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Banca de DEFESA: EDMIR AMANJÁS CELESTINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDMIR AMANJÁS CELESTINO
DATA: 26/09/2016
HORA: 09:00
LOCAL: MINIAUDITORIO PPGA
TÍTULO:

 

ETNOGRAFIA DO CONFLITO FALADO: O DISCURSO DE AGENTES SOCIAIS SOBRE O CONFLITO VIVIDO E FALADO EM CACHOEIRA DO ARARI, ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PA.


PALAVRAS-CHAVES:

 

Pós-colonialismo, conflitos de terras, quilombolas ribeirinhos, Marajó. 


PÁGINAS: 163
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

O trabalho aqui apresentado é resultado de uma pesquisa para obtenção do grau de mestre em Antropologia – PPGA/UFPA, elaborado a partir de pesquisas documentais, orientações e do trabalho de campo. Objetivou-se nesta investigação a compreensão das estruturas de dominação, relações de poder e resistência, visibilizadas em situações de conflitos entre sujeitos de uma categoria dominante (fazendeiros) e grupos subordinados (quilombolas), em torno de conflitos quanto ao uso e ocupação de terras, nos quais se manifestam questões e posições divergentes em torno da concepção do território, destacando-se os sistemas de uso comum, envolvendo principalmente o extrativismo de espécies vegetais (açaizais e florestas) e a exploração de recursos pesqueiros da várzea, mas também a livre passagem pelos atalhos, rios, igarapés, lagos ou por áreas alagadas; a existência de cercamentos com uso de eletricidade inclusive, limitando o acesso a cemitérios e campos de futebol; questões de conflito provocadas pela implementação de lavoura de arroz, vizinha ao território tradicionalmente ocupado e o estabelecimento uma área portuária dentro dos limites da comunidade, que está produzindo a contaminação de rios e igarapés pela utilização de agrotóxicos; e também pelos efeitos da criação bubalina, que provoca a destruição de plantações pelo gado dentro das roças dos quilombolas. Neste contexto, realizou-se uma etnografia do conflito falado e vivido, supondo que estes discursos se apresentam como eventos, reunindo um universo de significações culturais distintas quanto às formas e normas do uso do território, tradicionalmente ocupado pelos quilombolas, e de seus recursos naturais. Os eventos aqui considerados podem ser tomados como o espaço de um discurso público na acepção de James Scott (2004), que no livro “Los dominados y el arte de la resistencia" expõe que os dominados exercem uma dissidência marginal ao discurso oficial da relação de poder e elaboram formas de resistência silenciosa do discurso oculto, o qual é manifestação de sua insubordinação à dominação. Nos eventos examinados materializou-se o discurso público, que tem como base a apreensão e apropriação de direitos étnicos e territoriais. Legalmente os povos indígenas e tradicionais no Brasil têm feito uso de dispositivos como o artigo 231 da Constituição Federal, o Artigo 68 das ADCT e dos Decretos 4887 de 2003 e Decreto 6040 de fevereiro de 2007 e acima de tudo a Convenção 169 da OIT como instrumentos de luta.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2153603 - EDNA FERREIRA ALENCAR
Interno - 1349908 - FABIANO DE SOUZA GONTIJO
Externo ao Programa - 2317089 - GUSTAVO GOULART MOREIRA MOURA
Presidente - 325725 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Notícia cadastrada em: 19/09/2016 15:56
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