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Banca de DEFESA: MARCOS ANTONIO SILVA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCOS ANTONIO SILVA DOS SANTOS
DATA: 03/12/2020
HORA: 09:30
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO:

Quilombo Patos do Ituqui (Santarém, Pará): etnicidade, conflitos intergrupos e terras tradicionalmente ocupadas


PALAVRAS-CHAVES:

Etnicidade; Reconhecimento; Quilombo; Terras de ocupação tradicional


PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

O quilombo Patos do Ituqui, no qual se desenvolve esta pesquisa etnográfica, está localizado na mesorregião do Baixo Amazonas, mais especificamente em Santarém, estado do Pará. De acordo com a memória social do grupo, o quilombo foi formado por negros antes escravizados e depois aquilombados na Fazenda Taperinha, vivendo em liberdade e autonomia no pós-abolição até 1911, quando foram expulsos e se estabeleceram em uma terra doada a uma família que ali fez seu lugar permanente de ocupação. Autorreconhecido como quilombo em 2012, mediante certificação da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, Patos do Ituqui está inserido em um cenário de conflitos socioambientais que envolvem a disputa pelo uso da terra, dos rios, igarapés e lagos do território ocupado de modo tradicional pela comunidade. Tanto os conflitos que contrapõem interesses de fazendeiros aos da comunidade quilombola, quanto as disputas intergrupos que emergem nesse contexto de reivindicação territorial como quilombo, junto ao Estado brasileiro a partir de procedimento administrativo em curso aberto no INCRA, constituem temas a serem desenvolvidos neste trabalho de pesquisa, a partir de uma análise situacional, visando a construção de uma etnografia dos processos políticos envolvidos no reconhecimento das terras de quilombo na fronteira amazônica. Os modos de ser, fazer, criar e viver de Patos do Ituqui, como em outras comunidades tradicionais, são diretamente relacionados com suas experiências individuais e de grupo, em interação com o meio ambiente nas atividades de caça, pesca, extrativismo vegetal, agricultura e pecuária de pequeno porte. O exercício dessas atividades segue uma lógica própria da comunidade, segundo o ciclo de desenvolvimento dos grupos domésticos e das atividades de reprodução, no qual pode-se afirmar que os danos causados pela extração ilegal de madeira, queima de áreas florestais e pesca predatória de peixes no território quilombola destroem a lógica de reprodução social e cultural e põem em risco os modos tradicionais de conhecimento garantidos pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal de 1988. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 305982 - ELIANE CANTARINO ODWYER
Interno - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2175566 - JURANDIR SANTOS DE NOVAES
Externo ao Programa - 326220 - ZELIA AMADOR DE DEUS
Notícia cadastrada em: 30/11/2020 14:23
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