Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCO CAVALCANTE XAVIER

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO CAVALCANTE XAVIER
DATA: 16/08/2023
HORA: 15:00
LOCAL: PPGL - online
TÍTULO:

ANÁLISE PERCEPTUAL DA HARMONIA VOCÁLICA NA FALA DE BELÉM

PALAVRAS-CHAVES:

harmonia vocálica; abaixamento; análise perceptual; dialeto belenense.

PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

O presente trabalho tem como objetivo investigar, perceptualmente, a produtividade da harmonia vocálica disparada por vogais baixas na variedade do português falada em Belém/PA. Para isso, formou-se corpus de 42 palavras (de familiaridade presumida), todas paroxítonas, em sua maioria no molde “CV'CV.CV” (36)1, nas quais /e/ e /o/ se alternam na sílaba pretônica e as 7 vogais do sistema, na tônica. Com uso do conversor Wideo Text to Speech Software, geraram-se estímulos sonoros correspondentes a três variantes para cada palavra do corpus. Nessa variação ternária, </e/> pretônica foi gerada como [i], [e], [E]; </o/> foi gerado como [u], [o], [O]. Para o experimento definitivo, prevê-se amostra de 42 belenenses nativos, estratificados segundo: ‘idade’ (a.18-29; b.48+); ‘escolaridade’ (a. Até o Médio incompleto; b. Graduados em Letras-português; c. Superior (in)completo em outras áreas. Expostos aos estímulos sonoros, os colaboradores julgarão, para cada palavra, a variante mais produtiva em seu dialeto. Finalmente, os dados serão tratados com uso do programa estatístico R. O experimento descrito acaba de ser aplicado, em fase-piloto, a uma amostra limitada de 10 indivíduos não estratificados. Contudo, em razão dessa limitação, a amostra não foi compatível com distribuição para análises estatísticas complexas, mas apenas com estatística descritiva, válida para a amostra adotada, mas não para inferências populacionais. De toda forma, a análise descritiva dos dados revelou que, entre os 10 indivíduos, considerando as duas pretônicas, as variantes baixas foram: a) fortemente rejeitadas diante de tônicas altas (0.83%); b) bastante evitadas diante de tônicas médio-altas (6.6%); c) relativamente bem acolhidas diante de tônicas baixas (67.2%). Assim, os participantes demonstraram clara tendência de preferir as variantes baixas conforme mais baixa fosse a vogal tônica. Espera-se que, com a amostra bem mais diversificada do experimento definitivo, análises estatísticas complexas possam mostrar se essa tendência, de fato, guarda relação com a produtividade da HV no dialeto belenense.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUDIA REGINA BRESCANCINI
Interno - 1721753 - GESSIANE DE FATIMA LOBATO PICANCO
Presidente - 1153554 - REGINA CELIA FERNANDES CRUZ