Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • ANTONIO MARCOS SILVA DE ALBUQUERQUE
  • DINÂMICA TERRITORIAL RURAL E URBANA NA REGIÃO IMEDIATA DE BELÉM (RIB): ESTUDO
    COMPARATIVO EM SANTA IZABEL DO PARÁ E SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ.

  • Orientador : GILBERTO DE MIRANDA ROCHA
  • Data: 17/04/2024
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  • A presente tese se debruça sobre as relações complexas e dinâmicas emergentes entre o espaço
    rural e urbano nos municípios de Santa Izabel do Pará e Santo Antônio do Tauá. A análise em
    questão é sustentada por uma compreensão que procurou se aprofundar na influência da
    disseminação metropolitana sobre esses territórios, onde as intrincadas dinâmicas territoriais e
    culturais desempenham um papel fundamental, evidenciando-se através das transformações do
    uso da terra em ambientes considerados rurais. O epicentro dessa pesquisa reside na proposição
    intrínseca de que as metamorfoses nas interfaces rural e urbanas estão incitando uma
    reconfiguração econômica substancial no âmbito do uso da terra dessas localidades. Nos locais
    onde as estruturas urbanas estão mais presentes, emerge a figura das Áreas de Periurbanização
    (APs), ao passo que nos espaços rurais mais remotos florescem, o que denominamos de
    Dinâmicas de um Novo Rural (DNRs). Estas manifestações empíricas contrariam a premissa
    tradicional que sugere que a disseminação urbana resulta na absorção completa do rural. As
    DNRs denotam um determinado padrão de uso da terra, concomitantemente a alterações no
    perfil produtivo tradicional do rural local, originando-se em uma complexa e híbrida intercessão
    entre o rural e o urbano. Para embasar essa abordagem, este estudo explora fundamentos
    conceituais sobre a interface entre campo e cidade conhecida como Periurbano e, finalmente, a
    conceituação do Novo Rural, tendo como uma importante delimitação a Região Imediata de
    Belém. Em síntese, esta investigação tem como desígnio primordial evidenciar que o contexto
    rural nesta parcela do estado do Pará está passando por transformações profundas em sua
    estrutura tradicional, engendrando novas configurações nas relações campo-cidade. Nesse
    ínterim, emerge a gestão pública municipal como um elemento de magnitude indispensável à
    compreensão dos conceitos de rural e urbano, bem como para a instrução de políticas de
    desenvolvimento, a exemplo dos territórios municipais sob investigação. Destarte, a conclusão
    inarredável é que o reconhecimento lúcido e abalizado da reorganização e ressignificação do
    rural torna-se um imperativo crucial para uma governança eficaz e contextualmente pertinente
    a tais dinâmicas territoriais. Nesse contexto, emerge a necessidade premente de uma abordagem
    mais abrangente e sistemática voltada a enfrentar os desafios latentes e capitalizar as
    oportunidades emergentes inerentes a essas novas relações entre o rural e o urbano no contexto
    municipal.

  • ITALLA CRISTINA NEVES
  • Ambiguidades de Interesses: implicações no ordenamento territorial de Vitória do Xingu - PA

  • Orientador : JOSE ANTONIO HERRERA
  • Data: 08/04/2024
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  • Na região amazônica, a implantação de Grandes Projetos de investimento deu origem a
    uma sequência de repercussões nas áreas em que estão integrados, antes e depois do
    processo de construção, portanto, compreender essas alterações assume uma
    importância primordial. Esta tese apresenta a análise sobre as implicações no
    ordenamento territorial urbano da cidade de Vitória do Xingu, destacando assim a
    natureza intrínseca do ordenamento territorial que muitas vezes envolve conexões
    complexas e é marcado por várias disputas políticas. O novo ordenamento territorial
    urbano em Vitória do Xingu abrange o dilema entre atender às demandas da sociedade
    ao acesso aos bens e serviços urbanos, ao mesmo tempo em que aborda o anacronismo
    de instrumentos administrativos, regulatórios e normativos. Deste modo, a pesquisa tem
    como objetivo analisar as mudanças nas práticas de gestão e ordenamento territorial em
    Vitória do Xingu a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM),
    pois ordenamento territorial é entendido como um instrumento de articulação
    interinstitucional e de articulação transetorial, que tem como propósito um planejamento
    integrado e articulado junto à ação pública, consequentemente, dado à compatibilidade
    de políticas públicas no rebatimento do espaço integrado à ação do poder público.
    Portanto, compete estabelecer um diagnóstico do território, aferindo as demandas de
    modo que venha compor o escopo da tese, articulado com as políticas públicas nas quais
    permitirá analisar o rebatimento do ordenamento e gestão territorial que visa realizar os
    objetivos estratégicos impostos pelo governo. Desta forma, tem como propósito projetar
    meios de transformação para sociedade, estabelecendo relações possíveis para o
    desvelamento do real, buscando elementos e conexões entre os diferentes aspectos que
    caracterizam a realidade, deste modo o fenômeno investigado é analisado ou
    compreendido a partir da totalidade.

  • BARBARA ELEONORA SANTOS TEIXEIRA
  • O CONTRA ESPAÇO RIBEIRINHO AMAZÔNICO: as contradições da UHE-Belo Monte no espaço da Comunidade
    Boa Esperança


  • Orientador : JOSE ANTONIO HERRERA
  • Data: 04/04/2024
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  • O presente estudo contribui com as discussões acerca dos impactos gerados pelo barramento do rio Xingu para construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte - UHEBM, na Amazônia brasileira, que gerou impactos nas condições de uso das ilhas, canais, furos e lagos da Comunidade ribeirinha Boa Esperança, localizada na área de
    remanso do reservatório da UHEBM no município de Altamira-PA. Neste âmbito, a pesquisa tem por objetivo analisarr as condições de reprodução material do trabalho ribeirinho mediante alterações nos ambientes fluviais das ilhas, após o barramento do rio Xingu para fins de produção de energia hidrelétrica. O estudo tem como base teórica metodológica o conceito de espaço, produção do espaço e contraespaço na Amazônia, realizando-se, todavia, pela análise de três variáveis: Capital, Técnica e Trabalho, fundamentado no materialismo, histórico e dialética no processo contraditório do espaço agrário na Amazônia, partindo da compreensão do espaço como um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ação que gera contradições no espaço a partir da materialização do contraespaço. O contraespaço é a manifestação no espaço das consequentes formas de resistências das populações excluídas e marginalizadas no processo de tecnificação do espaço agrário, produto das relações da sociedade no espaço geográfico. A pesquisa apresenta como principais resultados a condição do trabalho material do pescador-ribeirinho, conceito utilizado nesta pesquisa para identificar os sujeitos sociais que ocupam as ilhas da comunidade e tem sua identidade dissociada das suas relações de trabalho, a pesca. Portanto, a pesquisa contribui não só para as discussões paradigmáticas no campo da ciência geográfica, como também para o processo de reconhecimento de área impactadas pelo barramento do rio Xingu, através das observações e dados obtidos em campo na comunidade pesquisada. Essas mudanças interferem no nível de vazão do rio, elevação da temperatura da água, carga sedimentar, nível d’água na cheia e da seca, impactando diretamente as condições de uso dos pescadores-ribeirinhos a partir das transformações materias nas condições de trabalho, ocasionado pelas mudanças no comportamento natural do ambiente do regime hidrológico. Assim sendo, as alterações provocadas no rio Xingu contribuíram para a instabilidade do regime hidrológico dos canais e furos que impactaram diretamente nas condições de subsistências das famílias viventes dessas ilhas. Com efeito, direto no comportamento natural do ambiente fluvial que interfere na expressão material do pescador-ribeirinho, ou seja, no seu trabalho, que se realiza pela prática cotidiana do vivido. O trabalho, portanto, realiza-se toda via, pelas técnicas do fazer da essência do ser ribeirinho, que coexistem na sua forma e conteúdo na intermediação do homem com a natureza ao definir as práticas espaciais e materiais do percebido, concebido e vivido na produção da mais-valia, ou seja, como parte material da divisão internacional do trabalho. Desta forma, é, contudo, na condição do valor de troca que o monopólio do espaço passa a ser disputado, surgindo as relações de contraespaço, questionando o poder hegemônico que racionaliza os espaços da natureza primeira, na insurgência do pescador-ribeirinho como Sujeito protagonista das relações de produção abstrata e material do espaço agrário de Altamira-PA.

  • MAURO PANTOJA DE MORAES
  • O ORDENAMENTO TERRITORIAL NO MUNICÍPIO DE MARACANÃ/PA: ESPECTROS SOBRE A CRIAÇÃO DA RESERVA EXTRATIVISTA.

  • Orientador : JOAO MARCIO PALHETA DA SILVA
  • Data: 27/03/2024
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  • O objeto de estudo desta tese foi o ordenamento territorial (OT) do município de Maracanã, no Pará, a partir da criação da Reserva Extrativista. O processo de construção desta pesquisa foi motivado pela necessidade de compreender o processo de constituição do OT no município de Maracanã, Pará, desde a criação da Reserva Extrativista (RESEX). Com essa perspectiva, questionamos: Como ocorreu o OT em Maracanã, PA, após a criação da RESEX? Na busca por respostas, estabelecemos como objetivo geral da pesquisa analisar o OT que se formou em Maracanã, PA, a partir da criação da RESEX. Concluímos que o OT em Maracanã é percebido pelos participantes como um espaço desprovido, um instrumento para uso, controle e preservação do espaço, bem como um movimento que provoca desordem e conflitos. O processo ocorreu a partir de ações originadas na RESEX, voltadas principalmente para o estabelecimento da sustentabilidade socioambiental, criando novas dinâmicas nesse espaço. Isso inclui o impacto do aprendizado de conhecimentos mais apropriados para o uso e preservação do espaço, melhorando o ordenamento dos limites territoriais do município.



  • RONICLEICI SANTOS DA CONCEICAO
  • Geograficidade e espacialidade urbanas na Amazônia: o caso das juventudes reassentadas em Altamira-PA com a
    construção da UHE Belo Monte.

  • Orientador : JOSE ANTONIO HERRERA
  • Data: 27/03/2024
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  • A tese analisa as condições de vida das juventudes reassentadas, afetadas pelo deslocamento
    compulsório causado pela Usina Hidrelétrica Belo Monte na Região de Integração do Xingu,
    Pará, Amazônia. O estudo revela a complexidade das mudanças e dos desafios enfrentados pelos
    jovens e oferece insights, caso outros projetos parecidos sejam projetados para e na região. O
    deslocamento compulsório resultou na ruptura de laços materiais e imateriais com seus antigos
    territórios, levando a reconfiguração das dinâmicas espaciais. No entanto, esses jovens têm
    demonstrado resiliência, construindo múltiplas identidades e subjetividades para contornar as
    desigualdades socioespaciais. Embora os reassentamentos ofereçam instalações físicas melhores,
    a segregação socioespacial persiste, e os jovens continuam enfrentando desafios em seu
    cotidiano. A pesquisa destaca a importância de se considerar não apenas a infraestrutura física,
    mas também as dimensões econômicas, sociais e culturais na concepção de projetos dessa
    natureza. Um aspecto crítico é a necessidade de considerar as múltiplas temporalidades
    envolvidas nesses processos, reconhecendo que cada jovem reassentado possui trajetória e
    experiências únicas. A tese aponta para a importância de uma abordagem holística e
    interdisciplinar na análise dos impactos dos grandes projetos na região, com foco no bem-estar
    das comunidades locais, especialmente das juventudes que enfrentam desafios reais e
    significativos na construção de suas espacialidades urbanas. O estudo revela diversos aspectos
    das juventudes nos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUC) Jatobá e Laranjeiras, destacando
    suas interações com os diversos espaços da cidade de Altamira-PA, como mercado de trabalho,
    práticas ribeirinhas, espaços urbanos, movimentos sociais, maternidade, assistencialismo
    governamental, criminalização e violência.

  • YARINELDI QUIGUAPUMBO VALENCIA
  • COTIDIANO DOS INDÍGENAS DA NASA NA CIDADE DE POPAYÁN, CAUCA, COLÔMBIA

     

  • Orientador : MARCIO DOUGLAS BRITO AMARAL
  • Data: 18/03/2024
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  • Este projeto está orientado na linha de pesquisa de dinâmicas territoriais. É uma investigação que tem como objeto de estudo a vida cotidiana do povo indígena Nasa na cidade de Popayán, Cauca, Colômbia, localizada no sudoeste do país. Este povo indígena é o terceiro maior grupo étnico da Colômbia, sua língua nativa é o Nasa Yuwe e geralmente vivem em áreas protegidas. O objetivo geral deste trabalho foi conhecer a vida cotidiana do povo indígena Nasa no espaço urbano da cidade de Popayán. É uma pesquisa que nasceu da necessidade de saber se este povo indígena ainda preserva e pratica seus usos e costumes, as causas ou razões que levaram esta população a se trasladar para viver em espaços urbanos. Para identificar a dinâmica territorial do Pueblo Nasa, foram formuladas perguntas orientadoras: Quais as consequências da chegada dos povos ancestrais nos espaços urbanos? Como os indígenas Nasa se relacionam e se adaptam à cidade? Como isso afeta a vida urbana dos indígenas Nasas? E que usos e costumes são afetados por estarem no espaço urbano? Tendo como hipótese principal que o Pueblo indígena Nasa luta por pervivir como povo indígena apesar de ter que viver em um espaço urbano. Tendo como base teórica o método dialético de Lefebvre que analisa em três dimensões o espaço urbano; concebido, vivido e percebido. Metodologicamente, nos meses de dezembro de 2022, foram realizadas entrevistas semi estruturadas com líderes, pessoas do comum, jovens homens e mulheres para assim conhecer de diferentes perspectivas como é sua vida no espaço urbano sendo indígena Nasa, da mesma maneira foram realizados workshops de cartografia para identificar a percepção deles sobre o espaço urbano em que habitam. Nos resultados desta pesquisa foi possível identificar que o povo indígena Nasa que habita na cidade de Popayán inicia sua vida no espaço urbano com algumas dificuldades, mas que na medida do tempo se adapta, além disso, foi identificado que ainda praticam a medicina tradicional, realizam alguns tecidos, praticam alguns rituais, alguns membros do povo indígena falam sua língua nativa, vestem sua roupa tradicional. Além disso, foi identificado que o povo indígena realiza processos comunitários e de governança territorial. Como conclusão geral, pode-se dizer que este grupo leva sua cultura aos espaços onde desenvolve suas dinâmicas territoriais além de que evidencia a necessidade de políticas públicas que acompanhem aos povos indígenas que migram para espaços urbanos para a adaptação e fortalecimento de sua cultura já que as políticas geralmente são pensadas sem essa diferenciação étnica que possuem as cidades na atualidade.

  • MARÍLIA GEOVANA DE OLIVEIRA LISBOA
  • A GENTE NÃO USA MAIS ÁGUA COMO USAVA ANTES”: IMPACTOS DA UHE TUCURUÍ NA VIDA DAS MULHERES ATINGIDAS POR BARRAGENS.

  • Orientador : ALAN NUNES ARAUJO
  • Data: 29/02/2024
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  • A dissertação explora o processo de construção dos territórios impactados por hidrelétricas, especialmente na região amazônica, onde a exploração dos corpos e os atravessamentos causados pela concepção de desenvolvimento dos grandes projetos afetam dinâmicas ambientais e sociais. Na Amazônia, esse processo é ainda mais complexo devido à extensão e diversidade de paisagens e populações diretamente dependentes. O modelo energético, discutido na Geografia e quanto a seu real impacto, levanta problemáticas como deslocamentos compulsórios, compensações injustas e questões hídricas causadas por mudanças nos fluxos e vasões dos rios. Além das questões territoriais e espaciais, as transversalidades sociais são evidentes, embora muitas vezes invisibilizadas pela estrutura patriarcal presente nos espaços de debate. Assim, a pesquisa tem como objetivo compreender os reflexos dos impactos causados pela UHE Tucuruí sobre as mulheres no Baixo Tocantins, especialmente na comunidade ribeirinha de Paruru do Meio, e analisar a reprodução de poder do Capital, bem como os desafios e formas de resistência das mulheres na defesa dos corpos territórios. A pesquisa examina as questões fisiográficas e sociais das ilhas do Baixo Tocantins, bem como a participação das mulheres nesta realidade. Identifica-se a percepção das mulheres atingidas, as influências nas jornadas de trabalho doméstico e como essas demandas são levantadas na participação política feminina na defesa do Território. O percurso metodológico adotado inclui análise bibliográfica, trabalho de campo, participação em reuniões de lideranças comunitárias, aplicação de questionários socioeconômicos e entrevistas semiestruturadas, além da elaboração de mapas e gráficos. Conclui-se que existe uma diferenciação estrutural de gênero na construção do território estudado, influenciando os impactos ambientais e dimensões corporais. Destaca-se a importância do protagonismo feminino na defesa dos territórios como um movimento de enfrentamento direto ao grande capital, em prol da dignidade das comunidades e famílias afetadas.

  • NADSON DE PABLO COSTA SILVA
  • MUDANÇAS GEOECOLÓGICAS NA TERRA INDÍGENA PAQUIÇAMBA COM EXPLORAÇÃO HIDROELÉTRICA DO RIO XINGU - AMAZÔNIA CENTRO-ORIENTAL

  • Orientador : GABRIEL ALVES VELOSO
  • Data: 22/02/2024
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  • A paisagem natural vem sendo intensamente alterada devido a ação humana, que usa a lógica de “progresso” associando-a a exploração do meio ambiente. No entanto, entender a capacidade de regeneração da natureza é fundamental para o desenvolvimento de estratégias que possam amenizar os diversos impactos ambientais, ou até mesmo poder sanar tais intervenções antrópicas. A área de estudo é uma terra Indígena localizada em uma curva do rio Xingu, conhecida como Volta Grande do Xingu, é uma área que faz parte do processo de ocupação e tipos de uso relacionados a chegada dos padres jesuítas, com a missão Tavaquára ou Tauaquéra e as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado brasileiro na região, no qual deste a década de 1970 fomentou a ocupação deste bioma, com projetos de abertura de estradas, bem como criação de assentamentos, logo, toda população indígena desta região passa pelo processo da economia seringalista, sendo inseridas como mão-de-obra barata na coleta do látex da seringueira. Recentemente, com a chegada da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, surge a problemática da modificação dos ambientes da TI Paquiçamba, o que alterou de forma significante a vida dos indígenas Juruna da Volta Grande do Xingu. A pesquisa analisou a mudança da água e da terra dentro do limite da TI Paquiçamba, a partir de uma perspectiva Geoecológica, que foi norteada por Bertrand (2004), Rodriguez, Silva e Cavalcanti (2013), Rodrigues e Silva (2013; 2019), Souza (2010), Paula (2017). A partir das análises feitas através da compartimentação geoecológica e análise das modificações em uma escala multitemporal de 2011 a 2023 percebe-se intensas modificações  na área estudada, que vem, a partir da diminuição da água, que em 2011 era de 4911,27 há, e que a partir de 2016, com a criação o barramento pimental a água  passa a ter 2854,03 há, no ano de 2023, tendo redução de 41,88%, o que acarreta em mudanças nas áreas de praias, aumento das áreas de pedrais que no ano de 2011 era de 1477,80 e no ano de 2023 é de 1889,80, logo causando a  diminuição nas áreas navegáveis, tornando a vida dos indígenas cada vez mais vulnerável.

     

  • RAIMUNDO SOCRATES DE CASTRO CARVALHO
  • Deliveryzação do Território? Difusão e práticas espaciais dos trabalhadores de delivery no espaço

    metropolitano de Belém

  • Orientador : JOVENILDO CARDOSO RODRIGUES
  • Data: 20/02/2024
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  • A tese tem como objetivo analisar o processo do trabalho uberizado no espaço metropolitano de Belém a
    partir dos anos de 2000, buscando refletir sobre transformações no contexto do mundo do trabalho na
    dimensão espaço-tempo, onde tanto a cidade e suas dinâmicas sociais, processos espaciais e realizações
    do território pelo seu uso, conjuntamente e através de afeições indissociáveis, estabeleceram interposições
    ao advento do modo de capitalista de produção, que possibilitaram tessituras que exteriorizaram o espaço
    metropolitano, espaço este que passa a constituir complexas relações à sua fase mais hegemônica e
    subordinadora na condição de exploração (neoliberalismo e globalização), assim como, sua consolidação
    e expansão vilipendiadora dos direitos e garantias sociais, que passam a se exteriorizar nos processos
    espaciais, através de vetores onde as feições de centro e centralidade, realizam-se através de formas mais
    precárias do trabalho, que passam a ser processadas no e pelos processos espaciais, materializados na

    desrealização do trabalho. Defendemos a tese de que a nova condição do trabalho uberizado dos moto-
    entregadores de delivery no espaço metropolitano de Belém, enquanto expressão dos novos nexos da

    globalização neoliberal, marcados por intensa precarização da mão de obra, vem contribuindo para o
    aprofundamento de diferenciações, desigualdades socioespaciais e para o processo de subsunção e
    privação dos direitos sociais básicos do trabalhador, constituindo-se enquanto negação do direito ao
    trabalho digno e ao exercício de sua cidadania. A pesquisa aqui desenvolvida promoveu levantamento e
    análise bibliográfica, levantamento e análise documental, aplicação de formulários, observações
    sistemáticas qualitativas, produção cartográfica, registros fotográficos, entrevistas semi-estruturadas com
    trabalhadores moto-entregadores de delivery. A relevância da tese está relacionada a necessidade de se
    evidenciar as novas condições de trabalho uberizado no espaço metropolitano de Belém, na segunda
    década do século XXI, face ao processo de metropolização, reestruturação urbana e da cidade, e suas
    expressões nas paisagens urbanas, nas condições de exclusão social, desemprego, precarização e
    informalidade, assim como, seus desdobramentos inerentes à exploração do trabalho em um mundo
    marcado pelo fortalecimento do neoliberalismo e por intensa globalização fragmentária.

  • VALTER PINHEIRO DA COSTA
  • DAS ÁGUAS PARA A CIDADE E DA CIDADE PELAS ÁGUAS: mudanças e permanências em Maracanã/PA, uma cidade ribeirinha-costeira do Salgado Paraense

  • Orientador : MARCIO DOUGLAS BRITO AMARAL
  • Data: 07/02/2024
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  • Esta pesquisa traz como tema: a relação da cidade com o rio e o espaço costeiro na Amazônia paraense. Como objeto de estudo aponta a produção do espaço urbano a partir da relação cidaderio e o espaço costeiro. O lócus de investigação é Maracanã/PA, uma cidade ribeirinha-costeira de colonização antiga da Amazônia paraense, que teve sua dinâmica alterada ao longo do tempo por diferentes processos de modernização territorial. É um núcleo urbano atrelado ao padrão de organização do espaço amazônico rio-várzea-floresta (GONÇALVES, 2015), com sua dinâmica econômica ligada ao passado e as vias fluviais, revelando a articulação da cidade com uma temporalidade não totalmente assimilada pelas novas atividades e modos de vida implantados recentemente. Diante disso, o objetivo central é analisar as mudanças e permanências socioespaciais manifestadas na relação da cidade de Maracanã com o rio e o espaço costeiro, face às dinâmicas territoriais das estradas, da modernização pesqueira, do turismo e das Unidades de Conservação (UC). A questão norteadora busca saber: como tem ocorrido a produção do espaço urbano na cidade de Maracanã, considerando-se a dialética das mudanças e permanências socioespaciais ribeirinha intrínseca a relação cidade-rio e o espaço costeiro, face às dinâmicas territoriais, derivadas da ação do Estado e do interesse do capital? A hipótese principal sustenta que, no processo de coexistência das mudanças e permanências socioespaciais intraurbanas, a dinâmica ribeirinha-costeira de Maracanã/PA continua produzindo um espaço de resistência com características amazônicas, próprias da dinâmica que a cidade estabelece como rio e o espaço costeiro. Isso tem se dado mesmo diante da modernização territorial transformadora que advém da ação do Estado e do interesse do capital, como a abertura da PA-127, da modernização pesqueira, do turismo e da Unidade de Conservação (UC) Reserva Extrativista Maracanã, institucionalizada no município. Como teoria de base utiliza-se a produção social do espaço, na perspectiva lefebvriana, bem como sua aplicação aos estudos da urbanodiversidade regional, com uso de técnicas de pesquisa qualitativa. Como resultado desta investigação comprovou-se a hipótese apontada, inicialmente. Assim, a cidade de Maracanã continua produzindo um espaço de resistência com características amazônicas, as quais Rente Neto e Furtado (2015, p. 159) denominaram de “ribeirinidade”, própria da dinâmica que a cidade estabelece como rio e o espaço costeiro. Desse modo, o rio Maracanã no espaço costeiro continua tendo grande importância socioeconômica e cultural, embora a cidade possua, atualmente, um caráter bimodal de transporte, tendo a estrada como via mais utilizada. Portanto, a cidade de Maracanã continua mantendo forte relação como rio e o espaço costeiro e manifestando características de uma autêntica cidade ribeirinhacosteira, pela sua localização; pela gênese histórica; pela forte relação com seu entorno próximo; pelos valores; pelos hábitos cotidianos e pela dinâmica econômica atrelada as atividades tradicionais, por meio do rio.

  • DANILO DO ROSARIO PINHO
  • ORDENAMENTO TERRITORIAL/AMBIENTAL EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: O USO DA TÉCNICA DO LAÇO NA RESERVA EXTRATIVISTA DE SÃO JOÃO DA PONTA – PA

  • Orientador : CARLOS ALEXANDRE LEAO BORDALO
  • Data: 31/01/2024
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  • O município de São João da Ponta-PA, localizado na região imediata de Castanhal, conforme
    a nova regionalização oficial (IBGE 2017), possui uma população de 6.059 habitantes de
    acordo com a estimativa oficial do IBGE para o ano de 2018. Tem sua fonte de renda ligada
    principalmente a atividades do setor primário da economia (extrativismo, agricultura e
    pecuária). São João da Ponta é banhado pela bacia hidrográfica do rio Mocajuba, onde foi
    criada a Reserva Extrativista de São João da Ponta (PINEDO; PIMENTEL, 2021). . Esta
    pesquisa procura investigar uma importante inovação sociotécnica local, que sintetiza
    conhecimentos territoriais e saberes locais. Trata-se da técnica do laço que consiste na
    confecção de uma armadilha feita com gravetos e linhas e armada na saída da toca ou galeria
    do caranguejo. De acordo com a Instrução Normativa Interministerial nº 9, de 30 de
    dezembro de 2014 (Diário Oficial da União, secção 1, p. 81, jan. 02, 2015). Apenas duas
    formas de extração de caranguejo-uçá (
    Ucides cordatus Linnaeus, 1763), eram permitidas
    no Brasil
    , ás técnicas do braçeamento e a do gancho. No entanto, a organização social dos
    usuários extrativistas de caranguejo cadastrados na RESEX de são João da Ponta
    ,
    protocolaram junto ao Ministério Público Federal um Termo de Ajuste de Conduta (TAC),
    solicitando autorização para a utilização da técnica do laço, o qual foi aceito depois de
    comprovação por parte das comunidades usuárias da RESEX, de sua eficiência e
    sustentabilidade. Uma vez que o pedido foi aceito, o Termo de Ajuste de Conduta entre o
    MPF, o ICMBIO e os usuários da RESEX de São João da Ponta foi assinado em 08 de agosto de 2018 (MPF, 2018). O objetivo geral desta pesquisa é investigar o dialogo intercultural
    entre o saber cultural reproduzido pelas comunidades de São João da Ponta e o saber
    científico normativo portado pelo Estado e seu aparelho gestor, o ICMBIO, para o
    reconhecimento da técnica do laço como uma prática sustentável conforme a Nota Técnica
    nº 2/2018/RESEX São João da Ponta/ICMBio
    , na captura do caranguejo-uçá. Desta forma,
    esta pesquisa se justifica em uma tentativa de entender e explicar a trajetória de legalização
    e desenvolvimento da técnica do laço dentro da RESEX - Marinha de São João da Ponta.
    Como uma forma de tecnologia social e sustentável a ser mais conhecida e adotada também
    em outras áreas produtoras de caranguejo dentro e fora da RESEX de São João da Ponta.
    Bem como, analisar as principais implicações socioambientais relevantes para a produção
    do espaço geográfico amazônico no município paraense de São João da Ponta.


  • BRUNO ALVES DOS SANTOS
  • “TERRITÓRIO E MULTITERRITORIALIDADE: uma análise dos atingidos por Belo Monte no RUC São Joaquim”

  • Orientador : JOSE QUEIROZ DE MIRANDA NETO
  • Data: 17/01/2024
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  • Esta pesquisa aborda questões relativas à territorialidade dos moradores do RUC São Joaquim, em Altamira-PA, após a mudança processada pela hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu. Uma vez que estes possuíam uma organização socioespacial construída no espaço vivido dos baixões da cidade, na qual o empreendedor de Belo Monte denominou de ADA. Neste contexto, considerou-se necessário tentar entender o processo contínuo de construção de pertencimento identitário e a afirmação do princípio de territorialidade na constituição de seu território. Deste modo, a problemática desta pesquisa consiste em responder a seguinte indagação: Como vem se dando a construção das novas territorialidades e a identidade de pertencimento desses sujeitos na construção de seus vínculos territoriais? Para responder tal indagação, a pesquisa tem por objetivo principal analisar o processo de construção dos vínculos territoriais de identidade e pertencimentos a partir dos sujeitos atingidos no RUC São Joaquim. Tendo como objetivos específicos de a) Investigar como eram as relações de pertencimento e sociabilidades entre os sujeitos antes de Belo Monte; b) Entender como se deu o processo de mudança para o RUC são Joaquim e suas consequências para os moradores; e c) Entender as territorialidades dos sujeitos em relação ao RUC são Joaquim, identificando os processos relacionados às multiterritorialidades. A pesquisa possui um caráter explicativo a partir da abordagem qualitativa sobre o tema proposto. O percurso metodológico de estruturação e desenvolvimento desta pesquisa buscou caminhos que não só permitiram a compreensão, mas, a valorização das intepretações dos sujeitos sobre o objeto investigado aliado a parâmetro de coleta e tratamento de dados das informações obtidas em entrevista durante as atividades de campo, que foram analisadas partir do referencial teórico proposto. Percebe-se assim que os moradores deste RUC apresentam uma realidade cruzada marcado pelo saudosismo da territorialidade que fora percebida, vivida e concebida na ADA, demonstrando uma multerritorialidade no processo continuo de territorialização, desterritorialização e reterritorialização a partir da dinâmica territorial imposta pela UHE Belo Monte.

  • ANA PAULA DOS SANTOS SOUZA
  • O PASSO A PASSO DO CONTRAESPAÇO DO MOVIMENTO PELA SOBREVIVÊNCIA NA TRANSAMAZÔNICA E XINGU

  • Orientador : JOSE ANTONIO HERRERA
  • Data: 03/01/2024
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  • A Amazônia é um lugar onde existem lutas intensas pelos direitos das populações das cidades, do campo, das águas e das florestas. Na raiz dessas lutas está o modo como os governos e o capital hegemônico enxergam a Amazônia: provedora de riquezas para o Brasil e o mundo, a partir de sua paisagem convertida em recursos. Diante dessas práticas as populações que vivem nesse bioma se tornaram sujeitos fora da ordem de prioridade dos governos, restando aos agricultores familiares, povos indígenas, pescadores, quilombolas, extrativistas, ribeirinhos, moradores das periferias das cidades e vilas manifestarem sua contrariedade a essa racionalidade que os exclui. Esse estudo foi realizado na região sudoeste do Pará, entre os municípios de Pacajá e Rurópolis ao longo da Transamazônica, e pelo Xingu, de Vitória do Xingu até porto de Moz. O objetivo é analisar as ações do Movimento Pela Sobrevivência na Transamazônica (MPST), atualmente Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), identificando qual a relevância do papel desempenhado por ele na melhoria da vida das populações e nas mudanças no território da Transamazônica e Xingu. O estudo começa com o registro da voz dos migrantes que vieram para essa região antes, durante e depois do Projeto Integrado de Colonização (PIC). A meta é identificar os motivos para migrar, as condições de chegada na nova terra, a participação e formação dos movimentos sociais e os desafios da relação com o governo federal. Analisa-se também a trajetória do MPST, surgido em 1990, formado inicialmente por esses migrantes e o apoio da igreja católica, a partir das Comunidades Eclesiais de Base. A categoria de base desse estudo é o espaço geográfico conforme definido por Milton Santos: um híbrido qualificado pelo sujeito. No espaço dominante, constrangidos pelo capital, os migrantes e seus apoiadores, a partir de suas lutas, produziram seus contraespaços, conforme Ruy Moreira. Denunciaram, construíram proposições coletivas e provocaram mudanças na configuração do território da Transamazônica e Xingu. Para melhor compreensão da formação e dos desdobramentos desses contraespaço, fez-se um recorte em três bandeiras de luta importantes para os movimentos: Questão fundiária e ambiental, crédito agrícola e educação. A última parte do trabalho traça um panorama dos movimentos sociais da atualidade nessa região: quem são e quais desafios enfrentam. Os resultados desse estudo demonstram que o MPST com suas mobilizações coletivas e regionalizadas produziu um contraespaço dentro da ordem hegemônica do PIC, garantindo voz e direitos para as populações. Suas práticas perduraram e influenciaram o surgimento de outros movimentos.

     

2023
Descrição
  • HERBERT LUIS ALFAIA DE SOUZA
  • A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM BELÉM E SUA RELAÇÃO COM O CAPITAL FINANCEIRO IMOBILIÁRIO- UMA ANÁLISE DO BAIRRO DO UMARIZAL BELÉM (PA)

  • Orientador : MARCIO DOUGLAS BRITO AMARAL
  • Data: 18/12/2023
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  • Esta dissertação teve como objetivo analisar o conceito de produção do espaço com o capital financeiro imobiliário, mas especificamente no bairro do Umarizal em Belém (PA), tendo como objeto o impacto da financeirização da habitação após a intensificação do mercado imobiliário no bairro do Umarizal. Nesse sentido, busca-se entender como o bairro em questão foi inserido na nova lógica do capital. Observa-se a implantação de políticas públicas por parte do Estado para a revitalização do centro histórico da cidade, onde analisou-se uma adequação da cidade à nova lógica do capital de acordo com interesses dos incorporadores. A pesquisa desenvolveu-se primeiramente, por meio de um levantamento bibliográfico dos autores que analisam o conceito de produção do espaço e o processo de financeirização da habitação, tanto autores nacionais como Carlos, Fix, , Rolnik, autores internacionais como Harvey, Gottdiener e autores locais como Ventura Neto, Cardoso, Lima; por meio levantamento de dados observamos os empreendimentos construídos, por meio de gráficos, mapeamento das construções feitas pelas construtoras. Concluímos que houve uma diminuição na construção de empreendimentos entre 2009-2017,ocorreu também uma intensificação da parceria públicoprivada para a adequação de Belém na nova lógica do capital

  • MILENA DE NAZARE SANTOS QUARESMA
  • OS DOMÍNIOS BIOCLIMÁTICOS DA ILHA DO MARAJÓ-PA: UMA ANÁLISE DAS PAISAGENS DE EXCEÇÃO NO CONTEXTO SOCIOAMBIENTAL

  • Data: 19/09/2023
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  • As paisagens naturais da ilha do Marajó constituem-se fontes de recursos ambientais excepcionais no bioma amazônico, além de revelarem o contraste de ecologias, paisagens e múltiplos usos sociais de ocupação. As feições do modelado de relevo na ilha dispõem de traços físicos que obedecem às influências do processo morfodinâmico regional, as condições climáticas inerentes a dinâmica ambiental fluviomarinha, bem como um mosaico de solos e tipologias vegetacionais que favorecem caraterísticas ambientais distintas. Nessa perspectiva, a pesquisa teve como objetivo identificar e descrever os domínios bioclimáticos, a partir dos regimes ecodinâmicos para ilha do Marajó, levando em consideração as paisagens de exceção. Diante do exposto formulou-se as seguintes hipóteses, a ilha do Marajó é constituída por domínios bioclimáticos e paisagens de exceção que coexistem e coevoluem com as peculiaridades físico-naturais da região amazônica; instituem-se as paisagens de exceção, em resposta ao processo de exaustão e regressividade natural do litoral insular amazônico, em virtude do processo de ocupação territorial sobre as condições naturais e geográficas da ilha do Marajó. A pesquisa se enquadra no contexto de discussão geoambiental, baseada na abordagem indutiva e integradora das condições físico-naturais e sociais, onde através da utilização de técnicas, como: levantamento de dados bibliográficos e geocartográficos; classificação de dados e bases em níveis orbitais, utilização de dados geoespaciais em escala refinada para aquisição dos dados climáticos, elaboração de indicadores da vulnerabilidade socioambiental dos municípios foi possível mensurar os domínios bioclimáticos e as paisagens de exceção, sob a ótica da composição da paisagem na ilha do Marajó. Os resultados da pesquisa revelaram a presença de dois Domínios Bioclimáticos que atribuem a região condições paisagísticas diferenciadas, além de concederem e reafirmarem a proposição popular “Marajó entre Florestas e Campos”. Contudo, observou-se a presença de paisagens de exceção, com destaque para áreas de formação savânicas, que se encontram entrelaçadas a areas transicionais de florestas e várzeas da ilha. No decorrer das análises observou-se a ocorrência de extremos de chuva cada vez mais frequentes, apresentando maiores variações entre os valores máximos e mínimos dada as mudanças climáticas e a intensificação dos padrões de vulnerabilidade incidentes. Além disso foram registrados períodos de excedentes hídricos, a considerar de 7 e 9 meses, fator que produz boa condição ambiental na paisagem da ilha, mas, a paralização hídrica alternou-se entre 2 e 5 meses, proporcionando alterações locais no ambiente. A pesquisa demostrou-se relevante e pertinente para o conhecimento das dinâmicas bioclimáticas atuantes na ilha do Marajó, visto que se apresenta de maneira inédita. Assim sendo, as informações e dados sobre a temática bioclimática presentes na discussão dessa tese são cruciais para compreensão da natureza local, do ponto da biodiversidade e das interações socioambientais, além de atuarem como ferramentas basilares para conservação e gestão sustentável das paisagens de exceção, ambientes estes severamente apropriados pela ação antrópica. Outro fator de igual relevância na pesquisa associa-se ao monitoramento das mudanças climáticas no decorrer dos tempos, com o intuito de fornecer bases atualizadas e insights as intercorrências climáticas, principalmente sobre os ambientes naturais da ilha do Marajó.

  • VIVIAN DE HOLANDA CARDIM DE BARROS
  • VULNERABILIDADE COSTEIRA DAS PRAIAS DO CRISPIM, BORA E DE MARUDÁ, MUNICÍPIO DE MARAPANIM-PA, FRENTE AOS EVENTOS EROSIVOS E DE AVANÇO DA LINHA DE COSTA

  • Data: 30/08/2023
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  • A Amazônia apresenta extensa faixa costeira compreendendo a 35% do litoral brasileiro,
    sendo que a zona costeira amazônica corresponde desde o Cabo Orange, no Amapá até a
    Ponta de Tubarão (Estado do Maranhão) medindo aproximadamente 3.044 km de extensão.
    As praias de Crispim, do Bora e de Marudá perfazem a zona litorânea do município de
    Marapanim, localizado na região Nordeste do estado do Pará e distante 153 km da capital
    Belém, sendo a rodovia estadual PA-318 a principal via de acesso. A praia de Marudá possui
    maior demanda turística, contando com infraestrutura de bares, restaurantes, hotéis,
    residências e pousadas. Em 2011, o governo do estado do Pará construiu a orla urbanizada
    do distrito a fim de alavancar o turismo, o que contribui para o aumento expressivo do fluxo
    de turistas sobre a região. Contudo, este crescimento não foi acompanhado de uma melhoria
    na infraestrutura urbana, visto que maioria das ruas não são asfaltadas, apresentam pouca
    iluminação, não há rede de esgoto adequada e falta de coleta de lixo regular. Por outro lado,
    a praia do Bora ainda é um ambiente costeiro pouco explorado, devido ao acesso ocorrer
    exclusivamente via fluvial, através de pequenas embarcações que saem do Porto do Sossego
    em Marudá. Os três ambientes costeiros caracterizam-se pelo regime de macromarés
    semidiurnas com até 5,2 metros de amplitude, nos quais a forte incidência de ondas e
    correntes de marés atingem diretamente as praias, alterando a linha de costa e favorecendo
    a ocorrência de erosão e acreção costeira. A população inserida nas orlas do Crispim e de
    Marudá sofre recorrentes exposição a processos de erosão e acreção costeira que atingem de
    forma distintas as praias litorâneas do município de Marapanim, neste sentido a elaboração
    do mapa de vulnerabilidade costeira visa identificar os setores costeiros vulneráveis a estes
    eventos naturais a fim de subsidiar planos de gerenciamento para realocar e evitar a ocupação
    antropogênica no intuito de minimizar os danos a população local e veranistas. A
    metodologia consiste na revisão bibliográfica e de dados publicados, definição das variáveis
    físicas durante os futuros trabalhos de campo a ocorrer, aquisição e análise de imagens de
    satélites, classificação das variáveis em unidades atribuindo valores de vulnerabilidade
    através do Índice de Vulnerabilidade Costeira (IVC) em escala de 1 a 3 para posterior
    mapeamento das praias do Crispim, do Bora e de Marudá. Os resultados parciais encontramse na etapa de construção do referencial teórico para posterior, pesquisa a campo.


  • HENRIQUE SABINO DA SILVA PEREIRA
  • TRANSFORMAÇÕESESPACIAIS DECORRENTES DA EXPANSÃO IMOBILIÁRIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ZONA NORTE DE NATAL.

  • Data: 16/08/2023
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  • Essa pesquisa, integrada à linha de pesquisa Dinâmicas Territoriais do Programa de pósgraduação
    em Geografia da Universidade Federal do Pará, tem como objeto de estudo a
    expansão imobiliária por condomínios residenciais fechados. A pesquisa foi realizada em Natal,
    Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, mais especificamente na Zona Norte da cidade, que
    é a área mais populosa e a que possui maior extensão territorial. A Zona Norte foi a zona da
    cidade que teve o seu crescimento urbano mais lento, recebendo investimentos que modificam
    a sua estrutura e oferta de serviços apenas a partir dos anos 2000, isso favoreceu a especulação
    imobiliária, surgindo assim os primeiros projetos de condomínios residenciais fechados na
    Região Administrativa Norte de Natal, que se apresenta tardio se comparado às Zona Sul e
    Leste que tiveram seu boom imobiliário no início da década de 1990. O objetivo geral da
    pesquisa é analisar em que medida a produção de condomínios fechados na Zona Norte de Natal
    contribui para a expansão do setor imobiliário na cidade. Para isso foram definidos três
    objetivos específicos: A discussão histórica, relacionada a uma análise do presente, a respeito
    das mudanças espaciais ocorridas a partir dos anos 2000 na área de estudo e sua aproximação
    com a produção habitacional e de condomínios fechados; analisar como a produção imobiliária
    se desenvolve na Zona Norte; e por fim, apresentar os efeitos da expansão imobiliária através
    dos condomínios nas estruturação dos serviços, nos períodos anteriores e posteriores à chegada
    dos condomínios residenciais fechados na Zona Norte. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa,
    e para alcançar os objetivos será utilizado a pesquisa exploratória. Os
    procedimentos de coleta de dados utilizados foram: a revisão bibliográfica; coleta de dados no
    cartório de registro imobiliário; entrevistas semiestruturadas realizadas com representantes das
    construtoras responsáveis pela edificação dos empreendimentos e com comerciantes que
    possuem o seu estabelecimento nas redondezas dos condomínios. A pesquisa considerou os
    condomínios residenciais fechados da Zona Norte entregues no período de 2010 a 2022 (com
    registro de incorporação imobiliária) e os estabelecimentos comerciais localizados na distância
    de até 500 metros dos condomínios, buscando assim, entender a atuação destes agentes
    transformadores do espaço urbano da Região Administrativa Norte. Ao investigar a construção
    desses condomínios, a pesquisa se dedicou a analisar se eles contribuíram para as
    transformações ocorridas na Zona Norte. Por fim, espera-se ter uma compreensão mais
    abrangente sobre como os condomínios residenciais fechados participam do processo de
    expansão imobiliária.

  • ALINE REIS DE OLIVEIRA ARAUJO
  • “PARQUES URBANOS E ÁREAS VERDES EM ANANINDEUA-PA, UMA CIDADE AMAZÔNICA. REALIDADE E CONTRADIÇÕES DAS AÇÕES LOCAIS NO CONTEXTO DAS AGENDAS AMBIENTAIS”

  • Orientador : GILBERTO DE MIRANDA ROCHA
  • Data: 08/08/2023
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  • Não informado.

  • ANDERSON CARLOS FONTES DA SILVA
  • USO E OCUPAÇÃO DAS ORLAS URBANAS: PERSPECTIVAS PARA UM ORDENAMENTO TERRITORIAL DA ILHA DE CARATATEUA – BELÉM/PA.

  • Data: 04/08/2023
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  • O Brasil possui uma grande extensão da zona costeira extremamente heterogênea, rica
    em usos, ocupações e territorialidades bastante complexas. Nesse sentido, a área de estudo
    escolhida para esta pesquisa foi a Ilha de Caratateua, popularmente conhecida como Ilha
    de Outeiro, em Belém do Pará. A história da ocupação da ilha foi marcada por vários
    períodos históricos que, consequentemente, gerou vários tipos de usos e ocupações, não
    apenas do seu interior, mas principalmente das suas orlas. À vista disso, o objetivo geral
    dessa pesquisa é analisar os processos de ocupação privada e os diferentes usos dados ao
    solo da orla da Ilha de Caratateua, evidenciando a diferenciação, a acessibilidade e a
    necessidade e desafios para um reordenamento territorial. Tem-se como objetivos
    específicos: identificar, com base no aspecto histórico-geográfico, os problemas de acesso
    decorrentes do uso e ocupação do solo privada de patrimônio público; identificar os atores
    responsáveis pela gestão (ou falta de gestão) das áreas delimitadas na área de estudo;
    realizar um levantamento do atual estado do Projeto Orla em Belém e suas perspectivas
    a partir do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro; além de identificar se há, de
    alguma forma, a execução de um ordenamento territorial na área a fim de propor uma
    perspectiva de ordenamento de uso de forma a potencializar a acessibilidade. Para
    alcançar os objetivos desse projeto, foi adotado o seguinte percurso metodológico:
    inicialmente, a primeira etapa, consistiu em um levantamento bibliográfico acerca das
    discussões sobre os conceitos e categorias utilizadas servindo de base para a pesquisa:
    território e territorialidade, o público e o privado e ordenamento territorial, assim como
    foi aplicado para realizar um levantamento sobre percurso histórico de ocupação da Ilha
    de Caratateua. A segunda etapa consistiu em um trabalho de pesquisa documental. Em
    um terceiro momento, foi realizado um mapeamento da área de estudo a partir do ano de
    1985 até o ano de 2020 que serviu de base para análise do uso e ocupação territorial da
    orla da ilha de Caratateua. A quarta, contemplou uma visita de campo a área de estudo,
    momento em que foi realizado registros fotográficos a fim de confirmar os dados
    coletados a partir do mapeamento realizado. Por fim, houve a análise de todos os dados
    coletados, seja pelo mapeamento ou pelas anotações e observações empíricas feitas no
    campo. Houve uma reflexão sobre uma proposta de ordenamento territorial, alcançando
    uma outra parte do quarto objetivo específico proposto. Constatou-se que o processo de
    produção e reprodução da ocupação da Ilha de Caratateua mostra a contradição da
    ocupação de seu território pela ausência de um planejamento territorial posto de forma
    efetiva. Se caracterizam por uma ocupação privada culminando em um processo de
    restrição de acesso coletivo aos espaços considerados públicos. Assim sendo, este
    trabalho apontou para a necessidade de ordenamento territorial da Ilha de Caratateua, de
    modo a valorizar um uso mais adequado de suas orlas, visando a acessibilidade da
    coletividade.


  • ALEXANDRE CARLOS GUIMARAES SOBRINHO
  • SUBSÍDIOS PARA UMA PROPOSTA DE REQUALIFICAÇÃO DO CANAL DA PROVIDÊNCIA. MARACANGALHA/BELÉM/PARÁ.

  • Data: 04/08/2023
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  • O presente estudo teve como recorte espacial o canal da Providência no bairro de Maracangalha, na cidade de Belém, que faz parte da sub - bacia hidrográfica de Val-de-Cães. A dissertação teve como   objetivo subsidiar propostas de requalificação do canal urbano da Providência, levando em consideração questões de ordem espacial, social e ambiental. Visto que, o caso em questão ilustra um panorama no qual o canal vem passando por diversos problemas ambientais como: o lançamento de esgotos domésticos, resíduos sólidos urbanos residenciais (lixo), ocupações irregulares nas margens do referido canal, uma questão que evoluiu para um quadro geoambiental de degradação, devido ao intenso processo de expansão urbana na área do entorno do canal, que corresponde a sua planície de inundação. Sendo assim, justifica-se a importância desta dissertação como forma de subsídio para uma proposta de requalificação do canal da Providência através de sistemas de indicadores ambientais, tal como a metodologia Pressão – Estado – Impacto – Resposta (PEIR). O referido trabalho foi realizado por meio de revisão da literatura, observações de campo, questionários e elaboração de mapas, como forma de elucidar a pesquisa. Bem como o uso da matriz PEIR, que foi pensada para proporcionar um mecanismo geral para analisar problemas ambientais, trazendo a ideia de que o ambiente é um sistema de múltiplas interações, de acordo com Ariza e Araújo Neto (2010). Segundo os autores a metodologia é vantajosa porque é facilmente ajustável a diferentes realidades e, assim, pode ser um importante instrumento na gestão pública, principalmente por mostrar a ligação entre os diversos elementos que compõem o sistema ambiental (Ariza; Araújo Neto, 2010, p.133). Os resultados da investigação favorecem uma compreensão da ação antrópica sobre o canal da Providência corroborando para um alto grau de degradação do corpo hídrico, e que a requalificação do canal da Providência, atrelado a uma gestão urbana e ambiental participativa é a melhor solução possível para melhorar os índices ambientais do referido canal.

  • KEILA PATRICIA DOS SANTOS SOUSA
  • FORMAÇÕES CAMPESTRES EM CAMETÁ-PA: ANÁLISE INTEGRADA DAS CAMPINARANAS E CAMPINAS

  • Data: 26/07/2023
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  • As campinaranas/campinas amazônicas, conhecidas regionalmente como campos de natureza, constituem um ecossistema importante para biodiversidade, pois abrigam espécies endêmicas da flora e fauna. Objetiva-se, caracterizar a dinâmica da paisagem que abriga essas vegetações presentes no município de Cametá, Pará. Com vista à identificar os agentes causadores de degradação nessas paisagens e enfatizar a importância de conservação e/ou preservação das mesmas. A metodologia, baseia-se nos pressupostos de planejamento e gestão ambiental, com elaboração e aplicação de programas de investigação geoecológica, listas de verificação e quadros de avaliação de impactos. Como resultados preliminares, verificou-se que o processo de expansão urbana, juntamente com extração de recursos minerais, construção de estradas e a proximidade à lixões, são as principais atividades que degradam as campinaranas. Essas atividades produzem inúmeros impactos como: a erosão dos solos, perda de espécies endêmicas e fragmentação de paisagens. As atividades antrópicas podem levar ao risco dessas paisagens desaparecem, na qual o aprofundamento de estudos se faz necessário, pois muitas dessas fitofisionomias ainda são desconhecidas, sendo indispensável que sejam conservadas e/ou preservadas. 

  • SABRINA FORTE E SILVA
  • DA PATRIMONIALIZAÇÃO GLOBAL AO PATRIMÔNIO-TERRITORIAL
    AMAZÔNICO: A SINGULARIDADE DA FEIRA DO VER - O - PESO EM BELÉM DO PARÁ.


  • Orientador : MARIA GORETTI DA COSTA TAVARES
  • Data: 31/05/2023
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  • Esta pesquisa tem como objeto de análise a Feira do Ver-o-Peso, localizada na cidade de
    Belém do Pará, como patrimônio-territorial ativado popularmente. Ou seja, pretende
    compreender a feira como um território onde resistem práticas socioculturais e memoriais
    populares, saberes e fazeres ancestrais, mantido por sujeitos historicamente
    subalternizados pelos processos de formação territorial latinoamericana; e investigar
    quais riscos esse patrimônio-territorial enfrenta diante da urbanização, em especial, aos
    processos da patrimonialização global. São propostos os seguintes objetivos: identificar
    e analisar quais elementos e práticas da cultura amazônica, dão notoriedade a Feira do
    Ver-o-Peso, como patrimônio-territorial ativado popularmente a enfrentar riscos diante
    do processo da patrimonialização global; identificar quem são os sujeitos que ativam e
    como se constitui a ativação popular o patrimônio-territorial da Feira do Ver-o-Peso; e
    identificar quais riscos o patrimônio-territorial enfrenta diante da patrimonialização
    global. Assim, parte-se da relação dialética entre a economia urbana, a patrimonialização

    global e o patrimônio-territorial ativado, para investigar a feira desde as questões-
    problemas: Quais elementos e práticas da cultura amazônica consagram a Feira do Ver-
    o-Peso como um patrimônio-territorial ativado popularmente, a enfrentar riscos diante do

    processo da patrimonialização global? E questionamentos mais específicos, como: Quem
    são os sujeitos que ativam o patrimônio-territorial da Feira do Ver-o-Peso e resistem aos
    processos da patrimonialização global? Como se constitui a ativação popular do
    patrimônio-territorial da Feira do Ver-o-Peso, frente ao processo da patrimonialização
    global? Quais riscos os elementos e práticas culturais populares, que fazem da Feira do
    Ver-o-Peso um patrimônio-territorial, enfrentam diante da patrimonialização global? A
    abordagem geográfica conferida à pesquisa é norteada pelo método materialista
    histórico-dialético, partindo da dimensão interescalar do movimento universal –
    particular – singular da urbanização contemporânea, para compreender como os
    mecanismos da patrimonialização global se particularizam na Área Central de Belém e
    aterrizam em um fato social representado por um território apropriado secularmente por
    relações socioculturais. Privilegia-se, deste modo, a dimensão cultural do território, cuja

    tese está pautada na perspectiva dos utopismos patrimoniais, como proposta teórica-
    metodológica voltada para realidade latinoamericana, buscando compreender as

    contradições espaciais e vulnerabilidades sociais geradas pela lógica universal

    eurocêntrica da urbanização/patrimonialização global particularizada na Feira do Ver-o-
    Peso. E ao mesmo tempo, capturar elementos e valores de ordem espacial que ativam e

    evidenciam a Feira como território guardião de memórias e práticas sociais e culturais
    ancestrais. A pesquisa constatou que os utopismos patrimoniais já estão em curso na feira,
    ratificando a tese de que: a feira do Ver-o-Peso é um patrimônio-territorial amazônico
    ativado popularmente e fundamental para a manutenção da vida ancestral, a partir da
    metrópole. É representado pelas singularidades do artesanato; das ervas e remédios
    medicinais; das especiarias típicas como: a maniva e o tucupi; e os elementos e práticas
    afrorreligiosos. No entanto, é impactado pelos mecanismos da urbanização
    contemporânea, como: projetos de requalificação urbana e políticas patrimoniais voltadas
    ao mercado turístico, que desencadeiam riscos de ressignificação e perda de identidade.
    Assim, a tese traz uma contribuição ao debate das contradições vinculadas ao patrimônio,
    para repensar novas proposições de preservação, a partir da perspectiva existencial dos
    sujeitos que a compõem.

  • MARLISSON LOPES DE ARAÚJO
  • ANÁLISE DE RISCO DE DESASTRE DE INUNDAÇÃO NA CIDADE DE MARABÁ (PARÁ)

  • Data: 16/05/2023
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  • A cidade de Marabá localiza-se na região Amazônica, na mesorregião do sudeste do Pará e na
    microrregião homônima. É afetada historicamente com o fenômeno da inundação. Todos os
    anos, no período mais chuvoso (janeiro a março) a população residente nas áreas suscetíveis,
    ficam vulneráveis ao evento natural. Neste sentido, esta dissertação objetiva identificar e
    analisar o risco de desastre natural da inundação dos rios Tocantins e Itacaiúnas na cidade de
    Marabá. O risco de desastre é entendido como o produto entre a ameaça, a exposição e a
    vulnerabilidade. A análise da suscetibilidade se baseou em uma metodologia que agrega as
    seguintes variáveis: a cota de alerta, mapa de suscetibilidade das áreas de ocorrências de
    inundação, Modelo Digital de Elevação (MDE) e a análise da declividade da área de estudo.
    Após os levantamentos dos dados e cruzamentos das variáveis analisadas, os resultados obtidos
    dão conta de que no perímetro urbano de Marabá podemos encontrar três áreas susceptíveis a
    ameaça de inundação. As áreas de alta suscetibilidade abrangem aproximadamente 41,083 km2
    e representa 9,41% do perímetro urbano de Marabá. A área de média suscetibilidade a
    inundação são áreas inundáveis devido à sua forma suave ondulada com declividade de 3 a 8%
    em relação à planície. Sua área corresponde a aproximadamente 3,691 km2

    e representa cerca
    de 5,49% do perímetro urbano de Marabá. A área de baixa suscetibilidade a inundação são
    locais de topografia mais elevada, não sendo afetadas pela inundação. Essas áreas possuem uma
    declividade que varia de 8 a 20% do relevo. Correspondem a 85,18% do perímetro urbano de
    Marabá, ou seja, 257,341 km2

    . Para a análise da exposição, levamos em consideração o
    mapeamento das unidades construídas expostas (casas, comércios, restaurantes, bares, oficinas,
    lojas,) localizadas abaixo da cota de alerta de 82m. Para esse mapeamento, utilizamos uma
    imagem do Cbers 4A com 2m de resolução espacial e trabalhos de campo. Os resultados
    mostram que 6583 unidades construídas estão expostas a ameaça de inundação em Marabá,
    sendo 220 no núcleo São Félix, 1527 no núcleo Nova Marabá, 2684 no núcleo Marabá Pioneira
    e 2152 no núcleo Cidade Nova. O cálculo da vulnerabilidade ocorreu a partir da construção e
    da aplicação do índice de vulnerabilidade social (IVS) que incluiu dados do censo demográfico
    IBGE do ano de 2010 sobre população absoluta e renda por setor censitário. Após a aplicação
    das variáveis verificou-se que, dos 265 setores censitários, 61 apresentam baixa vulnerabilidade
    social, 41 setores apresentam média vulnerabilidade e 163 apresentaram alta vulnerabilidade
    social. Na análise do risco, os dados de ameaça e vulnerabilidade foram integrados em três
    níveis: baixo, médio e alto. Os resultados obtidos mostram que, 41,596 km2

    ou 13,76% estão

    em áreas de alto risco, as áreas com médio risco equivalem a 199,666 km2

    e corresponde a

    66,08% da área urbana e as áreas de baixo risco somam 1,173 km2

    e corresponde a um
    percentual de 0,38% do perímetro urbano. O resultado do risco de desastres corresponde em
    42,651 km2

    , ou seja, 14,11% da área possui alto risco de desastre, 3,691 km2

    ou 1,22% da área

    em médio risco de desastre e 196,093 km2

    , que corresponde a 64,90% em baixo risco de
    desastre. Os resultados obtidos na pesquisa possuem grande importância no sentido de auxiliar
    o poder público na efetivação de políticas de mitigação que possibilite minimizar as perdas e
    os danos da inundação na população vulnerável. Por outro lado, incluir essa temática no plano
    diretor participativo do Município de Marabá é importante para subsidiar a defesa civil
    municipal na tomada de atitudes diante do fenômeno.

  • DILMA OLIVEIRA DA SILVA
  • TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES EM FESTAS PATRIMONIAIS: A GEOGRAFICIDADE DA MARUJADA DE SÂO BENEDITO E SÂO SEBASTIÃO DE TRACUATEUA/PA

  • Data: 01/05/2023
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  • A Marujada de São Benedito e São Sebastião é uma festa de caráter religioso,
    realizada no município de Tracuateua, localizado na região Amazônica e no nordeste
    do estado do Pará. Com a participação da igreja católica, essa festividade acontece
    no município desde, provavelmente 1921, contando mais de século. É uma festa
    tradicional presente em seis (6) municípios da microrregião bragantina (Pará) e possui
    na sua organização, práticas coletivas que incorporam no espaço festivo uma tradição
    da dança e de ritmos africanos trazidos para essa região no século XVIII, pelas
    pessoas negras e escravizadas. Esse estudo teve como principal objetivo analisar a
    organização dos territórios e das territorialidades na Festa da Marujada de São
    Benedito e São Sebastião de Tracuateua/PA e a articulação dos agentes territoriais
    em seus processos de territorialização. Partimos da premissa de que uma celebração
    tão complexa como a Marujada de Tracuateua, em uma festa de santos, exigiu pelo
    menos as seguintes estratégias de estudo: a) uma descrição breve do processo
    ritualístico e o modo como os seus fazedores compreendem a festa; b) a análise das
    formas de conexões, por meio dos papéis e das atuações desempenhadas entre
    marujos e marujas na festa com seus rituais, bem como da hierarquia desenvolvida
    entre a categoria dos participantes; c) compreensão da organização territorial da festa
    elencando cada símbolo e objetos simbólicos do espaço festivo; d) as análises das
    formas de articulações, através dos usos, dos domínios e das relações de serviços
    entre os diferentes agentes e das atribuições e elos desses agentes territoriais. Como
    procedimentos metodológicos, iniciou-se com uma revisão bibliográfica,
    acompanhado de uma pesquisa documental para o amadurecimento dos conceitos e
    categorias analíticas do estudo, pois trata-se de uma pesquisa qualitativa com
    abordagem dialética. Para isso, foram usadas como técnicas de pesquisa: a
    observação participante, as entrevistas semiestruturadas e os questionários virtuais.
    Os resultados da pesquisa indicaram que no processo de territorialização da Marujada
    de Tracuateua percebeu-se que as relações construíram espaços de disputas, onde
    a prática festiva foi agregada nas várias formas de domínio definidas no espaço da
    tradição tracuateuense, produzindo múltiplos territórios como: o de tradição e
    resistência; o religioso agenciado pela igreja; o político conquistado pela gestão
    pública municipal e os alternativos ordenados pelos comerciantes e vendedores
    locais. O resultado da pesquisa mostrou, ainda, que as configurações produzidas e
    administradas pelos agentes, estabeleceram a construção de um patrimônio-territorial
    que se corporifica, em especial, no simbolismo festivo, revelado pelos elementos
    territoriais vivenciados nas múltiplas territorialidades festivas da Marujada de
    Tracuateua. Portanto, esta festa desenvolve um plano de estratégias construídas
    territorialmente, o qual constitui a Marujada como um patrimônio-territorial ativado,
    mantido pelo reconhecimento dos sujeitos e dos fazedores dessa festividade.

  • VICKA DE NAZARE MAGALHAES MARINHO
  • TERRITÓRIOS PESQUEIROS NO MÉDIO ARAGUARI: mudanças e permanências frente aos empreendimentos hidroelétricos na Amazônia amapaense

  • Data: 26/04/2023
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  • Abordagens concernentes aos territórios pesqueiros na ciência geográfica, no contexto atual, têm se tornado uma discussão cada vez mais profícua dada a relevância e complexidade por meio da qual os mais distintos sujeitos sociais produzem suas territorialidades. Todavia, por mais que tais territórios se constituam de enorme importância para o desenvolvimento da pesca artesanal, estes são constantemente invisibilizados e destituídos de valor econômico e social, frente a outras formas produtivas, dentre elas a geração de eletricidade. Neste sentido, objetivando refletir sobre os territórios pesqueiros no médio Araguari, no contexto da implantação de empreendimentos hidroelétricos, buscou-se analisar a partir dos pescadores artesanais de Ferreira Gomes e Porto Grande, as mudanças e permanências das territorialidades pesqueiras nos lagos artificiais das hidroelétricas Ferreira Gomes e Cachoeira Caldeirão. Para tanto, os procedimentos metodológicos adotados, envolveram o levantamento de dados primários e secundários, obtidos tanto através de observações, registros fotográficos e entrevistas em lócus, bem como por meio de pesquisas bibliográficas. Desse modo, ao constituir uma atividade desenvolvida num ambiente indivisível e de múltiplos interesses entre sujeitos com forças dissimétricas, a pesca artesanal praticada pelos pescadores de Ferreira Gomes e Porto Grande, mostra-se como uma atividade de relevância econômica e social para as famílias de pescadores locais, os quais afirmam de modo unânime terem na pesca uma fonte imprescindível para a reprodução do grupo familiar, especialmente em se tratando daqueles que habitam nas sedes municipais. Além disso, também são categóricos ao afirmarem que os empreendimentos hidroelétricos implantados no médio Araguari, têm promovido mudanças expressivas no que concerne a captura pesqueira e os territórios de pesca, especialmente aqueles localizados nas áreas adjacentes aos empreendimentos, mostrando tratar-se de obras com efeitos negativos diversos. Ressalta-se, também, no processo de desterritorialização e reterritorialização, novas disputas e pressões sobre territórios socialmente ocupados ou indisponíveis passaram a sofrer maiores pressões, fazendo-se de enorme urgência e relevância a delimitação e o reconhecimento dos territórios pesqueiros ainda existentes no médio Araguari.

  • ERIKA PATRICIA DA SILVA SILVA
  • PESCA ESPORTIVA E PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: Uma análise sobre a pequena cidade de São Caetano de Odivelas- PA.

     

     

  • Orientador : MARCIO DOUGLAS BRITO AMARAL
  • Data: 20/04/2023
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  • O processo inserção da Amazonia selecionou lugares estratégicos, causando a redefinição da rede urbana, diferenciação das cidades e a ressignificação das pequenas cidades.  Nesse sentido, este trabalho faz uma analise da produção do espaço em função da pesca esportiva em uma pequena cidade da Amazônia, mais especificamente situada na área litorânea do Nordeste Paraense, chamada de microrregião do Salgado, que é a cidade de São Caetano de Odivelas. A pesquisa tem como objetivo geral analisar até que ponto a pesca esportiva, teve contribuição na organização socio-espacial da referida cidade, além de compreender a mudança do papel que esta cidade assume no decorrer do tempo histórico. A metodologia adotada para alcançar as finalidades propostas, partiu de revisões bibliográficas de cunho histórico-geográfico para entender a formação sócio-espacial; de caráter teórico, visando o ajustamento da pesquisa aos principais conceitos abordados; além da analises documentais. Ocorreram trabalhos de campo entre os anos de 2020 e 2023 a fim de coletar dados que pudesse trazer maior compreensão dos principais processos, formas e agentes ligados ao objeto da pesquisa. Foram realizadas diversas entrevistas, registros fotográficos, conversas “informais” e informações que possibilitassem a produção de materiais cartográficos. A hipótese apresentada é de que a produção do espaço urbano da pequena cidade de são Caetano de Odivelas esteja sendo produzido de forma expressiva pela pesca esportiva, atividade capitalizada, trazida no processo de modernização do território amazônico que acaba colocando essa cidade em uma função diferente da que apresentava no período colonial.

  • ROBERTO MAGNO REIS NETTO
  • OURO DE TOLO: A REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PA EM FACE DAS DINÂMICAS TERRITORIAIS DO TRÁFICO INTERNACIONAL DE COCAÍNA



  • Data: 20/03/2023
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  • Introdução: O presente trabalho consubstancia uma pesquisa realizada no âmbito da chamada geografia humana, especificamente, da geografia política, compondo uma investigação em torno das dinâmicas territoriais do tráfico de cocaína na Região Metropolitana de Belém-PA. O estudo destas dinâmicas territoriais, por sua vez, apesar das diferenças entre os locais e suas relações multiescalares, pode contribuir para a extração de resultados potencialmente universalizáveis a outros contextos, contribuindo cientificamente e de forma pragmática com o tratamento do tráfico de drogas. E, diante de um quadro de contradições práticas evidenciadas pela ciência e experiência, adotou-se como problema de pesquisa: qual é o papel desempenhado pela Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará, em face das redes territoriais do tráfico de cocaína? Partiu-se da hipótese de que a Região Metropolitana de Belém exerceria o papel de mercado consumidor regional final do entorpecente, bem como um ponto de influxo dos lucros provenientes de agentes territoriais regionais do tráfico. Metodologia: o estudo adotou o método hermenêutico e dialético como percurso de pesquisa, pelo que se valeu da aplicação de abordagens quantitativas e qualitativas aplicadas em constante triangulação de dados. Iniciou-se a análise com uma revisão literária sobre trabalhos publicados entre os anos de 2018 a 2021, conforme critérios de inclusão e exclusão especificados, sujeitos, por conseguinte, a um processo de análise de conteúdo. Na sequência, perfez-se a análise de dados decorrentes dos registros de ocorrência de tráfico de drogas do Estado do Pará, especificamente, relativos a apreensões de cocaína, permitindo a extração de índices analisados sob técnicas estatísticas descritivas e de estatística espacial. Esses dados foram analisados à luz de técnicas transversais propugnadas pelo estudo, especialmente, quanto aos outliers encontrados. Por fim, realizou-se uma pesquisa qualitativa, mediante entrevistas direcionadas a macroagentes da segurança pública e pesquisadores com saberes sobre o tema, igualmente, sujeitas à triangulação por meio de técnicas transversais. Os dados foram analisados de forma contínua, de modo a revelar as conclusões finais. Resultados: constatou-se a presença de cocaína (e subprodutos) comercializada na maior parte dos bairros das cidades que compreendem a RMB, o que permitiu concluir, concretamente, que a região compreendia um consolidado mercado consumidor. Além disso, confirmou-se o papel da RMB enquanto nó nos territórios-rede do tráfico internacional, de modo que a mesma se denotou enquanto: a) uma região que serviria como rota secundária a eventuais remessas que, por qualquer motivo, não conseguissem embarcar pelo Porto de Vila do Conde, em Barcarena-PA; b) uma região que absorveria, facilmente, eventuais resíduos de cocaína; e c) uma plataforma privilegiada para remessas de cocaína para outras regiões do país. Consolidando conclusões para além da hipótese inicial, tem-se que a RMB representa um importante hub de coordenação do tráfico, bem como um hub financeiro da atividade ilícita, o que ocorreria em função da concentração de estruturas materiais, financeiras, de serviços e de comunicação que se impõem de maneira hierárquica e funcional sobre as existentes noutras regiões e cidades. Para além disso, estudo consignou diversas informações colocadas como propostas de intervenção prática e como sugestões de continuidade da análise.

  • CLAUDIANA VIANA GODOY
  • ENTRE A LÓGICA TERRITORIAL E A DE MERCADO: A DIFUSÃO DAS UBS E
    DAS CLÍNICAS MÉDICAS POPULARES E A ATENÇÃO BÁSICA
    À SAÚDE EM BELÉM (PA) E EM SUA REGIÃO METROPOLITANA

     


  • Data: 17/03/2023
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  • As contribuições da Geografia Urbana da Saúde são de ampla relevância na compreensão da
    lógica territorial da Rede de Atenção Básica à saúde atuante na Região Metropolitana de Belém,
    que segue o modelo de saúde coletiva da Estratégia Saúde da Família presente nas Unidades
    Básicas de Saúde — a chamada territorialização do Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, a
    presente pesquisa tem o propósito de analisar a constituição territorial da rede assistencial
    pública de atenção básica à saúde e a lógica de mercado da saúde popular privada —
    exemplificada nas clínicas médicas populares, localizadas em Belém e em sua região
    metropolitana —, com foco na compreensão dos processos de difusão e de permanência das
    clínicas populares, tendo em vista a aparente fragmentação da Rede de Atenção Básica à saúde
    no país — a desterritorialização do sistema público de saúde. Para uma análise mais
    aprofundada, foi feita a revisão de relevantes documentos, como: a Lei Orgânica da Saúde (Lei
    no 8.080/1990); o Plano Municipal de Saúde de Belém (do período 2018-2021); e a Política
    Nacional de Atenção Básica (PNAB - de 2012 e de 2017). A discussão se fundamenta na
    observação de dados primários e secundários, fornecidos pelo sistema DATASUS-CNES, e de
    informações, captadas nos trabalhos de campo em 2022, com a aplicação de questionários nas
    119 clínicas situadas na Região Metropolitana de Belém. Algumas constatações indicaram que
    a rede pública de atenção básica atuante na região segue um padrão de porta de entrada
    desterritorializada, dentro de um modelo de atendimento tradicional, conforme demanda
    espontânea, sem a cobertura territorial integral das equipes de Saúde da Família, denotando a
    existência de duas portas de entrada na saúde pública: a territorializada, feita pela Estratégia
    Saúde da Família; e a não territorializada, constituída do atendimento das Unidades Básicas de
    Saúde tradicionais, sem a presença das equipes de Saúde da Família. As clínicas de saúde
    popular foram beneficiadas por este aspecto nos últimos anos, bem como pelo
    subfinanciamento do sistema público, em particular da rede de Atenção Básica, que passa por
    processos de fragmentação e de desterritorialização, considerando a redução e a desarticulação
    das suas equipes multiprofissionais, após as atualizações das normas da Política Nacional de
    Atenção Básica, somando-se às perdas do setor de saúde suplementar. Contudo, essas clínicas
    populares oferecem um modelo assistencial inacabado e contraditório, além de descontinuo,
    razão pela qual uma ampla parcela de seus usuários é devolvida ao sistema nacional de saúde.
    Embora a saúde pública do país tenha sido pensada, dentro dos princípios da universalidade, da
    integralidade e da equidade, o Sistema Único de Saúde segue como um modelo misto e de
    universalização questionável, em sua controvertida associação com o setor privado, que resulta
    em perdas para a saúde pública, gerando barreiras econômicas que impedem o atendimento
    integralmente gratuito. Concordando com este pressuposto, a territorialização da medicina de
    alta complexidade da região metropolitana de Belém é formada majoritariamente pela rede
    privada, que dispõe de ampla reserva de vagas ao convênio com o sistema brasileiro de saúde.
    Contudo, a disposição de recursos de alta complexidade no setor privado não deve ser pensada
    como uma cobertura universal, dado o fato de que as formas de acesso a estes serviços
    apresentam filtros de natureza jurídico-institucional ou, por outras palavras, aquilo que o
    Sistema Único de Saúde denomina de hospitais de portas abertas ou fechadas ao acesso
    universal.

  • CARLA JOELMA DE OLIVEIRA LOPES
  • QUILOMBOLAS, GRANDES EMPREENDIMENTOS E PODER NA AMAZÔNIA:
    TENSÕES TERRITORIAIS VIVIDAS NO BAIXO TOCANTINS (PA).

  • Data: 15/03/2023
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  •  

    Neste trabalho intitulado QUILOMBOLAS, GRANDES EMPREENDIMENTOS E PODER
    NA AMAZÔNIA: TENSÕES TERRITORIAIS VIVIDAS NO BAIXO TOCANTINS (PA),
    sustento a tese de que existem tensões territoriais entre os povos quilombolas e os grandes
    empreendimentos localizados no Baixo Tocantins (PA). O pressuposto adotado é de que após
    a deflagração da Operação Amazônia em 1966 o Estado Brasileiro voltou seus interesses de
    forma especial para este fragmento territorial o qual passou a ser alvo de diversos e de distintos
    paradigmas de desenvolvimento, acarretando uma série de transformações que atingiram em
    cheio não apenas as populações locais e aqui, destaco os povos quilombolas, mas também as
    dinâmicas da natureza. O objetivo geral é construir uma reflexão geográfica sobre as tensões
    territoriais produzidas no encontro entre os grandes empreendimentos e os povos quilombolas
    no Baixo Tocantins, para tanto, observo as dinâmicas territoriais no município de Baião, um
    dos onze da região tocantina. A justificativa para a escolha tem relação com a relevância de
    suas experiências territoriais para a pesquisa proposta. A categoria analítica que fundamenta
    esta reflexão é o território usado. Do ponto de vista metodológico adoto dois procedimentos
    complementares: uma metodologia analítica fundamentada nos conceitos de periodização e
    evento que me levou a pensar em dois tempos distintos, o tempo 1 (T1), anterior a chegada do
    evento, que sinalizo aqui como a inserção do grandes empreendimentos na região e, o tempo 2
    (T2), situação posterior a implantação dos empreendimentos; uma metodologia operacional que
    contempla a realização de revisão bibliográfica, entrevistas estruturadas e semiestruturadas e
    de trabalhos de campo. Os resultados confirmam a tese de que existem tensões territoriais entre
    quilombolas e grandes empreendimentos, contudo, essas tensões nem sempre estão
    acompanhadas de conflitos e disputas territoriais, posto que, existem formas sutis de exercício
    de poder, no e sobre o território, capazes de acionar mecanismos simbólicos, promovendo uma
    violência simbólica que faz crer e ver.

