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Banca de DEFESA: FÁBIO LUIDY DE OLIVEIRA ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FÁBIO LUIDY DE OLIVEIRA ALVES
DATA: 16/11/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

VARIAÇÃO FONÉTICA EM COMUNIDADES ASURINÍ DO XINGU E ARAWETÉ: UM ESTUDO GEOSSOCIOLINGUÍSTICO


PALAVRAS-CHAVES:

Variação fonética. Língua portuguesa. Contato linguístico. Comunidades indígenas


PÁGINAS: 219
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

O presente estudo teve por objetivo mapear características da diversidade fonética do português falado em comunidades Asuriní do Xingu e Araweté, a fim de analisar geossociolinguisticamente as vogais médias pretônicas, as consoantes /R/ e /S/ em coda silábica e a lateral palatal /ʎ/, seguindo uma tendência atual dos estudos geolinguísticos no Brasil em novos caminhos, como as comunidades tradicionais. Os dois grupos indígenas se localizam na região do Médio Xingu, no estado do Pará, são falantes de português, bem como de línguas pertencentes à família linguística Tupi-Guarani. O trabalho levou em consideração como suporte teórico-metodológico a Dialetologia Pluridimensional (THUN, 1998) e a Geossociolinguística (RAZKY, 2010). O estudo trata da variação da altura das vogais médias pretônicas, do apagamento do /R/, da palatalização do /S/, bem como da variação do /ʎ/, buscando apresentar os principais fatores sociolinguísticos que atuam em sua variação. Trabalhou-se com quatro comunidades indígenas, a saber: Itaaka, Kwatinemu, Ipixuna e Pakaña. As duas primeiras localidades são habitadas pelos Asuriní e as duas últimas, pelos Araweté. Em cada ponto, a pesquisa contou com quatro colaboradores estratificados por sexo (homem e mulher) e por faixa etária (de 18 a 25 anos e de 35 a 45 anos), o que totalizou dezesseis colaboradores. Os dados foram obtidos a partir da aplicação dos questionários semântico-lexical e fonético-fonológico do projeto Atlas Linguístico do Brasil e de entrevistas. Após o procedimento de coleta dos dados, eles foram tratados, mapeados e analisados. Os resultados mostraram que as comunidades Asuriní e Araweté apresentam um português um pouco distinto entre elas, bem como do falado no Pará. A variedade falada nas comunidades indígenas tende a apresentar interferências de suas línguas indígenas, porém variando com o tempo a partir das influências contínuas do dialeto da cidade de Altamira, em um movimento com cada vez menos alteamento de vogais médias, menos apagamento de /R/, menos palatalização de /S/, bem como menos iotização do /ʎ/, praticado principalmente pela faixa etária A (jovens de 18 a 25 anos). 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA SUELLY ARRUDA CAMARA CABRAL
Externo à Instituição - ELIANE PEREIRA MACHADO SOARES
Externo ao Programa - 3087710 - MARCELO PIRES DIAS
Presidente - 1260863 - MARILUCIA BARROS DE OLIVEIRA
Interno - 1353073 - SIDNEY DA SILVA FACUNDES
Notícia cadastrada em: 11/10/2023 11:29
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