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Banca de QUALIFICAÇÃO: ELIENE DOS SANTOS RODRIGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELIENE DOS SANTOS RODRIGUES
DATA: 12/03/2018
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITORIO DO LGHM
TÍTULO:

SAÚDE DA MULHER INDÍGENA: Antropologia e Câncer do Colo de Útero nas etnias Xikrin do Cateté, Asurini do Trocará  e Tembé no Pará, Amazônia, Brasil.


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres indígenas, câncer de colo de útero, saúde indígena.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

No Brasil, estudos apontam que a morbimortalidade nas populações indígenas é de 3 a 4 vezes maior do que na população brasileira em geral. O quadro de saúde indígena está diretamente relacionado aos processos históricos de mudanças sociais, econômicas e ambientais e no estilo de vida, que resultaram em importantes transformações no padrão de morbimortalidade, com redução das doenças infecciosas e parasitárias (DIP) e aumento crescente das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como obesidade, diabetes mellitus do tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diversos tipos de câncer. Entre os tipos de câncer mais frequentes encontra-se o de colo de útero, que representa segunda principal causa de óbito por neoplasias malignas na população feminina na idade acima de 15 anos, no Brasil. Os maiores números de casos são registrados nas regiões norte e nordeste, o que constitui um problema prioritário de saúde pública, principalmente em áreas de pouco acesso como é o caso das comunidades indígenas localizadas no Estado do Pará. O início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros, além da presença de IST estão entre os principais fatores de risco, principalmente levando em consideração o processo de transição cultural desses povos. Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de câncer de colo do útero em mulheres indígenas, visando fornecer uma base para instituir um programa de prevenção, nessa população. O estudo é do tipo transversal, incluindo mulheres indígenas de três etnias do Estado do Pará, que tinham ou haviam tido vida sexual, que compareceram espontaneamente, preencheram questionário fornecido. A obtenção de material para a realização de esfregaço cervico-vaginal foi padronizada de forma a discriminar três regiões especificas: fundo de saco vaginal, junção escamo-colunar e canal endocervical. As laminas foram identificadas e coradas pelo método Papanicolau e o exame citopatológico foi realizado em laboratório do ICB/UFPA. Análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 14.0. Das mulheres que participaram do estudo, todas receberam laudos diagnósticos. As portadoras de alterações foram encaminhadas para os profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá Tocantins. O acompanhamento antropológico dessas mulheres indígenas ao tratamento teve um diferencial, pois existe uma necessidade de atendimento diferenciado a essas mulheres. O estudo epidemiológico ajudará a construir medidas realmente eficazes nas políticas públicas de atenção à saúde da mulher indígena com prevenção, detecção e tratamento precoce do câncer nessas comunidades.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 326947 - JANE FELIPE BELTRAO
Externo ao Programa - 326592 - JOAO FARIAS GUERREIRO
Interno - 2316255 - KATIANE SILVA
Presidente - 325848 - SIDNEY EMANUEL BATISTA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 09/03/2018 13:00
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