  • ALESSANDRA DA SILVA LOBATO
  • PATRIMONIALIZAÇÃO E TURISTIFICAÇÃO DA FESTA DE SÃO BENEDITO NO
    MUNICÍPIO DE BRAGANÇA-PA: territórios, territorialidades e conflitos.

  • Data: 10/03/2023
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  • Esta pesquisa tem como objeto de análise a Festa de São Benedito no município de Bragança,
    estado do Pará. Trata-se de uma das manifestações de maior expressão cultural e religiosa da
    região do Nordeste Paraense. São Benedito é o santo considerado copadroeiro e que tem uma
    expressiva representatividade no referido município. A problemática deste trabalho envolve a
    investigação sobre a territorialidade da citada Festa, bem como a ação dos agentes da
    patrimonialização e da turistificação na Festa de São Benedito em Bragança, Pará. Como
    questões-problemas desta pesquisa questiona-se: Como ocorreu o processo de constituição da
    Festa de São Benedito no território bragantino? Como a Festa de São Benedito de Bragança
    pode ser identificada como um patrimônio cultural e elemento de resistência cultural em
    Bragança? Como ocorrem os processos de patrimonialização na Festa de São Benedito no
    município de Bragança e quais as implicações e conflitos entre os agentes? Existem elementos
    que identifiquem um processo de turistificação da Festa de São Benedito de Bragança? O
    objetivo geral desta pesquisa é analisar o território de Bragança a partir da territorialidade, dos
    processos de patrimonialização e turistificação da Festa de São Benedito, bem como suas
    implicações e conflitos. Tal finalidade se subdivide nos seguintes objetivos específicos:
    Compreender o processo de constituição da Festa de São Benedito em Bragança; Identificar
    como a Festa de São Benedito pode ser um patrimônio cultural do lugar e elemento de
    resistência cultural no município de Bragança; Compreender os processos e agentes ligados à
    patrimonialização da Festa de São Benedito e as implicações e conflitos entre eles no território
    Bragantino; Analisar as especificidades do processo de turistificação em Bragança, em especial
    durante da Festa de São Benedito de Bragança. Para alcançar os objetivos propostos foram
    realizados levantamentos e análises bibliográficas e documentais, entrevistas semiestruturadas,
    observações in loco e aplicação de questionários. Por meio desta pesquisa foi possível
    identificar que o processo de constituição da Festa de São Benedito ocorreu com a participação
    popular, mas que também foi marcada por conflitos entre a Igreja e a Irmandade civil da
    Marujada, situação que perdurou até meados da década de 1980. Constatou-se, também, que a
    referida Festa é um elemento de resistência cultural no município de Bragança, pois por meio
    de seus rituais religiosos e culturais resiste ao longo de mais de 200 anos de história. A
    patrimonialização e a turistificação foram processos analisados nesta pesquisa, não enquanto
    processos consolidados, mas foi possível identificar elementos e agentes que participam destes
    processos partindo da análise da Festa de São Benedito de Bragança.

  • ALESSANDRA DA SILVA LOBATO
  • PATRIMONIALIZAÇÃO E TURISTIFICAÇÃO DA FESTA DE SÃO BENEDITO NO
    MUNICÍPIO DE BRAGANÇA-PA: territórios, territorialidades e conflitos.

  • Data: 10/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa tem como objeto de análise a Festa de São Benedito no município de Bragança,
    estado do Pará. Trata-se de uma das manifestações de maior expressão cultural e religiosa da
    região do Nordeste Paraense. São Benedito é o santo considerado copadroeiro e que tem uma
    expressiva representatividade no referido município. A problemática deste trabalho envolve a
    investigação sobre a territorialidade da citada Festa, bem como a ação dos agentes da
    patrimonialização e da turistificação na Festa de São Benedito em Bragança, Pará. Como
    questões-problemas desta pesquisa questiona-se: Como ocorreu o processo de constituição da
    Festa de São Benedito no território bragantino? Como a Festa de São Benedito de Bragança
    pode ser identificada como um patrimônio cultural e elemento de resistência cultural em
    Bragança? Como ocorrem os processos de patrimonialização na Festa de São Benedito no
    município de Bragança e quais as implicações e conflitos entre os agentes? Existem elementos
    que identifiquem um processo de turistificação da Festa de São Benedito de Bragança? O
    objetivo geral desta pesquisa é analisar o território de Bragança a partir da territorialidade, dos
    processos de patrimonialização e turistificação da Festa de São Benedito, bem como suas
    implicações e conflitos. Tal finalidade se subdivide nos seguintes objetivos específicos:
    Compreender o processo de constituição da Festa de São Benedito em Bragança; Identificar
    como a Festa de São Benedito pode ser um patrimônio cultural do lugar e elemento de
    resistência cultural no município de Bragança; Compreender os processos e agentes ligados à
    patrimonialização da Festa de São Benedito e as implicações e conflitos entre eles no território
    Bragantino; Analisar as especificidades do processo de turistificação em Bragança, em especial
    durante da Festa de São Benedito de Bragança. Para alcançar os objetivos propostos foram
    realizados levantamentos e análises bibliográficas e documentais, entrevistas semiestruturadas,
    observações in loco e aplicação de questionários. Por meio desta pesquisa foi possível
    identificar que o processo de constituição da Festa de São Benedito ocorreu com a participação
    popular, mas que também foi marcada por conflitos entre a Igreja e a Irmandade civil da
    Marujada, situação que perdurou até meados da década de 1980. Constatou-se, também, que a
    referida Festa é um elemento de resistência cultural no município de Bragança, pois por meio
    de seus rituais religiosos e culturais resiste ao longo de mais de 200 anos de história. A
    patrimonialização e a turistificação foram processos analisados nesta pesquisa, não enquanto
    processos consolidados, mas foi possível identificar elementos e agentes que participam destes
    processos partindo da análise da Festa de São Benedito de Bragança.

  • LUCIANO ANDRADE DE SOUZA
  • PRODUÇÃO DO ESPAÇO, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL FERROVIÁRIO: UMA ANÁLISE DA ANTIGA ESTRADA DE FERRO BELÉM-BRAGANÇA (EFBB), PARÁ, AMAZÔNIA.

  • Data: 09/03/2023
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  • A antiga Estrada de Ferro Belém-Bragança (EFBB), que funcionou efetivamente de 1883 a 1965, contribuiu na formação socioespacial de várias cidades que se localizavam na antiga Zona Bragantina (ZB), constituída em grande parte, hoje, pelo nordeste do Pará. Dentre tais cidades incluídas nesse processo, Benevides, Castanhal, Igarapé-Açu e Bragança (localizadas na Região Metropolita de Belém e na Região Nordeste do Pará), foram selecionadas, como cidades-lócus da pesquisa, por terem sido portadoras de ramais ferroviários; pontos nodais de conexão e entrepostos comerciais de relevante importância na expansão territorial da ZB, nessa época. Em tais cidades, o referido complexo ferroviário produziu um patrimônio cultural ferroviário (material e imaterial), que se mantém ativo nas reminiscências (memórias) de moradores locais; nas Instituições da memória (Museus, Memoriais, Monumentos etc.) e nos projetos/ações políticas de cunho governamental e não-governamental. Tal situação nos remete e motiva a um objetivo central no estudo que se propõe a analisar como a espacialização da EFBB, dentro da antiga ZB, contribuiu para a produção do espaço e, consequentemente, para a formação de uma memória relacionada ao patrimônio cultural ferroviário nas cidades em questão. Para tanto, levou-se em consideração, também, alguns objetivos específicos, tais como: entender como a introdução da EFBB influenciou na produção do espaço da antiga ZB e no das cidades-lócus; apreender a interface entre o patrimônio cultural ferroviário e as FCPs em tais cidades e, por fim, entender como a retomada da memória do patrimônio cultural ferroviário contribui para a valorização da formação socioespacial local. Em relação aos procedimentos metodológicos, fez-se uma revisão bibliográfica, documental e observação de campo prévia, visando a seleção de atores sociais e agentes institucionais relevantes para a aplicação da técnica de investigação da entrevista. A discussão teórico-conceitual se voltou para a produção do espaço (SANTOS 1977, 1982, 2004), forma-conteúdo (1977), memória (HALBWACHS, 1990; NORA, 1984; ABREU, 1998) e patrimônio cultural ferroviário (CHOAY, 2001; CRUZ, 2012; RODRIGUES, 2017; PAES, 2012; CASTRO e MONASTIRSKY, 2013). Tal discussão, envolveu uma pesquisa quali-quantitativa (GUNTER, 2006) com abordagem dialética que visa subsidiar o processo que envolve as contradições socioespaciais presentes no objeto de pesquisa da tese. A pesquisa documental e as entrevistas foram necessárias para realização de um mapeamento das FCPs mais representativas do período férreo, assim como, analisar as políticas patrimoniais (oficiais e não-oficiais), que concorreram para a retomada e preservação do patrimônio cultural ferroviário local. Conseguimos, também, identificar, nas referidas cidades muitas FCPs, que são a representação dos monumentos históricos (CHOAY, 2001), ligados à ferrovia, que guardam simbologias, representatividade e identificação junto à população local, pois seu conteúdo patrimonial, ainda, tem capacidade de retomar o sentimento de pertencimento dessa população em relação à sua origem. A pesquisa provou que é possível, através da retomada da memória das FCPs, tidas como o patrimônio cultural ferroviário local, valorizar tanto o referido patrimônio quanto a formação socioespacial das cidadeslócus. Tal situação foi evidenciada através de entrevistas que provaram que muitas reminiscências de grupos de moradores antigos convergiam para os lugares de memória (NORA, 1984), os quais definimos na tese, como FCPs, que guardam em si diversas frações do espaço e temporalidades, sendo, portanto, possível retomar tais espacializações e fatos que valorizam a formação socioespacial das cidades de Benevides, Castanhal, Igarapé-Açu e Bragança-PA.

  • ATHILA LIMA KZAM
  • REESTRUTURAÇÃO URBANA NA AMAZÔNIA ORIENTAL: PARAUAPEBAS COMO CIDADE MÉDIA?

  • Data: 27/02/2023
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  • Parauapebas, tradicionalmente retratada nos estudos de Geografia Urbana e Regional como polo de apoio à mineração e à mão de obra móvel, desqualificada e polivalente, com verticalidades restritas à mineração e caracterizada por atividades do circuito inferior da economia urbana com dinâmicas de pouca densidade técnica e informacional no núcleo de formação “espontânea”, pode ser qualificada, na atualidade, como uma cidade média amazônica? A tese apresentada é que Parauapebas tem ampliado sua capacidade de comando e goza de uma nova posição na dinâmica urbana e regional comportando uma diversidade de serviços públicos e privados de alcance sub-regional passando a intermediar e comandar fluxos em sua Região Geográfica Imediata, configurando-se, portanto, como uma cidade média. Dessa forma, o trabalho examina Parauapebas a partir da articulação entre dois conjuntos de dinâmicas e processos distintos, porém complementares entre si: a reestruturação da cidade, a qual ocorre na escala intraurbana, e a reestruturação urbana, que considera seus novos papeis na rede urbana. Através do método dialético, realiza uma pesquisa quali-quantitativa, com levantamento bibliográfico, associado à pesquisa documental com análise de dados primários, trabalhos de campo, levantamentos fotográficos, entrevistas estruturadas e questionários abertos além da análise de imagens multitemporais do sensor Landsat-TM as quais reconhecem o avanço da mancha urbana e os novos usos do território. Por fim, não obstante ratificar o fato da mineração permanecer como carro-chefe da arrecadação municipal, o estudo comprova o avanço de outras dinâmicas sociais, políticas e econômicas responsáveis pela expansão da atividade comercial, da gestão pública, da oferta de serviços avançados nas áreas de saúde e educação superior que evidenciam sua polarização em face do conjunto sub-regional a qual está inserida e são responsáveis pela emergência de novos perfis intraurbanos com reflexos na estrutura interurbana.

  • PEDRO SERGIO SANTOS DA COSTA
  • CONTRIBUIÇÕES DA GEOGRAFIA NA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO DE JUVENTUDES SEGREGADAS NO CONTEXTO DA IMPLANTAÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA BELO MONTE EM ALTAMIRA/PA

  • Data: 03/02/2023
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  • Com o intuito de contribuir para os estudos acerca a efetividade dos processos de ensinoaprendizagem da Geografia na formação do pensamento crítico juvenil, este trabalho apresenta uma análise da criticidade de jovens estudantes segregados, no contexto da implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Altamira/PA, entre os anos de 2009 e 2021. Nesse sentido, a estratégia analítica se orienta embasada em três eixos: a exposição de alguns impactos comuns de grandes projetos hidrelétricos brasileiros em comparação às transformações ocorridas no município altamirense, em função da construção dessa hidrelétrica; a caracterização das comunidades compulsoriamente deslocadas, sobretudo dos infantojuvenis, a partir das concepções e experiências dos estudantes do ensino médio público e, por fim, os posicionamentos desses estudantes acerca das relações de causa e efeito entre a usina, incluindo as forças, interesses e ideologias que lhe fizeram avançar, e suas conjunturas. Para tanto, o caminho metodológico é o da dialética com auxílio da fenomenologia e análise do discurso aplicados sobretudo em dados resultantes de entrevistas com tais atores sociais. Entre os resultados obtidos, defende-se que o componente curricular de Geografia do ensino médio público tem desempenhado, dentro de seu âmbito, contribuição pouco relevante para a formação do pensamento crítico desses estudantes e, consequente, incompreensão de suas próprias realidades.

  • PEDRO SERGIO SANTOS DA COSTA
  • CONTRIBUIÇÕES DA GEOGRAFIA NA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO DE JUVENTUDES SEGREGADAS NO CONTEXTO DA IMPLANTAÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA BELO MONTE EM ALTAMIRA/PA

  • Data: 03/02/2023
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  • Com o intuito de contribuir para os estudos acerca a efetividade dos processos de ensinoaprendizagem da Geografia na formação do pensamento crítico juvenil, este trabalho apresenta uma análise da criticidade de jovens estudantes segregados, no contexto da implantação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Altamira/PA, entre os anos de 2009 e 2021. Nesse sentido, a estratégia analítica se orienta embasada em três eixos: a exposição de alguns impactos comuns de grandes projetos hidrelétricos brasileiros em comparação às transformações ocorridas no município altamirense, em função da construção dessa hidrelétrica; a caracterização das comunidades compulsoriamente deslocadas, sobretudo dos infantojuvenis, a partir das concepções e experiências dos estudantes do ensino médio público e, por fim, os posicionamentos desses estudantes acerca das relações de causa e efeito entre a usina, incluindo as forças, interesses e ideologias que lhe fizeram avançar, e suas conjunturas. Para tanto, o caminho metodológico é o da dialética com auxílio da fenomenologia e análise do discurso aplicados sobretudo em dados resultantes de entrevistas com tais atores sociais. Entre os resultados obtidos, defende-se que o componente curricular de Geografia do ensino médio público tem desempenhado, dentro de seu âmbito, contribuição pouco relevante para a formação do pensamento crítico desses estudantes e, consequente, incompreensão de suas próprias realidades.

  • FRANCIVALDO JOSE DA CONCEICAO MENDES
  • ENTRE O VIVIDO E O CONCEBIDO: A ESPACIALIDADE DO LAZER NA VIDA COTIDIANA DA CIDADE DE ALTAMIRA (PA)

  • Data: 31/01/2023
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  • A partir do núcleo urbano da cidade de Altamira-PA este estudo teve como objetivo central
    analisar a espacialidade do lazer na reprodução da vida cotidiana da cidade de Altamira-PA,
    tendo por base o tensionamento e a mediação entre a representação do espaço (espaço
    concebido) e os espaços de representação (espaço vivido). Não se trata de duas realidades
    antagônicas e excludentes, mas de uma unidade que se dialetiza continuamente no/pelo espaço.
    A partir de uma mediação teórico-metodológica entre a categoria do lazer e a teoria social do
    espaço, buscou-se responder a seguinte questão: como se expressa a espacialidade do lazer na
    vida cotidiana da cidade de Altamira-PA, a despeito do tensionamento e da mediação entre a
    representação do espaço (espaço concebido) e os espaços de representação (espaço vivido)? A
    hipótese central sugere que: o lazer na cidade de Altamira-PA constitui-se como parte
    indissolúvel da vida cotidiana, materializando-se espacialmente pelo agenciamento coletivo dos
    sujeitos que, de forma insurgente, se apropriam dos diferentes espaços urbanos da cidade. O
    percurso metodológico de viés qualitativo, teve por base uma análise bibliográfica, entrevistas
    abertas e semiestruturadas e elementos da etnografia urbana. Os resultados da pesquisa
    demonstraram a potência teórico-metodológica da categoria lazer em face dos estudos urbanos,
    permitindo-se discutir os limites e as possibilidades da cidade a partir das experiências do lazer.
    Ao nível cotidiano, os resultados evidenciaram a existência de táticas coletivas, materializadas
    pelos contra-usos da cidade onde os espaços urbanos são alcançados à condição de espaços
    públicos mediante diferentes formas de apropriação coletiva. A tese sustentada refere que o
    embate e a permanente mediação entre a representação do espaço (espaço concebido) e os
    espaços de representação (espaço vivido) materializa uma espacialidade do lazer na vida
    cotidiana de Altamira-PA, a qual decorre das práticas insurgentes e não programadas que são
    criadas e mantidas pelos sujeitos a partir das suas redes de interação e sociabilidade cotidianas.


  • THALITA BRENA SOUZA DE MIRANDA
  • “PRODUÇÃO DO ESPAÇO E USO DO SOLO NA METRÓPOLE: A ATUAÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO DE ALTO PADRÃO EM BELÉM/PA”,

  • Data: 27/01/2023
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  • O Mercado Imobiliário tem se constituído de forma predominante a partir da materialização de condomínios habitacionais de alto padrão nas últimas duas décadas. Apresentando novos modos de exploração da terra enquanto mercadoria e uma nova forma de morar. Este trabalho tem como objetivo analisar a intensificação da produção do urbano na Metrópole a partir da construção de grandes empreendimentos imobiliários habitacionais. A importância do estudo consiste em fazer uma discussão sobre as transformações socioespaciais ocorridas com a intensificação da produção imobiliária na área da Avenida Pedro Álvares Cabral, cidade de Belém-PA. Também investigando as mudanças no que diz respeito à produção e demanda do setor imobiliário bem como a caracterização de condomínios que se relaciona a valores culturais, simbólicos e sociais, a partir da atuação do Mercado Imobiliário no processo da produção do espaço urbano. Dessa maneira, foram analisadas as formas que o mercado. imobiliário utiliza para expandir seus grandes empreendimentos habitacionais e a (re) produção do capital imobiliário em Belém, buscando compreender as articulações feitas por tais agentes imobiliárias. Foram verificados os condomínios habitacionais materializados na Avenida Pedro Álvares Cabral nos anos 1990 e, sobretudo os condomínios estabelecidos nos anos 2000.

2022
Descrição
  • WALISON SILVA REIS
  • DINÂMICA ECONÔMICA E REESTRUTURAÇÃO DA CIDADE: uma análise da indústria da construção civil em Imperatriz (MA)

  • Data: 29/09/2022
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  • Esta tese visa compreender a dinâmica econômica da cidade de Imperatriz-MA, bem como a
    reestruturação do seu espaço urbano a partir do processo de expansão do mercado imobiliário.
    Essa atividade econômica tem intensificado as relações capitalistas, e, desse modo, vem sendo
    um dos principais agentes responsáveis por criar e estimular novas exigências de produção e
    consumo da cidade. Nesse sentido, a pesquisa emerge de inquietações referentes ao
    crescimento do mercado imobiliário habitacional a partir dos anos 2000 – que, pautado em
    uma lógica de (re)produção da cidade enquanto mercadoria, tem potencializado a produção do
    espaço urbano dividido em classes sociais e, concomitantemente, a espacialização de uma
    gama de contradições. Para o desenvolvimento deste trabalho, buscamos um aporte teórico
    baseado nos postulados de Sposito (2004, 2007) sobre reestruturação urbana e reestruturação
    da cidade. O método da pesquisa tem base na abordagem marxista do materialismo histórico
    dialético, com pesquisa bibliográfica, documental, observação-simples e entrevistas do tipo
    padronizada-estruturada. A investigação aqui empregada destacou o capital incorporadorconstrutor, corretores imobiliários e o Estado como os principais agentes de valorização do espaço urbano de Imperatriz. Essa valorização pôde ser vista na análise do bairro Jardim Três
    Poderes, Santa Inês e da Avenida Pedro Neiva de Santana, que expuseram a forma e as
    características dessa valorização, que tem repercutido em uma forte transformação da
    estrutura da cidade. Além disso, o estudo discutiu a construção de conjuntos habitacionais do
    Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) Faixa 1, voltado para a população de baixa
    renda em áreas periféricas e descontínuas do tecido urbano, como elemento que tem
    acarretado o acentuamento das discordâncias socioespaciais. Considerou-se que a pesquisa
    atingiu seus objetivos propostos, visto ter sido possível compreender que as repercussões
    econômicas advindas do crescimento do mercado imobiliário acontecem associadas a
    alterações na morfologia e na paisagem da cidade, tornando-a mais complexa, segmentada,
    segregada, fragmentada e injusta.




  • EVILANIA BENTO DA CUNHA
  • DINÂMICA TERRITORIAL AUTOCTÓNE DO POVO GALIBI KALI’NA DO MUNICÍPIO DE OIAPOQUE NO ESTADO DO AMAPÁ

  • Data: 28/09/2022
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  • Esta pesquisa tem a finalidade de apresentar a dinâmica territorial do povo Galibi Kali'na,
    principalmente, no que diz respeito à territorialização no Brasil. O povo Kali’na é um povo
    originário, cujo o espaço de origem é desde a Venezuela até a Guiana Francesa e, em julho de
    1950, ao se deslocar pelo Platô das guianas, na área da Guiana Francesa, reconstruiu sua vida
    às margens direitas do rio Oiapoque, no estado do Amapá – Brasil. A ausência de um olhar
    geográfico sobre esse processo dos Kali’na do Brasil nos instigou a proposição de uma tese
    tendo em vista que é uma matéria desconhecida do universo acadêmico da Ciência Geográfica,
    já que a pesquisa não abordou apenas questões relacionadas a um Território Indígena, mas a
    um grupo autóctone que fez uma migração com negociações internacionais. Indagamos como
    se deu o processo de ocupação e instalação desse grupo no Brasil, uma vez que esse território
    não fazia parte da sua rota de deslocamento? Quais articulações políticas e institucionais foram
    necessárias mover para a demarcação da Terra Indígena Galibi? Por que essa Terra Indígena na
    região de Oiapoque foi a primeira a ser homologada? Que elementos definiram a área
    demarcada? Quais os fatores que interferiram na dinâmica populacional da T. I. Galibi? O que
    se sustenta em termos de tese é que a dinâmica territorial Kali’na, considerando sua vivência
    na Guiana Francesa e sua instalação no Brasil, ocorreu por uma mobilização política desse povo
    que embora tenham sido poucas famílias a fazerem a migração. Ao chegarem no Brasil, tiveram
    a primeira Terra Indígena demarcada na região de Oiapoque pelo Decreto 87.844 de
    24/11/1982. E ainda com relações comerciais estabelecidas desde a Guiana Francesa e que teve
    continuidade ao chegar no Brasil tendo a agricultura como principal atividade econômica - o
    que vai sendo alterado para o setor de serviços, sobretudo na condição de servidores públicos.
    Esse trabalho objetiva analisar a dinâmica territorial dos Galibi Kali’na de Oiapoque nos setenta
    anos de presença no Brasil, levando em consideração três elementos da/na dinâmica territorial,
    a saber: 1. O deslocamento desse povo da Guiana Francesa para o Brasil e o contexto sóciopolítico-econômico; 2. A instalação e as relações estabelecidas com a nova terra do ponto de
    vista da natureza e da sociedade; 3. O olhar dos próprios Kali’na sobre o Território. Para atingir
    esse objetivo geral elencamos os seguintes objetivos específicos: verificar o território
    expandido dos Galibi Kali’na no arco norte das Guianas; entender o processo de formação do
    Território Kali’na no Brasil; mapear a organização dos Galibi Kali’na e os desafios da Terra
    Indígena Galibi. Fizemos uso de metodologia espaço temporal, sendo o recorte temporal os 70
    anos, desde a territorialização no Brasil e o espacial a própria T.I. Galibi. A pesquisa
    bibliográfica foi se construindo ao longo do doutoramento, nas disciplinas cursadas, na
    participação em eventos e nas diversas interações, tendo como meta subsidiar o entendimento
    dos conceitos de território, dinâmica territorial, povo Kali’na, decolonialidade. Os Kali’na
    viveram diferentes acordos institucionais na sua territorialização no Brasil; para concluir isso,
    utilizamos a pesquisa documental como instrumento para demonstrar os acordos legais
    estabelecidos por esse povo e a geração de novos documentos e mapas a partir dos relatos orais
    concedidos formalmente por meio de entrevistas e informalmente por meio de conversas
    cotidianas. A pesquisa de campo com imersão de vivência auxiliou na continuidade e escolhas
    durante a construção da tese. A organização dos resultados da tese se desenvolve em quatro
    capítulos: o primeiro, intitulado “Território conceitos e vivências”, apresenta a base conceitual;
    o segundo, “O contexto da migração Kali’na”, faz uma retrospectiva histórica e documental da
    situação política e institucional no Brasil e na Guiana Francesa na decisão de saída de parte
    desse povo da Guiana; o terceiro, “Territorialização dos Kali’na no Oiapoque Brasil”, apresenta
    os elementos de territorialização, o uso e reprodução da terra, a organização espacial a partir da
    cultura, a escola como mediadora de fluxos; o quarto, “A visão Kali’na do território: cartografia
    social em perspectiva”, a partir da utilização da metodologia da cartografia social para mostrar
    como os próprios Kali’na se veem no território.




  • RENATO DE LIMA ALVES
  • CARTOGRAFIA SOCIAL DE PERCEPÇÃO DE RISCO GEOLÓGICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA: ESPACIALIZANDO OS RISCOS SOCIOAMBIENTAIS NA ILHA DE OUTEIRO, BELÉM –PA



  • Data: 05/09/2022
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  • Hoje é essencial que todos conheçam os perigos, calculáveis ou não, que ameaçam o ser humano
    (VEYRET, 2007). A Ilha de Caratateua (Outeiro) em Belém/PA passa por processos erosivos
    de ordem costeira, causando prejuízos ambientais e materiais. No local foram identificados três
    pontos de monitoramento o que levou a interdição de alguns trechos da via Beira Mar, conforme
    recomendação do SGB/CPRM. A pesquisa traz a elaboração de uma cartografia social
    participativa, com o objetivo de espacializar os riscos socioambientais do trecho mencionado e
    suas percepções de risco geológico com estudantes da EMEFM Prof. Eidorfe Moreira,
    localizada no bairro de São João de Outeiro. Uma das problemáticas está na dificuldade de
    encontrar metodologias e materiais didáticos sobre áreas de riscos de deslizamento de terra
    voltados para o contexto e escala da realidade amazônica. O objetivo dessa pesquisa é aplicar
    uma cartografia social de percepção de risco de deslizamento de massa com mapeamento
    através da cartografia socioambiental. A aplicação da metodologia de pesquisa se constituiu de
    5 (cinco) etapas básicas conforme o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
    Naturais (Cemaden) de forma adaptada em contextos educacionais, sendo elas; fase
    preparatória; explicação sobre os riscos ambientais; leitura da base cartográfica; produção do
    mapa temático da percepção de riscos ambientais; reflexão sobre as fragilidades do lugar. Esta
    proposta tem como base teórica o Decreto do Governo Federal, n° 5.376, de 17 de fevereiro de
    2005, artigo 13, inciso VII, de promover a inclusão dos princípios de defesa civil, nos currículos
    escolares, proporcionando todo apoio à comunidade docente no desenvolvimento de material
    pedagógico-didático para esse fim. Da educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer
    CNE/CP nº 14/2012. Da Resolução CNE/CP nº 2/201218), Do Decreto nº 4.281, de 25 de junho
    de 2002, que dispõe especificamente sobre a Educação Ambiental (EA) e institui a Política
    Nacional de Educação Ambiental (PNEA). Os resultados da Cartografia Social de
    espacialização dos riscos socioambientais ampararam a materialização do pensar e agir por
    meio de metodologias que incorporam a participação ativa nas análises de mapas, fotografias,
    entrevistas, tabelas e gráficos, tornando mais significativa para estudantes, pondo-se em prática
    a avaliação formativa, na qual o aluno torna-se sujeito de sua aprendizagem e o professor
    assume o papel de mediador do processo, pois acompanha todos os passos do educando,
    podendo auxiliá-lo em suas dificuldades.


  • RODRIGO LUCIANO MACEDO MACHADO
  • EFEITOS TERRITORIAIS DA COVID-19, FACE AS VULNERABILIDADES SOCIOESPACIAIS NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 02/09/2022
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  • ApandemiadeCOVID-19emescalaplanetáriavemconstituindoobjetodeintensas
    mudançasnoâmbitoglobal,emmúltiplasescalas,reverberandodilemasinerentesàs
    condições e práticas sociais que se estabelecem ao longo da história. A escalada da referida
    pandemia expôs um conjunto complexo de vulnerabilidades socioespaciais vinculadas à
    inserção desigual do território brasileiro e amazônico na divisão técnica e territorial do
    trabalho, bem como, as precárias condições de infraestrutura urbana e de saúde, elementos
    essenciais para o combate à COVID-19. Em escala local, a população da cidade de Belém foi
    profundamenteimpactadapor umaconjunturamajoritariamente desfavorávelsomadoa
    pandemia, que vitimou milhares de vidas. Há que se ressaltar aqui o elevado número de
    mortesembairroseterritóriosdaperiferiadeBelém,sinalizandodiferentesescalas,
    movimentos, ritmos de dispersão da COVID-19 e suas possíveis vinculações com níveis de
    vulnerabilidades e desigualdades socioespaciais, associadas à acessibilidade a equipamentos
    urbanos, como água encanada, esgotamento sanitário e condições de moradia em Belém.
    Tendo em vista as particularidades da condição espacial da cidade de Belém, esta pesquisa se
    faz relevante em razão da necessidade de se compreender os efeitos territórios da pandemia de
    COVID-19,a partir deummovimento insterescalar emdimensõesglobale nacional.
    Defende-se a hipótese de que as atuais dinâmicas relacionadas aos efeitos territoriais da
    COVID-19 estão intimamente conectadas às condições de vulnerabilidade socioespacial na
    cidade. A pesquisa, portantoconsiste emum estudode caso, que do pontode vista
    metodológico será efetuado mediante levantamento e análise bibliográfica e documental,
    produção cartográfica, observações sistemáticas qualitativas, aplicação de inquérito e análise
    estatísticas. Portanto, na referida dissertação apresenta-se os principais elementos da pesquisa
    desenvolvidos, bem como, um caminho propositivo baseado nas dinâmicas dassmartie cities
    para a consolidação de uma cidade sustentável.

  • STHEFANE MICAELA CARVALHO DE SOUSA

  • O ESPAÇO URBANO E USOS SOCIAIS DO PATRIMÔNIO CULTURAL: UMA ANÁLISE SOBRE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA CIDADE DE CURUÇÁ-PA

  • Data: 02/09/2022
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  • A educação patrimonial é um dos assuntos relevantes quando falamos em questões patrimoniais,
    nesse sentido a pesquisa buscou se debruçar quanto às práticas educativas e o impacto delas na
    cidade de Curuçá-PA, localizada na região do Nordeste do Estado do Pará ,à 130 km de distância
    da capital Belém.Os caminhos que nos levam a pensar em um espaço urbano voltado a questões
    naturais e culturais. A pesquisa se desenvolveu a partir da reflexão de um processo de
    patrimonializaçãosendo ele o principal forma desenvolvimento através da valorização de uma
    determinada cultura enquanto ao olhar de patrimônio, compreendo assim a importância do mesmo
    dentro de uma cidade,que dinamicamente tem sem sua gênese questões culturais e vive diariamente
    a cultura, elevando-a não somente a um conceito mas uma maneira de viver. Objetivou-se
    compreender os usos sociais do patrimônio e as estratégias quanto às práticas educativas, em
    específico, analisando as variações de patrimônio, material, imaterial e natural e partir disso
    entender a importância da preservação do patrimônio para o resgate da identidade cultural da
    comunidade e sua memória, nos levando em específico, analisar as políticas públicas existentes no
    município em torno das questões patrimoniais e as práticas educativas e construtivas sobre o
    patrimônio. Em uma pesquisa qualitativa e baseada em relatos de experiências, reuniu-se conceitos
    teóricos e o olhar prático, a educação proporciona essa via de mão dupla, assim definida ao decorrer
    dos capítulos. Entrevistas semi-estruturadas, registros das mudanças temporais dos espaços
    patrimonializados e consultas públicas foram meios utilizados para fomentar respostas para
    entender o espaço urbano de Curuçá, quanto ao processo de patrimonialização. A pesquisa
    demonstrou importância em viver e sentir o ‘chão’ cultural, isto é, definir e registrar a valorização
    do que está para além do tombamento, está no dia-a dia curuçaense, está na escola, estar no andar
    pelo centro histórico e definindo assim os registros obtidos nessa pesquisa, humanizados, nos
    permiteescrever sobre a prática e nos faz pensar e refletir sobre cada decisão que foi ou será
    tomada, permitindo aprimorar a relação com o povo e adequá-lo com frequência às necessidades
    dos moradores e importantes fazedores de cultura. Por fim, concluímos que há muito o que se olhar
    dentro de uma cultura local, são diversas relações do indivíduo com seu patrimônio, nem sempre
    há registros, nem sempre passou por um tombamento, é importante por suas relações afetivas, com
    a praça, com o rio,com um som, com um ritmo e assim por diante. A pesquisa se tornou relevante
    em vários momentos, pelo fato de fazer um registro pouco estudado, com poucas produções, assim
    motivando e incentivando academicamente outros pesquisadores, inclusive os próprios moradores
    adentrar a Universidade levando sobre sua cultura de uma pequena cidade amazônica ainda mais
    conhecida e participe dos processos de registro e tomada de decisões. Por fim, o conhecer para
    preservar se torna cada vez importante, conhecendo essa importância olhar patrimônio não retrata
    apenas um momento do passado mas uma herança para ser mantida, a cultura nasce dentro do ser
    humano no decorrer da vida, cabe aos produtores do conhecimento ser o canal para o registro do
    que é importante para cada um.

  • NELSON GABRIEL DA SILVA BRIA
  • MOVIMENTOS DAS ÁGUAS E ÁGUAS EM MOVIMENTO: UM ESTUDO SOBRE OS CONFLITOS PELA ÁGUA NO BRASIL

  • Data: 01/09/2022
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  • A água é um elemento indispensável para a continuidade da vida humana e do equilíbrio
    ambiental do planeta. Em decorrência disso, a luta por seu acesso e a seus recursos é um
    embate que vem sendo travado a séculos ao redor do mundo. Em cada espaço/território,
    assume características específicas, oriundas das inter-relações existentes. No Brasil, a
    existência de múltiplas conflitualidades pelo acesso, controle e direito a água e seus
    recursos pode ser vista, em diferentes espaços/territórios, e as consequências destas,
    ganham novos contornos, sejam a níveis de estratégias de defesa por movimentos sociais,
    ou por parte do grande capital, como ações danosas a estes grupos. Os debates sobre água e
    movimentospodemserentendidosapartirdeinúmerasperspectivas
    teórico-metodológicas, mas aqui partimos da conflitualidade e da materialidade histórica e
    dialética que ações de diferentes atores deixam sobre diferentes espaços.Uma vez que,
    essas ações são processos históricos, que se encontram em constante movimento, agindo e
    se materializando de formas distintas em cada espaço, deixando marcas que podem ser
    descritas e analisadas de forma crítica. Diante disto, propõe-se entender os diferentes
    processos aos quais, as disputas pela água estão inseridas, a partir dos debates científicos e
    dasanálisesdasaçõessofridas,praticadas,edemaisestratégiasdesenvolvidaspor
    movimentos socioterritoriais das águas na direção da salvaguarda dos direitos de seus
    membros e da sociedade de forma geral. As hipóteses levantadas neste trabalho, são que os
    movimentos socioterritoriais, organizarem-se, seja a nível interno de um único movimento,
    ou se aliado a outros, buscando diferentes maneiras de enfrentar as adversidades oriundas
    dos conflitos aos quais estão inseridos, tais como: manifestações, ocupações de empresas e
    órgãos públicos, ações judiciais, contra mineração, agronegócio, pesca industrial, dentre
    outros. Os debates travados neste trabalho, buscaram entender os diferentes processos aos
    quais as disputas pela água estão inseridas. Nesse sentido, a pesquisa bibliométrica e sua
    posterioranáliseforneceramcondiçõesparaaobservaçãodecomoaciênciavem
    produzindo a respeito dos conflitos hídricos a nível mundial. Não apenas das formas, mas
    dos diversos processos e concepções que a água assume para cada um dos que a disputam.
    Nessa direção, foi possível observar dinâmicas resultantes dos processos de apropriação e
    diferenciaçãodeusoseconcepçõesdaágua,percebendoaexistênciadeatores
    hegemônicos, que buscam o controle desta para satisfazerem suas necessidades, e como
    formadessasações, observou-se desde a construção de infraestruturas hidráulicas a
    ocupação militar. Os processos relacionados às disputas por e pela água são complexos,
    advindos da soma de fatores resultantes dos espaços e territórios que estão inseridos. A
    nível nacional, foi perceptível a atuação dos movimentos socioespaciais e socioterritoriais
    como importantes atores contestadores da ordem vigente, produzindo um conjunto de
    ações e estratégias de enfrentamento aos atores hidro-hegemônicos.

  • ADRIANO OLIVEIRA REBOUÇAS
  • A POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM ALTAMIRA – PA - BRASIL, FACE A IMPLANTAÇÃO DA UHE-BELO MONTE

  • Data: 31/08/2022
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  • O capitalismo através do consumo torna possível a mobilização de toda a cadeia econômica, logo, sempre estimulando as pessoas a consumirem mais. A consequência do consumo são os resíduos sólidos, causadores de problemas ambientais urbanos. A produção do espaço através da exploração dos recursos da floresta foi fundamental para a fundação da cidade de Altamira. Talvez a influência dos ciclos econômicos e as grandes obras tenham determinado a forma de consumo e geração dos resíduos sólidos durante toda a formação da cidade, que cresceu de forma desordenada e sem planejamento ocasionando em uma gestão ambiental urbana que possibilitou o surgimento do Lixão municipal. Na atualidade muitos problemas são causados por deficiência de gestão dos RSU, tornando-se um grande problema para gestões municipais dos Municípios do Brasil, não sendo diferente na cidade de Altamira. No ano de 2010 é promulgada a lei 12.305, determinando a extinção dos lixões em todo território nacional, em 2011 inicia-se as obras de construção da UHE Belo Monte, onde por suas condicionantes garantiram o custeio da remediação e desativação do lixão, bem como, a construção do Aterro Sanitário de Altamira. Após o recebimento da obra a Gestão Pública Municipal tem a importante tarefa de executar a Política de Resíduos sólidos Município de Altamira na forma de garantir a sadia qualidade de vida sua população. Para consolidar as expectativas da pesquisa faz-se necessário percorrer-se em três capítulos, o primeiro, pretende-se entender se a condicionante da construção da UHE Belo Monte - Projeto Básico Ambiental (PBA), contribuiu para a implementação da Política Municipal de Resíduos Sólidos de Altamira, no segundo, pretende-se entender se o Poder Público Municipal executa a Política Municipal de Resíduos Sólidos na cidade e no terceiro, pretende-se entender quais as implicações da implementação da Política Municipal de Resíduos Sólidos no cotidiano das famílias Altamirenses. Para se chegar aos resultados fez-se necessário, buscar referências bibliográficas, efetuar entrevistas com atores chaves, aplicar formulários semiestruturados, adaptou-se de  para uma análise urbana o “Índice da execução da Política municipal de RSU da cidade de Altamira - PA - Brasil”, bem como, a construção de quadros, esquemas, gráficos e tabelas, para tentar evidenciar se de fato há em execução uma Política Ambiental Urbana, que respeite o que é previsto em lei e não desperdice o dinheiro público empregado para o fim pré-estabelecido.  

  • VAGNER NASCIMENTO COSTA
  • A TRANSFORMAÇÃO URBANA E AMBIENTAL DA SEDE URBANA DE ALTAMIRA-PA NA ÓTICA DA  INSTALAÇÃO/OPERAÇÃO DA UHE BELO MONTE POR MEIO DE MÉTRICAS DE  PAISAGEM

  • Data: 31/08/2022
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  • A atuação dos agentes produtores do espaço urbano em Altamira passara por diversas fases
    desde o contexto da abertura da rodovia transamazônica (BR-230) na década de 1970 a
    construção do complexo da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no início dos anos 2011. Tais
    eventos, contribuíram de maneira significativa para o adensamento populacional da região,
    produzindo espaços urbanos impulsionados pela especulação imobiliária e por agentes
    produtores imobiliários, especialmente a produção por loteamentos que contribuíram para a
    configuração atual do tecido urbano, adensando novas áreas e criando novas periferias,
    marcadas pela descontinuidade e baixa densidade de ocupação. Desta forma, a presente
    pesquisa tem o objetivo de analisar a dinâmica da expansão do espaço urbano de Altamira-PA
    a partir da perspectiva da promoção imobiliária com o advento do complexo hidrelétrico de
    Belo Monte, destacando a localização dos parcelamentos do solo urbanos, as infraestruturas
    urbanas básicas, os adensamentos habitacionais, os instrumentos urbanísticos de controle e
    regulação e além dos reflexos socioambientais relacionados a essas atividades. O procedimento
    metodológico adotado para execução desta pesquisa pode ser dividido nas etapas de Pré-campo
    com levantamento bibliográfico e documental sobre diversos conceitos relativos à urbanização,
    espaço urbano, agentes promotores, setor imobiliário, expansão urbana e parcelamento do solo,
    além da consulta de dados e informações em Órgãos e Instituições Oficiais; Campo, com
    averiguação de pontos “
    in loco” para constatação do estado atual dos parcelamentos do solo
    mais deficitários de infraestruturas básicas na cidade de Altamira; e o Pós-campo
    (analítico/comparativo), consolidando as informações coletadas na forma de gráficos, tabelas,
    quadros e representações cartográficas, além das discussões e proposições sobre a temática da
    dinâmica da expansão urbana conduzidas por projetos de parcelamento do solo na área do
    perímetro urbano de Altamira. Constatou-se que a produção imobiliária em Altamira vem
    contribuindo para a configuração de uma realidade urbana fragmentada do ponto de vista
    espacial, caracterizada pelos aspectos de continuidade e adensamento e de descontinuidade e
    espraiamento, com a localização de muitos empreendimentos em áreas afastadas do núcleo
    urbano principal, realidade que vem tornando-se o padrão que caracteriza o tecido urbano da
    sede de Altamira.


  • BIANCA ROBERTA DA ROCHA PEREIRA
  • A TERRITORIALIDADE DO AGRONEGÓCIO NA AMAZÔNIA: Interpretações geográficas do avanço da soja em Belterra no Oeste do Pará

  • Data: 31/08/2022
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  • Ao longo dos anos, a Amazônia vem passando por um processo de transformação social e ambiental
    no entanto, nas últimas décadas a substituição da floresta pela agricultura capitalista torna-se um
    cenário cada vez mais comum no território e este fenômeno se dá pelas novas estratégias de
    territorialização do capital. A presente pesquisa apresenta um conjunto de elementos que compõem
    as disputas territoriais que ocorrem na Amazônia, sobretudo no Oeste do do Pará, pela forma de uso  apropriação da terra, que apresenta novas características a disputa, na forma do território imaterial que constroem novas territorializações pelas relações sociais que se desenvolvem no interior da mazônia, ainda que, contraditoriamente, a construção do território de resistência das comunidades rurais se construam na disputa pela terra e pelo modo de vida das populações do campo. A
    comunidade São Francisco da Volta Grande no município de Belterra-PA, apresenta algumas das
    dinâmicas de territorialização do agronegócio da soja, provocando diminuição da cobertura vegetal
    em todo município, intoxicação por exposição ao agrotóxico e desestruturação das dinâmicas
    coletivas do território tradicional, na marginalização de assentamentos ambientalmente diferenciados
    como os Projetos de Assentamento Coletivo Bela Terra II, onde a comunidade encontra-se localizada


  • RICARDO DE LIMA DIAS
  • ANÁLISE DO PAPEL DE PARCELAMENTOS DO SOLO URBANO COMO ESTRUTURADORES DA EXPANSÃO URBANA DA SEDE DE ALTAMIRA-PA

  • Data: 30/08/2022
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  • A atuação dos agentes produtores do espaço urbano em Altamira passara por diversas fases
    desde o contexto da abertura da rodovia transamazônica (BR-230) na década de 1970 a
    construção do complexo da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no início dos anos 2011. Tais
    eventos, contribuíram de maneira significativa para o adensamento populacional da região,
    produzindo espaços urbanos impulsionados pela especulação imobiliária e por agentes
    produtores imobiliários, especialmente a produção por loteamentos que contribuíram para a
    configuração atual do tecido urbano, adensando novas áreas e criando novas periferias,
    marcadas pela descontinuidade e baixa densidade de ocupação. Desta forma, a presente
    pesquisa tem o objetivo de analisar a dinâmica da expansão do espaço urbano de Altamira-PA
    a partir da perspectiva da promoção imobiliária com o advento do complexo hidrelétrico de
    Belo Monte, destacando a localização dos parcelamentos do solo urbanos, as infraestruturas
    urbanas básicas, os adensamentos habitacionais, os instrumentos urbanísticos de controle e
    regulação e além dos reflexos socioambientais relacionados a essas atividades. O procedimento
    metodológico adotado para execução desta pesquisa pode ser dividido nas etapas de Pré-campo
    com levantamento bibliográfico e documental sobre diversos conceitos relativos à urbanização,
    espaço urbano, agentes promotores, setor imobiliário, expansão urbana e parcelamento do solo,
    além da consulta de dados e informações em Órgãos e Instituições Oficiais; Campo, com
    averiguação de pontos “
    in loco” para constatação do estado atual dos parcelamentos do solo
    mais deficitários de infraestruturas básicas na cidade de Altamira; e o Pós-campo
    (analítico/comparativo), consolidando as informações coletadas na forma de gráficos, tabelas,
    quadros e representações cartográficas, além das discussões e proposições sobre a temática da
    dinâmica da expansão urbana conduzidas por projetos de parcelamento do solo na área do
    perímetro urbano de Altamira. Constatou-se que a produção imobiliária em Altamira vem
    contribuindo para a configuração de uma realidade urbana fragmentada do ponto de vista
    espacial, caracterizada pelos aspectos de continuidade e adensamento e de descontinuidade e
    espraiamento, com a localização de muitos empreendimentos em áreas afastadas do núcleo
    urbano principal, realidade que vem tornando-se o padrão que caracteriza o tecido urbano da
    sede de Altamira.


  • SIMONE DE JESUS BARROS DA SILVA
  • O CIRCUITO ESPACIAL DA PESCA ARTESANAL NA SEDE DO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA-PARÁ

  • Data: 30/08/2022
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  • A implantação do Complexo Hidrelétrico Belo Monte traz consigo uma série de
    alterações na dinâmica de várias cadeias produtivas na região, entre elas a pesca
    artesanal. Diante daimportânciada atividade pesqueirano contexto econômico e cultural
    torna-se necessário o conhecimento dos agentes presentes no seu circuito produtivo que
    vai desde a captura até a comercialização do pescado.

    Assim,buscou-sedestacaralgunsconceitosdecircuitoespacial,a
    caracterizaçãoda pesca artesanal, ornamental eaprática da pisciculturana sede do
    município de Altamira.Comoresgate históricoda ocupação da regiãobuscando como
    sereflete sobre os territórios de pesca,desta formabuscando aproximar a área de estudo.
    Alémdacontextualização da implantação de grandes projetos hidrelétricos e como os
    mesmos contribuem para um cenárioda pesca artesanal. Os levantamentos bibliográficos
    e dos dados foram realizadosem consultasateses e artigos,relatórios de monitoramento
    da pesca,bem como aliado aoutrasleituras realizadas.Alémdolevantamento de dados
    em campo. 
    Esta pesquisa será dividida daseguinte forma: uma primeira seção que tratará
    da caracterização histórica e geográfica do município de Altamira estado do Pará
    trazendo suas características principais, uso dos recursos naturais, além da relação com
    a pesca artesanal e suacaracterização. A segunda seção tratará da abordagem conceitual
    sobre circuitos espaciais de produção utilizando fundamentos teóricos de Santos (2014)
    e outros, pois a abordagem deste conceito é indispensável para a compreensão da
    dinâmica da atividade pesqueirana sededo município de Altamira. E uma terceira seção
    com as etapas do circuito espacial da pesca artesanal nomunicípio de Altamira
    considerando os agentes envolvidos no processo desde a captura até a comercialização,
    considerando o contexto da instalação do CHBM Belo Monte. Por fim, asconsiderações
    finais destacando a relevância da pesquisa para o conhecimento da realidade do setor
    pesqueiro com as consideraçõesaos atorespresentes no circuito espacial da pesca na
    sede do município de Altamira, Pará.

  • KAMILLA OLIVEIRA LOPES
  • A TERRITORIALIZAÇÃO DA RAZÃO NEOLIBERAL NA AMAZÔNIA PARAENSE: A CONSTRUÇÃO DE UM MODELO HEGEMÔNICO EM PARAGOMINAS (PA) ATRAVÉS DA ANÁLISE DA COOPERNORTE

  • Data: 30/08/2022
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  • Neste trabalho o objetivo é compreender o processo de produção capitalista do espaço em
    Paragominas/PA, a partir da análise da territorialização da razão neoliberal pela Cooperativa
    Agroindustrial Paragominense (Coopernorte). Através do nosso estudo, percebemos que a
    cooperativa vem ditando um modelo hegemônico de desenvolvimento territorial do
    agronegócio, por meio de suas ações coletivas de territorialização e organização capitalista no
    campo, agindo como um movimento socioterritorial e espalhando aos demais sujeitos a
    necessidade de integração ao capitalismo agrário neoliberal, a partir da difusão de um
    “pacote” de produtos e ideias. Inicialmente, realizamos uma discussão teórica entre o
    território e o neoliberalismo, questionando se este faz parte de uma ideologia, uma política ou
    uma racionalidade. Para compreender o processo de transformações que Paragominas passou
    a partir da entrada da soja, fomos até as bases históricas e materiais de sua formação
    territorial. Por último, analisamos os discursos e as ações da cooperativa, principalmente
    através da Show Agro, feira organizada por eles. Para tal, realizou-se trabalho de campo em
    Paragominas, registros fotográficos, levantamento e análise de dados secundários e de
    documentos, produção cartográfica, revisão teórica e bibliográfica.


  • BRUNA DUARTE DE SOUSA
  • DO RIO À RODOVIA: AS OCUPAÇÕES EM ÁREAS IRREGULARES EM ALTAMIRA-PA NO CONTEXTO DA INSTALAÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

  • Data: 30/08/2022
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  • Nesta pesquisa se propõe a analisar o aumento de ocupações urbanas em áreas irregulares após
    o empreendimento Belo Monte no município de Altamira-PA, que localiza-se no sudoeste do
    Pará com área territorial de 159.533,401 km², as margens do rio Xingu acima da volta grande,
    no qual foi instalado o grande empreendimento hidrelétrico Belo Monte que fez parte do
    processo de reestruturação, alterando e reorganizando a dinâmica interna da cidade, a qual teve
    participação no processo de mudanças do local de moradia de mais de 22 mil pessoas. O
    empreendimento foi um dos principais fatores para que ocorresse o processo de ocupação do
    rio para a terra firme, uma vez que retirou a população das margens dos igarapés Altamira,
    Panelas e Ambé, para serem reassentados distantes do centro da cidade, com o não
    reconhecimento do novo território. Contudo, os agentes imobiliários juntamente com o Estado,
    tem se responsabilizado em obter lucro por venda do solo urbano, uma vez que uma parcela da
    população não possui renda suficiente para comprar o seu direito à cidade e a moradia, fica à
    mercê, e sem ajuda do Estado. O objetivo que norteia a dissertação é analisar o aumento das
    ocupações urbanas em áreas irregulares em Altamira-PA após a instalação de Belo Monte. Para
    melhor entendimento procurou-se entender de que modo os processos espaciais ligados à
    instalação de Belo Monte implicam na redefinição das ocupações urbanas, e verificou-se por
    meio de analise quais os principais vetores de ocupação urbana em Altamira. A pesquisa foi
    desenvolvida de por meio dos seguintes procedimentos, levantamento bibliográfico, trabalhos
    de campo no local da área de estudo, fotografias, relatos de moradores e elaboração de mapas.
    Portanto, percebe-se que após a instalação do empreendimento não foi solucionado os
    problemas das ocupações irregulares no município. O problema de ocupações irregulares foi
    transferido do centro da cidade para alguns pontos como as margens da Rodovia
    Transamazônica, o atual ponto de ocupações das classes de baixa renda. Dessa forma, as
    ocupações passam por um processo do “rio a rodovia”.


  • ALINE LIMA PINHEIRO MACHADO
  • HIDROTERRITÓRIO E JUSTIÇA HÍDRICA: O ACESSO À ÁGUA POTÁVEL PARA COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA ILHA DE JOÃO PILATOS NO MUNICÍPIO DE ANANINDEUA - PARÁ.

  • Data: 30/08/2022
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  • Neste ano de 2022, passado o ápice de um período pandêmico da Covid-19 e suas variantes,
    ainda é preocupante o fato de que mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem em
    países em situação de estresse hídrico, logo, não dispõem diretamente ou têm dificuldades de
    acesso à água potável para suprir necessidades básicas diárias de alimentação e higiene,
    segundo dados da Organização da Nações Unidas (2021). Nesse contexto, evidencia-se a
    dificuldade de acesso à água potável para populações ribeirinhas na Amazônia brasileira,
    principalmente para regiões rurais e ribeirinhas que se tornam menos assistidas, favorecidas e
    até excluídas das redes de infraestrutura para o abastecimento de água potável. No centro desta
    proposta temática de pesquisa, buscou-se identificar e analisar, a partir de uma leitura
    geográfica socioambiental, junto à ecologia política da água, a justiça hídrica e os
    hidroterritórios no acesso à água potável para consumo humano, no recorte espacial das
    comunidades ribeirinhas de João Pilatos e Igarapé Grande, na Ilha de João Pilatos, e que
    compõem a região insular do município de Ananindeua (integra a Região Metropolitana de
    Belém), estado do Pará, na Região Norte do Brasil (Amazônia brasileira).Tendo em vista que,
    a região insular do município de Ananindeua possui nove ilhas ocupadas por 12 comunidades
    que residem e se organizam coletivamente, a partir de um modo de vida ribeirinho e rural. esta
    pesquisa se desenvolveu por uma abordagem exploratória, junto ao estudo de caso com natureza
    de dados qualiquantitativos, coleta e análise de dados em campo e levantamento
    bibliográfico/documental. Tendo estes direcionamentos metodológicos e analíticos, pôde-se
    apontar intenções e ações que ocorrem numa determinada escala temporal e espacial, para
    identificar e alcançar representações da configuração hidroterritorial destes territórios.
    Ademais, apontar as justiças e injustiças hídricas nessas representações territoriais,
    considerando os movimentos subjacentes à estrutura normativa de acesso à água (autogestão)
    e o reconhecimento político, cultural e ambiental da disposição e alocação de água, no viés de
    análise dos interesses que movem a ausência e/ou presença do acesso à água potável na região.
    O estudo proposto evidenciou que os moradores dessas comunidades não estão sendo atendidos
    por um sistema de abastecimento de água por prestador convencional (rede de abastecimento
    pública ou privada), ocorrendo a necessidade de organizar e gerir um sistema individual e
    comunitário no sentido de atender suas demandas de consumo humano.


  • DANILO AGUIAR MACHADO
  • MOVIMENTOS SOCIAIS E FUTEBOL NOS TERRITÓRIOS DAS TORCIDAS EM BELÉM-PA

  • Data: 30/08/2022
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  • A Geografia crítica, uma proposta de rompimento à neutralidade da ciência geográfica frente
    ao sistema capitalista, permite novas possibilidades com relação aos objetos de estudos que,
    outrora, não poderiam ser contemplados por uma Geografia mais tradicional, mais presa aos
    estudos de viés natural. Nesse ponto está inserido o futebol, um esporte de relevância que
    ultrapassa a simples prática da modalidade, possuindo significância econômica, política,
    cultural dentro das sociedades. É com esse embasamento que o presente trabalho visa
    correlacionar os estudos geográficos, futebol e sociedade, almejando prescrutar e
    compreender os processos identitários, representativos e as territorialidades concebidas por e
    a partir de movimentos sociais, através das conflitualidades, ligados ao futebol. Esta junção
    ocorre por meio dos fatores preponderantes às torcidas/coletivos ligados aos negros, mulheres
    e a comunidade LGBTQIA+ relacionadas ao futebol, que fazem uso desse esporte para
    alcançar pautas sociais engendradas nos seios das coletividades, principalmente a partir da
    Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Para alcançar esses objetivos foram elaboradas
    pesquisas no intuito de aprimorar o acervo bibliográfico sobre os assuntos aqui abordados,
    acesso às redes sociais das torcidas de cunho participativo no que tange o tema, no âmbito
    nacional e local e entrevistas semiestruturadas a fim de enriquecimento deste trabalho junto
    aos atores sociais participantes desses movimentos, no município de Belém – PA, recorte
    territorial deste estudo, no qual foram encontradas torcidas femininas e de cunho LGBTQIA+,
    que estavam presentes nos estádios e nas ruas, em protestos por melhorias sociais e/ou em
    ações sociais, seja na forma coletiva – enquanto torcida – seja de forma individual e/ou
    pontual. Estes são exemplos concretos da utilização do futebol como processo de reafirmação
    e legitimação desses grupos, principalmente levando a cabo que as territorialidades por eles
    concebidas está conectada intimamente à identificação com os clubes, materializada nos
    estádios, nas ruas e nas redes sociais, do qual pôde-se verificar maior engajamento dos
    movimentos sociais e coletividades de forma geral.


  • JAYLIM REIS DE FREITAS
  • ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA SUB-BACIA DO ALTO RIO JAURUCU BRASIL NOVO-PARÁ

  • Data: 29/08/2022
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  • O objetivo geral deste estudo é analisar a vulnerabilidade ambiental da sub-bacia do
    Jaurucu e compreender como as mudanças de uso e ocupação do solo entre 1990 e
    2020 afetaram a perda de seu potencial paisagístico, prejudicando suas
    características geoambientais e socioeconômicas, envolvendo sistemas ambientais
    padrões, potencialidades e limitações de uso e seu impacto na transformação do
    espaço. Para atingir os objetivos propostos, foram escolhidos os fundamentos teóricos
    metodológicos da Abordagem do Sistema Terrestre, a teoria da dinâmica ecológica,
    os conceitos de paisagem, sistema terrestre e estabilidade do sistema ambiental; os
    conceitos de risco e vulnerabilidade foram introduzidos para reduzir a confusão na
    compreensão desses conceitos. A pesquisa desenvolveu técnicas e procedimentos
    metodológicos como suporte teórico e metodológico para mapeamento de sistemas
    ambientais, pressupostos de Bertrand (2004), Sotchava (1977), Tricart (1977),
    Monteiro (2000), Souza (2000) entre outros. A geração de produtos cartográficos foi
    realizada com a suporte dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG). A análise da
    vulnerabilidade ambiental foi viabilizada pela adoção do método proposto por Crepani
    et al. pessoas. (2001), Grigio (2003), Tagliani (2003), Costa et al. (2006), Oliveira e
    Mattos (2014), baseado em Tricart (1977). Foi realizado trabalho de campo para
    verificar a geração de mapas de uso e ocupação do solo que teve o auxílio do
    MapaBiomas, as determinações de vulnerabilidade são geradas usando a ferramenta
    Raster Calculator a partir de equações algébricas que cruzam dados no ambiente GIS.
    Assim, para preparar um plano para o desenvolvimento sustentável requer
    planejamento e análise do meio ambiente. Compreender os ambientes vulneráveis e
    os sistemas que eles contêm ajuda no planejamento da área.


  • GILMARA OLIVEIRA DA SILVA
  • METROPOLIZAÇÃO E VULNERABILIDADE SOCIOESPACIAL: DINÂMICAS TERRITORIAIS E LUTA PELA MORADIA NA PORÇÃO SUL DE ANANINDEUA-PA

  • Data: 29/08/2022
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  • O processo de urbanização se faz presente desde a antiguidade, intensificando-se com o processo de industrialização no século XVIII e no Brasil a partir da metade do século XIX. Na Amazônia esse processo ocorreu a partir da década de 1960 com transformações que impactaram profundamente seus
    territórios.Contemporaneamente,com oprocessodemetropolização,paraalémdeumafasedo
    desenvolvimento urbano, esses territórios são cada vez mais atingidos pelos interesses do capital,
    sobretudo no que se refere à produção e condições de moradia, onde parcela da população vive em
    condições degradante e em constante vulnerabilidade socioespacial, como o que ocorre no município de
    Ananindeua-PA, cidade que compõe a região metropolitana de Belém-PA e que por ela é atingida em
    todas suas mudanças estruturais. Neste sentido, apresentamos a seguinte problemática central: Co
    moo
    processodemetropolização,comoasaçõesdoEstado(regularizaçãofundiáriaeprojetode

    implementaçãodaRodoviadaLiberdade)alémdaexpansãodomercadodeterrasnoespaço

    metropolitano de Belém vem interferindo nas condições de vulnerabilidade soci
    oespacial (infraestrutura e
    moradia) da porção sul do território
    ananindeuense entre os anos de 2020 e 2022.O trabalho tem como
    objetivo principal analisar
    como o processo de metropolização,como as ações do Estado (regularização
    fundiária e projeto de im
    plementação da Rodovia da Liberdade) além da expansão do mercado de terras
    no espaço metropolitano de Belém vem interferindo nas condições de vulnerabilidade socioespacial

    (infraestrutura e moradia) da porção sul do território
    ananindeuense entre os anos de 2020 e 2022.No
    presente trabalho utilizaremos o método m
    aterialismo histórico e dialético,pois foca na materialidade da
    história dos homens em sociedade
    .A pesquisa é quantitativa e qualitativa,onde a primeira faz uma
    quantificação dos dados sobre o c
    rescimento da população domunicípio, sobretudo da sua porção sul,ea
    segunda
    , faz umlevantamentodos dados qualitativos,que obtémadescrição sobre os bairrosda porção
    sul de Ananindeua
    e seu crescimento urbano sobre unidades de conservaçãoeterritórios de comunidades
    tradicionais amazônicas
    . A análise é interescalar que considera o tempo e o espaço das relações urbanas.
    Conta com
    uma observação sistemática da área de estudo e aplicação de questionários, além da produção
    cartográfica mostrando
    o avanço da urbanização frenteàporção sul de Ananindeua.O referido trabalho se
    justifica do ponto de vista teórico e metodológico pela necessidade de se entender as novas dinâmicas

    territo
    riais, nas condições deinfraestrutura e moradia, a partir da expansão metropolitana presente na
    porção sul de Ananindeua. De um ponto de vista teórico
    -prático este trabalho tem a relevância de
    contribuir para subsidiar as ações públicas e a construção do direito ao território
    .O presente trabalho nos
    mostrou que as co
    ndições de moradia na porção sul de Ananindeua são fruto do processo desigual de
    metropolização onde parcelas da população vivem com uma boa
    infraestruturaem detrimento de uma
    maioria da população que vive sem a
    mínimacondição de saneamento básico. Somado a isso,o trabalho
    nosmostrouqueapopulação
    sulananindeuensetem-seosconstantesconflitosterritoriaisdas
    comunidades tradicionais que ali
    se encontram frente a expansãourbana.

  • NATHANY MELO MACHADO ARCANJO
  • PRODUÇÃO FORÇADA DE UM NOVO ESPAÇO PARA VIVER: O CASO DO REASSENTAMENTORURAL COLETIVO KM 27 – RRC, EM VITÓRIA DO XINGU/PARÁ



  • Data: 29/08/2022
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  • O Brasil tem seu crescimento econômico pautado na exploração dos recursos naturais, dispostos principalmente na região Amazônica, por meio das implantações de grandes projetos, os quais proporcionam desconfigurações nas dinâmicas socioespaciais do sujeito local. A crescente demanda pela geração de energia, a partir do discurso de desenvolvimento do país, acirra o aporte de grandes projetos hidrelétricos na Amazônia paraense.  A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHEBM) na Volta Grande do Xingu – PA, ocasionou o deslocamento compulsório de diversas famílias que residiam nas áreas de influência do empreendimento, acarretando deformações nos modos de vida tradicionais dos sujeitos ribeirinhos, descaracterizando suas origens e, obrigatoriamente, transformando-os em indivíduos citadinos ou em agricultores/trabalhadores rurais, aqueles que antes eram reconhecidos como famílias ribeirinhas, dada a condição do espaço em que viviam e suas relações direta com o rio, agora são caracterizados como famílias reassentadas, ainda sobre a condição do espaço que os transfiguram para reassentados do Reassentamento Rural Coletivo. Tendo em vista estas transformações dadas na região, objetivou-se em pesquisa compreender a produção do espaço do Reassentamento Rural Coletivo do km 27, localizado em Vitória do Xingu – PA (RRC), o qual surge com o intuito de fornecer condições equivalentes ou melhores àquelas que as famílias possuíam antes da implantação da Usina Hidrelétrica. Para o levantamento dos dados primários foram realizadas entrevistas semiestruturadas tanto com as famílias reassentadas como as famílias moradoras do Reassentamento nos anos de 2017, 2018, 2019, 2021 e 2022, permitindo compreender a produção do espaço do RRC, bem como a apreensão da realidade das famílias realocadas, além da inserção em campo, foram analisados os documentos oficiais da Norte Energia, como os relatórios consolidados entre outros, referentes ao objeto de estudo. Verificou-se que as famílias deslocadas, obrigatoriamente, procuram estabelecer novos modos de produção, novas estratégias e novas dinâmicas socioespaciais no novo espaço, tentando a adaptação àquilo que os agentes externos impuseram como auxílio de reprodução para suas novas condições de vida.


  • HUDSON NASCIMENTO DE SOUSA FILHO
  • A PRODUÇÃO DO ESPAÇO HABITADO PELA COMUNIDADE RIBEIRINHA DE BOA ESPERANÇA NO RIO XINGU-ALTAMIRA-PARÁ

  • Data: 29/08/2022
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  • A presente pesquisa aborda questões oriundas da produção do espaço habitado pela
    comunidade ribeirinha de Boa Esperança, localizada em um arquipélago de ilhas fluviais à
    montante da cidade de Altamira-Pará no rio Xingu. Por estar em baixas latitudes, tal
    comunidade apresenta-se sob regime climático tropical de curta estação seca (clima do tipo
    am), com formações de residências palafíticas que ocupam as planícies(o “beiradão”), as
    quaisrecebem influência do regime de cheias do rio, que também propõem campos férteis
    para atividades agrícolasde policultura. Destarte, de maneira geral, este trabalho de pesquisa
    busca compreender o processo de produção do espaço habitado pela comunidade ribeirinha
    deBoaEsperança,aprincípio,listandoosaspectosdapaisagemnocotidianoda
    comunidade, bem como, somado a esses objetivos, acrescenta-se o de construção de certa
    análise reflexiva acerca das relações de trabalho que atribuem funcionalidade aconfiguração
    territorial da comunidade.Buscou-seconstruir certa análisevoltadaparadinâmicaespacial
    com observação empírica das condições socioambientais existentes no cotidiano estudado e,
    para tal feito, a equipe de pesquisa contou com a aplicação de entrevistas em formulário e o
    levantamento de imagens aéreas obtidas com drone que auxiliou na observação da paisagem.
    Assim, menciona-se o fato de ter ocorridoatividadesdeinvestigação em campo construídas
    com a intencionalidade deestruturar dados e coletar informações de relevância espacial-
    histórica, socioeconômica e ambiental acerca do contexto no qual se apresentamas
    condições de vida dos ribeirinhos da comunidade de Boa Esperança.Esta, por sua vez,
    apresenta traços de suaancestralidadevinculadaaos seringueiros que migraram do Nordeste
    para trabalhar nos seringais do médio Xingu, em sua maior parcela, na extração do látex das
    seringueiras nativas da região em meados do século XIX, década de 1870. Desde então,
    atividades de trabalho como o extrativismo, o roçado e a pesca artesanal têm sido base de
    sustentação e de comércio das famílias ribeirinhas que se constituíramcom a territorialização
    do sistemade aviamento na região, no período do primeiro ciclo da economia gomífera.

  • JOAO EDUARDO SILVA DE ALMEIDA
  • O PATRIMÔNIO GENTRIFICADO E OS NOVOS USOS DO CENTRO HISTÓRICO: O ESPAÇO FELIZ LUSITÂNIA EM BELÉM DO PARÁ

  • Data: 26/08/2022
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  • A presente dissertação tratará sobre os processos de gentrificação observados no
    patrimônio do centro histórico da cidade de Belém-Pa observados nestes espaços
    representativos culturalmente sob a ótica de um estudo de caso no espaço Feliz Lusitânia.
    O objeto de estudo da pesquisa será o centro histórico, no que diz respeito as ações de
    planejamento urbano sobre o patrimônio cultural da cidade e terá como objetivo geral:
    Compreender como as ações dos agentes públicos nas requalificações patrimoniais do
    espaço Feliz Lusitânia tornaram-se catalisadores do processo de gentrificação no centro
    histórico de Belém. E os objetivos específicos serão: 1) Analisar a esfera políticoeconômica de planejamento urbano a partir das políticas sob o patrimônio na cidade de
    Belém, e os interesses para esse fim no centro histórico da cidade; 2) Compreender como
    a gentrificação é acelerada frente as novas funções e imagens dadas ao patrimônio,
    tomando como exemplo o complexo Feliz Lusitânia; 3) Constatar as consequências para
    sociedade local da gentrificação no complexo Feliz Lusitânia. Essa análise será regida
    pela construção teórico-conceitual da categoria de planejamento urbano, as políticas
    públicas adotadas no espaço intraurbano da cidade especificamente sobre o patrimônio
    que fomentam a ações de gentrificação, enobrecimento sob um espaço representativo da
    história e da memória da cidade, observando essa lógica como a que rege os espaços
    urbanos das cidades coloniais dos países periféricos. Essa ideia se constrói sob um
    momento histórico pautado na economia e na reprodução do capitalismo onde o local se
    reproduz a partir de uma lógica global, caracterizando a mundialização dos lugares. Essa
    proposta visa evidenciar que a gentrificação de consumo está em curso na área que
    compreende o Centro histórico de Belém e que esse processo é fruto de políticas urbanas
    dos agentes públicos inicialmente, mas também se constata que não somente os agentes
    públicos atuam na reprodução dessa lógica. O estágio atual evidencia novos atores da
    gentrificação desde os empreendedores até o próprio cidadão frequentador. Este fato
    apresenta novas articulações que concedem ao meio urbano uma nova forma de
    reprodução do espaço.


  • MÍLVIO DA SILVA RIBEIRO
  • DINÂMICAS TERRITORIAIS NA AMAZÔNIA PARAENSE: DA RELAÇÃO ENTRE PLANEJAMENTO REGIONAL E ESPAÇO AGRÁRIO À PECUÁRIA BOVINA EM NOVO REPARTIMENTO-PA

     

  • Data: 26/08/2022
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  • A presente pesquisa defende a tese de que a dinâmica agrária da Amazônia Paraense resulta da relação entre espaço agrário e planejamento estatal. É possível verificar esta relação na dinâmica da pecuária bovina em Novo Repartimento-PA. O objetivo da pesquisa foi analisar a relação entre o planejamento regional e o espaço agrário no município de Novo Repartimento, considerando a dinâmica da criação de gado bovino a pasto. Áreas (desmatamento nas propriedades rurais) e unidade de paisagem (pastagens) relacionadas à dinâmica da pecuária bovina são termos que compõem a metodologia operacional da pesquisa. Do ponto de vista analítico, o trabalho se estrutura em dois tempos: elaborou-se uma retrospectiva contextual que evidencia políticas, planos e programas forjados para a Amazônia paraense, especificamente a partir de 1960 até a década de 1980; o tempo dois da pesquisa configurou-se em uma perspectiva na qual se considera a pecuária bovina como resultante da relação entre espaço agrário e planejamento regional, examinada no período de 1990 a 2020. A pesquisa foi dividida da seguinte forma: Introdução, na qual apresenta-se a pesquisa em seus aspectos essenciais; seguida de quatro capítulos, onde o primeiro capítulo trata de situações contextuais e os termos conceituais da pesquisa; o segundo capítulo apresenta o Planejamento Regional e pecuária no médio rio Tocantins entre 1960 e 1980; o terceiro capítulo aborda a Conversão de florestas em pastagens em Novo Repartimento-PA; e o quarto capítulo tem como foco Planejamento Regional e a pecuária em Novo Repartimento-PA; após apresenta-se as considerações finais da pesquisa.

  • DARISMAR SILVA SOARES
  • A CIDADE DESIGUAL E A SEGREGAÇÃO PLANEJADA: O CASO DOS REASSENTAMENTOS URBANOS COLETIVOS EM ALTAMIRA

  • Data: 26/08/2022
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  • Esta pesquisa analisou o processo de remoção das comunidades carentes de Altamira que
    viviam nas áreas de várzeas dos igarapés Altamira, Ambé e Panelas, para os
    Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUC) nas áreas periféricas. O estudo se dá a partir da
    instalação da hidrelétrica de Belo Monte em Altamira e a reurbanização das áreas centrais,
    que, entre outros fatores culminou no afastamento de milhares de famílias, mudando toda
    dinâmica de suas vidas. Nosso objetivo principal é demonstrar que o processo de remoções
    planejadas dos moradores dos baixões se constitui como segregação socioespacial. Desta
    forma, apresentaram-se elementos que comprovaram a ideia levantada. A metodologia
    utilizada foi a pesquisa qualitativa onde se buscou, através das entrevistas semiestruturadas
    com moradores, identificar elementos que comprovem a segregação socioespacial. Os
    resultados deste estudo demonstraram que os moradores estão insatisfeitos com a mudança
    das suas moradias principalmente pelo fator mobilidade e que o distanciamento das áreas
    centrais acarretou outros problemas como desemprego, aumento da pobreza, violência, baixa
    qualidade de educação, agravamento na saúde, isolamento social, perda dos laços afetivos
    com vizinhos e familiares, perda da identidade com o rio entre outros agravantes de cunho
    social e psicológico. Assim, esta pesquisa comprova a tese inicial.


