Notícias

Banca de DEFESA: LIGIA AMARAL FILGUEIRAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIGIA AMARAL FILGUEIRAS
DATA: 29/09/2016
HORA: 09:00
LOCAL: MINIAUDITORIO PPGA
TÍTULO:

 

CRIANÇAS RIBEIRINHAS E QUILOMBOLAS DA AMAZÔNIA: Crescimento, Determinantes Sociais de Saúde e Políticas Públicas. 


PALAVRAS-CHAVES:

 

Caxiuanã, Mamirauá, Quilombolas.


PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais do planeta e tem a maior biodiversidade do mundo, porém continua sofrendo graves problemas ambientais devido à exploração ilegal de seus recursos. As populações humanas que vivem nessas áreas são grupos indígenas e não-indígenas, em grande parte camponesas, com intensa miscigenação entre brancos colonizadores, a população nativa indígena e os africanos que vieram como escravizados. São pequenos produtores, que dependem e conhecem profundamente a natureza e seus ciclos e utilizam tecnologia relativamente simples, impactando pouco o ambiente. Essas populações que vivem nas áreas rurais são consideradas vulnerabilizadas, especialmente as crianças. Este estudo teve como objetivo conhecer a situação da saúde das crianças de três grupos populacionais da Amazônia: Floresta Nacional de Caxiuanã (PA), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (AM) e de sete comunidades Quilombolas do Estado do Pará (África/Laranjituba, Santo Antônio, Mangueiras, Mola, Oriximiná, Trombetas e Abacatal). Foram analisadas 990 crianças de 0 a 9 anos de idade em comparação com os parâmetros da OMS de 008 a 2015. Constatou-se que as crianças de Caxiuanã estão em déficit de altura/idade (26,15%), bem como as crianças de Mamirauá (17,9%), enquanto entre as quilombolas a situação mais grave foi na comunidade do Mola (35,72%). A diferença entre elas foi significativa (p = 0,018) e o Teste de Tukey indica que as crianças de Caxiuanã estão em pior situação com relação a peso/idade. Em geral, todas as comunidades carecem de saneamento ambiental, água encanada vivem em habitações precárias, sem banheiro ou sanitário interno, o que influencia nos altos níveis de parasitismo intestinal, infecções de pele e outras doenças. O acesso à serviços de saúde geralmente é difícil devido às distâncias entre as casas e os centros de saúde, já que na maioria das vezes o transporte é precário. A região Amazônica é vasta e de difícil gerenciamento, porém se não houver sérias melhorias em políticas públicas, em todos os setores, as crianças das áreas rurais ainda permanecerão distantes dos parâmetros de crescimento internacionais em pleno século 21. Portanto, torna-se necessário que sejam desenvolvidos melhores programas de saúde pública para a região Amazônia, que se reflitam em melhor qualidade de crescimento e saúde da população.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 326059 - EDILA ARNAUD FERREIRA MOURA
Externo ao Programa - 3210370 - EDSON MARCOS LEAL SOARES RAMOS
Interno - 1354943 - FLAVIO BEZERRA BARROS
Presidente - 1297303 - HILTON PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2153548 - IRLAND BARRONCAS GONZAGA MARTENS
Interno - 2177950 - TIAGO PEDRO FERREIRA TOME
Externo à Instituição - WOLNEY LISBOA CONDE
Notícia cadastrada em: 26/09/2016 09:23
SIGAA | Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) - (91)3201-7793 | Copyright © 2006-2024 - UFPA - bacaba.ufpa.br.bacaba2