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Banca de DEFESA: SANTIAGO WOLNEI FERREIRA GUIMARÃES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SANTIAGO WOLNEI FERREIRA GUIMARÃES
DATA: 04/12/2018
HORA: 09:00
LOCAL: MINIAUDITORIO PPGA
TÍTULO:

Início do Gênero Homo: O Problema do Hipodigma sob Novas Abordagens

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

 

Paleoantropologia, Plioceno/Pleistoceno, gênero Homo, Craniometria, Análise Multivariável.


PÁGINAS: 256
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Esta tese retoma a questão da diversidade de espécies no início do gênero Homo. O problema é primordial dentro da paleoantropologia e apresenta basicamente duas possibilidades explanatórias: ou se está diante uma única espécie altamente variável, ou então a amostra de fósseis correspondente ao início do gênero Homo é um reflexo de diversidade de mais de uma espécie.

Uma das formas para se responder esta questão parte do ordenamento do registro fóssil segundo uma matriz comparativa, empírica, derivada dos organismos vivos ou que tenham sido extintos recentemente. Depreende-se, pois, que as espécies com proximidade filogenética mais recente são as que apresentam maiores possibilidades para o presente estudo, pois, em muitos casos, permitem o intercruzamento de informações de âmbito macroscópico (morfológicas), como também microscópico (genéticas). Nesse sentido, consideraremos a hipótese de separação recente, ocorrida entre o Homo sapiens e o Homo neanderthalensis, como o melhor parâmetro para se definir o limiar que considera a especiação e provável divisão de grupos mais antigos dentro do gênero Homo. Neste caso, desde que as distâncias existentes entre os espécimes Homo mais antigos se mostram, por um lado, maiores que as distâncias existentes entre o Homo sapiens e Neandertais, há uma grande probabilidade do início do gênero Homo ser composto de espécies distintas. Por outro lado, se tais distâncias mostram-se menores que aquelas existentes entre o Homo sapiens e Neandertal, há uma grande probabilidade de estarmos diante apenas um grupo.

Diante do exposto, apresentamos como hipótese inicial a indicação de que teria havido uma multiplicidade de espécies dentro do grupo formado pelos fósseis mais antigos do gênero Homo, hipótese esta também baseada em análises que consideram o estudo do dimorfismo sexual dos fósseis KNM-ER 1470 e KNM-ER 1813, bem como a discussão que indica a variação do volume craniano um indicativo de múltiplas espécies.

A pesquisa foi realizada a partir de dados secundários craniométricos relativos aos fósseis do início do gênero Homo que poderiam ser minimamente comparados ao Homo sapiens e Neandertal. Os fósseis utilizados apresentam cronologia entre 2.0 a 1.5 milhões de anos e provém da África – KNM-ER 1813, 1470, 3883, 3733, OH 24, KNM-WT 15000 – bem como da região do Cáucaso, República da Geórgia – D 2700 e D 3444. As informações referentes às populações de Homo sapiens provém do banco de dados Howells, enquanto as informações relativas aos Neandertais foram obtidas de teses e artigos orientados ao seu estudo.

Iniciou-se o trabalho a partir da análise exploratória das variáveis, passando então à análise multivariada. Utilizou-se, neste caso, a Análise de Compoentes Principais – PCA e Análise de Cluster como meios de proporcionar uma melhor visualização geral do que ocorre na interrelação entre os grupos e as variáveis. A utilização do Escalonamento Multidimensional e a reamostragem de Distâncias Mahalanobis ampliadas por meio do bootstrap proporcionaram a resposta para a hipótese apresentada nesta tese.

Os resultados reiteram a hipótese que justifica a diversidade morfológica encontrada no início do gênero Homo como sendo reflexo da multiplicidade de espécies dentro do mesmo gênero. Desta forma, estaríamos diante varias espécies, e não apenas uma que mostrasse grande diversidade fenotípica no início de nossa linhagem, para o período indicado entre 2.0 e 1.5 milhões de anos.

Urge ressaltar que os resultados indicados nesta tese não permitem concluir acerca do problema da multiplicidade de espécies no início do gênero Homo, o que se deve, em grande parte, à reduzida quantidade de fósseis bem como dos dados craniométricos deles provenientes. Entendemos, porém, que o emprego dos métodos estatísticos de análise empreendidos concorre para tornar os resultados mais robustos, colaborando, assim, para que outros estudos relativos à origem do gênero Homo possam utilizar-se da hipótese aqui apresentada, seja para refutá-la ou confirmá-la.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2680650 - DIOGO MENEZES COSTA
Interno - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Presidente - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo à Instituição - MARIA MERCEDES MARTINEZ OKUMURA
Externo à Instituição - MARK HUBBE
Externo à Instituição - PEDRO JOSÉ TÓTORA DA GLÓRIA
Interno - 2177950 - TIAGO PEDRO FERREIRA TOME
Notícia cadastrada em: 26/11/2018 09:56
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