica e a inclinação político feminista de Woolf guiou sua escrita e a identidade textual tecida por ela ao longo da vida. Logo, este texto pretende investigar essas confluências entre o cinema e outras artes; The Waves e a escrita andrógina feminista woolfiana, baseado nos estudos das obras de Maggie Humm (2002; 2010), Marcel Martin (2011), Ismail Xavier (2017), as obras ensaísticas de Virginia Woolf e dos textos político feministas de Hélène Cixous (1975; 1974). Por fim, será feito uma análise comparativa, por meio dos princípios já citados, entre o romance The Waves e o filme Golven.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1717153 - ALESSANDRA FABRICIA CONDE DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA RITA DRUMOND VIANA
Presidente - 2333788 - OTAVIO GUIMARAES TAVARES
Notícia cadastrada em: 23/01/2024 17:24
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