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Banca de DEFESA: LORENA CRUZ ESTEVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LORENA CRUZ ESTEVES
DATA: 20/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 01 / Auditório PPGCOM
TÍTULO:

ATIVISMO DE MULHERES INDÍGENAS EM AMBIENTES DIGITAIS: Diálogos sobre (de)colonialidades e resistências comunicativas.


PALAVRAS-CHAVES:

Comunicação. Decolonialidade. Mulheres indígenas. ATL. Resistências.


PÁGINAS: 270
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO:

A nossa investigação visa a compreender o ativismo digital de mulheres indígenas que estão na linha de frente do Movimento Indígena Brasileiro, protagonizando a luta coletiva contra opressões interseccionais que atravessam seus corpos-territórios. Para isso, propomos a identificação e análise dos sentidos produzidos por mulheres indígenas nos processos de resistência em ambiente digital, por meio do diálogo com e entre diferentes mulheres indígenas que participaram do Acampamento Terra Livre 2020, ocorrido em formato inédito,
inteiramente digital. A análise do fenômeno empírico ocorre em um contexto histórico de crise humanitária, agravado com a crise sanitária, imposta pelo surgimento de uma pandemia, e da crise política, ocasionada pela ascensão de um governo de ultradireita declaradamente contrário aos direitos dos povos indígenas (2019-2022). As lentes de análise partem de uma proposta de “inversão do olhar”, na esteira das críticas ao pensamento ocidental eurocentrado e ao modo de fazer pesquisa e produzir conhecimento, especialmente ao tratar com grupos socialmente vulnerabilizados. Por isso, as bases do horizonte teórico utilizado ao longo do trabalho e que nos orientaram a inverter o olhar foram: a Epistemologia Feminista Decolonial que se constrói a partir das Teorias Feministas do Sul Global (negras, chicanas, indígenas, latino-americanas), a Interseccionalidade e a Teoria Decolonial, epistemologias não hegemônicas que lançam luz, críticas e modos outros de compreender os fenômenos sociais, as desigualdades, a busca por justiça social e a produção de saberes. A Comunicação, em sua vertente praxiológica, por sua vez, faz-nos compreender o fenômeno da interação social como mais do que receber/dar informação, é reflexivo e pressupõe a relação com o outro (outra), olhar e reconhecê-las em suas individualidades, ouvir e deixar-se afetar, num movimento dialógico. Partimos da premissa de que as mulheres indígenas vêm assumindo um papel central nas resistências dos movimentos indígenas, especialmente neste início do século XXI, lutando contra opressões sistêmicas e interseccionais e contribuindo para o fortalecimento do Movimento Indígena Brasileiro que se ressignifica na atualidade, acompanhando a midiatização da sociedade que opera sobre lógicas, linguagens e formatos híbridos, múltiplos e hiperconectados. A metodologia propõe um “desengajamento epistemológico” e o reconhecimento de “outros” saberes subalternizados. O corpus é composto por cinco lives do ATL 2020, escolhidas por critério de relevância, representatividade e participação de mulheres indígenas, além de rodadas de diálogo realizadas com quatro mulheres indígenas que participaram do ATL 2020. Por meio dos horizontes teórico-metodológicos adotados e da análise empreendida, compreendemos que os processos de resistências de mulheres indígenas são interseccionais e estão no âmbito de um movimento declaradamente decolonial, que se apropria das plataformas e linguagens da comunicação digital para amplificar suas vozes, mobilizar e enfrentar as colonialidades históricas que atravessam as relações sociais, em defesa do sagrado Território-Corpo-Espírito, produzindo diversos sentidos acerca da pluralidade de serem mulheres indígenas e suas lutas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2356971 - DANILA GENTIL RODRIGUEZ CAL
Externo ao Programa - 6217971 - IVANIA DOS SANTOS NEVES
Interno - 327476 - ROSALY DE SEIXAS BRITO
Interno - 2534572 - ROSANE MARIA ALBINO STEINBRENNER
Externo à Instituição - THIAGO ALMEIDA BARROS
Notícia cadastrada em: 20/12/2022 08:45
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