Um regime de opulência: grupos ceramistas da Volta Grande do rio Xingu
Volta Grande, Xingu, Amazônia.
A presente pesquisa foi conduzida no âmbito da arqueologia preventiva do Projeto UHE Belo Monte. A partir de três sítios, procurei estabelecer marcadores estilísticos e formais para a cerâmica da Volta Grande, relacionando os complexos estudados advindos de compartimentos topográficos e áreas do projeto distintos, para conseguir uma amostragem comparativa que fosse robusta. Para a comparação, foi possível fazer associações internas ao projeto, bem como a partir dos dados levantados regionalmente. Utilizei para essas associações os modelos linguísticos hipotéticos, cuja relação entre grupos linguísticos pode estar associada às tradições cerâmicas amazônicas. Os estilos identificados nos sítios foram associados aos complexos Saladoide, Arauquinoide, Koriabo, Tupi, Hachurado-Zonado e Alto-Xinguano. Com isso, demostrei que a diversidade estilística regional refletia em uma confluência de grupos que ocupavam a bacia do Xingu.