  • HENRIQUE PAIVA LOPES
  • DA CIDADE PLANEJADA À CIDADE VIVIDA: UMA ANÁLISE DO PLANO DIRETOR DE ALTAMIRA-PA COMO POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

  • Data: 25/08/2022
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  • Essa pesquisa consiste em uma análise da cidade planejada no Plano Diretor de Altamira,
    comparando com a cidade vivida. O planejamento urbano é de extrema importância para o
    funcionamento da cidade capitalista, é através dele que se planeja o funcionamento da mesma,
    mas nem sempre a cidade vive o que foi planejado, a cidade vivida é a cidade que reflete da
    luta de interesses e forças distintas. O referencial teórico sobre o assunto não é observado apenas
    do ponto de vista geográfico, pois envolve também pesquisas jurídicas e sociológicas de
    análises do assunto. Entender se o que foi planejado foi seguido é de extrema importância, as
    conclusões desta pesquisa afirmam que a cidade não seguiu tudo que foi planejada,
    principalmente em relação a sua verticalização, na pesquisa são comparadas as mudanças do
    primeiro Plano Diretor de Altamira do ano de 2003 e da sua revisão de 2011, assim como a
    participação popular na construção do Plano, como é exigido no Estatuto da cidade, para
    cidades com mais de vinte mil habitantes, como é o caso de Altamira, cidade do estado do Pará,
    localizada na Amazônia brasileira


  • KESLLEY ARAÚJO EMERICK RIBAS
  • MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS NO MODO DE VIDA DOS RIBEIRINHOS DA ILHA DA FAZENDA A PARTIR DA USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

  • Data: 03/08/2022
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  • A presente pesquisa busca apresentar as mudanças e permanências do modo de vida
    dos ribeirinhos da Ilha da Fazenda a partir da usina hidrelétrica de Belo Monte, e traz
    como objetivo geral: compreender as mudanças e permanências no modo de vida dos
    moradores da Ilha da Fazenda na Volta Grande do Xingu frente ao grande projetohidrelétrica de Belo Monte. Para tanto traçou como objetivos específicos: 1.
    Caracterizar o modo de vida dos ribeirinhos da Ilha da Fazenda; 2. Analisar a
    Hidrelétrica de Belo Monte como evento; 3. Entender as mudanças e continuidades
    na Ilha da Fazenda a partir da construção da Hidrelétrica de Belo Monte. A Ilha da
    Fazenda que localiza-se na Volta Grande do Xingu, pertencente ao município de
    Senador José Porfírio, sofreu grandes impactos após a construção da Usina
    Hidrelétrica de Belo Monte, tendo o modo de vida alterado. Para constatar essas
    transformaçõees foram realizados levantamentos bibliográficos e documentais, visita
    à comunidade, aplicação de entrevistas semiestruturadas com moradores da Ilha e
    com ex-moradores. A pesquisa está organizada em três capítulos e tem o modo de
    vida como categoria norteadora para a realização do estudo.


  • ROBSON LEOCADIO DA SILVA
  • O MUNICÍPIO COMO UM SISTEMA POLÍTICO: EXERCÍCIO DE PODER PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL EM SENADOR JOSÉ PORFÍRIO-PA 

  • Data: 27/07/2022
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  • Na presente dissertação buscamos apresentar uma pesquisa referente ao ordenamento territorial do município de Senador José Porfírio-PA, que no contexto territorial amazônico, se apresenta como o único que possui o território descontínuo. O ordenamento territorial acarreta estabelecer interrelações com grau de complexidade muitas vezes elevado, envolvendo conflitos políticos, podendo gerar impasses e novas configurações espaciais. O ordenamento territorial estabelece diretrizes governamentais à medida que novas definições de poderes se estabelecem no território, com desafios impostos às gestões municipais e as influências criadas por uma política globalizada. Já o município é uma instituição pensada como uma ferramenta administrativa que vai se moldando no continente europeu e é inserido no Brasil pelos seus colonizadores, sempre tendo uma posição inferiorizada diante das outras unidades da federação (Estado e Governo Federal). Com uma formação histórica que remonta ao século XVII (1639), Senador José Porfírio, que já foi um dos maiores municípios territorialmente com o nome de Souzel, chega aos dias atuais com seus limites territoriais separados, após as emancipações dos municípios de Anapu e Vitória do Xingu no início da década de 1990. Com a dinâmica socioeconômica estabelecida na região e a implantação de grandes projetos como a UHE Belo Monte e a Volta Grande Gold, se intensifica a ocupação do território, pressionando a gestão municipal com demandas básicas como saúde, educação e manutenção de estradas. A pesquisa tratará de analisar as possíveis implicações na gestão territorial do município de Senador José Porfírio. Considerando o contexto da descontinuidade, a gestão pública municipal e a territorialidade, uma vez que é imperativo o fortalecimento desta última para se atingir um desenvolvimento sustentável.

  • JOSE ANTONIO GUILHERME JUNIOR
  • TERRITORIALIZAÇÃO DA PECUÁRIANA AMAZÔNIA PARAENSE: uma análise na Região de Integração do Guamá, Estado do Pará.

  • Data: 27/06/2022
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  • A pecuária tem avançado sobre o espaço regional amazônico apropriando-se de diversas frações
    desse imenso território. No Pará,esse processo manifesta-secom mais intensidade a partir dos
    anos de1960,impulsionado pelaspolíticas de ocupaçãoda Amazônia, que potencializaram uma
    frente pecuária na região. O objeto dessa investigação é a territorialização da pecuária em uma
    fronteira específica do espaço paraense. Trata-se de uma região com histórico de ocupação
    agrícola, estando inserida nafronteira agrária mais antigadessa porçãoamazônica, o Nordeste
    paraense, mais precisamente a Região de Integração do Guamá com seus dezoito municípios.
    O objetivo éinvestigar a dinâmica de territorialização da pecuária manifesto na Região de
    Integração do Guamá, tendo como recorte temporal o intervalo dos anosde 1996-2016. A
    hipótese que direcionou essa pesquisa é de que apartir dos anos de 1960 a Amazônia irá
    vivenciar um novo momento no seu processo de ocupação territorial e econômica. A atividade
    pecuária ganha amplos espaços na região capilarizando-se em diversas frações do espaço rural
    e seguimentos produtivos. A pecuária irá se territorializar em diversas frentesde ocupação,
    incluindoespaçoshistoricamentevinculadosàagriculturafamiliar,comoaRegiãode
    Integração do Guamá, a territorialização da atividade ocorre a partir do controle de uso e
    ocupação da terra, ampliação do rebanho e criação de redes agroindustriais.

  • ERIKA RENATA PACHECO FARIAS
  • ZONAS DE SACRIFÍCIO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: uma contribuição teóricametodológica da “Nova Geografia dos Riscos de Desastres”

  • Data: 18/05/2022
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  • O presente relatório de qualificação irá apresentar a proposta de tese de doutorado intitulada: RISCOS TECNOLÓGICOS E INJUSTIÇAS AMBIENTAIS NA AMAZÔNIA: uma região de Sacrifício Nacional. A tese a ser defendida destaca que a Amazônia é uma região de Sacrifício Nacional diante da hipótese de que ameaças tecnológicas, injustiças ambientais e vulnerabilidade da sociobiodiversidade são responsáveis pelo Sacrifício Amazônico. O objetivo deste estudo é analisar a configuração desse cenário a partir das políticas territoriais promovidas pelo estado brasileiro. A presença de infraestrutura logística e incentivos fiscais concedidos pelo poder público possibilitaram a atração de grandes empreendimentos que impactaram os ecossistemas e populações. Riscos e desastres tecnológicos passaram a representar a problemática amazônica construída na segunda metade do século XX, tendo como consequências conflitos ambientais.   A análise desta pesquisa envolverá diferentes escalas geográficas (Internacional, Nacional e Regional) com base numa perspectiva dialética de interpretação da realidade e ênfase nas contradições do atual modelo de desenvolvimento capitalista, desigual e combinado, bases para o surgimento de uma sociedade de riscos. Diante dessa realidade existe a necessidade teórica e metodológica de analisar e identificar as Zonas de Sacrifícios, visando contribuir com a redução da Vulnerabilidade da Sociobiodiversidade. O estudo será pioneiro, por se tratar de um avanço metodológico que irá resultar na construção de um Índice Composto de Sacrifício Ambiental na Amazônia (ICSAAM). A metodologia propõe a construção de uma base de dados envolvendo as ameaças tecnológicas e capacidade resposta; desastres tecnológicos e conflitos ambientais. Os procedimentos metodológicos operacionais serão: revisão bibliográfica, levantamento documental e aplicação de formulários (Google formulário).  O relatório está dividido em cinco partes: a primeira diz respeito as atividades acadêmicas desenvolvidas; a segunda refere-se a introdução da tese que contém os objetivos, a hipótese, a justificativa, o referencial teórico-conceitual; o capítulos I, que irá abordar os principais conceitos da pesquisa e capítulo II, que se refere a metodologia.  A terceira parte remete a projeção dos capítulos III, que demostra como se deu o processo de sacrifização da AmazôniaIV, que destaca as Zonas de Sacrifício na Amazônia; V, que se refere a percepção sobre as Zonas de Sacrifício e risco tecnológico na Amazônia e, por fim, as considerações finais.

  • CLARA BEZERRA DE MENEZES BAITELLO
  • REDES E VIGILÂNCIA NO XINGU: A RECONFIGURAÇÃO DO TERRITORIO RIBEIRINHO

  • Data: 29/04/2022
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  • Neste trabalho de pesquisa analisa-se como a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira, no Pará, modificou a relação dos ribeirinhos com o seu território tradicional. Com o enchimento do reservatório principal da usina em 2015, mais de 300 famílias que viviam tradicionalmente da pesca são expropriadas do seu território pela concessionária Norte Energia S.A. As empresas terceirizadas, contratadas pela concessionária, passam a determinar, a negociar e a vigiar o território de povos que ancestralmente ali viviam. Os ribeirinhos, cuja subsistência e modo de vida estão direta e intimamente associados ao rio Xingu e à floresta, agora passam a viver longe dos seus locais de pesca e de moradia. Parte-se de uma relativa autonomia socioeconômica e territorial, que antecede a construção da usina, para uma tentativa de controle e de vigilância por parte das empresas e do Estado, influenciando fortemente as dinâmicas de vida e de trabalho locais ao embaraçar assuas redes de vizinhança e parentesco. Notase, assim, uma mudança na realização das atividades no território, que anteriormente eram organizadas pelos próprios ribeirinhos, de acordo com suas regras e necessidades de subsistência, e que agora passam pelo controle de novos atores, gerando impactos sociais e ambientais.

  • CAROLINA DA SILVA GONCALVES
  • DINÂMICAS SOCIOAMBIENTAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ: O CASO DA AFETAÇÃO DA RESEX MARINHA ARAÍ-PEROBA

  • Data: 28/04/2022
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  • As Unidades de Conservação apresentam-se como ferramentas de proteção e conservação do
    meio ambiente;entretanto,em uma escala global, grande parte desses espaços são pressionados
    a ponto de passarem pelo processo de desafetação, que consiste na redução de seus limites ou
    recategorização, comprometendo assim seus objetivos.Entretanto, a Resex MarinhaAraí-
    Peroba, área de estudo do presente trabalho,apresentou o trajeto inverso,poisem 2014 passou
    pelo processo de Afetação, aumentando assim os seus limites,umaexceção do que se é
    esperado na dinâmica de áreas protegidas. Adentrando na temática, o presente projeto se divide
    inicialmente em introdução, contextualização do problema, justificativa, objetivos, hipóteses e
    os procedimentos metodológicos utilizados na dissertação. Em seguida,apresenta um primeiro
    capítulo de referencial bibliográfico que compreende três pontos principais da pesquisa: a
    relação do homem e natureza, alteração de limites de unidades de conservação (desafetação e
    afetação) e Reservas Extrativistas Marinhas. E por fim,demonstra-se a projeção dos dois
    capítulos da dissertação a fim de verificar as hipóteses que norteiam a pesquisa, com intuito de
    explicar as causas e consequências desse processo singular que ocorreu na Resex Marinha Araí-
    Peroba, identificando,assim, se o processo de aumento de limites foi benéfico a esta Unidade
    de Conservação.

  • IGOR RENAN ARAUJO OLIVEIRA
  • A VIOLÊNCIA HOMICIDA NO ESPAÇO URBANO DE ALTAMIRA-PA: O FATOR BELO MONTE E A CARTOGRAFIA DOS HOMICÍDIOS. 

  • Data: 27/04/2022
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  • Durante a construção e conclusão da UHE Belo Monte, no período dos anos de 2010 a 2020, a
    cidade de Altamira vivenciou um aumento exponencial dos índices relacionados a violência e
    a criminalidade, chegando a patamares alarmantes, fruto dos problemas decorrentes da obra na
    região. Esse aumento da violência e criminalidade se propagou com força em todos os sentidos
    no espaço urbano de Altamira, atingindo sobretudo a população impactada diretamente pela
    obra e a juventude local. De todos os crimes que tiveram seu crescimento alavancado, o
    homicídio é o que mais chama a atenção nesse período, pois ele é a face mais dramática da
    violência urbana, percebe-se então que este tipo de crime, ganha forças de se reproduzir com
    mais intensidade, a partir do momento que a obra da UHE Belo Monte começa a ser construída.
    Assim, dos 11 municípios afetados pela construção da usina, a cidade de Altamira por ser o
    centro dessa região e concentrar os maiores números de serviços, foi a cidade mais impactada
    por Belo Monte. Desta forma, este presente trabalho nasce com o intuito de se lançar ao desafio
    de discutir e analisar mais profundamente os fenômenos de violência e criminalidade, usando
    Belo Monte como evento catalisador de velhos e novos problemas no espaço urbano,
    contribuindo assim na produção de conhecimento, aos estudos da violência e criminalidade
    neste município, a luz da Geografia, possibilitando uma compreensão do fenômeno, da sua
    dimensão, e intensidade. Baseado nessas premissas, o objetivo geral dessa dissertação, consiste
    em analisar e compreender a dinâmica espacial da violência e criminalidade em Altamira, quais
    as suas causas, e implicações no espaço urbano tendo como fator catalisador desses problemas
    a construção da UHE Belo Monte e a sua relação com os indicadores de violência.


  • SIMONE FRANCESKA PINHEIRO DAS CHAGAS
  • AS REPERCUSSÕES SOCIOTERRITORIAIS DA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO NO MUNICIPIO DE BARCARENA ESTADO DO PARÁ

  • Data: 31/03/2022
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  • Nosso objetivo nessa pesquisa é de analisar sob a ótica da Geografia o debate que traz os
    impactos socio territoriais da atividade de mineração do município de Barcarena no estado
    do Pará, região Norte do Brasil. Nosso intuito é refletir criticamente sobre o papel da
    mineração em que os territórios com mineração apresentam graus distintos de processos e
    conflitos territoriais. A pesquisa analisa as reflexões da mineração e a segurança pública,
    esses impactossocio territoriais ocasionados pelos grandes empreendimentos mineradores
    e o protagonismo da Geografia na área de segurança pública, especialmente no
    georreferenciamento, foram fundamentais para análise da tese aqui apresentada. A base
    teórica da tese tem fundamento, especialmente na Teoria da Desorganização Social, e
    também vai discutir como os processos do modelo de produção que exploram recursos
    minerais sobre o ordenamento do território no município de Barcarena, e como isso instigar
    ainda mais o debate que tem sido feito pela sociedade para se pensar num outro modelo
    territorial, que de fato seja soberano e garanta a sociedade diretamente impactada a
    apropriação da riqueza e as formas de apropriação dos territórios! Quais os reais interesses
    dos diferentes atores sociais na produção e uso do territórioem Barcarena? Quais os conflitos
    do atual modelo territorial de exploração econômica em Barcarena que desconsidera a
    sociedade e seus reais interesses? Implica o atual modelo de exploração dos recursos
    minerais interferir nos territórios e impor uma desterritorialização perversa a sociedade do
    município de Barcarena? O que está em jogo na ampliação do atual modelo de exploração
    mineral, desconsiderando os reais interesses da sociedade paraense? Sãodebates sobre os
    usos dos territórios, que analisamos nessa pesquisa. A questão problema analisada é: quais
    as repercussões socio territoriais ocorridas no municipio de Barcarena em face da atividade
    de mineração? Por fim, a pesquisa de campo, em virtude da dificuldade proporcionada pela
    Pandemia da Covid, se concentrou na utilização de dados bibliográficos, documental,
    exploratória, e analisou dados socio territoriaisdo ano de 2020, e teve como objetivo
    entender analiticamente como os impactos socio territoriais da atividade de mineração
    realizada no polo industrial de Barcarena têm reflexos na comunidade tradicional do
    município. A questão central foi analisou como os conflitos socioterritoriais se
    configuraram e influenciaram na (re) organização territorial de comunidadestradicionais de
    Barcarena/PA, a partir do processo de transformação ocasionado pela atividade
    desenvolvida no Polo industrial do município. Ao final da pesquisa, ficou evidente que as
    transformações socioterritoriais que atingiram diretamente as comunidades do município,
    especialmente na desterritorialização destas e na realocação desenfreada, ocasionando
    vários impactos no município de Barcarena em razão das atividades de mineração e na área
    de segurança pública, foram geradoras de conflitos territoriais colocando a sociedade em
    níveis diferentes de vulnerabilidades territoriais como ficou constatado ao longo da pesquisa
    realizada.


  • FRANCISCO PERPÉTUO SANTOS DINIZ
  • TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES DE COMUNIDADES EXTRATIVISTAS NA DINÂMICA DE APROPRIAÇÃO E USO DO PATRIMÔNIO NATURAL NO INTERIOR E ENTORNO DO PARQUE AMBIENTAL DE MOSQUEIRO-PA

  • Data: 23/02/2022
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  • Trata-se de uma pesquisa que analisa as estratégias de controle territorial por diferentes sujeitos envolvidos na dinâmica de formação de territórios e territorialidades do patrimônio natural no contexto do interior e entorno do Parque Ambiental Municipal de Mosqueiro. A relevância desta pesquisa está no fato de se constituir numa tese de caráter subalterno em decorrência da literatura sobre o assunto estar em sua maioria voltada a problematização do patrimônio cultural, por ser a primeira tese sobre o patrimônio natural que versa sobre contextos de populações tradicionais na Amazônia e por apresentar discussão dissonante das perspectivas oficiais e hegemônicas nos meios técnicos e acadêmicos. Esta pesquisa teve sustentação na dialética espacial da construção destrutiva por considerar conflitos e contradições socioespaciais que envolvem a apropriação e uso do patrimônio natural. Possui caráter qualitativo, envolveu pesquisa bibliográfica, documental e exploratória com a realização de trabalho de campo com acompanhamento de práticas culturais e manejo da natureza nas Comunidades Extrativistas Caruarú, Tucumandeu e localidades Tamanduá, Pratiquara e Rio Murubira. Os dados foram analisados a partir das técnicas de análise de discurso e conteúdo. A problemática da pesquisa teve sustentação na compreensão de tensões, conflitos e práticas socioespaciais que resultaram da institucionalização do Parque Ambiental de Mosqueiro. A questão central da pesquisa girou em torno da compreensão de como os sujeitos ilhéus se apropriavam e usavam o patrimônio natural mediados pela promoção de territórios e territorialidades. As questões norteadoras indagaram quais eram os agentes envolvidos na apropriação e uso de patrimônios naturais no interior e entorno do Parque e como exerciam o controle territorial? Quais eram as territorialidades que se configuravam em práticas de controle do patrimônio natural e como se relacionavam e se conflitavam? Como ocorria a apropriação da natureza nas comunidades e localidades extrativistas de Mosqueiro e como se configuravam em estratégias alternativas de posse do patrimônio natural numa perspectiva utópica e territorial? O objetivo geral buscou analisar a dinâmica de apropriação e uso da natureza na parte não urbanizada de Mosqueiro (Parque) que se configurava como processo e formação de territórios e territorialidades do patrimônio natural. Os objetivos específicos pretenderam identificar e mapear quais agentes estavam envolvidos na apropriação e uso de patrimônios naturais no interior e entorno do Parque e analisar e como exerciam o controle territorial; Identificar e discutir quais territorialidades se configuravam em práticas de controle do patrimônio natural e como se relacionavam e se conflitavam. Verificar e analisar a apropriação e uso da natureza nas comunidades e localidades extrativistas de Mosqueiro e como se configuravam em estratégias alternativas de posse do patrimônio natural numa perspectiva utópica e territorial. A tese central da pesquisa assenta-se no entendimento de que o patrimônio natural resulta de práticas sócio-espaciais que envolvem a territorialização do poder resultado de condições sociais, históricas e espaciais permeadas pelo manejo da natureza. Logo não possui inato valor e não expressa a reunião de elementos naturais dissociados do todo socioespacial.

  • LUANA HELENA OLIVEIRA MONTEIRO GAMA
  • MODELAGEM AMBIENTAL NA FLORESTA NACIONAL DO JAMANXIM-PA: PROPOSTA DE CENÁRIO FUTURO

  • Data: 21/02/2022
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  • As áreas protegidas foram criadas essencialmente para a conservação da fauna e flora. Analisar suas dinâmicas socioambientais torna-se um desafio, e ao mesmo colabora para a compreensão da paisagem. O presente estudo tem como objetivo modelar cenários futuros a partir de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento na Floresta Nacional (FLONA) do Jamanxim-PA, com base na classificação de uso da terra dos anos de 2013 e 2020. Analisar as variáveis independentes por meio da Inteligência Artificial. Aplicar o modelo do DINAMICA EGO usando o método de transição para simular trajetórias de desmatamento até 2030, baseado nas variáveis dependentes (cobertura e uso da terra 2013 e 2020) e variáveis independentes (altimetria, declividade, distância às estradas, distância à assentamentos e distância à hidrografia. Os altos índices de desmatamento nos limites das unidades de conservação, acarretam grandes perdas ambientais ao longo do tempo. Segundo o INPE, o estado do Pará apresentou a maior perda florestal dos estados da Amazônia brasileira em 2019, um total de 3.862 km2 , com uma taxa de aumento de 41% quando comparado a 2018. Através do modelo matemático é possível analisar “Onde” será desmatado; “Quando” será desmatado e quais as taxas de desmatamento; e “Como”, qual será a representação espacial das novas áreas de modificações, ou seja, como será o processo de desmatamento. Com base na dinâmica cobertura e uso da terra e dos elementos que compõem a paisagem, como por exemplo, as variáveis independentes, é possível realizar projeções futuras de desmatamento na FLONA do Jamanxim. Aborda-se teorias de autores representativos de diferentes correntes da Geografia, para conceituar espaço, paisagem e modelagem dinâmica. Na Geografia Física, parte-se dos conceitos de Bertrand. Para a Geografia Quantitativa tomou-se como base Waldo Tobler. A discussão da Geografia Crítica está baseada nos trabalhos de Milton Santos. E Soares-Filho para a modelagem dinâmica espacial. A metodologia foi dividida em três fases principais: 1- Processamento das imagens de satélite, utilizando-se o método de classificação supervisionada através do algoritmo de Máxima Verossimilhança; 2- Processamento das variáveis independentes; 3- Etapa considerada principal do estudo, que consiste na modelagem espacial no DINAMICA EGO. Como resultado da análise de cobertura e uso da terra, observou-se que houve redução de área de 112,51 km² (0,87%) de floresta primária, e aumento da classe mosaico de ocupações (desmatamento) com área de 393,53 km², equivalente a 3% de área desmatada. As principais atividades observadas foram: exploração florestal e mineração. Nota-se ainda, um padrão de desmatamento classificado como geométrico e regular, com atividades econômicas, como a agricultura, e principalmente monoculturas de grão e pecuária de média a larga escala, e estágio intermediário de ocupação. As variáveis independentes assumem o modelo GTP de Bertrand, para observar a dinâmica da paisagem. Observou-se que 0,28% da floresta primária foi convertida para desmatamento. Ou seja, de 2013 a 2020 o desmatamento está ocorrendo a uma taxa líquida de 28% ao ano. E há alta probabilidade de transição de floresta primária para mosaico de ocupações, e de exploração florestal para mosaico de ocupações ao norte e ao sul da FLONA do Jamanxim, áreas estas, que podem estar associadas a implantação de estradas (BR-163), e aos projetos de assentamentos PDS Brasília e Projeto Vale do Jamanxim, que consequentemente podem causar impacto à resiliência da paisagem. Com base na modelagem e análise de cenários futuros, verifica-se que pode haver perda de 198,79 km² da classe floresta primária, e aumento considerável de desmatamento de 155,20 km² até 2030. O mapeamento deste estudo, pode apoiar ações das políticas públicas, por meio da análise de impactos de leis e identificação de áreas prioritárias para ação governamental na FLONA do Jamanxim. Com base na modelagem espacial, em conjunto com os planos de comando, controle e monitoramento, é possível orientar o desenvolvimento socioambiental, econômico e cultural nesta UC, para manutenção e conservação dos bens naturais.

  • DÉBORA RODRIGUES DE OLIVEIRA SERRA
  • ENTRE CONCEBIDO, PERCEBIDO E VIVIDO: EFEITOS DA TURISTIFICAÇÃO E PATRIMONIALIZAÇÃO NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO DO CÍRIO DE NAZARÉ EM BELÉM-PA

  • Data: 15/02/2022
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  • O Círio de Nazaré em Belém-PA tem atraído fluxos de visitantes desde suas origens, mas, a partir de meados do século XX, com o avanço do capitalismo, Igreja, agentes da oferta mercadológica e poder público passaram a organizar e intensificar ações para a ampliação da sua atratividade turística, bem como a atuar em sua patrimonialização. Tais processos se destacam na produção do espaço dessa festividade e podem ser analisados a partir da tríade dialética lefebvriana dos espaços percebido, concebido e vivido, onde a hegemonia de alguns agentes, que compõem o que Gramsci compreende como Estado integral, se revela em ações que mesclam consenso e coerção. Assim, a presente pesquisa analisa a produção do espaço do Círio de Nazaré pelos processos de sua turistificação e patrimonialização, investigando os agentes neles envolvidos, as estratégias de controle coercitivo e consensual utilizadas na concepção do espaço e seus efeitos nos espaços percebido e vivido dessa festividade, bem como as contradições, apontando, a partir de ações subversivas à lógica de mercado, a viabilidade da restituição da Festa. Para tanto, utiliza-se como principais procedimentos metodológicos o levantamento e a pesquisa bibliográfica e documental, a observação em campo e a realização de entrevistas semiestruturadas. A pesquisa demonstra que os agentes hegemônicos da turistificação e da patrimonialização do Círio de Nazaré têm buscado ampliar seu domínio sobre o espaço dessa festividade, a partir da lógica do capital, mascarando contradições que, quando identificadas pelos agentes subalternizados, potencializam ações que podem contribuir para a construção de uma nova hegemonia.

  • DANA AGUIAR DA SILVA
  • CAMINHOS DAS ÁGUAS: O RECURSO HÍDRICO COMO ELEMENTO ESTRUTURADOR DO TERRITÓRIO DE BENEVIDES/PA



  • Data: 15/02/2022
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  • Os recursos hídricos possuem um papel fundamental na estruturação do território,
    pois são pontos dendríticos e tendem a estabelecer as ocupações humanas a partir
    deles. A urbanização toma para si essas ramificações, em alguns casos conserva
    seus limites, mas majoritariamente os transpõe e os retifica. É comum também a
    posse do recurso não visível, isto é, aquele que corre por debaixo da rocha, o qual é
    mais difícil de mensurar e notar alterações. Em um território institucionalizado, como
    um município, existem leis que contemplam as atividades que tem como uso
    principal no processo de produção a água, porém, tais leis que não foram pensadas
    a partir das águas, mas da relação econômica e social estabelecida junto a ela. Nas
    leis as águas são desnaturalizadas, pois cumpre uma função social, tal qual a
    natureza, é criada então uma natureza que parte do indivíduo (com suas
    percepções, valores e crenças) para indivíduo, ou seja, de relações de poder. Esse
    exercício de poder, na maior parte do tempo é heterônomo, não contemplado
    existências ou identidades, parte do princípio da homogeneização. Este exercício
    também não funciona sem o substrato espacial, na presente pesquisa, daí que
    essas tramas configuram o território. Por isto que necessário que os instrumentos
    para a gestão, bem como o gerenciamento, sejam eficientes e estejam de acordo
    com as especificações e demandas de cada território. Contudo, apesar de serem da
    gestão o monitoramento do uso do recurso o Estado acaba dando posse ao recurso
    a agentes privado, ou seja, as águas possuem donos. Como é o caso do município
    de Benevides/PA, no qual se encontra empresas de envase de água, refrigerantes,
    cervejaria, produção de alimentos, madeireiras e empresa de cosméticos. A história
    do município revela que as águas sempre foram objeto de interesse desde a
    colonização, a princípio para o turismo e lazer e por seguinte de empresas de
    envase de água, reconfigurando o espaço natural das águas. Entendemos que a
    história do lugar revela as nuances de temporalidades diferentes, impressas no
    material num movimento dialético. A partir disto nos atemos a analisar como é
    organizado o território das águas em Benevides/PA, tendo como objetivo principal
    analisar o processo de apropriação do território das águas do município; para isto
    elencou-se dois objetivos específicos nos quais estão presentes a identificação das
    características geológicas e hidrogeomorfológicas, e analisar as escalas de poder
    presentes no território municipal. A hipótese levantada é de que as transformações
    pelas quais o território passou estão amparadas em interesses antagônicos, onde
    prevalece o econômico (das empresas privadas) e do turismo (onde as águas são
    usadas como desejo de consumo), logo, a água é tratada como mercadoria. O que
    pode vir gerar tensões e conflitos entre atores e agentes locais, como prenuncia o
    conceito de hidroterritório


  • RONALDO BARROS SODRÉ
  • GEOGRAFIA DA CONFLITUALIDADE: contributos a construção de uma teoria desde o Maranhão Agrário



  • Data: 21/01/2022
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  • Neste trabalho buscamos reconhecer a conflitualidade como parte de uma discussão teórico-metodológica esteve eclipsada na ciência geográfica, buscamos demonstrar a conflitualidade enquanto processo que se realiza nas relações sociais que se plasmam no espaço-tempo, portanto, dotadas de espacialidades e, logo, com porosidades a uma análise geográfica. Nosso objetivo de estudar a conflitualidade enquanto temário da/na Geografia, tem como referência os conflitos de terra no Brasil e no Maranhão no início do século XXI. A partir de um extenso referencial teórico e da análise de dados, identificamos algumas ideias-elementos para se pensar uma abordagem geográfica da conflitualidade, bem como apontamos algumas estruturas da questão agrária que nos permitam confeccionar um mapa síntese da questão agrária maranhense, a partir dos conflitos de terra. Por fim, concluímos que a conflitualidade é processo relacional dos agentes que constroem a realidade a partir de suas práticas espaciais, logo, com abertura a uma análise geográfica.

     


2021
Descrição
  • LUCIANO ROCHA DA PENHA
  • POLÍTICAS DE ENERGIA NO 12 BRASIL: DIFUSÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS PARA A INDÚSTRIA AGROPECUÁRIA NA AMAZÔNIA

  • Data: 25/11/2021
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  • A políticas energéticas no Brasil vem passando por várias reformas para concretizar a
    desestatização, resultando em concessões para empresas privadas, criando o mercado de energia
    com diferenças de agentes econômicos da energia. Ao mesmo tempo da referida política, o país
    sofre pressões globais investir em energias renováveis. Dentre essas energias destacam-se as
    PCHs. Devido a abundância de disponibilidade hídrica, na Amazônia Legal, está em curso a
    difusão por expansão de PCHs e de UHEs no entorno da indústria agropecuária nos estados do
    Mato Grosso, Tocantins, Pará, Maranhão e Rondônia. Isso é demonstrado quando se faz
    conexão das localizações espaciais dessas usinas hídricas com as localizações dos silos, dos
    armazéns e dos frigoríficos. A difusão dessas PCHs e UHEs, estão materializadas nas usinas
    em operação, nas usinas em estudo e, nas usinas com processos abertos para estudo. Este
    trabalho teve como objetivo principal analisar de que forma a atual transição energética mundial
    tem influenciado as políticas de energia no Brasil. Os objetivos específicos foram: entender de
    que maneira as políticas de energia no Brasil tem contribuído para o aumento da difusão de
    UHEs e PCHs no entorno da indústria agropecuária na Amazônia Legal; entender de que
    maneira a política energética e o mercado de energia no Brasil, têm refletido no aumento por
    demanda em energia hídrica na Amazônia Legal; demonstrar como funcionam as dinâmicas
    territoriais-produtivas da soja, assim como o entorno dos silos e dos armazéns e da pecuária
    (frigoríficos) às quais fazem com que a demanda por energia elétrica aumente, logo, em mais
    construções de pequenas e grandes usinas hidrelétricas na Amazônia Legal. A metodologia
    utilizada foi a revisão bibliográfica de cunho teórico-metodológico da Geografia, da Sociologia,
    das engenharias e da Economia. A análise documental sobre a política e o planejamento
    energético no Brasil. Dados primários e secundário coletados nos sítios eletrônicos do IBGE,
    ME, ANEEL, EPE, MAPA e ODS. Por fim, foram construídos mapas, gráficos, tabelas e
    mapas, também figuras extraídas dos documentos. A forma de apresentação desses dados foi
    da forma gráfica. Conclui-se que a difusão das usinas hídricas na Amazônia Legal está em
    curso, porque as PCHs são renováveis e as UHEs podem ser construídas à fio d’água, bem
    como, essa difusão é induzida pela demanda por energia da indústria agropecuária na Amazônia
    Legal. Bem como, essa difusão é também fomentada pela política mundial das mudanças
    climáticas que influencia a transição energética mundial.


  • VALERIA SUANNE PEREIRA SALGADO
  • DESIGUALDADE SOCIOESPACIAL E PRODUÇÃO DA MORADIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA CIDADE DE TUCURUÍ, PARÁ

  • Data: 18/10/2021
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  • No ano de 2020, a discussão a respeito da habitação e do direito a moradia ganha forçano
    contexto de pandemia mundial, frente as necessidades de isolamento social, as quais atingem
    dediversasformasosdiferentesgrupossociaisaolongodoglobo,evidenciandoas
    desigualdades socioespaciais que perpassam a sociedade, pautada no modo de produção
    capitalista e traduzidas em desigualdades no acesso a moradia. No âmbito regional, é valido
    destacar que a cidade e o urbano na Amazônia, em meio ao século XXI, vêm passando por
    profundas transformações, associadas a determinações inerentes à reprodução do capital no
    espaço urbano-regional, ao avanço de novos agentes econômicos, à urbanização extensiva do
    território, permeada por elementos que têm contribuído para a produção das desigualdades
    socioespaciais. Em meio a interpretação desses processos, é imprescindível considerar que a
    participação do Estado na produção de uma ‘urbanização do território’ e sua influência na
    constituição da atual rede urbana amazônica. Em escala local, destaca-se a cidade de Tucuruí
    Pará, que passou por um elevado crescimento demográfico a partir do período de construção da
    UHT e se apresenta como fértil campo de estudo, levando em consideração as particularidades
    e diversidades do espaço urbano brasileiro e amazônico.Dessa maneira, esta pesquisa está
    assentada na premissa de que a produção da moradia dentro do âmbito da produção do espaço
    urbano constitui um enfoque e indicador para se capturar as dinâmicas, formas e processos de
    Desigualdades Socioespaciais. Nesse sentido, a presente dissertação objetiva mostrar de que
    forma a questão da habitação e do direito à moradia se espacializam na cidade de Tucuruí,
    principalmente no período dos anos 2000 á 2020. E referente ao período citado, é necessário
    destacar que este constitui-se um ’recorte’ e como tal faz parte de um ‘todo’ histórico-
    geográfico, o qual não pode ser estudado de maneira isolada e estanque. O recorte auxilia no
    desenvolvimento da pesquisa e a formulação de sua problemática, a fim de possibilitar um
    enfoque mais claro dos processos a serem desvelados, tomando como método norteador o
    materialismo histórico e dialético e sua perspectiva frente a realidade. O cenário pandêmico
    inviabilizou a pesquisa de campo, dessa forma a busca de dados primários realizou-se por meio
    de entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionários, de maneira remota, tanto por
    telefone quanto por meio de plataformas, como aplicativos de mensagem instantânea e e-mail,
    juntamente com a utilização de ferramentas como Google Earth Pro, ArcGis 10.1, QGIS.
    2.18.20 para a elaboração de produtos cartográficos e tratamento dos dados coletados, como a
    finalidade de demonstrar a materialidades da distribuição e acessibilidade de bens e serviços, 
    para se capturar as condições de injustiça espacial, bem como as DS presentes na atualidade do espaço urbano de Tucuruí.

  • LÉA MARIA GOMES DA COSTA
  • METROPOLIZAÇÃO E PRODUÇÃO DA MORADIA: UMA ANÁLISE DAS NOVAS (VELHAS) CONDIÇÕES DO HABITAR E DO MORAR NA METRÓPOLE BELÉM

  • Data: 18/10/2021
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  • A cidade moderna deriva do advento do modo de produção capitalista industrial, que forjou a produção do espaço metropolitano como um dos elementos primordiais para sua consolidação e expansão. No transcurso do século XX o processo produtivo capitalista forja a terceira revolução industrial, promovendo o fortalecimento do poder do capital monopolista e o desenvolvimento do processo de financeirização da economia mundial ou da globalização financeira. Com a transição do capitalismo para um sistema produtivo flexível, fragmentado e de integração global, a dispersão passa a ser a marca principal da produção do espaço metropolitano. As dinâmicas de concentração e expansão territorial atuam como forças potencializadoras da dispersão metropolitana contemporânea provocando a redefinição do padrão centro-periferia, produzindo novas centralidades e promovendo novos deslocamentos da mão-de-obra no espaço metropolitano. Considerando que as novas configurações de habitat humano marcam processos de reestruturação em espaços metropolitanos periféricos como Belém, a pesquisa ora apresentada tem como objeto de estudo a metropolização e as formas de produção da moradia em Belém e parte do questionamento sobre como se dá a produção da habitação e moradia popular no contexto da metropolização de Belém no primeiro quartel do século XXI. Defende-se a tese de que a recente forma metropolitana dispersa constitui expressão, produto, meio e condição das determinações da produção capitalista da cidade, que se revela por meio de um desenvolvimento geográfico desigual, o qual se expressa no âmbito da moradia popular pela manutenção do padrão periférico de localização da produção formal da habitação e pelo reforço das condições precárias a que estão submetidos os assentamentos populares no espaço metropolitano de Belém. Tendo como recorte de pesquisa a Região Metropolitana de Belém (RMB), objetiva-se compreender como tem se dado a produção da moradia popular no contexto de dispersão metropolitana de Belém no início do século XXI. A teorização sobre a produção do espaço orientou o procedimento metodológico de estudo bibliográfico, voltado à revisão e aprofundamento teórico-conceitual de temas como urbanização; metropolização; reestruturação metropolitana; dispersão urbana; formas de produção da moradia; formação urbana e metropolitana de Belém. A pesquisa de cunho prático consistiu no desenvolvimento de procedimentos como trabalho de campo que propiciaram a observação empírica da realidade estudada; levantamento e interpretação de dados sobre a produção habitacional no período do BNH e a produção recente de moradia popular na metrópole, gerando como produto a elaboração de mapas temáticos sobre o padrão de localização da moradia produzida pela política habitacional na RMB. Os dados dos Censos Demográficos do IBGE dos anos de 1991, 2000 e 2010 forneceram subsídios para a análise do acesso da moradia popular a condições básicas de infraestrutura urbana e também geraram como produto a elaboração de mapas temáticos sobre o tema. A análise da política recente de produção da moradia popular na metrópole foi realizada a partir de pesquisa empírica e de entrevistas realizadas com gestores das SEHABs dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. A sistematização dos resultados da pesquisa permite inferir que no campo da produção da moradia, especialmente da moradia popular, se encontram importantes chaves para a compreensão da dispersão da metrópole Belém na atualidade.

  • ANTONIO ORLANDO FERREIRA DE CASTRO
  • A LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA E TERRITORIAL DO PROJETO S11D EM CANAÃ DOS CARAJAS (2000-2019).



  • Data: 30/09/2021
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  • A mineração é a principal atividade econômica do estado do Pará, e uma das
    principais da Amazônia, em especial, de minério de ferro, colocando-o em primeiro lugar na
    exportação dessa commoditie no país, superando, recentemente, Minas Gerais. Destacando a
    província mineral de Carajás, no Sudeste Paraense, que a partir de 1985, com o PFC – Projeto
    Ferro Carajás, da antiga estatal CVRD, atual Vale S/A, concentra a produção de minério, na região de Carajás, destacando o município de Canaã dos Carajás, onde se encontra a maior mina de ferro a céu aberto do mundo, com capacidade de exploração de 90 milhões de toneladas anuais. Nesse sentido, a presente dissertação de mestrado busca analisar e entender, no âmbito da Geografia Econômica, apoiada na teoria da Circulação, Transporte e Logística, a logística de transporte no processo de integração econômica e territorial do projeto S11D em Canaã dos Carajás, no período de 2000-2019, identificando o papel dos diversos agentes, suas possibilidades, entraves, etapas de integração econômica e seus impactos no território, em uma análise interescalar e multidisciplinar, promovendo uma integração entre os conhecimentos geográficos, históricos, econômicos, ambientais e sociológicos. Interpretando o objeto espacial a partir da lente do materialismo histórico, privilegiando sua dimensão material (densidade técnica), sobretudo no sentindo econômico, estando historicamente situada e sendo definida a partir das relações socioespaciais e econômicas, partindo do real e do concreto, fruto do trabalho, de forma clara e objetiva, destacando a práxis humana de (re) produção do espaço, investigando a problemática a partir da pesquisa bibliográfica e documental. Para tanto, foi realizado um levantamento, em bibliotecas virtuais, nas empresas mineradoras (em especial, Vale), e em bibliotecas na cidade de Belém, e nas secretarias e arquivos dos municípios que fazem parte dessa pesquisa.

  • CICERO VIEIRA DO NASCIMENTO
  • INTERPRETAÇÕES GEOGRÁFICAS DAS RESISTÊNCIAS E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NA MICRORREGIÃO DE ALTAMIRA- PARÁ

  • Data: 31/08/2021
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  • A educação do campo consiste em um processo em construção a partir de participação dos sujeitos. No Brasil a luta pela educação do campo foi protagonizada principalmente pelo movimento sociais. Na microrregião de Altamira a educação aplicada nas escolas do campo retratam a realidade das políticas de desenvolvimento pensado para a Amazônia. O objetivo desta pesquisa consiste em realizar um diagnóstico da educação aplicada no campo da microrregião de Altamira, a partir do ensino de geografia em turmas EJA em escolas do campo, buscando compreender a sua contribuição na construção do território do campesinato amazônico. Metodologicamente adotou-se o levantamento bibliográfico utilizando-se da bibliometria a fim de identificar debates científicos a respeito do tema da pesquisa, além de pesquisas secundárias em sites oficiais governamentais para obtenção dos dados reais disponíveis como mecanismos para implementação das políticas públicas na localidade. Foi escolhida uma unidade escolar localizada no Projeto de Assentamento Ressaca para confrontar com os dados bibliográficos e secundários. Assim, foi possível afirmar que na microrregião de Altamira a educação ofertada aos camponeses não assegura o interesse dos sujeitos, mas, esses resistem as interferências externas e mantêm suas práticas sócio produtivas no território.


  • DENISON DA SILVA FERREIRA
  • DINÂMICA ESPACIAL EM COMUNIDADES RURAIS DA AMAZÔNIA TOCANTINA: Uma análise do espaço ribeirinho nas ilhas de Abaetetuba-Pa

  • Data: 31/08/2021
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  • A análise aqui empreendida visa dar ênfase à dimensão ribeirinha do espaço na Amazônia tocantina paraense tendo como ponto de partida a porção insular do município de Abaetetuba, Nordeste do Estado do Pará, localmente conhecida como “ilhas de Abaetetuba”. Defendemos como tese norteadora a existência de um processo de produção espaço ribeirinho na região, de maneira especial na área de estudo, como parte do processe mais amplo de produção do espaço amazônico. A pesquisa encontra-se estruturada em quatro momentos ou eixos de análise, precedidos das considerações finais. No primeiro momento, dissolvido no primeiro capítulo, descrevemos aspectos gerais sobre o contexto espacial empírico a partir do qual estamos propondo a construção da pesquisa, ou seja, a Amazônia tocantina e particularmente as ilhas de Abaetetuba. Trata-se de uma caracterização preliminar da realidade empírica a ser estudada onde serão considerados aspectos referentes tanto à configuração territorial quanto à própria dinâmica social ribeirinha sem, no entanto, a pretensão de aprofundar o debate sobre a temporalidade dos processos sociais inerentes à produção do espaço. No segundo e terceiro momentos (compreendidos no segundo e terceiro capítulos), propomos um exercício de regressão, ou seja, de reconstituição de alguns processos histórico-espaciais que tiveram importantes correlações com o processo histórico de produção do espaço ribeirinho na região, de maneira especial nas ilhas de Abaetetuba, como a criação dos aldeamentos comandados pelos missionários durante a primeira fase de colonização portuguesa da região; a criação de capitanias e sesmarias; o estabelecimento dos diretórios dos índios; a introdução dos escravos negros na região como forma de suprimento da mão-de-obra; assim como o desenvolvimento mais sistemático da economia dos engenhos já numa conjuntura pós-colonial. No quarto momento propomos um retorno ao contexto espacial ribeirinho no tempo presente buscando compreendê-lo de forma mais esclarecida, resignificada. Neste momento tomamos como ponto de partida as estratégias de organização politica, especialmente aquelas que se atrelam ao uso da terra, tendo em vista suas correlações com a dinâmica de produção do espaço ribeirinho. Alinhado aos propósitos da pesquisa, elegemos como teoria norteadora a produção (social) do espaço situando os debates nos horizontes abertos pela perspectiva dialética suscitada principalmente nos escritos do filósofo Henri Lefebvre cujos fundamentos se mostraram pertinentes e adaptáveis ao desenvolvimento da análise aqui proposta. Nessa perspectiva buscamos guiar a discussão no sentido de valorizar a dimensão social do espaço entendendo as práticas sociais projetadas em um determinado espaço traduzem também práticas de produção do espaço. Esta produção, porém, não faz referência estritamente à produção de coisas, objetos, ou mercadorias, mas remete sua compreensão à existência de relações sociais, que inclui a produção dos objetos e a produção do espaço num sentido amplo. É nessa perspectiva que suscitamos a presente análise tendo as ilhas de Abaetetuba como lócus empírico da pesquisa.

  • FRANCINEY CARVALHO DA PONTE
  • ANTROPOCENO E AMAZÔNIA: HOLOCENO EM CURSO OU PRELÚDIO DE UMA NOVA ÉPOCA
    GEOLÓGICA DO HOMEM?

  • Data: 31/08/2021
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  • Os Domínios Naturais da Amazônia Brrasileira - DNAB apresentam uma elevada diversidade biogeográfica, favorecidos por um substrato geológico complexo e por um clima equatorial, ambos preponderantes na paisagem amazônica, localizados na porção norte do Brasil, perfazendo uma área equivalente a 40% do território brasileiro (~3.700.000 Km2). A expansão humana na Amazônia tem produzido uma série de transformações sobre seus recursos naturais. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo realizar uma retrospectiva da trajetória do Homem sobre os domínios amazônicos, através da espacialização de evidências antropogênicas e na análise de indicadores antropogênicos passíveis de associação preceitos do Antopoceno, viabilizada por uma perspectiva geográfica. A análise no âmbito dos DNAB levantou os aspectos dos domínios morfoclimáticos e fitogeográficos, destacando suas paisagens dominantes e seus respectivos sistemas naturais, através da compartimentação biofísica, funcionando como substrato na análise da dinâmica de eventos socioespaciais e evidências da ação humana materializadas nas paisagens, sob um amplo espectro temporal - Holoceno. A investigação fora alicerçada em uma abordagem holística e integradora de variáveis relacionadas a aspectos naturais e socioespaciais, a partir de uma visão sistêmica, direcionada a dimensionar e mensurar padrões de uso dos recursos naturais, o grau de antropogenização dos DNAB e a proposição de paisagens/esrtruturas antropocênicas. Nesse sentido, a pesquisa revelou que os DNAB apresentam atualmente um percentual antropogênico muito significativo, de aproximadamente 64%, fruto de uma dinâmica socioespacial ampla e diversa, o que atribuiu a região uma acentuada variabilidade de macrossistemas humanos e paisagens seminaturais embutidas em ecossistemas aparentemente naturais. No entanto, fora detectado que esta estimativa provavelmente é subestimada, se considerarmos as evedências segundo uma perspectiva acumulativa, alcançando um valor em torno de 150%, ou seja, 50% acima da área total dos DNAB, o que denuncia uma elevada pressão antropogênica na região. Diante do exposto, e, considerando preceitos o Antropoceno, centrados na concepção antropogênica, sugere-se que a Amazônia acondiciona paisagens antropogênicas, substancialmente alteradas, há pelos menos 4 mil anos AP, quando boa parte de seus domínios ja eram ocupados e significativamente usados e manejados por grupos humanos.

  • JULIA MARIA DA SILVA FURTADO
  • RESISTÊNCIA AO AGRONEGÓCIO: TERRITÓRIO RIBEIRINHO EM ABAETETUBA/PA E COMUNIDADE DO CAJUEIRO/MA NA ROTA DOS PROJETOS PORTUÁRIOS

  • Data: 30/08/2021
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  • A partir de políticas de incentivo e comércio internacional de commodities, os instrumentos de
    reprimarização seguem relacionados à manutenção da condição subalterna de camponeses e de
    países periféricos capitalistas, como instrumento da expansão do agronegócio e sua
    consolidação cada vez mais intensa. Que assinala também como o conflito se representa na
    disputa pelo território, para superação da condição desigual e subalterna, a partir da presença
    da luta e resistência expressa no território camponês no Brasil. Frente as políticas neoliberais
    no campo e de mercados de
    commodities, engendrados e representados por empreendimento e
    projetos portuários, de produção e organização na lógica capitalista na região de pesca e
    comunidades ribeirinhas em Abaetetuba/PA e Cajueiro/MA. Nesta pesquisa, busca-se
    compreender como se expressa a resistência ribeirinha e de pescadores frente ao processo e o
    contexto de reprimarização da economia brasileira, com aval e incentivo estatal, e ação direta
    em território tradicional de ribeirinhos em Abaetetuba/PA e de pescadores na comunidade de
    Cajueiro, no município de São Luís/MA. Para isso analisamos e discorremos com referência
    aos projetos de instalação do Terminal Portuário de Uso Privado (TUP) Abaetetuba/PA da
    multinacional norte-americana Cargill S/A e do Terminal de Uso Privado (TUP) Porto São
    Luís, transnacional chinesa de operação da WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais S/A,
    do grupo WTorres. O escopo está centrado em entender os conflitos que se dão em volta da
    disputa territorial, seu desdobramento e repercussão, considerando as singularidades e
    heterogeneidades territoriais na ampla expansão do agronegócio em comunidades ribeirinhas.
    Com a incursão do TUP-Abaetetuba e TUP-São Luís, e subjugação desses grupos sociais, seja
    pela monopolização do território sem a territorialização efetiva do porto, seja pela reintegração
    de posse que desapropria moradores em Cajueiro/MA. A partir da pesquisa bibliográfica (
    Web
    of Science
    e Scopus), dados acerca do mercado de transportes aquaviários, contidos no Boletim
    Aquaviário do 1º trimestre de 2021, a análise e desenvolvimento da pesquisa será construída
    pela perspectiva do materialismo histórico e expressão da luta de classes na construção e
    gerenciamento dos territórios, assim como o conflito relacionado a sua construção na
    resistência, em que a produção, unidade familiar e organização/gerenciamento do território
    ribeirinho, como território em marginalidade em relação ao centro capitalista, são
    possibilidades e alternativas da existência de modelos diferentes de organização de um
    território, que além de construindo num sistema entre comunidades, está na rota do sistema de
    reprimarização. Na primeira parte da pesquisa foi construído um panorama da Questão Agrária,
    influenciando e expressando a conflitualidade presente no campo com a expansão do modo de
    produção capitalista. Presente também na contradição da industrialização da agricultura
    brasileira para um desenvolvimento que retrocede a produção como agrário-exportador de
    produtos primários; assim como a inserção de novos sujeitos na disputa por terra e território na
    marginalização e exploração do campo e seus territórios.


  • THIAGO SILVA DOS SANTOS
  • COOPERATIVISMO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NA AMAZÔNIA: ESTUDO DE CASO DA COOPERATIVA DE PRODUTORES ORGÂNICOS DO XINGU (COOPOXIN) EM BRASIL NOVO - PARÁ

  • Data: 30/08/2021
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  • Este trabalho tem como objetivo central compreender a participação da cooperativa de produtos orgânicos do Xingu no ordenamento territorial da Região de Integração do Xingu. Este território apresenta profundas transformações que tem servido para ampliar uma condição desigual de reprodução aos sujeitos locais, fruto das políticas territoriais, realizadas principalmente nos últimos 50 anos. A condição de território ordenado pelo Estado em consórcio com a iniciativa privada, expressa-se nas contradições de seus usos, nestes termos, verifica-se duas perspectivas de  território (SANTOS, 1999), uma nas condições de recurso, usado por atores hegemônicos que só consideram seu valor de troca e apropriam fortemente seu potencial econômico; e outra, pensada e usada como abrigo/recurso, expressando um uso mais racional, bem como sua utilização como condição para reprodução da cultura, identidade e práticas cotidianas. Essa segunda condição é percebida a partir da organização local, por via do cooperativismo, enquanto instância que possibilita a organização dos agricultores, produção de cacau e comercialização das amêndoas, ou seja, toda cadeia produtiva do cacau. Partindo para o entendimento dessa condição, utiliza-se do materialismo histórico e dialético, considerando na geografia as categorias espaço e tempo, com uma abordagem quanti-qualitativa, expondo assim, a produção do espaço agrário e território usado, expondo suas contradições, suas resistências, e as novas possibilidades construídas pelos sujeitos locais. Portanto, concluiu-se que o cooperativismo tem contribuído, a partir da sua organização, para o ordenamento territorial na Amazônia.

     

  • VIVIAN LARISSA MONTEIRO ALBUQUERQUE
  • PATRIMONIALIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DA AVENIDA NAZARÉ, EM BELÉM-PA.

  • Data: 30/08/2021
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  • O processo de valorização capitalista do espaço se estabelece por meio do seu uso como negócio. O valor de uso dos bens patrimoniais entra no mercado capitalista por meio do seu valor de troca e, assim promove uma valorização do seu entorno. É diante desse processo que, o objeto da pesquisa se delimita pela valorização espacial dos patrimônios e seus entornos na avenida Nazaré em Belém-PA. A pesquisa tem por objetivo analisar a relação de valorização espacial do patrimônio e seu entorno na avenida Nazaré, em Belém-PA. Para a realização dessa análise utiliza-se como abordagem e metódo de investigação a análise dialética, contando com a utilização do estudo de caso dos imóveis Parque da Residência, Museu Paraense Emílio Goeldi e Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré, localizados no eixo da avenida Nazaré e Magalhães Barata em Belém-PA. Identifica-se que, os patrimônios do estudo de caso promovem um processo de valorização espacial aos seus entornos quando: a) há a possibilidade de utilizá-los enquanto negócios; b) encontra-se um processo de turistificação nesses espaços, e; c) pelo bom estado de conservação. Logo, o patrimônio é considerado um elemento que pode agregar valor a terra urbana. Dentro do processo de valorização capitalista dos patrimônios da avendia Nazaré, o consumo do espaço patrimonializado não ocorre de uma maneira direta, por meio da sua compra e venda, mas sim por via da dominação da indústria do turismo e do mercado imobiliário.

  • AMIRALDO DO SOCORRO SOARES DA CUNHA
  • MUDANÇAS E ADAPTAÇÕES NO MODO DE VIDA NA VILA MAINARDI (BREVES, PARÁ): OS IMPACTOS DA DECADÊNCIA DA ATIVIDADE MADEIREIRA

  • Data: 30/08/2021
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  • O presente trabalho pretende realizar análises e debates, a partir de pesquisas bibliográfica e documental e de dados de campo, enfatizando as atividades de subsistência realizadas por populações tradicionais do Marajó, apresentando categorias e ferramentas de análise geográfica, que podem ser trabalhadas no entendimento do modo de vida e do uso dos recursos naturais, por parte destas populações. Esta proposta partiu da consideração de que a produção local, gerada na execução das chamadas estratégias territoriais de sobrevivência dessas populações tradicionais é de extrema importância para os abastecimentos dos centros urbanos e das próprias comunidades. Dessa forma, esta pesquisa buscará, também, verificar e discutir sobre a viabilidade do uso das técnicas de Cartografia social no mapeamento participativo das populações tradicionais pesquisadas, buscando entender como o ordenamento territorial pode integrar: informações sobre o modo de vida das populações tradicionais; atividades econômicas dos moradores; e geotecnologias e as informações sobre equipamentos utilizados na coleta e na captura de recursos naturais — pesqueiros e florestais. As pesquisas bibliográficas, integradas aos dados oriundos da pesquisa de campo e do mapeamento participativo, na vila Mainardi, no município de Breves, ilha do Marajó, estado do Pará, além dos trabalhos em laboratório, com utilização de técnicas de geoprocessamento, permitiram mapear a complexidade dinâmica de algumas relações socioespaciais e socioambientais estruturais da área de estudo, evidenciando como as técnicas de mapeamento participativo podem servir de auxílio ao entendimento do ordenamento dos recursos naturais, tanto por parte dos gestores públicos quanto por parte dos próprios usuários, que poderão ver suas territorialidades no mapa.

  • DOUGLAS GOMES DE OLIVEIRA
  • ESTUDO GEOAMBIENTAL DA MICRORREGIÃO HIDROGRÁFICA DE ALTAMIRA/PA

  • Data: 30/08/2021
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  • A microrregião hidrográfica de Altamira – MRHA, localiza-se a margem esquerda do Rio
    Xingu, entre os municípios de Altamira e Vitória do Xingu/PA, é uma região que vivencia
    importantes processos de transformação antrópica da paisagem e de seu território, em
    consequência dos processos que ocorreram com a construção do complexo hidrelétrico da
    UHE Belo Monte. Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo, realizar um estudo
    geoambiental mapeando a vulnerabilidade ambiental da MRHA, com amparo teórico da
    análise geossistêmica e operacionalização metodológica utilizando as geotecnologias, a
    análise multicritério e a álgebra de mapas. Como resultados alcançados tem-se: a proposição
    da delimitação da MRHA em conformidade com a dinâmica das microbacias hidrográficas que
    a compõem; a caracterização sócio fisiográfica da microrregião; e a vulnerabilidade ambiental
    da microrregião e de suas microbacias. Deduz-se que o atual estágio de uso e ocupação da
    MRHA apresenta-se sustentável, com a vulnerabilidade ambiental baixa para a microrregião
    e para a maiorias das microbacias, porém com áreas que apresentam propensão ao
    desequilíbrio ambiental e a degradação, caso qualquer variável tiver agravos e assim
    chegando aos limiares da sustentabilidade. As informações obtidas direcionam para a
    necessidade de realização de uma gestão territorial integrada, subsidiando o planejamento
    ambiental de bacias hidrográficas, com a iniciativa intermunicipal em prol da sustentabilidade
    socioambiental da microrregião hidrográfica.


  • ROBSON PATRICK BRITO DO NASCIMENTO
  • O PROCESSO DE PERIFERIZAÇÃO E VIOLÊNCIA URBANA NA BAIXADA BELENENSE: Um Estudo Sobre os Agentes Territoriais e os Homicídios no Bairro da Terra Firme nos anos de 2011 a 2019

  • Data: 27/08/2021
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  • O espaço urbano é compreendido como um mosaico de relações dialéticas entre a sociedade e
    espaço ao longo do tempo, em outras palavras, pode-se incorporar a cidade como um conjunto
    das relações humanas e históricas. O exemplo disso, são as cidades brasileiras que
    apresentaram uma urbanização tardia e como consequência trouxeram diversos problemas que
    se estendem até hoje, como é o caso da periferização que ocorre a partir da valorização de
    algumas áreas em detrimento de outras. A primeira tem destaque por sua visibilidade e
    concentração de recursos e capitais, logo a presença do Estado se torna mais efetiva, como
    ocorre nos centros urbanos ao contrário do que ocorre nas periferias urbanas da capital
    paraense que foram produzidos por grupos de baixa renda que foram marginalizados. Esses
    espaços passaram a ser autoconstruídos e ocupados de uma forma acelerada e não planejada
    pelo Estado. Nas periferias, como o bairro da Terra Firme, o poder público é ineficiente em
    relação às suas ações territoriais, esses espaços são condicionantes a novas territorialidades
    que visam estabelecer as suas ações, e por muitas vezes geram tensões e como consequência a
    violência. O objetivo da pesquisa busca compreender a dinâmica dos homicídios entre os anos
    de 2011 e 2019, e sua relação com as áreas precarizadas do Bairro da Terra Firme, bem como,
    com os atores territoriais envolvidos com as suas territorialidades. O método adotado foi o
    materialista histórico e dialético, que permitiu uma discussão sobre análises socioespaciais e
    as relações de poder no território. Utilizou-se a cartografia e ferramentas de
    geoprocessamento
    ,
    vinculando aos dados de homicídios da SIAC, aos dados do IBGE e seus
    indicadores sociais. Os resultados apontaram que no bairro as territorialidades se
    manifestaram a partir das fissuras do poder institucional, dando espaço para o tráfico de
    drogas e as milícias. Suas ações resultam em diversas consequências dentre elas estão os
    conflitos, a defesa de seus recursos e interesses que podem resultar na prática da violência
    extrema. O bairro apresentou um elevado índice de homicídios superando as escalas nacionais
    e em alguns momentos se aproximando dos números Estaduais e Municipais, e por meio das
    pesquisas de campo e recortes de manchetes foi possível identificar as dinâmicas do território
    e relacionar com os registros da SIAC. A presente dissertação se divide em quatro capítulos, o
    primeiro traz uma abordagem metodológica, o segundo a discussão teórica, o terceiro as
    caracterizações e a periferização do bairro da Terra Firme e o último capítulo corresponde as
    análises dos homicídios e os agentes territoriais que se manifestam no bairro.


  • ALEXANDRE AUGUSTO CARDOSO LOBATO
  • DIAGNÓSTICO GEOECOLÓGICO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS SOB A INFLUÊNCIA DO COMPLEXO HIDRELÉTRICO DE BELO MONTE, ALTAMIRA-PA: PREMISSAS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

  • Data: 27/08/2021
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  • Apesar do Bioma Amazônico ter um valor incalculável para equilíbrio e manutenção da vida no planeta, nos últimos anos tem sofrido pela construção de controversas obras de infraestrutura, em especial a construção de usinas hidrelétricas, tal como acontece na bacia hidrográfica do Rio Xingu e que acarretou e ainda pode acarretar, diversas modificações em diversas escalas espaciais, principalmente a local e regional. Para tanto, é de suma importância entender o funcionamento dessas paisagens suas tendências de modificações oriundas das atividades humanas, dando assim, subsídios para se planejar usos ambientalmente sustentáveis. Adotando o conceito de bacias hidrográficas como unidade físico-territorial para mensuração de impactos socioambientais e a geoecologia das paisagens como metodologia de análise ambiental sistêmica, esta pesquisa objetiva-se a estudar o funcionamento e as modificações provocadas pela construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte nas sub-bacias hidrográficas dos Igarapés, Panelas, Altamira e Ambé que se localizam dentro da Área de Influência Direta (AID) da Complexo Hidrelétrico de Belo Monte e que drenam a área urbana da cidade de Altamira no Estado do Pará. Desta forma, apresenta-se este relatório de qualificação contendo problemática central, objetivos, hipótese, justificativa e os procedimentos metodológicos utilizados para desenvolvimento da pesquisa, bem como apresenta as atividades acadêmicas que foram realizadas no ano de 2019.

  • ELTON DE SOUZA QUEIROZ
  • USOS E CONFLITOS PELA ÁGUA NO MUNICÍPIO DE BARCARENA (PA): UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA (OLHAR) DA ECOLOGIA POLÍTICA E DA GEOGRAFIA AMBIENTAL.


  • Data: 26/08/2021
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  • O acelerado processo de mudanças climáticas, perda da biodiversidade da fauna e flora, desmatamento acentuado, entre outros problemas enfrentados, tem influenciado nos debates em nível mundial sobre os diversos temas relacionados ao clima, água, biodiversidade, destacando – se as Conferências Mundiais sobre Meio Ambiente e o Clima, organizadas pela Organização das Nações Unidas – ONU e os Fóruns Mundiais da Água, organizados pelo Conselho Mundial da Água, dentre outros eventos. Todos com o objetivo de debater a situação ambiental mundial e assim propor medidas e acordos que venham contribuir para atenuar os efeitos da intensificação das mudanças climáticas, proteção das florestas e o uso racional da água. O objetivo geral desta dissertação de mestrado em geografia está pautado em analisar na perspectiva geográfica ambiental e da ecologia política os usos múltiplos da água, considerando a conjuntura de conflitos ambientais por água no município de Barcarena – PA. Objetivos específicos estão relacionados em identificar os principais usos, usuários e as formas de acesso a água no município; identificar e analisar os problemas ambientais e conflitos relacionados aos recursos hídricos, causados por diferentes atores/sujeitos no município de Barcarena – PA; identificar o papel da gestão dos recursos hídricos para que sejam efetivadas e respeitadas os usos múltiplos e a garantia dos recursos a futuras gerações. Para sua realização foram seguidos os seguintes procedimentos metodológicos, diálogo entre conceitos sobre ecologia política; geografia ambiental; território, hidroterritorio e os fatos relacionados a tensões e conflitos em decorrência dos problemas ambientais em Barcarena. Para responder as questões sobre os usos das águas no município, utilizou-se dados de outorgas concedidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS. foram formulados gráficos e tabelas para visualizar melhor os resultados obtidos e assim dialogar de forma concreta para responder os questionamentos a respeitos de quem são os usuários, qual a finalidade e o ramo de atuação da atividade exercida. Para identificação dos conflitos analisou-se dados da Comissão Pastoral da Terra – CPT dos últimos anos. A qual os dados levantados representam os conflitos por água no Estado do Pará e destacando as análises sobre o município de estudo, através de tabelas e quadros. Além disso foi destacado algumas das principais reportagens presentes em veículos de imprensa, sobre protestos referentes a problemas ambientais e em relação as tensões e conflitos hídricos que ocorrem em Barcarena.



  • ANA CLAUDIA ALVES DE CARVALHO
  • O MEIO NATURAL NA AMAZÔNIA PARAENSE: O MEIO NATURAL NA AMAZÔNIA PARAENSE: PAISAGEM, CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E DINÂMICA SOCIAL



  • Data: 26/08/2021
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  • Esta pesquisa integra-se ao projeto construído pelo Grupo de pesquisa Dinâmicas Territoriais do Espaço Rural na Amazônia – GDEA, onde Nahum (2018) propõe a utilização de conceitos geográficos que possibilitem analisar geograficamente a Amazônia paraense e em especifico seu processo de formação. De acordo com Nahum (2019) a Amazônia passou por uma sucessão e coexistência de meios geográficos, o meio natural sendo caracterizado pelas relações camponesas ligadas ao extrativismo; seguido de um meio técnico marcado por um período agrário ligado a atividades agropecuárias; e um meio técnico-científico-informacional sendo este rural, com atividades agroindustriais, compondo o quadro atual. Defende-se a ideia de que o meio natural ao qual a Amazônia passou compreende o período de 1616 a 1960. O ano de 1616 marca a fundação da cidade de Belém, e assim o início da formação da futura Companhia Geral do Pará e do Maranhão, definido como ponto de partida, e 1966 data o princípio da “Operação Amazônia”, conjunto de investimentos voltados para o desenvolvimento da região, como ponto de chegada. Tendo isso em conta, sustentamos a tese da existência de um meio natural na Amazônia paraense, busca-se construir uma periodização da Amazônia paraense, a fim de mostrar o movimento espacial que estruturou sua formação. Para isso, será caracteriza a paisagem, configuração espacial e dinâmica social nestes três séculos e meio, e assim singularizar o meio natural na Amazônia paraense. Pensar tal concepção exige-nos compreender que a existência dos meios geográficos caracterizados por Santos e Silveira (2001) são leituras espaciais que tem como referência a técnica. Busca-se nesta pesquisa ir além das contribuições, históricas, economicistas e sociológicas, no sentido de evidenciar a partir de uma periodização como a paisagem, configuração espacial e a dinâmica social de cada período possibilitou a Amazônia alcançar seu estágio atual. Pensando a metodologia analítica da pesquisa compreende-se que o espaço é a categoria fundamental para se compreender a ideia de período, evento e periodização em Santos (2008). Enquanto metodologia operacional, realizou-se revisão bibliográfica acerca da Amazônia paraense no período de 1616 a 1966, para assim construirmos a base de dados necessária ao entendimento da paisagem, configuração espacial e dinâmica social, da área de estudo. Incorporar a geografia no processo metodológico torna-se um desafio que se busca alcançar, no entanto, tem-se aqui uma tentativa.

     

  • ADNA ALVES ABREU
  • A PRODUÇÃO DA CIDADE E OS SERVIÇOS URBANOS: UMA ANÁLISE DO SISTEMA DE SANEAMENTO EM ALTAMIRA-PA

  • Data: 25/08/2021
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  • O saneamento é um serviço básico que corresponde a um conjunto de infraestruturas e instalações operacionais que são de responsabilidade do poder públicos e implementados para garantir uma melhor qualidade de vida às populações citadinas. Infelizmente, apesar de toda importância do saneamento, poucas cidades no Brasil possuem este serviço, que inclui o abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos. Tendo em vista a importância das questões ambientais, a problemática da pesquisa tem como finalidade compreender de que maneira os processos que envolvem a produção do espaço em Altamira- PA redefinem o sistema de saneamento básico após a introdução de Belo Monte. Para responder tal questionamento, o objetivo principal busca analisar as redefinições do sistema de saneamento em Altamira-PA entre 2011 e 2018, considerando a articulação entre o grande capital e outros agentes público/privados. A metodologia utilizada consiste em pesquisa bibliográfica e de campo, no qual na pesquisa bibliográfica abordam-se a temática dos problemas ambientais urbanos, e os impactos ao meio ambiente. Na pesquisa de campo, coletamos dados através de entrevistas a órgãos municipais para obtenção de dados acerca dos serviços pesquisados. Os resultados identificados pela pesquisa apontam que apesar das melhorias providas pelas condicionantes de Belo Monte, pela instalação de equipamentos modernos na cidade, isso não significou que toda a população foi comtemplada pela cobertura do saneamento básico. Como forma de possibilitar essas melhorias, sugere-se a elaboração políticas públicas de maneira planejada junto a colaboração de gestores e Estado com a participação da população na efetivação de medidas que consigam sanar de forma visível os reais problemas da cidade.

  • ELISA MERGULHÃO ESTRONIOLI
  • UHE BELO MONTE E AS CONCEPÇÕES ESPACIAIS DO CONCEITO DE ATINGIDO POR BARRAGEM: Uma análise a partir da Lagoa do Independente I em Altamira-PA 

  • Data: 24/08/2021
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  • Este trabalho tem por objetivo identificar distintas concepções de espaço que embasam o
    conceito de atingido por barragem - sujeitos que emergem das contradições da expansão da
    indústria de energia no contexto do desenvolvimento do capitalismo dependente no Brasil. O
    estudo é feito a partir de um caso específico, dos moradores da ocupação da Lagoa do bairro
    Jardim Independente I, na cidade de Altamira (PA). Eles se organizaram junto ao Movimento
    dos Atingidos por Barragens (MAB) para serem reconhecidos como atingidos pela
    hidrelétrica de Belo Monte, em um caso que evidenciou os limites da concepção espacial
    utilizada no setor elétrico para definir os atingidos. O trabalho foi feito com base em dados
    secundários e entrevistas abertas e semiestruturadas com ex-moradores da área e outros atores
    desse processo. Os resultados indicam a existência de pelo menos duas perspectivas espaciais
    que conformam as disputas em torno do conceito de atingido: uma concepção espacial
    “areal”, que se relaciona à visão territorial-patrimonialista e hídrica de atingido, priorizando o
    aspecto físico do espaço e ocultando as relações sociais; e uma concepção espacial “humana”
    ou “relacional”, que considera os efeitos espaciais desses projetos de grande escala sob a
    lógica da totalidade, levando em conta as relações sociais na produção do espaço, incluindo as
    determinações de ordem política.


  • CLAUDIANE FARIAS DE ARAUJO
  • A CONDIÇÃO ESPACIAL DOS RIBEIRINHOS EXTRATIVISTA DO RIO IRIRI: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE MARIBEL.

  • Data: 24/08/2021
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  • O objeto de reflexão dessa dissertação é a análise da condição espacial do processo de Desintrusão da TI cachoeira Seca em relação a reprodução do modo de vida ribeirinho extrativista na Terra do Meio, no sudoeste do Pará. A prática desta pesquisa concebeu desafios que perpassam a compreensão da questão de uma nova cartografia social e decolonial, que possam dar luz às condições espaciais que surgem mediante a metamorfose do espaço e imprimem novas paisagens, dinâmicas sociais e configurações espaciais. No interior desta, há a busca em compreender a condição espacial de reprodução do modo de vida do camponês ribeirinho extrativista, que atualmente confronta-se com o seu território de uso extrativista, sobreposto à homologação da TI Cachoeira Seca do Povo Arara. A situação fundiária da TI Cachoeira Seca encontra-se declarada no ano de 2008, e em 2016, após a Licença de Operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHEBM), ocorre sua anuência. Portanto, o objetivo geral é analisar a reprodução do modo de vida ribeirinho extrativista do Iriri nas condições espaciais de Desintrusão da TI Cachoeira Seca. Para tal, apoia-se nos objetivos específicos de: descrever as atividades extrativistas vivenciadas pelos ribeirinhos no processo de metamorfose do espaço; narrar elementos da formação do modo de vida ribeirinho extrativista do Xingu e seus interflúvios; descrever o processo de Desintrusão da TI Cachoeira Seca; descrever o calendário de atividades extrativistas e descrever as localidades e as comunidades: Santo Estevão, Porto Seguro e Soledade (ribeirinhos da Maribel no rio Iriri). Esta pesquisa sustenta a ideia de que os ribeirinhos extrativistas do rio Iriri que habitam a T.I Cachoeira Seca têm um modo de vida que resiste às transformações ocorridas no espaço. As variáveis roça (terra) e pesca (água), elencadas nesta, são inspiradas nos dois padrões de ocupação da Amazônia: Estrada, Terra-Firme e Subsolo e Rio, Várzea e Floresta.

  • DAYSE LEITE PEREIRA
  • O ESPAÇO SOB UMA PERSPECTIVA INFANTIL: UM ESTUDO NO REASSENTAMENTO URBANO COLETIVO SÃO JOAQUIM EM ALTAMIRA-PARÁ

  • Data: 23/08/2021
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  • Esta pesquisa investigou o espaço geográfico sob uma ótica infantil, tendo como lócus o
    Reassentamento Urbano Coletivo São Joaquim em Altamira-Pará, analisando o processo de
    deslocamento compulsório vivido pelas crianças reassentadas face a instalação da Usina
    Hidrelétrica de Belo Monte. O referencial teórico fundamentou-se nos estudos da Geografia
    Urbana e da Geografia da Infância, a pesquisa teve como objetivo analisar as vivências das
    crianças residentes no Reassentamento Urbano Coletivo São Joaquim, considerando seu
    espaço de origem. O percurso metodológico utilizado foi a pesquisa etnográfica de cunho
    qualitativa, acrescida das técnicas de observação participante, entrevista semiestruturada e a
    produção de desenhos, cuja problemática foi como o deslocamento compulsório afetou a
    infância das crianças residentes do Reassentamento. As conclusões deste estudo evidenciaram
    dois cenários: uma ruptura de um espaço sociocultural infantil em decorrência do
    deslocamento compulsório, com implicações no cotidiano das famílias, em especial, das
    crianças sujeitos desta pesquisa, no que tange ao modo de brincar, da relação com o rio e, por
    outro lado, a constatação de que elas estão tentando reinventar novas formas de desenvolver
    a sua cultura de pares e construir suas geografias e espacialidades outras nesse novo espaço.

  • MARIA AUGUSTA MARTINS RODRIGUES TORRES
  • De seringueiro a ribeirinho: um estudo de caso sobre a reprodução do modo de vida beiradeiro na comunidade Bela Vista, Reserva Extrativista Rio Xingu

  • Data: 23/08/2021
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  • Esta dissertação é um estudo de caso sobre a reprodução do modo de vida beiradeiro na região do médio rio Xingu. O estudo de caso refere-se a um determinado espaço, em que foram analisados três aspectos do modo de vida, que produziu esse lugar, desde sua origem até os dias atuais. O antigo seringal Belo Horizonte, situado a mais de 300km do centro urbano do município de Altamira, no estado do Pará, foi habitado por migrantes não indígenas desde os últimos anos do século XIX. Hoje, nesse mesmo espaço, encontra-se famílias ribeirinhas vivendo na comunidade Bela Vista, que desde 2008 é parte da Reserva Extrativista Rio Xingu. Analisando comparativamente no tempo antigo e no tempo atual a dinâmica do uso do espaço, os trabalhos envolvidos no sustento das famílias e as relações sociais existentes no local, o estudo mostra como vem se reproduzindo o modo de vida beiradeiro neste lugar.

