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Banca de QUALIFICAÇÃO: LORENA CRUZ ESTEVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LORENA CRUZ ESTEVES
DATA: 08/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

COMUNICAÇÃO, DECOLONIALIDADE E RESISTÊNCIAS: A ATUAÇÃO DE MULHERES INDÍGENAS EM AMBIENTES DIGITAIS


PALAVRAS-CHAVES:

Comunicação; Decolonialidade; Mulheres indígenas; ATL; Resistências.


PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO:

A presente pesquisa visa compreender, a partir da comunicação em ambientes digitais, os processos de resistências desenvolvidos por mulheres indígenas como sujeitas políticas, considerando o contexto histórico de crise humanitária, agravado com a crise sanitária, imposta pelo surgimento de uma pandemia, em 2019. Para responder ao problema de pesquisa, vamos analisar a participação de mulheres indígenas de diferentes etnias, gerações e localizações geográficas, no Acampamento Terra Livre - ATL, considerada a maior manifestação indígena brasileira, que em 2020 ocorreu em um formato inédito, inteiramente digital. As lentes de análise partem de uma proposta de inversão do olhar (CASTRO, 2019), na esteira das críticas ao pensamento ocidental eurocentrado, por isso nos ancoramos em duas matrizes não-hegemônicas de conhecimento: o Pensamento Comunicacional Latino-Americano (GOBBI; RENO, 2020, MARTIN-BARBERO; 2014; PERUZZO, 2009) e a Epistemologia Feminista Decolonial (LUGONES, 2020; CURIEL, 2020; KILOMBA, 2019) que se constroem a partir das Teorias Feministas do Sul Global (negras, chicanas, indígenas, latino-americanas) e da Teoria Decolonial. Partimos da premissa que as mulheres indígenas vêm assumindo um papel central nas resistências dos movimentos indígenas, especialmente neste início do século XXI, lutando contra opressões sistêmicas e interseccionais e contribuindo para o fortalecimento do movimento indígena que, por sua vez, se modifica na atualidade, acompanhando a midiatização da sociedade que opera sobre lógicas, linguagens e formatos híbridos, múltiplos e hiperconectados (BRAGA, 2014; CASTELLS, 2017). A metodologia propõe um “desengajamento epistemológico” (CURIEL, 2020) e o reconhecimento de “outros” saberes subalternizados, portanto, as referências de análise incluem também a literatura indígena. O corpus é composto por cinco lives do ATL 2020, escolhidas por critério de relevância, representatividade e participação de mulheres indígenas, além de entrevistas semi-estruturadas realizadas com três mulheres indígenas que participaram do ATL 2020. Por meio dos horizontes teórico-metodológicos adotados, compreendemos que os processos de resistências de mulheres indígenas estão no âmbito de um movimento declaradamente decolonial, que se apropria das plataformas e linguagens da comunicação digital para amplificar suas vozes, mobilizar e enfrentar as colonialidades históricas que atravessam as relações sociais, por meio do “giro decolonial” e “ecoterritorial” das lutas (SVAMPA, 2016; 2019), produzindo outros sentidos acerca da pluralidade de ser mulheres indígenas e suas lutas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONINO CONDORELLI
Presidente - 2356971 - DANILA GENTIL RODRIGUEZ CAL
Externo à Instituição - FERNANDA ARIANE SILVA CARRERA
Interno - 327476 - ROSALY DE SEIXAS BRITO
Interno - 2534572 - ROSANE MARIA ALBINO STEINBRENNER
Notícia cadastrada em: 14/10/2021 11:34
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