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Banca de DEFESA: LAZARO TAVARES DE MAGALHAES JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAZARO TAVARES DE MAGALHAES JUNIOR
DATA: 26/03/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 1 do PPGCOM
TÍTULO:

O RELATO JORNALÍSTICO EM TRANSFIGURAÇÃO: discursos, ações de linguagem e contato com fontes no contexto da ubiquidade e da midiatização


PALAVRAS-CHAVES:

Jornalismo. Midiatização. Poder. Discurso. Fontes. Ubiquidade


PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO:

Este estudo parte da questão-problema: que transformações, ligadas ao contato com fontes, já são apontadas por apurações jornalísticas em grupos no aplicativo WhatsApp? O objetivo é avaliar mudanças nas relações de poder entre jornalistas e fontes, a partir de experiência de O Liberal com relatos colhidos no grupo “Depoimentos”, em 2018. Para isso, três situações de conversação foram definidas como categorias de análise: estratégias relacionadas ao controle do contrato de comunicação; estratégias relacionadas às condições de contato com as fontes; e estratégias relativas a agendamento de trabalhos da redação. Com a Teoria dos Atos de Fala (AUSTIN, 1990), avaliamos proferimentos ilocucionários e efeitos perlocucionários (por identificação de verbos em uso). Para isso, extraímos dados de conversações com apoio de software de análise textual IRAMUTEQ (CAMARGO, 2013): as ocorrências, frequências e gráficos de similitudes apoiaram análise discursiva posterior, onde avaliamos estratégias definidas pelas fontes para conduzir e controlar os trabalhos no grupo “Depoimentos”. Para anáise, recorremos a conceitos sobre contrato de comunicação e contrato de informação (CHARAUDEAU, 2013); e sobre condições de acesso à produção jornalística e ao discurso público (DIJK, 2018). Por fim, para avaliar contextos e dinâmicas ligados a grupos de WhatsApp, procuramos referências sobre midiatização (SODRÉ, 2007), dispositivos (FOUCAULT, 2019), dispositivos interacionais e arranjos disposicionais (BRAGA, 2018), ubiquidade (PAVLIK, 2014, SCHMIDT; COHEN, 2013) e também sobre lugares de memória (PALÁCIOS, 2014), enunciados e comunicações de terceiro tipo (MAINGUENEAU, 2004, 2017). Como resultados, observamos que: a) arranjos disposicionais tensionam e redefinem regimes de contrato de informação e contrato de comunicação entre jornalista e fontes; b) a cointencionalidade exigida na rede favorece o exercício de maior poder por parte das fontes, com maior controle sobre a apuração e coleta de relatos; c) para as fontes, o contrato em arranjos disposicionais favorece o alcance de metas prescritivas (levar o interlocutor a agir de
determinada maneira), informativas (transmitir um saber guardado), incitativas (“fazer crer” nos fatos) e dirigidas ao páthos (“fazer sentir”); d) arranjos disposicionais no WhatsApp favorecem o acesso a espaços das redações; e) favorecem a filtragem de informações falsas e incorretas; f) estreitam relacionamentos com fontes; g) potencializam coberturas especiais ou setorizadas; h) favorecem a produção de conteúdos em narrativas trasmidiáticas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2328038 - ELAIDE MARTINS DA CUNHA
Externo ao Programa - 1152797 - FATIMA CRISTINA DA COSTA PESSOA
Presidente - 6673616 - NETILIA SILVA DOS ANJOS SEIXAS
Notícia cadastrada em: 19/03/2020 18:38
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