  • EDILANE BEZERRA AMORIM
  • DESTERRITORIALIZAÇÃO E RETERRITORIALIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS DA COMUNIDADE DEUS É AMOR COM A CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

  • Data: 20/08/2021
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  • Esta dissertação discorre a respeito das transformações ocorridas na comunidade Deus é Amor, município de Vitória do Xingu, com a construção da Usina hidrelétrico de Belo Monte, que ao chegar no território desestruturou a organização socioespacial das famílias, além de provocar a ruptura com o lugar e alterar os modos de vidas historicamente estabelecidos pelos sujeitos, contribuindo para o movimento geográfico Territorialização-DesterritorializaçãoReterritorialização (T-D-R) na Amazônia. A comunidade em estudo faz parte do que foi demarcado pelo empreendimento hidrelétrico através dos estudos do EIA- Rima (2009) como Área Diretamente Afetada rural, localizada no setor referente ao Reservatório dos Canais. Esta área, começou a ser ocupada por famílias no início da década de 1980, até 2011 contava com 59 famílias, e após a chegada da UHE Belo Monte restaram apenas 6 famílias remanescentes. O desenvolvimento da pesquisa possibilitou a análise de três pontos centrais sobre o objeto, o primeiro com o entendimento da ações que possibilitou a territorialidade dos sujeitos na Amazônia (1970-2012), o segundo com a saída dos sujeitos de seus lugares historicamente construído, a desterritorialização (2011-2016) e por fim o processo atual em que se encontram inseridos, com a experiencia da reterritorialização progressiva.

  • GENILSON SANTANA CORNELIO
  • A RELAÇÃO CIDADE E RIO NA AMAZÔNIA: Mudanças e permanências em Vitória do Xingu/PA face à construção da UHE Belo Monte

  • Data: 17/08/2021
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  • Esta pesquisa tem como tema central de análise as mudanças e permanências na relação cidaderio na Amazônia brasileira, apresentando como lócus de estudo a cidade de Vitória do Xingu, localizada à margem direita do rio Tucuruí, próximo de seu exutório com o rio Xingu, na Região Geográfica Intermediária de Altamira, no sudoeste paraense. Sua relevância está relacionada a análise do conjunto de transformações pelas quais a região tem passado nos últimos anos em função da instalação do megaprojeto de construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte no território municipal, expressando uma nova temporalidade na produção (social) do espaço. A principal questão que a pesquisa busca responder é: quais as mudanças e permanências que a cidade de Vitória do Xingu aponta na relação com o rio em decorrência da construção da UHE Belo Monte? O argumento sustentado como hipótese é de que coexistem dentro do espaço intraurbano de Vitória do Xingu mudanças e permanências na relação da cidade com o rio, seja através do uso e apropriação dos espaços, das práticas sócio-espaciais e cotidianas, das atividades econômicas ou do vínculo simbólico e material estabelecido pelos diferentes sujeitos. Através da realização da pesquisa (registros de campo nos espaços centrais da pesquisa, aplicação de formulários junto aos sujeitos locais, além de mapeamento cartográfico e representações espaciais da área de estudo), constatou-se que a cidade de Vitória do Xingu exibe uma dinâmica acentuada, condensada num espaço relativamente curto, passando por mudanças com uma intensidade em um tempo muito veloz. Ao mesmo tempo apresenta dinâmicas ligadas a uma temporalidade passada, evidenciando fortes permanências na relação cidade-rio, como a função portuária desempenhada pela cidade, além de ser um espaço de referência para as vivências e experiências dos sujeitos, que sinalizam práticas e simbolismos atreladas ao uso do rio.

  • MARCOS REINAN DA FONSÊCA COSTA
  • DINÂMICAS DA PAISAGEM E POLÍTICAS PÚBLICAS EM MARABÁ: UM OLHAR A PARTIR DA DÉCADA DE 1980.

  • Data: 16/08/2021
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  • A pesquisa que ora se apresenta, busca sustentar a ideia de que a paisagem deve ser pensada de forma conjunta à ação das políticas públicas, supondo que não se pode compreender integralmente as mudanças da paisagem sem considerar a participação das políticas de Estado. Esse estudo objetiva-se compreender o processo de produção do espaço do Município de Marabá entre os anos de 1980 e 2019 a partir das mudanças da paisagem, considerando a efetivação Programa Grande Carajás como um evento político integrante deste processo. A investigação científica deste trabalho seguiu os princípios da geoecologia da paisagem, tendo como campo de estudo o município de Marabá, no estado do Pará, no período entre os anos de 1980 a 2019. Os dados foram coletados mediante pesquisas bibliográficas, documental e cartográficas a partir de uma estrutura metodológica baseada na teoria sistêmica. Como resultado, tem-se que as unidades da paisagem analisadas no tempo inicial (T1), apresentaram mudanças a partir da inserção da política do PGC, mudanças que refletem na diminuição da cobertura vegetal do município, assim como na expansão de áreas consolidadas e não menos importante, afeta o modo de vida da população.   

     


  • VALDINEI MENDES MOURA
  • AMAZÔNIA: A DINÂMICA DO USO E COBERTURA DO SOLO DO MUNICÍPIO DE SENADOR JOSÉ PORFÍRIO-PA

  • Data: 13/08/2021
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  • Na região de Integração do Xingu a dinâmica do uso e cobertura da terra transcorre por transformações aceleradas, consolidadas principalmente por redes de transportes rodoviários, sobretudo, a partir da década de 1970 com a abertura da rodovia Transamazônica (BR-230). Dessa forma, o trabalho priorizou analisar a dinâmica de uso e cobertura da terra no município de Senador José Porfírio, inserido em uma área de intensa mudança socioeconômica e ambiental, principalmente depois da instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Nesse sentido, os procedimentos metodológicos centraram-se no levantamento de informações e dados em bases digitais, e na subsequente análise e interpretação do material obtido e pesquisa bibliográfica sobre a dinâmica dos usos da terra na região amazônica e sobre a utilização das geotecnologias como ferramentas para monitorar a dinâmica territorial desses usos. Dessa maneira, na primeira etapa do trabalho, foi realizada pesquisa bibliográfica em bases digitais, buscando estudos sobre a dinâmica dos usos da terra na região amazônica e sobre a utilização das geotecnologias como ferramentas para monitorar a dinâmica territorial desses usos, particularmente em relação ao processo de desmatamento, um dos temas mais sensíveis na questão ambiental atualmente. Na segunda etapa do trabalho, buscaramse no site do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso da terra do Brasil - Mapbiomas, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE) e Instituto Socioambiental (ISA), os dados de uso do solo e ocupação do município de Senador José Porfírio relativos ao período de 2010 a 2018. O mesmo sendo feito no PRODES 2019 (Coordenação-Geral de Observação da Terra-OBT/INPE). O objetivo da pesquisa foi analisar a dinâmica de uso da terra no município de Senador José Porfírio, no período de 2010 a 2020, considerando os aspectos históricos e econômicos, assim como, suas expressões socioambientais, paisagísticas e territoriais. Nos resultados constatou-se que, para esse período de pesquisa a agricultura sofreu variações em sua cultura perene em relação principalmente de restrições governamentais, mas, houve destaque para produção de cacau. Analisou-se que a extração ilegal de madeira, o desmatamento, além da grilagem de terras para produção agropecuária vem avançando principalmente sobre as áreas de assentamentos e terras indígenas, o que intensificou problemas políticos, socioambientais, econômicos, fundiários e paisagísticos principalmente com o setor da agropecuária, mineração, povos tradicionais e agroextrativistas. Nesse contexto, há um processo acelerado de apropriação antagônica do espaço pelos seus diversos agentes sociais para eventuais produções de territórios e territorialidades. Sob esse aspecto, ainda se desconsideram neste século XXI, com entrada do capital internacional no município de Senador José Porfírio-PA, populações locais e seus modos de vida.

  • GUSTAVO GAZOLA PINHEIRO
  • DINÂMICAS SOCIOTERRITORIAIS DA ATIVIDADE MINERADORA NA COMUNIDADE DA RESSACA NO MUNICÍPIO DE SENADOR JOSÉ PORFÍRIO NO ESTADO DO PARÁ (2016 A 2019)

  • Data: 30/07/2021
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  • A mineração e suas dinâmicas territoriais na Amazônia, historicamente, são objetos de análise da geografia, bem como suas transformações espaciais. A expansão do capital global sobre os recursos minerários vem transformando as relações sociais e ambientais das comunidades, subordinadas em comodities, apropriando-se da natureza para a ampliação da logica capitalista, a natureza sendo considerada uma mercadoria, acarretando em diferentes problemas sociais, econômicos e ambientais. Nesse contexto, esta pesquisa destina-se a analisar como ocorre a apropriação do território através das grandes mineradoras na Comunidade da Ressaca no município de Senador José Porfírio no estado do Pará, com a implantação do Projeto Volta Grande, pela empresa canadense Belo Sun Mining Corporation. Afim de alcançar o objetivo da dissertação, como metodologia foram realizados: pesquisa bibliográfica; trabalhos de campo; entrevistas e a tabulação dos dados, com elaboração de mapas e quadros sínteses. A referida comunidade foi escolhida pelas mudanças socioterritoriais significativas que aconteceram com a construção de Usina Hidrelétrica de Belo Monte e atualmente com a possível implantação do Projeto Volta Grande nesta área, justificando a necessidade de pesquisas, justamente em uma área já impactada por um grande projeto. Em contra partida, ao modelo de desenvolvimento, a comunidade da Ressaca reivindica, ser ouvida e reparada, quanto aos danos que vem sofrendo, como no território e no modo de vida. .

  • DANIEL ARAUJO SOMBRA SOARES
  • PRODUÇÃO DO ESPAÇO, DINÂMICAS TERRITORIAIS E VETORES TÉCNICOS NA ZONA COSTEIRA DO ESTADO DO PARÁ: UMA GEOGRAFIA DA SUBSUNÇÃO E DAS EXTERIORIDADES: UMA GEOGRAFIA DAS ÁGUAS

  • Data: 01/07/2021
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  • Esta Tese de Doutorado em Geografia versa sobre a Zona Costeira Paraense como um recorte espacial que sintetiza as particularidades amazônicas, e simultaneamente, ilustra com clareza os elementos constitutivos e estruturantes da formação espacial brasileira. A investigação objetiva compreender a importância da propriedade da terra (em sentido amplo, envolvendo os recursos hídricos, em suas múltiplas dimensões, sendo assim, propriedade das terras e das águas), para a reprodução das elites locais enquanto agentes hegemônicos, no controle da produção do espaço, do ordenamento territorial e na regulação das formas e do valor do trabalho. Enxerga-se nas “atividades compensatórias” um fundamento da reprodução da subsunção formal que caracterizou o pacto horizontal interoligárguico fundante da formação espacial brasileira, que estrutura o Estado nacional brasileiro, após a superação das formações espaciais particulares herdadas da colonização. Defende a análise das estruturas espaciais, das dinâmicas territoriais e, particularmente, da mudança dos vetores de desenvolvimento da Zona Costeira Paraense como ferramentas para compreender a passagem histórica da subsunção formal para a subsunção real na formação espacial brasileira (a qual, no caso amazônico, se deu na forma truculenta da imposição dos “Grandes Projetos”), com a produção de contraespaços que materializam e espacializam as exterioridades do capital.

  • TAYNA CRISTINY NUNES FLEXA RODRIGUES
  • INSEGURANÇA HÍDRICA: MEDIDAS ADAPTATIVAS AUTÔNOMAS USADAS PELA POPULAÇÃO NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

  • Data: 29/06/2021
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  • A região amazônica, onde está localizada a capital paraense Belém, apresenta uma grande disponibilidade de recursos hídricos e constantes chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Todavia, há ocorrências frequentes de interrupção no abastecimento de água. Parte de sua população não tem acesso à água em suas residências ou o fornecimento é irregular, apesar de Belém não apresentar secas meteorológicas ou hidrológicas. Com as interrupções no fornecimento de água a população necessita buscar medidas adaptativas autônomas, sem auxílio do governo ou instituições privadas, para adquiri-la, pois o elemento supracitado é essencial no cotidiano. A pesquisa tem o objetivo de identificar as medidas adaptativas autônomas adotadas pela população de Belém para diminuir os transtornos vinculados a falta de água, denominada insegurança hídrica. Analisou-se, portanto, em jornais online e televisivos - no período de 2014 a 2020 - a frequência em que os bairros eram notificados, as causas da interrupção, as consequências, bem como as decisões tomadas pelos moradores para obtenção de água. O resultado obtido corresponde tanto a produção do mapa dos bairros com índice de insegurança hídrica quanto informações sobre o tempo sem abastecimento de água e as medidas adaptativas autônomas utilizadas pela população, tais como: a compra de água mineral, a captação da água da chuva e o uso da água de poço, consideradas geralmente como medidas reativas, visto que ocorrem ou no momento ou posterior a falta de água.

  • GESSICA DOS SANTOS RODRIGUES
  • O FINANCIAMENTO CLIMÁTICO PARA CIDADES AMAZÔNICAS: ANÁLISE DA PRONTIDÃO E VULNERABILIDADE FRENTE A EVENTOS EXTREMOS DE INUNDAÇÃO   
     

     

  • Data: 07/06/2021
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  • As mudanças do clima causam preocupações devido aos impactos materiais e imateriais que atingem a sociedade. As cidades estão mais expostas a estes impactos, pois concentram pessoas e serviços essenciais, como hospitais, bancos, escolas, entre outros. A adaptação e mitigação das mudanças do clima nas cidades são um meio de enfrentamento dos impactos, contudo requer investimentos financeiros que podem ser oriundos de órgãos públicos, privados ou fundos climáticos. O financiamento climático é um tema importante no debate sobre mudanças do clima, pois visa a concentração de investimentos financeiros que sejam direcionados a países ou cidades para auxiliar na elaboração e implementação de medidas adaptativas ou mitigatórias frente às mudanças do clima. Contudo, o acesso ao financiamento climático ainda é restrito devido a fatores como, capacidade técnica ou organizacional, e, cenários de vulnerabilidade social e estrutural das partes interessadas. Outro fator restritivo de acesso é que as fontes de financiamento possuem recursos financeiros limitados. Mediante a isto, as fontes financiadoras necessitam de critérios para selecionar os receptores de financiamento, um destes envolve o cenário de prontidão e vulnerabilidade dos requerentes. A modificação do clima e a acentuação de eventos extremos também têm impactos na Amazônia, sendo assim ações visando sua preservação e conservação sempre foram interesse global público e privado. As cidades amazônicas também sofrem com os impactos das mudanças do clima, portanto a inserção destas nos debates envolvendo as mudanças do clima e o financiamento climático é de suma importância para promover o seu desenvolvimento aliado ao enfrentamento dos danos adversos das mudanças do clima. Diante disto, a pesquisa objetiva elucidar o cenário de financiamento climático para as cidades amazônicas e os níveis de adaptação destas considerando a vulnerabilidade e a prontidão. Sendo assim, a metodologia para o cenário de financiamento climático das cidades amazônicas utiliza etapas de busca, tratamento e análise de dados de projetos financiados por instituições e fundos climáticos. Para os níveis de adaptação utiliza-se como base metodológica as proposições utilizadas por Notre Dame Environmental Change Initiative no projeto Notre Dame Global Adaptation Initiative (NDGAIN) conhecidas como Country Index e Urban Adaptation Assessment visando à formulação do Índice do Nível de Adaptação das Cidades Amazônicas diante de eventos extremos de inundação.

  • MAGALY CALDAS BARROS
  • PROJETO CIRCULAR CAMPINA-CIDADE VELHA: UMA ANÁLISE DAS FORMAS DE USO E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PATRIMONIALIZADO NO CENTRO HISTÓRICO DE BELÉM

  • Data: 30/04/2021
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  • O Projeto Circular Campina-Cidade Velha iniciou em dezembro de 2013, idealizado pela artista plástica Mkiko Akaó, objetivando criar atividades culturais que visavam ampliar a utiliza-
    ção das estruturas urbanas e patrimoniais do Centro Histórico de Belém (CHB), sobretudo
    aos finais de semana, e com isso estimular a criação de empreendimentos culturais e associações que buscassem desenvolver uma economia criativa e o potencial turístico do espaço.
    O CHB vem ganhando outras dinâmicas por ação do Projeto Circular, configurando novas
    relações entre os sujeitos promotores do evento e os moradores dos bairros onde ele acontece, e estende-se à cidade de modo geral. Isto é, se no CHB relações referentes ao uso e
    apropriação do espaço e do patrimônio são formadas sem que haja programas governamentais estruturados, pode-se imaginar que políticas e iniciativas concisas nesse sentido potencializam os diversos usos que este espaço abriga. Assim, as práticas desenvolvidas pelo
    Projeto Circular foram analisadas sob a ótica da produção do espaço, levando em considera-
    ção sujeitos sociais, construções simbólicas e o patrimônio de cidade. A pesquisa direcionase às dinâmicas de produção do espaço do CHB a partir da efetivação do Projeto Circular
    Campina-Cidade Velha, tendo em vista a práxis política das relações de re-produção de espaço e a carga simbólica impressa no patrimônio por meio da construção discursiva do Projeto Circular. Desse modo, nosso objetivo principal analisa as formas de uso e apropriação
    do espaço patrimonializado a partir da efetivação do Projeto Circular Campina-Cidade Velha
    no CHB. Como objetivos específicos, temos: a) analisar como se dá a dinâmica sócio-espacial
    do Projeto Circular na produção do espaço do CHB e da cidade Belém; b) Identificar quais
    relações de poder envolvem o Projeto Circular e como isso produz a cidade; e c) analisar de
    que maneira o discurso de educação patrimonial do projeto substancia os usos do espaço
    patrimonializado do CHB. Considerando a leitura efetuada, a prática discursiva do Projeto
    Circular é construída de maneira formal e criativa, o que contribui para a reprodução das
    identidades sociais, das relações, das formas de saber, da crença. Mostramos que as rela-
    ções travadas durante as atividades do Projeto Circular, que estão sob o contexto da apropriação e do uso patrimonial, dependem da coerência de ideias e constância dos padrões
    discursivos (palavras e imagens) dentro e fora do CHB. Portanto, entendemos que o Projeto
    Circular concebe o espaço a partir das estruturas públicas e privadas pré-existentes, percebe
    nestas estruturas novas formas de atuação, por meio da prática discursiva, e vivencia o espaço através das atividades elaboradas pelos parceiros.


  • ANNE KAROLINNE MENEZES MARTINS
  • TERRITORIALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA: UMA ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS DE HOMICÍDIOS NO NÚCLEO NOVA MARABÁ, MARABÁ-PA, NOS ANOS DE 2014 A 2019.

  • Data: 18/03/2021
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  • Essa dissertação se propõe a analisar os homicídios em um dos núcleos de Marabá (PA), a
    Nova Marabá. A violência e a criminalidade estão em evidência no âmbito das discussões
    acadêmicas, portanto, faz-se cada vez mais importante compreender tais dinâmicas, pois são
    fenômenos que estão impactando todas as esferas sociais, desmistificando assim, a noção do
    senso comum de que ocorrem apenas nas áreas marginalizadas das cidades brasileiras. Podese identificar que a formação de territórios no espaço urbano serve como palco de
    materialização da violência através de diversos agentes residem e produzem o espaço
    conforme os seus interesses. A cidade de Marabá é um exemplo, o seu processo de formação
    histórico-geográfico carrega a materialização da violência em suas diversas faces.
    Considerando esta característica, a pesquisa em questão tem como objetivo compreender
    como a entrada de novos agentes territoriais decorrentes do processo de expansão urbana
    implicou na territorialização da violência homicida no núcleo Nova Marabá, da cidade de
    Marabá (PA), entre os anos de 2014 a 2019. Para melhor compreensão da problemática, nos
    atemos a uma reflexão teórica acerca da temática da violência urbana, resgatando na formação
    territorial da cidade de Marabá seus primeiros indícios de violência, que perpassam desde os
    ciclos econômicos, conflitos fundiários, especulação através grandes projetos até a expansão
    urbana ainda em ocorrência, em que a violência se faz presente em diferentes intensidades.
    Entretanto, através dos dados fornecidos pelo Comando de Policiamento Regional (CPR II)
    foi possível identificar o crescimento demasiado dos índices de homicídios no núcleo Nova
    Marabá, levando em consideração que a cidade de Marabá é polinucleada (Marabá Pioneira,
    Cidade Nova, Nova Marabá, São Félix e Morada Nova), o recorte temporal escolhido está
    relacionado à disponibilidade de dados oficiais que subsidiaram a análise. O trabalho está
    estruturado em três capítulos: o primeiro se refere a uma discussão teórica de território e
    violência, o segundo é sobre a formação socioterritorial de Marabá e o terceiro acompanha a
    formação do seu núcleo, a Nova Marabá, bem como a sua territorialização da violência
    acontece.


  • BRUNO DANIEL DAS NEVES BENITEZ
  • Moderno e tradicional: Territorialidade e expressões do Carimbó em Belém-PA

  • Data: 01/03/2021
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  • Este trabalho busca compreender a territorialidade das diferentes vertentes do Carimbó na cidade de Belém-PA, analisando as suas origens e conexões. Ainda que originário do interior do estado do Pará, o Carimbó manteve uma forte presença em Belém desde o século XIX, estando presente em documentos oficiais e relatos relacionados a festividades populares, principalmente nos bairros periféricos onde viviam as comunidades negras e caboclas. A partir de 1920, uma elite intelectual paraense "redescobre" o Carimbó em sua busca de identificar elementos para compor uma identidade cultural nortista ou amazônica, encontrando na figura do caboclo e nas suas manifestações culturais o suporte que buscavam para fortalecer esta identidade. A referência maior buscada por estes intelectuais foi o Carimbó do interior do estado, considerado mais primitivo e livre de influências, criando-se então uma ideia do que seria o Carimbó tradicional. Em paralelo, o Carimbó da periferia urbana, que circulava pelo Circuito Cultural Periférico, entra em contato com as influências musicais recebidas naquele momento pela periferia, principalmente de países vizinhos e do Caribe, através de rotas de contrabando e rádios de ondas curtas. Deste processo surge que viria a se chamar de Carimbó "Moderno". O sucesso fonográfico do ritmo colocaria em evidência as diferenças estéticas e sonoras entre as duas vertentes, gerando polêmicas e rupturas. Este trabalho busca olhar para a atual teritorialidade do Carimbó em Belém, levando em conta os processos anteriores que influenciaram na atual configuração do ritmo e surgimento de suas vertentes.

  • LETÍCIA SOARES DA COSTA
  • INDICADORES DE PRESSÃO, ESTADO, IMPACTO E RESPOSTA (PEIR) PARA AVALIAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DAS ÁREAS DE MANGUEZAIS DO MUNICIPIO DE SÃO CAETANO DE ODIVELAS - PA

  • Data: 25/02/2021
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  • São Caetano de Odivelas é um município da zona costeira amazônica, localizado na Microrregião do Salgado, no Nordeste Paraense, com a linha de costa recortada por amplas reentrâncias ou litoral de “rias”, compõe um ambiente dinâmico, sob a qual se desenvolve um vasto bosque de manguezal. Recentemente, foi criada no município a Reserva Extrativista de Mocapajuba, no ano de 2014. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar as áreas de manguezal a partir dos indicadores de Pressão, Estado, Impacto e Resposta (PEIR), para dar subsídios à gestão da Unidade de Conservação. O método escolhido foi o uso de indicadores socioambientais, aliado a metodologia PEIR criada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, e atualizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Foi necessário realizar uma revisão sistemática de literatura e realização de visitas in loco, afim de auxiliar no monitoramento do estado e na análise das pressões que se encontra a área de estudo, paralelo a isso, foi feito uma classificação dos diferentes tipos de uso da terra afim de identificar as atividades antrópicas causais ou fontes das pressões e dos impactos. E as respostas obtidas através da pesquisa de programas e projetos na esfera federal e municipal que possam solucionar ou amenizar ações impactantes. A metodologia mostrou-se satisfatória, porquanto, permitiu inferir sobre os seguintes indicadores: Pressão (P) expansão urbana, expansão imobiliária em direção às áreas de mangue, intensidade turística e a ausência de tratamento de esgoto; Estado (E) área legalmente protegida/reserva marinha, vegetação predominante de mangue, principais funções ecológicas dos manguezais, disponibilidade hídrica, uso da terra – pesca artesanal, pesca esportiva, pesca de camarão, retirada de caranguejo, aquicultura, agricultura, apicultura, comércio, entre outros e a disposição inadequada de resíduos; Impacto (I), foram aplicados no modelo os mais significativos de acordo com a ponderação realizada. sendo estes: desmatamento do manguezal, redução do estoque pesqueiro devido o turismo desordenado, captura pesqueira predatória em virtude da pesca “esportiva”, despejo de esgoto “in natura” no rio Mojuim, e os efeitos da disposição de lixo em áreas improprias, sobre a qualidade de vida da população e do meio natural. A análise das respostas (R) revelou a Reserva Extrativista Marinha de Mocapajuba (RESEX), pois a partir dela é possível obter o controle sobre o uso da terra, sob domínio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) (esfera federal); as diretrizes do Código Florestal brasileiro em Áreas de Preservação Permanente – APP (MMA), em contrapartida, a prefeitura municipal por meio de investimentos e despesas públicas com a finalidade de promover a proteção e gestão dos recursos naturais, como a promoção da educação ambiental. Faz-se necessário, assim, a aplicação de uma fiscalização eficaz e projetos duradouros para a gestão ambiental, que concilie o uso com a proteção ambiental. Dessa forma, este trabalho se configura como uma importante ferramenta, afim de dar subsídios a criação de projetos de planejamento ambiental e políticas de gestão, e ações pautadas na proteção do(s) ecossistema(s) de manguezal.

  • JANE CARLA DOS SANTOS SARMENTO
  • UNIDADES GEOAMBIENTAIS DA ILHA DO ATALAIA: uma contribuição para o planejamento ambiental do município de Salinópolis-PA


  • Data: 23/02/2021
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  • A delimitação de unidades geoambientais possibilita o conhecimento das potencialidades e limitações do meio físico estudado, através da integração dos componentes constituintes da paisagem, apontam diretrizes que minimizam e/ou evitam os impactos ambientais negativos, subsidiando o planejamento ambiental. O objetivo dessa pesquisa consiste em realizar o mapeamento das Unidades Geoambientais da Ilha do Atalaia localizada no município de Salinópolis-PA. A referida ilha foi escolhida pelas mudanças socioambientais significativas que acontecem atualmente nesta área, o que possibilita a percepção dos impactos negativos principalmente em ambientes vulneráveis, onde se apresentam contrastes no modo de usos e ocupação da terra, na expansão urbana, nas atividades agrícolas e na intensificação turística. Para se chegar ao resultado da pesquisa, realizou-se a utilização de levantamentos bibliográficos, técnicas de Geoprocessamento e sensoriamento remoto, analise de imagens de satélite, trabalho de campo, necessário para as observações in locus e o cruzamento das informações obtidas, que resultaram no mapa das Unidades Geoambientais. Desta forma, obteve-se a definição de quatro unidades homogêneas conforme as potencialidades e limitações aos processos do meio físico e ao uso indiscriminado desses ambientes. Essas unidades foram encontras a partir de informações de materiais secundários, essenciais para a elaboração da proposta de zoneamento Geoambiental da área de estudo, que serve como contribuição na elaboração de futuros planejamentos, bem como para fins de exploração racional dos recursos naturais e uso sustentável na ilha do Atalaia.

  • RONIS CLEY FONTES DA SILVA
  • ANÁLISE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITACAIUNAS (BHRI): Subsídio ao Planejamento Ambiental

  • Data: 22/02/2021
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  • A Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiunas (BHRI) tem sua nascente do canal principal localizada na serra da Seringa, no município de Água Azul do Norte, estado do Pará. Grande parte dos recursos econômicos advém da exploração mineral e agropecuária; consequentemente, a bacia enfrenta também fortes impactos ambientais oriundos desta e de outras atividades ligadas ao aproveitamento econômico de seus recursos naturais. De posse de tais informações e de outras, esta dissertação tem como objetivo analisar a dinâmica da paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiunas, por meio de aplicação de metodologia de revisão bibliográfica, elaboração cartográfica, caracterização morfométrica, uso e ocupação da terra e diagnóstico, visando a subsidiar o planejamento ambiental. O embasamento teórico realizou-se a partir da discussão acerca da geoecologia da paisagem, destacando a paisagem como categoria de investigação geográfica, além da discussão sobre bacias hidrográficas na gestão ambiental. A pesquisa abrange três níveis de análise: caracterização dos aspectos socioambientais da BHRI; apuração de informações extraídas de dados vetoriais e matriciais para caracterização fisiográfica e fluviomorfológica da bacia, etapa em que se pretende aplicar os índices morfológicos e vegetativos; e a elaboração do diagnóstico e prognóstico para a BHRI. Os resultados da pesquisa apresentam dados importantes sobre esse recorte espacial, primeiramente sobre os elementos ambientais, além dos dados socioeconômicos. Posteriormente foram analisados os dados morfométricos de hipsometria, declividade, compartimentação em alto, médio e baixo curso, somando-se também os dados de hierarquia dos canais, constatando uma drenagem de quinta ordem, além dos dados morfométricos, que apresentam as condições de suscetibilidade a inundações. Sobre as classes de uso e ocupação da terra, por meio da análise das imagens Landsat 8 sensor Oli, adquiridas no dia 28/06/2020, nas órbitas 223, 224, 225, e os pontos 65, 64, foram identificadas 4 classes: água (0,228%), floresta ombrófila densa (41,934%), agropecuária (56,625%) e áreas antrópicas não agrícolas (1,147%), sendo possível a correlação desses dados com os índices vegetativos, apresentando os limiares espectrais para vegetação densa, pouca vegetação e sem vegetação os valores de NDVI, SAVI e IAF, respectivamente (0.6729715 / 1.009 / 1.609), (0.0189145 / 0.028 / -1.122), (-0.308115 / -1.492 / -2.949). Por fim, sobre o diagnóstico de identificação dos problemas ambientais na bacia, confirma-se um elevado grau de intervenção antrópica, devido ao caráter intensivo dos usos e ocupação da terra, agravados principalmente nas áreas de agropecuária, modificando a paisagem pela retirada da cobertura vegetal, além de provocar mudanças nos padrões hidrológicos da bacia. Por sua vez, as transformações da paisagem são resultado da interação do homem com a natureza, o que mostra a necessidade de executar um planejamento integrado, participativo, conforme o cenário atual na referida bacia, levantado por meio de dados consistentes e suficientes para propor soluções legais, por meio dos tipos de uso da terra, almejando um cenário ideal, com intuito de reverter o quadro atual da referida bacia.

  • ELIAS KLELINGTON LEOCADIO RODRIGUES DA SILVA
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    ANÁLISE DA PAISAGEM: MAPEAMENTO DAS UNIDADES GEOAMBIENTAIS DA ILHA DE COTIJUBA, BELÉM/PA.

  • Data: 22/02/2021
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  • A presente pesquisa debruça-se sobre a Ilha de Cotijuba, Belém/PA, localizada na região insular do município de Belém. O estudo volta-se à temática geoambiental a partir da análise integrada da paisagem. Justifica-se a escolha desta área de estudo, pois nas últimas décadas Cotijuba sofreu um processo de urbanização desenfreado, com uso irracional de seus recursos, gerando desmatamento para extração de madeira e retirada de areia para construção civil. Nesse sentido, procurou-se mapear as unidades geoambientais da Ilha de Cotijuba, a partir do levantamento dos elementos que compõe a paisagem. A metodologia adotou as seguintes etapas: Levantamento bibliográfico que possibilitou o estudo de conceitos que foram balizadores para desenvolvimento da pesquisa, levantamento de campo que permitiu a validação dos dados e análises que só são possíveis com a aferição in loco, e processamento digital que foi imprescindível para o desenvolvimento da pesquisa, utilizando-se técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que atrelados ao SIGs permitiram a confecção de todos os produtos cartográficos apresentados. Para o mapeamento de uso e cobertura da terra utilizou-se o software Envi 5.1 e obteve-se na classificação supervisionada o indicie Kappa de 0,96, indicando um excelente resultado da acurácia do mapeamento. Para o estudo das métricas de paisagem referente aos fragmentos florestais utilizou-se o software arcgis 10.1 a partir da extensão Partch Analys. Em ambos os procedimentos utilizou-se a imagem de satélite Sentinel-2 do ano de 2018. Por outro lado, para a produção dos MDEs, utilizou-se a imagem de radar Alos Palsar que permitiu fazer a análise da altimetria e declividade da Ilha. Já os mapeamentos das variáveis: geologia, geomorfologia e pedologia, foram realizados mediante as informações coletadas em campo e análise dos resultados obtidos dos produtos realizados da imagem Sentinel-2 e Alos Palsar, baseando-se na metodologia de técnicas de sensoriamento remoto de Florenzano (2008). Por fim obteve-se o mapeamento das Cinco Unidades Geoambientais da Ilha de Cotijuba, destacando suas características gerais. Dessa forma, os resultados apontaram que Cotijuba necessita de um plano de Manejo e Gestão na escala municipal que vise a conservação dos recursos naturais e promova geração de emprego e renda a comunidade local. Assim, sugere-se o ecoturismo e a implantação de corredores ecológicos como medidas para mitigar os problemas aqui apresentados, e espera-se que os produtos levantados sirvam como subsídios para implementação dos mesmos.

  • LUCIMAR COSTA PEREIRA
  • ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL A PARTIR DE INDICADORES
    AMBIENTAIS NA ÁREA URBANA DE PARAGOMINAS-PA

  • Data: 22/02/2021
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  • O rápido crescimento e a falta de políticas para o ordenamento das cidades provocam
    modificações que afetam a qualidade de vida da população. Nessa perspectiva, a análise
    da qualidade ambiental surge da necessidade de melhoramento das condições ambientais
    urbanas. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo geral, avaliar a qualidade
    ambiental urbana na cidade de Paragominas-PA, na mesorregião do sudeste paraense.
    Para isso, adaptou-se a metodologia desenvolvida por Vasques (2017), a partir de análise
    objetiva, com emprego de um sistema de indicadores ambientais urbanos, sendo os
    mesmos, Abastecimento de água; Coleta e tratamento de esgoto; Coleta domiciliar de
    resíduos sólidos urbanos; Coleta seletiva de resíduos sólidos; Áreas inundadas; Cobertura vegetal e Espaços livres. Os procedimentos seguiram: definição de indicadores e levantamento de dados; aplicação de índices quantitativos e representação espacial de cada indicador e posterior avaliação e diagnóstico da qualidade ambiental. Utilizou-se como unidade espacial de análise as quadras habitadas da área urbana. A análise dos dados indicou que toda a área de estudo conta com abastecimento de água, fornecido pela Agência de Saneamento de Paragominas. Somente 0,37 km² (3,04%) da cidade são atendidos por serviço de coleta e tratamento de esgoto, restringidos a condomínios e residenciais. A coleta domiciliar de resíduos é realizada em toda área urbana, enquanto a coleta seletiva abrange principalmente a área central e os loteamentos próximos, totalizando 6,30 km² (51,90%) dos espaços habitados. 1,85 km² (15,24%) dos espaços habitados já foram atingidos por inundação em Paragominas. Os dados para cobertura vegetal demonstraram um percentual de 15,43%. A análise dos dados indicou que 4,35 km² (35,83%) dos locais habitados possuem espaços livres públicos até 300 m. O diagnóstico da qualidade ambiental demonstrou que, 77,31% (9,38 km²) da área urbana de Paragominas foi classificada como “qualidade ambiental intermediária”, 19,20% (2,33 km²) como “melhor qualidade ambiental” e 3,49% (0,42 km²) como “pior qualidade ambiental”. O resultado teve interferência direta do indicador coleta e tratamento de esgoto e da distribuição espacial dos espaços livres, com influência também da cobertura vegetal. Considerando as abordagens efetuadas nesta pesquisa, é preciso enfatizar a necessidade do planejamento urbano integrando elementos de cunho social e ambiental, para que os problemas que afetam a qualidade de vida urbana sejam sanados ou minimizados.
     

  • GLÁUCIA RODRIGUES NASCIMENTO MEDEIROS
  • MULTITERRITORIALIDADE E SUSTENTABILIDADE: a influência das partes interessadas da mineração em Mariana (MG) e Canaã dos Carajás (PA) de 2004 a 2019

  • Data: 19/02/2021
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  • A presente Tese de Doutorado teve por objetivo apresentar a multiterritorialidade existente nos
    municípios de Mariana no estado de Minas Gerais (MG) e em Canaã dos Carajás (PA) no estado
    do Pará, desencadeada por tomadas de decisão realizadas por partes interessadas tidas na pesquisa como dominantes nos municípios pesquisados. Embora as questões históricas e geográficas alterem o início da vida produtiva nos municípios, as ações diretas realizadas pelas relações de poder ao longo dos anos apresentam influência nos processos de territorialidade,
    desterritorialidade e reterritorialidade, sendo utilizadas ferramentas potentes para flexibilizar
    regras, leis e ações, que embora sejam tidas como sustentáveis, na prática não estão agregando
    valor no desenvolvimento socioeconômico local, em especial na Dimensão Social das sociedades
    locais, que são em grande maioria, as partes interessadas mais impactadas negativamente e
    excluídas nas tomadas de decisão. Afirma-se que tais ações e relações tem isolado e marginalizado cada vez mais tais sociedades, piorando ainda mais as relações nos últimos anos, em decorrência da ampliação e criação de novas plantas de produção mineral, que tem conseguido através das partes interessadas que possuem maior poder decisório, adiarem e flexibilizarem os processos reparatórios, indenizatórios e compensatórios obrigatórios a partir de condicionantes ou termos de ajustamento de conduta, que serão analisadas na presente pesquisa necessitando de maior atenção e ação, pois os recursos minerais são finitos, e as necessidades da sociedade precisam ser atendidas, pois são frutos de acordos pré-assumidos, que não estão sendo respeitados além de prejudicarem irreversivelmente a Economia, o Meio Ambiente, a Sociedade e os Territórios. Ambos os territórios, possuem como carro chefe a exploração dos recursos minerais, tendo Mariana como um dos primeiros municípios do Brasil na exploração de minérios, começando a sua trajetória há mais de 300 anos, com a comercialização de ouro no período Colonial, sendo um    dos principais responsáveis pela reconstrução das Igrejas Católicas da cidade de Lisboa destruídas após um grande terremoto ocorrido em 1755 e em 2015 a sociedade diretamente impactada negativamente em Mariana sofre em decorrência de uma das maiores catástrofes socioambientais de grande extensão da história da mineração brasileira, decorrente do rompimento da barragem da Samarco, Joint Venture das empresas Vale e BHP Billiton, porém o desastre não foi capaz de limitar o crescimento da empresa mineradora, uma das responsáveis pelo rompimento da barragem, que praticamente um ano depois, ocorreu a startup da maior planta de exploração de minério de ferro do mundo denominado Projeto Ferro Carajás S11D – Eliezer Batista, ocorrido em dezembro de 2016 no município de Canaã dos Carajás. O segundo município, embora seja relativamente novo, apresenta constantes conflitos, decorrentes de disputas de poder, pelo uso e posse da terra, envolvendo desconformidades e responsabilidades praticadas pelas partes interessadas, que nos últimos anos, apresentaram novos cenários, desenhados em Canaã dos Carajás, que de acordo com as análises realizadas no território, tem comprometido negativamente a sustentabilidade da sociedade local, localizada na área de influência da planta mineral, que embora tenha colocado Canaã dos Carajás em posição de destaque no setor produtivo nacional e internacional, por possuir o melhor minério de ferro do mundo, em relação ao teor de pureza, conta também com um dos maiores estoques do planeta deste minério. A Tese apresenta dualidades no entorno das Plantas Minerais, contendo contradições referentes ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, em especial, no entorno das plantas de produção mineral, bem como, as ações realizadas pelas partes interessadas dominantes, tem comprometido a sustentabilidade no território, que embora mantenha o discurso de melhorar as condições socioeconômicas dos municípios, na prática foi apresentado na tese que não tem gerado as condições necessárias para tal desenvolvimento, tendo suas práticas contrárias as intenções e acordos pré-assumidos, apresentando dualidades nos moldes utilizados, reforçando a insustentabilidade, intensificando ainda mais a multiterritorialidade.


  • MARIA HELENA FORTES VAZ CARVALHO
  • Reestruturação e consumo do espaço na metrópole: uma análise da centralidade urbana na av. Augusto Montenegro, Belém (PA).

  • Data: 12/02/2021
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  • Os processos de reestruturação da cidade, emanados das novas centralidades a partir de equipamentos urbanos de grande impacto tem sido alvo de muitos estudos recentes. Dentro dessa perspectiva, a cidade de Belém- PA, nos últimos anos, passou por reconfigurações nas estruturas territoriais como resultado do processo de dispersão metropolitana e avanço de novos agentes produtores do espaço urbano, contribuindo para a indução de novas formas de uso e ocupação do solo urbano. Cabe aqui destacar o papel que vem exercendo a Avenida Augusto Montenegro, como espaço de produção e consumo vinculado a ações do Estado, dos agentes sociais excluídos, e finalmente, mas não menos importante, as ações de novos agentes econômicos associados à territorialização do capital, dentre os quais destaca-se o imobiliário financeirizado. A Motivação deste trabalho se deu em virtude das observações feitas sobre as recentes modificações vindas a partir das construtoras e imobiliárias instaladas na referida avenida, estas que visam a implantação de serviços, comércio e a produção de moradias em condomínios fechados, ou seja, exercem uma direta atuação no processo de reestruturação do espaço urbano, interferindo tanto nas relações espaciais. O objetivo desta pesquisa é analisar como vem se configurando a centralidade urbana na Avenida Augusto Montenegro, a partir das atividades de comércio e serviços, diante do contexto da densificação dos circuitos da economia urbana, de avanço do imobiliário financeirizado e da reestruturação da cidade de Belém a partir dos anos de 2000. A metodologia adotada consistiu em uma abordagem do método dialético de maneira, que permite investigar as contradições na produção do espaço construído. Do ponto de vista dos procedimentos metodológicos, realizou-se pesquisa qualitativa com levantamento e análise bibliográfica, levantamento e análise documental, observações sistemáticas qualitativas, produção cartográfica, registros fotográficos, aplicação de questionários e entrevistas semi-estruturadas para entender as diversas faces da reestruturação no perímetro estudado.

  • GEISA BETHANIA NOGUEIRA DE SOUZA
  •  

    DINÂMICAS TERRITORIAIS NO MUNICÍPIO DESALINÓPOLIS/PA: UNIDADES ESPACIAIS, AÇÕES PÚBLICAS E A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

  • Data: 27/01/2021
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  • Os espaços costeiros concentram uma atenção especial no que se refere às discussões ecológicas, políticas e sociais contemporâneas por se tratar de áreas cada vez mais densamente habitadas, abranger funções ecológicas essenciais e apresentar grande importância econômica. A produção do espaço na costa amazônica aponta para um movimento de reprodução diversificada, ocasionando problemas que se relacionam à dinâmica natural, social e econômica, o que repercute em contradições que são reveladas na fragilidade das ações públicas presentes nos municípios litorâneos. Acompanhando essa realidade, o Município de Salinópolis concentra, uma diversidade de práticas socioespaciais marcadas pela complexidade das atividades estabelecidas em seu processo de reprodução espacial. É a partir das dinâmicas territoriais no Município de Salinópolis provenientes das formas de uso ao longo do processo de produção do espaço que se contextualiza esse estudo. Busca-se mostrar que o uso que se manifesta hoje gera incoerências de natureza social e ambiental, com significativa perda de seus recursos naturais e paisagísticos, o que revela que as políticas costeiras são, muitas vezes, economicistas, priorizando determinadas atividades como o turismo e a expansão da urbanização. Uma diversidade de ações públicas está acontecendo no município para gerir as atividades produtivas. Tais ações podem ganhar aspectos conflituosos diante da discrepância do uso do solo urbano que não se mostra concernente com a dinâmica social e a conservação ambiental.

2020
Descrição
  • MAURO EMILIO COSTA SILVA
  • Heteroendogenia Intraurbana: Reestruturação urbana e da
    cidade de Marabá-PA a partir de três centros e centralidades
    econômicas


  • Data: 29/10/2020
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  • O objetivo da pesquisa é o de em entender como vem ocorrendo o processo de reestruturação da cidade de Marabá, por meio do centro e centralidade nas dimensões socioeconômicas, cujo recorte espacial são os três centros dos núcleos, a saber: Marabá Pioneira, Nova Marabá e Cidade Nova no período entre os anos de 2000 a 2020. Embora a análise esteja pautada nas três frações espaciais intraurbanas mencionadas e com recorte temporal indicado, foi necessário inserir por vezes menções escalares interurbanas para consubstanciar o escopo da pesquisa, bem como recuar no tempo visando apreender os processos espaciais que determinaram a formação do território marabaense, apreendido nas formas e mesmo funções que ainda persistem e coexistem com “novas” dinâmicas, estabelecendo uma relação dialética entre o tradicional-moderno com suas relações de tensão, resistência, coexistência e supressão. Tornou-se necessário inserir a discussão sobre a modernidade para entender as manifestações deste fenômeno no espaço por meio das centralidades urbanas de caráter policêntrico, isto é, a materialidade sob o aporte moderno de produção e consumo. Assim, emergem os centros e as centralidades econômicas, com sua maior significância de reconfiguração no tecido urbano, para as atividades de serviços e comércio, interpretado como policentralidade pelo conteúdo técnico-transnacional que carrega. O fenômeno da centralidade produz substanciais mudanças no conteúdo urbano, o que denota a criação e/ou intensificação de áreas centrais complexificando a inteligibilidade das relações tanto de interescalaridade quanto de interação espacial intraurbana. Posto tal realidade, realizamos a análise com intuito de desvelar as dinâmicas dos três centros que promovem a interescalaridade pela faceta de serviços e comércio, sendo os mesmos fatores associados ao fator social que se utilizou para compreender as relações de interação espacial intraurbana, para além de uma perspectiva subsistêmica urbana, visando apreender complementariedades e competitividades entre si. Desta maneira, consideramos que a contribuição da tese decorre
    pelo conjunto dos elementos empíricos levantados e aferidos como dinâmica espacial, cujos
    resultados apreendidos sustentam que os conceitos, centro e centralidade urbana exercem
    significativa importância quando se vislumbra reconhecer o processo de reestruturação da
    cidade, através do tratamento de dados secundários e primários, estes, obtidos com a interlocução por meio de várias metodologias operacionais aplicados aos sujeitos, morador, consumidor, trabalhador, capital e estado, concluindo se tratar de uma cidade (multi)policêntrica composta por três centros interescalares interdependentes polimorfos, isto é, com suas formas particulares, cuja expressão espacial se verifica na paisagem urbana de cada centro e as centralidades econômicas com seus respectivos conteúdos endógenos e exógenos imbricados.

  • SIMÃO BOSSI SANTANA
  • PRODUÇÃO DO ESPAÇO E VIOLÊNCIA DE CONTROLE SOCIAL: DA
    ARTICULAÇÃO FUNCIONAL À MERCADORIZAÇÃO ESPETACULAR.

  • Data: 16/10/2020
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  • O presente trabalho intitulado “Produção do Espaço e Violência de Controle Social: da articulação funcional à mercadorização espetacular” apresenta uma pesquisa acerca da relação entre a produção do espaço e a violência de controle social, sobre as condições de sua fundação e transformação na sociedade capitalista. Visa fundamentar teoricamente nossa hipótese de que a crise da reprodução ampliada do capital, manifestada a partir da década 1970, configura um ponto de inflexão que conduz a uma produção do espaço espetacularizada que passa a incorporar a violência de controle social como uma mercadoria também espetacular, de modo a interromper as possibilidades de um urbano à semelhança da utopia lefebvriana, bem como reproduzir as relações sociais da produção do capital. Diante de tal objetivo, empreendeu-se uma revisão bibliográfica, apresentada sobre a forma de debates, que intercruza conhecimentos de áreas distintas do saber, envolvendo trabalhos e pesquisadores da Geografia Becker (1978), Harvey ([1989], 2012) e Trindade Jr. (2016), Ciências Sociais, Oliveira, (2003), Shearing & Stenning (1981) e Souza (2015), Filosofia Arantes (2014), Lefebvre ([1971], 2008) e Zizek (2008), História, Liang (1992) e Arquitetura, Arantes ([1998], 2014), Benevolo ([1971], 2015) e Hall ([1988], 2016), abordandose temas que vão do urbano, à cidade e metrópole, violência e controle social, reprodução do capital e processos de mercadorização. Esses, por sua vez, estão organizados em quatro percursos teóricos que buscam elementos fundantes à hipótese central. Por fim, consolidados esses elementos, apresenta-se uma breve conclusão e alguns apontamentos para pesquisas futuras.

  • CLEISON BASTOS DOS SANTOS
  • DINÂMICAS TERRITORIAIS, DENDEICULTURA E PRODUÇÃO DE CULTURAS ALIMENTARES: o caso do município de Moju, Pa.

  • Data: 25/09/2020
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  • Expusemos neste trabalho a tese de doutorado intitulada: USO DO TERRITÓRIO,
    DENDEICULTURA E PRODUÇÃO DE CULTURAS ALIMENTARES: uma análise dos
    agricultores familiares integrados a empresa Agropalma, no município de Moju, Pa.
    Sustentamos a tese de que a dendeicultura ameaça a produção de alimentos nas localidades
    aonde aporta. Nossa hipótese é de que essa ameaça ocorre porque a implantação dos projetos
    de agricultura familiar com cultivo do dendezeiro necessita de dois recursos essenciais para sua
    implantação: força de trabalho e área. No caso específico dos projetos-pilotos I (2002) e III
    (2005), integrados a empresa Agropalma, a ocupação da área foi diferente se comparado a
    ocupação da área do projeto IV (2006). Objetivamos analisar os impactos da expansão da
    dendeicultura na produção de alimentos pelos grupos familiares integrados à cadeia produtiva
    do dendezeiro no município de Moju. Desejamos, neste trabalho, tal como Nahum e Santos
    (2015), interpretar geograficamente a dinâmica da dendeicultura no município de Moju, tendo
    na categoria território, usado seu ponto de partida (Santos; Silveira, 2001). Utilizamos, neste
    trabalho, dois procedimentos metodologicamente complementares: a metodologia analítica
    baseada nos conceitos de periodização e evento de Santos (2006), Santos e Silveira (2001) que
    nos permitiram pensar um tempo anterior (T1), a chegada do evento (projetos) e um tempo a
    partir da implantação dos projetos (T2) e pela metodologia operacional composta pela revisão
    bibliográfica dos levantamentos cartográficos, entrevistas estruturadas e semiestruturadas e dos
    trabalhos de campo. A tese está dividida em 3 capítulos. A mesma está estruturada em 3 partes:
    No primeiro capítulo analisamos o uso do território pelas famílias sitiantes antes da chegada
    dos projetos familiares com a cultura do dendezeiro. Utilizamos a categoria sítio camponês de
    Woortmann (1983) para demostrar empiricamente essas dinâmicas. Nesses sítios, os usos do
    território estavam submetidos a diferentes formas de trabalho, laços de solidariedade e sistemas
    produtivos. As produções dos sítios destinavam-se tanto para o consumo (uso) quanto para a
    venda (troca). No segundo capítulo, mostramos os eventos que moldaram os projetos de
    agricultura familiar com cultura do dendezeiro na região do Alto Moju e da PA 150, no
    município de Moju. Analisamos, sobretudo, os eventos que permitiram a emergência dos
    projetos I (Arauaí I) e projeto III (Arauaí II), que fazem parte da Associação do
    Desenvolvimento Comunitário do Ramal do Arauaí (ASDECRA). Já no terceiro capítulo,
    analisamos as transformações que o processo de integração aos projetos familiares com cultura
    do dendezeiro trouxe nos usos do território, nos sujeitos e na produção das culturas alimentares
    que alimentavam a unidade doméstica e uma infinidade de lares longícuos.



  • FERNANDO ALVES DE ARAUJO
  • CADASTRO TERRITORIAL MULTIFINALITÁRIO (CTM), ESPAÇO URBANO E SEGURANÇA PÚBLICA NA AMAZÔNIA PARAENSE: O CTM COMO INSTRUMENTO PARA PENSAR O ESPAÇO URBANO DE BELÉM-PA COM FOCO NA SEGURANÇA PÚBLICA”

  • Data: 26/08/2020
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  • Dentre os diversos desafios que se apresentam ao planejamento e gestão urbanos, a questão da violência e da sensação de insegurança nas cidades brasileiras se destaca no que tange toda a seara de problemas urbanos do Brasil nos últimos anos. Nas últimas três décadas e meia as taxas de homicídios (um exemplo extremo de violência) ampliaram vertiginosamente no território nacional, com diversas obras na literatura acadêmica destacando a relação entre a escalada da violência e a urbanização brasileira, que vem apresentando como padrão processos de periferização precária e ampliação das desigualdades sócio-espaciais intraurbanas. Nesse sentido, o presente relatório busca apresentar o projeto da pesquisa de doutorado que se desenvolve no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO-UFPA). Partindo da questão acerca da possibilidade do Cadastro Territorial Multifinalitário, ferramenta de geoprocessamento aplicada no contexto do planejamento e gestão do espaço urbano de Belém, poder contribuir na promoção de segurança pública na capital paraense, elaborou-se uma hipótese estruturadora que defende que tal instrumento pode ser aplicado em duas frentes na promoção de segurança pública: tanto no enfrentamento da violência direta (legalmente criminalizada), a partir do apoio às instituições policiais que atuam no município, quanto na mitigação a violência estrutural (indireta e não criminalizada legalmente) a partir do suporte à promoção de políticas públicas afirmativas via ações de instituições ligadas à outras dimensões de atuação do planejamento e gestão urbanos, como a modificação da organização das formas-conteúdo do espaço urbano visando mitigar precariedades e desigualdades sócio-espaciais. Desta forma, a pesquisa tem por objetivo compreender como o Cadastro Territorial Multifinalitário do município de Belém pode contribuir para a promoção de segurança pública no contexto de planejamento e gestão urbanos, com foco na qualificação do enfrentamento da violência direta pelas instituições policiais e no suporte à políticas afirmativas de transformação da organização espacial urbana que visem a mitigação de vulnerabilidades sócio-espaciais, manifestação de violência estrutural, na capital paraense. Para tanto, contará com o apoio de análise e discussão bibliográfica para produção de referencial teórico-metodológico e levantamento de aplicações de instrumentos e técnicas de geoprocessamento na atuação policial, aplicação de entrevistas semiestruturadas com profissionais de instituições de segurança pública e de outras esferas do planejamento e gestão urbanos e análise documental de relatórios e manuais do CTM de Belém e de instituições de segurança. As primeiras respostas surgem na perspectiva de comprovar a importância de se entender o fenômeno da violência não apenas a partir dos eventos de violência direta, mas sim em sua relação com a violência estrutural, que se manifesta como produção de precariedades e vulnerabilidades sócio-espaciais que dificultam ou mesmo impedem a plena reprodução de grupos sociais dentro das possibilidades econômicas, políticas e culturais reais da sociedade. Apesar de tal entendimento aparecer na literatura sobre a temática da segurança pública, a prática do Estado ainda se foca numa abordagem meramente institucionalista, que entende a promoção da segurança pública apenas como um caso de polícia e de ampliação das punições legais, minimizando a complexidade e a importância da dimensão socioespacial do fenômeno.

  • CLEBER GOMES DA SILVA
  • Os dois circuitos da economia urbana e o
    espaço turístico: modernização e patrimonialização na
    Amazônia Atlântica, Pará

  • Data: 24/08/2020
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  • O turismo desponta nos discursos institucionais como uma das principais possibilidades
    econômicas para países subdesenvolvidos. Diversas abordagens consolidaram a
    tentativa de conceituação ou dimensionamento do turismo no âmbito acadêmico e
    institucional. Algumas contribuições nas ciências sociais caracterizam como um
    fenômeno de dimensões sociais, econômicas, políticas, culturais, psicológicas,
    antropológicas, ecológicas e espaciais. Diante disso, esta proposta parte da distinção
    conceitual entre turismo e espaço turístico. O primeiro como prática social e o segundo
    como uma expressão material, dos objetos e ações dos espaços de representação e a
    representação do espaço, uma dimensão do espaço geográfico. Devido às múltiplas
    possibilidades de abordagem sobre o espaço turístico e a necessidade de superar a
    concepção tradicional de setor ou indústria, busca-se uma alternativa de análise que
    tenha alcance na realidade da Amazônia. Para responder a esse desafio, este trabalho
    adota como objetivo geral analisar as implicações inerentes ao grau de modernização e
    do processo de patrimonialização na formação de dois circuitos de produção do espaço
    turístico do polo Amazônia Atlântica no Pará, a partir do estudo de caso dos municípios
    de Bragança e Salinópolis. Para tal esforço de compreensão da produção do espaço
    turístico no polo Amazônia Atlântica, no Pará. Os primeiros capítulos abordam,
    respectivamente sobre aspectos teórico-conceituais e sobre o espaço turístico regional.
    O terceiro e quarto capítulos caracterizam e analisam a produção do espaço turístico nos
    municípios escolhidos como estudo de caso, partindo da aplicação da teoria dos dois
    circuitos da economia urbana. Espera-se demonstrar as particularidades da produção do
    espaço turístico regional, seus limites e possibilidades.

  • CARLOS JORGE NOGUEIRA DE CASTRO
  • “O transporte público enquanto dimensão do processo de metropolização de Belém".

  • Data: 11/08/2020
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  • A espacialidade da dinâmica urbana de Belém e região metropolitana tem no transporte público de passageiros seu maior articulador, este movimento garante o deslocamento e a mobilidade da população de diferentes áreas, que se direcionam predominantemente ao centro da metrópole. O tema, transporte público, apresenta grande complexidade que será abordada nesta pesquisa a partir da diferenciação socioespacial o papel articulador do sistema de transporte público, bem como a suplementação promovidas pela articulação em menor escala do circuitos de transporte público nos municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB). A pesquisa aborda as territorialidades identificáveis dos agentes transportadores, empresas de ônibus, cooperativas, associações, e autônomos, responsáveis pelo movimento de circulação no espaço metropolitano. Em se tratando de organização de dados e informações, foi organizado um amplo acervo em Sistemas de Informação Geográfica (SIG) considerando a estruturação de dados primários e secundários, aos quais após sucessivos tratamentos em geoprocessamento possibilitam sobreposição de leituras sobre a realidade do espaço urbano e metropolitano da RMB. Assim, o resultado desta pesquisa amplia-se, sendo possível compreender o papel da área central de Belém, a ocupação de áreas menos adequadas à grandes aglomerações populacionais, o processo de crescimento urbano em direção aos distritos mais distantes do centro, movimento similar no processo de crescimento urbano nos município da RMB, pari passo ao papel do transporte público de passageiros articulando estes espaços, e estabelecendo, consolidando, sobrepondo, alternando, reproduzindo territorialidades entre os agentes transportadores no processo de dinamismo na paisagem urbana em metropolitana.

  • ALEXANDRE PATRICIO SILVA BARROS
  • A GEOGRAFIA DA CRIMINALIDADE NO CAMPUS:
    A multiterritorialidade do crime na cidade universitária Professor José da Silveira Netto (UFPA).

  • Data: 24/07/2020
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  • O problema da criminalidade é um assunto que está cada vez mais presente na sociedade contemporânea, seja pelo crescimento dos núcleos urbanos e, consequentemente, o processo de urbanização concentrado e acelerado, que proporcionou o desenvolvimento de um conjunto de problemas socioeconômicos e infraestruturais cada vez mais presente nas cidades brasileiras: a elevação da taxa de desemprego; aumento da pobreza; e as precárias políticas públicas voltadas para os setores sociais básicos, podem ser alguns desses problemas. Neste sentido, o trabalho se dedicará em analisar e compreender quais as múltiplas territorialidades da criminalidade num campus universitário, observando as seguintes atividades ilícitas: tráfico/consumo de drogas; furto; e roubo. Tais crimes servirão como base para responder como o crime se especializa e se relaciona com o cotidiano da cidade universitária Prof. José da Silveira Netto, fundamentado nas questões norteadoras que procura saber: quais são as principais ocorrências de crimes na cidade universitária e como a criminalidade se territorializa no espaço universitário? Quais as principais estratégias e “modus operandi” utilizados para as práticas de crimes no campus? De que forma os múltiplos territórios se relacionam e essa relação pode (ou não) corroborar na prática de crimes? Assim, esses questionamentos têm o propósito de assimilar as consequências desse fenômeno sócio-espacial dentro do âmbito universitário, baseando-se em uma estrutura de trabalho dividida em três capítulos: I) Poder, Território e Crime no Campus; II) A Caracterização Sócio-Espacial da Área de Estudo; e III) A Geografia da Criminalidade: A Multiterritorialidade do Crime na cidade universitária Professor José da Silveira Netto (UFPA). Portanto, esta pesquisa ajudará a reforçar a importância de contribuições com este tema e considerar que o problema da segurança pública pela qual grande parte das cidades brasileiras sofrem, devem ser tratadas com novos olhares, neste caso o da Geografia.

  • ANTÔNIO CLEISON DE SOUZA COSTA
  • PODER E TERRITÓRIO NA GEOGRAFIA: Agentes territoriais e os Crimes Violentos Letais Intencionais (2013-2017) no bairro Cabanagem, Belém-PA

  • Data: 24/07/2020
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  • A violência ocupa e vem ocupando de forma crescente durante décadas lugar de destaque no cenário nacional e internacional, seja nos meios de comunicação, no aumento com os gastos públicos ou mesmo refletindo no comportamento da sociedade em geral. Isso se deve de início a complexidade em que a violência e a questão urbana tem estado relacionado, por exemplo, a vulnerabilidade social, conivência aos assentamentos “espontâneos”, bem como às mortes violentas, que de certa forma contribuem para a consolidação e ampliação da territorialidade dos agentes territoriais, a partir das relações de poder, correspondem a um processo de afirmação de cenários tendenciais extremamente preocupantes, apontando para o agravamento e, simultaneamente, para a escalada crescente dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), gerando novas territorialidades a partir de nexos com a territorialização dos agentes territoriais. Desta forma, reconhecendo a presença dos agentes territoriais no bairro Cabanagem, a presente investigação parte do seguinte questionamento: De que forma os agentes territoriais exercem influência no aumento das ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais no bairro Cabanagem, em Belém-PA, no período 2013 a 2017? Partimos da ideia que as ações dos agentes territoriais, a partir das disputas por territórios explicam o aumento das mortes violentas no bairro estudado. Para tanto, o objetivo principal para o presente projeto de qualificação de Mestrado é investigar a dinâmica dos agentes territoriais e os Crimes Violentos Letais Intencionais entre 2013 a 2017. A partir das relações de poder no território, na área de estudo. Isso se deu de início ao fato de está inserido no programa de Pós Graduação da Universidade Federal do Pará, onde a partir de atividades realizadas em conjunto com a universidade tornaram possível o presente relatório, sendo fundamental para estruturação da pesquisa, culminando no que já foi desenvolvido no primeiro e segundo capítulos da dissertação e no esboço do terceiro.

  • VERIDIANA DE SOUZA POMPEU
  • Entre os Eixos da Circulação: As faces-fases da produção do espaço urbano de Tucuruí-PA.

  • Data: 21/07/2020
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  • Considerando que o processo de formação sócio-territorial da cidade de Tucuruí estivera configurado na organização empreendidas pelos eixos de circulação fluvio- ferroviário e no rodo-energético, a cidade passou a conter formas e conteúdos que explicam a produção do espaço num constante movimento de ações internas e externas. Deste modo, para visualizar as várias faces da cidade, de sua expansão urbana e de caracterizar seu papel na divisão regional do trabalho e na rede urbana de sua região imediata, se problematizou, como os eixos de circulação historicamente constituídos promoveram uma organização inter e intra-urbana diferenciada para Tucuruí? Deste modo, objetivou-se analisar a partir dos eixos de circulação a produção/organização espacial intra e inter urbana de Tucuruí e de retratar qual o perfil de cidade que Tucuruí passou a desenvolver depois da estruturação da indústria energética, sua atual configuração na rede urbana amazônica. Para tanto, procedeu-se com: Levantamentos e análises bibliográficos e documentais, trabalho de campo, observação sistemática direta, aplicação de formulários de campo e realização de entrevistas, levantamentos de material icnográficos e suas análises. Foram adotados dois arranjos espaciais o comércio (supermercados, lojas de departamentos e atividade pesqueira) e os serviços (Educação de nível técnico/superior e saúde de média e alta complexidade, acrescidos dos TVs por assinaturas) para analisar o objetivo da presente pesquisa. Este instrumental técnico e empírico nos deu suporte para destacar: a produção do espaço urbanos alicerçada pelas redes técnicas e pelos eixos de circulação em Tucuruí-PA; b)de pontuar, atualmente, que há uma produção social do espaço partindo da/pela cidade, não mais configurada para atender exclusivamente a UHT; e c) que Tucuruí mesmo apresentando permanências e coexistências de cidade ribeirinha, vem se apresentando em um perfil de sub-centro regional de responsabilidade territorial frente a rede urbana de sua região imediata.

  • JAKELINE ALMEIDA BRITO
  • GEOGRAFIA DA MANDIOCA NA AMAZÔNIA PARAENSE: Meio geográfico, modo de vida e a cultura da farinha de mandioca no meio rural do município de Bragança (PA).

  • Data: 26/05/2020
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  • Esta pesquisa tem como propósito relacionar três noções - meio geográfico, modo de vida, e cultura da farinha. Como proposta de análise buscamos compreender cultura da farinha de mandioca na Amazônia paraense ligada ao modo de vida do homem amazônico através de processos, de formas em um contexto histórico. Dada às singularidades dos saberes estarem impregnadas em um produto que representa as geograficidades do lugar, em sucessões e coexistências nos meios geográficos das dinâmicas de vida das relações culturais e econômicas do município. A partir de uma situação empírica vista em Bragança, a cultura da farinha de mandioca vislumbra o processo de produção, e reprodução das comunidades rurais produtoras da farinha sua inserção no mercado em diferentes meios. E nas hipóteses pode-se verificar uma relação intrínseca entre modo de vida e meio geográfico, sendo a farinha de mandioca o elo dessa relação. A princípio tal relação salta da ação simbólica, para uma apropriação da cultura europeia, fazendo do produto um hábito alimentar na colônia, tornando-se mais tarde um alimento que se consumia em vários territórios brasileiro- apresentando um circuito de produção, comercialização e consumo que se baseava em aspectos locais. E que até o presente momento identificam-se nas formas de trabalho que envolveu sujeitos sociais mais diversos, sejam indígenas, portugueses e nordestinos dentre outros. Relações que caracterizam a identidade fincada na forma coletiva de reprodução social com o meio. Atualmente o processo de produção e comercialização da farinha de Bragança, dá-se por pequenos produtores das áreas rurais, bem como de outros municípios da bragantina. Nosso recorte empírico restringe-se a oito comunidades como acima citadas, no estudo realizado foi possível observar que ao passar dos anos novas tecnologias vão incrementando o modo de vida dessas comunidades cuja lógica se configura nas estratégias de reprodução de vida desses pequenos agricultores no caso aqui de associações, e cooperativas locais.

  • JESUS HERNANDEZ SANCHEZ
  • CONFLITOS FRENTE AO DESENVOLVIMENTO POR MINERAÇÃO E SUAS CONSEQUENCIAS NA CONSTRUÇÃO DO NOVO MAPA DE MARABÁ

  • Data: 23/05/2020
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  • Somando ao trabalho já estabelecido por outros pesquisadores sobre os conflitos e a representação cartográfica como eixo central sobre o estudo do território amazônico, o argumento principal do projeto está focado em destacar como foram se gerando desde a chegada dos primeiros projetos minerais os conflitos territoriais ao redor das jazidas da Serra dos Carajás, espaço que faz limite com vários municípios do Pará. O trabalho abarca uma explicação geográfica da evolução da mineração e como desde a segunda metade do século XX esta transforma o espaço para conformar as territorialidades que atualmente delimitam os municípios do antigo Marabá. Conhecendo as áreas operacionais e os interesses da Vale e do garimpo se consegue identificar os conflitos gerados pela exploração mineral e as consequências para os grupos do território com diferentes realidades socioespaciais. Dado que a mineração exerce como grupo dominante no território, esta molda no espaço umas territorialidades para o desenvolvimento que satisfazem ao poder político, mas que não reflete a realidade espacial da população local. Com isto, a representação cartográfica dos grupos pode se enfrentar a diversas temáticas.

  • ANDRE VICENTE DO ROSARIO MARINHO
  • POLÍTICAS PÚBLICAS E RISCOS AMBIENTAIS NA AMAZÔNIA: uma abordagem multiescalar da correlação entre o Programa Bolsa Família e a exposição a desastres naturais.

  • Data: 18/05/2020
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  • A Amazônia Brasileira é amplamente suscetível à ocorrência de desastres naturais, principalmente os de origem hidro climática. A população afetada por estes eventos é, geralmente, muito pobre e vulnerável. Um dos grandes dilemas vivenciados na região, atualmente, é o paradoxo que coloca, de um lado, a riqueza proporcionada pela exploração dos vastos recursos naturais e, por outro, a pobreza que submete milhões de famílias à miséria. Em função dos elevados percentuais de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza, muitas são as iniciativas institucionais que visam minimizar os efeitos nefastos da desigualdade que caracteriza a região, dentre elas, o programa de transferência direta de renda Bolsa Família, que atendeu, em 2019, mais de 2,5 milhões de famílias que correspondem a cerca de 32% da população da Amazônia Brasileira e que inseriu na economia local, em recursos disponibilizados pela União, quase 7 bilhões de reais em benefícios no mesmo ano. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho é analisar a eficiência da política de transferência direta de renda por meio do Programa Bolsa Família para a redução dos riscos em áreas expostas a desastres naturais na Amazônia Brasileira de forma analítica e multiescalar. Para tal, inicialmente faz-se uma revisão teórico-conceitual sobre desastres, vulnerabilidade, fragilidade e risco, assim como, os fenômenos relacionados à pobreza e os instrumentos para a sua redução na América Latina e no Brasil. Como resultado, foi realizada a caracterização dos desastres naturais na região e a identificação das áreas de maior ocorrência em escala regional e local, tendo como recorte regional as Mesorregiões Centro Amazonense (AM) e Baixo Amazonas (PA) e local, a cidade de Alenquer (PA). Posteriormente os desastres foram correlacionados ao PBF nas duas áreas selecionadas, no sentido de analisar a eficiência do PBF para a redução dos riscos naturais em nível regional e local. Os resultados demonstraram que a Amazônia é uma das porções mais pobres do território brasileiro e que as politicas de transferência direta de renda praticadas na região necessitam de um olhar mais específico, que leve em consideração as particularidades socioeconômicas, culturais e físico-naturais da região. O quadro de vulnerabilidade predomina entre os habitantes amazônidas, em função da elevada condição de pobreza potencializada pela exposição às ameaças derivadas de eventos naturais perigosos, como os hidro climáticos. A exposição a desastres naturais atinge de forma mais devastadora as populações pobres, ampliando a miséria na região. Portanto, o território deve ser o ponto de partida para a aplicação de políticas voltadas para a redução da pobreza e da extrema pobreza. As variáveis ambientais e as particularidades regionais devem fazer parte do processo de mensuração e identificação da vulnerabilidade, assim como, a adoção de critérios mais eficientes na distribuição de recursos para as regiões do país. A inserção de critérios ambientais na composição dos formulários dos programas de transferência de renda contribuirá com a identificação da dinâmica natural no território que pode ampliar o risco frente a desastres naturais.

  • WELLINGTON DE PINHO ALVAREZ
  • AMAZÔNIA DE DOMÍNIO DA UNIÃO: EXPRESSÕES DA ORDEM-DESORDEM NA EXPLORAÇÃO DO POTÊNCIAL PAISAGÍSTICO NA BACIA DO JAURUCU, BAIXO RIO XINGU - PARÁ

  • Data: 08/05/2020
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  • O território Amazônico é globalmente conhecido por suas riquezas sociais, culturais, faunísticas, floristas, biológica, mineral e hidrográfica, um contraste com a pobreza indiscriminada da população. Este fato, resultante da forma como Amazônia foi atrelado a divisão territorial do trabalho no Brasil e no mundo, onde sua vinculação subalterna definiu a profunda exploração da paisagem e por consequência do povo. A para isso, a União implementou estratégia de domínio territorial por meio de ações institucionais, pondo a seu controle a várzea, as terras altas e a fronteira nestas áreas o Estado agiu conhecendo seus recursos, povoando, inserindo objetos e atividades econômicas as quais realizaram a Ordem proposta para Amazônia, concretizando o território de exploração. Objetivo da pesquisa é verificar a Ordem e a Desordem, como resultantes dialéticos das ações da União sobre a Amazônia, a partir do domínio territorial. A metodologia empregada valorizou abordagem dialético-materialista e os geossistêmas, arcabouço teórico metodológico para entender a transformação do fenômeno em diferentes escalas. Os resultados da Ordem foram a expressiva ocupação territorial, desenvolvimento de atividades não extrativas como a pecuária e capitalização da mineração, e madeira. Quanto a Desordem, significou aumento do número de pessoas com baixa renda salarial, alcançando 99,24% da população da região norte e a grande incidência de conflitos pela água e terra. Na bacia do Jaurucu representou perda 3.000 Km2 de florestas e a completa projeção da pecuária sobre uma área de 3.760 km2 com perda de potencial paisagístico e ascensão de conflitos. Neste complexo quadro, emerge do lugar Ordem emergente que se projeta para o mundo, enquanto modelo econômico e social de desenvolvimento pautado no vivido e na resiliência da paisagem.

  • ARLEY MARTINS QUARESMA
  • ILHAS DA ZONA COSTEIRA AMAZÔNICA: RELEVÂNCIA, DESENVOLVIMENTO E ISOLAMENTO GEOGRÁFICO

  • Data: 08/05/2020
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  • Estudos relacionados a ilhas na Amazônia, seja de maior ou menor importância são mínimos, embora mais de 50% dos municípios da zona costeira amazônica-ZCA possuam área territorial composta por ilhas. Contudo, as ilhas cuja definição são porções de terras rodeadas por águas, enfrentam inúmeras barreiras como isolamento, desenvolvimento territorial e aspectos de gestão. Nesse sentido, o objetivo geral deste trabalho é analisar a importância das ilhas na zona costeira amazônica, e a relação de desenvolvimento e isolamento geográfico em ilhas no município de Belém-PA. Os procedimentos metodológicos envolveram duas etapas, a primeira abarcou (i) Análise a população dos municípios da ZCA (ii); Identificação o PIB dos municípios da zona costeira; (iii) classificação dos municípios da zona costeira que possuem ilhas na sua composição territorial; (iiii) Quantificação do total de áreas de ilhas da ZCA e (iiiii) Percentual de unidades de conservação em áreas insulares. A segunda etapa se constituiu de uma análise multicritério que determinou o grau de isolamento das ilhas mais relevantes do município de Belém-PA. A determinação do grau de isolamento levou em consideração dois indicadores: Acessibilidade e Conectividade e suas respectivas variáveis. Os dados demostraram que na ZCA, especialmente as ilhas, tem sua expressiva relevância quanto a economia, área territorial, e áreas de conservação ambiental. Constatou-se também que as ilhas mais isoladas têm se alimentado de diferentes condições de autonomia e desenvolvimento. As ilhas com menor grau de isolamento possuem ligações físicas e conectividade intensa, maneira pela qual reduzem o isolamento. Em tais ligações, as ilhas mais propensas ao desenvolvimento não são as mais próximas ao continente, mas as que possuem maiores ofertas de serviços.

  • EDERSON FERREIRA LOBO
  • DINÂMICA ECONÔMICA E REESTRUTURAÇÃO ESPACIAL NO BAIXO TOCANTINS: IMPLICAÇÕES SOCIOESPACIAIS DA CADEIA PRODUTIVA DO AÇAÍ EM IGARAPÉ-MIRI-PA

  • Data: 31/03/2020
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  • Esta dissertação de mestrado tem como objetivo principal identificar qual o novo papel ou significado de Igarapé-Miri na região do Baixo Tocantins e as implicações socioespaciais decorrentes desse novo significado. Para isso, procura-se mostrar como se deu a formação socioespacial do Baixo Tocantins e, em específico, do município de Igarapé-Miri/PA através de uma periodização, com ênfase na ocupação do espaço e o desenvolvimento de atividades econômicas, desde a sua origem, no século XVIII, até os dias atuais. Partindo dessa proposta inicial, busca-se ao longo do trabalho, evidenciar que esse novo significado econômico assumido pelo município na região, baseado na produção e comercialização do açaí, vem repercutindo quanto a sua centralidade e inserção na economia em diferentes escalas, bem como provocando implicações socioespaciais verificadas na melhoria da qualidade de vida dos diversos agentes sociais que participam da cadeia produtiva e na reestruturação do espaço urbano decorrente da influência de relações sociais inerentes a esse novo significado. Para se chegar aos resultados, buscou-se utilizar como caminho, em um primeiro momento, a revisão teórico-conceitual baseada em autores que utilizaram o materialismo histórico dialético marxista de interpretação da realidade para a discussão a respeito do espaço geográfico e a formação socioespacial. Para outras etapas, utilizou-se métodos baseados em pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, entrevistas, levantamento fotográfico e utilização de software que auxiliou na produção de mapas temáticos sobre recortes espaciais referentes às áreas de estudo.

