Audiovisual, resistência e educomunicação na Amazônia paraense: a experiência do Telas em Movimento.
Educomunicação na Amazônia; Telas Em Movimento; Periferia; Juventude; audiovisual.
Nesta dissertação compreende-se Festival Telas em Movimento de Belém do Pará, como um coletivo que contribui por meio de ações, vivências e atividades artístico-culturais, e de promoção do cinema e do audiovisual em comunidade de periferia, ribeirinhas, quilombolas e indígenas da Amazônia. As atividades do Telas em Movimento buscam formar jovens para a produção de conteúdo audiovisual que auxilie no desenvolvimento pessoal e social de suas comunidades. Tem como principal prática o diálogo entre audiovisual e resistência, por meio da difusão de técnicas e conhecimentos no fazer e no pensar cinematográfico. Neste trabalho evidencia-se e compreensão do processo educomunicativo no desenvolvido nas vivências do Coletivo, portanto objetiva-se compreender as dinâmicas comunicacionais, nas práticas educomunicativas do coletivo Telas Em Movimento. Uma das principais metodologias de trabalho utilizadas é a Pesquisa-Ação participativa no Brasil contextualizada por Cicília Peruzzo (2017) e pensada por Orlando Fals Borda (1989), visando construção, desenvolvimento e investigação colaborativa das problemáticas da pesquisa. Os conceitos base neste estudo encontram-se as perspectivas educacionais freirianas, tais como pedagogia do oprimido (FREIRE, 1987) e pedagogia da autonomia (FREIRE, 2021), a aplicabilidade dos conceitos de Educomunicação de Ismar Soares (2011) e decolonialidade como conceito enunciador, que por meio de metodologia e conceituação compõem a base teórica e metodológica deste trabalho, aqui apresentado por Walter Mignolo (2017), Catherine Walsh (2013, 2019), dentre outros. Os resultados demonstram que o Telas em movimento, as necessidade e práticas educacionais como ferramenta de emancipação social e que por meio de suas vivências proporciona possibilidades sociais e de formação.