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Banca de DEFESA: FÁBIO MATOS CARNEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FÁBIO MATOS CARNEIRO
DATA: 29/11/2023
HORA: 14:30
LOCAL: videoconferencia
TÍTULO:

TRADUZIR A CULTURA OU REAFIRMAR O CÂNONE: DUAS TRADUÇÕES PARA O INGLÊS DE “MEU TIO O IAUARETÊ”, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: David Treece. Giovanni Pontiero. Guimarães Rosa. “Meu tio o Iauaretê”. Tradução


PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A presente dissertação propõe ao longo de suas páginas um exame da tarefa de tradução do conto “Meu tio o Iauaretê” de João Guimarães Rosa (1908-1967) — quarta narrativa da coletânea póstuma Estas estórias (1969) — correlacionando duas versões bibliográficas dessa produção vertidas para o inglês britânico. Tal pesquisa realizou-se com base nos trabalhos desenvolvidos por Giovanni Pontiero (1932-1996) e por David Treece, no claro intuito de revelar: a) a presença da cultura indígena nessa obra rosiana autodiegética e narrada em primeira pessoa e b) reafirmar a importância desse ficcionista mineiro no cenário internacional contemporâneo. O primeiro tradutor citado, foi e ainda é considerado um grande investigador no campo dos Estudos Literários em língua portuguesa, responsável por empreender diversos trabalhos como artigos, ensaios, conferências, entradas em enciclopédias e traduções de relevantes autores lusitanos e brasileiros. Já David Treece — ainda durante o seu curso de doutorado em Literatura Brasileira na Universidade de Liverpool, na segunda metade da década de 1980, — empreendeu forte interesse por temas muito peculiares nas Letras nacionais tais como o indianismo estético que culminou com a tentativa de abranger a totalidade histórica da produção literária relacionada aos povos indígenas brasileiros desde a colonização até a contemporaneidade. Tal demanda, terminou, em verdade, por se centrar tão somente no intervalo epocal dos séculos XVIII e XIX, como denota o seu Exilados, aliados, rebeldes (2008). Por intermédio de um levantamento bibliográfico e de cunho comparatista, levou-se essa investigação acadêmica ao escopo de se saber se os tradutores acima mencionados notaram em suas respectivas transposições de “Meu tio o Iauaretê”, tanto a utilização forjada por Guimarães Rosa do tupi-guarani, entre outros aspectos, quanto se operaram os resíduos de idiomas e das representações socioculturais dos primeiros povos presentes no enredo desse conto rosiano, além de denotar de que maneira se lançaram na tarefa de decodificação de “Meu tio o Iauaretê”, uma das narrativas mais significativas da lavra do autor de Grande sertão: veredas (1956), a qual ainda não recebeu, infelizmente, a devida importância por parte dos leitores iniciantes e dos grandes produtores da recepção crítica, o que mostra que mesmo depois de quase cinquenta e cinco anos do desaparecimento físico de seu autor, o universo rosiano ainda tem com o que preencher o imaginário e as páginas produzidas ao redor do globo. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2190652 - LUIS HELENO MONTORIL DEL CASTILO
Interno - 325213 - MARIA DO PERPETUO SOCORRO GALVAO SIMOES
Externo à Instituição - RUBENIL DA SILVA OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 22/11/2023 15:35
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