Notícias

Banca de DEFESA: MARÍLIA GEOVANA DE OLIVEIRA LISBOA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARÍLIA GEOVANA DE OLIVEIRA LISBOA
DATA: 29/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do IFCH
TÍTULO:

A GENTE NÃO USA MAIS ÁGUA COMO USAVA ANTES”: IMPACTOS DA UHE TUCURUÍ NA VIDA DAS MULHERES ATINGIDAS POR BARRAGENS.


PALAVRAS-CHAVES:

Gênero, Corpo Território, Transversalidades sociais Mulheres no Baixo Tocantins, Modelo energético.


PÁGINAS: 127
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Regional
RESUMO:

A dissertação explora o processo de construção dos territórios impactados por hidrelétricas, especialmente na região amazônica, onde a exploração dos corpos e os atravessamentos causados pela concepção de desenvolvimento dos grandes projetos afetam dinâmicas ambientais e sociais. Na Amazônia, esse processo é ainda mais complexo devido à extensão e diversidade de paisagens e populações diretamente dependentes. O modelo energético, discutido na Geografia e quanto a seu real impacto, levanta problemáticas como deslocamentos compulsórios, compensações injustas e questões hídricas causadas por mudanças nos fluxos e vasões dos rios. Além das questões territoriais e espaciais, as transversalidades sociais são evidentes, embora muitas vezes invisibilizadas pela estrutura patriarcal presente nos espaços de debate. Assim, a pesquisa tem como objetivo compreender os reflexos dos impactos causados pela UHE Tucuruí sobre as mulheres no Baixo Tocantins, especialmente na comunidade ribeirinha de Paruru do Meio, e analisar a reprodução de poder do Capital, bem como os desafios e formas de resistência das mulheres na defesa dos corpos territórios. A pesquisa examina as questões fisiográficas e sociais das ilhas do Baixo Tocantins, bem como a participação das mulheres nesta realidade. Identifica-se a percepção das mulheres atingidas, as influências nas jornadas de trabalho doméstico e como essas demandas são levantadas na participação política feminina na defesa do Território. O percurso metodológico adotado inclui análise bibliográfica, trabalho de campo, participação em reuniões de lideranças comunitárias, aplicação de questionários socioeconômicos e entrevistas semiestruturadas, além da elaboração de mapas e gráficos. Conclui-se que existe uma diferenciação estrutural de gênero na construção do território estudado, influenciando os impactos ambientais e dimensões corporais. Destaca-se a importância do protagonismo feminino na defesa dos territórios como um movimento de enfrentamento direto ao grande capital, em prol da dignidade das comunidades e famílias afetadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2140656 - ALAN NUNES ARAUJO
Interno - 2835103 - BENEDITA ALCIDEMA COELHO DOS SANTOS MAGALHAES
Interno - 1506878 - MARCIA APARECIDA DA SILVA PIMENTEL
Externo à Instituição - RUTH HELENA CRISTO ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 08/02/2024 11:34
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - jatoba.ufpa.br.jatoba2