  • LEIDE LAURA DE CARVALHO RODRIGUES
  • NOVAS EXPRESSÕES DO CENTRO E DA CENTRALIDADE URBANA: O PAPEL DOS AGENTES DE COMÉRCIO E SERVIÇOS NA (RE)ESTRUTURAÇÃO DA CIDADE DE ANANINDEUA, PARÁ.

  • Data: 31/03/2020
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  • A Amazônia brasileira constitui espaço marcado por sucessivas e diversas transformações vinculadas ao avanço da urbanização do território e às novas territorializações associadas à “Reestruturação Urbana e da Cidade. Em escala local, a cidade de Ananindeua vem apresentando um conjunto de metamorfoses no início do século XXI, como resultado de dinâmicas econômicas, demográficas e espaciais, elementos que vêm contribuindo para o surgimento de novos centros, para a produção de novas expressões de centralidade urbana, com ampliação das desigualdades socioespaciais. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa consiste em analisar de que maneira vem se configurando o centro e a centralidade urbana de comércio e serviços em Ananindeua-PA, diante do contexto de reestruturação urbana e da cidade a partir dos anos 2000. Como abordagem teórico-metodológica, acionamos o “materialismo histórico- geográfico” como itinerário imprescindível para analisar as condições materiais de existência em seu conjunto complexo de contradições socioespaciais, estas que se encontram expressas nas formas, nas funções e nas estruturas da referida cidade. Do ponto de vista dos procedimentos metodológicos, realizamos levantamento e análise bibliográfica e documental, produção cartográfica, registros fotográficos, observações sistemáticas qualitativas e quantitativas, bem como, realização de entrevistas semiestruturadas. A ideia aqui lançada centra-se na perspectiva de que a (Re)estruturação urbana e da cidade de Ananindeua vem contribuindo para a territorialização de novos agentes econômicos, expressas nas formas- conteúdo dos centros, suas respectivas e multi(poli)centralidades urbanas, bem como para a (re)produção e aprofundamento de desigualdades socioespaciais, quando se considera as diferenciações socioespaciais entre o Centro e as áreas mais afastadas dos centros, onde as condições de acessibilidade a equipamentos e serviços urbanos básicos são bastantes precárias, quando inexistentes, constituindo-se expressão de contradições e da negação da justiça espacial e do direito à cidade.

  • DENISE CARLA DE MELO VIEIRA
  • A METAMORFOSE METROPOLITANA: DESIGUALDADE SOCIOESPACIAL E A VIOLÊNCIA URBANA EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS AO LONGO DE UM DOS EIXOS DE EXPANSÃO METROPOLITANA, BELÉM- PA

  • Data: 30/03/2020
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  • As grandes metrópoles e cidades mundiais vêm passando por um acelerado processo de complexificação urbana, “fruto” de processos de urbanização capitalista, de reestruturação urbana, reestruturação de cidades, mundialização do capital, da “urbanização planetária” e da lógica global neoliberal e financeirizada. Tal cenário-processo entrelaça-se com “padrões e processos gerais que engendram as desigualdades geográficas do desenvolvimento capitalista”, cuja “essência”/natureza de tais dinâmicas e processos reverbera-se em desigualdade socioespacial e violência urbana, que aliás, encontra-se no próprio processo de urbanização capitalista. Pensando na escala da cidade de Belém, esse cenário apresenta-se como repetição em que os espaços, com urbanização do território, com a crescente expansão de “assentamentos precários”, como “expressão” da produção (desigual) do espaço urbano o qual vem apresentando uma metamorfose socioespacial na ultima década do processo de metropolização marcado pela consolidação e refuncionalização do espaço metropolitano. Face a tal configuração, buscamos analisar como vem se produzindo (e/ou se expandindo) processos de desigualdades socioespaciais e sua correlação com a violência urbana, em assentamentos precários em um dos eixos de expansão metropolitana de Belém, Pará, a partir de 2000. A pesquisa pauta-se no Materialismo Histórico (Geográfico) Dialético, que se baseia ou considera o tempo, espaço e ser social, a realidade objetiva em sua totalidade, como também considerando (nexos entre) conflitos e contradições; por fim, desvela a natureza e seus contornos históricos, suas conexões e relações, em uma espécie de movimento que nasce e corporifica-se em um espaço-tempo presente e de ações em espaço-tempo recente (integridade da relação entre o todo e a parte). Este estudo foi desenvolvido por meio de revisão teórica, pesquisa de campo, entrevistas e análise de dados secundários disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Belém (PMB), Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (SEGUP), Secretaria Adjunta de Informação e Análise Criminal (SIAC), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (CODEM), Companhia de Habitação do Estado do Pará (COHAB). Assim, constatamos que o crime de homicídio apresenta maior ocorrência nas áreas onde predomina os piores indicadores de infraestrutura, renda e saneamento os quais denominamos de indicadores de qualidade urbana (Ruim e Péssimo) essas áreas as definimos como saneamentos precários. Nesses assentamentos observa-se a materialização da violência urbana (a violência enquanto produto desigual da produção do espaço e a violência que se manifesta em sua forma mais perversa na qual resulta em homicídios) enquanto expressões da diferenciação e desigualdade socioespacial. Isso porque os assentamentos apresentar-se-iam como espaço que são produzidos de forma desigual, em que tais desigualdades podem ser verificadas em suas formas-conteúdos e usos/apropriações da cidade e do Bairro.

  • LARESSA BENTES DA SILVA
  • REDE URBANA E PEQUENAS CIDADES NA AMAZÔNIA: O CASO DE VIGIA DE NAZARÉ, PA

  • Data: 26/03/2020
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  • Este trabalho apresenta os resultados de pesquisa sobre uma pequena cidade no litoral do Nordeste Paraense, na porção oriental da Amazônia brasileira – Vigia de Nazaré -, com ênfase para a compreensão de seu papel na rede urbana regional. A partir de constatações e de impressões iniciais no espaço urbano de Vigia, como também considerando a importância histórica desta cidade no litoral paraense, buscou-se responder à seguinte questão: qual é o papel de Vigia na rede urbana Amazônica? A presente pesquisa é de natureza qualitativa, e está estruturada no método materialismo histórico-dialético. Esta foi pensada como uma contribuição à análise dos processos que envolvem o estudo da importância e dos significados que as pequenas cidades do Salgado Paraense apresentam no contexto da rede urbana regional. A metodologia da pesquisa utilizada é composta das seguintes etapas: levantamento e revisão bibliográfica de caráter histórico-geográfica sobre a rede urbana amazônica e sobre a cidade de Vigia; discussão teórica dos conceitos que norteiam esta pesquisa, como rede, rede urbana, fluxos e fixos, horizontalidades e verticalidades e pequenas cidades; bem como discussões sobre a rede urbana amazônica, evidenciando o seu processo de construção, além de suas características e dinâmicas recentes aliadas à formação socioespacial do litoral paraense, com enfoque para a região do Salgado e, em seguida, a discussão sobre pequenas cidades na Amazônia, com destaque para o lócus da pesquisa; e a produção de mapas temáticos. Baseado nesses procedimentos pretende-se responder as questões da problemática levantada e atingir os objetivos propostos, oferecendo uma contribuição à academia e à sociedade sobre o entendimento do papel de Vigia de Nazaré na rede urbana amazônica.

  • JOSENILSON DA SILVA MELO
  • PEQUENAS CIDADES E CENTRALIDADES GEOGRÁFICAS NO SALGADO PARAENSE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PESCA ARTESANAL EM VIGIA, CURUÇÁ E MARAPANIM.

  • Data: 26/03/2020
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  • A colonização antiga do Salgado Paraense e a consequente marginalização do ponto de vista dos principais contextos econômicos da Amazônia contribuiu para uma formação socioespacial muito particular, mesmo dentro do contexto do Nordeste Paraense. A inserção de Vigia, Curuçá e Marapanim na rede urbana enquanto pequenas cidades do Salgado Paraense se dá em um caráter de complexidade em vista da multidimensionalidade que a pesca assume nessas cidades, com isso se faz necessário compreender a maneira essas pequenas cidades, se inserem e são inseridas através da ação de diversos agentes, na rede urbana, tendo a pesca artesanal como elemento de centralidades diversas. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a maneira como as pequenas cidades de Vigia, Curuçá e Marapanim, do Salgado Paraense, participam e são inseridas na rede urbana a partir da pesca artesanal expressa em múltiplas centralidades. A metodologia adotada para a realização do presente intento se deu pela revisão bibliográfica de cunho histórico-geográfico para a análise da formação socioespacial do objeto empírico, de caráter teórico com vistas ao ajustamento da pesquisa aos principais conceitos abordados e também de análise documental através dos dados secundários para subsidiar as informações de produção, fluxos e alocação de investimentos nas mais diversas escalas. A obtenção de dados secundários se deu através de solicitações de informações públicas pelo Serviço de Informação ao Cidadão do governo do estado do Pará e também pelo Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão do governo Federal. Também ocorreram trabalhos de campo entre os anos de 2018 e 2020 a fim de identificar os principais processos, formas e agentes ligados ao objeto da pesquisa, realização de entrevistas com os presidentes das colônias de pescadores, secretários municipais de pesca e trabalhadores das respectivas cidades, além do registro fotográfico e levantamento de informações para a produção de materiais cartográficos. A hipótese apresentada é de que as pequenas cidades do Salgado Paraense participam da rede urbana de maneira complexa, onde apenas o esquema de sua inserção pela centralidade econômica é insuficiente em vista da formação socioespacial da região, principalmente ao considerar a pesca como atividade multidimensional e que as projetam em múltiplas escalas, acredita-se portanto ser necessário a realização de análises compreendendo as cidade de Vigia, Curuçá e Marapanim no âmbito de outras centralidades como a socioterritorial.

  • LAÍS MELO LIMA
  • TERRITÓRIO EM TRANSFORMAÇÃO: CONFLITOS NA PESCA ARTESANAL- ARAGUARI, PORTO GRANDE, AMAPÁ, AMAZÔNIA

  • Data: 25/03/2020
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  • O presente estudo tem objetivo principal discorre sobre os fatores que contribuíram para as transformações na territorialidade dos pescadores artesanais do Rio Araguari- Amapá. Localizado no trecho médio da bacia, os pescadores artesanais de Porto Grande, fazem parte da parcela de atingidos pelos empreendimentos hidrelétricos instalados na ultima década. Com a instalação, os pescadores artesanais do Araguari, passam a relatar, alterações nos ciclo de reprodução dos pesqueiros, e consequentemente perda da territorialidade pesqueira e de áreas piscosas. Ocorrendo, maior pressão sobre novas áreas e insegurança na trafegabilidade em pesqueiros anteriormente utilizados. Com o novo uso, passam a relatar a ocorrência de conflitos e disputas pelo recurso. Dessa forma, recorremos ao panorama de politicas implementadas sobre o espaço amazônico, para compreender as estratégias de uso e apropriação conferidas nas diferentes temporalidades pelos diferentes agentes, assim como as respectivas resistências da atividade pesqueira.

  • KENTE FRAGELUS
  • CONTRIBUIÇÃO DA AGRICULTURA URBANA E PERIURBANA AO DESENVOLVIMENTO LOCAL DO MUNICÍPIO DE MARITUBA- PARÁ

  • Data: 06/03/2020
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  • A agricultura urbana e periurbana é uma ferramenta importante para atender as necessidades alimentares crescentes da população urbana no mundo todo e, especialmente nas grandes cidades e até mesmo em alguns municípios pequenos. Neste sentido, o objetivo deste relatório de qualificação consiste em buscar compreender a contribuição da agricultura urbana e periurbana ao desenvolvimento do município de Marituba do Pará. Assim, a experiência foi conduzida a uma discussão teórica por meio de um levantamento bibliográfica referente à agricultura urbana e periurbana. Demais vamos fazer entrevistas por meio de observacões direitas e reuniões com agricultores. Destaca-se também neste relatório os pontos fortes da agricultura urbana e periurbana, bem como suas fraquezas à luz de vários autores que trabalham no campo que produzem reflexões que nos permitam entender o potencial da agricultura na cidade, bem como suas áreas periféricas. Além disso, a partir dos trabalhos de campo, outros capítulos serão desenvolvidos para identificar as relações socioespacias de produção referentes as suas atividades e os efeitos da agricultura urbana e periurbana sobre ambiente urbano e analisar o papel das forças sócio-espaciais da agricultura urbana e periurbana de Marituba do Pará.

  • ALINE SOARES DE LIMA
  • DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DE PAISAGEM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARAPANIM – PARÁ: SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

  • Data: 19/02/2020
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  • A presente pesquisa apresenta como temática central a análise das unidades de paisagem da bacia hidrográfica do rio Marapanim, Pará, com vistas a subsidiar o planejamento ambiental da área. O estudo justifica-se pela relevância socioeconômica da região intermediária de Castanhal, aspectos relacionados às suas formas de ocupação antigas seguindo na Amazônia o padrão: rio – floresta - cidade e características de usos diretamente relacionados às atividades econômicas locais, como a dendeicultura, produção de pimenta do reino, pecuária extensiva, agricultura familiar, produção de farinha, dentre outras. A metodologia utilizada contemplou levantamento bibliográfico da temática: dinâmica da paisagem, recursos hídricos, gestão ambiental, Cartografia da Paisagem, incluindo estudos sobre Geoecologia da paisagem, com a caracterização dos aspectos metodológicos que subsidiam o planejamento ambiental, a partir da realização das etapas de análise, que são divididas em: Organização, Inventário e Diagnóstico, que permitem a identificação e dianóstico das unidades de paisagem da bacia do rio Marapanim e a relação das características de usos da terra e suas características fisiográficas e socioeconômicas, além de informações para serem utilizadas no planejamento da área de estudo. Como procedimentos metodológicos, foi realizada pesquisa de campo, organização de dados para elaboração do material cartográfico do inventário da bacia hidrográfica, uso de imagens de satélites landsat 8 (2019), SRTM e uso SIGs para tratamento das informações. Uma etapa importante foi a elaboração do mapa de usos. Para este fim, selecionou-se o método de exatidão global e o índice Kappa para determinar os índices de concordância entre as informações obtidas e o real. Os resultados da pesquisa permitiram a elaboração do mapas de uso e ocupação da terra a partir da classificação de imagem de satélites e uso do índice Kappa, com valor de 0,77 e valor de exatidão global de 85%, indicando concordância muito boa para os usos verificados e a identificação e diagnóstico de 6 unidades de paisagem que apresentam as relações dos aspectos de usos e ocupação com as características fisiográficas, apontando para a necessidade de considerar os pontenciais geoecológicos de cada unidade para a realização de um planejamento ambiental compatível com as aptidões e características locais

2019
Descrição
  • LEONARDO SOUSA DOS SANTOS
  • DENDEICULTURA E TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM RURAL NA MICRORREGIÃO DE TOMÉ-AÇU,
    NORDESTE PARAENSE

  • Data: 10/12/2019
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  • A Microrregião de Tomé-Açu (MRGTA), composta pelos municípios Acará, Moju, Tailândia, Concórdia do Pará e Tomé-Açu, encontram-se bem diferente do tempo passado, cujas transformações no mosaico da paisagem são reflexos das atenções e estratégias de integração da Amazônia com o resto do país. Foram criados vários mecanismos para atrair investimentos com o escopo de facilitar e agilizar a exploração da região, dentre esses a distribuição de incentivos fiscais e creditícios que beneficiaram e continuam beneficiando várias empresas, inclusive com não pagamento de impostos, tudo como finalidade assegurar o comércio e garantir a sobrevivência dos aparatos produtivos de grande significado para País, em especial do extrativismo vegetal. Os programas de incentivo nacional para a produção de biodiesel são reflexos das atenções e estratégias de integração da Amazônia com o resto do país, através da diversificação e ampliação do setor industrial, em especial da indústria de produção de óleo de palma. Assim, observa-se que até certo ponto a paisagem rural da MRGTA sofreu alterações, resultados do dinheiro e dos benefícios concedidos pelo Estado para o plantio da Elaeis guineenses jacq (dendê). Refletimos sobre as transformações n paisagem da MRGTA, como “roupa que veste o espaço”, que remete a um lugar associado a outros lugares originando uma região que interage com outras no território nacional, que por sua vez dialoga com as lógicas espaciais globais. Os principais procedimentos metodológicos adotados foram: a revisão bibliográfica para estudo dos planos, programas, políticas e formação da dendeicultura na Amazônia paraense; interpretação e extração das imagens de satélites dos talhões de cultivos da palma africana (dendê) e sua distribuição e dimensão especial; estudo das Unidades de Paisagens (UPs) geossistêmica, em níveis superiores (zona, domínio e região) e unidades inferiores (geossistema, geofácies e geótopo), bem como a combinação de elementos físicos, biológicos e antrópicos e por fim, as transformações e dinâmicas da paisagem entre os anos de 1988 a 2018. Interpretou-se em três décadas, algumas alterações no mosaico de paisagem, provenientes de novas reedições das políticas implementadas na Amazônia, em especial para produção do agronegócio do dendê, entendido como necessário aos interesses da sociedade local, com base em “políticas sustentáveis”, da geração de trabalho, emprego e renda e conservação do meio ambiente de regiões economicamente estagnadas e ambientalmente degradadas.

  • ALAN NUNES ARAUJO
  • ANÁLISE INTEGRADA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARAGUARI – AP: SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

  • Data: 01/11/2019
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  • Esta tese tem como perspectiva principal estudar a bacia hidrográfica do rio Araguari, na Amazônia Amapaense, que é o maior sistema hídrico em extensão, largura e volume de água do Amapá, com aproximadamente 41.903km² ocupando 1/3 da área do estado. Suas nascentes situadas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, compõem o principal curso do rio Araguari que percorrerá uma distância de 300 km até sua foz no oceano atlântico em sentido NW-SE cortando o estado latitudinalmente e drenando com suas águas os municípios de Serra do Navio, Pedra Branca do Amaparí, Calçoene, Porto Grande, Ferreira Gomes, Pracuúba, Amapá, Tartarugalzinho e Cutias do Araguari. A convergência angular média e alta de seus canais somados a seus meandros mistos ou retilíneos densos, estão diretamente relacionadas a variação dos compartimentos morfoestruturais que compõem a bacia e influenciados diretamente por um processo morfotectônico ainda atuante iniciado na fase pré-holocênica. Como resultado a planície costeira compõe uma destas unidades geomorfológicas, isto é, ainda composta por sedimentos holocênicos que caracterizam uma evolução do sistema estuarino e relacionados a seus eventos deposicionais. Além da porção média e alta da bacia ser composta por rochas pré-cambrianas e terciárias pertencentes ao Grupo Barreiras e Complexo Guianense, e caracterizadas pelo embasamento cristalino (granulitos, granitos e gnaisses). Suas características morfoestruturais, somadas a uma amplitude pluviométrica média anual de aproximadamente 2.800mm/ano, influenciam para que ao longo da bacia ocorra uma variedade fitogeográfica composta por Floresta Ombrófila Densa a montante, Cerrado Arbório Arbustivo e Cerrado Parque no médio, e campo aberto e florestado, ambiente de várzea, de apicuns, salgados e mangues no baixo curso. O histórico de uso e ocupação desta bacia se relaciona diretamente as ações políticas de intervenção neste território, no qual o movimento conservacionista nacional e internacional nas décadas de 1980 e 1990, materializou a criação de unidades de conservação, com diferentes extensões e categorias em nível de governança nacional, estadual e municipal. Destacam-se ainda, áreas destinadas a reforma agrária, terras indígenas e quilombolas, pequenos centros urbanos e áreas rurais, compondo uma área superior a 50% da bacia. Por outro lado, incentivou a instalação e potencializou a utilização dos recursos naturais, frente as áreas descobertas por estes territórios ambientais federados, fato é que sediou na Amazônia Legal Brasileira a primeira empresa multinacional para exploração mineral do manganês (1957) e a Usina Hidrelétrica de Coracy Nunes (1974). Para além disso o ecossistema do Araguari é fortemente pressionado pelos extensos plantios de silviculturas e de grãos desde 1970, principalmente ocupando regiões de tabuleiros dissecados e conservados revestidos por cerrado, além da presença massiva da bubalinocultura principalmente nos campos inundáveis. Todos estes eventos pressionam os recursos naturais, homogeneizando e artificializando ambiente, culturas, sociedades e economias, re-produzindo espaços e relações de poder que se manifestarão na paisagem dentro de uma visão holística e sistêmica. Portanto este trabalho tem a perspectiva de fomentar a ordenação do território por meio de uma avaliação ambiental integrada, analisando a auto correlação espacial de múltiplas variáveis físicas, sociais e econômicas, modelando espacialmente a fragilidade destes ambientes sob uma perspectiva Ecodinâmica, concebendo ao final um plano de gestão ambiental da bacia hidrográfica do rio Araguari, no Amapá.

  • MONICA MARIA QUEIROZ DE FREITAS
  • PRODUCTION OF HOUSING AND SOCIO-SPACE INEQUALITY: An analysis of the program my house my life in the municipality of Marituba, Pará
  • Data: 30/08/2019
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  • As desigualdades socioespaciais são características da sociedade contemporânea. Isso é reflexo, produto, condição e meio dessa relação na produção da cidade que revela suas marcas visíveis ou não. A moradia é uma dessas marcas. Ao longo do tempo a renda da terra e a propriedade privada conferiram a moradia valor de troca. Essas é uma das múltiplas faces do modo de produção capitalista. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise da produção do espaço urbano a partir da produção da moradia no município de Marituba no estado do Pará. Marituba tem como característica sua localização próxima a capital Belém e também se localizar dentro da RMB. Ponto de entrada e saída da capital, a cidade tem sua história marcada pela construção da EFB. A metodologia utilizada será o materialismo histórico e dialético. Os procedimentos metodológicos consistem em Uma revisão bibliográfica referente ao tema desenvolvido. A segunda parte da pesquisa será de suma importância pois serão desenvolvidos os trabalhos de campo com coleta de dados quantitativo e qualitativos, incluindo visitas aos empreendimentos já implementados. Visitas de campos a Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), COHAB, Caixa Econômica Federal e órgão ligados a habitação. A terceira parte serão as análises dos dados obtidos referentes ao PMCMV e a produção cartográfica e a produção da dissertação escrita com todos os resultados obtidos ao longo da pesquisa. Na última parte serão produzidos, gráficos, quadros tabelas com os resultados.

     

  • LUIZ CARLOS BASTOS SANTOS
  • Desenvolvimento capitalista e condição de vida de famílias deslocadas
    compulsoriamente para Reassentamento Rural Coletivo em Vitória do Xingu, Estado do
    Pará

  • Data: 28/08/2019
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  • O modo de produção capitalista tem como característica principal a busca por resultados
    econômicos, enquanto questões relacionadas ao bem-estar social e ao meio ambiente figuram
    em segundo plano. Por meio dessa lógica, a natureza é tratada como mero produto que deve
    servir a insaciável demanda de um mercado mundializado orientado pelo sistema econômico
    dominante, o capitalista. Dessa forma, espaços com ampla disponibilidade de recursos
    naturais são tratados como áreas submissas, e que devem atender aos interesses da economia
    globalizada. Nesse sentido, a Amazônia, especialmente, torna-se objeto de interesse e meio de
    exploração para satisfazer as necessidades desse processo produtivo que é guiado pela
    ambiciosa e vertiginosa internacionalização do capital. Os grandes projetos hidrelétricos têm
    figurado entre as principais propostas de desenvolvimento da Amazônia, sendo mostrados
    como elo de integração econômica da região e alternativa de progresso local. Porém,
    predominantemente, as propostas de desenvolvimento para a região amazônica têm
    favorecido o acesso e avanço de grandes corporações capitalistas a espaços com amplo
    potencial produtivo, especialmente, hidro-agro-minerador. Essa configuração sugere estar em
    curso um processo gradual de estrangeirzação da Amazônia. Restando a descapitalização
    social e ambiental para a população local, que herdam o legado negativo da exploração. Sob
    esse ângulo, o objetivo da pesquisa consiste em: compreender o revérbero da hidrelétrica Belo
    Monte na produção do espaço agrário e suas consequências na condição de vida das famílias
    deslocadas compulsoriamente para o Reassentamento Rural Coletivo “Quilometro Vinte e
    Sete”, em Vitória do Xingu, estado do Pará. Como resultado da política de desenvolvimento
    para a Amazônia determinada pela lógica capitalista. A hipótese é que o deslocamento
    compulsório provocou rupturas social, econômica e ambiental, e o processo de acomodação e
    adaptação em Reassentamento Rural Coletivo não apresenta capacidade de mitigar a
    degradação da condição de vida das famílias vítimas da remoção forçada de seus territórios,
    com a instalação da hidrelétrica Belo Monte, no espaço agrário de Vitória do Xingu, estado do
    Pará. Em consequência da política de expansão da geração de energia elétrica pautada em um
    modelo de desenvolvimento voltado para o crescimento econômico. Metodologicamente, a
    pesquisa foi de caráter exploratório e sua abordagem qualitativa. Foram efetuados
    levantamentos de dados primários e secundários. Os dados primários foram produzidos
    através da observação e entrevistas semiestruturadas realizadas com as famílias deslocadas
    compulsoriamente para o Reassentamento Rural Coletivo “Quilometro Vinte e Sete”.
    Enquanto os dados secundários foram acessados por meio de leituras de documentos oficiais e
    outros recursos e meios disponibilizados por instituições oficiais. Adotou-se como método de
    análise e interpretação, o materialismo histórico e dialético e o Índice de Condição de Vida
    (ICV). O resultado demonstrou que, os efeitos da política brasileira de expansão da
    capacidade de geração de energia elétrica, e a consequente construção da usina hidrelétrica de
    Belo Monte, não produziu o efetivo desenvolvimento para as famílias do espaço agrário
    afetado. Constatou-se que, o deslocamento compulsório para o Reassentamento Rural
    Coletivo, não apresenta conjuntura apropriada para promover a melhoria na condição de vida
    das famílias, que tiveram seus territórios usurpados pelo empreendimento hidrelétrico.

  • CHARLES PAES SILVA
  • “Vai ter festa na cidade”:
    Produção do espaço no carnaval da cidade de Vigia-PA

  • Data: 09/08/2019
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  • Na produção do espaço da cidade, a festa caracteriza-se como fenômeno de ruptura do espaço-tempo ordinário do cotidiano que tem o seu ritmo ditado pelas atividades laborais dando início ao chamado espaço-tempo festivo, sendo também uma das práticas socioespaciais responsável pela apropriação do espaço nas cidades, principalmente aqueles considerados públicos. Essa apropriação é desempenhada a partir das estratégias e/ou táticas de diferentes agentes socioespaciais que atuam na produção do espaço festivo, seja no âmbito do espaço de representação ou da representação do espaço e que através dessa apropriação festiva atribui outros tipos de usos que nãos costumam aparecer no espaço-tempo ordinário do cotidiano da cidade. Dentre os diversos exemplos de festas que mudam a temporalidade habitual, adotamos como referencial empírico, o carnaval do município de Vigia – PA, um dos mais tradicionais na região amazônica e que ao longo de sua história vem passando por transformações no seu conteúdo seguindo a lógica da urbano-espetacularização (também presente em outras cidades da região amazônica) e que influencia na espacialidade dos agentes socioespaciais da festa e na maneira como utilizam os espaços públicos. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar a produção do espaço de representação e da representação a partir da apropriação dos espaços considerados públicos atentando para os seus diferentes usos durante os eventos festivos tendo como referencial empírico o carnaval de Vigia-PA. Para atingir tal objetivo optamos por desenvolver a pesquisa através do método dialético e pela metodologia de base qualitativa que teve como procedimentos o levantamento e revisão bibliográfica, trabalho de campo e produção cartográfica. A estrutura e a redação da dissertação seguiram as etapas do método regressivo-progressivo proposto por Henri Lefebvre e que se constitui em três etapas: teórico-descritiva, analítico-regressiva e histórico-genética. Com a pesquisa constatou-se que mesmo com a lógica da representação do espaço cooptada pelo capital e que é imposta por aqueles que desempenham as estratégias dominantes na festa carnavalesca, existem resistências, manifestações espontâneas que não seguem as estratégias normatizadoras e que estão ali porque os agentes que as praticam tem no espaço da festa, um simbolismo e que determinadas maneiras como usam esses espaços públicos no carnaval são a maneira como vivem a festa o que remete ao aspecto vivido ou espaço de representação de cada participante.

  • GLEICIELY BARROSO CARVALHO
  • REPRODUÇÃO URBANA NA AMAZÔNIA: INTERPRETAÇÃO DO CIRCUITO SUPERIOR DA ECONOMIA DA CIDADE DE ALTAMIRA (PA)

  • Data: 23/07/2019
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  • A expansão da fronteira econômica na Amazônia, sobretudo na década de sessenta, propiciou a reestruturação das cidades da Amazônia principalmente no que tange a rede urbana e a importância dessas cidades na lógica do capitalismo. A partir desse processo de expansão da fronteira econômica as cidades ganharam novos papeis na logica capitalista. Nesse contexto, destaca-se Altamira (PA), que exerce um papel de cidade polo da Região de Integração do Xingu, onde moradores das cidades vizinhas buscam utilizar os serviços públicos e o comércio que não encontram em suas cidades. Nesse sentido, tanto a economia inferior e superior da cidade tem um papel de relevância na escala Estadual, Federal e Mundial. Nessa perspectiva, procura-se compreender qual o papel e a importância da cidade de Altamira para a economia nacional, através do circuito superior da economia urbana; e também busca se verificar se com a instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte houve alteração na economia da cidade, e se a economia da cidade sofreu uma reestruturação para atender a implantação desse objeto espacial. Tendo em vista a importância socioeconômica de Altamira para a região de integração do Xingu, apresenta-se, na presente dissertação, o tema pesquisado; a introdução, com a exposição dos seguintes elementos da pesquisa: problema central, objetivos, hipótese, justificativa e os procedimentos metodológicos utilizados na dissertação; primeiro, segundo e terceiro capítulo, com a sistematização da pesquisa, no qual o primeiro capítulo expõe uma revisão bibliográfica acerca do conceito do circuito da economia desenvolvido por Milton Santos para analisar a economia dos países subdesenvolvidos, o segundo capítulo busca realizar levantamento sobre a formação espacial da cidade de Altamira, e o terceiro capítulo apresenta os principais componentes do circuito superior da economia urbana da cidade de Altamira-Pará, como ela se transformou de 2000 a 2018 e como estão estabelecidas as relações de horizontalidade e verticalidade.

  • EDGAR TEÓFILO DO ROSÁRIO NETO
  • A DENDEICULTURA E O CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO NA MICRORREGIÃO DE TOMÉ-AÇU: desafios e perspectivas

  • Data: 26/06/2019
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    A análise da relação entre a dendeicultura e o Novo Código Florestal Brasileiro na microrregião de Tomé-açu, Nordeste do Pará é o objeto de reflexão deste estudo, que tem como objetivo descrever e analisar a legislação ambiental desde a época em que o Brasil era colônia, até os dias atuais, para que se possa entender o tema culturalmente em relação à história da região. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e revisão bibliográfica, por meio dos quais resgataram-se elementos históricos, conceituais e legais sobre a dendeícultura. Os resultados mostraram que desde o período da colonização, os portugueses impuseram uma legislação “ambiental”, que, na verdade, estava muito mais preocupada em defender o monopólio da coroa e as legislações de cunho ambiental são frágeis e demandam de diversas modificações. No decorrer do Século XX, diversos projetos agrícolas foram organizados no Nordeste paraense, na microrregião de Tome-Açu, até chegar ao dendê, que teve investimento público ou privado, técnicas e políticas públicas, direcionadas à expansão da oleaginosa na Amazônia, devido a sua importância internacional. Verificou-se, segundo pesquisas anteriores, que essa cultura permite fixar o homem ao campo, que ele tenha uma fonte de renda durante todo o ano, possibilitando, desta forma, melhorar sua condição socioeconômica, absorvendo grande número de mão de obra local, contando com mais de 10.000 trabalhadores diretos e indiretos, apesar de alguns estudiosos entenderem que a dendeícultura promove a desestruturação da agricultura camponesa local, contribuindo para a exclusão do campesinato. Contudo, as considerações apresentadas neste estudo não têm como intenção a defesa de uma verdade única e absoluta sobre o assunto, dada sua magnitude e importância, mas levam a crer que, tanto o Código Florestal em vigor, quanto a cultura do dendê na região encontram-se ainda em processo de evolução,

  • ANDRE FELIPE DOS SANTOS VASCONCELOS
  • “O MUNDO É DIFERENTE DA PONTE PRA CÁ”: TRANSFORMAÇÕES URBANAS RECENTES E PRODUÇÃO DE TERRITÓRIOS DISSIDENTES POR MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS NA ILHA DE CARATATEUA (BELÉM-PA).

  • Data: 25/06/2019
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  • O trabalho apresenta uma contribuição à leitura dos movimentos sociais urbanos a partir da Geografia. Diante de um caso concreto, objetiva-se analisar como ocorre a territorialização da luta por moradia partindo uma ocupação urbana na porção insular da cidade de Belém-PA no contexto recente de transformações de ordem urbana decorrentes do desenvolvimento de dispersão metropolitana acentuado na década de 1980 em virtude de mudanças regionais. No primeiro momento mais teórico há o debate sobre a metropolização atrelado às discussões sobre a luta por moradia, direito à cidade e processos de resistência urbana. Logo após, à luz deste ferramental, realizamos o trabalho de campo; foram utilizadas fontes bibliográficas da Geografia e das Ciências Sociais; por meio de amostragem, aplicamos questionários e entrevistas. Verificamos que os expedientes táticos e estratégicos de um movimento social urbano no início do caso em tela estiveram imbuídos por práticas espaciais insurgentes que conformaram territórios de dissidência no interior da metrópole como contra-hegemonia à violação de direitos constituídos. De 2011 aos dias atuais o desgaste no entanto parece ser bem mais evidente no movimento de moradia, fazendo com que se verificasse em parte nossa hipótese inicial - em virtude tanto da intensificação da espoliação urbana quanto do clientelismo identificado. Conclui-se apontando para a consideração das multitettitorialidades no planejamento urbano metropolitano. Neste sentido ressalta-se a importância da leitura geográfica sobre as ações coletivas engendradas por movimentos sociais no sentido de abordá-las, compreendê-las numa conjuntura de desafios impostos pelo capitalismo, onde tanto os geógrafos e os movimentos possam cooperar para efetivação do direito à cidade e de maior justiça sócio-espacial.

  • MATHEUS CARDOSO SILVA
  • ESTUDO DA DINAMICA DA PAISAGEM, QUALIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE URBANA NOS BAIRROS DO CRUZEIRO E TENONÉ, ICOARACI – BELÉM- PARÁ.

  • Data: 24/06/2019
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  • As cidades brasileiras vêm passando por um processo intenso de crescimento populacional resultante de um movimento de migração da população de áreas rurais no sentido das áreas mais urbanizadas. Em virtude desse movimento muitas áreas cresceram sem nenhuma forma de ordenamento deixando esses espaços com problemas socioambientais. Nesse sentido, é importante que seja realizado um planejamento ambiental a fim de diminuir os impactos negativos nos espaços urbanizados e assim melhorar a qualidade ambiental para desenvolver uma sustentabilidade urbana que possua espaços equilibrados ambientalmente, proporcionando um conforto para a população residente. O objetivo deste trabalho é analisar a situação ambiental dos bairros do Cruzeiro e Tenoné do distrito administrativo de Icoaraci – Belém. Para isso, foi utilizada a metodologia proposta por Kawakubo e Morato (2007), no intuito de analisar a situação da qualidade ambiental urbana dos bairros, a partir de dados disponibilizados pelo IBGE (2010), para a elaboração de índices de dez indicadores selecionados: iluminação, pavimentação, calçada, meio fio, cobertura vegetal, ausência de lixo acumulado, lixo coletado, abastecimento de água, ausência de esgoto a céu aberto e esgotamento sanitário, para após desenvolver um índice sintético, o índice de qualidade ambiental urbana. Em seguida elaborou-se um mapa da distribuição dos indicadores utilizados por setor censitário dos bairros. E com os resultados acerca da qualidade ambiental urbana dos bairros do Cruzeiro e Tenoné foi possível observar quais indicadores são os mais precários e que necessitam de intervenção de políticas públicas voltadas para a minimização dos impactos para que se estabeleçam condições adequadas de vivencia das populações.

  • INDYHAIA NARAYANNE DA SILVA FAVACHO
  • RISCOS DE EVENTOS DE INUNDAÇÃO DECORRENTE DA ATIVIDADE
    HIDRELÉTRICA NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE FERREIRA GOMES,
    AMAPÁ –BRASIL.

  • Data: 19/06/2019
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  • Esta pesquisa apresenta uma análise sobre processos de inundação na área urbana do município de Ferreira Gomes no Amapá relacionados à presença de empreendimentos hidrelétricos no médio curso do rio Araguari, que banha toda a orla do município. No intuito de compreender a dimensão da exposição ambiental e social envolvidos, os estudos foram embasados na teoria geossistêmica de análise da paisagem, onde, os diferentes elementos que compõem o sistema são observados a partir da dinâmica das relações entre estes e os efeitos ao ambiente. Além disso, foi feito um levantamento histórico sobre empreendimentos hidrelétricos na região amazônica brasileira, os impactos e riscos associados à implantação de grandes projetos no intuito de alicerçar o entendimento sobre o uso dos recursos naturais do ponto de vista da gestão ambiental. Os conceitos e a metodologia aqui apresentados fundamentaram o diagnóstico ambiental da área, através da caracterização biofísica do perímetro urbano e da atividade de campo, onde foram preenchidas fichas de setorização, com observações de aspectos ambientais e coleta de imagens do cenário atual da área. Este levantamento possibilitou a classificação em setores com diferentes graus de risco a inundação, tendo em vista elementos como o padrão construtivo das moradias e a proximidade com o rio. Dessa forma, são analisadas as condições de recepção e resiliência da população e das entidades públicas e privadas envolvidas, diante de situações de emergência e como estudos de diagnostico ambiental e mapeamento de risco podem auxiliar no desenvolvimento de estratégias de gestão de impactos.

  • MARCOS JONATAS DAMASCENO DA SILVA
  • TERRITÓRIO E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS: estudo de caso da Bacia do Igarapé Mata Fome em Belém, Pará

  • Data: 11/06/2019
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  • RESUMO
    A Bacia do Mata Fome em Belém vem, desde a década de 1980, passando por modificações socioespaciais devido ao processo de ocupação urbana, o que resultou na diversificação dos usos da terra na referida bacia. Por sua vez, a diversidade dos usos da terra ocasionou conflitos socioambientais. O presente trabalho tem como objetivo analisar os conflitos socioambientais na Bacia do Mata Fome, dando ênfase aos conflitos fundiários. Para tanto, foi realizado o mapeamento de uso da terra, bem como dos conflitos socioambientais que ocorrem na referida bacia, onde se constatou que os conflitos fundiários são os mais numerosos. Nesse sentido, verificou-se ao longo dessa pesquisa que os conflitos fundiários na área de estudo têm tempos de ocorrência diferentes e envolvem dois atores sociais: os moradores das ocupações espontâneas e os proprietários fundiários. Tais litígios ocorrem devido aos diferentes interesses desses grupos sociais quanto à propriedade da terra, uma vez que para o primeiro grupo a terra tem como função a moradia, enquanto para o segundo, tem como finalidade a especulação imobiliária.

  • LUANA OLIVEIRA DA CONCEICAO
  • PROCESSO DE PATRIMONIALIZAÇÃO E PRODUÇÃO DO ESPAÇO NA ORLA DO CENTRO HISTÓRICO DE BELÉM-PA

  • Data: 10/06/2019
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  • O processo de patrimonialização pode ser caracterizado como um vetor que contribui consideravelmente para a produção do espaço urbano, a partir das transformações e propostas urbanísticas, onde observamos ações direcionadas para a preservação, valorização ou ressignificação do patrimônio. Observando a sua importância para a dinâmica socioeconômica da cidade, esse estudo visa analisar a produção do espaço na orla do Centro Histórico a partir do processo de patrimonialização, para alcançar este objetivo a pesquisa apresenta as seguintes questões: Como o processo de patrimonialização tem influenciado na produção dos espaços vividos e concebidos na orla do CHB? Quais os principais agentes que contribuem para o processo de produção do espaço na orla? Quais as estratégias de uso e apropriação são adotadas e os possíveis conflitos existentes entre os agentes produtores dos espaços patrimonializados? Os procedimentos metodológicos seguidos foram: revisão bibliográfica teórico-conceitual, análise documental, produção cartográfica, levantamento e registro fotográfico, assim como trabalhos de campo na área do objeto de estudo e entrevistas direcionadas aos agentes da produção do espaço. Desta forma, a análise desse processo possibilita compreender as estratégias políticas para o patrimônio cultural a partir das intervenções urbanas, a compreensão da importância de cada agente e como eles se apropriam destes espaços, mesmo com os conflitos ocasionados pelas intensas transformações no espaço da orla.

  • SÂMIA KAROLLYNE MOURA DA CRUZ
  • DESIGUALDADE SOCIOESPACIAL E PRODUÇÃO DA MORADIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NA CIDADE DE CASTANHAL, PARÁ

  • Data: 31/05/2019
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  • A cidade de Castanhal a partir do início do século XXI vem passando por significativas transformações na composição de seu espaço urbano, marcado por um intenso incremento populacional e por um rápido processo de expansão do tecido urbano que cresce mediante a ampliação de seus espaços periféricos. O conjunto destas transformações reverbera em novas configurações territoriais no que tange a produção das desigualdades socioespaciais e da moradia na referida cidade, onde o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) desempenha papel importante. A esse respeito, o respectivo programa lançado em 2009 pelo governo federal, possui efeitos significativos na (re) organização do espaço de diversas cidades brasileiras. Na escala da cidade de Castanhal a análise referente às condições de inserção dos empreendimentos do respectivo programa traz à tona problemas vinculados à reprodução da desigualdade e da injustiça espacial. Diante disto, este trabalho, objetiva analisar como a produção do espaço urbano a partir do PMCMV, interfere na produção da moradia e na desigualdade socioespacial na cidade de Castanhal/ PA. Defende-se a ideia de que as atuais dinâmicas de produção da moradia promovidas pelos empreendimentos do PMCMV na cidade de Castanhal tem contribuído para reforçar o padrão de desigualdades socioespaciais existentes ao ratificar as diferenças entre os sujeitos que produzem e consomem o espaço urbano da cidade, constituindo-se ainda elemento de negação dos princípios de justiça espacial e do direito à cidade. A pesquisa, portanto consiste em um estudo de caso, a partir do qual se efetuou levantamento e análise bibliográfica e documental, produção cartográfica, observações sistemáticas qualitativas, registros fotográficos e realização de entrevistas semiestruturadas nos empreendimentos que compõem tanto as faixas de renda do programa como naqueles construídos e comercializados mediante a concessão de crédito a financiamentos habitacionais. Os resultados alcançados permitem verificar que o significado do programa na expansão do tecido urbano castanhalense assim como a promoção da desigualdade socioespacial estão diretamente relacionadas ao tipo de público atendido em suas respectivas faixas de renda. Constatou-se também que seus efeitos sobre a cidade estendem-se para além de somente as implicações relacionadas aos empreendimentos de suas faixas de atuação. O programa que também introduziu no mercado privado um grande volume de crédito fomentou o crescimento imobiliário da cidade e o número de empreendimentos privados construídos, caracterizando-se, desta forma, não somente enquanto política pública de interesse social, mas também como oportunidade essencial para expansão do mercado imobiliário e do próprio tecido urbano da cidade imprimindo na produção de seus espaços uma série de desigualdades e injustiças espaciais mediante a produção da moradia.

  • KARINA PIMENTEL DOS SANTOS
  • A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E VIDA COTIDIANA:
    uma análise nos diferentes assentamentos urbanos em Castanhal-PA

  • Data: 22/04/2019
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  • Compreende-se que a cidade não se caracteriza enquanto um molde pronto e acabado, servindo apenas como um palco para a atuação da sociedade, pelo contrário, é reflexo das relações sociais nela existentes. Embasado na ideia de que o espaço é uma ‘condição’ para que a natureza e sociedade existam, um ‘meio’ para que esta se reproduza e ao mesmo tempo ‘produto’ de suas ações e transformações (LEFEBVRE, 2008), consideramos o espaço urbano dinâmico, produzido por diferentes agentes e em constante processo de estruturação. Pautado nessas afirmações, o presente trabalho tem como objetivo principal compreender o processo de produção do espaço urbano de Castanhal/PA a partir de diferentes espaços de assentamentos urbanos, analisando a expansão territorial e os efeitos na vida cotidiana dos moradores. A cidade faz parte da Região Metropolitana de Belém – RMB, mas ainda assim possui uma centralidade própria, polarizando quatorze cidades ao entorno, segundo o estudo da REGIC 2007 (Região de Influência das Cidades) e se caracterizando como um Centro Sub-regional A. Essa dual dinâmica apresentada por Castanhal resulta do seu processo histórico de formação que ajudou a destacar a cidade enquanto centro, segundo Ribeiro (2017) foram esses: a construção da Estrada de Ferro de Bragança – EFB; a retirada da EFB e posteriormente a implantação da BR-316; e o forte processo de dispersão metropolitana que a cidade vem sofrendo, que resultou na sua inserção na RMB em 2011. Dessa maneira, cada elemento que foi destacado contribuiu para a organização das formas espaciais de Castanhal, resultando na complexidade urbano-regional em que ela hoje apresenta, como por exemplo, a estruturação dos espaços de assentamentos urbanos, produzidos por diferentes agentes, sendo alguns deles: o Estado, implantando as construções pelo Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV; o capital privado imobiliário, com os empreendimentos de médio e alto padrão, como os grandes condomínios fechados; e a população socialmente excluída, que organiza suas moradias a partir da autoconstrução, localizados em áreas irregulares. Podemos verificar, a partir da análise da estruturação desses empreendimentos, o intenso processo de produção do tecido urbano da cidade composto pela lógica de atuação e espacialização desses agentes, que apesar de atuarem em áreas próximas, modificam e estruturam esse espaço de maneira distinta, procura-se, analisar esse processo e os efeitos na vida cotidiana dos moradores.

  • ANGELA KAORI SAKAGUCHI
  • NAS REDES DA PESCA: CENTRALIDADE URBANO-REGIONAL E ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM BRAGANÇA/PA

  • Data: 15/04/2019
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  • A cidade de Bragança, localizada no Nordeste do Pará, é classificada no âmbito da rede urbana do Nordeste Paraense como centro sub-regional B de acordo com o estudo da REGIC 2007 (IBGE, 2008), tomando por base sua centralidade urbano regional como elemento fundamental no processo de intensificação das interações espaciais e, por conseguinte, a própria estruturação da rede urbana. Neste sentido, Bragança constitui importantes articulações regionais que se expressam por meio da atividade da pesca, destacados na presente pesquisa, tendo como objetivo principal analisar as implicações da atividade pesqueira sobre a centralidade urbano-regional de Bragança e sobre a estruturação de seu espaço urbano. Os procedimentos metodológicos, desenvolvidos com o propósito de alcançar os objetivos estabelecidos perpassam pela constituição de uma fundamentação teórica, pelo levantamento e análise de documentos e dados secundários e pela realização de trabalhos de campo, com diversas finalidades, entre elas, a efetuação de entrevistas. Deste modo, constatou-se que a pesca se destaca como atividade estruturadora e constituidora de fluxos constantes de pessoas, bens e serviços para a cidade de Bragança, proporcionando ao município, através da comercialização do pescado grande destaque no que concerne a sua centralidade urbano-regional dentro da rede urbana do Nordeste Paraense.

  • JOELMA COSTA MAGNO
  • INFLUÊNCIA DO TEMPO NOS DESASTRES NATURAIS: problemática das áreas com elevados registros de inundações ou alagamentos, Belém-PA

  • Data: 15/04/2019
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  • As inundações e alagamentos que ocorrem em Belém, capital do estado do Pará, costumam trazer consigo diversos problemas de ordem ambiental, social e econômica que influenciam diretamente na dinâmica da cidade, bem como, dos indivíduos que nela residem ou transitam. A vista do exposto, diversos estudos sobre a ocorrência desses eventos no município foram produzidos, esses trabalhos geralmente abordam temas como as características naturais ou antrópicas que dão origem ou intensificam a ocorrência desses desastres em Belém, e a vulnerabilidade da população a esses fenômenos. Contudo, não há pesquisas sobre um dos elementos primordiais para a caracterização do risco, da ameaça, do desastre e da vulnerabilidade, o Tempo. Portanto, o principal objetivo deste trabalho foi compreender a influência do Tempo na caracterização e análise de desastres naturais, por meio da investigação da problemática das áreas com maior registro de inundações e alagamentos de Belém. Para isso, foi necessário: delimitar as três áreas com maior recorrência de inundações ou alagamentos do município, que foram utilizadas como estudo de caso deste trabalho; delimitar a influência do Tempo na ameaça (inundação e/ou alagamento) e analisar a influência do tempo na vulnerabilidade (exposição, resiliência e suscetibilidade) dos habitantes de Belém a esses desastres. Os resultados apontam que a abordagem do Tempo é necessária para a compreensão do contexto de desastre e de vulnerabilidade da população face à ocorrência de inundações ou alagamentos em Belém, consequentemente, torna-se também relevante para o desenvolvimento de estratégias, por parte do Estado, voltadas para a minimização ou resolução da vulnerabilidade desses cidadãos a esses eventos danosos.

  • HERIQUE HEBER DOS SANTOS REIS
  • MOVIMENTOS SOCIOTERRITORIAIS E QUESTÃO AGRÁRIA NA
    AMAZÔNIA PARAENSE: Território e educação como elementos de luta, resistência
    e recriação camponesa.

  • Data: 12/04/2019
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  • Esta dissertação apresenta a pesquisa sobre os movimentos socioespaciais e socioterritoriais do campo e a Questão Agrária na Amazônia paraense, sobretudo as reflexões teóricas firmadas no âmbito do debate no Núcleo de Estudos e Pesquisas Agrárias sobre Desenvolvimento, Espaço e Conflito (NEADEC). Objetivamos uma interpretação do território, enquanto uma totalidade que compõe a conflitualidade manifestada em múltiplas dimensões e escalas, e o desdobramento deste no conceito de movimentos socioterritoriais como um instrumento teórico metodológico geográfico seminal para compreender as conflitualidades no bojo das lutas de agentes coletivos do campo. Dentre estas, estacamos a Educação do Campo como elemento que produz e reproduz as territorialidades e modo de vida camponês, revelando sua imprescindibilidade para resistência e recriação do campesinato.Este relatório contém uma reflexão teórica sobre espaço, território, movimentos socioespaciais e socioterritoriais, em seguida o arcabouço do que vem sendo construído como segundo, terceiro e quarto capítulo, os quais apresentam o debate paradigmático entre o Paradigma da Questão Agrária (PQA) de tendência campesinista e o Paradigma do Capitalismo Agrário (PCA), a trajetória e lutas em curso do MST, bem como sua luta pela Educação do Campo.A metodologia utilizada foi à análise quantitativa e qualitativa da temática discutida, a observação participante e entrevistas com lideranças Sem Terra.

  • HUGO PINON DE SOUSA
  •  ESTRATÉGIAS TERRITORIAIS DE SOBREVIVÊNCIA DE PESCADORES NO
    DISTRITO DE SÃO JOÃO DO ABADE (CURUÇÁ, PARÁ, BRASIL)


  • Data: 28/03/2019
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  • O distrito de São João do Abade, área de estudo da presente pesquisa, no município de Curuçá, é um dos principais entrepostos pesqueiros da região. Com uma diversidade de frigoríficos, bem como, armazéns e o próprio mercado municipal, reúne as condições para agregar relevância no que concerne ao desenvolvimento do setor pesqueiro. Em Curuçá se pratica a pesca comercial de tipo artesanal, segundo o artigo 8° § 1° da lei n°11. 959 de 29 de junho de 2009. Esta pesquisa de dissertação partiu da premissa que esses pescadores comerciais de tipo artesanal se dividem em dois grupos distintos em Curuçá: os pescadores autônomos e os pescadores subordinados aos marreteiros no qual ambos vendem o seu pescado no distrito de São João do Abade. Os marreteiros que residem no Abade e que possuem suas origens no município de Bragança contratam verbalmente pelo aviamento esses pescadores que em sua maior parte são também de outros municípios da porção nordeste paraense enquanto os pescadores autônomos, de origem curuçaense em sua maior parte, buscam romper com esta dependência das intermediações realizadas pelos marreteiros ou regatões no comercio de pescado. A presente dissertação discorre que os conflitos territoriais entre esses dois segmentos sociais está posto dessa maneira em razão da disputa pelos mercados consumidores de pescado e também pelas espécies de maior valor comercial. Para se manter e sobreviver enquanto segmento social na atividade de pesca esses dois grupos desenvolvem estratégias territoriais e para analisar essas ações pragmáticas e os conflitos entre os agentes envolvidos foi utilizado como metodologia investigativa neste estudo o mapeamento participativo com auxílio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) junto a esses atores sociais somado com as entrevistas estruturadas com observações em questionários e registros fotográficos in loco da realidade da pesquisa.

  • EDINAEL PINHEIRO DA SILVA
  • A REESTRUTURAÇÃO DO MODO DE VIDA QUILOMBOLA DE SÃO TOMÉ DE
    TAUÇU NO RIO ACUTIPEREIRA MUNICÍPIO DE PORTEL (PA)

  • Data: 28/03/2019
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  • A comunidade1 A comunidade remanescente de quilombo de São Tomé de Tauçú apresenta
    reestruturação em seu modo de vida, via sistema capitalista de produção e inserção de novos
    padrões culturais. Com base nisso, esta pesquisa se problematiza em torno de quais são os
    fatores que estão gerando modificações no modo de vida tradicional a partir da inserção de
    novos padrões e elementos que estão reestruturando e remodelando a cultura dos
    remanescentes de quilombo. Bem como, objetiva a) Analisar os conceitos e concepções sobre
    o modo de vida, métodos, etc.; b) Explicar como vem ocorrendo o processo de reestruturação
    do modo de vida quilombola a partir de sua trajetória na Amazônia e, consequentemente, se
    estes atores sociais estão resistindo ou não a este processo; c) Identificar os fatores que estão
    contribuindo para a reestruturação dos padrões de vida tradicional dos remanescentes de
    quilombo. Posto isso, propomos verificar: “A reestruturação do modo de vida quilombola de
    São Tomé de Tauçú no Rio Acutipereira Município de Portel (PA)” objetivando analisar as
    transformações no modo de vida quilombola e seus desdobramentos na contemporaneidade e
    consequentemente os elementos que estão sendo substituídos a partir da inovação do processo
    de produção no território quilombola do Tauçú. Assim, o sistema capitalista de produção tem
    promovido à reorganização, reestruturação do meio social, costumes, crenças, hábitos e
    processo de produção, apresentando facilidades no modo de subsistir. Portanto é verificado
    também em decorrência do vínculo com o poder público municipal e pelos benefícios de
    programas sociais, bolsa família, bolsa verde e etc.

  • RAFAELA BRAGA DA SILVA
  • DINÂMICA COSTEIRA, INUNDAÇÕES E VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO DISTRITO DE MARUDÁ-PÁ.

  • Data: 14/03/2019
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  • Com seu ecossistema frágil, devido a sua grande biodiversidade a zona costeira é considerada um dos ambientes de maior vulnerabilidade física e socioeconômica, com isso, além dos perigos naturais (inundações), as zonas costeiras, encontram-se em crescente processo de ocupação, o caso do litoral paraense, onde sua faixa de zona costeira tinha ligação através dos rios com a capital, facilitando assim sua ocupação inicial, sua intensificação se deu pelas praticas turísticas e econômicas, o que elevou a sua vulnerabilidade, intensificando os problemas relacionados às inundações. É o caso do distrito de Marudá no município de Marapanim, o município localiza-se na mesorregião do nordeste paraense, com uma população de 26.605 habitantes é constituído de quatro distritos, onde o recorte espacial de analise é o distrito de Marudá, conhecida também como costa do salgado paraense que apresenta às reentrâncias ou “falsas rias”, que servem de escoadouro para os rios que nascem no planalto costeiro. Nesta área predomina o crescimento desordenado nas cidades costeiras com o aterramento de manguezais. Haja vista que o problema das inundações é uma realidade brasileira que causa grandes transtornos para a população litorânea, que acarreta em impactos negativos e consequentemente no seu desequilíbrio, gerando áreas vulneráveis e em potencial risco para a população local. Assim a pesquisa pretende realizar um diagnostico de vulnerabilidade socioambiental à inundação no distrito de Marudá, frente à dinâmica de ocupação.

  • PIERA BRENDA COELHO AMORA
  • DINÂMICA POPULACIONAL E URBANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO PARAENSE: 1980 a 2010

  • Data: 14/03/2019
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  • A partir da segunda metade do século XX, a Amazônia Legal foi alvo de políticas de desenvolvimento regional cujos impactos alteraram os padrões de organização do espaço. Uma nova configuração urbana emergiu vinculada à integração nacional e, nesse contexto, surgiram novos núcleos urbanos. A análise dos dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou a associação entre o processo de urbanização e a dinâmica populacional, emergente a partir da implantação de projetos de infraestrutura (energia e rodovias), projetos de colonização, projetos de exploração de recursos naturais (extração mineral, madeiras) e projetos agropecuários. Com base nessas informações e utilizando os dados estatísticos, foram realizados cálculos de Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA) e Grau de Urbanização para os municípios paraenses nos períodos intercensitários (1991-2000, 2000-2010 e estimativas para o período 2010-2018). Essas informações permitiram a produção de mapas que indicaram novas tendências nas dinâmicas populacionais e urbanas, mostrando um novo ritmo de crescimento e distribuição populacional nesses períodos. Os resultados mostraram que a população paraense cresceu 72% entre 1991 e 2018, e grande parte desse contingente concentra-se nas áreas urbanas, representando 68% da população estadual. Houve o arrefecimento do número de municípios a partir de 1997, o que provocou o aumento do número de cidades com maior concentração populacional, ampliando o quantitativo de cidades com mais de 50.000 habitantes.  O número de imigrantes para o estado do Pará teve um acréscimo de 8% entre os Censos de 2000 e 2010 sendo, na maioria, migrantes intrarregionais.

  • WELLINGTTON AUGUSTO ANDRADE FERNANDES
  • DINÂMICA DA PAISAGEM NO ENTORNO DA RESEX MARINHA DE SÃO JOÃO DA PONTA - PA: MONITORAMENTO ORBITAL DE ZONAS DE AMORTECIMENTO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO” 

  • Data: 28/02/2019
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  • A principal importância das Zonas de Amortecimento (ZA) em Unidades de Conservação
    (UC) é justamente a proteção da unidade e do seu entorno no que concerne à gestão dos
    recursos naturais de forma sustentável, objetivando reduzir a pressão que as atividades
    humanas exercem sobre a unidade. No caso especificamente da ZA da RESEX Marinha de
    São João da Ponta essa pressão está ligada principalmente ao crescimento da agricultura e da
    expansão da área urbana em detrimento da diminuição das áreas de vegetação (floresta
    ombrófila densa aluvial e do manguezal), com destaque para o grande mosaico de fragmentos
    das RESEX localizadas na zona costeira do estado do Pará. Na dissertação, objetivou-se
    avaliar a dinâmica da paisagem a partir da avaliação multitemporal do uso e cobertura da
    terra, posteriormente aplicando as métricas de paisagem (landscape metrics) para
    compreender sua estrutura. A utilização de métricas de paisagem permitiu avaliar que apesar
    da diminuição das áreas de vegetação, foi encontrado um número elevado de fragmentos
    menores que cinco hectares permitindo inferir que é necessário potencializar a fiscalização
    ambiental nessas áreas. O monitoramento da zona de amortecimento (ZA) das unidades de
    conservação é essencial para a gestão e proteção da biodiversidade, especialmente se tratando
    dos diferentes tipos de uso da terra encontrados na Amazônia. Constatou-se através das
    métricas de paisagem relacionadas a índices de área (CA) e (PP) e tamanho (NP) e (MPS) que
    principalmente os fragmentos de vegetação menores que dez hectares (>10 ha) têm maior
    tendência ao retalhamento e a perda da conectividade, ou seja, são áreas prioritárias às
    politicas públicas de proteção ambiental, esses fragmentos menores sofrem maior pressão da
    agricultura, observados a partir de dados de sensoriamento remoto. Como fruto dessa
    discussão, propõe-se como ação o desenvolvimento do Projeto Monitoramento Orbital de
    Zonas de Amortecimento em Unidades de Conservação (MOZAUC) uma cooperação técnica
    com o ICMBio/São João da Ponta, visto que colabora grandemente para a gestão ambiental e
    modernização de processos no manejo. Finalmente, o estudo da dinâmica da paisagem no
    entorno da RESEX Marinha de São João da Ponta contribuiu para a gestão da unidade, pois
    possibilitou avaliar e monitorar as pressões sobre a biodiversidade local através da análise da
    dinâmica da paisagem.

  • ITALLA CRISTINA NEVES
  • DESTERRITORIALIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS
    REASSENTADAS NO RUC JATOBÁ, ALTAMIRA-PA.

  • Data: 22/02/2019
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  • A utilização da opção hidro energética no Brasil foi difundida na década de 1950,
    período este, no qual o país tinha como propósito principal a construção de Grandes Projetos,
    com finalidade de solucionar os problemas voltados as questões de energia elétrica no país.
    Deste modo, dar-se a inserção dos Grandes Projetos na Amazônia cujo a principal argumento
    era de que com a construção destes empreendimentos traria o tão cobiçado desenvolvimento
    socioeconômico para a região, desconsiderando a dinâmica regional e as populações
    tradicionais ali existentes. Pois, quando implantados na região, desestruturam a lógica de
    organização social, inferindo incontáveis impactos gerados tanto de cunho material quanto
    imaterial, a ruptura de laços afetivos e culturais estabelecidos no território, sendo que esses
    projetos são responsáveis pela organização e controle do território. O objetivo nesta dissertação
    é analisar a desterritorialização vivida pelas famílias reassentadas no RUC Jatobá, Altamira-PA
    em função do empreendimento hidrelétrico de Belo Monte. Procurou-se verificar as novas
    relações no reassentamento, uma vez que distanciam das relações estabelecidas no antigo
    território, das condições de produção material e imaterial historicamente estabelecidas. Em
    pesquisa, definiu-se os seguintes procedimentos: levantamento bibliográfico e documental à
    qual envolve levantamento bibliográfico adquiridos no decorrer das disciplinas e orientações,
    realização de trabalhos de campo, análise da área de estudo, fotografias e elaboração de mapas.
    Portanto, tem-se como central a complexidade dos processos ocorridos com a
    desterritorialização, deixando evidente como esses grandes projetos modificam não apenas a
    estrutura produtiva regional, mas também o processo de organização do espaço e as condições
    de vida das pessoas viventes das áreas afetadas pelo empreendimento. Notadamente os
    interesses são pautados na dinâmica capitalista e buscam produzir os espaços, contornar o
    território, normalmente, descaracterizando os anseios e dinâmicas da população local

  • RONICLEICI SANTOS DA CONCEICAO
  • DESTERRITORIALIZAÇÃO DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES EM
    ALTAMIRA-PA FACE A UHE BELO MONTE: UM ESTUDO DAS
    TERRITORIALIDADES NO RUC JATOBÁ.

  • Data: 22/02/2019
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  • A desterritorialização sofrida pelas crianças e adolescentes na cidade de Altamira,
    Sudoeste Paraense, desencadeou rupturas drásticas nas condições de vida das
    crianças e adolescentes, sobretudo, nas materialidades e imaterialidades
    preexistentes. Em tal premissa, tem por objetivo analisar as territorialidades de tais
    sujeitos/atores sociais no RUC Jatobá. No entanto, tal análise é um desafio, pois no
    meio acadêmico brasileiro, há uma carência das ciências em discussões
    empreendidas na defesa das crianças e adolescentes, sobretudo, na Geografia, em
    considerar esses sujeitos/atores como protagonistas e participantes da vida em sua
    totalidade, e como, objetos de pesquisas cientifica. Neste ínterim, a presente
    dissertação se sustenta, utilizando a Dialética como método para analisar as
    territorialidades das crianças e adolescentes no Reassentamento Urbano Coletivo
    Jatobá, em função da desterritorialização ocasionada pela UHE Belo Monte. Dessa
    forma adotou-se como procedimentos metodológicos entrevistas semiestruturadas
    com os sujeitos crianças e adolescentes, levantamento documental através dos
    órgãos públicos instalados no RUC Jatobá como a Creche e o Unidade de Saúde,
    dados e entrevistas com membros do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB)
    e Conselho Tutelar de Altamira. Obtendo como resultado territorialidades distintas,
    porém com rupturas nas bases imateriais, fragilizadas e inseguras quanto a reprodução
    do espaço social em não se sentirem pertencentes há um território-lugar.
    Importante frisar que a presente dissertação foi executada com o apoio do Grupo de
    Estudo Desenvolvimento e Dinâmicas Territoriais na Amazônia (GEDTAM-UFPA
    Altamira).

  • BARBARA ELEONORA SANTOS TEIXEIRA
  • O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DO CAMPO NA PRODUÇÃO DO
    ESPAÇO AGRÁRIO, APÓS A INSTALAÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE
    BELO MONTE EM ALTAMIRA (PA)

  • Data: 22/02/2019
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  • O município de Altamira, no Estado do Pará, passa por transformações socioespaciais,
    profundas, após a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, constituindo-se como um
    espaço da racionalização do capital, a partir dos objetos técnicos utilizados como mecanismo
    para barrar o Rio Xingu e assim, gerar energia. O espaço racional produzido após a UHE de
    Belo Monte está diretamente ligado à ordem espacial hegemônica, que dita regras e normas
    espaciais devastando a natureza e impondo relações desiguais. Assim, a região do Xingu é
    afetada por mecanismos que trazem consigo um grande impacto ambiental juntamente com
    uma enorme desigualdade social e espacial após a instalação deste objeto técnico. Portanto,
    buscou-se a compreensão, a partir desta reflexão, sobre o papel dos movimentos sociais na
    conjuntura da consolidação e do cumprimento das condicionantes no espaço agrário de
    Altamira, constituindo-se como agentes de contestação da ordem hegemônica no espaço, na
    formação do “Contraespaço” que se concretiza a partir da organização da sociedade civil em
    busca de direitos no espaço agrário de Altamira (PA).

  • FRANCISCA CELINA ROJAS ZAMORANO
  • “IDENTIFICAÇÃO DO GRAU DE ISOLAMENTO DOS MUNICÍPIOS NA PROVÍNCIA DE CHILOÉ: UMA CONTRIBUIÇÃO NA GESTÃO COSTEIRA”

  • Data: 08/02/2019
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  • O isolamento nos territórios insulares no Chile pode apresentar-se em âmbitos de conectividade, econômicos, produtivos, sociais e até por fatores culturais; com base na interdependência da população, nos recursos naturais para satisfazer suas próprias necessidades. Portanto, esta pesquisa identifica o grau de isolamento dos municípios da Província de Chiloé (Região de “Los Lagos”, Chile), desenvolvendo como resultado uma metodologia que possibilite reconhecer e comparar o grau de isolamento de cada área comunal, através de análises das variáveis de conectividade e presença de serviços no território, seguida pela percepção da população em seu espaço geográfico isolado, e os processos de gestão costeira que se desenvolvem dentro da área provincial; segundo ás atividades socioeconômicas realizadas no limite costeiro. Entendendo, assim, a condição de isolamento do território provincial como uma característica própria a partir de sua insularidade, o qual se vinculada com a acessibilidade da população aos serviços presentes em cada espaço comunal, e demostrando as comunas de Puqueldón e Dalcahue com o maior grau de isolamento na Província de Chiloé.

2018
Descrição
  • NABILA SUELLY SOUZA PEREIRA
  • ESPACIALIDADES DO PATRIMÔNIO NATURAL NA AMAZÔNIA: Produção do Espaço em Cotijuba, Belém-Pará.

  • Data: 27/08/2018
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  • Este trabalho tece uma discussão entre o conceito de patrimônio natural produzido por Scifone (2006) e a produção do espaço social de Lefebvre (1974) tendo como área de estudo uma ilha amazônica representada por Cotijuba em Belém do Pará. O objetivo geral é de analisar a produção e reprodução do espaço do patrimônio natural na ilha de Cotijuba, atentando para as possíveis modificações no uso e ocupação do solo aferidas pelo produto da expansão do tecido urbano da metrópole. Para tanto utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: a) revisão bibliográfica de temas como a geografia urbana e geografia da Amazônia para fazer uma discussão coerente entre a questão rural - urbano, a formação territorial de Belém; b) revisão bibliográfica a respeito de conceitos, temas e teorias, a saber: patrimônio natural, patrimônio cultural e produção social do espaço; c) revisão bibliográfica de caráter histórico-geográfico sobre a área de estudo em questão; d) levantamentos documental sobre a ilha de Cotijuba e informações de Belém relacionados também a ilha; e) Entrevistas semiestruturadas que ocorreram associadas aos trabalhos de campo, realizadas com agentes chaves os quais foram selecionados na pesquisa, a saber: representantes da comunidade de Cotijuba, visitantes externos e poder público; f) observação sistemática de campo e registro fotográfico sobre os modos de apropriação e usos da ilha, sua organização social no cotidiano e dessa forma, sua reprodução social no espaço; g) análise e sistematização das informações e resultados e redação da dissertação. Como resultado, pode-se perceber que a produção do espaço em Cotijuba, como patrimônio natural não patrimonializado, contempla questões diretamente ligadas às atividades turísticas ali realizadas, a intervenção do poder público e a organização da comunidade local. Como como espaço de vivencia de antigos agricultores da colônia reformatória, migrantes de outras ilhas, da periferia de Belém, e donos de casas de veraneio, a ilha carece urgentemente de um ordenamento territorial que leve em conta seu patrimônio natural não esquecendo da necessidade de desenvolvimento socioespacial para seus moradores.

  • TASSIA STEFANY LIMA BEZERRA
  • DINÂMICA DA PAISAGEM E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS
    OCORRIDAS NA AGROVILA PRINCESA DO XINGU, ALTAMIRA-PA DE
    1972 A 2016.

  • Data: 09/08/2018
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  • O processo histórico de ocupação da Amazônia foi alvo de muitos conflitos e
    transformações entre eles o processo de colonização da Transamazônica na década de
    1970, onde sofreu drásticas e irreversíveis alterações em sua paisagem através dos
    incentivos da política nacional, no qual se teve o avanço da fronteira agrícola e a
    implantação da pecuária introduzida em áreas originalmente de florestas. Logo,
    pressupõe-se, que as transformações na dinâmica paisagística da área de estudo estejam
    relacionadas com a ocupação antrópica no contexto regional-local, onde se busca fazer
    uma analise da transformação ocorrida na paisagem e as mudanças cumulativas
    decorrente do tempo e que também são responsáveis pela dinâmica do meio físico e em
    consequência alteram a relação Sociedade Natureza. A partir do levantamento
    bibliográfico e de pesquisas empíricas na agrovila Princesa do Xingu localizada
    geograficamente no município de Altamira, tem-se por objetivo analisar as
    transformações ocorridas na dinâmica da paisagem da agrovila Princesa do Xingu. Ao
    estudar essa transformação da paisagem, optou-se por tomar como referência os
    principais agentes sociais propulsores do desenvolvimento local, pelo fato de serem
    importantes elementos de mudança, no que se refere aos aspectos de ordem ambiental,
    como também aos de ordem social. Metodologicamente foram entrevistadas 52 famílias
    de um total de 83 que residem na agrovila, totalizando 323 moradores, caracterizando
    62% do universo dessa pesquisa. A problemática ambiental decorrente da ação humana
    na escala local pode interferir na dinâmica da paisagem e na produção e manutenção
    agrícola dessas agrovilas, podem estar interferindo na continuidade da potencialidade
    agrícola das agrovilas.

  • ODAIR JOSE ARAGAO ALVES
  • DESTERRITORIALIZAÇÃO PRODUTIVA NO MARAJÓ: ANÁLISES
    GEOGRÁFICAS NO MUNICÍPIO DE BREVES PÓS-DECLÍNIO DA
    ATIVIDADE MADEIREIRA (2000-2015)


  • Data: 26/06/2018
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  • Esta dissertação analisa as principais mudanças socioeconômicas ocorridas no
    município de Breves-Marajó-PA, no período compreendido de 2000 à 2015, em virtude
    da decadência da atividade madeireira, esta a principal fonte geradora de emprego e
    renda pra população local, bem como caracteriza a atual economia vigente. Através de
    interpretação das entrevistas aplicadas a diferentes indivíduos sociais que fizeram parte
    deste processo como: ex-madeireiro, comerciantes. A referida pesquisa busca
    caracterizar a hodierna configuração social e econômica e territorial após a
    desestruturação produtiva e econômica, isto, interferindo diretamente na capacidade de
    manutenção de subsistência dos moradores de Breves a partir desta atividade, além de
    enfatizar os principais reflexos sociais negativos como o desemprego, a criminalidade, a
    violência em geral, neste período. Contudo, outras alternativas econômicas tradicionais
    como a agricultura, a pesca e a extração do açaí que haviam sido abandonadas ou pouco
    desenvolvido, hoje, apresentam notória produção, especialmente o açaí. Nesta
    conjuntura, as politicas de assistencialismo em conjunto com o comércio e a prestação
    de serviços e o funcionalismo público são fortalecidas ao longo das décadas em virtude
    das transformações provocadas pelo fechamento das indústrias madeireiras em Breves.

  • ANTONIO SERGIO DE SOUZA JUNIOR
  • GESTÃO URBANA E MEMÓRIA EM BELÉM, PARÁ:
    Um Estudo Sobre a Gestão Urbana e a Memória Da Revolução Cabana em Belém na
    Gestão de 1997 a 2004.

  • Data: 20/06/2018
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  • O presente trabalho versa sobre o planejamento e a gestão urbana e sua
    relação com a memoria. O objetivo do mesmo é a analise da gestão do ex-prefeito de
    Belém Edmilson Rodrigues nos anos de 1997 a 2004 e a relação da mesma com a
    memoria da Revolução Cabana. A pesquisa qualitativa é uma analise de gestão, um
    estudo de caso, e para tanto lançamos mão de extensa pesquisa bibliográfica para
    compreendera Revolução Cabana, o conceito de memoria, o conceito de gestão e de
    planejamento urbano, suas variáveis e perspectivas. A necessidade do domínio do
    conceito refere-se à demanda de analise da gestão da cidade de Belém entre os anos
    de 1997 e 2004 e como essa memoria revolucionaria popular espacializou-se na
    cidade, analise feita com a leitura de Souza (2011), Santos (2005), Moreira (2012 e
    2014), Vainer (2002), Maricato (2002), Rolnik (1990, 1994 e 2003) fundamentando a
    critica contra as gestões físico-territoriais (Souza, 2011), que ignoram a participação
    popular, ignoram os lugares dos quais não há sequer lugar dentro dos planos e
    planejamentos (Maricato, 2002), ou mesmo de uma cidade mercadófila (Souza, 2011),
    baseada no espirito da cidade como pátria, empresa e mercadoria (Vainer, 2002), uma
    cidade que se investe de Cabana, no discurso, para segundo Edmilson Rodrigues, criar
    uma relação de pertencimento com a cidade e dela apropriar-se cuidando dos rumos
    da cidade. Depois de longa analise bibliográfica e documental, realizado entrevistas
    semiestruturada com o ex-prefeito de Belém do período em questão onde junto com a
    analise teórica foi possível identificar os elementos materiais da gestão, as
    espacialidades do modo de gestão, nesse período, que caracteriza-se como
    participativa ou politizada, segundo Souza (2011), de formas que ademais às criticas e
    ponderações teve um caráter construído na base do dialogo, participação e no
    controle social das obras e da gestão da cidade.

