Notícias

Banca de DEFESA: ANNA CAROLINA GONCALVES DIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA CAROLINA GONCALVES DIAS
DATA: 26/10/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

NARRATIVAS ORAIS KARIB: UM OLHAR LINGUÍSTICO E CULTURAL PELO MUNDO DOS MORTOS


PALAVRAS-CHAVES:

Ikpeng; Kalapo; Kuikuro; Narrativas Orais


PÁGINAS: 198
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

No Estados Unidos, em 1986, Dell Hymes já fazia grandes estudos com narrativas orais indígenas. No Brasil, ainda se falava pouquíssimo sobre tal assunto dentro das universidades. Timidamente, quase 40 anos depois, a pesquisa foi tomando espaço e hoje, temos grandes trabalhos publicados e sendo desenvolvidos, nos mais diversos polos de pesquisa brasileiros, com o tema: oralidade. De inerente importância para os povos, por tratar-se de uma ferramenta cultural, de luta e resistência, as narrativas orais são o objeto de pesquisa do presente trabalho. Partimos aqui de uma análise linguístico cultural, saindo de amarras única e exclusivamente estruturalista e morfossintáticas, permeando outros grandes vieses como a linguística antropológica, antropologia e arqueologia da morte. Foram escolhidas três narrativas, de três etnias diferentes – com o eixo temático em comum: viagem ao mundo dos mortos. Anha ituna tütenhüpe itaõ, do povo Kuikuro. Kureko Mïran, do povo Ikpeng e Kamagisa etsutühügü, do povo Kalapalo. Todos pertencem à família linguística Karib, o que nos permitiu, identificar e analisar semelhanças estruturais e em sua composição temática. Os três também compartilham a mesma região geográfica, o Parque Indígena do Xingu. Nosso intuito se atém principalmente em entender as semelhanças estruturais, considerando elementos primordiais dentro de cada texto como: personagem, espaço, enredo, clímax e desfecho. Como suporte para essa investigação, especificamente, usaremos como principal referencial Vladimir Propp (2010[1929]). A metodologia proppiana nos mostrou incidências estruturais importantes para que pudéssemos ver também, as diferenças e miudezas que Propp não foi suficiente em identificar. Com tais indicadores, utilizamos de Viveiros de Castro (2002, 2008, 1986), Gueeriro Jr (2012, 2002), Rodgers (2015) e outros nomes para diagnosticar nossas observações e discuti-las do ponto de vista dos citados autores. Ao fim da pesquisa, intentamos corroborar estudos voltados para a composição estrutural de narrativas orais e seu papel sociocultural dentro das sociedades indígenas, principalmente no que diz respeito a concepção de morte, mundo dos mortos e viagem ao mundo do “além. Ademais, almejamos contribuir para o conhecimento da cultura dos povos supracitados, visto que compartilham família linguística e região geográfica, dentro e fora da comunidade científico-acadêmica. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1945974 - ANGELA FABIOLA ALVES CHAGAS
Externo à Instituição - ANTÔNIO ALMIR SILVA GOMES
Interno - 6217971 - IVANIA DOS SANTOS NEVES
Notícia cadastrada em: 21/09/2023 09:36
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - bacaba.ufpa.br.bacaba1