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Banca de DEFESA: THAMIRYS DI PAULA CASSIANO DE MATOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THAMIRYS DI PAULA CASSIANO DE MATOS
DATA: 31/03/2015
HORA: 15:00
LOCAL: MINIAUDITORIO PPGA
TÍTULO:

Narrativas e saberes de curadores da Linha do Fundo 


PALAVRAS-CHAVES:

 

Pajelança. Identidades. Práticas de Cura. Corpo. Saber Tradicional.


PÁGINAS: 216
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Ao longo de sua formação histórica e sociocultural, o Arquipélago do Marajó constitui-se como importante território de crenças em saberes de cura que apresentam relações culturais entre humanos e sobrenaturais. Dentre estas crenças, encontramos da linha do fundo ou “pajelança cabocla”. Nesta dissertação, na linha dos teóricos da Antropologia das Religiões e dos Estudos Pós-Coloniais, orientada pelas vertentes metodológicas da etnografia e da história oral, o objetivo será dialogar sobre algumas das situações encontradas na pesquisa de dissertação desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA” UFPA), envolvendo os três temas- identidades, práticas de cura e cuidados com o corpo- relacionados ao que está sendo narrado nas histórias de vidas e experiências contadas por pajés em Soure e Salvaterra. A pluralidade de identificações para o que nos estudos antropológicos nomeamos como pajés, nas localidades em que percorremos, sofre variações e influências de hierarquias e identidades que constituem o extenso vocabulário da pajelança marajoara. Neste sentido, um pajé pode ser reconhecido por mestre, experiente ou sorijão, dentre outros nomes que variam de acordo com os dons, gênero e as práticas que eles executam. Conforme estudos realizados desde a década de 50 aos dias atuais, a literatura especializada indica que a categoria pajé se subdivide entre “pajés de nascença”, “pajés de agrado”, “pajés sacacas” e “meuans”, estas classificações ora, também, são ouvidas em campo, ora são percebidas de maneira implícita nas narrativas e eventos observados em conversas informais, entrevistas, depoimentos e sessões de cura, contudo, aperecem outras categorias nativas que destoam de outros paradigmas de análise. Para a cosmologia da pajelança marajoara investigada, a natureza é “a origem e o fim de todas as coisas”, a energia fundamental que guia o pajé e fonte de força e equilíbrio para o bem estar dos homens corporal e espiritualmente, é através dela e de suas entidades que os pajés retiram recursos e conhecimentos para o preparo de banhos, chás, defumações, rezas e outros métodos de cura e cuidado com o corpo, tanto dos pajés, quanto das pessoas atendidas por eles, que envolvem tanto conhecimentos tradicionais, como conhecimentos de usos farmacêuticos e termos da medicina erudita. O humano e o sobrenatural- entidades das águas, das matas, do ar e da terra- se comunicam e se manifestam em religiosidade e coletividade de vozes. Com isto, se problematizam questões referentes à sabedoria da pajelança lida pelo viés da “Insurreição dos Saberes”, da “Ecologia dos Saberes”, do tradicional e das tradições. Todos estes saberes geram informações que fomentam os debates a respeito das conexões e relações entre saberes tradicionais e saberes científicos, ligados a narrativas memoriais e experiências cotidianas que expressam modos específicos de como os praticantes da pajelança lidam com encantados, caruanas, espíritos, doenças, malefícios e incorporações, configurando um patrimônio material e imaterial de saberes e fazeres que influencie nas práticas religiosas vivenciadas na Amazônia Marajoara.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1805399 - AGENOR SARRAF PACHECO
Externo ao Programa - 1152698 - ALDRIN MOURA DE FIGUEIREDO
Interno - 1349908 - FABIANO DE SOUZA GONTIJO
Presidente - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Notícia cadastrada em: 24/03/2015 16:28
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