Notícias

Banca de DEFESA: ALCIR DE VASCONCELOS ALVAREZ RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALCIR DE VASCONCELOS ALVAREZ RODRIGUES
DATA: 20/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: PPGL
TÍTULO:

CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA E LINHA DO PARQUE: UMA LEITURA DOS EXTREMOS NA OBRA DE DALCÍDIO JURANDIR


PALAVRAS-CHAVES:

Chove nos campos de Cachoeira. Linha do Parque. Ciclo do Extremo-Norte. O romance do Extremo-Sul. Dicotomia na obra dalcidiana.


PÁGINAS: 193
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Dalcídio Jurandir (1909-1979) é pouco lido, publicado e estudado, embora seja autor de importante e complexo ciclo romanesco, constituído por dez obras, publicadas de 1941 a 1978, denominadas, no conjunto, de Ciclo do Extremo-Norte. Publicou também um romance fora desse ciclo: Linha do Parque (1959), que difere muito dos outros dez. Essa diferença se faz notória porque Linha do Parque foi escrito sob encomenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ambientado no Extremo-Sul do Brasil, principalmente no porto e na periferia da cidade do Rio Grande (RS), romanceando as lutas proletárias em prol de direitos trabalhistas, com a sequência narrativa iniciando em 1895 e findando em 1952; enquanto o Ciclo do Extremo-Norte é ambientado na Amazônia, com a sequência narrativa iniciando nos anos finais da década de 1910 e percorrendo toda a década de 1920, retratando personagens que Jurandir chamou de “aristocracia de pé no chão”, no geral pobres e decaídos. Tratando essa diferença como dicotomia, percebe-se que, se o Ciclo do Extremo-Norte recebeu pouca atenção dos Estudos Literários, Linha do Parque recebeu menos ainda. Mas quase nada se publicou sobre a dicotomia presente na obra de Jurandir. Por isso, propomo-nos discutir os problemas existentes no que diz respeito a essa dicotomia que, vez por outra, possibilita o entendimento, por alguns estudiosos, de que na obra dalcidiana existiriam dois autores e dois ciclos. Haveria, então, o autor Dalcídio Jurandir que escreveu os romances da saga nortista e o ‘outro Dalcídio’, autor do romance proletário − que teria se tornado outro (por um processo heteronímico), para não perder sua identidade e não trair sua consciência social e sua consciência da feitura do texto literário. Por ricochete, então, além do Extremo-Norte, alguns pesquisadores passaram a considerar que Linha do Parque seria uma espécie de exemplar solitário de um ciclo: o Ciclo do Extremo-Sul. Com o intuito de analisar tal problemática, selecionamos, para estudo, dois corpora: além de Linha do Parque, o livro Chove nos campos de Cachoeira (1941), não só por ser este o romance inicial do ciclo, mas também por ser ele o “texto embrião” (denominação dada pelo próprio Jurandir), por conter de forma latente e manifesta todos os temas que iria desenvolver nos demais. Contudo, concluímos que não se trata de buscar, na comparação e no confronto, possibilitados a partir dos dois corpora, um Dalcídio Jurandir diferente, um ‘outro Dalcídio’, mas sim ‘um outro narrador dalcidiano’ que, por suas estratégias narrativas, difere bastante do narrador dos dez romances do Extremo-Norte. O aporte teórico-crítico que norteia esta tese vem de estudos dos seguintes autores: Genette (2017), Todorov (1970), Lukács (1969), Moisés (2004), Reis; Lopes (1988), Candido (1990), Moraes (1994), Nunes, B. (2004), Furtado (2002), Nogueira (1991), Maia (2017),

entre outros.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - HELIO RODRIGUES DA ROCHA
Interno - 2190652 - LUIS HELENO MONTORIL DEL CASTILO
Interno - 2153588 - MARIA DE FATIMA DO NASCIMENTO
Presidente - 1153134 - MARLI TEREZA FURTADO
Notícia cadastrada em: 19/12/2022 15:45
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - bacaba.ufpa.br.bacaba1