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Banca de DEFESA: MAYARA HAYDEE LIMA SENA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYARA HAYDEE LIMA SENA
DATA: 22/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

 

A MELANCOLIA EM REPERTÓRIO SELVAGEM, DE OLGA SAVARY, E METADE CARA, METADE MÁSCARA, DE ELIANE POTIGUARA

 

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Melancolia; Colonialidade; Literatura indígena; Amazônias.


PÁGINAS: 96
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

 

Este estudo centra-se nas imagens da melancolia que emergem no contexto de colonialidade em duas de suas expressões brasileiras: as tristezas indígenas e as amazônicas. As chamadas tristezas periféricas são representadas pelos livros Metade cara, metade máscara (2004), de Eliane Potiguara, e Repertório Selvagem (1998), de Olga Savary, que compõem o corpus desta pesquisa. Dessa forma, objetiva-se identificar a melancolia alegorizada como tema fundamental das poéticas de Metade Cara, Metade Máscara, de Eliane Potiguara, e de Repertório Selvagem, de Olga Savary. Outrossim, como objetivos específicos, anseia-se discutir algumas relações entre colonialidade do saber e o silenciamento das tristezas periféricas, as não canônicas: brasileiras e amazônicas; identificar a melancolia indígena, metonimizada na obra de Eliane Potiguara; além de investigar imagens da melancolia à sombra da floresta amazônica no livro de Olga Savary. O trabalho dialoga com a perspectiva decolonial de pensadores como Aníbal Quijano (2005), Enrique Dussel (2005), Walter Mignolo (2017), María Lugones (2014), entre outros, para discutir as interrelações entre colonialidade do saber e o repertório teórico da melancolia. Assim, constata-se a necessidade de um debate mais específico sobre a experiência brasileira do mal-estar, atravessado pela colonialidade e que, portanto, distingue-se das compreensões eurocentradas da tristeza e suas representações literárias. Nesse sentido, a partir do percurso interpretativo dos poemas, reconhece-se que a literatura indígena de Eliane Potiguara e a onipresença da floresta amazônica, na obra de Olga Savary, colocam outros personagens e territórios no repertório dos estudos da melancolia na contemporaneidade, fora da hegemônica melancolia das grandes cidades europeias. As contribuições poéticas das autoras são fundamentais para a visibilização das tristezas periféricas, criando uma contranarrativa que desafia a colonialidade do saber sobre a melancolia. Na poética de Savary, as Amazônias, no que tange seu conceito fitogeográfico (MOREIRA, 1958), são inscritas sob signo da perda; bem como, no testemunho poético de Eliane Potiguara, revela-se que não se pode pensar a colonialidade sem o reinado da tristeza.

 

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1620508 - MAYARA RIBEIRO GUIMARAES
Externo à Instituição - SERGIO CARVALHO DE ASSUNÇÃO
Externo ao Programa - 1201576 - TANIA MARIA PEREIRA SARMENTO PANTOJA
Notícia cadastrada em: 19/12/2023 10:39
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