  • PAOLLO SCHMUELLERMANN KYPRIANOUS DE OLIVEIRA
  • DA RIA À ESTRADA: O papel e o significado das pequenas cidades no nordeste Amazônico, o caso de Marapanim, Pará

  • Data: 14/05/2018
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  • O presente estudo objetiva desvendar o papel e significados das pequenas cidades no nordeste amazônico, mais precisamente no litoral de rias paraense, a partir de pesquisa direcionada ao município de Marapanim e seu centro urbano como recorte elencado. Como base analítica utilizando a proposta de método geográfico elaborada por Milton Santos, com o auxílio de categorias e conceitos que contribuam na análise espacial, como rede urbana e pequenas cidade. A pesquisa visa entender a partir da divisão espacial do trabalho, as consequências dos processos acumulados através dos anos, e das dinâmicas que compõem a Amazônia paraense, assim esforçando-se em entender os distintos padrões das cidades tradicionais, cidades rodoviárias e a indissociabilidade existente entre estas no litoral de rias. Com os objetivos verificar e analisar como as cidades têm participado da divisão espacial do trabalho, identificar e analisar a estruturação intra-urbana dos núcleos urbanos do litoral de rias paraense, bem como a relação dessa estruturação com seu papel e significado para rede urbana e a divisão espacial do trabalho.

  • JUAN PABLO HEREDIA ROJAS
  • DINAMICA DO USO DO SOLO E A VEGETAÇÃO EM UNIDADES DE
    PROTEÇÃO INTEGRAL: O PARQUE ESTADUAL UTINGA, NO ESTADO DO
    PARÁ-BRASIL

  • Data: 11/05/2018
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  • De acordo com a legislação brasileira prevista no Sistema Nacional de Unidades de
    Conservação “SNUC” (Lei N° 9.985, 2000) as Unidades de Conservação são Espaços
    Territoriais Protegidos pelo poder público. Elas podem ser divididas em Unidades de
    Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável. No Estado do Pará, a regulamentação
    da criação e adequação das Unidades de Conservação ao SNUC, ocorreu a partir da criação do
    Sistema Estadual de Unidades de Conservação “SEUC” (Lei N° 5.887, 1995). Em relação às
    Unidades de Conservação de Proteção Integral, na categoria de Parques Estaduais, já foram
    criados quatro parques para o Pará: O Parque Estadual do Utinga, Parque Estadual Serra dos
    Martírios/Andorinhas, Parque Estadual de Monte Alegre e o Parque Estadual Charapucu. Mas
    neste artigo apresentaremos os resultados dos estudos desenvolvidos no Parque Estadual Utinga
    (PEUT) que foi criado em 1993 tendo atualmente 1393.87 há (IMAZON, 2013). Situando-se na
    Região Metropolitana de Belém – PA sendo o principal fornecedor d’agua para a cidade, onde a
    problemática da pesquisa teve como foco as ações antrópicas que acontecem no entorno e
    particularmente dentro do parque. Podendo modificar o uso do solo e da vegetação no
    transcurso desde a criação do parque até 2015, Tendo como o objetivo: Avaliar a transformação
    do Uso do Solo e a Vegetação no Parque Estadual Utinga entre os períodos de 1993-2004-2015,
    com a finalidade de subsidiar com informação que contribuía para o planejamento e gestão na
    conservação dos ecossistemas e florestas de preservação em Unidades de Conservação de
    Proteção Integral do Brasil. Utilizou-se as imagens Landat 5 e 8 classificando-as nas classes:
    Agua, Edificação, Vegetação Aquática, Floresta, Vegetação Perturbada e Agropecuária. Logo se
    aplicou o “Protocolo para la Evaluación de Uso del Suelo y Vegetación en Áreas Naturales
    Protegidas Federales de México” (CONAP, 2007) usando as três ultimas classes mencionadas
    para fazer a sobreposição entre os anos pesquisados para assim identificar as transformações de
    desmatamento, perturbação, recuperação e revegetação. Deste modo determinou-se que
    respectivamente para o 1993-2004-2015 no Parque Estadual Utinga a classe de Floresta cobria
    55.61 %, 59.61 % e 65.06 %, a classe Perturbada abrangeu 13.85 %, 7.82 %, 7.37 % e a classe
    Agropecuária compreendeu 2.65 %, 1.83 % e 0.43 %. Enquanto para os períodos 1993-2004 e
    2004-2015 se calcularam que respectivamente as áreas com revegetação abrangeram 0.7 % e
    1.44 %, com recuperação 5.65 % e 2.10 %, com perturbação 0,58 % e 0.96 % e o desmatamento
    se manteve com 0.04 % para ambos anos. Assim como taxas de transformações para a classe
    Florestada de 9.74 % para o período 1993-2004 e 9.92% para o período 2004-2015, mostrando
    um incremento constante da Vegetação Florestal.

  • LUANA COSTA FARIA
  • GEOGRAFIA POLÍTICA E O SETOR MINERAL: AS PROPOSIÇÕES
    LEGISLATIVAS QUE IMPACTAM A GESTÃO DOS TERRITÓRIOS COM
    MINERAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ – 2011 A 2016

  • Data: 27/04/2018
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  • O presente trabalho tem o objetivo de resgatar o campo da política na Geografia, no
    contexto da atividade mineral no estado do Pará – principalmente diante de vários
    entendimentos de que os conflitos de interesses nas sociedades e nos territórios se
    resolvem também pelo viés político – partindo de uma leitura teórica do conceito de
    território, poder e política, onde essa tríade será determinante para o entendimento das
    proposições legislativas dos anos de 2011 a 2016 voltadas para a mineração, e da análise
    da gestão política e territorial no setor mineral paraense e seus impactos na sociedade a
    partir das políticas públicas. A relevância da pesquisa está no aspecto político que envolve
    a tomada de decisão que é essencialmente importante nas relações sociais de poder da
    representação política paraense que materializadas causam impactos no território com
    mineração, sobretudo na utilização da Taxa Mineral, instrumento regulador de ação no
    território.

  • MIRIAN MACIEL DA COSTA
  • PAISAGENS RURAIS E POLÍTICAS DE ESTADO NO MUNICÍPIO DE
    MOJU/PA.

  • Data: 13/04/2018
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  • O presente trabalho aborda a direta relação entre paisagem e política. Dessa maneira
    buscamos unir as contribuições sobre tais categorias para assim analisar a dinâmica
    espacial do município de Moju no século XXI, pautados na ideia de que as mudanças na
    paisagem são estruturadas a partir de determinadas políticas exercidas neste território.
    Os objetivos da pesquisa perpassam por: relacionar as categorias paisagem rural e
    política de Estado, tendo como foco o município de Moju; compreender como a
    trajetória de paisagem segue em estreita ligação com a trajetória de política e analisar
    como as políticas nacionais na região influenciaram no uso e cobertura da terra em tal
    município. Representamos as relações entre paisagem e política na forma de um
    mosaico que sintetiza os vários usos do solo, construídos historicamente e ainda
    presentes no período atual. Como metodologia partiu-se da análise teórica realizada com
    base em artigos, dissertações, livros e sites; seguindo para a elaboração dos mosaicos de
    investigação da paisagem e tabelas de dados gerados em interação com as imagens
    obtidas, caracterizando o viés da pesquisa sobre as mudanças ocorridas. Entendo-se que
    o período de expansão de notáveis produções no estado do Pará consagra alguns
    municípios, entre eles está Moju, com ênfase atualmente no cultivo de dendê. Desta
    forma, fez-se necessário abordar programas que se instalam na região e a temporalidade
    com que tais fatos ocorrem, salientando os Planos de Desenvolvimento da Amazônia
    como ponto de partida, relacionado aos posteriores como o Programa Nacional de
    Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) atuante diretamente no recorte de estudo,
    especificando sua importância e quais mudanças ocorrem a partir de tal.

  • FELIPE GIORDANO AZEVEDO DA SILVA
  • Marapanim Terra do Carimbó:  Ensaios de Ensaios de Geografias e Culturas

  • Data: 05/04/2018
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  • O presente trabalho busca fazer uma problematização sobre as espacialidades do carimbó de Marapanim. Discorremos a partir de vivências e experiências, em transcrições de conversas e relatos de trabalhos de campo, para traçarmos os fluxos e as práticas do carimbó de Marapanim, assim como, seus espaços de representação e suas representações espaciais; problematizamos as relações de formação territorial de Marapanim, como o carimbó enquanto matéria de expressão, produz territorialidades, em suas várias negociações, de naturezas-culturas, colocando em jogo as diversas temporalidades (de arcaísmos à modernidade). Produzimos, desse modo, uma reflexão sobre as formações territoriais de Marapanim, a influência da música, da dança, da corporeidade e das trocas para constituição de territórios, tendo o carimbó como referência para investigação.

  • CARLOS ALBERTO DE SOUZA MASCARENHAS
  • ENTRE O VIVIDO E CONCEBIDO: DIMENSÕES DA PRODUÇÃO DO
    ESPAÇO NUMA COMUNIDADA QUILOMBOLA.

  • Data: 03/04/2018
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  • Focaliza-se uma situação geográfica no quilombo de África e Laranjituba, município de
    Moju/Abaetetuba (PA). Ressaltam-se as práticas espaciais da concepção do Programa de
    Investimento em Logística (PIL) sustentada na ideia de espaço vazio e como isso se choca
    com a dimensão do espaço vivido das comunidades do quilombo. Trata-se de um programa
    que considera o espaço como área e anuncia, no plano da “psicosfera” a construção da
    Ferrovia Açailândia (MA) – Barcarena (PA) que interfere no lugar. Pretende-se, com isso,
    refletir sobre a relação entre espaço e política. A metodologia analítica adotada considera a
    existência de uma situação geográfica inicial onde paisagem, configuração espacial e a
    dinâmica social das populações rurais quilombolas sofrem a interferência da perspectiva de
    construção da ferrovia, produzindo dialeticamente estratégias territoriais de resistência que se
    manifestam na (re)organização do espaço amazônico.

  • LORENA DE LIMA SANCHES SANTANA
  • PRODUÇÃO DO ESPAÇO, TERRITÓRIO E VIOLÊNCIA
    EM UM BAIRRO PERIFÉRICO DE BELÉM:
    Cartografia dos homicídios dos anos de 2011 a 2015, Guamá-PA

  • Data: 29/03/2018
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  • Nas grandes metrópoles brasileiras, com o desenvolvimento urbano acelerado e desigual, houve um significativo processo de segregação nas cidades – muitas delas vistas como um “mosaico social”. Timms (1971, apud CORRÊA, 2013), no contexto de intensas mudanças socioespaciais, houve incremento na violência urbana, e isso se materializa, sobretudo, com o sentimento de medo perante a cidade. Em Belém, na última década, os índices de violência urbana cresceram demasiadamente. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública do ano de 2017, Belém está em segundo lugar com as maiores taxas de homicídio entre as capitais por 100 mil habitantes, e o bairro Guamá segue essa mesma perspectiva, sendo o bairro com os maiores índices de homicídio nos cinco anos de análise (2011 a 2015), despontando com 322 mortes homicidas. A partir dessa breve exposição, esta pesquisa teve, como objetivo, analisar a produção do espaço do bairro Guamá, igualmente, o território e as relações de poder que os agentes territoriais imprimem nessa área para verificar se esses fatores implicam no crescimento da dinâmica de violência e, mais especialmente, dos homicídios nesse local. Também, pensar que crimes como homicídios, não são aleatórios, ou seja, vários são os fatores que levam determinada parcela da população a estar mais exposta a esse tipo de violência do que outra. Nessa pesquisa, também se buscou incessantemente compreender conceitos, pertinentes, como espaço e território, poder e violência; então, é importante trazer para debate, quem são os atores que vivenciam mais intensamente esses processos, não apenas de domínio, mas de vivência do território (HAESBAERT, 2014), que tem a participação do Estado, muitas vezes, de maneira ineficaz, abrindo espaços para crimes, como: o tráfico de drogas, roubos, até mesmo gerando o aumento dos homicídios. Para tanto, a metodologia usada consistiu no levantamento bibliográfico, documental, cartográfico e de campo, objetivando uma investigação profunda sobre as possíveis relações entre o modo como a produção do espaço se desencadeou na área pesquisada, com o grande número dos homicídios. Dos mapas, tabelas e gráficos criados, destacamos os mapas temáticos de homicídio do bairro Guamá, dos anos de (2011 a 2015). Concluindo esta dissertação, percebeu-se que as questões referentes aos altos índices de homicídio na área, não podem ser encaradas de maneira isolada, pois, existe todo um conjunto socioespacial-urbano que possui relações – diretas ou indiretas – com esses números, e com os perfis das vítimas e das pessoas que cometem esse tipo de crime, assim, não podemos encarar a violência como um mero caso de polícia. Questões como renda, moradia e educação, têm influências diretas sobre as áreas mais expostas à violência dentro do bairro Guamá.

  • ANTONIO MARCOS SILVA DE ALBUQUERQUE
  • TERRITÓRIO RURAL E GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL EM SANTO ANTONIO DO
    TAUÁ/PA.

  • Data: 27/03/2018
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  • A proposta de dissertação aqui apresentada tem como objetivo concentrar estudos envolvendo
    o território rural municipal de Santo Antônio do Tauá, Mesorregião Metropolitana de Belém,
    Nordeste do Estado do Pará. A questão central vincula-se às transformações neste espaço e a
    capacidade do poder público em gerir seus recursos disponíveis e, assim, promover o
    desenvolvimento local considerando suas condições econômicas de ocupação humana baseada
    no setor primário. No cerne do debate residem as dinâmicas que afetam esta área e que, com
    efeito, se impõe enquanto desafios à gestão pública municipal e sua capacidade de se
    estabelecer mediante a descentralização política adotada pela constituição de 1988, a qual abriu
    espaço para uma atuação das populações locais sobre as questões mais significativas presentes
    em suas realidades. Porém, as evidentes constatações in loco dão conta de que o setor de forte
    tradição agrícola municipal de pequeno porte padece de certo declínio, mesmo que este ainda
    apresente uma produtividade agrícola de destaque atualmente no estado do Pará. Com vistas à
    elaboração de uma leitura acerca desta realidade serão apropriados dados secundários obtidos
    junto IBGE, além dos números fornecidos por outras fontes ligadas a este setor econômico.
    Enfim, a leitura teórica geográfica aqui lançada sobre esta unidade administrativa vai avalizar a
    discussão do território enquanto base socioprodutiva e abrir possibilidade para se entender os
    resultados dos processos variados que vêm se impondo sobre o espaço rural de Santo Antônio
    do Tauá intervindo diretamente na sua capacidade de desenvolvimento local.

  • HENRIQUE DA LUZ SILVA MONTEIRO
  • “PESCA E TERRITORIALIDADE NA COMUNIDADE DE ACHADA
    PONTA - ILHA DE CABO VERDE”

  • Data: 20/03/2018
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  • O Modo de Vida presente apresenta um conjunto de características que enche-lhe de valores e
    significados e podemos afirmar que estamos na presença de uma comunidade (Achada Ponta)
    rica, cheia de culturas, tradições e traços que os ligam ao crescimento/desenvolvimento e
    fazem parte de um todo em evolução/transformação. No arquipélago de Cabo Verde, os
    recursos haliêuticos são considerados como um potencial vetor do desenvolvimento, pois
    criam riquezas e postos de trabalho, além de garantir a segurança alimentar de muitas
    famílias. O método pelo qual os pescadores e os restantes dos habitantes da localidade
    constroem o seu território e suas territorialidades estão intimamente ligados com as estações
    do ano, que por sua vez são elementos decisivos nas atividades desenvolvidas, na
    movimentação das espécies (ida e vinda), influenciando diretamente a opção pelo pesqueiro e
    o lugar para construir suas habitações (a natureza). Devido às características dos pequenos
    barcos e as idades dos pescadores e os meios usados para se movimentarem no mar, raras
    vezes a pesca é feita além dos limites estipulados pelas autoridades (3 milhas). A pesca é uma
    das atividades que sempre fez parte das culturas humanas, não só como fonte de alimento,
    mas também como modo de vida, fornecendo identidade a inúmeras comunidades, e como
    objeto artístico. Em Achada Ponta, a pesca é praticada na sua maioria nos moldes artesanais,
    onde sobressai técnicas tradicionais, e um elevado apego a costa, uma elevada presença
    familiar “mão – de – obra familiar” e uma grande dependência das condições climáticas e do
    estado do mar.

  • LEONARDO DE SOUZA ALVES
  • A DINÂMICA TERRITORIAL DOS HOMICÍDIOS NA CIDADE DE BELÉM-PA:
    Um estudo das ocorrências no bairro Jurunas entre 2011-2015

  • Data: 19/03/2018
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  • A violência, mais especificamente, o homicídio, vem recebendo nas últimas décadas grande atenção
    por parte dos pesquisadores de diversos ramos científicos, fruto das crescentes ocorrências no Brasil.
    Na cidade de Belém, os dados nos anos de 1980, já eram preocupantes, mas ainda se encontravam
    próximos à média nacional (SOUZA, 1994), fato que mudou nos anos 1990 (ANDRADE; DINIZ,
    2013), fazendo com que, atualmente, a capital paraense desponte como uma das cidades mais
    violentas do país. Todavia, grande parte desses homicídios se concentra em poucos bairros, sendo o
    Jurunas, lócus da pesquisa, um dos bairros reconhecidamente perigosos. São mais de 180 homicídios
    ao longo dos cinco anos pesquisados, mas, que, não se distribuem de maneira homogênea nos seus
    limites, sendo as áreas de baixada, as mais impactadas com esses crimes. Nesse sentido, o objetivo
    central deste trabalho é analisar a dinâmica dos homicídios no bairro Jurunas, entre os anos de 2011 e
    2015. Mais especificamente, se visa compreender o processo de ocupação e produção do espaço do
    bairro, tomando como base a contribuição dos agentes territoriais na transformação do espaço ao
    longo do tempo. Ademais, se identificará o perfil dos homicídios, as vítimas, tipos de armas e áreas de
    maior vulnerabilidade, por fim, cartografar os homicídios ocorridos entre 2011 e 2015, construindo
    mapas anuais e um multitemporal. Para isso, foi necessário construir a presente pesquisa, com a
    aquisição de dados quantitativos e qualitativos acerca do bairro, sendo os dados de homicídios
    dolosos, adquiridos junto à Secretaria Adjunta de Segurança Pública (SIAC), as informações basilares
    da pesquisa. Nesse sentido, o trabalho encontra-se estruturado em três capítulos: o primeiro, destinado
    à compreensão dos conceitos de espaço e território; já, o segundo, mostra o processo de ocupação e
    produção do espaço do Jurunas; e, por fim, o último capítulo trará a análise do perfil dos crimes e da
    dinâmica deles no bairro. Assim, a construção da pesquisa leva a crer que, a concentração dos
    homicídios nas áreas estruturalmente mais precárias, se dá pela ausência da hegemonia do Estado e
    pela relação dos agentes territoriais nessas áreas.

  • VICKA DE NAZARE MAGALHAES MARINHO
  • IMPACTOS DE HIDROELÉTRICAS NA ATIVIDADE PESQUEIRA: ESTUDO
    DE CASO A PARTIR DOS PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICIPIO DE
    FERREIRA GOMES, AMAPÁ-BRASIL

  • Data: 19/03/2018
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  • Esta dissertação discorre a respeito dos impactos de empreendimentos hidrelétricos na atividade pesqueira, notadamente da pesca artesanal praticada por pescadores do município de Ferreira Gomes– Amapá. Para tanto, a presente pesquisa partiu do pressuposto que na implantação de Usinas Hidrelétricas a dinâmica natural do rio é modificada, passando de ambiente natural para artificial, refletindo diretamente no desenvolvimento da pesca. Desse modo, buscou-se analisar como a instalação das UHE Ferreira Gomes e Cachoeira Caldeirão vêm impactando a pesca artesanal no rio Araguari, considerando que se refere a uma atividade na qual o conhecimento dos pescadores sobre o ambiente constitui um arcabouço de grande importância para o maior aproveitamento nas pescarias. A metodologia de pesquisa deu-se através de entrevistas estruturadas e semiestruturadas com observações e registros fotográficos in lócus de pesquisa. A sistematização e análise dos dados obtidos mostram que a construção de hidrelétricas em territórios ocupados por populações que desenvolvem suas atividades em relação com a natureza, tendem a passar por grandes alterações, abarcando desde a modificação do ambiente até os conhecimentos tradicionais apresentados pelos pescadores artesanais, bem como, agem suscitando e/ou intensificando conflitos entre territorialidades distintas, problemas que os pescadores do município de Ferreira Gomes estão vivenciando, refletindo diretamente na precarização da sua reprodução social.

  • CLÍCIA DA SILVA SANTOS
  • DINÂMICAS DA PAISAGEM DO ALTO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ-AÇU- PA
    SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

  • Data: 16/03/2018
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  • A Bacia Hidrográfica do Rio Igarapé-Açu, sub-bacia hidrográfica da Bacia do Marapanim, abrange os municípios de Igarapé-Açu e Marapanim, da região Nordeste do estado do Pará, o seu alto curso, lócus desta investigação, encontra-se no município de Igarapé-Açu e apresenta uma variedade no que concerne às formas de uso da terra e da água.Um ponto importante a considerar é que o sítio urbano da cidade de Igarapé-Açu representa 25,79% da área total do alto curso da referida bacia. De posse de tais informações e outras,esta dissertação tem como objetivo analisar a dinâmica da paisagem no alto curso da Bacia Hidrográfica do Rio Igarapé-Açu, por meio da aplicação de abordagem integrada visando a subsidiar as ações de planejamento ambiental com caráter participativo. O embasamento teórico se realizou a partir de uma discussão acerca da Paisagem enquanto categoria para o encaminhamento da investigação geográfica, bem como a discussão de planejamento ambiental de bacias hidrográficas, fundamentados na Geoecologia das Paisagens. A pesquisa abrange três níveis de estudo, a saber: a Bacia do Rio Marapanim, onde é realizada uma abordagem regional do contexto da bacia; Sub-bacia do Rio Igarapé-Açu, nesta pretende-se realizar um levantamento de meio físico, bem como das características de uso e ocupação da área, neste nível escalar fora realizado o inventário(LEAL, 1995), com o intuito de realizar uma investigação integrada das formas de uso e ocupação da bacia; o Alto Curso da Bacia do rio Igarapé-Açu onde foram realizados os:diagnóstico, prognóstico e propostas (LEAL, 1995) destacando as formas de uso e ocupação diagnosticadas no interior da bacia, e estas são confrontadas com o que é previsto em instrumentos como o Código Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 12.651/2012) e o Plano Diretor Municipal de Igarapé-Açu (Lei nº. 600/2006), afim de destacar em que medida as formas de uso que historicamente foram impostas a áreas de drenagem da bacia vem implicando em sua dinâmica da paisagem. Os resultados da pesquisa confirmam um elevado grau de intervenção antrópica no alto curso da sub-bacia, devido o caráter intensivo dos usos da terra e da água estabelecidos na mesma, além disso as transformações da paisagem resultantes da interação homem e natureza no alto curso indicam a necessidade de pensar/executar um planejamento integrado, participativo e condizente com a real situação e necessidades da referida sub-bacia.

  • MARCIO RUBENS DOS SANTOS CARDOSO
  • PRODUÇÃO DA MORADIA E DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS:
    UMA ANÁLISE DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM
    ANANINDEUA, PARÁ

  • Data: 09/03/2018
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  • A produção da moradia e a política habitacional no Brasil, no âmbito do espaço urbano, tem
    se realizado de maneira articulada entre o poder público e agentes econômicos, desde a
    década de 1960. No âmbito dos processos e dinâmicas socioespaciais contemporâneos, as
    políticas habitacionais têm contribuído para uma produção desigual do espaço urbano das
    cidades marcada por uma hierarquização e fragmentação do espaço pelo setor imobiliário. Na
    escala nacional, o Governo Lula definiu medidas para preservar a economia brasileira,
    apostando, inclusive, no setor habitacional. Assim, no início de 2009, foi lançado o Programa
    Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Na escala local, a cidade de Ananindeua passa a ser um
    espaço estratégico no âmbito dos investimentos do PMCMV. Esta dissertação, portanto,
    pretende analisar o PMCMV e suas implicações na produção de desigualdades socioespaciais
    na cidade de Ananindeua (Pará) até o ano de 2016. Defendemos a ideia de que o PMCMV
    interfere na produção de desigualdades socioespaciais na cidade de Ananindeua (Pará) como
    expressão de uma produção desigual do espaço urbano.

  • RODOLFO PRAGANA MOREIRA
  • DESTERRITORIALIZAÇÃO DO BAIXÃO DO TUFI: Da formação espacial aos novos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs) em Altamira/PA

  • Data: 08/03/2018
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  • Na dissertação discutem-se fenômenos geográficos acontecidos no espaço conhecido como Baixão do Tufi, zona urbana de Altamira, Sudoeste do Estado do Pará. A problemática é – quais foram as experiências espaciais vivenciadas pela população do Baixão do Tufi no processo de mudança para os Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUCs) em Altamira, no período (2014-2017)? Os reassentamentos são resultados de projetos que constam no “Plano de Requalificação Urbana” e no “Plano de Atendimento à População Atingida” no PBA da construção da UHE Belo Monte e materializaram o histórico de desterritorialização desde a década de 1990 até 2015 com o “desaparecimento” do lugar. O objetivo central é compreender os processos de desterritorialização e reterritorialização provocados pelo reassentamento de atingidos, especificamente 140 famílias que residiam no Baixão e escolheram a unidade habitacional construída pelo empreendedor como forma de compensação. Isto como condição para praticar uma geografia da ação local e entender as estratégias de mitigar os impactos socioespaciais provocados pela construção da usina. Importante referir-se a produção do espaço, a análise do cotidiano, das práticas espaciais e da reestruturação do espaço intricados pelas novas dinâmicas geográficas esculpidas nas áreas de reassentamento urbano. Partindo do materialismo histórico e dialético, da pesquisa quanti-qualitativa, da entrevista e da aplicação de formulários como formas de desvendar o cotidiano e o espaço como categoria geográfica elementar. No sentido de ratificar a hipótese do esfacelamento do território zona, do precário estabelecimento de redes territoriais e dos processos de desterritorialização e reterritorialização materializados pelo reassentamento da população atingida pelos efeitos desse grande projeto de desenvolvimento regional e nacional.

  • MARCELLE PERES DA SILVA
  • FACES DA METRÓPOLE:
    desigualdades socioespaciais e violência no Distrito de Icoaraci, Belém-PA

  • Data: 28/02/2018
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  • Entende-se que a violência urbana se torna um dos grandes problemas enfrentados nas cidades, tratando-se de um fenômeno complexo e multifacetado. No Brasil, a violência possui influências geradas pelo crescimento urbano acelerado e a precarização das condições de vida nas grandes cidades. No estado do Pará, em especial na cidade de Belém, essas situações também se apresentam, porém, com suas particularidades. Nesse sentido, três processos são importantes para o trabalho, são eles: produção do espaço urbano metropolitano, a desigualdade socioespacial e a violência urbana. A partir de tais processos pensou-se como os mesmos se desdobram no Distrito Administrativo de Icoaraci. Desse modo, pretendeu-se analisar a dinâmica de violência e criminalidade nos bairros do Distrito de Icoaraci, da metrópole belenense a partir das informações geográficas de produção do espaço urbano, metropolização, desigualdades socioespaciais, do território e sua relação com os homicídios praticados no período de 2013 a 2015. Este estudo foi desenvolvido por meio de revisão teórica, pesquisa de campo, entrevistas e análise de dados secundários disponibilizados pela Biblioteca Pública de Icoaraci Avertano Rocha, Prefeitura Municipal de Belém (PMB), Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (SEGUP), Subsecretaria Adjunta de Informação e Análise Criminal (SIAC), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro capítulo, apresentamos uma revisão bibliográfica de autores de referência mundial, nacional e regional a respeito dos conceitos de metropolização do espaço, desigualdades socioespaciais, território e violência, subsidiando o entendimento de tais processos na cidade de Belém e em seu Distrito de Icoaraci, locus da pesquisa. No segundo capítulo, está exposta uma periodização da formação da cidade, em que exploramos rapidamente seu primeiro momento, o da cidade ribeirinha, posteriormente a cidade da borracha e do papel de Belém como centralidade. A década de 1960 foi importante para compreender a reconcentração do espaço urbano de Belém e a década de 1970, o processo de dispersão metropolitana para novos espaços exteriores ao centro da cidade, dentre eles, o de Icoaraci, dando destaque aos bairros: Cruzeiro, de ocupação antiga (1850 a 1950) Campina de Icoaraci, de intermediaria (1950 até os anos 1970) e Paracuri, considerado como recente (1970 em diante). A respeito do terceiro capítulo, buscamos com base nos trabalhos de campo e a ideia de territórios da violência por meio do concebido, percebido e vivido. Sendo o território entendido como expressão de contradição, pudemos compreender por meio de imagens o cenário do percebido; o concebido pode ser apreendido por meio de dados, a precariedade em infraestruturas nos bairros de Icoaraci, percebido pela análise do material cartográfico referente aos homicídios e problemáticas infraestruturais encontradas; o vivido, foi compreendido por meio das entrevistas realizadas em trabalhos de campo, levantamento de notícias de jonais que permearam a situação da violência no distrito, passando rapidamente pela concepção de insegurança. O crime de homicídio foi analisado e constatou-se que a ocorrência dos mesmos possuem maiores índices nos bairros que possuem os mais precários serviços, relacionando o mesmo com os processos de metropolização e formação do distrito, além das desigualdades socioespaciais, sendo esse crime compreendido como o ápice extremo da violência urbana contra a pessoa, em que os jovens do sexo masculino, com idade entre 18 e 24 anos, foram as maiores vítimas. Nesse sentido, pensou-se nas particularidades que possibilitam a territorialização de quem deseja dominar o território: os agentes da criminalidade.

  • FRANCISCO JAVIER MOSCOSO SILVA
  • GESTÃO DO TERRITÓRIO COMO UMA FERRAMENTA DE RESILIÊNCIA PARA A MUDANÇA CLIMÁTICA NA AMAZÔNIA EQUATORIANA

  • Data: 27/02/2018
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  • De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a gestão territorial apoia a criação de resiliência aos possíveis impactos da variabilidade climática. A Amazônia equatoriana apresenta vulnerabilidades relacionadas às mudanças climáticas, como: a) Ecossistemas e espécies em risco devido a fatores de estresse, b) segurança alimentar, disponibilidade de suprimentos, serviços e sistemas de produção ameaçados por não contemplar ações de adaptação diante de eventos extremos causados pela variabilidade do clima, e c) dificuldade no desenvolvimento das atividades econômicas devido a choques climáticos, dificultando a redução da pobreza. Portanto, o tema de trabalho proposto busca criar uma discussão que apoie a criação de resiliência diante dos efeitos negativos das mudanças climáticas, através da identificação e design de medidas de adaptação e mitigação, como ações complementares dentro da ordenação territorial e análise de mudanças na estrutura da paisagem da Amazônia equatoriana, como elementos orientadores para a incorporação de ações que promovam sinergias para o desenvolvimento econômico e social sob o estabelecimento de territórios resilientes.

2017
Descrição
  • GENISSON RODRIGUES
  • ESTUDO DA DINÂMICA DA PAISAGEM DA MICRO BACIA DO RIO MAGUARI-AÇU - utilizando a metodologia PEIR

  • Data: 04/12/2017
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  • Os estudos de dinâmica da Paisagem e degradação ambiental em áreas de bacias hidrográficas em meios urbanos tem demonstrado uma aceleração em meio à presença humana, nesse intuito, faz-se necessário utilizar modelos de gestão eficientes a fim de proporcionar eficácia na preservação desses ambientes. Para Botelho e Silva (2004), os programas de desenvolvimento e planejamentos das bacias hidrográficas visam manter a água no maior tempo dentro da bacia, assim controlando o tempo de escoamento e futuros danos ambientais. O presente estudo tem como recorte espacial a bacia hidrográfica do rio Maguari-Açu, localizado no município de Ananindeua-PA. E tem como objetivo analisar espacialmente a dinâmica da paisagem no trecho urbano da área da bacia, utilizando os conceitos da geografia em sua abordagem socioambiental a partir da metodologia PEIR, no sentido de oferecer suporte para os estudos ambientais e de bacias hidrográficas e seu processo de degradação ambiental. Nesse sentido, se utilizará de conhecimentos sobre a categoria Paisagem e compreender seu grau de degradação em estudos de impactos em micro bacias urbanas. Valendo-se do modelo Pressão-Estado-Impacto e Resposta para identificar os indicadores de degradação da área proposta, considerando observações de campo, questionários, entrevistas, revisão bibliográfica e documental, análise cartográfica e laboratorial, como forma de elucidar a pesquisa. Os resultados da investigação favorecem uma compreensão da ação antrópica sobre a dinâmica da Paisagem diante de uma perspectiva socioambiental. Os resultados demonstraram a presença de ação antrópica sobre a área da bacia através do uso inadequado da terra, da água e da vegetação, onde a pesquisa identificou indicadores causadores desse processo, como a urbanização na dimensão Pressão; o uso e ocupação do rio e da terra e supressão da vegetação na dimensão Estado; poluição por resíduos sólidos, desmatamento e assoreamento na dimensão Impacto e ações de órgãos públicos e da própria comunidade na dimensão Resposta.

  • FELIPE KEVIN RAMOS DA SILVA
  • PAISAGEM, MEMÓRIA E CULTURA: A GEOPOLÍTICA DO HABITAR RIBEIRINHO NA AMAZÔNIA-MARAJOARA (PARÁ)” 

  • Data: 04/12/2017
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  • É necessário pensar a Amazônia como região fértil e complexamente constituída por geograficidades diversas. Nesse sentido, tomamos como ponto de referência uma comunidade ribeirinha, pertencente ao município de Muaná, oficialmente mesorregião do Marajó (Pará). O objetivo da dissertação é analisar e discuti sobre a importância da memória, percepção e vivência da comunidade como dimensões condutoras a reflexão geográfica. A paisagem, nesse sentido, surge como a totalidade da existência do ser ribeirinho, desvelando uma geografia que possui cheiro, cor e sabor, no devaneante fluxo de sua quadratura estética e ao seu modo poético-pensante de ser-no-mundo, no qual chamaremos de geopoética do habitar ribeirinho. Metodologicamente, nos lançamos à pesquisa-ação e a utilização do método fenomenológico em diálogo com o existencialismo, no qual a projeção perceptiva, a relação entre subjetividade/objetividade, interioridade/exterioridade tornam-se fundamentais à compreensão ontológica da cultura ribeirinha e sua formação espacial como devaneio poético da existência entre o rio e a floresta. Bachelard, Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty e entre outros, são nossos convidados a mergulhar por este mundo enigmático onde imaginação, estética, mito e o real estão intrinsicamente envolvidos na iluminação recíproca da cultura ribeirinha amazônica-marajoara. A relevância, portanto, do presente estudo, está em demonstrar como a comunidade ribeirinha articula sua existência no cambiante fluxo, dialógico, com a natureza física, anunciando a importância dos lugares existenciais como princípios reflexivos aos estudos geográficos, inclusive, auxiliando para descolonização da região Amazônica como espaço hegemônico.

  • ALDANI BRAZ CARVALHO
  • CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO CLIMA DE ALTAMIRA-PA: PERCEPÇÃO DO CLIMA URBANO”

  • Data: 30/10/2017
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  • A presente dissertação, visa caracterizar o clima urbano de Altamira-PA e analisar como a população o percebe, enfatiza-se a temperatura e umidade relativa do ar. Para isso, utilizou-se duas abordagens: climática e percepção climática. A abordagem climática utiliza-se como base conceitual e metodológica o Sistema Clima Urbano (S.C.U) de Monteiro (1976) para a caracterização do clima urbano com o enfoque no canal da percepção humana termodinâmico (conforto térmico) e análise rítmica dos tipos de tempo (1971). A análise rítmica se concretizou a partir de um transecto com cinco pontos de coleta com diferentes características geoecológicas no primeiro mês de cada estação climática do ano. A abordagem percepção climática utilizou como referência a proposta metodológica de Sartori (2000). Salienta-se que a proposta de Sartori (op. cit) sofreu algumas alterações em função das características geoecológicas da área de estudo em questão ser diferente da analisada por ela. Desta forma, avaliou-se a percepção climática a partir de trabalhos de campo com a aplicação de formulários de entrevistas junto à população urbana de Altamira-PA, a fim de identificar a percepção das pessoas às condições do tempo e clima, enfatizando, principalmente, as características do inverno e verão austral, considerando-se, também, as características geoecológicas do bairro onde residem. Evidenciou-se que, de maneira geral, para os entrevistados o comportamento térmico em Altamira-PA apresenta uma variação ao longo do ano. Esse comportamento associado a outros fatores vinculados à paisagem, a componentes perceptíveis e sensíveis atrelados ao tempo, ao clima, ao conforto e desconforto térmico, à umidade do ar, incidência de chuvas e comportamento da temperatura do ar ao longo do ano, possibilita a definição de determinada estação do ano, sob uma perspectiva local, que se difere do âmbito zonal. O ritmo climático apresentado na delimitação têmporo-espacial apresentou tendência a temperaturas abaixo da média quando associados com às precipitações e ao aumento da nebulosidade, por outro lado o aumento da temperatura exibiu uma disposição a apresentar insolação acima da média para o período. Entretanto, o verão demonstrou maior dinamismo e complexidade, de modo que houve situações com aumento da temperatura, apesar de precipitações expressivas.

  • ROSINALDO GONÇALVES PEREIRA
  • POLÍTICAS PÚBLICAS E USOS MÚLTIPLOS DE RESERVATÓRIOS HIDRÁULICOS: O TURISMO DE PESCA NO LAGO ARTIFICIAL DA UHE-TUCURUÍ

  • Data: 31/08/2017
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  •  

    A presente pesquisa tem como objeto de estudo o Reservatório Hidráulico do munícipio de Tucuruí, localizado no sudeste do estado do Pará, buscando analisar os usos múltiplos desse espaço, sobretudo a atividade de pesca esportiva e seu possível desenvolvimento social. Considerando as participações das RDS de Pucuruí-Ararão, Alcobaça e a APA que formam o Mosaico de Preservação do lago de Tucuruí, esta análise em escala nacional, estadual e municipal. Diante disso, buscamos dialogar com a teoria da modernização do espaço de Santos, articulando com a noção uso do território (Santos e Silveira, 2008) e Políticas Públicas de Steinberg (1013) , que nos deram base para tecer a reflexão diante do nosso objeto de estudo, bem como dar respostas no sentido de examinar como como o estado brasileiro, nas suas diferentes escalas, tem promovido usos múltiplos de reservatórios hidráulicos em usinas hidrelétricas e suas repercussões espaciais no munícipio de Tucuruí e seus usos conflitivos, enfatizando a atividade pesqueira. Observar assim o surgimento das barragens e seus diferentes usos, enfatizando a pesca esportiva enquanto estratégia de desenvolvimento local implicou em entender o evento desportivo TORTUC com seu histórico e as perspectivas de desenvolvimento local.

     

  • CAMILA CONTENTE VERBICARO
  • CARTOGRAFIA PARTICIPATIVA: MAPEANDO A TERRITORIALIDADE
    QUILOMBOLA NA AMAZÔNIA PARAENSE

  • Data: 29/08/2017
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  • Diante do novo paradigma da ciência, a cartografia participativa pode ser uma
    ferramenta para analisar as diversas territorialidades do espaço geográfico, territorialidades
    essas baseada no cotidiano de quem vive e habita determinado território. Este trabalho
    pretende essencialmente dialogar com essa categoria, entendendo o território de forma
    (I)material, baseado nas relações do sujeito nessa determinada fração do espaço. Diante dessa
    perspectiva, serão apresentadas as principais metodologias de mapeamento participativo
    disponíveis para os pesquisadores. Esse trabalho se caracteriza por um estudo de caso na
    comunidade remanescente de quilombo de Acaraqui, baseia-se em trabalhos de campo,
    pesquisa bibliográfica e análise documental, além de observação e técnicas da cartografia
    participativa, como instrumento para analise e representação do território e das
    territorialidades. Será apresentado o processo de formação territorial quilombola na Amazônia
    paraense. Destacando a busca de um refúgio territorial e as estratégias desenvolvida de
    sobrevivência nesses territórios mostrando a complexidade das relações presentes através da
    cartografia participativa representando um conjunto de significados construídos ao longo do
    tempo pela própria subjetividade coletiva.

  • JOAO SILVA BARBOSA JUNIOR
  • ANALISE ESPACIAL DE UNIDADES DE PAISAGEM DO MUNICIPIO DE QUATIPURU – PARÁ”

  • Data: 04/08/2017
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  • A modificação das paisagens proporciona a base para a manutenção do sistema econômico (REFOSCO, 1996), gerando em contrapartida, impactos que precisam ser conhecidos e estudados. No que se refere à zona costeira tem-se ai um agravante, pois, a mesma é formada por ambientes altamente frágeis e importantes do ponto de vista ecológico e econômico. Além disso, tem um alto grau de urbanização e consecutivamente alta taxa de povoamento. Referente à zona costeira amazônica o PNGC tem funcionado de forma insipiente, pois, não há ainda articulação politica, base informação e metodologia que garanta execução do plano. No entanto, outras estratégias para proteção dos ambientes costeiros estão em vias de execução com relação à área de estudo, pois a mesma esta preste a se tornar ou pelo menos parte dela uma unidade de conservação. Deste modo, faz-se o seguinte questionamento, como proteger ou pensar ações do que não se conhece com detalhes? Assim sendo, este trabalho tem como objetivo mapear e compreender as principais relações espaciais das unidades de paisagem do município de Quatipuru – Pará. Desta forma, a separação da paisagem em áreas homogêneas chamadas de “unidades da paisagem” é utilizada em um modelo que possibilita seu estudo e tratamento através de métodos qualitativos e quantitativos no âmbito da Ecologia de Paisagem. Tal abordagem utiliza as ferramentas do Sensoriamento Remoto com os Sistemas de informação geográficas para espacialização e compreender tais processos através do método de classificação orientada objeto. Identificaram-se duas grandes unidades Geomorfológicas que são conhecidas de Baixo Planalto Costeiro e Planície Costeira, A primeira unidade é formada pelas seguintes unidades paisagens: Terra firme, no qual é composto por Vegetação secundaria ou regionalmente conhecida como Capoeira em diferentes estágios de regeneração. Área urbana formada por ocupação humana (sede municipal, e a comunidade de Boa Vista), Comunidades tradicionais formando um aglomerado de agricultura familiar, Vegetação secundaria etc e as áreas de pastagens, a segunda pode ser divida em: Planície Costeira Arenosa, Planície Estuarina, Planície Lamosa e Planície Aluvial. Essas unidades são formadas por um conjunto de paisagens com características semelhantes que se apresentam espacialmente agrupadas em unidades menores do ponto de vista de uma escala cartográfica. Dessa maneira, Com relação aos processos atuantes e modeladores das paisagens, destaca-se a interação Fúlvio-marinha, ou seja, o balanço entre agua doce e agua salgada, que esta profundamente ligada a influencia do processo marés, no quais, são duas que regulam o nível salinidade dos rios nas duas baias,
    VI
    tanto a do rio japerica com a do rio quatipuru. Outro processo importante é sazonalidade climática, que apresenta duas estações bem definidas uma seca e a outra chuvosa, o que contribui fortemente para a modificação das unidades de paisagens. Sendo assim, o manguezal se destaca como a maior e mais importante unidade de paisagem, pois possui relação espacial com todas outras unidades, os campos se destacam por serem manejados pelas comunidades tradicionais e as demais unidades necessitam de um manejo adequado.

  • LUCELIA DOS REIS SANTOS SOARES
  • “A DISPERSÃO METROPOLITANA E SEUS EFEITOS SOBRE A MOBILIDADE URBANA NOS PRINCIPAIS CORREDORES VIÁRIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PA”

  • Data: 29/06/2017
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  • O atual contexto amazônico caracterizado por uma dinâmica metropolitana dispersa
    acarretou a conformação de novos arranjos espaciais urbanos que passaram a
    interferir nas condições de mobilidade urbana e no planejamento das cidades. Neste
    processo, a Região Metropolitana de Belém (RMB) a partir de meados da década de
    1980 vem apresentando um crescimento populacional expressivo nas áreas centrais
    dos municípios e áreas periféricas configurando uma metrópole dispersa e marcada
    por novos espaços de assentamentos residenciais fixados especialmente ao longo
    das principais vias urbanas de acesso a porção mais urbanizada do Município de
    Belém, capital do Estado do Pará. O município de Belém passou a apresentar um
    caráter disperso e fragmentado ao criar novos vetores de expansão para além de
    sua área oficialmente considerada metropolitana. O presente trabalho tem por
    objetivos analisar os efeitos da dispersão metropolitana sobre a mobilidade urbana e
    identificar as principais ações das políticas públicas para os corredores de
    transportes urbanos tendo em vista os elevados deslocamentos intermunicipais
    ocorridos, sobretudo, ao longo da Avenida Almirante Barroso e Rodovia BR-316, vias
    que compõem os eixos principais de acesso à Belém. Com o intuito de alcançar
    esses objetivos, a partir da metodologia de pesquisa em documentos oficiais e
    entrevistas com gestores foram estabelecidos três aportes centrais de análise: a
    produção de novos espaços de moradia, o planejamento de Belém (PDU / PDTU) e
    as políticas públicas para o Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP)
    para a RMB. Conclui-se que a dispersão metropolitana implicou na existência de
    uma população que se desloca pendularmente em direção ao local de trabalho e aos
    espaços de consumo de bens e serviços diversos. Nesse sentido, há uma
    mobilidade diária da população entre os municípios da RMB consolidada pela forte
    relação entre a periferia e a área central da metrópole. Infere-se que tal relação
    passou a apresentar uma nova configuração metropolitana diante da qual ações de
    planejamento urbano e da gestão pública para mobilidade urbana vem privilegiando
    o corredor viário troncal de conexão entre os municípios da RMB, localizado na área
    urbana conurbada, mas também fundamental para o entorno fragmentado, disperso
    e descontínuo. Por fim, sugere-se que a mobilidade urbana deve ser tratada de
    maneira integrada à gestão urbanística, buscando o melhor desempenho das
    condições de mobilidade entre os municípios polarizados pela metrópole.

  • JOÃO PAULO CARNEIRO THURY
  • TENSÕES TERRITORIAIS NA AMAZÔNIA PARAENSE: O POVO INDIGENA TEMBÉ-TURÉ-MARIQUITA NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU

  • Data: 19/06/2017
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  • A pesquisa busca analisar uma situação geográfica que ocorre na fronteira amazônica, territórios de tensões e conflitos, em que os povos da floresta têm suas terras ameaçadas pelo novo processo de colonização. Sendo assim, o direito dessas populações é violado, e o poder judiciário passa a ser a saída na resolução dessas questões. O objetivo da dissertação consiste em entender as tensões territoriais entre a empresa Imerys e Biopalma com os índios da tribo dos Tembé Turé-Mariquita em Tomé-Açu e entre os Indígenas a partir das transformações provocadas com a chegada da empresa no entorno dos territórios Tembé. Essa tensão não é apenas interna aos territórios, mas externa onde as relações institucionais como a Funai, Ministério Público Federal e centros de pesquisa tencionam a vida dos indígenas. Os procedimentos operacionais utilizados consistem em: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo; entrevistas; análise documental e confecção de mapas. Inicialmente pretendeu-se fazer uma análise histórica da trajetória da Etnia Tembé Tenetehara; no segundo momento foi analisada a chegada do estranho no território e no terceiro momento analisamos as tensões territoriais.

  • ISA COSTA ALENCAR
  • “PRODUÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO NA AMAZÔNA: UMA INTERPRETAÇÃO GEOGRÁFICA DO DESMATAMENTO NO PROJETO DE ASSENTAMENTO BOM JARDIM, PACAJÁ – PARÁ”

  • Data: 02/06/2017
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  • Os projetos de assentamentos na Amazônia foram criados como estratégias de colonização e integração do espaço regional e economia nacional e como forma de desafogar as cidades a partir das mudanças de fluxo de migração do meio urbano para o rural. Em se tratando de assentamentos rurais, destaca-se que estes assumem características e espacialidades destoantes do idealizado nas políticas de reforma agrária, sendo dinâmicos no que diz respeito à apropriação e transformação do espaço ao qual estão inseridos. Um aspecto importante dessa transformação é a necessidade de exploração e degradação do capital natural no processo de produção do espaço nesses assentamentos, fato este que tem se refletido no atual destaque para o papel dos mesmos no desmatamento da região, representando em média 1/3 da perda de florestas anualmente na Amazônia. Para avaliar este processo de transformação espaço temporal de produção do espaço, principalmente no que diz respeito à perda da cobertura florestal, faz-se necessário o uso de imagens de sensoriamento remoto e análises espaciais. Diante deste contexto, a pesquisa, tem como objetivo, o uso de geotecnologias de forma a compreender como as políticas de reforma agrária interferem na dinâmica da paisagem dos assentamentos da Amazônia, tendo como recorte o Projeto de Assentamento Federal (PA) Bom Jardim. Para realização deste estudo, foi feito um levantamento bibliográfico sobre produção do espaço e políticas públicas relacionadas à reforma agrária de forma a dar embasamento nas discussões e análise exploratória do Plano de Regularização Ambiental do Projeto de Assentamento Bom Jardim, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Além disso, utilizou-se as geotecnologias, através de softwares de Sistema de Informação Geográfica (SIG) e Processamento Digital de Imagem (PDI) e imagens de diversos anos do Satélite Landsat 5 e 8, para realização da análise espaço temporal da cobertura florestal do PA, 10 anos antes e 18 anos depois da criação do assentamento (de 1987 a 2015). A proposta metodológica baseou-se no uso da periodização, que subsidiou a análise espaço temporal, possibilitando a identificação de possíveis rupturas com base em acontecimentos importantes na trajetória de estabelecimento do assentamento. Assim, o estudo identificou que o processo de produção do espaço não está apenas ligado a intervenção do homem com a natureza, mas também ao importante papel de como as políticas públicas são aplicadas no que tange a mudança da paisagem, pois apesar do Governo ter uma política de reforma agrária sólida desenhada para alcançar as necessidades das famílias do campo, a burocratização do acesso ao crédito produtivo, a fragilidade da Assistência técnica e extensão rural e do monitoramento dos investimentos feitos pelos órgãos ligados à reforma agrária nos assentamentos, aliada às necessidades imediatas do agricultor familiar refletem no processo de transformação do espaço nesses assentamentos com principal impacto na perda dos recursos florestais.

  • CARLA JOELMA DE OLIVEIRA LOPES
  • “O TERRITÓRIO QUILOMBOLA DE ARAQUEMBAUA, BAIÃO-PA”

  • Data: 26/05/2017
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  • O presente trabalho aborda um quadro de transformações territoriais relativamente recentes na Amazônia, quadro desencadeado a partir dos marcos legais brasileiros presentes na Constituição Federal de 1988 relativos ao reconhecimento, demarcação e titulação de populações quilombolas. Neste sentido, tomou como objeto de análise o território quilombola de Araquembaua localizado no município de Baião (PA). Objetivou de maneira geral analisar as mudanças e permanências que vinham se configurando dentro do território usado a partir do processo de titulação ocorrido no ano 2002 tendo como foco três elementos centrais: terra, trabalho e família. Buscou ainda compreender as estratégias territoriais desenvolvidas pelos sujeitos na comunidade antes da titulação, assim como, identificar os fatores territoriais, técnicos e políticos que explicam a titulação do território quilombola em Araquembaua. Finalmente procurou analisar as dinâmicas territoriais que se expressam no território após a titulação. Partiu-se da hipótese de que os usos do território na comunidade não eram homogêneos e sinalizavam relações de conflito, resistência e antagonismo em relação à assunção da identidade étnica quilombola o que dava indicativos de que a opção do grupo materializava principalmente uma estratégia territorial para garantir a seguridade do uso da terra. Os resultados revelaram que a titulação quilombola representou um acontecimento importante dentro da comunidade, porém, ela não alterou o modo de vida da população e nem foi capaz de ajudar a superar a pobreza e as desigualdades impostas historicamente ao território, ainda assim, algumas mudanças ocorreram, entre elas, a assunção gradativa da identidade étnica negra e da condição territorial quilombola, o que demonstra que o aquilombamento do grupo está em curso.

  • INDIARA DA SILVA OLIVEIRA
  • APLICAÇÃO DA METODOLOGIA P.E.I.R NA ANÁLISE DA QUALIDADE SOCIOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MOCAJUBA-PA.

  • Data: 11/05/2017
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  • As bacias hidrográficas são unidades geográficas fundamentais na gestão dos recursos hídricos, e as problemáticas sobre as bacias hidrográficas em todo mundo deve-se principalmente a pressão antrópica, relacionada ao uso da terra, despejo de efluentes domésticos, agrícolas e industriais, erosão do solo, desmatamento, modificações na estrutura das comunidades bióticas, entre outros (GIORDANO et al., 2004; TANAKA, 2008; DELINOM,2008). O objeto de estudo dessa pesquisa compreende a Bacia Hidrográfica do Rio Mocajuba - BHRM, que abrange três municípios do nordeste paraense: São João da Ponta, Terra Alta e Curuçá, na demarcação de seus limites estão contidas duas Unidades de Conservação. Na porção oeste a Reserva Extrativista Marinha de São João da Ponta e na porção leste a Reserva Extrativista Marinha Mãe Grande de Curuçá. De modo geral, está bacia hidrográfica vem sofrendo degradação como consequência da falta de saneamento básico, ocupação territorial em lugares inapropriados, desmatamento de áreas de mangue e outras áreas para a expansão da agricultura, degradação de Áreas de Proteção Permanentes (APP), queimadas, assoreamento dos corpos d’água e redução do aporte hidricos das nascentes, sobre-exploração de alguns recursos biológicos, prática ilegal de pesca, entre outros. (ICMBIO, (2010); PANTOJA, (2012); RODRIGUES & FRANÇA, (2014); TELES, (2016)). E pela falta de um plano de gestão, que possa gerenciar os seus diversos usos. Por outro lado, o rio Mocajuba possui uma elevada importância para as comunidades que vivem no seu entorno, pois as mesmas necessitam dos seus recursos para sua sobrevivência, haja vista que suas atividades econômicas, sociais e culturais são desenvolvidas nessas áreas. Portanto, a conservação dos recursos naturais e o manejo de forma sustentável da BHRM são considerados uma questão estratégica tanto do ponto de vista ambiental quanto do social e econômico para essas populações. Nesse sentido, busca-se analisar a bacia do rio Mocajuba, a partir do modelo PEIR - Pressão-Estado-Impacto-Resposta como intrumento de avaliação das condições de uso e manejo desse recurso natural. Essa matriz (PEIR) é estruturada a partir da identificação das atividades antrópicas causais ou fontes das pressões e impactos. Essas atividades, com base socioeconômicas, produzem pressões e impactos sobre os recursos naturais, alterando o estado dos seus componentes. Com o intuito de auxiliar a mitigação desses problemas, é proposto pela sociedade ou pelo poder público ações (respostas) que possam solucionar ou amenizá-los. A pesquisa é considerada quanto aos fins como descritivo, exploratório e quanto aos meios avaliada como um estudo de caso resultante do processo de consulta aos diversos atores sociais e institucionais envolvidos diretamente com os problemas ambientais da bacia. o modelo metodológico desenvolvido configura uma ferramenta original para a área da gestão ambiental, especificamente, no que diz respeito às atividades que impactam o meio ambiente. No que se refere às variáveis do modelo PEIR, estas foram analisadas tomando-se por base a ausência ou presença das mesmas para com a sustentabilidade, levando-se em consideração a dimensão analisada.

  • DIEGO MERCES DE BARROS
  • EXPERIÊNCIAS EM RIOS E MANGUES: LUGAR, PAISAGEM, E PERCEPÇÃO
    AMBIENTAL DOS USUÁRIOS DA RESERVA EXTRATIVISTA
    MARINHA DE MOCAPAJUBA (PA)

  • Data: 04/05/2017
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  • As Unidades de Conservação e áreas protegidas de forma geral são instituídas pelo Estado brasileiro, a partir da publicação de leis ou decretos de criação, para acatar recomendações de conservação da natureza ou de manutenção de áreas onde vivem populações indígenas, quilombolas e/ou as chamadas populações tradicionais. De forma específica as Reservas Extrativistas, que são Unidades de Conservação do grupo de uso sustentável, constituem-se em espaços territoriais destinados à exploração autossustentável e a conservação dos recursos naturais renováveis, por populações tradicionais. Em tais áreas existe a possibilidade de materializar o desenvolvimento sustentável, equilibrando interesses ecológicos de conservação ambiental, bem como os intuitos sociais de melhoria de vida das populações que habitam este território. O presente trabalho objetiva identificar os elementos expressos na percepção ambiental de indivíduos ou grupos sociais, ou seja, compreender as relações e as experiências que promovem valores e atitudes positivos perante o meio ambiente, e que estejam contidos na percepção dos moradores destes espaços. Para isso, foi escolhida a Reserva Extrativista Marinha de Mocapajuba, localizada no município de São Caetano de Odivelas, na região nordeste estado do Pará criada em 2014. Os procedimentos metodológicos foram iniciados com a revisão de literatura para a discussão teórica sobre a percepção ambiental e a relação com os conceitos de lugar e de paisagem. Posteriormente, por meio de entrevistas realizadas em 2015 e 2016, pretendeu-se revelar os elementos expressos na percepção ambiental dos usuários para compreender as relações e as experiências que esclareçam valores e atitudes positivos diante do conceito de Reserva Extrativista. Como resultado, identificou-se elementos teóricos e práticos que contribuem para o direcionamento de estudos, ações e/ou políticas a serem implementadas pelos órgãos ambientais nas UC’s, especialmente nas reservas extrativistas.

  • SUZANNA DA SILVA FERREIRA
  • “ENTRE MARÉS E MANGUES: PAISAGENS TERRITORIALIZADAS POR PESCADORES DA RESEX MARINHA DE SÃO JOÃO DA PONTA/PA”

  • Data: 19/04/2017
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  • A partir de 1990 as primeiras Unidades de Conservação, que contemplavam e favoreciam a presença de populações tradicionais, foram constatadas no Brasil, processo decorrente da mobilização e luta dos seringueiros da Amazônia. São as Reservas Extrativistas, especificadas como categoria de uso sustentável, que iniciam a inserção e valorização do conhecimento tradicional de modo regulamentado e reconhecido no sistema de preservação no Brasil, em que pese para tanto, a realização de atividades econômicas como fonte de subsistência (coleta de produtos de flora nativa ou pesca artesanal) segundo modo tradicional, e, condicionados à regulamentação específica (Diegues, 2008). A concepção de RESEX se espraiou até a implantação de territórios conservados em zona costeira, abrangendo comunidades pesqueiras em toda extensão do litoral brasileiro. Com o potencial pesqueiro constatado no estado do Pará, (o qual compõe somada a costa maranhense e amapaense, a maior costa de manguezal contínuo do mundo) a criação de RESEX Marinhas nesta paisagem costeira aumentou sucessivamente. Entre marés, matas, mangues, rios, caminhos, estradas, moradias, praças, portos e outras paisagens, os pescadores artesanais da RESEX Marinha São João da Ponta, caracterizam, organizam, concebem, estruturam o seu território das atividades cotidianas, materializando territorialidades e moldando paisagens. Este território, definido por processos de relações temporais, não pode ser apreendido dissociado da paisagem, pois, ao considerar que a paisagem “aclara e humaniza o território”, como bem ilumina Passos (2013, p.29), entende-se que já não é suficiente analisar o território, e as respectivas territorialidades que o constituíram, sem entender a subjetividade e distintos elementos físicos e simbólicos a este imbricados. Pretende-se analisar, deste modo, como a paisagem territorializada por pescadores é identificada por eles, e, se esta identificação de sua territorialidade endereça ou pode endereçar caminhos que concebam a paisagem como uma “teia de relações” que os sujeitos sociais constroem com seu território. Para interpretar a identificação das territorialidades dos pescadores é fundamental considerar os conhecimentos tradicionais e suas concepções sobre a paisagem. Portanto, mapear os locais de produção, que são os pontos de pesca chamados de pesqueiros (onde estão concentradas as espécies de peixe na maré), por meio de mapeamento participativo, foi um dos caminhos metodológicos utilizados para interpretar a paisagem territorializada pelos pescadores artesanais. Esta pesquisa foi realizada em abordagem qualitativa, desenvolvida na metodologia da pesquisa-ação indicada por Thiollent (1996) e alinhadas aos procedimentos metodológicos de trabalho de campo com entrevistas semi-dirigidas, mapeamento participativo com imagem de sensoriamento remoto, elaboração de produtos cartográficos com tratamento de informação em SIG e geo-foto-grafia. O desenvolvimento dessa pesquisa é significante para que estes territórios, identificados pelos próprios pescadores através das marcas da paisagem e dos caminhos os quais estes sujeitos perfazem e pertencem, permaneçam contemplados no processo de gestão, a partir da elaboração de materiais e instrumentos que subsidiem continuamente o monitoramento e proteção, para manejo e seleção de áreas de conflitos ou de possível sobrepesca e consequente empobrecimento e/ou esgotamento dos recursos explorados.

  • GEOVANI GONÇALVES FARIAS
  • TERRITÓRIO E MODO DE VIDA RIBEIRINHO NA AMAZÔNIA PARAENSE:
    UMA ANÁLISE NA COMUNIDADE DE CAXIUANÃ (MELGAÇO-PARÁ)

  • Data: 22/03/2017
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  • A ciência geográfica recentemente tem utilizado com bastante frequência o conceito/categoria de território para explicar muitas das transformações que vem acontecendo no espaço geográfico nas mais diversas escalas. Observou-se também que nos últimos anos o conceito/categoria de modo de vida vem sendo retomado nas pesquisas geográficas, principalmente nas análises das populações tradicionais. Os eventos de geografia tem sido o principal meio de publicação de pesquisas que tratam desse conceito/categoria com destaque para os eventos de geografia agrária. Dessa forma, neste trabalho utilizou-se ambos os conceitos/categorias, uma vez que, entende-se que a construção do modo de vida é concomitantemente a construção do território. Assim, eles devem ser tratados de forma indissociável de modo a enfatizar a necessidade de um território para a existência de um modo de vida e vice-versa. O uso desses dois conceitos/categorias de maneira indissociável na análise das populações tradicionais é importante também porque percebe-se que eles necessitam de um território para garantir sua existência e por outro lado, o modo de vida torna-se para esses sujeitos um instrumento de resistência e luta frente aos atores hegemônicos. Nesse sentido, objetivou-se nessa pesquisa identificar, analisar e periodizar as mudanças que ocorreram no modo de vida e no território dos ribeirinhos da Comunidade de Caxiuanã a partir da criação da FLONA de mesmo nome e da ECFPn, bem como os conflitos e os principais sujeitos envolvidos nesse processo. Para alcançar tal objetivo buscou-se respostas para os seguintes questionamentos: 01) Quais mudanças ocorreram no modo de vida e no território dos ribeirinhos da Comunidade de Caxiuanã, a partir da criação da FLONA de Caxiuanã e da ECFPn? 02) Quais os conflitos e os principais sujeitos envolvidos nesse processo? Além, da utilização do método da cartografia participativa seguindo os seguintes passos metodológicos: pesquisa bibliográfica e documental imprescindível para alicerçar teoricamente esta dissertação, pesquisa de campo por meio de entrevistas estruturada e/ou semiestruturada; conversas informais com os moradores mais antigos da Comunidade de Caxiuanã, elaboração de mapas da comunidade através de mapeamento participativo, levantamento fotográfico do cotidiano comunitário e do tratamento e sistematização dos dados coletados. Desta forma, destaca-se alguns dados acerca dos resultados obtidos como a confirmação da hipótese de que a criação tanto da FLONA de Caxiuanã quanto da ECFPn foram eventos que tem relação direta com as mudanças observadas no modo de vida e no uso do território da Comunidade analisada, dentre os quais destacam-se a quase extinção de tradições religiosas que era e ainda é o principal meio de expressão cultural dessa Comunidade e o abandono pela maioria dos moradores a atividade roceira e outras inerentes ao modo de vida ribeirinho como consequência das sobreposições territoriais que a Comunidade teve e principalmente da chegada da ECFPn que utilizou no inicio toda mão de obra disponível no local e ainda utiliza atualmente, mas de modo bastante reduzido.

  • JONES REMO BARBOSA VALE
  • ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO APEÚ, NORDESTE PARAENSE: SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

  • Data: 16/03/2017
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  • A bacia hidrográfica do rio Apeú está localizada na região do nordeste paraense, mais precisamente na mesorregião metropolitana de Belém-PA, abrange os municípios de Castanhal, Santa Izabel do Pará e Inhangapí. A bacia do rio Apeú se apresenta como área importante para observação dos processos de transformação da paisagem, pois esta unidade, nos últimos trinta anos, passou por significativas transformações, impostas pela dinâmica de uso da terra. Esta bacia apresenta características rurais e urbanas, nesta área se observa problemas socioambientais decorrentes da ausência ou deficiência dos serviços públicos. Os principais fatores que contribuem para a degradação da bacia são: a impermeabilização do solo, resultante da expansão urbana; a falta de controle das erosões; retirada da cobertura vegetal para fins de uso da terra; a contaminação e o assoreamento dos corpos hídrico. Diante deste contexto, esta dissertação tem como objetivo fornecer subsídios ao planejamento ambiental desta bacia hidrográfica. A metodologia adotada nesta pesquisa foi desenvolvida por Rodriguez (1994) e Rodriguez et al. (1995), adaptada ao planejamento ambiental por Leal (1995), esta metodologia contem as seguintes etapas: Inventário, Diagnóstico e Propostas. A pesquisa foi baseada em dados e informações sobre o meio físico, a dinâmica do uso da terra e cobertura vegetal, legislação ambiental e informações socioeconômicas. Os resultados obtidos demonstram que a paisagem da bacia hidrográfica do rio Apeú tem passado por um processo progressivo de transformação, por conta das interferências antrópicas, resultando em diferentes problemas socioambientais desacompanhados de políticas eficazes de planejamento ambiental e ordenamento territorial. As propostas apresentadas visam subsidiar o planejamento ambiental da bacia que deve ser uma iniciativa conjunta e orgânica dos três municípios que a abrangem.

  • GILSON BENTO CORREIA
  • “ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E A SUA RELAÇÃO COM A CRIMINALIDADE NA CIDADE DE PRAIA: CASO DOS BAIRROS DE ACHADA SANTO ANTÓNIO E PALMAREJO”

  • Data: 21/02/2017
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  • A violência urbana é um dos problemas bastante complexo e tem provocado medo e sentimento de inseguraça na sociedade. A cidade funciona como um laboratório de pesquisa em relação a problemática da violência e criminalidade, uma vez que é nela que ocorre maior parte dos crimes. É neste contexto que este trabalho tem como objetivo principal, analisar a forma como o território da cidade da Praia (Achada Santo António e Palmarejo) se encontra ordenado e a sua relação com a criminalidade. Para melhor compreensão do problema, foi feita uma discussão dos conceitos território, ordenamento territorial, criminalidade (violência) e aplicação de inquérito por questionário, composto por uma amostra de 500 agregados familiares e entrevista a Polícia Nacional e Judiciária. Os bairros de Achada Santo António e Palmarejo foram tomados como objeto de observação (estudo) por serem mais populosos e complexos (envolvem diferentes classes sociais). Os resultados obtidos mostram que os dois bairros cresceram de duas formas completamente diferentes, um crescimento de ocupação do território planejado, onde reside população na maioria das classes sociais (média e alta), com melhor infraestruturação e segurança, ao passo que o outro com crescimento de ocupação do território não planejado, onde concentra população de classes sociais mais baixas com déficit de infraestrutura e segurança. O crime ocorre com maior intensidade nos territórios não planejados/ordenados (Monte Vermelho, Casa Lata, Vale do Palmarejo, Dinós, Kelém, Brasil e parte do Meio da Achada que faz fronteira com o Vale do Palmarejo). Entretanto, nos territórios planejados/ordenados (Palmarejo Centro, Palmarejo Baixo e Meio de Achada Central), o crime registra-se em menor quantidade, com destaque para roubos e furtos/assaltos, que são os crimes mais práticados. A maior parte dos crimes está relacionada com os jovens, principalmente os considerados “thugs”. Porém, uma boa parte deles acontece no período noturno, devido uma fraca iluminação pública, deficiente ordenamento em termos urbanísticos (construções precárias e ruas estreitas), pouca circulação de pessoas e falta de vigilância. No entanto, os territórios de ocupação não planejado/ordenados são mais susceptíveis ao cometimento dos crimes e de maior sentimento de insegurança e medo dele proveniente. Diante disso, vários fatores contribuem para surgimento e aumento da criminalidade, como: falta de educação, desemprego e falta de ocupação, falta de policiamento nas ruas, vontade própria e influência, desordem urbana, usos de drogas e armas, carência de políticas sociais e entre outros. Deste modo, é essencial assumir de forma consequente o ordenamento do territóiro e qualificação dos territórios urbanos na agenda das políticas públicas de combate a criminalidade e de diminuição de sentimento de insegurança urbana e medo do crime.

  • ERIKA RENATA PACHECO FARIAS
  • “VULNERABILIDADE E PERCEPÇÃO DE RISCO NA PLANÍCIE TECNOGÊNICA EM ABAETETUBA – PA: SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO URBANO E A GESTÃO AMBIENTAL”

  • Data: 30/01/2017
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  • A cidade de Abaetetuba, localizada no Nordeste Paraense do estado do Pará teve seu crescimento as margens do rio Maratauíra onde se estabeleceram os bairros do Centro, São João, São José e Algodoal. Porém, uma significativa área desses bairros encontra-se a uma planície de inundação fluvial que ao longo anos foi descaracterizada, resultando na formação de uma planície tecnogênica, caracterizada por eventos de inundação e colapso, os quais ocasionam prejuízos a população. Nesse sentido, analisou-se vulnerabilidade da população que vive nesses bairros, tendo como ênfase a percepção de risco enquanto capacidade de resposta no aspecto intangível. Este elemento foi priorizado porque constatou-se que mesmo após o desastre, ocorrido em 2014 no bairro do São João, a população permanece no local, fazendo-se necessário analisar o motivo da ocupação desses espaços. Nos resultados alcançados o bairro do Centro apresentou Moderada vulnerabilidade a partir do Índice de Unidade de resposta pela Percepção. O que contribuiu para este resultado foi o fato da população considerar que não existem riscos no local, devido boa infraestrutura da área. A justificativa de permanência no local acontece devido a importância desta parte da cidade para a o desenvolvimento de atividades comerciais. Os demais bairros apresentaram baixa vulnerabilidade em reação a este índice, apresentando percepção diante das ameaças que se fazem presentes. Porém, a população permanece no local onde as ameaças fazem-se presentes. Isso ocorre por conta de relações de identidade estabelecidas no espaço seja por questões familiares, de vizinhança ou pelo significado da paisagem representada pelo rio, como acontece no bairro do Algodoal e São João. Portanto trata-se de uma exposição voluntário ao risco. No São José isso acontece por aspectos econômicos devido a importância de estar próximo ao centro comercial, simbolizado pelo “beiradão”. Portanto, nesse caso considera-se que o risco é aceito, em virtude das particularidades dos sujeitos envolvidos. A partir desse resultado, pôde-se fazer uma discussão sobre o planejamento e gestão ambiental na cidade de Abaetetuba propondo um ordenamento territorial que considere a criação de Zonas Especiais de Interesse Social; Áreas de Preservação Permanente; novas formas de usos para locais em risco e ações de intervenções para redução de perdas diante de possíveis desastres. O procedimento metodológico para identificar a ameaça a inundação baseou-se na proposta de Silva Junior (2010) com base em entrevistas, Modelo Digital de Elevação, Trabalho de campo e cartografia participativa. Em relação ao colapso no solo teve-se como base o relatório da Companhia de Pesquisa Recursos Minerais que identificou o risco de enchente e movimento de massa no bairro do São João. Para metodologia de vulnerabilidade adaptou-se a proposta de Szlafsztein (2015) sendo realizada a construção de um índice de Vulnerabilidade as Ameaças Ambientais na Amazônia pela Percepção, onde analisou-se a vulnerabilidade social e a capacidade de resposta a partir da percepção das pessoas frente as ameaças destacadas, resultando no mapa de vulnerabilidade com ênfase na percepção. Considera-se que os resultados alcançados são importantes para subsidiar a gestão ambiental e planejamento urbano sustentável e participativo na cidade de Abaetetuba.

2016
Descrição
  • GLÁUCIA RODRIGUES NASCIMENTO MEDEIROS
  • GESTÃO DO TERRITÓRIO E RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS DE
    MINERAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ.

  • Data: 17/08/2016
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  • Na presente dissertação buscamos apresentar uma pesquisa referente às ações de
    Responsabilidade Social realizada pela empresa de mineração Vale nos municípios de
    Parauapebas e Canaã dos Carajás, pois ambos os municípios possuem os maiores projetos de
    mineração do Brasil, e em breve Canaã dos Carajás será sede do maior empreendimento
    mineral do planeta denominado Ferro Carajás S11D. As mudanças vividas nos territórios
    ocorrem instantaneamente, pois o governo municipal e a Vale se articulam para preparar o
    município, para o startup do projeto Ferro Carajás S11D, buscando neste momento investir
    em infraestrutura voltadas às construções e reformas dos Equipamentos Públicos, trazendo
    muitos impactos positivos, consequentemente devido à aceleração dos investimentos e
    atividades na região impactam negativamente criando um caos devido ao incremento no
    volume migratório, pois os Projetos em atividade na região continuam funcionando, a mais de
    30 anos de forma interruptas, fator que fortalece a migração de pessoas de todos os estados da
    federação. A pesquisa no território paraense analisa até que ponto a gestão territorial se
    beneficia das atividades exploratórias de produção mineral, advindas dos Grandes Projetos
    energéticos e busca analisar as ações diretas da empresa Vale na melhoria da qualidade de
    vida da população local, analisando também o comprometimento e responsabilidade da
    empresa relacionadas à sua atividade e tomada de decisões buscando minimizar os impactos
    negativos causados à sociedade e ao meio ambiente. A pesquisa busca também analisar as
    relações estabelecidas entre o Poder Público e a empresa, bem como analisar as
    territorialidades exercidas para o controle de área, através dos dados divulgados pela empresa
    Vale e pelo governo Municipal relacionados aos investimentos em projetos de
    Responsabilidade Social, visando mensurar a qualidade na aplicação dos recursos voltados ao
    desenvolvimento sustentável local.

  • FILIPE RUAN DA SILVA GOMES
  • “CONFLITOS PELO USO DA ÁGUA DECORRENTE DO DESPEJO DE ESGOTO INDUSTRIAL NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRAÍBA NO DISTRITO DE ICOARACI BELÉM – PA”

  • Data: 16/08/2016
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  • Com o crescimento da exploração dos recursos naturais, o meio natural passa a ser, desde a década de 1980, uma das pautas em discussão entre os principais países do mundo, a partir da realização de conferências mundiais sobre o meio ambiente, como, por exemplo, a conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) realizada no Brasil em 1992. Entre as pautas discutidas, a preservação dos recursos naturais existentes se destaca, dando ênfase a problemática dos recursos hídricos. Atualmente, a discussão sobre a preservação das fontes de recursos hídricos pelo mundo ganhou grandes proporções, podendo ser citada a Amazônia, devido a uma diminuição considerável de água potável pelo mundo, por esse motivo, os conflitos resultantes por disputas pelo controle de reservas de água tendem a aumentar. Sendo a Amazônia uma das maiores detentoras de água potável, a presente Dissertação, visa realizar um estudo sobre os conflitos pelo uso da água em território amazônico, tendo como área de estudo a Microbacia Hidrográfica do rio Piraíba, localizada no Distrito Industrial de Icoaraci e que vem sofrendo consideráveis modificações originadas a partir da expansão da malha urbana da cidade de Belém.

