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Banca de DEFESA: LIANA MÁRCIA GONÇALVES MAFRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIANA MÁRCIA GONÇALVES MAFRA
DATA: 04/10/2023
HORA: 14:30
LOCAL: ONLINE
TÍTULO:

MULHERES-VAGALUMES: memórias no feminino, desvios e criação


PALAVRAS-CHAVES:

Ditadura. Autoria de mulheres. Testemunho literário. Desterritorialização


PÁGINAS: 217
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Esta tese objetiva discutir narrativas testemunhais de mulheres como literatura menor, testemunho menor, produzidas sobre a ditadura que ocorreu na Argentina de 1976 a 1983. Desse modo, em La Escuelita. Relatos testimoniales, de Alicia Partnoy; Pasos bajo el agua e 259 saltos, uno inmortal, de Alicia Kozameh; En estado de memoria, de Tununa Mercado; Una sola muerte numerosa, de Nora Strejilevich, podemos encontrar imagens sobre violências específicas, partos, maternidades, educação de meninas, casamento, estrutura familiar e social, engajamento nos movimentos de luta contra a ditadura, experiências femininas no âmbito público e privado atravessadas pela repressão ditatorial que desembocam em reflexões aquém e além da ditadura. A partir dessas questões, o conceito de literatura menor, elaborado por Gilles Deleuze e Félix Guattari, é ampliado para analisar testemunhos literários produzidos por e sobre mulheres com vistas a investigar como tais narrativas desterritorializam-se do narrado sobre a ditadura acerca das mulheres, encontrando saídas ao criar uma nova língua desviada, o testemunho menor produzido por mulheres-vagalumes, lidas a partir de uma metáfora criada por Georges Didi-Habermas, que coloca a resistência da linguagem como pequenas fagulhas, luzes menores que resistem coletivamente na alta escuridão. Para desenvolver a discussão, analisamos as narrativas pelo viés da diferença de gênero, que nos permite traçar um olhar específico para esses testemunhos, pois acreditamos que a perspectiva de gênero amplia a atuação na luta durante a ditadura no Cone Sul, possibilitando olhar para outros e outras protagonistas em suas especificidades. Ou seja, testemunho menor é pensado com as autoras, como uma narrativa duplamente desviante, política e de gênero, e situa-se como enunciação coletiva, uma escrita moldada a um espaço-tempo e desterritorializada física e simbolicamente. Na pesquisa, ancoramo-nos em estudiosos da historiografia argentina sobre a ditadura de 1976; para pensar o testemunho menor, minoria, desvios, estabelecemos diálogo com a filosofia e com a teoria do testemunho para analisar o conceito de menor ligado às artes, ao político, ao coletivo e às rupturas que provocam, assim como a relação desse conceito com a ideia de sobrevivência e visibilidade trazida por Didi-Huberman; as mulheres-vagalumes são pensadas a partir de pesquisadores de gênero, sobretudo do cenário argentino, que estabelecem a discussão com gênero, narrativas, violência, ditadura e estrutura patriarcal, visibilidade, luta feminista; a esses campos dos saberes, liamos a teoria do testemunho com estudiosos do cenário argentino e brasileiro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1201576 - TANIA MARIA PEREIRA SARMENTO PANTOJA
Interno - 2478698 - CARLOS AUGUSTO NASCIMENTO SARMENTO PANTOJA
Externo ao Programa - 1764940 - ANA LILIA CARVALHO ROCHA
Externo à Instituição - ROSANI URSULA KETZER UMBACH
Externo à Instituição - WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO
Notícia cadastrada em: 27/09/2023 09:35
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