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Banca de DEFESA: LUIZ CARLOS BASTOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ CARLOS BASTOS SANTOS
DATA: 28/08/2019
HORA: 17:30
LOCAL: PPGEO
TÍTULO:

Desenvolvimento capitalista e condição de vida de famílias deslocadas
compulsoriamente para Reassentamento Rural Coletivo em Vitória do Xingu, Estado do
Pará


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia. Hidrelétricas. Reassentamento Rural Coletivo. Refugiados do
desenvolvimento. Qualidade de vida.


PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

O modo de produção capitalista tem como característica principal a busca por resultados
econômicos, enquanto questões relacionadas ao bem-estar social e ao meio ambiente figuram
em segundo plano. Por meio dessa lógica, a natureza é tratada como mero produto que deve
servir a insaciável demanda de um mercado mundializado orientado pelo sistema econômico
dominante, o capitalista. Dessa forma, espaços com ampla disponibilidade de recursos
naturais são tratados como áreas submissas, e que devem atender aos interesses da economia
globalizada. Nesse sentido, a Amazônia, especialmente, torna-se objeto de interesse e meio de
exploração para satisfazer as necessidades desse processo produtivo que é guiado pela
ambiciosa e vertiginosa internacionalização do capital. Os grandes projetos hidrelétricos têm
figurado entre as principais propostas de desenvolvimento da Amazônia, sendo mostrados
como elo de integração econômica da região e alternativa de progresso local. Porém,
predominantemente, as propostas de desenvolvimento para a região amazônica têm
favorecido o acesso e avanço de grandes corporações capitalistas a espaços com amplo
potencial produtivo, especialmente, hidro-agro-minerador. Essa configuração sugere estar em
curso um processo gradual de estrangeirzação da Amazônia. Restando a descapitalização
social e ambiental para a população local, que herdam o legado negativo da exploração. Sob
esse ângulo, o objetivo da pesquisa consiste em: compreender o revérbero da hidrelétrica Belo
Monte na produção do espaço agrário e suas consequências na condição de vida das famílias
deslocadas compulsoriamente para o Reassentamento Rural Coletivo “Quilometro Vinte e
Sete”, em Vitória do Xingu, estado do Pará. Como resultado da política de desenvolvimento
para a Amazônia determinada pela lógica capitalista. A hipótese é que o deslocamento
compulsório provocou rupturas social, econômica e ambiental, e o processo de acomodação e
adaptação em Reassentamento Rural Coletivo não apresenta capacidade de mitigar a
degradação da condição de vida das famílias vítimas da remoção forçada de seus territórios,
com a instalação da hidrelétrica Belo Monte, no espaço agrário de Vitória do Xingu, estado do
Pará. Em consequência da política de expansão da geração de energia elétrica pautada em um
modelo de desenvolvimento voltado para o crescimento econômico. Metodologicamente, a
pesquisa foi de caráter exploratório e sua abordagem qualitativa. Foram efetuados
levantamentos de dados primários e secundários. Os dados primários foram produzidos
através da observação e entrevistas semiestruturadas realizadas com as famílias deslocadas
compulsoriamente para o Reassentamento Rural Coletivo “Quilometro Vinte e Sete”.
Enquanto os dados secundários foram acessados por meio de leituras de documentos oficiais e
outros recursos e meios disponibilizados por instituições oficiais. Adotou-se como método de
análise e interpretação, o materialismo histórico e dialético e o Índice de Condição de Vida
(ICV). O resultado demonstrou que, os efeitos da política brasileira de expansão da
capacidade de geração de energia elétrica, e a consequente construção da usina hidrelétrica de
Belo Monte, não produziu o efetivo desenvolvimento para as famílias do espaço agrário
afetado. Constatou-se que, o deslocamento compulsório para o Reassentamento Rural
Coletivo, não apresenta conjuntura apropriada para promover a melhoria na condição de vida
das famílias, que tiveram seus territórios usurpados pelo empreendimento hidrelétrico.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1876593 - ADOLFO DA COSTA OLIVEIRA NETO
Externo ao Programa - 2420136 - CESAR AUGUSTO MARTINS DE SOUZA
Externo à Instituição - FABIANO DE OLIVEIRA BRINGEL
Interno - 1217020 - JOAO MARCIO PALHETA DA SILVA
Presidente - 2455993 - JOSE ANTONIO HERRERA
Interno - 2336810 - JOSE SOBREIRO FILHO
Externo à Instituição - MARCIO JUNIOR BENASSULY BARROS
Notícia cadastrada em: 19/08/2019 09:18
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