  • VALTER JOSÉ MARQUES
  • ZONIFICAÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO UTILIZANDO OS GEOSSISTEMAS COMO CATEGORIA GEOGRÁFICA DE ANÁLISE”

  • Data: 12/08/2016
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  • Com 331.937 km2 o Estado do Maranhão situa-se na transição entre os biomas da caatinga a leste, para cerrado e matas de babaçu e finalmente florestas ombrófilas densas a oeste. Na dimensão latitudinal distinguem-se dois grandes compartimentos: costeiro e continental, separados por um degrau tectônico E-W/NW. A essa diversidade geográfica correspondem nuanças geológicas, geomorfológicas, climáticas e pedológicas, que se traduzem por diferentes ocupações e usos do espaço geográfico. Até aqui, o planejamento territorial tem se apoiado na divisão político-administrativa e nos usos reais ou potenciais. As abordagens ambientais baseiam-se no rebatimento temático sobre a dimensão ecológica e/ou os compartimentos geomorfológicos. No presente estudo optou-se pela zonificação sob a perspectiva sistêmica do método Geossistema-Território-Paisagem, agregando-se os vieses físico, biótico e social-cultural. A discriminação dos geossistemas e a busca por suas origens permitiu que se entendesse o quão eles estão conectados à evolução tectônica da plataforma continental brasileira, decorrente da deriva continental que separou Brasil de África. Na escala regional/local os 12 geossistemas mapeados se comportam como “ladrilhos” crustais movimentados por forças da dinâmica interna da Terra. O delineamento das unidades, geossistêmicas mapeadas é coerente com o das anomalias gravimétricas e também acompanham a compartimentação das bacias hidrográficas. Os diversos temas dos meios físico e biótico encontram-se refletidos nas unidades geossistêmicas o que comprova a sua natureza sistêmica. Da mesma forma que a diversidade de usos, ocupações e os aspectos culturais. Em conclusão, a zonificação com base em geossistemas viabiliza a gestão territorial simultaneamente através de seus vieses ambiental, hídrico, ecológico e econômico. A retrospectiva das territorialidades, implantadas ao longo da história do Maranhão, corroborou que as referidas representaram uma força-motriz à produção de matérias primas para mercados globais. Tal fato, associado a políticas aleatórias e imediatistas, resultou na exclusão social de significativas porções populacionais. A formulação de cenários alternativos, sob a ótica do desenvolvimento sustentável, propugna por novas políticas baseadas numa visão territorial geossistêmica e que se priorizem as inovações tecnológicas, com respeito à matriz energética, infraestrutura, verticalização das cadeias produtivas locais e a adoção de políticas que preservem ecossistemas e conservem os serviços ambientais.

  • MICHEL PACHECO GUEDES
  • “POR UMA GESTÃO DAS ÁGUAS NA “CIDADE DAS ÁGUAS”: UMA ANÁLISE GEOGRÁFICA DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DE BELÉM - PA (2008 a 2015)”

  • Data: 01/08/2016
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  • Tendo em vista a existência de um conjunto jurídico que visa legislar sobre o tema água no Brasil e no Estado do Pará, por meio da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e da Política de Recursos Hídricos do Estado do Pará, percebemos que estas criam em seu âmago um conjunto de intenções. Alguns deles são em certa medida, ainda, inovadores e entre eles o da Gestão dos Recursos Hídricos e inserido neste contexto, o de Gerenciamento, visando dar ao ente água um tratamento diferenciado a partir do ano de 1997, tornando assim a água um recurso hídrico. Outrossim, para a efetivação da chamada Lei das Águas (9.433/97), fora instituído um conjunto de instrumentos que visa auxiliar na gestão das águas para o Brasil, estabelecendo a Outorga de Uso dos Recursos Hídricos. Nesse sentido, numa tentativa de entendermos como se comporta a Gestão de Águas para a cidade de Belém (PA), no que se refere aos serviços de abastecimento de água, trazemos na proposta para desta dissertação, a temática dos recursos hídricos a partir do olhar geográfico.

  • JOANA CELIA MORAES RODRIGUES
  • O NEXO ÁGUA-ENERGIA-ALIMENTOS APLICADO AO CONTEXTO DA AMAZÔNIA PARAENSE

  • Data: 07/07/2016
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  • Os recursos hídricos se constituem bens públicos globais imprescindíveis à manutenção da vida no planeta e um importante instrumento econômico-político. A relação entre oferta e demanda de água para as próximas décadas relacionada à geração de energia e a produção de alimentos constitui-se uma preocupação mundial. O crescimento populacional estimado para os próximos anos e as ameaças relativas às alterações do clima têm fomentado debates em diversas escalas do globo, remetendo a necessidade de repensar as formas de planejamento e gestão desses recursos. No intuito de contribuir com informações para a gestão integrada dos recursos água, energia e alimentos na Amazônia, a presente pesquisa objetivou analisar o nexo água, energia e alimentos no contexto dos municípios paraenses. Para tal, realizou-se pesquisa bibliográfica e documental, análise de dados secundários acerca da população; abastecimento humano e consumo de água; indicadores sociais e de saneamento; produção e consumo de energia elétrica; produção de alimentos; produto interno bruto (PIB), além da classificação das variáveis estudadas em unidades observacionais, elencando para cada uma um conjunto de indicadores específicos. Para a unidade observacional água: consumo de água por volume (m³/a); acesso a rede de esgoto e IDH-M. Para a unidade energia: consumo energético estadual; perdas de ICMS; municípios atendidos pela rede de energia elétrica. Para a unidade alimentos: produção agrícola e agropecuária. Também foram utilizados dados cartográficos digitais e o geoprocessamento para espacialização das informações estudadas. A partir da análise foi possível perceber que a demanda por água, energia e alimentos no Estado, não é contemplada de modo satisfatório, além da ausência de diálogo entre os três setores, o desinteresse dos entes competentes no que condiz as demandas locais, e a gestão ineficiente da água na região, constituem-se alguns dos obstáculos principais ao atendimento das demandas amazônicas. Esse estudo é parte das atividades de pesquisa do Projeto “Riscos, Desastres Climáticos e seus Impactos sobre a Segurança Hídrica Alimentar no Estado do Pará no Contexto das Mudanças Climáticas”, integrado ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Desastres na Amazônia – GEPEDAM.

  • FERNAMDO FLAVIO LOPES SILVA
  • USO DO TERRITÓRIO E IMPLICAÇÕES SOCIOESPACIAIS DA MINERAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJAS

  • Data: 30/06/2016
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  • O Estudo a que propomos neste trabalho tem por objetivo mostrar a realidade territorial no município de Canaã dos Carajás (Pará), partindo da exploração mineral e os reflexos socio-espaciais naquele território, tendo como base de pesquisa a relação direta do aumento de arrecadação de impostos e a expansão das ações delituosas nos últimos anos (2008 a 2014). Considerando que o território é uma parcela da superfície terrestre apropriada por um grupo humano (Ratzel 1871), se expressam de várias formas, alguns migram atrás de oportunidades, por uma vida digna, outros, entretanto, praticam atividades ilícitas e é sobre esse contraste, ou seja,  o enriquecimento do município por meio de impostos e por outro lado o crescimento da pobreza e a insegurança pública, é que se chega à conclusão onde deveria existir mais investimento na educação, em consequência dos royalties, deparamos com mais pobreza e aumento da violência e criminalidade, o que nos leva a pensar que o dinheiro oriundo dessas fontes de renda não vem sendo empregados de forma adequada e correta, conforme observamos ao analisar os dados de arrecadação municipal (ICMS,IPI e FPM), enquanto que o índice de criminalidade (IC) só aumenta a cada ano.

  • GRACILENE DE CASTRO FERREIRA
  • ACORDANDO NA CACHOEIRA: TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES DE PESCADORES ARTESANIAS EM SÃO CAETANO DE ODIVELAS - PARÁ”

  • Data: 29/06/2016
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  • Estudar a organização da atividade pesqueira e da articulação dos pescadores artesanais numa perspectiva sócio espacial é trazer estas problemáticas para o campo geográfico. Considerando, sobretudo, a discussão do território e das territorialidades, entendendo o território enquanto uma categoria de análise da Geografia capaz de incorporar os interesses antagônicos dos agentes atuantes em dadas frações do espaço, bem como as relações de poder que aí se estabelecem, como elementos centrais na análise do processo de territorialização dos grupos sociais. É assim que a dinâmica da atividade pesqueira tem sido marcada por lutas e conflitos desafiadores para a vivência daqueles que dependem da pesca. O certo é que a territorialidade dos pescadores tem sido norteada por arranjos que balizam sua relação com a pesca e os recursos que dela emanam. Nesse sentido, esta pesquisa compreende um estudo acerca de como a pesca artesanal influencia a dinâmica sócio territorial da comunidade de Cachoeira no município de São Caetano de Odivelas por indicar a maior concentração de famílias de pescadores no município, bem como analisa o modelo de gestão do território de pesca no que se refere a exclusão e inclusão de usuários nos arranjos locais no manejo dos recursos pesqueiros. Foram adotadas metodologias como entrevistas informais e entrevistas estruturadas e semiestruturadas, subsidiada com a metodologia da cartografia social, além de observação direta in locu, com o fim de estimular a interação e integração entre o pesquisador e os membros envolvidos na pesquisa. Assim, foi possível identificar, descrever e analisar os arranjos e normas elaboradas pelos pescadores da Vila de Cachoeira para os acordos de pesca considerando o manejo dos recursos naturais, conhecendo de perto a realidade local, sua estrutura organizacional, suas representatividades e sua dinâmica em relação com o território de uso e sua relação com a sociedade que o cerca e a natureza. Permitindo afirmar que a dinâmica da pesca artesanal no território normado é composto por especialidades formadas pela relação de poder próprias da territorialidade, e é assim que os pescadores da Vila de Cachoeira vivem a luta de territorializar-se em confronto com a influência que os agentes dominantes exercem sobre o território.

  • JONAS PASTANA DA SILVA
  • “Centralidade Política e Econômica de Macapá na sub-região norte do Marajó entre 1990 a 2015: Gurupá e Afuá”

  • Data: 28/06/2016
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  • A partir de 1960, a Amazônia Oriental experimentou grandes transformações através das mudanças na organização do espaço regional que as estratégias de ocupação então manifestaram. Uma importante mudança experimentada foi à reestruturação na rede urbana da região. A nova rede urbana que começou a se organizar não removeu a importância das tradicionais metrópoles regionais: Belém e Manaus, mas essas metrópoles passam a conviver com centros regionais de importância cada vez mais crescente. O crescimento desses centros regionais os tornou capazes de exercer diferentes níveis de centralidades nas suas respectivas sub-regiões. Esses espaços urbanos têm convocado vários estudos para defini-los como cidades médias e refletir as implicações desse processo no território. É neste contexto que Macapá a partir da década de 1990, emerge como cidade media e com capacidade crescente de exercer centralidade em todo o território amapaense e na sub-região norte do Marajó. A pesquisa em questão trata de um estudo qualitativo, tendo como instrumentais metodológicos a observação, a entrevista, questionário e formulários. O método de interpretação está baseado o materialismo histórico e dialético. O referencial teórico convocou debates acerca da centralidade política e econômica de Macapá em relação à Gurupá e Afuá; e estão pautados na produção social do espaço, dinâmica territorial, e centralidade de cidade média discutidos a partir do objetivo geral do trabalho que é analisar a centralidade política e econômica de Macapá na sub-região norte do Marajó: Gurupá e Afuá em detrimento de Belém, no período de 1990 a 2015. O trabalho está desdobrado em outros três objetivos que orientaram a realização da pesquisa: analisar a implicação de Macapá como capital de estado e cidade média nos os fluxos políticos e econômicos com Gurupá e Afuá; identificar os principais agentes articuladores dos fluxos políticos e econômicos; analisar os fluxos políticos e econômicos que articulam a centralidade política e econômica de Macapá em relação à Gurupá e Afuá. As principais conclusões apontam que i) a condição de capital de estado e de cidade média de Macapá carrega é fator decisivo nos fluxos políticos e econômicos que a cidade desenvolve; ii) há uma centralidade de Macapá na oferta de serviços públicos e bens basicamente no norte do município de Gurupá e iii) Macapá exerce centralidade nos fluxos de serviços públicos e fluxos econômicos no município de Afuá em relação a cidade de Belém

  • ANA LUIZA DE ARAÚJO E SILVA
  • “O USO DA ÁGUA NA BACIA URBANA DO RIO TUCUNDUBA – BELÉM - PA”

  • Data: 13/05/2016
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  • A questão do acesso, uso e apropriação da água afeta diretamente a qualidade de vida da população residente nas margens dos rios urbanos. O presente trabalho tem como ponto de partida um estudo da relação cidade e água, com enfoque no curso do rio Tucunduba, na cidade de Belém e estará estruturado em três momentos. O primeiro abordará uma revisão histórico-geográfica da problemática da água e a produção da cidade no contexto amazônico. O segundo buscará identificar o acesso à água nos bairros que compõe a bacia, assim como  usos e práticas sociais vinculadas à água no curso do Tucunduba. E o terceiro momento buscará contribuir na discussão das políticas públicas destinadas à população local. O processo de produção do espaço em áreas de baixadas apresenta consideráveis entraves, porém observam-se ricas particularidades que as populações mantêm com os recursos hídricos, notadamente com o rio.

  • ANA CLAUDIA ALVES DE CARVALHO
  • O TRABALHO E AS METAMORFOSES NO ESPAÇO A PARTIR DA DENDEICULTURA EM TOMÉ-AÇU (PA): ESTUDO DE CASO NA VILA FORQUILHA”

  • Data: 10/05/2016
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  • O presente trabalho teve por objetivo analisar as metamorfoses no espaço de Tomé-açu, utilizando a vila Forquilha como estudo de caso, a partir da introdução da dendeicultura na região. Buscamos ressaltar as metamorfoses no lugar tendo como foco a ressignificação do trabalho enquanto elo de ligação entre o homem e a natureza, ao observarmos as mudanças ocorridas em seu contexto geral na vila Forquilha, compreendemos que se há mudança no trabalho, há mudanças nas relações entre o homem e a natureza. Para entendermos melhor a configuração espacial e a dinâmica social da vila faz-se necessário compreender a natureza do trabalho antes da chegada das empresas; dessa forma, é caracterizado em um primeiro momento a situação geográfica que se estabelecia antes da instalação da Biopalma e da Galp, tendo como foco as relações de produção camponesa, onde no lugar predominava o trabalho como um meio para se obter dinheiro para a compra das demais mercadorias necessárias à sua existência. Em seguida apresentamos os planos e políticas públicas que possibilitaram a instalação das empresas e por fim caracterizamos essa nova situação geográfica, destacando como as relações de trabalho se metamorfoseiam na vila Forquilha, a partir da chegada da dendeicultura em Tomé-açu, e como isso ecoa nas demais dimensões da vida cotidiana dos moradores da vila, pois o trabalho é apenas uma dessas dimensões. Os resultados revelam novas formas de trabalho, a presença do trabalho assalariado, a expansão do setor de comércio e serviços fundando novas oportunidades de emprego e uma diminuição no trabalho produtivo camponês o que transforma o camponês em um assalariado rural. O emergir do circuito do capital comercial, observado no sistema de parceria existente entre a empresa e o agricultor familiar; e o capital financeiro estabelecendo-se na presença do arrendamento, venda de terras as empresas de dendeicultura, garantem a vila Forquilha uma nova dinâmica social.

  • JOÃO DE LIMA PAIVA
  • “A GEOGRAFIA DA VIOLÊNCIA NO MUNICÍPIO MINERÁRIO DE                      PARAUAPEBAS NO PERÍODO DE 2007 A 2015”

  • Data: 28/04/2016
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  • A ideia inicial deste trabalho era fazer um diagnóstico da violência no município de Paraupebas e dissipar a dúvida de que o município em estudo por possuir uma das maiores reserva de minério do Brasil e do mundo e uma receita das mais elevadas, teria alguma(s) particularidade(s), no que se refere às modalidades criminosas.E, se esta receita estaria contribuindo, de forma direta, para a redução das práticas criminosas sobre seus cidadãos. Também, se esta receita estaria sendo distribuida de maneira equânime os bens e serviços dentro do território. Ou se ela sofre dos mesmos percalços vivenciados pelas demais cidades do território paraense. Para tanto, foram feitos levantamentos histórico, bibliográfico, de dados econômicos e populacionais e pesquisa de campo. No decorrer do estudo, veio à tona uma revelação bastante importante e grave que é a redução e esgotamento da reserva por volta de ano de 2035 interferindo na captação de receita; o município ainda não começou a trabalhar formas econômicas alternativas para sua população, de maneira que esta não venha a sentir o impacto da queda da receita e por consequência, veja disparar, o que hoje é uma realidade bastante grave, que é a violência. Esta abordagem analisa a violência considerando os aspectos quantitativos e qualitativos, a partir de um procedimento metodológico de dados e pesquisa interpretados por meio do materialismo histórico e dialético e do estruturalismo, que estão conectados ao poder, a formação da periferia urbana, que se transformam em produtores e produto da violência. As principais conclusões foram:as relações sociais e econômicas em uma cidade como essa em quase nada se diferencia de outras realidades vivências em outros municípios paraense; a elevada receita municipal não tem servidor para melhorar a qualidade de vida da população; o índice de violência é bastante elevado e é reflexo de uma má distribuição de renda; o prognóstico é bastante desanimador uma vez que o fim da reserva se aproxima.

  • EDIVIM GOMES DA SILVA
  • “TERRITÓRIO, MINERAÇÃO E MODOS DE VIDA EM COMUNIDADES RURAIS EM JURUTI - PA”

  • Data: 19/04/2016
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  • Grandes Projetos, como este de mineração de bauxita, conseguem provocar mudanças sensíveis onde se instalam. Juruti, município do estado do Pará, localizado na Amazônia brasileira, não fugiu da regra desses grandes projetos. Estamos falando de impactos ambientais provocados pelo processo de territorialização da mineradora Alcoa. Este estudo tem como objetivo analisar os impactos ambientais, à luz de conceitos e teorias da ciência geográfica. A metodologia aplicada, partiu sobretudo, no enfoque do presente, formatou-se, com base nos períodos geográficos, ancorados na situação geográfica: SGI 1 (situação geográfica inicial 1) – Evento – SG 2 (situação geográfica 2), configurando a metodologia analítica. Bancos de teses e dissertações, anais de congressos e simpósios, sites e artigos em periódicos foram pesquisados, assim como, entrevistas em instituições e com diferentes atores, observações no espaço e análises de documentos foram realizadas, o que deram suporte a metodologia operacional. Com isso, formulou-se a hipótese: A implantação da atividade mineradora, aqui entendida como evento, ocasionou impacto ambiental nas comunidades rurais, Lago Preto, Santa Terezinha, São Pedro, Seringal e Café Torrado? As investigações deste trabalho nos modos de vida, presente na área de estudo, indicam alterações no tempo/espaço de vivência. Terra, floresta e água, sendo indissociável aos modos de vida presente nas Amazônias, denunciam que a partir do processo de instalação, ocorreram mudanças que geraram desordem no espaço destas localidades. Essa desordem provocada por uma ordem global, possibilitou a regulação nos territórios aqui investigados. Ao longo do trabalho foram identificadas relações com diferentes atores, que em diferentes lugares, engendraram um conjunto de ações para a materialização de um sistema de objetos. Dessa forma, a pesquisa concluiu que a presença da atividade mineradora, ocasionou impacto ambiental, nos territórios de trabalho, nas águas de trabalho e nas florestas de trabalho, ou seja, nos modos de vida.

  • ANTÔNIO RODRIGO DAS MERCÊS PAIVA
  • LUGARES DE VIDA: OLHARES SOBRE O PORTO DA PALHA BELÉM-PA

  • Data: 30/03/2016
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  • Este trabalho tem como objetivo analisar o lugar a partir das relações dos sujeitos no cotidiano do Porto da Palha enquanto lugar de vida, através da intencionalidade e geograficidade dos ribeirinhos, carregadores, barqueiros, moradores, donos de barracas do Porto da Palha. A construção teórica desta dissertação encontra-se cimentada na geografia cultural e na fenomenologia. Assim o cotidiano é palco do empírico na construção de uma geografia cultural na Amazônia, principalmente no Estado do Pará onde a discussão ainda caminha a passos lentos. Neste sentido essa dissertação é uma busca-se de como os sujeitos produzem seus lugares de vida, suas simbolidades ao longo de sua vida em relação com o Lugar. Através da oralidade de cada sujeito e de seu cotidiano perceber como o Porto que seria um lugar de transição de passagem se torna parte de uma rede de lugares e se torna um lugar de vida.

  • GEISE CORRÊA TELES
  • “Análise da Paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Mocajuba, Nordeste Paraense, a partir do Modelo (GTP)"

  • Data: 29/03/2016
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  • O presente estudo objetivou compreender a dinâmica de uso e o manejo dos recursos naturais na bacia hidrográfica do Mocajuba, localizada na microrregião do Salgado Paraense, a partir da apreensão da paisagem proposta pelo modelo teórico-metodológico GTP. Algo importante na compreensão dessa relação é entender de que paisagem se está falando, e dos processos que engendram sua construção. A base de construção da análise apresentada é o modelo teórico GTP, proposto por Bertrand e Bertrand (2009), esse modelo teórico faz uma relação entre os conceitos de geossistema, território e paisagem, e a partir dessa relação é possível perceber como se constroem as diferentes paisagens. Nas palavras de Bertrand e Bertrand (2009. p. 197) “a paisagem nasce quando um olhar percorre um território”. O que significa dizer que ela é resultante da apreensão da relação das construções territoriais, circunscritas no geossistema, ou seja, a paisagem é construída a partir da percepção que os moradores da área estudada têm sobre o seu espaço de vivência, mas esse espaço possui uma base material, (geossistema) e é estruturado a partir de processos socioeconômicos (território) na construção dessas paisagens. Para alcançar os objetivos propostos foram traçados procedimentos metodológicos, como a revisão teórica bibliográfica sobre o tema e a área estudada, o levantamento das características geoecológicas da bacia hidrográfica, a análise socioeconômica, feita a partir do levantamento de dados sobre as atividades produtivas, o mapeamento de uso da terra, e entrevistas semidirigidas, acompanhadas de registros fotográficos para representar as paisagens destacadas pelos entrevistados. No levantamento de informações sobre os componentes do geossistema, destaca-se o mapeamento da cobertura vegetal e dos usos da terra, que inferem informações importantes sobre as condições dos elementos naturais. No levantamento de informações sobre os componentes do território destacam-se os conflitos identificados pelo uso e apropriação desses recursos, que estão ligados as principais atividades econômicas que alicerçam a economia local, a pesca, agricultura, coleta de moluscos e crustáceos. As paisagens apontadas pelos entrevistados indicaram o sentimento de pertencimento, suas perspectivas de mudança e necessidades de melhorias no ambiente onde vivem.

  • AMANDA SÂMELA DA SILVA GONÇALVES
  • “TERRITÓRIO RIBEIRINHO: UM “MAPEAMENTO” DAS AÇÕES E REPRESENTAÇÕES NO RIO TUCUMANDUBA EM ABAETETUBA”

  • Data: 29/03/2016
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  • Este trabalho tem por objetivo “mapear” as ações e representações ribeirinhas no entorno do rio
    Tucumanduba, em Abaetetuba-PA. Esse rio é um dos principais afluentes do rio Pará e, abrange
    cinco projetos de assentamentos agroextrativistas, nove comunidades e um modo de vida
    singular que representa, não somente, a cultura histórica ribeirinha amazônica, mas também, a
    carga identitária local do homem com seu meio, desmistificando a ideia de cultura ribeirinha
    tradicional e homogênea. A pesquisa realizada pauta-se em metodologias que levam em
    consideração duas principais práticas no território do rio Tucumanduba. A primeira, as ações
    ligadas às atuações/ausências governamentais e a segunda, as representações territoriais que
    nascem da história, por meio do convívio e modos de vida das comunidades. As ações
    concernem aos projetos desempenhado pelo INCRA, a assistência social às famílias e os
    incentivos econômicos para a produção das atividades da pesca e a extração do açaí, que
    possuem grande relevância local, devido as potencialidades naturais das ilhas. Já as
    representações, dizem respeito aos elementos que formam o território e o modo como eles
    contribuem para a territorialização em um determinado espaço que passa a ser dotado de
    personalidade. Essa dualidade cria uma complexidade espacial e territorial, que as abordagens
    teóricas bem como, as análises empíricas deste trabalho ajudam a compreender e explicar.

  • DARLENE COSTA DA SILVA
  • “Uma Interpretação geográfica dos impactos da hidrelétrica Belo Monte: um estudo de caso da Vila Santo Antônio e da comunidade Babaquara na microrregião de Altamira - PA”

  • Data: 10/03/2016
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  • Nesta dissertação, discutisse o processo de transformação do espaço agrário da Comunidade Babaquara e da vila Santo Antônio, enfatizando as perdas em relação ao sentimento de pertencimento do lugar. Para tanto traçou como objetivos específicos: 1. Resgatar a história das famílias em relação ao lugar e aos modos de vida; 2. Caracterizar a produção do espaço vivido pelos moradores do lugar; 3. Identificar os elementos de mudança nos modos de vida das famílias impactadas, e; 4. Verificar as perspectivas das famílias com as mudanças em função dos efeitos do empreendimento em seus cotidianos. A Comunidade Babaquara, localiza-se na área rural de Altamira e a vila Santo Antônio, pertencia ao município de Vitória do Xingu. Ambas tiveram sua formação socioespacial vinculada à colonização da região (dirigida e espontânea). Foi possível constatar com a chegada do empreendimento que os lugares da vila e da comunidade sofreram transformações drásticas com consequenciais nos modos de vida das famílias residentes. Metodologicamente, foram realizados levantamentos bibliográficos e documentais junto ao IBGE, INCRA e CEPLAC, aplicação de formulários com vinte e quatro famílias, sendo doze moradores da comunidade Babaquara e doze ex-moradores da vila Santo Antônio. A Comunidade Babaquara apresenta os problemas vividos pelos moradores que ficam tanto na parte de terra firme quanto na margem direita do rio e que deste modo, faz-se o esforço em pesquisa para delinear as consequências às famílias que tiveram seus modos de vida alterados, destacando o fato de permanecem no lugar de origem, necessitando reestruturar seus sistemas de produção devido a intervenção do empreendedor na comunidade. No caso da vila Santo Antônio, localizou (mapeou) os ex-moradores do lugar, de modo a verificar as principais consequências em função do não realocamento da vila como estava previsto e identificar quais são as perspectivas dessas famílias mediante a drástica mudança em suas vidas.

2015
Descrição
  • ELCIVÂNIA DE OLIVEIRA BARRETO
  • “Turismo de Base Comunitária e uso do Território em Comunidade Ribeirinha da Amazônia Paraense: o caso de Anã no Município de Santarém/Pará”
  • Data: 25/06/2015
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  • Este trabalho teve como objetivo analisar a relação do turismo de base comunitária e o uso do território na comunidade ribeirinha Anã, localizada no Município de Santarém, no oeste do estado do Pará, considerando as participações da ONG Saúde e Alegria e do Estado, considerando este último em escala nacional, estadual e municipal. Diante disso, buscamos dialogar com a teoria da modernização do espaço de Santos, articulando com a noção uso do território (Santos e Silveira, 2008), que nos deram base para tecer a reflexão diante do nosso objeto de estudo, bem como dar respostas aos questionamentos que foram a gênese dessa pesquisa. Nesta pesquisa fizemos ainda uma revisão bibliográfica, sobre a categoria Terceiro Setor e consequentemente sobre o termo ONG – Organização Não Governamental, já que além do Estado e dos comunitários de Anã, a ONG Saúde e Alegria se configuraram como sujeitos de nossa pesquisa. Partimos da premissa que o turismo de base comunitária é um contraponto ao turismo convencional, por assim dizer uma contra-racionalidade hegemônica. E é dentro dessa abordagem, que identificamos que o turismo de base comunitária desenvolvido em Anã, ainda não se configura como uma contra-racionalidade, uma vez que a ONG PSA atua com hegemonia frente ao turismo de base comunitária, e isso se perpetua principalmente pelas ações e inações do Estado na comunidade ribeirinha de Anã.
  • JOSÉ BENEDITO FIGUEIREDO FILHO
  • "Paisagem, Lugar e Percepção: um estudo das relações do homem e os manguezais do município de Quatipuru - PA”,

  • Data: 28/04/2015
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  • Esta dissertação é a história das descobertas que dos manguezais fiz nos meus anos de infâncias e adolescência, somadas as árduas observações de campo que fiz no município de Quatipuru – PA, onde convivi com os caranguejeiros e os caranguejos e observei suas relações com o ecossistema manguezal. Esta é, portanto, uma confissão de uma geografia vivenciada que traz à tona, a partir de percepções, experiências e idéias, uma reflexão sobre a comunidade de coletores de caranguejo-uçá associado na AEXQUAT no município de Quatipuru – PA. Não apresento uma analise exaustiva e teórica das condições de produção e reprodução, mas sim da paisagem, do lugar e do sentimento de topofilia e a percepção ambiental da comunidade, visto sob o viés da Geografia Humanista, em que pese à interrelação entre a paisagem, o lugar e o ecossistema manguezal. A paisagem é o cenário de nossas experiências cotidianas, uma vez que nos encontramos envolvidos pela paisagem, fazemos parte dela. Uma paisagem não envolve apenas a topografia, os rios, o clima e a vegetação, os meios de circulação e produção econômica, o contexto social, histórico e cultural, mas também, é igualmente, a experiência diária de pessoas que têm vontade, necessidades, emoções e sentimentos, afetividades. É o morador quem percebe e vivencia as paisagens, atribuindo a elas significados e valores, e as transformando em lugares. O lugar é construído, significado, recomposto e criado pelas pessoas que nele vivem. Mas é impossível desconsiderar a ação de agentes externos que ignoram o conhecimento e as especificidades que só as pessoas do lugar podem conhecer. Lugar enquanto essência fundamental para a geografia humanista e para a compreensão da geografia enquanto experienciamos o mundo. Ao enfocar o homem e o manguezal, o texto foi pontuado pelo saber científico integrado as geografias vernaculares. Onde, o homem, os caranguejos, as plantas, a água, as experiências e os sentimentos fazem parte destas reflexões que foram desenvolvidas à luz dos postulados teóricos de Yi-Fu Tuan.

  • WELLINGTON DE PINHO ALVAREZ
  • "Geografia e Violência nos Aglomerados de Execução na Cidade de Marituba – 2011 a 2013"
  • Data: 23/04/2015
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  • A violência é por essencial fruto de conflitos, na maioria das vezes ela está conectada a realidade local de uma determinada sociedade, por isso, cada sociedade manifesta um tipo comum de violência. Nossa realidade, ou melhor, a sociedade que integramos apresenta em sua gama de ações violentas, a refutação dos códigos em inúmeras instancias, tanto que, viabiliza e mantem a insalubridade de espaços e o subdesenvolvimento humano. Por efeito, a resistência, adequa a insalubridade da vida social e o transforma em oportunidade, isto, aproxima as práticas ilegais na vida cotidiana, a ponto de transformar-se em referência, neste sentido, as relações sociais sofrem transformações que proporcionam a particularização das formas de sociabilidade e consequentemente a territorialidade violenta. Esta pesquisa trata de um estudo qualitativo e quantitativo da violência, tendo como procedimentos metodológicos o questionário e a observação participante, os métodos de interpretação foram o materialismo histórico e dialético, bem como o estruturalismo. O referencial teórico alinha-se aos métodos e estão conectadas ao poder, a formação e manutenção constituição da periferia urbana e a violência. As principais conclusões apontam que i) o poder é intrínseco a todas as relações sociais e esta presente de forma multiescalar, ii) que o espaço periférico, ou melhor, o espaço periférico da Região Metropolitana de Belém (RMB), sua produção, organização e desenvolvimento é fruto de conflitos e acordos sociais, onde verifica-se segregação e insalubridade e, iii) que a violência e ocorre por um complexo processo de socialização que alinha formas de territorialidade tendo como referência a violência e a atividade criminosa.
  • ROSEMILDO SANTOS LIMA
  • "NA SAFRA E NA ENTRESAFRA DO AÇAÍ: USO DO TERRITÓRIO E MODO DE VIDA DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA DO BAIXO RIO MERUÚ, IGARAPÉ-MIRI PARÁ" 

  • Data: 27/03/2015
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  • O espaço amazônico, em sua complexidade, se apresenta de forma multifacetada, tanto em seus aspectos naturais, quanto nas sociedades que fazem desse espaço seus locais de vivência cotidiana e de produção material e imaterial de suas existências.  Em tal espaço, as comunidades locais, como os ribeirinhos, com suas marcas inconfundíveis nas paisagens e com suas múltiplas territorialidades, desenvolvem diferentes estratégias de sobrevivência ligadas diretamente aos seus modos de vida. Este estudo buscou avaliar o espaço amazônico pelo prisma de sua complexidade, tendo como conceitos centrais a territorialidade e o modo de vida da população ribeirinha do baixo rio Meruú em Igarapé-Miri-PA. O objetivo é discutir, a partir de revisão bibliográfica, observação empírica, entrevistas estruturadas e semi-estruturadas, bem como pelo uso de mapeamento participativo, a constituição das territorialidades e do modo de vida da população local. A pesquisa permitiu afirmar que os ribeirinhos do baixo rio Meruú desenvolvem estratégias de sobrevivência intimamente ligadas à safra e entressafra do açaí. Neste sentido, enxergamos a comunidade a partir da constituição de sua dinâmica social, econômica e cultural, em grande parte ligada à sazonalidade do açaí. Isso porque o comércio do fruto é a base de suas reproduções materiais, mas também é geradora de uma apropriação imaterial do produto, pois é dotado de outros significados, além de ser e essencial para a segurança alimentar. Paralelamente ao manejo, extração e comercialização do açaí existem múltiplas estratégias de sobrevivência, principalmente na entressafra do fruto, que afirmam e sustentam a relação entre o homem e a natureza local reforçando o sentido de pertencer a um território que lhes pertence. Esta condição permitiu compreender a territorialidade e o modo de vida da população que produz um território não apenas desigual, mas também diferenciado, pois é moldado não somente pela força do comercio do açaí, mas também pela materialização de um modo de vida que se transforma e se afirma no fazer cotidiano e na relação íntima com essa cultura extrativista.

  • CARLOS JORGE NOGUEIRA DE CASTRO
  • “Transporte público de passageiros: uma análise sobre as territorialidades das empresas de ônibus urbano regulamentadas na Região Metropolitana de Belém (2000-2012)”

  • Data: 26/03/2015
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  • Nos últimos dez anos, o trânsito e o transporte público tornaram-se temas de grande relevância no cenário urbano. No Brasil, esses temas têm despertado o interesse de pesquisadores e estudiosos que buscam através de variados métodos de análise encontrar um “entendimento lógico” e “solução” para os problemas resultantes dessas duas questões, que por sinal avançam rapidamente com forte impacto negativo nas relações socioespaciais no espaço urbano das grandes cidades. Na Região Metropolitana de Belém (RMB), os problemas do sistema de transporte público acumulam-se em décadas; no entanto, com o acelerado processo de consumo de veículos automotores, os empresários de ônibus locais engendraram uma nova estratégia para assegurarem suas margens de lucro. O ano 2000 é um importante marco para a compreensão desse processo, pois até este momento as empresas de ônibus monopolizavam o serviço em áreas definidas pelo Estado. Entretanto, em meio ao processo de imobilidade urbana, os agentes transportadores locais visualizaram uma nova perspectiva para aumentar a renda do sistema de transporte público de passageiros. No período de 2001 a 2012 foi observada elevada fragmentação de capitais destes agentes, a qual lhes possibilitou fantasiar uma competitividade entre empresas, aparentemente distintas, mas que pertenciam, na origem, ao mesmo agente transportador. No ambiente de aparente competição, o passageiro acredita ter o poder de escolha, e os trabalhadores rodoviários acreditam estar defendendo a empresa e o seu emprego, aceitando que o agente transportador eleve o nível de exploração de sua mão-de-obra. O Estado possibilitou as condições para as fragmentações do capital, quando permitiu a criação de 40 novas empresas de ônibus no período de 2001 a 2012, com a fragmentação da operação nas linhas de ônibus. Esta pesquisa foi estruturada a partir de um acervo organizado a partir de 1998 até o momento atual; contudo, a partir de 2010 estas informações foram integradas ao Sistema de Informação Geografia (SIG), e foram ajustadas a partir da análise geográfica. A aproximação da análise geográfica, com o conhecimento cartográfico implementado no SIG, possibilitou organizar um conjunto de informações geoespacializaveis necessárias para o entendimento dos dois últimos momentos. No entanto, num primeiro momento a produção da cidade e a penetração do transporte urbano é analisada com o intuito de apresentar os principais agentes promotores do espaço urbano e o papel dos agentes transportadores dentro de uma coerência espacial da cidade. No segundo momento resgata-se os processos históricos que possibilitaram a atuação dos agentes transportadores urbanos na RMB. No terceiro momento, o sistema de transporte público é analisado a partir da organização socioespacial no período de 2000 a 2012. E, por último, no quarto momento são apresentadas as territorialidades dos agentes transportadores no ano de 2012, apresentando o elevado grau de fragmentação dos capitais, necessária para o aumento da capitalização dos agentes transportadores. Contudo, diante da complexidade do tema transporte, é necessário integra-lo com outros temas necessários para a compreensão do seu papel no espaço urbano metropolitano.

  • MÍLVIO DA SILVA RIBEIRO
  • “Governança para o desenvolvimento territorial: da concepção à ação – o caso do Pará Rural”

  • Data: 23/03/2015
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  • A presente dissertação analisa a proposição de uma política pública do Governo do Estado do Pará, trata-se do Programa de Redução da Pobreza e Gestão dos Recursos Naturais do Pará - Pará Rural, sua concepção e ação com vista ao desenvolvimento territorial sustentável, a partir de projetos produtivos no meio rural, financiados com recursos de acordo de empréstimo entre Banco Mundial e Governo do Estado do Pará. Um propósito que tem como ideia a governança em termo compartilhamento de poder exercido entre a sociedade e o governo como possibilidade de um ordenamento territorial como elemento a possibilitar a sustentabilidade de pessoas pobres do meio rural do Estado do Pará. O texto é discutido geograficamente, na ideia de território e seu uso. Desse modo, o objetivo central é analisar a luz do Programa Pará Rural, as possibilidades e dificuldades no estabelecimento de um processo de governança para o desenvolvimento territorial. Para a consecução desta dissertação, partiu-se metodologicamente do levantamento do instrumental que se considerou necessário a realização da pesquisa. Tais quais: referencial teórico conceitual pertinente para fundamentação e construção da pesquisa; e, de dados primários e informações elementares. Assim, apresenta-se a organização da Dissertação com os seguintes capítulos: O primeiro, de caráter teórico conceitual de categorias e temas, em essência, as ideia de governança e de desenvolvimento territorial; o segundo, tratando-se de apresentar o Programa Pará Rural, em sua estrutura e concepção; por conseguinte, se discuti a ações do programa em termos de oportunidade, dificuldades e desafios, na perspectiva do Pará Rural e dos entes envolvidos do meio rural do recorte territorial escolhido e em quarto capítulo apresenta-se o uso do território, das “mudanças” no ordenamento, uso e apropriação do território. E, finalmente as considerações finais. No geral apresentamos como primeiros resultados que, o pretendido estabelecimento de um processo de governança pelo Governo do Estado do Pará através Programa Pará Rural, a partir da criação de Fóruns de Desenvolvimento Municipais e da reunião de instituições do próprio Estado para o desenvolvimento sustentável, perdeu força no nascedouro, sendo assistidos pelo Estado, municípios fora do processo pretendido, tendo o Governo do Estado como principal ator para o pretenso desenvolvimento territorial. E o Programa Pará Rural, vem sendo tratado ainda no caráter de uma proposição e não uma realidade no sentido do desenvolvimento sustentável no meio rural Paraense.

  • CLEISON BASTOS DOS SANTOS
  • “DENDEICULTURA, COMUNIDADES CAMPONESAS NA AMAZÔNIA PARAENSE: UMA ANÁLISE DO MUNICÍPIO DE MOJU”

  • Data: 19/03/2015
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  • O presente trabalho tem como objeto de estudo os camponeses do município de Moju integrados à cadeia produtiva do dendê. Os objetivos do estudo foram: analisar as formas de associação da agricultura camponesa às empresas Agropalma, Biopalma e Marborges no Moju; examinar como a dendeicultura reinventa a dinâmica do trabalho em comunidades tradicionais no município de Moju e, caracterizar a produção de alimentos nas comunidades tradicionais do Arauaí, Vila da Paz, Apiteua, Olho D’água, Jupuuba, Pirateua, Sarapoí, Severo, São Pedro e Ramal do Levi que tem unidades familiares produtivas de dendê. No espaço agrário do município de Moju é marcante o cultivo de mandioca (Manihot esculenta) e o fabrico de farinha de mesa. Aqui, a agricultura camponesa possui destaque na produção econômica, cultural e social de centenas de comunidades. O meio rural do município vem sofrendo transformações, sobretudo, a partir de 2002 com a chegada do Projeto de Agricultura Familiar com Cultura de Dendê na comunidade do Arauaí e com mais intensidade no ano de 2004 a 2010 a partir da criação do Programa Nacional de Produção do Biodiesel (PNPB) e do Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo (PPSPO), agora, com a presença de novos empreendimentos, como é o caso da Biopalma Vale, da Petrobrás Biocombustíveis (PBIO), da portuguesa GALP Energia, Guanfeng Group dentre outros. A partir, de então, vem se intensificando o processo de incorporação dos camponeses à cadeia produtiva da palma de óleo. Partimos da hipótese de que a introdução do plantio do dendê trouxe mudanças no modo de vida, nas formas de trabalho e de produção das comunidades camponesas onde a atividade aportou.

  • DIEGO LUIZ DO NASCIMENTO FERREIRA
  • “Conflito pelo uso da água na Amazônia brasileira: uma análise envolvendo a atividade mínero-metalúrgica e as comunidades Ilha São João e Curuperé no município de Barcarena – PA”

  • Data: 13/03/2015
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  • Registra-se nos dias de hoje um aumento considerável nos conflitos envolvendo o recurso natural água, seja em escala local, regional e até internacional. No entanto, estudos como o de Lanna (1997), Petrella (2002), UNESCO (2003), Vianna (2005), Torres (2007), que procuram compreender e explicar esses conflitos, não são suficientes para analisar o crescente número de disputas pelo recurso água, ainda mais na Amazônia brasileira, que por apresentar considerável riqueza hídrica, vem sendo palco de disputas pelo uso desse recurso tão importante para seus habitantes. Nesse sentido, esta dissertação de mestrado busca analisar os conflitos envolvendo o uso do recurso hídrico na atividade minero-metalúrgica no município de Barcarena, no Estado do Pará, de forma a contribuir com informações para entender as problemáticas que envolvem essas disputas. O desenvolvimento do estudo ocorreu a partir de levantamentos bibliográficos, cartográficos e de registro de conflitos, e trabalho de campo. Além de analisar tais conflitos, este trabalho apresenta um produto cartográfico que auxilia na identificação dos conflitos.

  • LUIZ AUGUSTO SOARES MENDES
  • "ESPAÇOS ELITIZADOS DE MORADIA E CONSUMO: A REESTRUTURAÇÃO URBANA DA AVENIDA AUGUSTO MONTENEGRO NO QUADRO DAS CENTRALIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM”

  • Data: 19/01/2015
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  • A presente pesquisa tem como objeto de estudo: a interferência da construção de novos espaços de moradia (condomínios fechados) e da implantação de serviços e comércios na produção do espaço urbano. Tendo como objetivo principal estabelecer relações entre as dimensões da reprodução do capital em diversas escalas e mostrar a inserção do circuito inferior da economia urbana no processo geral de reestruturação urbana a partir da inserção de outro circuito econômico: o superior, em lugar onde predominava a precariedade do primeiro circuito. Novas relações se estabelecem na Avenida Augusto Montenegro com a finalidade de reprodução do espaço urbano para outra classe social. As contradições aprecem nesse processo em que há o desmonte de uma cidade para a construção de outra, uma cidade que tenta esconder o pobre com o projeto de centralidade da Nova Belém, qual fica apenas no plano do ideal e do marketing do setor imobiliário, influenciado pelas novas ditaduras do capital que adentram a produção e mercado imobiliário belenense. É apenas a reprodução e a velha acumulação com “nova face”: Nova Belém patrimonialista, fruto da concentração do capital.

2014
Descrição
  • DANIELLE ARAÚJO LOBATO
  • UNIDADES DE PAISAGEM DA PORÇÃO MERIDIONAL DO MUNICÍPIO DE SOURE, ILHA DO MARAJÓ - PA

  • Data: 24/09/2014
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  • O presente estudo objetiva identificar e caracterizar as unidades de paisagem da porção meridional do município de Soure, Ilha do Marajó, no estado do Pará. Para tanto, a análise é pautada nos fundamentos teórico-metodológico da paisagem em uma perspectiva integradora, cujos elementos constituintes da paisagem interagem entre si de modo complexo. Com isso busca-se compreender os principais elementos físicos, biológicos e antrogênicos que marcam a referida área. Sob essa base conceitual foram selecionados os seguintes procedimentos: seleção de uma área que detivesse as características suficientes para considerá-la como uma área de interferências dos elementos e fenômenos que interagem entre si de modo complexo e mais interessantes a serem mapeados, levantamento topográfico, levantamento e análise da composição e fisionomia da vegetação, análise de imagem de satélites para identificar as principais formas de relevo e distribuição da vegetação e outros elementos integrantes da paisagem costeira, bem como a identificação das principais formas de usos e ocupação atuais. Constata-se diferentes feições da cobertura vegetal aliadas às distinções de organização pedomorfológica, as características topográficas internas e as formas de uso e ocupação mais recorrentes nas UP. Destacam-se nas unidades antropizadas pastagens cultivadas como elemento fonte de nutrição ao gado nas dinâmicas de pecuária extensiva na área estudada, bem como a associação de outros usos, sobretudo o extrativismo vegetal, animal e mineral. A aplicação metodológica, resultou na classificação de unidades coforme a tipologia fisionômica e ecológica nas grandezas 4 (geossistema) e 5 (geofácies). Assim sendo, distinguem-se os seguintes geossistemas: GI, GII, GIII, GIV E GV e suas nomenclaturas foram associadas à formação vegetal, ao potencial ecológico e/ou à exploração biológica. Os geofácies foram subdivididos em: GIgf1, GIgf2, GIgf3, GIIgf4, GIIgf5, GIIgf6, GIIgf7, GIIgf8, GIIIgf9, GIIIgf10, GIIIgf11, GIIIgf12, GIIIgf13, GIIIgf14, GVgf15, GVgf16, GVgf17, GVgf18, GVgf19, GVgf20, GVgf21). Para a definição de cada Geofácies, levou-se em consideração o potencial ecológico e gêneros ou espécies vegetais mais representativas e análises qualitativas observadas in locu. Essas classificações são mais que suficientes para atestar que a proposta de representar e analisar a paisagem através da identificação de suas unidades de paisagem revelou-se um valioso instrumento para o conhecimento das relações entre os elementos que a configuram, visto que este representa um elemento síntese da realidade, capaz de fornecer subsídios a práticas que vislumbrem um melhor aproveitamento do potencial ecológico, exploração biológica em associação a ação antropogênica do mosaico paisagístico da área em questão.

  • ELIETE DOS SANTOS GOMES
  • “A Urbanização e os assentamentos precários na Bacia do Paracuri - Belém - PA"
  • Data: 29/08/2014
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  • O presente trabalho refere-se à Dissertação de Mestrado do Curso de Pós- Graduação em Geografia, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará. Fundamenta-se numa abordagem qualitativa e investigativa de cunho científico, o qual foi elaborado com a finalidade de analisar as ações norteadoras e as intervenções urbanas que estão sendo realizadas pela Secretaria e Urbanismo de Belém na área da Bacia Hidrográfica do Paracuri, localizada no Distrito Administrativo de Icoaraci, Belém-Pa. Tem-se por objetivo geral, analisar as ações das políticas públicas habitacionais nas áreas consideradas de assentamentos precários. Os resultados encontrados na pesquisa são baseados nas fontes teóricas, científicas e através da coleta de materiais no trabalho de campo. Apresentam-se as alterações sócio-espacial, ocasionadas pela ocupação, urbanização e produção do espaço, a partir de estudos preliminares sobre a área em questão, incluindo os principais fatores que tem contribuído na expansão urbana, ao longo das últimas quatro décadas, no Município de Belém e sua relação com seu entorno, assim como, a política habitacional do governo Federal, Estadual e Municipal, relacionando as mesmas com as metas e com os objetivos do Projeto de Urbanização da Bacia do Paracuri.
  • RICARDO REIS PÓLEN
  • DINÂMICAS TERRITORIAIS DE COMUNIDADES RURAIS EXTRATIVISTAS
    AMAZÔNICAS

  • Data: 05/08/2014
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  • O    presente    trabalho    realiza  uma    análise  de   duas     comunidades      rurais

    extrativistas do município de Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins, a partir

    de    suas   estratégias   de  produção,    que   têm   sua   base   econômica     voltada

    principalmente para o extrativismo do açaí, onde a comunidade Campompema

    possui    vínculos   com   cooperativismo     e   a  comunidade     do   Capim    tem   sua

    produção       marcada      por    estratégias     individualistas    de    produção      e

    comercialização.      Para   tal  feito  trabalhamos   a  caracterização    do  camponês

    típico da região amazônica, que é o ribeirinho, e suas estratégias de produção

    e   reprodução    social  e  de   sua  territorialidade.  O  objetivo   desta  análise   foi

    comprovar que estratégias de ação coletivas, principalmente o            cooperativismo,

    é   um elemento   que  pode   ser trabalhado  com  no   intuito de  garantir  melhores

    condições     de   vida   para   os  ribeirinhos   e  mercados     para   seus    produtos

    regionais, principalmente o açaí, que nas últimas décadas tornou-se produto de

    elevado valor comercial nos mercados interno e externo, sem perder o vínculo

    com a terra e fortalecendo sua territorialidade.

  • ELLEN CRISTINA DO MONTE SILVA
  • “O GÊNERO DE VIDA DOS MORADORES DAS VILAS DOS PESCADORES E BONIFÁCIO NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE CAETÉ-TAPERAÇU NO MUNICIPIO DE BRAGANÇA/PA”
  • Data: 22/07/2014
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  • Investigou-se o gênero de vida das comunidades Vila dos Pescadores e Vila do Bonifácio que fazem parte da Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, localizada no município de Bragança, nordeste do Estado do Pará. O estudo foi desenvolvido com uso de algumas técnicas, tais como a observação e a pesquisa de campos, com a realização de entrevistas com membros das comunidades e pessoas ligadas a gestão. Ao se referir a categoria geográfica gênero de vida notou-se que as comunidades em estudo criam possibilidades de vida conforme o que lhe é disponível pelo meio. Em geral, a cultura e as técnicas utilizadas são consideradas para a execução de atividade nos ambientes em que estão inseridos. A implantação da Reserva Extrativista veio a corroborar com formas de uso dos recursos naturais marinhos, a pesca e a catação de caranguejo que faz parte da realidade destas comunidades. Diante da situação constatou-se problemas sociais e ambientais que fogem às regras preconizadas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação- SNUC e o Decreto de criação da Resex, no qual determinam a promoção social e do meio ambiente em que se inserem as unidade de conservação.
  • DENISE MARINI PEREIRA
  • “DESASTRES NATURAIS NA AMAZÔNIA: AVALIAÇÃO DE RISCOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PURUS”
  • Data: 04/07/2014
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  • Com a perspectiva de acirramento dos fenômenos hidroclimáticos extremos e as relações conflituosas historicamente estabelecidas entre os processos de uso e ocupação do espaço amazônico, desastres naturais tem ocorrido com maior frequência e intensidade na Amazônia. Dentre as bacias hidrográficas pertencentes à região, a bacia transfronteiriça do rio Purus, situada entre Peru, Bolívia e os Estados brasileiros do Acre, Amazonas e Rondônia, está entre as mais atingidas pelos eventos desastrosos. Em busca de contribuir com dados e informações para a gestão de risco de desastres, esta pesquisa avalia o risco de desastres naturais na bacia do rio Purus. Para tal se utiliza de dados oficiais de registro de desastres, dados fluviométricos, geomorfológicos, de focos de calor e desmatamento trabalhados em ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Paralelamente, análises conjuntas dos processos e fatores naturais e antrópicos envolvidos nos desastres naturais recorrentes da área de estudo são realizadas. Através da integração dos dados e informações de ameaças e vulnerabilidades, avalia-se a dimensão dos riscos por tipo de desastre: os associados ao incremento das precipitações hídricas, e os associados à intensa redução das precipitações hídricas. Em ambos os tipos são apresentadas semelhanças na distribuição dos riscos. O alto e moderado risco correspondem às áreas mais antropizadas da bacia; o risco se apresenta inexistente em localidades pertencentes ao alto curso; e as áreas menos antropizadas e com abrangência aos territórios de Unidades de Conservação e Terras Indígenas são equivalentes às de baixo risco. Pela eficácia na estimativa de danos e prejuízos potenciais e pela abordagem holística dos fatores e processos envolvidos, os resultados da pesquisa são capazes de subsidiar discussões acerca do planejamento e gestão de riscos de desastres na Amazônia por bacias hidrográficas.
  • NELSON FERNANDO DE LISBOA SOFFIATTI
  • “INTERFERÊNCIAS ANTRÓPICAS NAS PAISAGENS: TRANSIÇÃO SOCIOECONÔMICA INDUZIDA POR DINÂMICA TERRITORIAL NO QUILOMBO DO ABACATAL NO PERÍODO DE 1880 A 2013”
  • Data: 30/06/2014
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  • Interferências no meio geográfico e território podem ameaçar comunidades agroecológicas? A colonização oficial ocupou o entorno do quilombo Abacatal desde fins do século XIX; em meados do século XX implantou empreendimentos agropecuários, sucedidos pela expansão urbana a partir de 1970. Esse contexto geopolítico e econômico justificou conhecer as formas de superação utilizadas pelo quilombo para manter as funções abrigo e recurso em seu sistema territorial ameaçado pela economia moderna que prioriza, apropria e remove componentes do espaço fonte. O método utilizou a abordagem geográfica associando risco epidemiológico, gestão, teoria geográfica e sociologia para construir modelo prospectivo das motivações, ações e resultantes da reconfiguração territorial sobre componentes físicos, bióticos e antrópicos. A análise revelou dicotomia entre as funções do patrimônio natural e os sistemas técnicos informacionais vigentes. No contexto cultural o dominante atribui ao dominado um atributo opaco pretendendo reduzir-lhe a autonomia, dificultar sua organização e reprodução do modo de vida. O contexto socioeconômico domina, territorializa e fecha o espaço, despreza o pré-existente, esgota o patrimônio natural, apropria seu valor e instala novas funções. Os resultados comprovaram a validade do método para detalhar processos de reconfiguração espacial e territorial e suas resultantes socioambientais, culturais e econômicas surgidos de mudanças na cobertura e uso do solo. Os achados, recomendações e objetos de pesquisa contemplam regulação, gestão, desenvolvimento e organização social; podem minimizar os impactos da reterritorialização que envolve o quilombo e recompor sua viabilidade para reproduzir seu modo de vida, tendo em vista a diversidade cultural da RMB.
  • DEILIANY LIMA DE SOUZA
  • “PRODUÇÃO DO ESPAÇO, INFRAESTRUTURA TURÍSTICA E DESENVOLVIMENTO SOCIOESPACIAL: UMA ANÁLISE DO COMPLEXO ORLA DO MAÇARICO E DA URBANIZAÇÃO DA PRAIA DO ATALAIA EM SALINÓPOLIS-PA”
  • Data: 10/06/2014
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  • O turismo a partir da década de 1990 passou ser vislumbrado como uma importante alternativa de desenvolvimento para muitas cidades brasileiras atreladas ao processo de urbanização, marketing e venda das localidades turísticas. As políticas públicas de turismo são estabelecidas sempre com o discurso da geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida da população local. Entretanto, apesar da importância do turismo como gerador de riqueza é necessário analisar as reais possibilidades desta atividade ser potencialmente geradora de desenvolvimento, considerando que vivemos no modo produção capitalista, que acima de tudo visa o lucro e gera exclusão social. Neste sentido, este relatório de qualificaçãotraz um estudo preliminar da relação entre turismo, políticas públicas e desenvolvimento sócio-espacial a partir da implantação de grandes obras de urbanização turística, procurando demonstrar quais as repercussões no desenvolvimento sócio-espacial. Para alcançar os objetivos propostos foi realizado coleta de dados em órgãos públicos relacionados ao turismo em Salinópolis e análise dos planos, programas e projetos de desenvolvimento turístico, além disso, estão sendo realizados trabalhos de campo à localidade para realização de estudo descritivo de caráter exploratório objetivando investigar a atual dinâmica do turismo na cidade e realização de entrevistas com os atores locais e com pessoas envolvidas de alguma maneira com o turismo, não só moradores locais, mas também com os turistas. Pretende-se apresentar o quadro de Salinópolis revelado a partir dos Parâmetros Subordinados e Subordinadores construído a partir da observação e principalmente do registro dos próprios moradores, com o objetivo de evidenciar os diversos conflitos e problemas sócio-espaciais.
  • DENISON DA SILVA FERREIRA
  • “DINÂMICA DE REPRODUÇÃO SOCIOESPACIAL EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DAS ILHAS DE ABAETETUBA-PA"

  • Data: 06/06/2014
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  • A dissertação aborda a dinâmica socioespacial ribeirinha na Amazônia tendo como ponto de
    partida as comunidades circunscritas na porção insular do município de Abaetetuba, Nordeste
    do Estado do Pará. Trata-se do desdobramento de uma discussão que envolve o dinamismo da
    vida ribeirinha, sobretudo no que diz respeito à inter-relação entre o uso dos recursos naturais,
    o modo de vida e a dinâmica socioespacial prevalecente nas áreas sob influência dos rios e
    igarapés onde tradicionalmente os ribeirinhos estabelecem suas moradas. O trabalho encontra-
    se   dividido   em   três   capítulos  seguidos  das   considerações   finais.   O   primeiro   capítulo   visa
    resgatar alguns aspectos históricos da formação ribeirinha na Amazônia com vistas à área de
    estudo.    O  segundo    capítulo  trata  do  processo   de  expansão    e  declínio dos   engenhos    de
    aguardente   no   município   em   estudo   e   suas   implicações   na   dinâmica   socioespacial   entre   os ribeirinhos  no   período   compreendido   entre   as   décadas   1960   à   1988.   O  terceiro   e   último capítulo   analisa   a   dinâmica   socioespacial   local   a   partir   das   práticas   de   uso   dos   recursos naturais (de modo especial a pesca e o agroextrativismo do açaí) e sua relação com o modo de
    vida. De uma maneira o trabalho busca dar ênfase as experiências concretas vivenciadas pelos
    ribeirinhos que habitam as mais de 60 comunidades existentes na porção insular do município
    de Abaetetuba. Os primeiros resultados (de um esforço analítico que pretendemos desdobrar
    em trabalhos futuros) permite a conclusão de que, à exemplo de outras áreas ribeirinhas do
    estuário   amazônico,   o   contexto  socioespacial  ribeirinho   nas   ilhas   de   Abaetetuba   reflete   a
    capacidade   de   resiliência   de   um   modo   de   vida   que,   a   despeito  da   histórica   condição   de invisibilidade e preconceitos, se mantém vivo ainda hoje caracterizando uma das mais antigas
    formas de produção do espaço amazônico.

  • ALESSANDRA DA SILVA LOBATO
  • “TURISMO, PATRIMÔNIO CULTURAL E PRODUÇÃO DO ESPAÇO: UMA ANÁLISE DO CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE DE BRAGANÇA-PA”
  • Data: 30/05/2014
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  • Esta pesquisa discute sobre os desdobramentos das políticas e ações de turismo e de preservação do patrimônio cultural que intervêm na produção do espaço da cidade de Bragança, no período compreendido entre os anos de 2001-2011. Discute-se, também, como ocorre a participação dos agentes ligados ao turismo e ao patrimônio cultural no processo social e histórico da produção do espaço do centro histórico de Bragança. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo. Foram realizados levantamentos e analises bibliográficas sobre o tema e a área de estudo; analises de documentos referentes ao patrimônio e ao turismo; entrevistas semi-estruturadas com representantes dos órgãos ligados ao patrimônio e ao turismo das esferas municipal, estadual e federal, trade turístico e moradores antigos. Ocorreram, também, várias observações in loco ao longo dos dois anos de pesquisa. Observou-se que Bragança é uma das cidades históricas mais antigas da Amazônia que o processo de colonização iniciou ainda no século XVII e ocorreu pelos rios, em especial o rio Caeté. A ferrovia, também, contribuiu para as transformações que ocorreram naquele espaço, foi um período de forte dinâmica social, econômica e cultural, pois circulação de mercadorias, informações e pessoas tornou-se mais intensa. Entretanto, com a desativação da ferrovia o município passou por um período de estagnação, recuperando-se lentamente com o surgimento das rodovias. Todos esses períodos contribuíram para a constituição de um patrimônio cultural que expressa parte da identidade do povo bragantino. Observou-se com a pesquisa que a preservação do patrimônio cultural em Bragança, especialmente no centro histórico, ocorreu, principalmente, por instrumentos como os tombamentos que foram criados nos últimos dez anos e que o Estado é o agente que mais intervém no espaço com a elaboração, criação de ações que visem à preservação, entretanto isso não é suficiente para a preservação. Quanto ao turismo notou-se que vários são os agentes presentes naquele espaço e que o Estado, também, é um dos principais a induzir o turismo naquele lugar, entretanto isso tem ocorrido apenas muito recentemente, pois como Bragança não conta com um plano de turismo municipal, as orientações que são seguidas são as estabelecidas nos planos estaduais de turismo.
  • MARLON LIMA DA SILVA
  • HABITAÇÃO PRODUZINDO ESPAÇO URBANO NA REPRODUÇÃO DE CONJUNTOS HABITACIONAIS: experiências e tendências na Região Metropolitana de Belém.
  • Data: 23/05/2014
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  • O trabalho discute a produção do espaço urbano, extraindo dos conjuntos habitacionais os elementos centrais de análise. Parte-se da política do Banco Nacional de Habitação (BNH) chegando até o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), o que representa cinco décadas de materializações expressas nos conjuntos habitacionais da Região Metropolitana de Belém (RMB). Para fins didáticos, os indicadores analíticos foram subdivididos em dois grupos: os que revelam a produção do espaço urbano na escala metropolitana e os que a revelam na escala local. Dentre os primeiros, ressaltam-se a localização dos conjuntos e os agentes responsáveis pela sua produção. Na escala local, os indicadores são representados pela forma arquitetônica original e suas dinâmicas internas, considerando, também, os usos no interior dos conjuntos. A metodologia utilizada incorporou o levantamento bibliográfico sobre a temática, ressaltando, sobretudo, a produção do espaço urbano nos aglomerados metropolitanos e as políticas habitacionais do BNH ao PMCMV. Foram elaborados mapas temáticos, revelando as materializações das políticas habitacionais e as práticas espaciais dos diferentes agentes. Trabalhos de campo foram desenvolvidos no interior dos conjuntos, identificando o padrão arquitetônico original, suas dinâmicas e seus usos, além da realização do levantamento fotográfico. Desde a década de 1960, a mancha urbana da RMB vem crescendo de forma acelerada, num contexto em que a construção de conjuntos habitacionais tem assumido destaque. As políticas habitacionais do BNH ao PMCMV vêm se materializando em localizações específicas na RMB, com ritmos e intensidades que expressam a lógica conflituosa da produção do espaço urbano na escala metropolitana. Os agentes elegem as localizações de acordo com o poder aquisitivo das demandas, estendendo muitas vezes o tecido urbano para áreas rurais, numa lógica em que as acessibilidades são diretamente proporcionais ao poder de compra dos mutuários. A forma original dos conjuntos, suas dinâmicas internas e seus usos têm revelado uma série de conflitos e contradições na escala local. Esses conflitos vêm se expressando nas modificações das unidades habitacionais padronizadas, no nível de infra-estrutura e na diversificação dos usos presentes no interior dos conjuntos. Na síntese entre as materializações nas escalas metropolitana e local, o espaço urbano expressa sua dinâmica conflituosa, a partir dos conjuntos habitacionais, revelando experiências e tendências na RMB.
  • DÉBORA RODRIGUES DE OLIVEIRA SERRA
  • “O PROCESSO DE TURISTIFICAÇÃO DO ESPAÇO EM SANTUÁRIOS E EVENTOS CATÓLICOS: UMA ANÁLISE SOBRE O CÍRIO DE NAZARÉ EM BELÉM-PA”

  • Data: 23/05/2014
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  • O Círio de Nazaré em Belém do Pará é realizado desde o final do século XVIII e, ao longo dos anos, tornou-se um complexo de eventos sagrados e profanos, atraindo de modo crescente milhares de turistas para a cidade no mês de outubro. Observando a sua importância para a atividade turística, esse estudo visa analisar a turistificação de espaços em santuários e eventos católicos, enfocando essa festividade a partir da atuação dos agentes envolvidos nesse processo. Tal objetivo se desdobra na identificação e análise tanto de espaços turistificados durante a festividade, quanto dos agentes, os quais se apropriam de tais espaços, com interesses religiosos, políticos, econômicos e culturais (em sentido amplo). As pesquisas realizadas demonstram a diversidade de suas intenções, que historicamente convergem e divergem entre si, ocasionando conflitos de territorialidades, que os impelem a criar estratégias para manterem seus territórios, dentre elas as parcerias. Assim, a análise desse processo possibilita a compreensão da importância de cada agente e a necessidade de se buscar o entendimento entre eles de modo a democratizar os benefícios ocasionados pela atividade turística em seu segmento cultural e, mais especificamente, religioso.

  • FERNANDO ALVES DE ARAUJO
  • CADASTRO TERRITORIAL MULTIFINALITÁRIO (CTM), PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANOS NA AMAZÔNIA: A MULTIFINALIDADE DOS MODELOS DE CTM DE BELÉM E DO MINISTÉRIO DAS CIDADES
  • Data: 28/04/2014
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  • O contexto de complexidade, desigualdade e injustiça do espaço urbano capitalista nos remonta a necessidade de um planejamento e uma gestão deste espaço que considere estas variáveis como intrínsecas a esse modelo de sociedade, porém sem aceitá-los ou defendê-los, tendo como objetivo final o desenvolvimento urbano entendido enquanto promoção de qualidade de vida, justiça social e autonomia para todos aqueles que produzem, reproduzem e vivem o espaço urbano. Essa prática planejadora e gestora deve ser apreendida como uma pesquisa social aplicada, interdisciplinar, que contemple uma participação popular efetiva, assim como utilize os seus diversos instrumentos de forma a apreciar os objetivos de forma satisfatória. Entre esses instrumentos temos o Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM), que apesar de não ser uma ideia nova, tendo sua gênese datada de milênios atrás, sendo os modelos atuais muito próximos daqueles produzidos na Europa já no século XIX, o Brasil só contou com uma “legislação” específica voltada para o CTM a partir do final da primeira década do século XXI, sob uma portaria do Ministério das Cidades que trouxe recomendações genéricas acerca da estrutura e metodologia de implantação de um modelo de cadastro. Enquanto que no contexto local, em Belém do Pará, a produção de cadastros remonta da década de 1970, tendo como o mais atual aquele produzido em 2000, chamado de Cadastro Técnico Multifinalitário. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar, com certa comparação, os modelos de cadastros do Ministério das Cidades, proposto na sua portaria nº 511/09, e da prefeitura de Belém - chamado de Cadastro Técnico Multifinalitário, com foco na questão da multifinalidade, esta considerada a partir da possibilidade do uso do CTM em todas as esferas do planejamento e gestão urbanos, principalmente àquelas não diretamente ligadas às esferas fiscal e tributária, já que estas últimas constituem historicamente a preocupação inicial do cadastro, configurando, assim, sua finalidade primeira. O trabalho foi produzido a partir do uso de técnica de consulta bibliográfica em obras de autores que discutem principalmente os conceitos de espaço, território, espaço urbano, ordenamento territorial, planejamento e gestão urbanos com coleta e análise de dados secundários, realizada através de pesquisa documental em textos oficiais do Ministério das Cidades, que envolvem o seu modelo de CTM, tais como a portaria 511/09, e relatórios de execução e planilhas do cadastro de Belém, fornecidas pelo seu órgão gestor, culminando com técnica de entrevista semiestruturada com técnicos dos órgãos competentes à sua produção e gestão, como a CODEM e a SEFIN.
2013
Descrição
  • VERA LUCIA RIPARDO VAZ
  • OCUPAÇÃO PLANEJADA DA TERRA NO PROGRAMA INTEGRADO DE COLONIZAÇÃO-PIC ALTAMIRA E SEUS DESDOBRAMENTOS: O CASO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO SURUBIM NO MUNICÍPIO DE MEDICILÂNDIA-PA
  • Data: 10/10/2013
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  • Este trabalho analisa as formas de atuação do Estado na figura do INCRA em relação à formação e manutenção de Projetos de Assentamento, em específico, o PA Surubim em Medicilândia. Para isso, investigou o processo de formação do PA Surubim e a capacidade dos projetos implantados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em contribuir com a manutenção dos mesmos. A pesquisa revelou que o processo de distribuição da planejada da terra na Amazônia na década de 1970, é uma das ações de promoção de Ajuste Espacial no território brasileiro realizado pelo capital utilizando-se do poder estatal através do Programa de Integração Nacional. As ações decorrentes disto configuraram o espaço amazônico e desencadeou o processo de formação de territórios com características peculiares, como os assentamentos formados por agricultores migrantes que vieram a região em busca de melhores condições de vida, atrelada a posse da terra. Os agricultores migrantes passaram a exercer sua territorialidade nessa porção da Amazônia através da luta pela legalização do PA. Como também através de estratégias de pressão junto ao Estado, seja na figura do INCRA, e/ou outras esferas do Governo em suas três instancias, para a obtenção dos mínimos direitos que possibilitem sua reprodução enquanto agricultores e família por meio de sua permanência no Assentamento.
  • LEANDRO GLAUCO FERREIRA DA CONCEICAO
  • O CONSELHO DELIBERATIVO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE SÃO JOÃO DA PONTA (PA).
  • Data: 04/10/2013
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  • Procurar estudar e entender as questões ambientais que tomam a agenda de debates científicos em esfera global e nacional é a meta de grande parte dos estudiosos contemporâneos, e assim sendo, este trabalho também segue este caminho, contudo o olhar geográfico se faz presente nesta analise. Logo, este trabalho se detém no assunto ambiental, porém o aproxima dos debates que incluem a ação e a dependência humana a este cenário. Estudando a política nacional de meio ambiente, mais especificamente a forma de Unidade de Conservação, Reserva Extrativista, unidade esta tão importante ao modo de vida do homem amazônico. O intuito deste estudo é de aproxima-lo da realidade amazônica, concomitante a isto, o recorte espacial é feito sobre a Reserva Extrativista de São João da Ponta-PA, e tem como objeto principal de analise o Conselho Deliberativo desta mesma unidade de conservação e da forma de participação da comunidade desta reserva neste conselho e nas ações da RESEX. O objetivo deste estudo é entender qual o papel da comunidade usuária da RESEX no Conselho Deliberativo e na gestão da mesma. Todo este debate ira ser precedido de analise sobre a chegada do modelo de unidades de conservação no Brasil, sua origem, seus pressupostos teóricos, filosóficos e políticos. A necessidade ou justificativa para tal estudo, além de toda a importância regional, se assenta na dependência que as comunidades pertencentes a esta unidade de conservação possuem com relação aos recursos que a natureza lhes proporciona e somando-se a isso, as dificuldades de se conseguir de fato estabelecer esta unidade, com todas as prerrogativas e objetivos para os quais a mesma foi criada, causa certa frustração e relativo descrédito sobre este modelo de conservação do meio ambiente, por parte do publico externo a reserva e mais preocupante, também por grande parcela daqueles que a compõem.
  • WELINGTON MORAIS FERREIRA
  • DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DE SÃO JOÃO DA PONTA: SUBSÍDIOS PARA O PLANEJAMENTO AMBIENTAL
  • Data: 30/09/2013
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  • O diagnóstico ambiental e a análise da adequabilidade da ocupação permitem a identificação de áreas mais críticas quanto ao nível de degradação, sendo extremamente relevantes para o estabelecimento de medidas de preservação, conservação e recuperação. Este trabalho teve como objetivo realizar um diagnóstico ambiental da Reserva Extrativista Marinha de São João da Ponta, através de técnicas de geoprocessamento. Foram realizadas análises baseadas nas informações que compõem a paisagem da UC, principalmente no uso e ocupação do solo e das relações entre alguns aspectos considerados no trabalho. As análises envolveram aspectos relacionados ao uso e ocupação do solo, ao clima da região, a composição do solo e sua geomorfologia, aos recursos hídricos, a fauna e flora da região, as condições de vida nas comunidades, ao risco de erosão. Constatou-se que os recursos hídricos da bacia estão sendo degradados, o uso e cobertura do solo ainda apresenta áreas degradadas e um processo de fragmentação está ocorrendo na paisagem, principalmente no entorno da UC. Fontes potenciais de degradação da paisagem dos manguezais foram identificadas no entorno da Unidade, comprometendo a qualidade e quantidade da oferta de recursos. A urbanização é o fator de maior influência sobre a UC, pois exerce uma pressão sobre a RESEX. Situações irregulares com relação à legislação e a preservação ambiental foram detectadas na bacia. Na maior parte da UC ao longo dos cursos d’água o uso e cobertura do solo apresentam um estágio de regeneração avançada, o que remete ao processo de ocupação do nordeste paraense. Os corredores ecológicos que interligam as florestas de terra firme encontram-se degradados e inadequados, principalmente por não cumprir a função ambiental determinada pelo Código Florestal, predominando nestas áreas as pastagens. Uma política de controle ambiental eficiente é necessária para essas áreas, considerando um planejamento ambiental adequado que oriente a ocupação do entorno da UC e a adoção de medidas para a recuperação da mesma
  • BRUNO ANGELIM DO ROSARIO
  • TURISMO DE BASE COMUNITARIA E DESENVOLVIMENTO SOCIOESPACIAL: um estudo de caso da Vila de Pesqueiro (Marajó –PA).
  • Data: 24/09/2013
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  • A vontade de superar a pobreza levou milhares de comunidades a buscar fontes de alternativas de renda frente aos limitados resultados da economia de sobrevivência. Sansolo e Bursztyn (2009) mostram que o turismo tem sido uma opção adotada por famílias e pequenos proprietários rurais e, de alguma forma, vem sendo apoiado pelo governo federal. O trabalho analisa a contribuição do turismo de base comunitária para a construção do desenvolvimento socioespacial em um contexto local, mais precisamente no Município de Soure com o “Projeto VEM (Viagem Encontrando Marajó)”. Os questionamentos que norteiam esta pesquisa levam em conta quais os agentes ligados ao turismo de base comunitária e quais são as suas estratégias; que indicativos permitem avaliar se o desenvolvimento socioespacial na Vila de Pesqueiro?; e que atributos revelados permitem avaliar se o TBC possibilita o desenvolvimento socioespacial? A pesquisa desenvolve-se a partir de uma abordagem dialética, partindo do materialismo do materialismo histórico-dialético como método de interpretação. A natureza da pesquisa segue uma abordagem qualitativa ancorada nas seguintes técnicas de investigação: levantamento e revisão bibliográfica levantamento e análise documental, observação sistemática em campo, e entrevista do tipo qualitativa (semi-estruturada). A dissertação é composta por quatro capítulos: a proposta do primeiro capítulo é fazer uma construção teórica e histórica, discutindo o surgimento do turismo enquanto atividade econômica e a política de turismo do Estado brasileiro desde 1966 até o momento atual; o segundo capítulo, teórico, discute ações sobre o TBC e os sítios simbólicos de pertencimento, a relação entre a teoria e a atividade em questão; o terceiro capítulo, empírico, faz considerações sobre as políticas de turismo em uma escala municipal,os agentes ligados ao TBC e suas respectivas funções e ações; o quarto capítulo, teórico e empírico, discute os indicadores de autonomia, justiça social e qualidade de vida e se esses indicadores revelam atributos que admitam considerar o desenvolvimento socioespacial a partir do exemplo do Projeto VEM, enquanto um caso de TBC.
  • TABILLA VERENA DA SILVA LEITE
  • PLANEJAMENTO DA PAISAGEM NA PARTE LESTE DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA GURUPÍ PIRIÁ, (VISEU – PA): SUBSÍDIOS AO PLANO DE MANEJO.
  • Data: 23/09/2013
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  • As Reserva Extrativistas (RESEX) são unidades de conservação classificadas como de uso sustentável pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) tem o objetivo proteger os meios de vida e a cultura de suas populações extrativistas tradicionais e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade, sendo administradas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade - ICMBio. O Conselho Consultivo e o Plano de Manejo são os instrumentos básicos de planejamento e gestão destas unidades. Atualmente existem no Estado do Pará 09 Reservas Extrativistas Marinha , Sendo que Resex Gurupí-Piriá não possui Plano de Manejo estipulado. O Roteiro Metodológico proposto pelo IBAMA para orientar a construção de Planos de Manejo das Reservas Extrativista prevê uma série de temas a serem estudados para a elaboração do diagnóstico e zoneamento, porém não prevê uma metodologia específica para integrar os diversos temas estudados. Nesta pesquisa foi proposta a abordagem do Planejamento da Paisagem como metodologia integradora dos diversos temas facilitando a análise das características, através da geração do mapa com as Unidades de Paisagem. A pesquisa foi desenvolvida na parte leste da Rsex Gurupí-Piriá, onde está localizado as comunidades que fazem parte de 03 polos, Limondeua; Piquiateus e Cidade (Viseu/sede), é importante destacar que a Resex Gurupí-Piriá é a maior Resex do Estado do Pará com extensão territorial de 74.000 há. Com base na metodologia citada foram identificadas 08 unidades de paisagem, apresentadas através de textos descritivos, de um quadro- resumo e de um mapa ilustrado na escala 1:100.000. Foi possível demonstrar que a abordagem baseada nos princípios do Planejamento da Paisagem pode ser utilizada como uma abordagem integradora entre os diversos temas que normalmente estão previstos nos Roteiros Metodológicos dos Planos de Manejo.
  • JOSE ANTONIO GUILHERME JUNIOR
  • REPRODUÇÃO CAMPONESA EM ÁREA DE ASSENTAMENTO NA AMAZÔNIA: Um estudo no Assentamento João Batista II, Castanhal- Pará
  • Data: 16/09/2013
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  • Nossa pesquisa enfoca a reprodução camponesa em área de assentamento rural na Amazônia. Como estudo de caso elegeu-se o Assentamento João Batista II, localizado no município de Castanhal, estado do Pará, sendo este o mais antigo organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, na mesorregião do nordeste paraense. O objetivo geral da pesquisa é analisar a reprodução camponesa na Amazônia, entendendo que este processo se dá na construção do território. Para melhor estruturar nossa investigação, foram escolhidas as variáveis: atividades produtivas e organização social, compreendendo-as como parte de ações que compõem a reprodução dos camponeses. Aspectos como: endividamento, pobreza natural do solo, dificuldades de comercialização e disputas políticas no interior do assentamento, têm se constituindo como fatores que limitam a reprodução sócioespacial dos camponeses no Assentamento João Batista II.
  • MARLON D OLIVEIRA CASTRO
  • OS PROGRAMAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL E SUA ATUAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM: A ESPACIALIZAÇÃO DAS AÇÕES NA CONTRAMÃO DO DIREITO À CIDADE.
  • Data: 12/09/2013
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  • A presente dissertação realiza uma reflexão sobre a Nova Política Habitacional brasileira, caracterizada como momento de mudanças organizacionais proferidas pelo Estado brasileiro frente ao problema do hiato histórico de atenção à habitação popular ou Habitação de Interesse Social e a defasagem criada nas últimas três décadas sobre este aspecto imprescindível à vida da classe trabalhadora: o acesso à casa própria. Neste intento, procurou-se analisar o processo de produção do espaço da Região Metropolitana de Belém sob a ótica do modo de produção capitalista e a tentativa da incorporação à regulação do espaço de novos instrumentos, que de forma incutida, teriam a possibilidade de amenizar o problema da carência habitacional na Região com a inserção do direito à cidade intrinsecamente presente nos programas de Habitação de Interesse Social, originados após a criação do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social em 2005, que trazia naquele momento, reivindicações das organizações sociais em seu bojo, após a promulgação do Estatuto da Cidade, que de forma implícita, abarcou elementos discutidos pelo Fórum Nacional da Reforma Urbana durante as décadas anteriores. O trabalho, assentado sobre bases críticas em geografia, na análise bibliográfica e seu confronto com as falas dos principais sujeitos fomentadores desta política nos últimos anos (técnicos de organizações sociais, agentes institucionais, da Caixa Econômica Federal, militantes, sindicalistas e empreendedores do setor privado), na RMB, evidencia o descompasso entre a elaboração e a execução dos Programas de Habitação de Interesse Social e a mudança de perspectiva de execução de propostas orgânicas, advindas com o SNHIS/FNHIS e a adoção de estratégias mercadológicas instrumentais tipicamente criadas para atenção à reprodução do capital, com o advento do Programa Minha Casa, Minha Vida (2009). Os resultados apontam para visões difusas dos agentes e atores sobre o problema habitacional e seu equacionamento, mas convergem no entendimento da ruptura criada em um momento histórico específico, para sustentação do aquecimento da economia, no contexto de ameaça de crise econômica global (2008) e congelamento das intenções governamentais de supressão da maior parcela do déficit habitacional brasileiro, a de “interesse social”, naquilo que chamamos de contramão do direito à cidade, isto é, reorientação político-econômica em favor do não resfriamento do mercado e permanência de condições de governabilidade aos grupos políticos atualmente dominantes.
  • GLEICE KELLY GONCALVES DA COSTA
  • A AMAZÔNIA RIBEIRINHA E AS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL: o Baixo Tocantins no contexto da concepção e gestão do Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região à Jusante da UHE Tucuruí (PPDJUS)
  • Data: 11/09/2013
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  • A pesquisa consiste em estabelecer relação entre as políticas de desenvolvimento regional e as particularidades da região do Baixo Tocantins, levando em consideração o processo de planejamento participativo desenvolvido na região por meio do Plano Popular de Desenvolvimento Sustentável da Região à Jusante da UHE Tucuruí (PPDJUS). No contexto do referido plano, a pesquisa busca analisar o planejamento e a gestão regional, levando em consideração os limites e as possibilidades da participação popular, a articulação entre as escalas municipais e o rebatimento na gestão à escala regional e, por fim, a concepção de desenvolvimento proposta no plano e sua consonância às particularidades regionais. Como metodologia para a realização do trabalho procedeu-se a levantamento e análise bibliográfica; levantamento e análise documental (PPDJUS, convênios e projetos); e entrevistas semi-estrututuradas com representantes dos movimentos sociais, com representantes do poder público e com representantes da ELETRONORTE. Evidenciou-se, assim, que o modelo de gestão desenvolvido nos conselhos gestores (municipais e regional) criados para a definição de investimentos representa um avanço em face do processo de negociação dos diversos sujeitos sociais envolvidos no processo (movimentos sociais, empresa e poder público), indo ao encontro da ideia de planejamento participativo. No entanto, os limites à participação ainda são evidentes devido à participação restrita a poucas lideranças, à institucionalização dos movimentos sociais e à presença ainda fortalecida de relações tradicionais, como assistencialismo e clientelismo. A despeito dessas fragilidades, essa proposta de desenvolvimento a partir das bases apresenta maiores condições de ajustar-se às particularidades regionais.
  • ENIVALDO DIAS MONTEIRO
  • ECOLOGIA DE PAISAGEM APLICADA À ANÁLISE FITOGEOGRÁFICA DOS CAMPOS DE NATUREZA DO MUNICÍPIO DE CAMETÁ-PARÁ
  • Data: 30/08/2013
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  • O presente estudo tem como objetivo conhecer as formações vegetais que ocorrem no topo de platôs de idade Plioceno/Pleistoceno, integrantes dos chamados Campos de Natureza de Cametá, município localizado no baixo curso do rio Tocantins, na região nordeste do estado do Pará, Amazônia. Os Campos de Natureza são protegidos pela legislação ambiental municipal, considerados como patrimônio natural, integrando tanto o Plano Diretor Municipal, como a Lei Ambiental Municipal. A indefinição acerca do que seriam os “campos de natureza”, em termos fitogeográficos e florísticos gerou grande dúvida na interpretação da legislação municipal criada para protegê-los, ao mesmo tempo, as formações vegetais estão sendo gradativamente alteradas e mesmo destruídas, por causa da intensa extração de areia que compõe o seu substrato, tendo em vista o acelerado processo de urbanização que passa atualmente o município de Cametá. O conceito de paisagem foi utilizado como norteador da pesquisa, em um contexto sistêmico, pois a paisagem é a unidade geográfica que integra elementos abióticos, bióticos e antrópicos, individualizados segundo as relações entre esses elementos que se organizam em um sistema, em constante evolução. Os procedimentos metodológicos incluíram o levantamento bibliográfico acerca das bases conceituais que integram a paisagem e as formações vegetais com os biótopos correspondentes, juntamente com inventários florísticos e fitossociológicos, geralmente empregados com sucesso na definição das diferentes formações vegetais, que integram os campos de natureza, além de sua caracterização fitofisionômica prévia. Os inventários totalizaram 14 pontos distribuídos por áreas conhecidas, informalmente, como Juaba, Côco, Carapajó e Curuçambaba. Os resultados mostraram que há duas formações vegetais diferenciadas que integram os “Campos de Natureza” – a Campina e o Cerrado – ambas em platôs com substrato arenoso, cujas espécies arbustivas e/ou arbóreas que as compõem são mutuamente excludentes, assim como as características fitofisionômicas e estruturais. Assim, a pesquisa definiu um mosaico de unidades de paisagem, com elementos fitogeográficos, composto por campinas e cerrados, cujas histórias evolutivas singulares devem ser consideradas para a criação e gestão de áreas protegidas, conforme a legislação municipal
  • SAMELLA PATRICIA LIMA PAUNGARTTEN
  • SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BENFICA, RMB – PA/ Brasil
  • Data: 28/08/2013
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  • A bacia hidrográfica do rio Benfica, localizada na Região Metropolitana de Belém-PA, se apresenta como área importante para observação dos processos de alteração da paisagem, pois esta unidade, nos últimos vinte cinco anos, passou por significativas transformações, impostas pela dinâmica de uso e cobertura da terra. Inicialmente, apresentava uma dinâmica rural e hoje vem se consolidando como uma área urbana que se agrava pelo surgimento de problemas associados ao desenvolvimento e crescimento das cidades: saneamento, habitação e uso dos recursos hídricos. Diante deste contexto, esta Dissertação possui o objetivo de subsidiar o planejamento ambiental desta bacia hidrográfica. Em termos de metodologia, buscou-se a elaboração do Inventário, Diagnóstico Ambiental, Prognóstico e Propostas. De forma específica, foi executada a análise das informações referentes ao meio físico, histórico de ocupação dos municípios que abrangem a bacia hidrográfica do rio Benfica, condições socioeconômicas e de saneamento básico da população residente na bacia, dinâmica do uso e cobertura da terra entre os anos de 1984, 1993, 1999 e 2009, principais problemas ambientais e políticas ambientais vigentes. Os principais resultados obtidos demonstram que a bacia hidrográfica do rio Benfica passa por uma expressiva expansão urbana nos últimos vinte cinco anos, com diferentes problemas ambientais, desacompanhada de políticas eficazes de ordenamento territorial. Esta dinâmica perfaz sobre uma unidade física caracterizada, sobretudo, por baixas amplitudes e declividades altimétricas, com processos sedimentológicos em detrimento dos erosicionais. A integração dos dados físicos da bacia permite que esta seja compartimentada em dois setores (A e B), caracterizados respectivamente por apresentar maiores problemas ambientais desencadeados pela consolidação da área urbana; e outro por ter os maiores índices de crescimento urbano nos últimos dez anos, apesar de ainda ser considerada a área rural da bacia.
  • TAMIRES DE FATIMA PINTO LISBOA
  • VULNERABILIDADE E CAPACIDADE DE RESPOSTA À AMEAÇA DE INUNDAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARACURI, BELÉM-PA
  • Data: 15/08/2013
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  • Na bacia hidrográfica do rio Paracuri, situada na porção continental centro-oeste do município de Belém, o aumento das precipitações entre os meses de dezembro e maio tem propiciado enchentes na área de várzea da bacia e consequentemente inundações nas residências e estabelecimentos comerciais instalados na área, ocasionando perdas e danos. Nessa perspectiva, diante da ameaça de inundação na bacia hidrográfica do Paracuri, a presente dissertação tem como objetivo geral identificar e analisar a Vulnerabilidade e a Capacidade de Resposta presente na área da bacia. Para o estudo da Ameaça foram realizados o levantamento documental da ocorrência de inundações na bacia, a geração do Modelo Digital de Terreno, a análise morfométrica da bacia, a caracterização sedimentológica e a comparação das áreas verdes e urbanizadas na bacia; O estudo da Vulnerabilidade a teve como unidade espacial de análise os setores censitários, dentro dos quais foram realizados trabalhos de campo com levantamento fotográfico e preenchimento de planilhas de caracterização ambiental que subsidiaram a identificação das Vulnerabilidades Estrutural, Financeira e Social; Para o estudo da Capacidade de Resposta foram avaliadas as presenças das unidades de resposta escolas e hospitais ou unidades de saúde também por setor censitário. As análises permitiram a classificação dos setores quanto a Vulnerabilidade em Alta, Média e Baixa e quanto a Capacidade de Resposta em Existentes e Inexistentes.
  • JUCILENE BELO DE OLIVEIRA
  • TERRITÓRIO E POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA PARA REMANESCENTES QUILOMBOLAS NA AMAZÔNIA: PROGRAMA RAÍZES E PARÁ QUILOMBOLA NAS COMUNIDADES DE ITACOÃ-MIRI E GUAJARÁ-MIRI
  • Data: 06/08/2013
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  • Esta dissertação tem como objetivo mostrar por que os programas Raízes e Pará Quilombola não conseguem concretizar seus objetivos diante das comunidades remanescentes de quilombo do estado do Pará no que tange a esfera socioeconômica. Buscou-se este propósito através da comparação e análise da atuação destes dois programas, a partir de 2000, dentro da comunidade Filhos de Zumbi, focalizando os projetos produtivos inseridos na mesma. Esta dissertação se estrutura em 4 capítulos: No 1º capítulo apresenta-se a base teórico-metodológica que contou com a discussão de conceitos chaves como comunidades remanescentes quilombola, políticas de ação afirmativa, território e ordenamento territorial, também foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas na comunidade Filhos de Zumbi, na CEPPIR e no IDESP. O 2º capítulo traça os caminhos do processo de titulação de terras quilombolas no estado, estreitando a discussão à formação de seus quilombos, aos do Baixo Acará e da comunidade Filhos de Zumbi. O 3º capítulo enfatiza a origem do programa Raízes e Pará Quilombola suas caracterizações, obstáculos e analise das ações, principalmente, na esfera dos projetos produtivos. O 4º capítulo mostra a atuação destes dois programas na comunidade remanescente Filhos de Zumbi.
  • IVAN GOMES DA SILVA VIANA
  • ESTRUTURA E FISIOLOGIA DA PAISAGEM: ANÁLISE DA PRAIA DO AREIÃO, ILHA DE MOSQUEIRO, BELÉM-PA
  • Data: 04/07/2013
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  • O presente estudo tem sua análise pautada no conceito de paisagem na perspectiva sistêmica. Sendo assim, entende que existem elementos constituintes da paisagem que interagem entre si de maneira complexa. A praia do Areião mostra uma particularidade em relação às demais praias da ilha de Mosqueiro. Com isso, busca-se compreender os elementos que atuam na parte sudoeste da zona costeira da referida ilha, onde se encontra a área de estudo. Do ponto de vista físico, são analisados elementos da paisagem, tais como: a ação das ondas, dos ventos, das marés, da vegetação e da pluviosidade. Em relação aos elementos antrópicos, analisam-se fatores como a influência do trapiche, dos efluentes urbanos e do processo de uso e ocupação. Não obstante, para se compreender a paisagem da praia do Areião de maneira satisfatória, foram obdecidas etapas no estudo. Primeiramente foi elaborado um levantamento teórico-conceitual do conceito de paisagem em geografia, seguindo os objetivos do presente trabalho. Nesse sentido, adota-se a classificação em unidades de paisagem proposta por Bertrand (1972). Posteriormente, foi compreendida a estrutura da paisagem, mostrando a distribuição espacial em planta dos fenômenos encontrados na área de estudo. Delimitou-se assim, quatro compartimentos na praia. Em seguida, a sazonalidade dos elementos da paisagem foi evidenciada através da fisiologia da paisagem. Neste aspecto, ressaltou-se a análise pautada nas interpretações dos dados de variabilidade da morfologia dos perfis e da granulometria, bem como suas interações com os elementos antrópicos. Neste momento, identificou-se a influência do trapiche na dinâmica da paisagem. Acredita-se que o trapiche cria uma zona de proteção, onde a ação das marés é atenuada no tocante aos processos erosionais que atingem a praia. Além disso, as análises da média granulométrica e do grau de seleção evidenciaram que existem duas células de transporte sedimentar. A primeira antes do trapiche, onde estão localizados os perfis 1 e 2. E a segunda após o trapiche, na área de localização dos perfis 3, 4 e 5. Desenvolvida a compreensão da estrutura e da fisiologia da paisagem, partiu-se para a classificação da praia do Areião em unidades de paisagem. A praia foi classificada na escala do Geosssistema, sendo subdividida em Geofácies Ie, IIa1, IIa2, IIa3, IIIe, IIIa, IVe e IVa. Na definição de cada Geofácies, objetivou-se pontuar, em uma escala espaço-temporal de detalhe, a inter-relação entre os elementos físicos e antrópicos atuantes em cada unidade de paisagem. Para tal definição, houve o cruzamento dos dados da morfologia e da granulometria com as análises qualitativas desenvolvidas através das observações in loco.
  • LUZIVAN DOS SANTOS GONCALVES FERREIRA
  • GÊNERO DE VIDA RIBEIRINHO NA AMAZÔNIA: reprodução socioespacial na região das ilhas de Abaetetuba-PA
  • Data: 02/07/2013
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  • O objetivo desta dissertação é analisar a reprodução socioespacial dos ribeirinhos da região das ilhas de Abaetetuba, com base em seu gênero de vida, frente às recentes transformações ocorridas nas últimas três décadas na região, advindas do processo de modernização e inserção da Amazônia na lógica do capitalismo global. A noção de gênero de vida foi cunhada na geografia clássica por autores como Herder e La Blache e corresponde, genericamente, a um conjunto de práticas materiais e imateriais pelas quais um grupo é capaz de utilizar os recursos de seu meio físico para a sua reprodução socioespacial. Apesar de ter uma grande importância epistemológica para a geografia, essa noção foi renegada ao esquecimento em função de preconceitos arbitrários. Partimos do pressuposto de que a noção de gênero de vida pode ser trabalhada com comunidades rurais do mundo subdesenvolvido, como é o caso dos ribeirinhos da Amazônia, possibilitando o entendimento dos processos pelos quais os ribeirinhos se reproduzem espacialmente. Nessa região, a relação entre a sociedade e o ambiente sempre se constituiu no elemento principal no processo de produção do espaço. Essa relação com o ambiente contribuiu para o desenvolvimento de um gênero de vida peculiar dos ribeirinhos da Amazônia. No entanto, a região amazônica vem passando nos últimos anos por transformações que são políticas, econômicas, sociais e geográficas e que envolvem o município de Abaetetuba e sua região das ilhas e estão ligadas diretamente a um processo de inserção total da Amazônia em uma lógica capitalista de produção aos moldes do chamado mundo globalizado. Nesse sentido, o gênero de vida ribeirinho tem sido alvo constante das transformações advindas deste processo. Portanto, há nessa discussão uma importante variável concernente à relação existente entre as atuais transformações sociais em curso na região e a reprodução socioespacial dos ribeirinhos da região das ilhas de Abaetetuba, principalmente no que concerne ao seu gênero de vida. Observamos, então, que existe uma relação dialética entre a reprodução socioespacial dos ribeirinhos de Abaetetuba, que se materializa em um lugar por intermédio de seu gênero de vida, e as formas de produção social e espacial, ligadas a lógica do capitalismo global. Essa relação, entretanto, não é somente de submissão e/ou destrutiva, mas também de resistência e de reprodução do gênero de vida dos ribeirinhos da região das ilhas de Abaetetuba.
  • LEONARDO PINHEIRO ALVES
  • Análise das Unidades de Paisagem da Microbacia do Igarapé Moura, Município de Castanhal (PA): subsídios para o planejamento/ordenamento territorial
  • Data: 13/06/2013
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  • O presente trabalho analisou as unidades de paisagem da Microbacia Hidrográfica do Igarapé Moura no Município de Castanhal-PA, considerando a estrutura e a dinâmica face à capacidade de suporte às ações antrópicas, com o intuito de dar subsídios ao planejamento/ordenamento territorial da Microbacia. Para a realização de tal análise, optou-se pelo método de interpretação sistêmico, baseado na Teoria Geral dos Sistemas e na Teoria dos Sistemas Complexos/Dinâmicos. O roteiro de interpretação se deu a partir dos seguintes procedimentos operacionais: análise integrada dos aspectos fisiográficos da microbacia (geologia, unidades de relevo, hipsometria, declividade, pedologia e cobertura e uso solo); elaboração da cartografia de estrutura da paisagem (unidades de paisagem); análise da dinâmica das unidades de paisagens (cartografia multitemporal da cobertura vegetal e uso do solo a partir das imagens de satélite dos anos 1984, 1994 e 2010); delimitação das áreas de estabilidade/instabilidade do meio físico; identificação das áreas de aptidão agrícola para lavoura, pastagem e silvicultura, bem como as áreas inaptas ao uso agrícola; delimitação das áreas de incompatibilidade legal; e por fim elaboração da cartografia de uso indicado à capacidade de suporte. A partir da análise dos aspectos fisiográficos da microbacia foi possível delimitar seis unidades de paisagem: Geossistema dos Tabuleiros e Colinas com Atividades Produtivas, Geossistemas dos Tabuleiros e Colinas com Áreas Urbanizadas, Geossistemas dos Baixos Platôs com Atividades Produtivas, Geossistemas dos Baixos Platôs com Áreas Urbanizadas, Geossistema das Capoeiras sobre Colinas, Baixos Platôs e Tabuleiros e Geossistema das Florestas Ombrófilas Inundáveis em Planícies Aluviais. Do ponto de vista da instabilidade a Bacia apresenta, predominantemente, áreas com significativos índices de instabilidade, destacando os geossistemas que são caracterizados pela ação antrópica. Em contrapartida, as áreas que apresentam condições mais estáveis são caraterizadas pelas áreas onde é possível verificar um substrato vegetativo mais denso, localizadas no Geossistema das Capoeiras sobre Colinas, Tabuleiros e Baixos Platôs e no Geossistema das Florestas Ombrófilas Inundáveis em Planícies Aluviais. Na análise da aptidão agrícola das paisagens da Bacia Hidrográfica, constatou-se que sua maior porção possibilita a utilização de desenvolvimento tecnológico para fins de lavoura, pastagem plantada e silvicultura. Além dessas, verificou-se também áreas inaptas para o desenvolvimento de atividades agrícolas. Por fim, estabeleceu-se sete áreas de uso indicado de acordo com a capacidade de suporte das unidades paisagísticas da Bacia do Igarapé Moura: agropecuária com tecnologia, agropecuária mecanizada, área urbana, preservação, preservação prioritária, conservação/uso sustentável e recuperação prioritária. Portanto, a partir de tais análises constatou-se, uma necessidade de utilização de níveis técnico-científicos na produção agropecuária da Bacia, visando o melhoramento das formas de manejo das diferentes unidades de paisagem. Além disso, a necessidade de conservação da cobertura vegetal secundária a partir de técnicas que visem o desenvolvimento sustentável atrelado a manutenção da floresta, indispensável para o planejamento/ordenamento territorial dessa área.
  • MARIA DO SOCORRO MONTEIRO PICANCO
  • FORMAS DE RELEVO E DINÂMICA COSTEIRA EM SÃO CAETANO DE ODIVELAS (PA)
  • Data: 22/05/2013
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  • A presente pesquisa foi realizada sobre a porção norte do Município de São Caetano de Odivelas, na qual tem por objetivo geral caracterizar as unidades de relevo e as mudanças morfológicas, incluindo a variação da linha de costa. Especificamente, buscam-se identificar as unidades de relevo, analisar a distribuição dessas unidades a partir dos condicionantes fisiográficos; verificar a variação multitemporal da posição da linha de costa e dos canais de drenagem, pelo reconhecimento de formas em imagens de satélite dos anos de 1984,1994 e 2008. Os procedimentos metodológicos da pesquisa incluem o levantamento bibliográfico e revisão de literatura; o levantamento de base cartográfica e de produtos de sensores remotos; tratamento e processamento digital das imagens orbitais de diferentes anos; elaboração de mapas temáticos e trabalhos de campo. Dentre as unidades morfológicas nesta área de estudo estão os tabuleiros que perfazem um total de 56.171.367,09 m². Estas se situam no centro desta área de estudo, na forma de blocos isolados por sítios de inundação/acumulação e canais. Tem um relevo suave ondulado, na qual a altimetria vai de 6 a 30 metros; os bancos lamosos de intermaré contam com 3.596.927,12 m². Posicionam-se de forma planos paralelos à linha de costa. Seu relevo é ligeiramente inclinado e vai de 0 a 2 metros. As planícies lamosas de maré perfazem 101.576.076,13 m². Posicionam-se como sítios paralelos à linha de costa, ao longo do baixo curso dos rios ou de localização insular. Possuem uma topografia plana, na qual sua altimetria vai de 2 a 6 metros. As planícies aluviais sob influência de maré contam com 2.511.688,22 m². Apresentam uma topografia plana que vai de 2 a 6 metros, e situam-se na zona de intermaré e supramaré. Os cordões arenosos subatual medem 2.511.688,22 m². Posicionam-se em formato de flechas dispostas no sentido da atual linha de costa. Possuem topografia plana, com uma altimetria de 6 a 12 metros. As planícies aluviais contam com 11.414.121,33 m². Posicionam-se em contato com as áreas de mangue e ao longo de alguns canais fluviais. Possuem uma topografia plana, acima de 6 metros. As planícies lamosas de supramaré perfazem 3.894.455,26 m². Localizam-se em forma de sítios estreitos do fundo de vales. Possuem uma topografia plana que vai de 4 a 10 metros. As barras arenosas contam com 3.090.505,98 m². Situam-se como depósitos alongados no sentido das desembocaduras dos estuários. Possuem uma topografia plana, que vai de 0 a 2 metros. Os indicadores geomorfológicos identificados são a linha de costa, a formação de novas áreas costeiras, o padrão “escada”, o padrão “paliteiro”, a migração de bancos arenosos, a migração da linha de costa e a deposição de areias sobre os manguezais; os indicadores biológicos dizem respeito a formação de neossolos e a instalação da vegetação de mangue. A linha de costa deste município é formada pelo limite externo dos manguezais que se apresenta de forma retilínea margeando a baía de Marajó, até a ponta de Taipu, a partir da ponta de Taipu, seguindo para leste, a linha de costa passa a apresentar contornos que acompanham os canais e ilhas da desembocadura do estuário conjunto Mojuim-Mocajuba. As mudanças morfológicas podem ser classificadas em sua maioria como acrecionais apesar de em alguns setores ter ocorrido erosão, pois, em 24 anos ocorreu um acréscimo nas áreas de mangue de 2.416.100 metros quadrados o que responde por 2,63% da área total progradada. A dinâmica que ocorre neste município causa modificações no solo, na vegetação e na morfologia.
  • DANUSA DI PAULA NASCIMENTO DA ROCHA
  • AS TERRITORIALIDADE DAS PEQUENAS EMPRESAS DE MINERAÇÃO NO NORDESTE PARAENSE: O CASO DO MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO (PA)
  • Data: 30/04/2013
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  • Esta pesquisa objetivou uma análise sobre as territorialidades (práticas e elementos da construção e controle de territórios) que envolvem a mineração de pequena escala (MPE) no nordeste do Estado do Pará, apresentando como estudo de caso a valorização de minerais de uso imediato na construção civil (seixo e areia) no município de Capitão Poço. A análise considerou os indicativos socioeconômicos, ambientais e políticos (inclusive a regulação) que condicionam a valorização de substâncias minerais, e também os aspectos relativos à configuração e organização do território, a exemplo da base de recursos naturais (e mesmo os humanos), o manejo que se faz deles e os conflitos e impactos associados. Preferiu-se por estruturar o estudo empregando-se parcialmente o método dialético. E, a partir de uma discussão geográfica integrada às observações em campo e a sistematização de dados secundários de instituições governamentais se obteve uma produção cartográfica referente ao uso e poder sobre os recursos minerais. Desta maneira, espera-se que as informações produzidas forneçam subsídios quando na gestão e planejamento dos recursos minerais a nível regional e municipal.
  • ISABELA ANDRADE DE CASTRO
  • ECONOMIA GLOBAL E VIVÊNCIA LOCAL NA AMAZÔNIA: MINERAÇÃO E CAMPESINATO EM SÃO PEDRO, NO MUNICÍPIO DE JURUTI (PA).
  • Data: 25/04/2013
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  • Nesta dissertação apresentamos uma pesquisa sobre as interferências sofridas pela comunidade São Pedro, em Juruti, oeste do estado do Pará, desde o início da instalação da atividade mineral no município. No início do século XXI, a instalação do projeto Juruti, pela ALCOA, desencadeou uma série de transformações locais e regionais que associaram o lugar a economia global da mineração. Nossa análise enfoca o espaço rural, sobretudo os processos vivenciados pela comunidade São Pedro, que recebeu, desde o processo de licenciamento da mineração, projetos voltados para o desenvolvimento rural, como por exemplo o projeto Pajiroba, o projeto de criação de galinhas financiado pelo FUNBIO e o projeto agroextrativista da EMATER. Destacamos a forma de implantação destes projetos para analisar como são concebidas as políticas de desenvolvimento para o meio rural no Brasil, que sempre entende o campesinato como sinônimo de atraso, vivendo num espaço a ser desenvolvido por meio de investimentos em projetos agrícolas. Estratégia esta que, segundo nossa pesquisa, desconsidera a especificidade do campesinato na Amazônia, tendendo por isso a limitações que vão além da atividade agrícola, pois confrontam um complexo modo de vida que se tem diversificado para continuar a existir.
  • MICHEL DE MELO LIMA
  • A RIBEIRA & A ORLA: espacialidades e territorialidades urbanas ribeirinhas em uma cidade amazônica em transformação
  • Data: 25/04/2013
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  • Tendo por base a teoria do espaço socialmente produzido, as reflexões deste trabalho vão ao encontro do tema referente à relação cidade-rio na Amazônia, a partir de um estudo de caso: a orla fluvial da cidade de Marabá. O objetivo é analisar a produção social do espaço e os conflitos de territorialidade existentes em face da dinâmica recente da Amazônia, levando em conta as especificidades locais da relação/interação econômica, política e simbólica dos diferentes agentes com o rio. Para tanto, utilizou-se como instrumental teórico-metodológico o materialismo histórico e dialético, e os seguintes procedimentos metodológicos de pesquisa: a) revisão bibliográfica de temas pertinentes ao desenvolvimento do trabalho, relacionados à geografia urbana e à geografia da Amazônia, e assentados na teoria do espaço socialmente produzido; b) levantamento bibliográfico de caráter histórico-geográfico sobre a orla e a cidade de Marabá; c) levantamento de dados primários, secundários e de fontes documentais da área de estudo; d) observação sistemática de campo sobre a interação cidade-rio em Marabá, com inventário (identificação, comparação e análise de elementos) da paisagem urbana e de suas dinâmicas espaciais, temporais e territoriais; e) levantamentos através da aplicação de formulários com base na relação cidade-rio na orla; f) realização de entrevistas individuais gravadas com questões semiestruturadas com os principais agentes (representantes do poder público, moradores, grandes empresas, comerciantes etc.) existentes na orla fluvial da Marabá. A partir dos dados levantados e analisados, constatou-se, mesmo diante dos processos modernizantes pelos quais passa a cidade, a permanência, de forma residual, do modo de vida ribeirinho na orla fluvial de Marabá. Por outro lado, essa permanência se dá através de uma relação conflituosa com os agentes/grupos que têm na orla um referencial predominantemente econômico, como o Estado, os comerciantes locais e regionais, as grandes empresas, os proprietários fundiários e os promotores imobiliários. Tal contexto ratifica a importância de atentar para as especificidades de como se desenvolve a vida nas “ribeiras” amazônicas, o que significa entender, também, a forma complexa, diversificada e desigual com a qual se desenvolve as relações existentes entre a cidade, espaço complexo, contraditório, obra por excelência, e o rio, elemento que define ritmos, signos, saberes e dinâmicas sócioespaciais urbanas no contexto regional.
  • MARIANA NEVES CRUZ MELLO
  • GESTÃO DE RECURSOS PESQUEIROS NA RESEX MÃE GRANDE DE CURUÇÁ: COMUNIDADE DE ARAPIRANGA DE DENTRO
  • Data: 04/03/2013
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  • Este estudo aborda a gestão compartilhada dos recursos pesqueiros em Áreas Protegidas, enfatizando a RESEX Mãe Grande de Curuçá e objetiva analisar como a delimitação da RESEX corrobora para a gestão dos recursos pesqueiros, através do estudo de caso da comunidade de Arapiranga de Dentro. O estudo foi realizado através de levantamento bibliográfico sobre os temas Território, pesca artesanal e recursos de uso comum. A pesquisa qualitativa se respaldou na aplicação de questionários semi – estruturados, no levantamento de dados de campo acerca da atividade de pesca, na elaboração de carta e de 2 croquis objetivando demonstrar a área de uso do recurso pesqueiros pela comunidade de Arapiranga. Este estudo pretende analisar não somente as Normativas Legais, parâmetros de ação em Áreas Protegidas, mas como estas normativas são inseridas e absolvidas pelas populações que delas fazem uso e como as práticas locais de pesca são afetadas por essa forma de mediação da relação território – população – recurso.
  • JOAO PAULO SIQUEIRA DOS SANTOS
  • A GESTÃO DO ESPAÇO TURÍSTICO DO CÍRIO DE NAZARÉ NO MUNICÍPIO DE VIGIA-PA
  • Data: 24/01/2013
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  • O turismo enquanto atividade social, econômica e cultural, possui a enorme capacidade de produzir e reproduzir o espaço geográfico, necessitando, então, de uma organização, ou melhor dizendo, de uma “gestão” desse espaço turístico sob a tutela de quem possui interesses sobre o mesmo. Os agentes produtores do espaço turístico compreendidos pelo Estado, a iniciativa privada e a sociedade local (FRATUCCI, 2009) criam espacialidades e contribuem para a dinâmica do espaço turístico que para Cruz (2006) é o objeto de consumo do turismo se referindo ao próprio espaço, objeto de interesse da Geografia enquanto ciência. Um dos objetivos deste trabalho é discutir como o Círio de Nossa Senhora de Nazaré se constiui como um constructo socioespacial, um recurso turístico (religioso, cultural etc.) que produz e reproduz espaços distintos e necessita de uma gestão, nesse sentido, exercida por agentes distintos. O cerne do objeto de pesquisa em questão será entender essa dinâmica dentro da gestão do espaço turístico que o Círio de Nazaré no município de Vigia proporciona para acontecer todos os anos no segundo domingo de setembro, bem como a produção de territorialidades pelos sujeitos envolvidos nessa trama social. Entender e analisar essa dinâmica nos proporcionará uma outra visão para que futuras políticas públicas de turismo possam vir a acontecer tendo uma compreensão mais holística sobre esse evento e sua gestão que serão estudados aqui.
2012
Descrição
  • ELISAMAR SILVEIRA DE SOUSA
  • AMAZÔNIA ATLÂNTICA: IMPLICAÇÕES SOCIOESPACIAIS DA INDÚSTRIA DE PESCA NO NORDESTE PARAENSE
  • Data: 28/09/2012
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  • O presente estudo aborda os impactos ocasionados pela indústria de pesca frente a uma comunidade tradicional de pescadores, localizada no Município de Bragança, Estado do Pará. A mesma situa-se a 9 km da cidade de Bragança. A partir da segunda metade da década de 1980 algumas indústrias de pesca começaram a ser instaladas nesse espaço. O modo de vida tradicional dessa comunidade prezava muito intensamente pelas relações de parentesco e de vizinhança, assim como acompanhava os ritmos da natureza e o conhecimento dos mais antigos. Com a abertura da rodovia Bragança–Ajuruteua, no início da década de 1980, e posteriormente com a eletrificação desse espaço, são criadas as condições mínimas para que, em seguida, a vila de Bacuriteua se tornasse o principal polo exportador de pescado do Município, contribuindo para a instalação de algumas indústrias de pesca em seu espaço. Concomitantemente à chegada da indústria de pesca, acontece um processo migratório de pescadores, maciçamente do Estado do Ceará. A existência de comunidades tradicionais, que ainda perpetuam seus modos de vida seculares, pode ser vista como uma forma de negação à reprodução de um modelo socioeconômico homogeneizador, onde os indivíduos são vistos simplesmente como potenciais consumidores. Entretanto, gradativamente as comunidades tradicionais são abarcadas por novas práticas socioeconômicas e socioculturais, sendo que o resultado desse processo de inserção é a perda de seus modos de vida seculares, em prol de um modelo de vida tipicamente urbano. A partir da chegada da indústria de pesca, observa-se que a Vila de Bacuriteua passa a sofrer um intenso processo de expansão espacial. Da mesma forma, passaram a ser recorrentes alguns problemas que eram típicos da sede municipal, como o aumento da criminalidade, surgimento de prostíbulos, problemas relacionados ao tráfico e consumo de drogas.
  • CLEBER AUGUSTO TRINDADE CASTRO
  • PATRIMONIALIZAÇÃO, TURISTIFICAÇÃO E PERSPECTIVAS DO TURISMO CULTURAL URBANO COM BASE LOCAL, NO BAIRRO CIDADE VELHA, EM BELÉM DO PARÁ
  • Data: 28/09/2012
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  • A patrimonialização e a turistificação, enquanto processos socioespaciais, têm contribuído significativamente para a produção do espaço urbano, por meio dos conflitos entre interesses exógenos às áreas, e as dinâmicas sociais locais, de modo especial nos Centros Históricos urbanos. Nesse contexto, este estudo foi norteado, de modo geral, por questionamentos sobre como os processos de patrimonialização e turistificação tem contribuído, recentemente, para a produção do espaço no bairro Cidade Velha, em Belém-PA. De maneira mais específica pergunta-se: a) Quais são os agentes dos processos de patrimonialização e de turistificação do bairro Cidade Velha, Belém-PA? b) Que estratégias de apropriação e uso do espaço são adotadas por esses agentes? A pesquisa permite compreender as consequências das políticas para o patrimônio cultural e para o desenvolvimento do turismo nos aspectos materiais e nas relações sociais e simbólicas no bairro estudado. Além disso, o trabalho permite evidenciar a diversidade de agentes e de estratégias socioespaciais contraditoriamente presentes nesses processos. Para o desenvolvimento do estudo, com abordagem qualitativa, foram realizados levantamentos e análises em bibliografias que forneceram subsídios teóricos e conceituais para o desenvolvimento da pesquisa. Realizamos trabalho de campo, participando de reuniões dos moradores do bairro, bem como entrevistas semiestruturadas com agentes representantes dos grupos sociais apontados pelo aporte teórico da pesquisa, considerando também as observações em campo.
  • FLAVIA ADRIANE OLIVEIRA DA SILVA
  • POR UMA GESTÃO DAS ÁGUAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MURUCUPI-BARCARENA-PA
  • Data: 28/09/2012
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  • A presente dissertação é resultado de uma pesquisa que visa abordar a complexidade socioambiental quanto ao uso do solo e da água na bacia hidrográfica do Rio Murucupi e averiguar quais as principais normativas legais da gestão dos recursos hídricos, no que tange aos princípios e instrumentos, foram pensados e/ou efetivados para esta realidade. A bacia hidrográfica do rio Murucupi está localizada no município de Barcarena no Estado do Pará. O estudo dessa área foi motivado em virtude de pertencer a um município que desde a década de 1980, apresenta um significativo pólo industrial (vinculado à transformação de minérios), um importante sistema portuário, além do crescimento e diversificação de atividades econômicas formais e não formais. As atividades econômicas vinculadas direta e indiretamente à indústria de transformação mineral foram e são responsáveis por intensas modificações sócioespaciais no município de Barcarena alcançando sua complexa rede hidrográfica e, consequentemente, a área da bacia hidrográfica do rio Murucupi, a qual se encontra parcialmente localizada no distrito industrial. Para desenvolver a presente pesquisa, foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: Levantamento bibliográfico e documental, realização de trabalho de campo, produção cartográfica e análise das informações obtidas. A bacia hidrográfica analisada apresenta em sua área diferentes atores sociais e distintas formas de uso e ocupação do solo e da água, representadas: pela atividade industrial desenvolvida pela empresa Alunorte, pelo seu depósito de resíduo sólido (DRS) e pela área de proteção ambiental; pelas áreas de ocupação urbanas planejadas e espontâneas; pelas comunidades tradicionais e ribeirinhas. Portanto, verificou-se uma complexidade quanto às formas de uso e ocupação do solo e da água na área pesquisada, como também foi constato que a qualidade da água e as formas de uso tradicionais dos recursos hídricos são comprometidas. Situação esta decorrente da liberação de resíduos domésticos, in natura, diretamente no rio e com o lançamento de efluentes industriais decorrentes de acidentes ambientais. Diante desse fato foi constatado a carência de políticas públicas por parte dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento dos recursos hídricos e, em especial, pela proteção dos corpos d’água. Sendo assim, urge a necessidade da concretização de ações efetivas na área em estudo com vista a promover uma gestão dos recursos hídricos no município de Barcarena, em especial na área da bacia hidrográfica do Rio Murucupi, com intuito de concretizar os instrumentos de gestão que contam na Política Estadual de Recursos Hídricos (PERH).
  • JOSE MARIA REIS E SOUSA JUNIOR
  • A NATUREZA DO TURISMO E O TURISMO DE NATUREZA NA AMAZÔNIA: ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA E TERRITORIALIDADES DE CARUARU, ILHA DE MOSQUEIRO, PARÁ.
  • Data: 27/09/2012
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  • Esta dissertação analisa a natureza do turismo fomentado no Polo Turístico de Belém, buscando identificar os limites e as possibilidades de desenvolvimento do Ecoturismo de Base Comunitária na comunidade de Caruaru, ilha de Mosqueiro, Pará. Para analisar o espaço fez-se uma análise crítica sobre a implementação do Programa de Regionalização do Turismo (PRT), assim como do Plano de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará (PDTPA), e da participação do Fórum de Desenvolvimento Turístico de Estado do Pará (Fomentur) no processo de gestão dessa política. Para identificar os limites e possibilidades de desenvolvimento do Ecoturismo de Base Comunitária no local acima referido, buscamos caracterizar as práticas territoriais e as territorialidades advindas do processo de turistificação da comunidade. Pretende-se assim, confirmar que a natureza do turismo fomentado no Polo Turístico de Belém é expressamente massivo e seletivo de territórios e de beneficiados, e que isso constitui um limite para o desenvolvimento do Ecoturismo de Base Comunitária no local pesquisado, a comunidade de Caruaru, ilha de Mosqueiro, contribuindo assim, com a sua melhoria de qualidade de vida.
  • SANDRO BRITO FERREIRA
  • A EXPANSÃO DOS ASSENTAMENTOS RESIDENCIAIS NA ILHA DE MOSQUEIRO: uma particularidade de dispersão urbana no espaço metropolitano de Belém (PA)
  • Data: 27/09/2012
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  • O presente estudo tem como objetivo principal analisar a forma dispersa de Belém, tendo como referência empírica o Distrito Administrativo de Mosqueiro, espaço de lazer, tradicionalmente frequentado pela população da capital paraense. Nesse distrito, os assentamentos urbanos que se destacam em sua paisagem são os residenciais, especialmente os de uso ocasional, as chamadas segundas residências. Estas cresceram numericamente, em virtude do processo de metropolização de Belém, a partir de 1970. Atualmente, entretanto, a dispersão metropolitana de Belém, em uma escala geográfica mais ampla, tem sido decisiva para a incorporação de Mosqueiro como espaço de ação dos grupos sociais excluídos que lutam pela moradia, assim como para que as segundas residências sejam convertidas em moradias de uso permanente. Desse modo, a produção do espaço mosqueirense ocorre, fundamentalmente, em razão da reprodução das relações sociais de produção, sobretudo no que diz respeito à reposição da força de trabalho, por intermédio da conquista de uma moradia.
  • CYNTIA SANTOS DALTRO ALVES
  • FORMAS ESPACIAIS RECENTES DA URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA: A DINÂMICA SOCIOESPACIAL DO MUNICÍPIO DE CASTANHAL EM FACE DO PROCESSO DE DISPERSÃO METROPOLITANA DE BELÉM
  • Data: 27/09/2012
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  • A dinâmica metropolitana que caracteriza o atual contexto amazônico acarreta a conformação de novos arranjos espaciais urbanos, que necessitam ser considerados a partir de uma leitura dialética da realidade. No caso belenense, percebe-se que essa metrópole apresenta um caráter disperso, ao mesmo tempo em que se desconcentra, amplia-se ao criar novos vetores de expansão para além de sua área oficialmente considerada metropolitana. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar a dinâmica socioespacial do Município de Castanhal em face do processo de dispersão metropolitana de Belém, haja vista a notória articulação existente entre ambos. Com o intuito de alcançar esse objetivo três variáveis foram consideradas para efeito de análise: a produção de espaços de moradia, a produção industrial e a acesso a serviços básicos. Para tanto, utilizou-se como instrumental teórico-metodológico o método de interpretação baseado no materialismo histórico-dialético, onde as relações de produção são analisadas como produto sociohistórico. Sendo assim, o processo de metropolização e de dispersão urbana devem ser compreendidos a partir do movimento dialético das práticas espaciais da sociedade. Com relação ao instrumental técnico-empírico, ressalta-se que a natureza da presente pesquisa está pautada em uma perspectiva qualitativa e quantitativa. Na perspectiva quantitativa algumas técnicas foram empregadas a saber: a quantificação da expansão urbana de Castanhal a partir de uma análise das imagens de satélite dos anos de 1984, 1994 e 2008, utilizando o software de geoprocessamento ARCGIS 9.3, bem como a construção de gráficos, tabelas e quadros a partir da sistematização de dados obtidos junto a órgãos oficiais, a exemplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, buscando identificar estaticamente a intensidade das relações entre a Região Metropolitana de Belém (RMB) e Castanhal. Quanto à natureza qualitativa, utilizou-se técnicas como levantamento e análise bibliográfica, levantamento e análise documental e realização de entrevistas semiestruturadas com representantes das principais indústrias e distribuidoras de Castanhal, com intuito de analisar a produção industrial desse Município e sua relação com o processo de dispersão metropolitana de Belém. A partir dos dados levantados e analisados constatou-se que as práticas espaciais urbanas existentes no Município de Castanhal, voltadas aos espaços de assentamentos residenciais e industriais e serviços, promovem uma relação de interdependência com a RMB. Infere-se que tal relação seja fruto de uma nova configuração metropolitana, com base em uma dinâmica de fluxos que aponta para a existência de uma unidade urbana mais ampliada, fragmentada, dispersa e descontínua. Ratifica-se, portanto, a necessidade de se estudar o fenômeno metropolitano para além de sua forma institucionalizada, mas confirma a importância de se compreender o processo de urbanização, que imprime a determinados espaços características consideradas metropolitanas.
  • JOSE LUIZ TERCEROS SIROTHEAU
  • IMPACTOS SOCIOTERRITORIAIS E IDENTIDADE QUILOMBOLA EM ESPAÇO METROPOLITANO: O CASO DA COMUNIDADE DE ABACATAL (PARÁ).
  • Data: 26/09/2012
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  • O presente trabalho discute os impactos socioterritoriais e a construção da identidade territorial quilombola em realidade metropolitana, mais especificamente na Região Metropolitana de Belém, tendo em vista a influência das diversas ações públicas – políticas públicas, grandes empreendimentos de infraestrutura e outras formas de intervenção no espaço – e privadas, levando em conta a franca expansão urbana, processo intriseco à metropolização. A comunidade quilombola de Abacatal, em Ananindeua, possui histórico de graves conflitos fundiários e, em meio a esta constante luta pela sua terra, a identidade desse grupo é consolidada, culminando na titulação de suas terras, entretanto, a pressão que sofre da metrópole coloca em xeque os membros deste território etnicamente configurado. A partir de uma metodologia pautada na pesquisa explicativa através de análise qualitativa, foi possível observar os inúmeros impactos no território em questão e os efeitos dos mesmos, que contribuem, paradoxalmente, tanto para fortalecer quanto para enfraquecer a identidade quilombola. A perspectiva de novos conflitos aparece no horizonte conclusivo da pesquisa, em que se considere que Abacatal estará destinada a lutar pelo seu território por um longo tempo ainda.
  • PAULO ROBERTO CARNEIRO DA PAIXAO JUNIOR
  • USO DO TERRITÓRIO E GÊNERO DE VIDA NA AMAZÔNIA: REPRODUÇÃO CAMPONESA E AGRONEGÓCIO NO PLANALTO SANTARENO
  • Data: 26/09/2012
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  • Abordamos neste trabalho as transformações na reprodução do campesinato do Planalto Santareno em decorrência do avanço do agronegócio da soja nesta região. Utilizamos como exemplos duas localidades camponesas que foram profundamente alteradas por este evento iniciado em fins do século XX: as localidades de Tracuá (pertencente ao município de Santarém/PA) e de Jenipapo (pertencente ao município de Belterra/PA). Para atingir tal propósito, fizemos a reconstituição da situação geográfica dessas localidades quando ainda não haviam se deparado com o agronegócio. Quando os sojicultores provenientes do Centro-Sul do país chegaram, seduzidos pelas abundantes e baratas terras antropizadas da região, passaram a adquirir os terrenos dessas localidades com bastante facilidade e velocidade, pois pertenciam a camponeses que se encontravam em condições precárias de existência, desejosos de melhores dias, que, porventura, poderiam alcançar com aquele (pouco) dinheiro oferecido. A partir desse encontro, portanto, apreendemos as mutações no gênero de vida desses camponeses, nos deparando, por outro lado, com o desencontro desses opostos sociais. Com as profundas transformações no uso do território nestas localidades, está posta a tendência de seus desaparecimentos – e, ao mesmo tempo, em outra escala, a recriação desse campônio regional.
  • RENATO HOLANDA DE VILHENA
  • DESENVOLVIMENTO ENQUANTO LIBERDADE NO MUNICIPIO DE CHAVES – ILHA DO MARAJÓ - PA
  • Data: 24/09/2012
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  • Este trabalho faz uma análise qualitativa do Desenvolvimento Humano Municipal no campo – Vila de São Sebastião de Arapixi e na cidade, sede do município, de Chaves – Arquipélago do Marajó, Pará. A discussão se desenvolve a partir do estudo da percepção dos moradores sobre os indicadores educação, saúde (longevidade) e renda. Ressaltam-se algumas limitações dos indicadores, que visam à superação do caráter reducionista e fragmentado do conceito de desenvolvimento. As contradições e os movimentos das áreas pesquisadas estão descritas e revelam a relação entre o “campo-cidade”. Os resultados assinalam novas possibilidades para um avanço nas condições de vida dos moradores destas espacialidades, pois se constitui em instrumento para contribuir com a adoção de políticas públicas, no que se refere às melhorias nestas áreas, da mesma forma em que a questão do trabalho, também volta a se afirmar como categoria central para o desenvolvimento humano.
  • AMANDA CRISTINA OLIVEIRA GONCALVES
  • DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: O CASO DA RESEX MARINHA DE SÃO JOÃO DA PONTA – PA

  • Data: 31/08/2012
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  • No atual processo de avanço de unidades de conservação de uso sustentável na Amazônia, a criação de Reservas Extrativistas do tipo marinhas na zona costeira paraense, cobrindo atualmente nove municípios, evidencia-se como estratégia para responder questões relacionadas à gestão dos recursos naturais, pelos quais sobrevivem centenas de comunidades tradicionais pesqueiras nesta região. No entanto, como instrumento na busca de desenvolvimento territorial, a RESEX precisa ser compreendida mediante as limitações que se impõem no contexto de sua implementação. Neste sentido, o território da RESEX Marinha de São João da Ponta, criada no ano de 2002, localizada no nordeste do Estado do Pará, e as políticas públicas decorrentes da criação da Unidade compõem o objeto de análise desta pesquisa, objetivando trazer para o debate acadêmico da Geografia, bem como de outras áreas de interesse, questões relacionadas ao empoderamento e gestão participativa dos recursos de uso comum entre a população tradicional extrativista deste município.

  • CARLOS AUGUSTO DA CRUZ FERREIRA
  • DISTRIBUIÇÃO E QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO NA ÁREA INSULAR DO MUNICÍPIO DE BELÉM – PA: ILHA DE CARATATEUA
  • Data: 31/08/2012
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  • Este trabalho tem por objetivo discutir e analisar as condições da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na ilha de Caratateua, município de Belém, Estado do Pará, Brasil. Apresenta como objeto de estudos a avaliação da distribuição e a qualidade dos referidos serviços na ilha. A área de estudos corresponde a dois bairros da ilha de Caratateua: Brasília e São João de Outeiro. Os bairros são limítrofes, localizam-se na porção oeste da ilha e fazem parte da área urbana da mesma. Seus limites foram definidos pela Prefeitura Municipal de Belém. A ilha de Caratateua é uma das mais importantes ilhas que compõem o Distrito Administrativo de Outeiro – DAOUT e passou a ser mais intensamente ocupada após a construção da ponte Enéias Martins Pinheiro em 1986, que facilitou o acesso, sobretudo da população carente que necessitava de espaços para habitação. A ilha também apresenta uma intensa dinâmica populacional aos finais de semana e férias escolares, períodos em que o fluxo de pessoas aumenta consideravelmente, principalmente nas praias. O recorte temporal da pesquisa tem o ano de 1986 como marco inicial de referência. A dinâmica na organização do espaço da ilha não foi acompanhada por políticas públicas compatíveis com o processo de dinamismo e incremento populacional apresentado pela mesma a partir de então. Como consequência, os bairros Brasília e São João de Outeiro apresentam um déficit em termos de infraestruturas e equipamentos de uso coletivo urbano, incluindo os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário adequados nas residências. A pesquisa foi realizada com base em revisão de literatura sobre a temática dos recursos hídricos nas escalas mundial, nacional e regional, bem como sobre a trajetória das políticas sanitárias no Brasil e em escala metropolitana. As análises decorrentes das pesquisas de campo demonstraram a insatisfação dos moradores dos bairros pesquisados em relação ao atendimento dos serviços de saneamento em questão, especialmente porque estes necessitam buscar formas alternativas para suprir suas necessidades diárias. A busca dessas alternativas faz surgir formas de união entre os moradores e têm levado ao esclarecimento dos seus direitos enquanto cidadãos e do poder que possuem para reivindicá-los perante o poder público local
  • JONATHA RODRIGO DE OLIVEIRA LIRA
  • ESTUDO DA MIGRAÇÃO INTERNACIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA A PARTIR DA ANÁLISE DOS DADOS DE ESPACIALIDADE E SELETIVIDADE DOS CENSOS DE 2000 E 2010
  • Data: 30/08/2012
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  • A migração internacional tornou-se um tema de grande importância no cenário mundial tanto para os países de destino quanto para os países de origem. Na Amazônia ainda existe certa falta de interesse com a questão. No entanto, já existem alguns trabalhos específicos de cada país amazônico sobre o assunto. Porém as informações tratam estudos de caso sem levar em consideração a análise de toda a região. Isto se dá entre outros motivos pela falta de um banco de dados sobre migrações para a Amazônia. Entretanto os censos demográficos tornam-se importantes instrumentos de análise. Com base nos censos demográficos brasileiros de 2000 e 2010 que se busca questionar a dinâmica migratória recente para a Amazônia brasileira a fim de dar prosseguimento a uma série de discussões sobre as mudanças de origem, a distribuição espacial e o perfil desse novo migrante. Em um primeiro momento cria-se uma breve revisão teórica sobre a migração internacional, posteriormente discute-se a história da migração internacional na Amazônia brasileira e logo após analisam-se os dados dos dois últimos censos demográficos brasileiros sobre a migração internacional Num segundo momento analisa-se a distribuição espacial da migração de brasileiros retornados a Amazônia brasileira com intuito de fazer uma comparação entre os municípios que evidenciam essa dinâmica tanto para estrangeiros quanto para brasileiros. Essa espacialização retrata o processo histórico de ocupação e urbanização da Amazônia e também a porosidade da fronteira. Assim como o perfil migratório dá indícios de ser resultante do crescimento econômico da exploração de recursos naturais na Amazônia. Contudo, diante da complexidade do tema migração, é necessário integrar conhecimentos para a análise do processo migratório que ultrapassem os limites dos paradigmas clássicos.
  • PATRICIA OLIVEIRA DA SILVA
  • A REPRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM NO INÍCIO DO SÉCULO XXI: UM ESTUDO ACERCA DOS AGRICULTORES DOS BAIRROS DE ALMIR GABRIEL E URIBOCA NO MUNICIPIO DE MARITUBA (PA)
  • Data: 24/08/2012
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  • A presente dissertação versa sobre a reprodução da agricultura familiar na região metropolitana de Belém-PA, enfocando de forma mais específica agricultores dos bairros de Almir Gabriel e Uriboca, no município de Marituba, o qual está inserido na região metropolitana supracitada. Nesta perspectiva, centrou-se a análise em aspectos diversos, como a visão da agricultura presente nos documentos do âmbito do poder municipal, as politicas voltadas a este segmento, as trajetórias vivenciadas, as práticas empreendidas por estes grupos no que concerne à produção e comercialização, enfim, uma amostra das incontáveis ações e processos que afetam a reprodução destes agricultores familiares inseridos em espaços metropolitanos, desenvolvem atividades ligadas à agricultura o que nos remete a uma tradição rural expressa em movimentos migratórios experimentados.
  • DENILCE RABELO BORGES
  • “AS INSTITUCIONALIDADES NA GESTÃO DO TERRITÓRIO: OS LIMITES DAS DOMINIALIDADES TERRITORIAIS SOBRE OS TERRENOS E ACRESCIDOS  DE MARINHA EM BELÉM - PA”

  • Data: 14/07/2012
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  • XXXXXXXXXXXX

  • ELIANE DE JESUS MIRANDA SANTANA
  • POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO NA ILHA DO MARAJÓ. TURISMO E PROPRIACAO DA PAISAGEM NO MUNICIPIO DE SOURE - PARÁ

  • Data: 09/07/2012
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  • Soure município da Ilha do Marajó apresenta grande potencial turístico, sobretudo por suas paisagens naturais, a exemplo de suas praias e fazendas, diante disso e por ser umas das cidades marajoaras mais próximas da capital paraense, tornou-se um dos destinos mais visitados pelos turistas, fatos dentre outros que levaram esta cidade marajoara a receber intervenção do Estado por intermédio de  políticas públicas destinadas ao fomento do turismo no estado do Pará. O presente estudo tem por objetivo analisar as políticas públicas de turismo, nas quais Soure está inserida. Contudo, o foco dessa análise ocorre sobre a apropriação de sua paisagem pelo Estado, que busca através dessas ações fomentar o turismo no município desde a década de 1970. Buscou-se analisar a apropriação da paisagem pelo Estado, mercado, turistas e população local, bem como os três últimos estão incluídos nessas políticas. O estudo foi realizado a partir da análise geográfica do turismo, pois entende-se o turismo, para além do viés econômico,  como uma  atividade socioespacial. Para alcançar os objetivos seguiu-se as seguintes etapas metodológicas: coleta, organização e sistematização das informações contidas nos documentos. Trabalho de campo, onde foram feitas entrevistas com turistas e população local. Enfim, observou-se que, a paisagem de Soure é utilizada nas políticas sobre a ótica da exoticidade, característica que também é utilizada pelo trade turísticos, porém a população local, contraditoriamente não a usufrui em sua totalidade da paisagem do município.  Há em Soure um processo de turistificação, fato proporcionado pelo Estado, trade turístico, e turistas, cabendo à população local papel secundário nesse processo

  • VIVIANE CORREA SANTOS
  • REQUALIFICAÇÃO URBANA DA PAISAGEM DE VÁRZEA DA VILA DA BARCA – BELÉM/PARÁ E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS
  • Data: 04/07/2012
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  • Essa pesquisa partiu da análise empírica das alterações ocorridas na paisagem da Vila da Barca, tendo como objetivo principal analisar a reconstrução dessa paisagem e suas implicações para a qualidade de vida da comunidade, a qual se localiza a margem direita da baía de Guajará, no município de Belém, estado do Pará. Tais alterações deveram-se à inserção do Projeto de Habitação e Urbanização da Vila da Barca, que aos poucos age sobre a paisagem desse lugar, bem como, sobre o modo de vida dessa comunidade. Esse Projeto é resultado de reivindicações e lutas entre sociedade organizada, membros de instituições religiosas e outros. Todavia, o que se observa a partir de relatos de moradores é que há um constante descontentamento devido a suas características arquitetônicas que acabaram não relevando as peculiaridades da comunidade da Vila da Barca, que apesar de ter diferentes ritmos sociais e estarem em meio urbano, ainda expressam relação de cumplicidade com o rio e seus recursos naturais. E isso, se deve à origem ribeirinha dos primeiros moradores, que em grande parte, vieram do interior do Estado, além do fato de os mesmos terem adaptado seu modo de vida às dinâmicas ambientais do rio. Contudo, há de se destacar a importância de planejar os Projetos Habitacionais a partir das reais necessidades dos moradores que habitam e vivem o espaço em seu cotidiano, tendo em vista que são eles que vão conviver com as alterações socioambientais que perpassam pela paisagem e que levam a comunidade a se readaptar a estas para poder sobreviver. Levando em consideração o fato dessas pessoas se sentirem na maioria das vezes a margem dos serviços públicos prestados, veem nessas ações governamentais a única oportunidade para alcançar a qualidade de vida, que infelizmente ainda está presente apenas no âmbito do conceito.
  • GLAUCO RIVELINO FERREIRA DE ARAUJO
  • MIGRAÇÃO, TERRITORIALIZAÇÃO E PESCA EM AUGUSTO CORREA-PA (1990-2010)

  • Data: 03/07/2012
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  • Este trabalho trata do processo de migração e a conseqüente territorialização de pescadores nordestinos em Augusto Corrêa a partir da década de 1990, ou seja, no contexto da pesca da lagosta que a partir do referido período foi implantada naquele município. O objetivo central foi analisar a influência da pesca da lagosta na dinâmica migratória, populacional e espacial do município de Augusto Corrêa no período de 1990 a 2010. Além de discutir e analisar a relação entre as taxas de crescimento e/ou retração populacional, bem como identificar e compreender os fatores que contribuíram para a migração em direção ao nordeste paraense, em especial para o município citado; e, ainda, realizar uma cartografia da dinâmica migratória da pesca da lagosta e de seus atores. Para tanto, se realizou pesquisas bibliográficas em instituições específicas, seguida de visitas a campo, que embasaram empiricamente este trabalho. O resultado foi a constatação das hipóteses sobre a temática, exceto uma. Dentre as constatações estão o crescimento da área urbana da sede municipal e de sua população e a existência de conflitos territoriais na cena pesqueira local. Espera-se, portanto, que as análises e reflexões contidas neste trabalho contribuam para o conhecimento e suscitem novas e necessárias indagações e interpretações sobre a realidade socioespacial regional.

  • MARCOS VINICIUS RODRIGUES QUINTAIROS
  • PROPOSTA METODOLOGICA DE INCLUSÃO DA ANALISE DE RISCOS NATURAIS NO ZONEAMENTO ECOLOGICO E ECONOMICO

  • Data: 26/06/2012
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  • A região da Calha Norte, localizada na região do Baixo Amazonas do Estado do Pará, sofre historicamente com vários tipos de ameaça, como Cheias, Enchentes, Alagamentos, Erosão, Estiagem, Enxurrada, Fortes Chuvas e Secas, todas registradas pela defesa civil. Todos os anos, seja no período da chuva ou no período da seca, a população fica vulnerável com tais eventos. A presente dissertação consiste em adaptar uma metodologia que permita a incorporação da temática de gestão de riscos naturais no Zoneamento Ecológico Econômico do Brasil, tendo como estudo de caso o ZEE da Calha Norte do Pará proporcionando instrumentos para a gestão e melhorias das ações do poder público. A análise das ameaça se baseou em uma metodologia que agrega dados históricos, mapa geomorfológico, mapa geológico, mapa hipsometrico, mapa de declividade, identificado às três classes de analises: (i) área de alta suscetibilidade (ii) área de moderada suscetibilidade e (iii) área de baixa suscetibilidade, sendo assim gerado os mapas das ameaças de inundação, erosão e das secas. A construção da vulnerabilidade social ocorreu a partir da construção do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e do Índice de Unidades de Resposta (IUR), ambos a partir dos dados do censo 2010 e do Cadastro Nacional de Endereço para Fins Estatísticos (CNEFE) ambos do IBGE. Após a aplicação do índice verificou-se que do total de 397 setores censitários da área de estudo, 365 setores apresentam alta vulnerabilidade, e os demais moderada e baixa vulnerabilidade, o que retrata uma quando preocupação com a área. Na análise de risco os dados de vulnerabilidade e ameaças foram integrados e novamente classificados em três níveis: (i) Alto Risco, onde há poucas concentrações de unidades de respostas e de alta ameaça, o que poderá provoca danos sociais e econômicos quando ocorrer (ii) Médio Nível, resultado gerado do cruzamento de áreas de alta x baixa e (iii) Baixo Nível de risco, o que resultou em dois produtos cartográficos: Mapa de Risco de Inundação e no Mapa de Risco erosão. O Zoneamento Ecológico Econômico da Calha Norte do Pará foi analisado com alguns questionamentos para verificar a inclusão da temática de ameaça, vulnerabilidade e risco no documento, após a análise pode se concluir a falta de inclusão da temática no documento técnico. Os resultados obtidos com a pesquisa são importantes para subsidiar o ordenamento territorial e criação de políticas publica pra região

2011
Descrição
  • TERESA CRISTINA LAFONTAINE
  • IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS E TERRITORIAIS: SOCIOECONOMIA DA CONSTRUÇÃO DA MA 014 PARA A MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE
  • Data: 14/10/2011
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  • A Baixada Maranhense, Microrregião que compõe a Mesorregião Norte Maranhense, pela sua importância ecológica foi transformada em uma APA pelo Decreto Estadual n. 11.900/1991 e inserida na Convenção de Ramsar como uma zona úmida de importância internacional. Tal contexto se justifica porque a unidade de conservação em questão possui diversos ecossistemas que se desenvolvem em uma superfície predominantemente rebaixada e sujeita a periódicas inundações, o que lhe atribuem peculiaridades que a torna complexos, frágeis e únicos em sua ocorrência. As mesmas peculiaridades que imprimem importância ecológica à Baixada, são aquelas que possibilitam o desenvolvimento da agropecuária, pesca e extrativismo, atividades que suprem diversas necessidades alimentares e econômicas da população local. Porém, a utilização dos solos, fauna, flora e demais recursos tem comprometido o equilíbrio ambiental com fortes e negativos reflexos aos ecossistemas locais, situação que exige rápidas e coesas atitudes para sua contenção. A Microrregião da Baixada Maranhense, apesar de ser uma Área de Proteção Ambiental, vem historicamente observando diversas alterações ambientais que resultam em perdas tanto ecológicas quanto sociais. Tal contexto tem se configurado porque não há uma preocupação da população local para com a conservação das áreas de uso comum (áreas de preservação permanente, áreas de domínio da União etc.) e porque muitas regras de usufruto das áreas inundáveis têm sido violadas em função da intensificação de atividades produtivas como a pecuária, agricultura e obras de engenharias nas planícies inundáveis da região. Tal conjuntura tem redefinido territorialidades e configurado conflitos com reflexos desastrosos sobre o meio e sobre o próprio homem, já que muitas famílias têm sido marginalizadas em seus territórios para dar lugar às multiterritorialidades estabelecidas pelo Estado. Esse processo se intensificou a partir das ações estatais voltadas à definição de uma “nova” dinâmica produtiva para a região, o que culminou na construção da MA 014. Na década de 1960, com a MA 014, concomitante à integração regional e crescimento econômico, houve um incremento significativo do quantitativo populacional dos municípios situados às suas margens e de problemas sociais, representados por uma sobrepressão nos recursos naturais pelo avanço da agricultura, pecuária e pesca e por vários conflitos sociais estabelecidos entre os habitantes e as pessoas em trânsito. Após a construção da rodovia em questão, houve a construção de estradas vicinais, um crescimento populacional significativo e a intensificação das disputas pelas áreas de marinha (que historicamente eram de usufruto comum) para a criação de animais, realização da pesca e mais recentemente para o desenvolvimento da agricultura e construção de casas e tanques de piscicultura, o que tem resultado em danos ambientais e em problemas sociais. Assim, a MA 014 ocasionou a fragmentação dos campos inundáveis (várzeas) da Baixada Maranhense, resultando na transformação da paisagem, o que se reflete na perda de habitats para as espécies locais, na morte de muitos animais e em dificuldade para a conservação da biodiversidade deste bioma. Os dados da pesquisa apontam para um elevado nível de fragmentação ambiental, já que em dois meses de observação foram identificados 215 animais mortos (72 mamíferos, 49 anfíbios, 48 répteis e 46 aves) num trecho de 41 quilômetros entre Pinheiro e São Bento.
  • WALLACE WAGNER RODRIGUES PANTOJA
  • TERRITÓRIO E IDENTIDADE: A EXPERIÊNCIA MÓRMON EM BELÉM DO PARÁ
  • Data: 22/06/2011
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  • As religiões, hoje, participam ativamente da vida cotidiana da maioria das pessoas no planeta, produzindo relações diversas e conflitos também, a partir de um referencial de existência transcendente. Sendo assim, a construção de seus espaços de ação – seus territórios – recortam, de maneiras diferentes, a sociedade, especialmente nas grandes cidades, onde o choque de diferentes visões de mundo implicam modos diferentes de viver e sentir o espaço urbano. Propomos aqui a discussão acerca do território e da identidade da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, mais popularmente conhecido como Mórmons, em Belém do Pará, tendo como percurso o método fenomenológico, destacando essa experiência vivida dos membros da igreja como fundamental para produção relacional e hierarquizada do referido território, de modo que o mesmo passa a ser fonte geossimbólica de afirmação do grupo na cidade e no mundo. Esclarecendo os elementos identificadores dessa identidade territorial sagrada e explicitando suas formas de agir e conceber o mundo, contribuímos para aprofundar o debate em torno de categorias fundamentais para as ciências sociais em geral: espaço e cultura; e, também, debatendo e repensando conceitos específicos da geografia em sua perspectiva cultural.
2009
Descrição
  • ALLISON REYNALDO DA COSTA CASTRO
  • NÃO EXISTIA INFORMAÇÃO NO SIE
  • Orientador : ODETE CARDOSO DE OLIVEIRA SANTOS
  • Data: 30/06/2009

  • RONALDO DA CRUZ BRAGA
  • “ANÁLISE DA INSTABILIDADE FÍSICA DA ZONA COSTEIRA DE SALVATERRA E SOURE, ILHA DE MARAJÓ-PA: SUBSÍDIOS AO USO E OCUPAÇÃO”.

  • Data: 26/01/2009
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  • A dinâmica dos agentes e processos costeiros que atuam ao longo dos setores costeiros das praias Grande (Município de Salvaterra) e do Pesqueiro (Município de Soure), Leste da Ilha de Marajó, Estado do Pará, reflete na paisagem setores em diferentes níveis de instabilidade física, caracterizados pela predominância dos processos de erosão e de acreção Este trabalho tem como principal objetivo analisar a instabilidade física a partir da identificação, quantificação e caracterização dos indicadores e parâmetros de instabilidade com base na magnitude freqüência e intensidade dos setores costeiros que compõe a praia Grande e a praia do Pesqueiro, sob duas perspectivas: a transversal e a longitudinal. A perspectiva transversal basea-se na variabilidade dos parâmetros morfológicos, tais como largura e gradiente da zona de pós-praia (supra-maré) e na variação da posição da Linha de Maré Alta. A perspectiva longitudinal diz respeito à análise da diferença entre as áreas progradacionais e retrogradacionais entre 1986 e 2001, à taxa de erosão nesse mesmo período e ao grau de exposição da costa às ondas. Ainda foi aplicado o Modelo de Equilíbrio em Planta para Praias de Enseada (MEPPE) e o Método de Souza para a identificação de células de deriva litorânea ao longo do setor costeiro que compõe a praia Grande, onde foi possível identificarmos setores em equilíbrio estático e em equilíbrio dinâmico, quantificar a área em erosão e acreção e identificarmos o comportamento da corrente longitudinal. A identificação e quantificação dos indicadores e parâmetros quanto à magnitude, freqüência e intensidade a partir das duas perspectivas mostrou que o setor costeiro onde se localiza a praia Grande (setor sul da área de estudo) encontra-se em média instabilidade física, evidenciada principalmente por causa do processo erosivo das falésias, que provoca queda de árvores, perda de ruas e destruições de residências O setor costeiro sul onde se localiza essa mesma praia encontra-se em baixa instabilidade devido à linha de costa desse setor não estar sofrendo grandes variações quando á erosão e à acreção e também pela baixa variabilidade dos parâmetros morfológicos. Já o setor costeiro onde se localiza a praia do Pesqueiro (setor norte da área de estudo) encontra-se em alta instabilidade em toda a sua extensão da linha de costa. No setor norte a predominância é do processo de acreção, no qual evidencia-se a formação de inúmeras dunas e pontos comerciais sendo soterrados pelas areias. No setor sul, o que predomina é a erosão, evidenciada principalmente através da derrubada de vegetação de mangue, escarpamento de dunas, destruição de pontos comerciais. A quantificação, caracterização dos indicadores quanto a magnitude, freqüência e intensidade, nos proporcionou a classificação dos setores costeiros em diferentes níveis de instabilidade. Esta classificação poderá servir como subsídios para o planejamento e gerenciamento das zonas costeiras de Salvaterra e Soure, com vistas a uma melhor intervenção e melhor uso.

2008
Descrição
  • MAURO PANTOJA DE MORAES
  • O REORDENAMENTO TERRITORIAL DAS ÁREAS DA AERONÁUTICA NO CINTURÃO INSTITUCIONAL DE BELÉM
  • Data: 01/09/2008
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  • O estudo em questão tem como objetivo analisar como se processou o reordenamento territorial das áreas pertencentes à Aeronáutica e que constituem o Cinturão Institucional de Belém, identificando as transformações ocorridas nessa parte da cidade bem como seus agentes transformadores. A fim de consolidar o referencial teórico, estabelecemos um diálogo à luz das ideias de estudiosos importantes que discutem noções conceituais sobre território, poder e reordenamento territorial, utilizadas para proporcionar um melhor entendimento sobre as mudanças ocorridas no Cinturão Institucional, a partir de 1930. Para efeito da interpretação sobre a dinâmica do Cinturão, foi realizada uma pesquisa documental como sugere Pádua (2002), envolvendo análise de mapas, fotografia e outros documentos relacionados aos acordos institucionais. Os resultados desta pesquisa apontam que as transformações impressos pela sociedade na cidade de Belém, ocorreram perante um recente e intenso processo de reordenamento territorial das áreas pertencentes às instituições militares, em especial as da Aeronáutica. As reordenações territoriais que vêm ocorrendo nas áreas pertencentes a Aeronáutica em Belém, derivam de interesses que surgem diante de novas exigências do exercício de poder, gestão e reestruturação do espaço da cidade, as quais se constituem enquanto reflexo e condição das novas relações socioespaciais que redefinem a funcionalidade militar. O estudo mostra também que o reordenamento territorial das áreas da Aeronáutica em Belém é resultante de um dinamismo que obedece as orientações de interesses do Estado, sendo, portanto, uma ação de cunho governamental em sua essência, reconstruído historicamente e evidenciando de forma prática no espaço seu poder de governança. As modificações nas áreas da Aeronáutica, também, se estabelecem pelo motivo de tornar menos oneroso ao Estado a sustentabilidade dessas áreas sem um melhor uso, daí a origem da cessão de uso, tudo isso estabelecido pela circunstancia de modificações na estrutura do próprio Estado. Sendo assim, na estrutura de formação do Cinturão Institucional de Belém surgiram novas instituições ligadas ao nível de governo do estado e da prefeitura, resulta dos novos diálogos estabelecidos entre os níveis de governo que buscam na atualidade trabalhar juntos na reconstrução do Estado.
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